• Nenhum resultado encontrado

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD CLC 7 Formador

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD CLC 7 Formador"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

"Se milhares de Judeus sofrem por causa de um católico (Hitler), certamente, que é permitido a um católico sofrer por tantos Judeus. Não poderia agir de outro modo e, por conseguinte, aceito com amor tudo o que me aconteceu." Declaração feita por

Aristides ao rabino Kruger.

Ilustração 1: Aristides e sua família.

INTRODUÇÃO

Aristides é um dos grandes portugueses esquecidos pelo país, homem de coragem invulgar que para salvar mais de 30.000 vidas durante a segunda guerra mundial, ousou desobedecer às ordens do então ditador Oliveira Salazar, vindo a sofrer represálias que se arrastaram para além da sua morte, já que alguns dos seus 14 filhos ainda foram ostracizados pelo antigo regime.

Aristides tinha todas as qualidades relevantes num ser humano, a honra, persistência, coragem e a dignidade.

(2)

Nascido no seio de uma família abastada com o pai juíz, Aristides viria a morrer numa clínica para pobres em Lisboa, mas nem por isso se arrependeria de ter desobedecido como ele disse: -“Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus".

Aristides é o exemplo do que todos nós devíamos ser!

“A humanidade em tempos de guerra e calamidade, precisa de heróis e não de gente banal.”

Aristides é esse herói!

ANALISE AO CONTEXTO HISTORICO

Em plena 2ª guerra mundial Aristides põe em risco os seus 14 filhos com a sua decisão de salvar do risco da morte mais de cerca de trinta mil pessoas.

A 14 De Julho de 1940, quando a Europa mostrava todo o seu horror e violência, Aristides era então cônsul português em Bordéus, nesta altura a sua consciência é abalada por um dilema, a escolha entre a sua carreira, honra e família ou um dever de consciência…

Milhares de pessoas amontoavam-se à porta do consulado português na esperança de receber um visto salvador, que lhes permitisse entrar em Portugal e fugir da crueldade do nazismo.

Um papel faria a diferença entre a vida e a morte de milhares de refugiados. Mostrar-se-ia neste momento um homem de coragem invulgar, ousando desobedecer às ordens de Oliveira Salazar então presidente do concelho e ministro dos assuntos estrangeiros, salvando assim cerca de 30 mil pessoas entre elas 10 mil judeus, mesmo sabendo que este acto de desobediência seria como penetrar num terreno pantanoso, que revelaria consequências desastrosas. Desobedecer a Salazar ira revelar-se equivalente à pintura de um alvo na própria testa.

Aristides sabia que teria de enfrentar a hierarquia dos negócios estrangeiros para a qual um diplomata é uma espécie de militar à paisana, e não teria liberdade para dar voz à sua consciência, competia-lhe unicamente acarretar ordens de dirigentes superiores.

(3)

Salazar como fascista não tinha qualquer intenção de perdoar actos de desobediência, e assim aconteceu, Aristides foi aposentado compulsivamente da função pública.

Em 1940 a sua vida começa a estilhaçar como um vidro! Mas essas são outras lutas…

A guerra que se vivia eram de dias de vertigem, havia urgência, as decisões deviam ser tomadas agora! Já! O mais rápido possível!

Em Maio dos anos 40 vários países tinham caído sem grande resistência aos pés de Adolfo Hitler, Dinamarca, Bélgica, Holanda e Luxemburgo rendem-se ao tirano rapidamente.

O avanço alemão é imparável e rápido, em pouco tempo os exércitos nazis tornaram Paris o seu alvo emblemático e avançaram sem oposição rumo aos Pirenéus. O governo francês não previra a eventualidade da capitalização, e recuava agora precipitadamente na direcção de Bordéus.

O pânico é geral, comboios chegam apinhados de gente dos mais diversos países, gente perdida com um desesperado sentido de orfandade. Naqueles dias milhões de franceses e outros tantos de outras nacionalidades pegavam no que podiam e movimentavam-se para sul, a única saída de salvação era Lisboa, último porto atlântico que restava como alternativa. Todos os dias por isso se juntavam pessoas junto ao consulado português em Bordéus, para estes fugitivos o próximo passo seria deixar a Europa, mas para tal é necessário a autorização da entrada no país e só o fará quem for portador do um visto.

O visto salvador chega pelas mãos de Aristides Sousa Mendes, que passa vistos a todos aqueles que lhe pedirem.

A notícia corre rapidamente e alastra-se, de repente todos afluem ao consulado português que se diz passar vistos sem restrições. As pessoas amontoam-se, dentro e fora do consulado e nas ruas na esperança de constatarem o facto.

Aristides recolhe todos os passaportes sem olhar a nacionalidade, religião, etnia ou condição social, e com a ajuda de um filho, do genro e de um rabi que tinha secretamente acolhido na sua casa reúne sacos cheios de passaportes. Para apressar as operações monta uma “linha montagem” de vistos, onde familiares e amigos ajudam a preencher os vistos e Aristides autentificava com um carimbo e a sua assinatura. Para facilitar o processo decide prescindir do pagamento dos serviços, para que assim todos rapidamente adquirissem os passaportes visados, afirmam relatos que foram vários dias em que não parava para comer ou beber passando vistos

(4)

compulsivamente, às vezes em pequenos pedaços de papel, na rua, no carro, no hotel, em casa, passou vistos a todos os que estavam a sofrer. Adquirem assim vistos judeus e não judeus, gente anónima, personalidades da vida económica e cultural da Europa.

