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Carta Financeira Trimestral

1º Trimestre do Exercício Social de 2009 – Mai, Jun e Jul

Um começo de safra difícil, como previsto

anteriormente

ƒ Esta seção apresenta um sumário do desempenho da Cosan Ltd. (NYSE: CZZ),

parent company do Grupo Cosan. As informações financeiras desta seção

estão expressas em dólares norte-americanos de acordo com o U.S. GAAP. A título de comparação, os dados referentes ao período anterior à constituição da Cosan Ltd. foram elaborados de maneira pró-forma com base na Cosan S.A., como se a Cosan Ltd. existisse anteriormente à data de sua criação. Vide ao final da seção mais informações sobre Demonstrações Financeiras da Cosan Ltd.

ƒ O FY’09 iniciou-se para a Cosan com produção acelerada, mix virado para etanol e estratégia de formação de estoques. Com isso, os volumes de etanol vendido chegaram a 89,4 milhões de galões, crescimento de 42,1% em relação ao 1T’08, enquanto que, no açúcar, pela acúmulo de estoques, houve uma ligeira redução de 4,9% nas vendas, que totalizaram 791,7 mil toneladas.

ƒ A melhora de preços no mercado internacional de açúcar e o efeito da apreciação do real frente ao dólar nas vendas domésticas convertidas para a moeda americana acabaram determinando apreciação de 19,7% no preço unitário do açúcar, que atingiu ¢US$12,44/lb, e de 23,7% no preço unitário do etanol, que chegou a US$1,66 por galão.

ƒ Com isso, a receita operacional líquida apresentou um crescimento expressivo de 30,8% para US$394,0 milhões. Todavia, o mesmo efeito cambial que proporcionou aumento das receitas em vendas domésticas convertidas para dólares, determinou aumento de custos e despesas originalmente denominadas em reais. Além disso, uma piora no rendimento da cana-de-açúcar medido pelo ATR, que caiu 5,7% no 1T’09 comparativamente ao 1T’08, também influenciou negativamente o custo de produção do trimestre.

ƒ Conseqüentemente, ao final do 1T’09 a Cosan registrou EBITDA de US$14,6 milhões, com margem de 3,7%, resultado 43,3% inferior ao registrado no 1T’08. Por outro lado, o impacto cambial sobre as dívidas em dólares acabou gerando receitas financeiras, que ajudaram a absorver parte da carga de depreciações dos ativos.

Sumário de Informações Financeiras e Operacionais

1T'08 1T'09 (Em milhões de dólares) YTD'08 YTD'09

62,9

89,4 Etanol Vendido (milhões de galões) 62,9 89,4 832,7

791,7 Açúcar Vendido (mil toneladas) 832,7 791,7 301,3

394,0 Receita operacional líquida 301,3 394,0 13,1

(4,9) z Lucro bruto 13,1 (4,9)

4,4% -1,2% Margem Bruta 4,4% -1,2%

(49,0)

(94,2) z Lucro (prejuízo) operacional (49,0) (94,2)

-16,3% -23,9% Margem Operacional -16,3% -23,9%

25,7

14,6 z EBITDA 25,7 14,6

8,5% 3,7% Margem EBITDA 8,5% 3,7%

2,2

(47,9) z Lucro (prejuízo) antes de minoritários 2,2 (47,9) 1,2

(29,3) z Lucro (prejuízo) líquido 1,2 (29,3)

0,4% -7,4% Margem Líquida 0,4% -7,4% 94,4 169,3 Capex 94,4 169,3 730,8 82,7 z Dívida Líquida 730,8 82,7 1.019,1

2.908,8 z Patrimônio líquido e Minoritários 1.019,1 2.908,8 ƒ Com resultado antes dos impostos negativo, a Cosan S.A., no Brasil, registrou

receita com imposto de renda decorrente de constituição de créditos tributários ri@cosan.com.br

www.cosan.com.br

Definições:

FY’09 - exercício social iniciado em 1º de maio de 2008 e a encerrar em 31 de março de 2009 FY’08 - exercício social iniciado

em 1º de maio de 2007 e encerrado em 30 de abril de 2008 1T’09 - trimestre encerrado em 31 de julho de 2008 1T’08 - trimestre encerrado em 31 de julho de 2007 YTD’09- período iniciado na

mesma data do FY’09 e terminado ao final do 1T’09

YTD’08- período iniciado na mesma data do FY’08 e terminado ao final do 1T’08

Performance da Ação

IPO 31/jul/08 11/set/08

CZZ

Preço (US$/Ação) 10,50 13,11 8,15 ∆ desde o IPO (%) 24,9% -22,4% Vol. Diário US$MM 10,2 9,8

CZLT11

Preço (R$/BDR) 21,05 21,40 14,59 ∆ desde o IPO (%) 1,7% -30,7% Vol. Diário R$MM 1,6 1,5

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sobre prejuízos fiscais. Com a participação dos minoritários da Cosan S.A. em seu prejuízo líquido, o prejuízo líquido da Cosan Ltd. encerrou em US$29,3 milhões, comparativamente ao lucro líquido de US$1,2 milhão no 1T’08.

ƒ O capex de US$169,3 milhões no 1T’09, 79,4% maior que o investimento do 1T’08, incluiu US$42,1 milhões investidos no greenfield em Jataí/GO, US$25,6 milhões nos projetos de co-geração na Costa Pinto, Rafard e Bonfim, US$24,2 milhões na finalização da expansão e co-geração na GASA e US$33,8 milhões em plantio de cana-de-açúcar, além de outros projetos de menor valor na indústria e na área agrícola.

ƒ Com relação à estrutura financeira, a Cosan finalizou o 1T’09 com US$82,7 milhões de dívida líquida relativamente a um patrimônio líquido e participação minoritária de US$2,9 bilhões, ou seja, praticamente sem dívidas, e com uma confortável posição de liquidez de US$890,4 milhões.

ƒ No 1T’09, a Cosan materializou mais alguns importantes projetos em sua estratégia corporativa, tendo celebrado, com sucesso, importantes contratos de venda de energia elétrica a partir da biomassa, em leilão e em contratos bi-laterais, nas usinas de Bonfim, Jataí, Gasa, Barra, Diamante e Univalem. Todos os contratos guardam características semelhantes, no sentido que representam, por períodos de 15 anos, um fluxo de faturamento fixo a preços corrigidos por inflação que não apenas representarão aumento de EBITDA no fluxo de caixa consolidado, mas prioritariamente reduzirão em muito a volatilidade de nossos resultados em função das oscilações de preços de commodities e da taxa de câmbio.

A Cosan Ltd. foi constituída tendo como principal ativo participação acionária na Cosan S.A. Assim, seus resultados operacionais estão substancialmente baseados nos resultados de sua controlada Cosan S.A.

A Cosan Ltd. tem o US$ como moeda de reporting e o R$ como moeda funcional.

As demonstrações financeiras da Cosan Ltd. são elaboradas primariamente de acordo com o US GAAP, enquanto as da controlada Cosan S.A. são elaboradas primariamente em BR GAAP. As principais diferenças de prática contábil entre o US GAAP e o BR GAAP que geram efeitos sobre os resultados da Cosan Ltd. são:

• avaliação de empresas adquiridas por seu valor justo de mercado em oposição ao valor de livros, gerando mais valia no imobilizado e, conseqüentemente, maior despesa de depreciação;

• inexistência de reavaliação de ativos e, conseqüentemente, da depreciação da parcela reavaliada; • inexistência de amortização de ágio;

• capitalização de juros sobre financiamentos em imobilizado em construção; • marcação a mercado de instrumentos de hedge registrada diretamente no resultado;

• trânsito por despesas gerais e administrativas de remuneração de executivos por plano de opção de ações; • inexistência de diferimento de despesas e;

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Carta Financeira Trimestral

1º Trimestre do Exercício Social de 2009 – Mai, Jun e Jul

Difícil, como já previsto anteriormente

ƒ Conforme prenunciado, a Cosan S.A. (BOVESPA: CSAN3) teve um início de safra ruim. Enquanto os preços de açúcar parecem estar em início de processo de recuperação, os preços do etanol, embora ligeiramente melhores que há um ano atrás, reagiram ao início de safra e caíram em relação aos do fim do FY’08. Do lado da produção, a imensa concentração de chuvas nos meses de abril e maio acabou impactando o teor de sacarose na cana-de-açúcar, que perdeu muito rendimento comparativamente ao ano anterior, e com isso pressionou para cima os custos de produção. Além disso, a apreciação cambial no trimestre, mais uma vez, pressionou negativamente os resultados das exportações. Somado a tudo isso, a inércia inflacionária de custos afetou também as despesas, tanto com relação a mão-de-obra com reajustes pelo acordo sindical no início do exercício social, como também em fretes, sobrecarregando as despesas com vendas. Essa série de eventos adversos ao setor acabou por levar a Cosan a uma revisão tática para este exercício social. Assim, a Companhia iniciou um intenso programa de acúmulo de estoques, tanto em etanol quanto, principalmente, em açúcar, para se valer dos fortes incentivos financeiros que o mercado tem dado para o carregamento de produto. Adicionalmente, a Cosan acentuou ainda mais os esforços em um mix alcooleiro para sua produção. A estratégia, porém, acabou reduzindo a comercialização de açúcar no curto prazo, o que debilita ainda mais a diluição dos custos e despesas fixas, mais uma vez pressionando resultados no curto prazo.

ƒ Com o mix alcooleiro proporcionando simultaneamente aumento das vendas e

dos estoques, as receitas operacionais apresentaram no 1T’09 um crescimento de 8,1% em relação ao 1T’08. Ajustadas para hedge, no entanto, apresentaram um crescimento modesto de 1,4%, dado o fato que no início do FY’08 as fixações de preços de açúcar apresentaram patamares de ganhos mais elevados. O custo dos produtos vendidos, porém, refletindo o baixo teor do ATR da cana, acabou apresentando um crescimento de 14,2%. As despesas com vendas cresceram 40,3%, impactadas pelos aumentos em fretes e as acentuadas exportações de etanol. Com isso, o EBITDA de R$24,7milhões no 1T’09 ficou 50,1% abaixo do valor registrado no 1T’08 e, mesmo ajustado por

hedge, o EBITDAH de R$69,9 milhões foi ainda 47,5% inferior ao valor do

mesmo período do ano anterior. Esta expressiva redução de EBITDA tornou-o insuficiente para absorver as depreciações crescentes refletindo novos investimentos e plantios, bem como os ágios das aquisições passadas. Conseqüentemente, o bottom-line do 1T’09 ficou negativo em R$58,1 milhões, comparativamente aos R$13,7 milhões de lucro líquido apresentado no 1T’08, totalmente dentro do guidance anterior fornecido pela Companhia ao mercado.

1T'08 1T'09 Destaques Financeiros (R$MM) YTD'08 YTD'09

591,7

639,6 Receita Operacional Líquida 591,7 639,6 43,7 13,6 Lucro Bruto 43,7 13,6 7,4% 2,1% Margem Bruta 7,4% 2,1% 49,5 24,7 EBITDA 49,5 24,7 8,4% 3,9% Margem de EBITDA 8,4% 3,9% 133,3

69,9 EBITDAH (Ajustado por Hedge) 133,3 69,9

19,7% 10,2% Margem de EBITDAH 19,7% 10,2%

13,7

(58,1) Lucro (Prejuízo) Líquido 13,7 (58,1)

2,3% -9,1% Margem de Lucro Líquido 2,3% -9,1%

Paulo Diniz, CFO & RI

Luiz Felipe Jansen de Mello, Relação com Investidores Alexandre Sirihal, Planejamento Financeiro Guilherme A. Prado, Tesouraria Mauricio Sartorelli, Controladoria ri@cosan.com.br www.cosan.com.br Definições:

FY’09 - exercício social iniciado em 1º de maio de 2008 e a encerrar em 31 de março de 2009 FY’08 - exercício social iniciado

em 1º de maio de 2007 e encerrado em 30 de abril de 2008 1T’09 - trimestre encerrado em 31 de julho de 2008 1T’08 - trimestre encerrado em 31 de julho de 2007 YTD’09- período iniciado na

mesma data do FY’09 e terminado ao final do 1T’09

YTD’08- período iniciado na mesma data do FY’08 e terminado ao final do 1T’08

Performance da Ação

IPO 31/jul/08 11/set/08

CSAN3

Preço (R$/Ação) 16,00 31,00 19,00 ∆ desde o IPO (%) 93,8% 18,8% Vol. Diário R$MM 34,6 34,0

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A. Panorama de Mercado

ƒ O ritmo de moagem da safra 08/09 da região Centro-Sul do Brasil permanece abaixo das expectativas iniciais. Dois fatores merecem destaque: i) alta incidência de chuvas registrada principalmente na primeira quinzena de agosto nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, que paralisaram a colheita por 10, 5 e 2 dias respectivamente e ii) atraso no início da moagem das novas unidades produtoras previstas para entrar em operação na safra 08/09. Das 32 novas unidades, 3 não iniciarão a moagem durante a atual safra e 11 ainda não entraram em operação, devendo iniciar a moagem nos próximos meses. Dezoito outras unidades já estão em operação.

ƒ Segundo os últimos números divulgados pela UNICA, até 15 de agosto, a moagem da região Centro-Sul havia atingido 244 milhões de toneladas de cana, volume 8,5% superior ao mesmo período do ano anterior, porém aquém dos 15% previstos inicialmente. A produção de açúcar alcançou a marca de 12,5 milhões de toneladas, ou uma redução de 5%. Entretanto, a produção de etanol apresentou um acréscimo de 13,7%, superando os 11,3 bilhões de litros. Deste total, a produção de etanol hidratado representou 7,6 bilhões de litros, ou um aumento de 23,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A produção de etanol anidro recuou 1,5%, ficando em 3,8 bilhões de litros. A prioridade dada à produção de etanol continua evidente representando um mix de produção de 59,8%, enquanto o açúcar respondeu por 40,2% do total de cana moída.

ƒ No cenário internacional as projeções iniciais de produção de açúcar na Índia para a safra 08/09 são de 21,8 milhões de toneladas, redução de aproximadamente 5 milhões de toneladas em relação à safra anterior. Como comentado anteriormente, a redução na expectativa de produção deve-se ao declínio na área plantada de cana em função de preços baixos e melhores retornos oferecidos por outras culturas como trigo e arroz. O mercado indiano já começou a sentir os impactos de uma disponibilidade mais restrita, com os preços no mercado interno apresentando alta de mais de 10% nos últimos dois meses, divergindo assim dos preços do mercado internacional. Em decorrência destes fatores, espera-se que a Índia exporte um volume significativamente menor que as 4,4 milhões de toneladas exportadas durante a safra 07/08. ƒ Por outro lado, na China apesar do forte crescimento da demanda que deve ser

da ordem de 10%, levando o consumo anual para aproximadamente 14 milhões de toneladas este ano, os preços no mercado doméstico atingiram a mínima dos últimos 3 anos em função de uma produção recorde de 14,8 milhões de toneladas. Como conseqüência da queda dos preços, atualmente as importações para a China não se encontram em patamares economicamente viáveis e os compradores chineses estão fora do mercado. Adicionalmente, as autoridades vêm tomando medidas para desencorajar a utilização das licenças de importação remanescentes devido à disponibilidade de açúcar no país. ƒ No mercado internacional de açúcar bruto, o preço médio observado durante o

1T’09 foi de ¢US$11,59/lb, ou 24,8% acima da cotação média observada no mesmo período do ano anterior. Em relação ao 4T’08, entretanto, observou-se um declínio, ficando a cotação média 8,5% abaixo dos ¢US$12,67/lb.

Safra 08/09 da região

Centro-Sul do Brasil

continua priorizando a

produção de etanol

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Preços do Açúcar Bruto – Últimos 24 Meses (NY11) 5,0 7,0 9,0 11,0 13,0 15,0 17,0 19,0 21,0 U S ¢ /lb 110 154 198 242 286 330 374 418 462 US $ /t o n NY nº11 - ago/06-jul/07 NY nº11 - ago/07-jul/08 2T08 3T08 4T08 1T09 Fonte: NYBOT

ƒ Durante o 1T’09 os grandes hedge funds somados aos pequenos fundos e especuladores diminuíram em 33% suas posições líquidas compradas, passando de 196 mil lotes no início de maio para aproximadamente 130 mil lotes no final de julho, que equivalem à 17% do total de contratos em aberto. Vale destacar que o número de contratos em aberto diminuiu significativamente no período, passando de cerca de 920 mil lotes para 780 mil lotes, ou seja, uma redução de 15%. Este fato evidencia a fuga de especuladores de commodities devido a expectativa de desaceleração da economia mundial.

P osiçã o dos Fundos (% do volum e ) vs. P re ço NY11 (ce nta vos dóla r/libra -pe so)

-40% -30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 13 /0 6/ 00 05 /1 2/ 00 29 /0 5/ 01 27 /1 1/ 01 21 /0 5/ 02 12 /1 1/ 02 06 /0 5/ 03 28 /1 0/ 03 20 /0 4/ 04 12 /1 0/ 04 05 /0 4/ 05 11 /1 0/ 05 05 /0 4/ 06 26 /0 9/ 06 20 /0 3/ 07 11 /0 9/ 07 04 /0 3/ 08 -16 -12 -8 -4 0 4 8 12 16 20 24 US ¢ /l b

Fonte: NYBOT e CFTC (Comm odities Futures Trading Com mission)

ƒ No mercado internacional de açúcar refinado, o preço médio de US$354,70/ton observado durante o 1T’09 foi 10,1% superior aos U$322,18/ton do mesmo período do ano anterior. Em relação ao 4T’08, o preço médio observado ficou praticamente estável. O prêmio de branco era cotado ao final do 1T’09 a U$85 por tonelada, ou uma desvalorização de 12% em relação ao trimestre anterior.

Fuga de

especuladores

diminui

significativamente o

número de contratos

em aberto

(6)

ƒ Entretanto, no início do mês de agosto, o Departamento de Agricultura Americano (USDA) determinou a abertura de uma cota de importação no volume de 300.000 toneladas de açúcar refinado, que pode ser mantida por tempo indeterminado, caso se confirme: i) a queda de 600.000 toneladas na produção de açúcar de beterraba; ii) a redução na capacidade de refino, causada pelo acidente numa grande refinaria americana no início do ano e; iii) o aumento nos preços de HFCS, (High Fructose Corn Syrup) em função das elevadas cotações do milho. Esta medida impulsionou a cotação do prêmio de branco para patamares superiores a US$110 por tonelada.

P re ços do Açúca r Re fina do – Últim os 24 M e se s (LIFFE nº 5 )

5,0 7,0 9,0 11,0 13,0 15,0 17,0 19,0 21,0 23,0 U S ¢ /lb 110 154 198 242 286 330 374 418 462 506 US $ /t o n

LIFFE nº5 - ago/06-jul/07 LIFFE nº5 - ago/07-jul/08

2T08 3T08 4T08 1T09

Fonte: LIFFE

ƒ No mercado doméstico de açúcar, o preço médio observado durante o 1T’09 para o açúcar cristal, base ESALQ, foi de R$26,67 por saca de 50Kg (ou R$533,18/ton), comparado aos R$25,96 por saca de 50Kg (ou R$519,28/ton) observados no mesmo trimestre do ano anterior. Em relação ao 4T’08 o açúcar cristal permaneceu praticamente estável, desvalorizando-se 2%.

P re ços do Açúca r Crista l – Últim os 24 M e se s (ES ALQ sa ca s 50 kg )

10 20 30 40 50 60 R $ /s aco d e 50 K g 200 400 600 800 1.000 1.200 R $ /Ton

ESALQ - ago/06-jul/07 ESALQ - ago/07-jul/08

2T08 3T08 4T08 1T09

Fonte: ESALQ

ƒ No mercado doméstico de etanol, o preço médio durante o 1T’09 para o hidratado, base ESALQ, foi de R$0,697/litro, ou um aumento de 10,8% sobre R$0,629/litro observado no mesmo período do ano anterior. Para o etanol

Abertura de quota

para importação de

açúcar refinado

impulsiona prêmio de

branco

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anidro o preço médio de R$0,824/litro ficou 9,6% acima em relação ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao 4T’08 observou-se uma desvalorização para o etanol hidratado de 3,6%, enquanto o etanol anidro valorizou-se 2,3%. Este movimento antagônico pode ser explicado pela forte demanda de etanol anidro para exportação durante o período considerado.

ƒ As exportações de etanol no 1T’09 atingiram 1,4 bilhão de litros, volume 64% superior em relação ao mesmo período da safra anterior. Este aumento significativo das exportações brasileiras de etanol deveu-se principalmente a forte demanda dos EUA, uma vez que as enchentes registradas no meio-oeste americano durante o mês de junho impactaram os preços do milho e também dificultaram a distribuição interna de etanol naquele país. Conseqüentemente, o principal destino do etanol brasileiro durante o período foi os EUA com 0,66 bilhão de litros, seguido dos países do CBI, 0,32 bilhão de litros e União Européia com 0,26 bilhão de litros. Vale a pena destacar que as exportações de etanol durante o mês de julho apresentaram recorde histórico, com 0,61 bilhão de litros exportados.

P re ços do Álcool – Últim os 24 M e se s (ES ALQ)

200 300 400 500 600 700 800 900 1.000 1.100 1.200 1.300 R $ /1 ,000 l itr o s

Anidro - ago/06-jul/07 Hidratado - ago/06-jul/07 Anidro - ago/07-jul/08 Hidratado - ago/07-jul/08

2T08 3T08 4T08 1T09

Fonte: ESALQ

ƒ Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), ao final do 1T’09, o preço médio da gasolina no Brasil era de R$2,450/litro, enquanto o preço do etanol hidratado era de R$1,501/litro, ou seja, uma paridade de 61,2%. No mesmo período, em 6 estados brasileiros (Amapá, Roraima, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí) o preço do etanol estava acima da paridade de 75% em relação ao preço da gasolina. Em São Paulo, maior centro consumidor do país, a paridade era de 52,3%.

ƒ Esta relação favorável ao etanol continua estimulando o consumo em todo o país. De acordo com dados da ANP, de maio a julho o consumo de etanol hidratado no Brasil cresceu 49% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram comercializados no trimestre, cerca de 3,2 bilhões de litros de etanol hidratado e 1,5 bilhão de litros de etanol anidro, totalizando 4,7 bilhões de litros. A comercialização de gasolina no mesmo período foi de 4,6 bilhões de litros.

Exportações recordes

de etanol marcam o

1T09

Consumo de etanol

permanece superior

ao consumo de

gasolina durante o

trimestre

(8)

Evoluçã o da s V e nda s de V e ículos Bi-com bu stíve l 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% %

% de veículos Flex-fuel no total das vendas

2002 2003 2004 2005

CAGR =87.3%

2006 2007 2008

Fonte: ANFAVEA

ƒ As vendas de carros continuaram aquecidas. Segundo dados da Anfavea, de maio a julho foram comercializados 704.607 mil veículos, apresentando um crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2007. Durante o 1T’09 as vendas de veículos flex-fuel superaram as 650 mil unidades, ou 87,6% das vendas de carros novos. A frota flex-fuel atual ultrapassa os 7,2 milhões de veículos, o que representa 27% da frota total.

Evoluçã o da Ta x a de Câ m bio – Últim os 24 M e se s (R$/US $)

1,40 1,50 1,60 1,70 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 R $ / U S $

Câmbio - ago/06-jul/07 Câmbio - ago/07-jul/08

2T08 3T08 4T08 1T09

-14,3%

-16,9%

Fonte: BACEN

ƒ Ao final do 1T’09 o dólar era cotado a R$1,5666/US$, o que representava uma apreciação do real frente ao dólar de 7,7% em relação ao final do 4T’08. Porém, após o término do trimestre o dólar inverteu esta trajetória de desvalorização e começou a apreciar-se frente as principais moedas do mundo. Atualmente a cotação do dólar ultrapassou o patamar de R$1,8/US$.

B. Performance Operacional

ƒ O 1T’09 encerrou-se com margem EBITDAH de apenas 10,2% e com

bottom-line negativo. O principal fator que determinou estes resultados, significativamente inferiores aos do 1T’08, foi a grande redução da

(9)

concentração de açúcar na cana-de-açúcar medida pelo ATR. Esta redução tem impacto direto no custo de produção e, conseqüentemente, no custo dos produtos vendidos, que representaram um aumento de R$78,1 milhões no 1T’09 em relação ao 1T’08. Todavia, também tiveram impactos relevantes nos resultados obtidos os preços das commodities, a taxa de câmbio, a tática de formação de estoques e a inflação.

1T'08 1T'09 Demonstração de Resultados (R$MM) YTD'08 YTD'09

591,7

639,6 Receita Operacional Líquida 591,7 639,6 (548,0)

(626,0) Custo dos Produtos Vendidos (548,0) (626,0)

(125,4)

(157,2) Sendo Depreciação e Amortização (125,4) (157,2) 43,7

13,6 Lucro Bruto 43,7 13,6

7,4% 2,1% Margem Bruta 7,4% 2,1%

(61,1)

(85,7) Despesa com Vendas (61,1) (85,7)

(57,0)

(59,7) Despesas Gerais e Administrativas (57,0) (59,7) (1,5)

(0,6) Outras Despesas Operacionais (1,5) (0,6) 49,5

24,7 EBITDA 49,5 24,7

8,4% 3,9% Margem de EBITDA 8,4% 3,9%

133,3

69,9 EBITDAH (Ajustado por Hedge) 133,3 69,9

19,7% 10,2% Margem de EBITDAH 19,7% 10,2%

150,8

86,9 Despesas Financeiras, Líquidas 150,8 86,9 0,1

0,2 Equivalência Patrimonial 0,1 0,2 (56,0)

(40,4) Amortização do Ágio (56,0) (40,4)

3,0

4,5 Resultado Não Operacional/Extraordinário 3,0 4,5 22,1

(81,3) Lucro antes do IR/CS 22,1 (81,3) (9,0)

22,4 Imposto de Renda e Contrib. Social (9,0) 22,4 0,6

0,8 Participação de Minoritários 0,6 0,8 13,7

(58,1) Lucro (Prejuízo) Líquido 13,7 (58,1)

2,3% -9,1% Margem de Lucro Líquido 2,3% -9,1%

ƒ A influência da taxa de câmbio sobre os resultados da Cosan continua determinante. Assim, com mais um trimestre de apreciação do real frente ao dólar, as exportações seguiram a trajetória de perda de participação, atingindo 59,4% das receitas totais enquanto que em volumes de açúcar-equivalente representaram 65,0% do faturamento total, mesmo com grande crescimento das exportações de etanol. A exportação de etanol tem sido uma importante válvula de regulagem de preços no mercado interno, bem como de oferta de açúcar. Este instrumento, embora prejudique parcialmente o resultado direto do etanol exportado, com preços relativamente baixos e taxa de câmbio insatisfatória, acaba proporcionando maior rentabilidade nas vendas de açúcar e nas vendas domésticas do etanol.

1T'08 1T'09 Composição das Vendas (R$MM) YTD'08 YTD'09

591,7

639,6 Receita Operacional Líquida 591,7 639,6 371,8

352,4 Receita com Vendas de Açúcar 371,8 352,4

57,3

57,9 Mercado Interno 57,3 57,9

314,5

294,6 Mercado Externo 314,5 294,6

168,9

241,8 Receita com Vendas de Etanol 168,9 241,8

120,1

160,0 Mercado Interno 120,1 160,0

48,8

81,8 Mercado Externo 48,8 81,8

51,0

45,4 Outros Produtos e Serviços 51,0 45,4 46,6

41,9 Mercado Interno 46,6 41,9

4,3

3,5 Mercado Externo 4,3 3,5 ƒ Em termos de mix de produtos, a Cosan voltou a priorizar a produção de etanol

e quanto a produção de açúcar, adotou a estratégia de acúmulo de estoques. Desta forma, a participação do açúcar nas receitas totais reduziu-se para 55,1% no 1T’09, ante 62,8% no 1T’08. O etanol, por sua vez, teve sua importância aumentada para 37,8% do faturamento líquido do 1T’09, ante 28,6% no 1T’08, crescendo inclusive também sobre as receitas de outros produtos e serviços,

Taxa de câmbio

continua prejudicando

as exportações

(10)

que foi reduzida em valor e em participação principalmente por redução da atividade portuária em função da redução de embarques de açúcar.

1T'08 1T'09 Mercado de Açúcar YTD'08 YTD'09

Quantidade Vendida (mil tons) 842,1 791,7 Total MI e ME 842,1 791,7 104,3 104,2 Mercado Interno 104,3 104,2 737,8 687,5 Mercado Externo 737,8 687,5

Preços Médios Unitários (R$/ton) 442 445 Total MI e ME 442 445 550 555 Mercado Interno 550 555 426 428 Mercado Externo 426 428

ƒ Com relação às vendas de açúcar, enquanto o mercado interno apresentou um volume de vendas no 1T’09 praticamente idêntico ao do 1T’08, as exportações de 687,5 mil toneladas acabaram ficando 6,8% abaixo do volume embarcado no 1T’08. Com isso, o volume total vendido no período ficou 6,0% menor que no 1T’08. Todavia, seguindo o crescimento de produção e a estratégia adotada pela Cosan, os estoques físicos do produto foram significativamente aumentados, chegando a 555,7 mil toneladas, 81,2% maiores que os estoques apresentados ao final do 1T’08. Aos níveis correntes de vendas, estes estoques passaram de 33 dias ao final do 1T’08 para 63 dias ao final do 1T’09. A acúmulo de estoques vem permitindo a Cosan capturar importantes prêmios pagos pelo mercado para este carregamento, que pode ser medido pelo spread entre as telas de açúcar no mercado futuro, que chegou a atingir mais de 100%a.a, no vencimento da tela de maio’08.

ƒ O preço médio, combinando queda da taxa de câmbio e valorização da

commodity, manteve-se no patamar de R$445 por tonelada (¢US$12,45/lb),

apenas 0,8% superior ao preço médio de R$442 por tonelada (¢US$10,37/lb) praticado no 1T’08, porém com uma combinação de fatores muito prejudicial para a competitividade do açúcar brasileiro.

1T'08 1T'09 Mercado de Etanol YTD'08 YTD'09

Quantidade Vendida (milhões de litros) 245,0 338,5 Total MI e ME 245,0 338,5 174,5 223,5 Mercado Interno 174,5 223,5 70,5 115,0 Mercado Externo 70,5 115,0

Preços Médios Unitários (R$/mil litros) 690 714 Total MI e ME 690 714 689 716 Mercado Interno 689 716 692 711 Mercado Externo 692 711

ƒ As vendas de etanol apresentaram um robusto crescimento de 38,2%, com importante crescimento nas exportações, de 63,0%, que passaram a compor 34,0% das vendas de etanol no período (no 1T’08 as exportações foram de 28,8% das vendas), mas também com significativo crescimento de 28,1% nas vendas domésticas, principalmente do etanol hidratado, utilizado nos veículos

flex-fuel. Apesar desse grande impulso da comercialização, com o aumento da

produção de etanol em 17,1%, foi possível também aumentar o nível dos estoques para 349,6 milhões de litros ao final do 1T’09. Da mesma forma que no açúcar, a Cosan vem perseguindo uma tática de estoques elevados, procurando se beneficiar das possibilidades de ganho de preço com o etanol na entressafra, que historicamente possui um prêmio muito superior ao custo financeiro do carregamento dos estoques.

ƒ Com relação a preços médios, o etanol apresentou uma evolução um pouco mais favorável que o açúcar, com crescimento médio de 3,6% para R$714 por mil litros. Importante ressaltar, como dito anteriormente, o papel desempenhado pelas exportações como regulador de mercado. Embora o preço médio das exportações tenha sido inferior ao preço das vendas domésticas, mesmo com

Exportação de etanol

equilibrando oferta do

mercado interno

Estoques Açúcar 1T'08 1T'09 000 ton 306,7 555,7 R$'MM 143,0 229,0 R$/ton 466 412 Estoques Etanol 1T'08 1T'09 000 m³ 325,5 349,6 R$'MM 215,3 235,8 R$/m³ 661 674

(11)

valor embutido da “fobização”, possibilitou o enxugamento do mercado interno e a manutenção de preços em patamares melhores que no exercício social anterior.

ƒ A receita com outros produtos e serviços apresentou queda de 10,9%, para R$45,4 milhões no 1T’09 ante R$51,0 milhões no 1T’08, sendo o principal fator que contribuiu para esta queda a redução do volume de serviços portuários prestados no trimestre, bem como o impacto da valorização cambial uma vez que a maioria dos serviços portuários é precificada em dólares. Na verdade, da mesma forma que a própria Cosan, todo o setor açucareiro acabou forçando a postergação de embarques de açúcar para o segundo semestre, o que acabou deixando o porto relativamente ocioso. Entretanto, vale ressaltar que como os contratos de serviço portuário são na modalidade take-or-pay, ao longo do exercício social, mesmo que esse volume de embarques não seja recuperado, a operação portuária será remunerada. O principal item de faturamento nesta categoria, no entanto, permanece sendo a venda de óleo diesel a terceiros prestadores de serviços agrícolas para a própria Cosan, que no 1T’09 representou R$13,4 milhões de faturamento líquido. No entanto, esta operação é feita sem apuração de margens, com todo o valor de faturamento aparecendo também nos custos de outros produtos e serviços.

ƒ O custo dos produtos vendidos e serviços prestados aumentou 14,2% para R$626,0 milhões no 1T’09, como conseqüência, principalmente, do baixo teor de sacarose medido pelo ATR na cana-de-açúcar processada no período. Em termos de custo de produção de açúcar e etanol, enquanto no 1T’08 o custo foi de R$55,1 por tonelada de cana processada, no 1T’09 o custo aumentou apenas 0,5% para R$55,4 por tonelada de cana. Todavia, como o conteúdo de açúcar na cana-de-açúcar reduziu-se 5,7%, para 130,8 kg por tonelada de cana, o custo por ATR produzido acabou elevando-se 6,6% para R$423,3 por tonelada de ATR. Como também os volumes comercializados cresceram 8,5% no período, em termos de açúcar-equivalente, o efeito combinado de produtividade baixa e volumes elevados acabou determinando esta elevação no custo dos produtos vendidos e serviços prestados.

ƒ Em termos de custo de produção, a fase agrícola do processo continua sendo a principal atividade de agregação de valor, contribuindo com R$44,4 por tonelada de cana, versus R$44,85 no 1T’08, mantendo-se estável e representando 80,2% do custo de produção do açúcar-equivalente. O processo industrial, por sua vez, custou no período R$10,98 por tonelada de cana, ou 19,8% do custo de produção. O custo da cana-de-açúcar entregue na usina de R$44,4 por tonelada inclui 43% de cana adquirida de fornecedores ao valor de R$38,6 por tonelada e 57% de cana própria formada ao custo de R$48,7 por tonelada.

ƒ No 1T’09 tivemos a consolidação da colheita mecanizada, com 50% da área de colheita sendo realizada de forma mecânica, ao custo de R$18,7 por tonelada de cana com as colhedeiras apresentando um rendimento médio de 553 toneladas/dia/máquina, enquanto os outros 50% ainda foram realizados de forma manual, com queima de cana, ao custo de R$21,6 por tonelada, ambos com depreciação incluída nos valores. Vale lembrar que tanto a área de colheita mecanizada está em expansão, quanto o rendimento/produtividade das colhedeiras está em crescimento, dentro de uma curva normal de aprendizagem. Assim, este efeito combinado ainda poderá proporcionar importante alavanca de redução de custo de CCT (corte, carregamento e transporte).

ƒ Outro importante fator de produção agrícola, os tratos culturais, vem também mantendo seu nível médio de custos por hectare estáveis, no patamar de R$1.080/ha. Se, de um lado, a pesada inflação que incidiu e continua a incidir

Custo unitário da

cana-de-açúcar

afetado por baixo teor

de sacarose

(12)

nos insumos agrícolas tem pressionado para cima os custos, o redimensionamento de atividades e reformulação de aplicações vem proporcionando economias que contrabalançam o aumento médio de preços.

1T'08 1T'09 CPV por Produto YTD'08 YTD'09

(548,0)

(626,0) Custo dos Produtos Vendidos (R$MM) (548,0) (626,0) (352,9)

(340,5) Custo do Açúcar (352,9) (340,5)

(164,0)

(242,7) Custo do Etanol (164,0) (242,7)

(31,2)

(42,8) Custo de Outros Produtos e Serviços (31,2) (42,8) Custos Médios Unitários

419

430 Custo do Açúcar (R$/ton) 419 430

669

717 Custo do Etanol (R$/mil litros) 669 717

n.a. n.a. Custo de Outros Produtos e Serviços n.a. n.a.

ƒ Em termos de custo unitário por produto vendido, o custo do açúcar acabou aumentando 2,6% e o do etanol 7,1%. A diferença de aumentos nos dois produtos reflete mix de produção entre usinas (usinas com custo de produção um pouco mais elevado produzindo mais etanol e usinas de custo mais baixo produzindo açúcar). Este tipo de distorção corrige-se ao longo de toda a safra. ƒ As despesas com vendas, de R$85,7 milhões, 40,3% superiores às registradas

no 1T’08, se analisadas de forma unitária, na base açúcar-equivalente, totalizaram R$63 por tonelada, 29,3% superior aos R$49 por tonelada do 1T’08.

1T'08 1T'09 Despesas com Vendas YTD'08 YTD'09

(61,1)

(85,7) Despesas (R$MM) (61,1) (85,7)

1.246,2

1.352,2 Volume (10³ tons açúcar-equivalente) 1.246,2 1.352,2

49

63 Despesa unitária (R$/ton) 49 63 ƒ Parte do crescimento das despesas com vendas está relacionada a frete de

açúcar. Conforme divulgado na carta trimestral do 2T’08, parte das despesas do 1T’08 acabou ficando retida em ativo circulante como despesas de períodos seguintes, sendo descarregadas em resultado somente no 2T’08. O valor efetivo do frete de açúcar do 1T’09 foi de R$49,6 por tonelada de açúcar, comparativamente a um valor ajustado no 1T’08 de R$50,8 por tonelada. Outra parte relevante do incremento das despesas com vendas refere-se ao aumento do frete de etanol, que sofreu uma forte demanda por caminhões-tanque devido ao volume recorde de exportação de etanol no Brasil e a introdução da mistura obrigatória de biodiesel com produção no Norte e Nordeste do Brasil.

ƒ As despesas gerais e administrativas de R$59,7 milhões, 9,3% das receitas líquidas do 1T’09, apresentaram ligeiro aumento (4,8%) em relação aos R$57,0 milhões do 1T’08. Em termos unitários, no entanto, houve uma redução de 3,4% para R$44 por tonelada de açúcar-equivalente, ante R$46 do 1T’08, por causa do maior volume produzido.

1T'08 1T'09 Despesas Gerais e Administrativas YTD'08 YTD'09

(57,0)

(59,7) Despesas (R$MM) (57,0) (59,7)

1.246,2

1.352,2 Volume (10³ tons açúcar-equivalente) 1.246,2 1.352,2

46

44 Despesa unitária (R$/ton) 46 44 ƒ O crescimento das despesas gerais e administrativas foi alavancado

principalmente por três fatores: (i) crescimento de 23,5% nos custos com mão-de-obra própria, para R$27,9 milhões, refletindo tanto acordos sindicais quanto elevação dos salários médios com elevação da qualificação dos colaboradores; (ii) despesas não-recorrentes de R$2,0 milhões relativos a honorários advocatícios por prestação de serviços em discussões fiscais que não estavam provisionados juntamente com o valor da discussão nas provisões para contingências; (iii) crescimento das depreciações, refletindo o início da depreciação dos valores relativos a aquisição de licenças e instalação do SAP/ERP. Por outro lado, houve redução importante de despesas relativas a

Despesas comerciais

superiores ao

exercício anterior,

devido ao aumento

das exportações de

etanol

(13)

serviços de terceiros em geral, com economias de R$4,1 milhões na comparação entre os trimestres, refletindo os esforços já mencionados da administração da Cosan na redução destas despesas.

ƒ As outras despesas operacionais, de R$0,6 milhão, incluem tanto despesas não-caixa de R$10,6 milhões relativas a constituição de provisão para contingências fiscais principalmente de ICMS, como receitas operacionais de R$4,4 milhões relativas a ganhos com rolagem de contratos físicos de açúcar com trading companies, e R$3,9 milhões de ganhos na operação portuária relacionados a prêmios recebidos por armazenagem e a demurrage/despatch, além de R$1,8 milhão recebido a título de aluguéis e arrendamentos.

ƒ O resultado financeiro da Cosan acabou sendo positivo principalmente como reflexo da apreciação cambial do real frente ao dólar norte-americano. Assim, embora o efeito cambial tenha produzido corrosão nos preços médios das exportações da Cosan, a correção de suas dívidas denominadas em dólares acabou traduzindo-se em receitas de variação cambial de R$101,5 milhões no 1T’09, ante R$128,5 milhões do 1T’08.

1T'08 1T'09 Financeiras, Líquidas (R$MM) YTD'08 YTD'09

(55,5)

(37,9) Encargos da Dívida Bruta (55,5) (37,9) 23,3

19,9 Rendimentos de Aplicações Financeiras 23,3 19,9 (32,3)

(17,9) Sub-total: Juros da Dívida Líquida (32,3) (17,9) (23,7)

(41,5) Outros juros e variações monetárias (23,7) (41,5) 128,5

101,5 Variação Cambial 128,5 101,5

83,8

45,2 Ganhos (Perdas) com Derivativos 83,8 45,2 (5,5)

(0,4) CPMF, Tarifas Bancárias e Outros (5,5) (0,4) 150,8

86,9 Financeiras, Líquidas 150,8 86,9 ƒ As operações com derivativos, principalmente de câmbio, também contribuíram

fortemente para as receitas financeiras, ainda que em menor valor quando comparado ao 1T’08. Assim, em operações envolvendo derivativos de

commodities a Cosan registrou ganhos de R$7,9 milhões ante ganhos de

R$44,0 milhões no 1T’08. Da mesma forma, a Cosan registrou ganhos de R$37,4 milhões nos derivativos de câmbio ante ganhos de R$39,8 milhões no 1Q’08.

ƒ Ao final do 1T’09, a Cosan possuía 2.072,5 mil toneladas de açúcar VHP referenciados no NY11, precificados ao valor médio de ¢US$13,42/lb, com um valor de mercado negativo estimado de R$109,6 milhões e 26,5 mil toneladas de açúcar refinado, referenciados no contrato London nº.5, protegidos ao preço médio de US$367,63 por tonelada. A Cosan possuía também US$513,8 milhões protegidos a uma taxa de câmbio média de R$1,8304/US$ e com o valor de mercado estimado em R$102,4 milhões.

ƒ A elevação das despesas de outros juros e variações monetárias correspondeu tanto à elevação do saldo-base de provisão para contingências corrigidos principalmente por CDI, que teve custo equivalente nos dois trimestres, quanto, principalmente, pela pesada carga de variação monetária incidente sobre a dívida PESA atualizada pelo IGP-M, que teve a variação de 0,58% no 1T’08 aumentada para 5,45% no 1T’09.

ƒ A redução de 27,8% nas despesas de amortização de ágio para R$40,4 milhões no 1T’09 refletiram a conclusão das amortizações de ágios relativos a aquisição da Usina da Barra cinco anos atrás, embora já tenha refletido também o início da amortização da usina Benálcool.

ƒ O resultado positivo de imposto de renda e contribuição social reflete a constituição de impostos diferidos relativos a prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social apurados no período, pela alíquota nominal de 34% e ajustado por receitas e despesas não incidentes na base de cálculo. Ao final do

Variação cambial

influenciando o

resultado financeiro

do trimestre

Derivativos de Preço - NY11

Tela '000 t ¢/lb Out'08 11,76 Mar'09 13,71 Mai'09 15,60 Jul'09 14,15 Out'09 14,26 Jul'10 15,05 Out'10 15,09 Total 13,42

Derivativos de Preço - London #5

Tela '000 t US$/ton

Out'08 367,63

Total 367,63

Derivativos de Câmbio

Trim. 'US$MM R$/US$

2T'09 197,0 1,80 3T'09 168,9 1,83 4T'09 147,9 1,86 Total 513,8 1,83 607,0 35,6 2.072,5 476,9 468,6 10,2 416,3 26,5 57,9 26,5

(14)

1T’09, a Cosan apresentou R$386,7 milhões de ativo de imposto de renda e contribuição social diferidos com perspectiva de realização no longo-prazo, sendo R$260,4 milhões relativos a diferenças temporárias, principalmente provisões para contingências, e R$126,3 milhões relativos a prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social que poderão ser compensados com lucros tributáveis futuros em base-caixa.

Cálculo do Imposto de Renda e Contribuição Social YTD'08 YTD'09

Lucro (prejuízo) antes do IR/CS 22,1 (81,3) Ajustes para o IR/CS efetivos

Equivalência Patrimonial (0,1) (0,2)

Amortização de ágio não-dedutível 2,5 4,2

Amortização de doações e contribuições não-dedutíveis 2,5 3,1

Outros (0,4) 8,3

Base de cálculo efetiva 26,6 (65,9)

Alíquota nominal 34% 34%

IR/CS (9,0) 22,4

IR Corrente (20,0) (13,7)

IR Diferido 10,9 36,1

Alíquota efetiva 41,0% 27,6%

ƒ Após os impostos, e ajustado por participação minoritária na Usina da Barra e na Cosan Portuária, o bottom-line finalizou o 1T’09 negativo em R$58,1 milhões, comparativamente a um lucro líquido de R$13,7 milhões no 1T’08.

C. Situação Financeira

ƒ A dívida financeira bruta totalizou R$1.537,7 milhões ao final do 1T’09, substancialmente abaixo dos R$2.234,9 milhões do 1T’08, tanto pelo efeito de taxa de câmbio quanto pela antecipação do pagamento de US$164,2 milhões das Senior Notes 2009, comentada anteriormente no 2T’08. Se forem levadas em consideração as disponibilidades financeiras, a dívida líquida totalizou R$903,8 milhões no 1T’09, comparados a R$1.418,5 milhões no 1T’08.

Dívida por Tipo (R$MM) 1T'08 % 1T'09 % Var.

Senior Notes 2009 385,1 17,2 57,5 3,7 (327,6) Senior Notes 2017 777,9 34,8 626,6 40,8 (151,3) Bônus Perpétuos 861,9 38,6 718,8 46,7 (143,1) Adiant. de Contratos de Câmbio - - - - -Finame 13,4 0,6 6,2 0,4 (7,2) Capital de Giro 36,7 1,6 29,5 1,9 (7,2) IFC 118,7 5,3 85,0 5,5 (33,6) Pré-pagamento de Exportações 40,0 1,8 14,0 0,9 (26,0) Notas Promissórias 1,3 0,1 - - (1,3) Endividamento Bruto 2.234,9 100,0 1.537,7 100,0 (697,2) Disponib. e Aplic. Financeiras 816,4 36,5 633,9 41,2 (182,5) Dívida Líquida 1.418,5 63,5 903,8 58,8 (514,7) ƒ A dívida de curto prazo mantém-se em patamares mínimos, representando

apenas 4,1% do endividamento total ao final do 1T’09. Em termos de moeda, o endividamento permanece composto primordialmente por operações denominadas em dólares norte-americanos, que mantém sua participação em torno de 97,7% do endividamento total.

Perfil da Dívida (R$MM) 1T'08 % 1T'09 % Var.

Endividamento Total 2.234,9 100,0 1.537,7 100,0 (697,2) Curto Prazo 126,3 5,7 62,9 4,1 (63,5)

Longo Prazo 2.108,6 94,3 1.474,9 95,9 (633,7)

Denominado em Reais 51,3 2,3 35,7 2,3 (15,6) Denominado em Dólares 2.183,6 97,7 1.502,0 97,7 (681,5)

(15)

D. Investimentos

ƒ A Cosan totalizou R$265,6 milhões de capex no 1T’09, 52,3% a mais que no 1T’08. O valor de capex inclui R$12,2 milhões não-operacionais, relativos a: (i) R$3,7 milhões na capitalização da Uniduto; (ii) R$1,9 milhão por ágio pago na aquisição das ações da Aliança, uma empresa-projeto na região de Araçatuba que já possui licença-ambiental, e que deverá representar a segunda fase da expansão da unidade Gasa, para até 3,8 milhões de toneladas; (iii) R$11,5 milhões correspondentes a despesas pré-operacionais nas operações “bioenergia”, no greenfield e em gastos com a fase de integração da Esso e; (iv) ajuste negativo de R$4,9 milhões no ágio pago na aquisição da Santa Luiza por reclassificações contábeis nessa empresa.

1T'08 1T'09 Capex(R$MM) YTD'08 YTD'09

3,9

0,7 Aquisição de Investimentos, inclusive Ágio 3,9 0,7 0,1

11,5 Aplicações em Diferido e Outros 0,1 11,5 56,1 54,9 Plantio do Período 56,1 54,9 27,5 41,6 Projetos de Co-geração 27,5 41,6 3,6 - Manutenção de entressafra 3,6 -83,1

156,9 Inversões em Ativo Imobilizado 83,1 156,9 174,4

265,6 Capex 174,4 265,6

170,3

253,3 Capex Operacional 170,3 253,3 ƒ O capex operacional de R$253,3 no 1T’09, 50,1% maior que os R$170,3

milhões do 1T’08, teve seu crescimento alavancado, principalmente, pela finalização dos investimentos relativos à expansão da unidade Gasa (R$39,4 milhões) pelos desembolsos relativos ao greenfield na unidade de Jataí (R$68,3 milhões), e pela finalização dos projetos de co-geração nas unidades Costa Pinto e Rafard e início dos desembolsos na unidade Bonfim.

ƒ Outros grandes projetos que compuseram o capex operacional foram: (i) R$8,4 milhões em construção de capacidade de tancagem de etanol adicional nas unidades Ipaussu, Bonfim, Barra e Gasa; (ii) R$6,6 milhões em projeto de construção de dutos para carregamento da vinhaça até o campo, com objetivo de adequação ambiental e redução à dependência de fertilizantes e; (iii) R$15,3 milhões em mecanização agrícola, incluindo novas colhedeiras e novos tratores, implementos e caminhões para as operações agrícolas das diversas usinas. ƒ O plantio de cana-de-açúcar (exceto em Jataí, incluído nos gastos com

greenfield mencionados acima), manteve-se, no 1T’09, nos mesmos patamares e custos do 1T’08, embora a partir do 2T’09 a Cosan trabalhe com diretrizes de redução de área plantada e, conseqüentemente, capex de plantio.

E. Fatos Relevantes

ƒ A subsidiária Barra Bioenergia S.A., em 14 de agosto de 2008, celebrou contrato de comercialização de energia elétrica com a CPFL Comercialização Brasil S.A. (“CPFL”). Através da unidade Gasa, será explorado um empreendimento de co-geração de energia por meio da utilização de biomassa, de forma a cumprir o contrato de comercialização mínima de energia elétrica de 2.900.000MWh a 3.600.000MWh em um período de 15 anos, totalizando um valor corrente aproximado de R$ 500,0 milhões, corrigido anualmente pela variação do IGP-M. O contrato também prevê o fornecimento de eventual energia adicional gerada por essa unidade, inclusive através de uma maior utilização de biomassa, isto é, o uso de folhas e palha da cana-de-açúcar, além do bagaço.

ƒ Dada a conclusão antecipada dos projetos de co-geração nas usinas Costa Pinto e Rafard, previstas para iniciar suas operações em 2009, a Cosan S.A.

Greenfield, unidade

Jataí, em ritmo

acelerado de obras

(16)

Bioenergia também fornecerá à CPFL 100.000 MWh por um período de 6 meses com início em setembro de 2008. Além disso, já em janeiro de 2009 terá início o faturamento da energia vendida no leilão de 2005, representando uma entrada de caixa mensal média da ordem de R$4,0 milhões.

ƒ As subsidiárias Barra Bioenergia S.A. e Cosan Centroeste S.A. Açúcar e Álcool foram vencedoras do 1º Leilão de Energia de Reserva realizado no dia 14 de agosto de 2008. Através das unidades Barra, Bonfim e Jataí serão explorados empreendimentos de co-geração de energia através da utilização de biomassa por um período de 15 anos a partir de 2010, totalizando 9.504.600 MWh com valor atual de aproximadamente R$1,5 bilhão ajustado por IPCA.

ƒ A Cosan S.A. constituiu, em 28 de agosto de 2008, a subsidiária, Radar Propriedades Agrícolas S.A. (“RADAR”), empresa que tem como objetivo investir em imóveis agrícolas no Brasil através da identificação de propriedades rurais com alto potencial de valorização, para subseqüente arrendamento e/ou venda. A Cosan desenvolveu ao longo da última década um centro técnico especializado na avaliação do potencial agrícola de propriedades rurais. A administração da RADAR será independente e contará com profissionais exclusivamente dedicados. O Capital social da RADAR será compartilhado, sendo aproximadamente 18,9% pertencentes a Cosan e 81,1% a demais investidores. O aporte inicial da Cosan neste empreendimento será de US$35,0 milhões e dos demais investidores de US$150,0 milhões. Um segundo aporte está previsto para os próximos 2 anos. Segundo acordo de acionistas, celebrado nesta data, a Cosan terá o controle ordinário da RADAR, através da maioria dos votos do Conselho de Administração. Em adição, a Cosan tem a opção de subscrever 20% do capital social da RADAR que poderá ser exercida nos próximos 10 anos ao mesmo valor da capitalização inicial.

ƒ Em 11 de setembro de 2009 a Cosan, através das subsidiárias de bioenergia, ainda celebrou mais contratos de fornecimento de energia elétrica a partir da utilização da biomassa através de acordos bi-laterais com a Rede Comercializadora de Energia S/A, através dos quais, por também 15 anos, as usinas Univalem e Diamante fornecerão aproximadamente 3.000.000 MWh a um valor atual aproximado de R$489 milhões, corrigido anualmente pela variação do IGP-M.

F. Guidance para o FY’09

ƒ Esta seção contém guidance por faixa de variação de alguns parâmetros chave

para a Companhia, contendo desde variações não tão relevantes (inferiores a 5%), passando por variações médias (até 15%), variações relevantes (até 30%) e grandes variações (superiores a 30%). Além disso, as demais partes desta carta financeira também podem conter projeções nos termos da sessão 27A da Lei de Valores Mobiliários dos Estados Unidos de 1933 (U.S. Securities Act of

1933) e sessão 21E do Securities Exchange Act de 1934, bem como de suas

alterações. Tais projeções e guidance são apenas estimativas e indicativos, não sendo garantia de quaisquer resultados futuros. Investidores são advertidos que quaisquer projeções e guidance estão sujeitos a diversos riscos, incertezas e fatores relacionados ao mercado e ao contexto operacional da Cosan, bem como de suas subsidiárias, podendo causar diferenças materiais dos resultados futuros explícitos ou implícitos a tais projeções. Embora a Cosan acredite que as expectativas e premissas assumidas nas referidas projeções e guidance abaixo sejam razoáveis, baseadas nas informações atualmente disponíveis aos seus administradores, a Cosan não pode garantir qualquer evento ou resultado futuro. A Cosan não assume nenhuma obrigação quanto à atualização de quaisquer das projeções mencionadas.

• Este guidance foi

preparado sem levar em conta os efeitos da possível consolidação da Esso nas demonstrações financeiras da Cosan.

• Também não considera

a alteração do exercício social para 31 de março aprovada na AGOE de 29 de agosto de 2008 determinando que o FY’09 seja encerrado com apenas 11 meses de operações.

(17)

Guidance 2007FY 2008FY 2009FY

Taxa de Câmbio - Final (R$:US$) 2,0339 1,6872 =

-Volume de Cana Moída (mil tons) 36.157 40.315 ▲

-Volume de Açúcar Vendido (mil tons) 3.241 3.147 ▲

-Volume de Etanol Vendido (milhões de litros) 1.322 1.568 ▲

-Preço Médio Unitário - Açúcar (R$/ton) 683 454 ▲

-Preço Médio Unitário - Etanol (R$/mil litros) 897 714 ▲

-Receita Líquida (R$MM) 3.605 2.736 ▲▲

-Custo dos Produtos Vendidos (R$MM) 2.481 2.387 ▲▲

-EBITDA (R$MM) 928 173 ▲▲▲

-EBITDAH (R$MM) 854 398 ▲

-Lucro (Prejuízo) Líquido (R$MM) 357 (48) ▼▼▼

-Capex Operacional (R$MM) 684 1.051 ▲▲

-Mudança sobre guidance

anterior Faixa de Variação Código

-5% ≤ ∆ ≤ +5% = +5% ≤ ∆ ≤ +15% ▲ +15% ≤ ∆ ≤ +30% ▲▲ +30% ≤ ∆ ▲▲▲ -15% ≤ ∆ ≤ -5% ▼ -30% ≤ ∆ ≤ -15% ▼▼ -30% ≥ ∆ ▼▼▼

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G. Demonstrações Financeiras da Cosan S.A. – BR GAAP

Demonstração do Resultado Abr'06 Abr'07 Abr'08 Out'06 Jan'07 Abr'07 Jul'07 Out'07 Jan'08 Abr'08 Jul'08

(Em milhões de reais) FY'06 FY'07 FY'08 2T'07 3T'07 4T'07 1T'08 2T'08 3T'08 4T'08 1T'09

Receita Operacional Bruta 2.702,4 3.902,9 2.978,6 1.084,3 1.048,5 755,4 636,4 678,3 747,5 916,4 692,7

(-) Impostos e Deduções sobre Vendas (224,5) (297,8) (242,5) (76,2) (77,7) (73,3) (44,7) (50,8) (73,5) (73,4) (53,1)

(=) Receita Operacional Líquida 2.477,9 3.605,1 2.736,2 1.008,1 970,8 682,1 591,7 627,5 674,0 843,0 639,6

(-) Custo dos Produtos Vendidos (2.481,1)(1.721,3) (2.387,1) (713,1) (680,2) (511,8) (548,0) (551,1) (594,4) (693,6) (626,0)

(=) Lucro Bruto 756,6 1.123,9 349,0 294,9 290,6 170,3 43,7 76,4 79,6 149,4 13,6

Margem 30,5% 31,2% 12,8% 29,3% 29,9% 25,0% 7,4% 12,2% 11,8% 17,7% 2,1%

(-) Receitas (Despesas) Operacionais (819,1) (558,6) (428,0) (109,7) (196,7) 98,9 (24,6) (51,8) (186,1) (165,5) (99,4)

(-) Vendas (217,1) (282,0) (301,3) (75,6) (71,2) (75,2) (61,1) (91,9) (73,4) (74,9) (85,7)

(-) Gerais e Administrativas (150,0) (246,2) (210,2) (49,4) (52,8) (97,7) (57,0) (45,5) (49,9) (57,7) (59,7)

(-) Financeiras Líquidas (245,2) 158,0 284,3 27,7 (17,6) 333,6 150,8 144,3 (11,9) 1,0 86,9

(±) Resultado de Equivalência Patrimonial 0,6 (0,1) 6,6 0,1 0,1 (0,5) 0,1 0,0 0,1 6,4 0,2

(-) Amortização do Ágio (142,8) (223,7) (201,4) (55,6) (55,9) (55,9) (56,0) (56,6) (48,2) (40,6) (40,4)

(±) Outras Despesas Operacionais (11,8) 35,3 (6,0) 43,1 0,7 (5,4) (1,5) (2,0) (2,7) 0,3 (0,6)

(-) Gastos com Colocação de Ações (52,8) - - -

-(=) Lucro (Prejuízo) Operacional (62,5) 565,3 (79,0) 185,3 93,9 269,1 19,1 24,6 (106,6) (16,1) (85,8)

Margem -2,5% 15,7% -2,9% 18,4% 9,7% 39,5% 3,2% 3,9% -15,8% -1,9% -13,4%

(±) Resultado Não Operacional (1,0) 2,0 10,0 0,3 0,1 0,4 3,0 2,3 1,1 3,7 4,5

(=) Lucro (Prejuízo) antes do IR/CSLL (63,5) 567,3 (69,0) 185,6 94,0 269,5 22,1 26,9 (105,5) (12,4) (81,3)

(±) Imposto de Renda e Contrib. Social 5,8 (203,9) 18,7 (60,1) (30,0) (102,5) (9,0) (12,3) 33,5 6,6 22,4

(±) Participação de Minoritários (6,9) (6,2) 2,5 (1,8) (0,6) (2,3) 0,6 0,7 0,6 0,5 0,8

(=) Lucro (Prejuízo) Líquido (64,6) 357,3 (47,8) 123,8 63,4 164,7 13,7 15,2 (71,4) (5,3) (58,1)

Margem -2,6% 9,9% -1,7% 12,3% 6,5% 24,2% 2,3% 2,4% -10,6% -0,6% -9,1%

z EBITDA 517,7 928,0 172,9 272,6 197,9 128,4 49,5 75,9 1,3 46,2 24,7

Margem 20,9% 25,7% 6,3% 27,0% 20,4% 18,8% 8,4% 12,1% 0,2% 5,5% 3,9%

z EBITDAH (Ebitda ajustado por Hedge) 308,6 853,7 397,8 280,9 233,2 136,4 133,3 142,7 94,4 27,3 69,9

Margem 13,6% 24,2% 13,4% 27,6% 23,2% 19,8% 19,7% 20,6% 12,3% 3,3% 10,2%

z Depreciação e Amortização 139,9 297,0 341,3 59,5 30,6 136,5 125,4 139,0 47,8 29,1 157,2

Balanço Patrimonial Abr'06 Abr'07 Abr'08 Out'06 Jan'07 Abr'07 Jul'07 Out'07 Jan'08 Abr'08 Jul'08

(Em milhões de reais) FY'06 FY'07 FY'08 2T'07 3T'07 4T'07 1T'08 2T'08 3T'08 4T'08 1T'09

Disponibilidades e Valores Equivalentes 61,0 643,8 65,8 56,7 976,8 643,8 579,0 135,1 115,7 65,8 90,4

Aplicações Financeiras 770,5 573,3 944,2 345,7 303,7 573,3 237,4 6,5 1.332,5 944,2 543,5

Instrumentos Financeiros Derivativos 288,6 37,6 86,5 15,2 8,5 37,6 94,0 3,6 67,3 86,5 88,4

Duplicatas a Receber de Clientes 212,6 112,3 215,2 277,4 212,1 112,3 140,4 107,3 105,4 215,2 115,5

Estoques 390,8 503,4 570,5 1.221,2 857,9 503,4 790,2 1.194,8 1.019,7 570,5 905,6

Adiantamento a Fornecedores 132,7 211,4 226,1 174,2 184,0 211,4 308,6 304,5 243,1 226,1 252,3

Empresas Ligadas 0,0 - 16,3 - 0,1 - - - - 16,3 1,1

Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 41,4 38,1 - 56,9 144,9 38,1 26,9 24,2 26,0 -

-Outros Créditos 115,7 104,9 158,8 124,7 121,7 104,9 94,2 75,1 79,7 158,8 143,2

Ativo Circulante 2.013,4 2.224,7 2.283,6 2.272,0 2.809,6 2.224,7 2.270,8 1.851,1 2.989,4 2.283,6 2.140,0

Crédito de Ação Indenizatória - 318,4 342,2 - - 318,4 318,4 331,4 339,2 342,2 342,2

Certificados do Tesouro Nacional 104,9 123,3 151,7 114,0 119,2 123,3 127,8 135,9 144,9 151,7 164,8

Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 361,8 242,5 357,0 299,3 214,0 242,5 261,6 277,1 297,9 357,0 386,7

Outros Créditos 99,5 112,4 201,7 93,7 113,0 112,4 108,1 105,8 151,8 201,7 212,3 Investimentos 13,4 93,2 120,3 13,6 13,7 93,2 13,8 13,9 14,0 120,3 124,2 Imobilizado 1.656,4 2.013,1 2.771,4 1.600,3 1.732,1 2.013,1 2.076,7 2.070,3 2.293,3 2.771,4 2.864,7 Ágio 1.353,0 1.133,2 1.160,7 1.245,0 1.189,1 1.133,2 1.146,6 1.090,2 1.042,4 1.160,7 1.115,6 Diferido 2,3 2,6 4,9 2,3 2,2 2,6 3,2 3,6 3,7 4,9 18,0 Ativo Permanente 3.591,3 4.038,6 5.109,9 3.368,2 3.383,2 4.038,6 4.056,2 4.028,1 4.287,1 5.109,9 5.228,5 (=) Total do Ativo 5.604,8 6.263,4 7.393,5 5.640,2 6.192,8 6.263,4 6.327,0 5.879,2 7.276,4 7.393,5 7.368,5 Empréstimos e Financiamentos 68,8 89,0 83,3 73,4 75,9 89,0 116,5 105,1 74,9 83,3 66,4

Instrumentos Financeiros Derivativos 65,4 35,5 41,9 20,5 2,5 35,5 48,0 31,2 20,5 41,9 13,1

Fornecedores 201,7 113,8 191,0 348,0 197,2 113,8 315,2 373,3 196,3 191,0 331,6

Ordenados e Salários a Pagar 49,7 63,3 80,7 92,0 37,5 63,3 91,7 113,4 51,7 80,7 119,0

Impostos e Contribuições Sociais a Recolher 111,1 126,2 116,1 107,3 114,8 126,2 131,5 101,0 93,3 116,1 115,0

Adiantamento de Clientes 79,2 49,4 26,3 98,4 83,2 49,4 41,0 28,7 30,0 26,3 25,5

Notas Promissórias 55,8 1,3 - 37,8 3,7 1,3 1,3 - - -

-Empresas Ligadas 0,1 0,7 - 0,7 - 0,7 - - - -

-IR e CS Diferidos s/ Reserva de Reavaliação 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5 5,5

Outras Obrigações 32,8 107,2 32,9 64,9 27,2 107,2 87,3 12,3 8,3 32,9 17,5

Passivo Circulante 670,0 591,7 577,7 848,4 547,5 591,7 838,1 770,5 480,5 577,7 693,4

Empréstimos e Financiamentos 2.002,7 2.770,4 2.136,2 2.040,6 2.868,7 2.770,4 2.591,1 2.178,8 2.196,8 2.136,2 2.047,9

Impostos e Contribuições Sociais a Recolher 446,9 338,5 359,3 355,8 346,2 338,5 336,5 345,0 340,1 359,3 351,5

Notas Promissórias 12,7 - - -

-Provisão para Contingências 907,4 728,0 832,4 705,4 717,4 728,0 741,0 757,5 775,3 832,4 849,8

Adiantamentos de Clientes 86,9 49,5 - 87,1 42,5 49,5 15,6 14,5 - -

-IR e CS Diferidos s/ Reserva de Reavaliação 40,8 33,4 27,6 37,2 35,4 33,4 30,9 28,3 27,4 27,6 24,5

Outras Obrigações 67,9 100,6 116,8 63,8 62,4 100,6 109,6 105,9 107,0 116,8 116,8

Passivo Exigível a Longo Prazo 3.565,4 4.020,4 3.472,3 3.289,9 4.072,5 4.020,4 3.824,7 3.429,9 3.446,7 3.472,3 3.390,5 Participação Minoritária 14,0 20,2 17,7 17,4 17,9 20,2 19,6 18,9 18,2 17,7 17,0 Capital Social 1.185,8 1.192,7 2.935,3 1.185,8 1.192,7 1.192,7 1.192,7 1.192,7 2.935,3 2.935,3 2.935,3 Reserva de Lucros - 227,3 180,2 - - 227,3 227,3 227,3 227,3 180,2 180,2 Reserva Legal - 16,0 16,0 - - 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 16,0 Reserva de Reavaliação 195,9 195,0 194,4 195,4 195,2 195,0 194,7 194,5 194,4 194,4 194,2 Lucros Acumulados (26,2) - - 103,4 167,0 - 13,9 29,4 (41,9) - (57,9) Patrimônio Líquido 1.355,4 1.631,0 3.325,8 1.484,6 1.554,9 1.631,0 1.644,7 1.659,9 3.331,1 3.325,8 3.267,7 (=) Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 5.604,8 6.263,4 7.393,5 5.640,2 6.192,8 6.263,4 6.327,0 5.879,2 7.276,4 7.393,5 7.368,5

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