Nunca como na segunda guerra mundial estiveram tantas pessoas dependentes de papéis, de letras, números e carimbos, para viver ou morrer.

A vida de Aristides de Sousa Mendes muda entre os dias 17 e 24 e Junho de 1940 e mudará também a de milhares de pessoas. Apesar de ter muito a perder não acarreta as ordens do governo português que se dirigi a ele através da circular 14, que dizia expressamente:

“Os consulados de carreira não poderão conceder vistos sem prévia consulta ao ministério dos negócios estrangeiros.

Não podem passar vistos:

Aos estrangeiros de nacionalidade indeferida, contestada ou em litígio. Aos apátridas (indivíduos que não são titulares de qualquer nacionalidade). A judeus, que tenham sido expulsos do seu país de origem ou do país no qual são cidadãos.

Aos portadores de passaportes Nansen e aos russos.

E ainda àqueles que apresentem no seu passaporte declaração ou qualquer sinal de não poder regressar aos países de origem de onde provêem.”

Ou seja, era proibida conceder entrada no país a pessoas indesejadas e todo tipo de refugiados.

Contra o regime autoritário que se vivia em Portugal, Aristides sabia que estava a arriscar politicamente o governo liderado por António Oliveira Salazar que era neutral aos olhos da Alemanha nazi, e sabia que a sua atitude punha em causa toda uma concepção política e confrontava Lisboa com os mais difíceis precedentes, a humanidade.

A imagem de Portugal transformou-se em porto de abrigo que durará até hoje. Depois de se atravessar meia Europa em guerra para chegar a Lisboa era com certeza uma sensação de alívio para todos, os que este pequeno país á beira-mar plantado acolhia forçosamente.

(5)

Os refugiados com o visto de Aristides de Sousa Mendes olhavam para Portugal não como ponto de chegada, mas sim de partida. A maioria saiu depois de Portugal para os Estados Unidos, América do Sul e para outras regiões do mundo, onde estavam a salvo das perseguições nazis e refaziam as suas vidas livres…

E tudo acontece graças a um único homem, Aristides de Sousa Mendes do Amaral Abranches.

BIOGRAFIA

Filho de um juiz com sólidos conhecimentos morais, a história de vida de Aristides começa em cabanas de Viriato concelho do Carregado do Sal.

A família era conservadora com raízes católicas e monárquicas, os Sousa eram bem reconhecidos entre a população rural onde habitavam.

Aristides e o irmão licenciam-se na universidade de Coimbra, a única que existia em Portugal e era esta que formava as elites nacionais. Acabaram o curso em 1907 e 3 anos depois seguiram ambos carreiras diplomáticas.

Pouco antes Aristides casa-se com Angelina, sua prima direita com quem virá a ter 14 filhos!

Após o golpe de 28 de Maio de 1926 Aristides é colocado em vigo num posto prestigiante e de confiança, a seguir será transferido para a Antuérpia outro posto de confiança em que permanecerá 9 anos, antes de ser transferido para Bordéus.

Oriundo de uma família prestigiada da aristocracia de uma província e tendo em conta o Portugal atrasado dos anos 40, a vida de Aristides era edílica, mas em Maio de 1940 dias antes do surto de vistos por ele concedidos, tudo começa a mudar….

Exactamente nesse mês de Maio, em frente à sinagoga de Bordéus está o rabino Jaime Kruger com a sua mulher e os seus 5 filhos. Procuravam desesperados uma forma de sair de Bordéus, e perguntam a um homem que passa perto deles, se sabe onde fica o consulado português, por uma incrível coincidência do destino esse homem que é abordado afirma conhecer muito bem o consulado português, porque ele era o cônsul deste.

Aristides prontificou-se a alojá-los na sua própria casa. Pode-se imaginar o espanto deste rabino ao constatar que em plena crise de decomposição moral e política, estava ali um homem que se recusava a comprometer a honra e que assumia a dignidade de ser responsável.

(6)

Ainda hoje a sua bondade e da sua esposa são comentados em cabanas de Viriato, perto de Viseu, onde era a residência da família.

Quando as crianças pobres lá iam pedir esmola Aristides mandava as criadas vestirem a roupa de seus filhos àqueles que assim necessitassem, dava-lhes de comer e ajudava-os. Aristides demonstrou sempre ser um homem justo, e foi este sentimento de justiça que fez com que ainda antes do grande surto de vistos por si autorizados, já tivesse anteriormente desobedecido durante a guerra, originando protestos da polícia política a PVDE, a antecessora da PIDE.

Em 16 de Janeiro de 1940 o ministério dos negócios estrangeiros enviou a Aristides Sousa Mendes o seguinte aviso:

“ Foi chamada a sua atenção pela irregularidade cometida por vossa excelência, ao conceder visto para Portugal, do passaporte de a Arnol Fitzner e a sua mulher, judeus austríacos, antes de haver pedido para tal efeito a indispensável utilização deste ministério.

Fica advertido que qualquer nova falta ou infracção nesta matéria será entendida como desobediência e dará lugar a procedimento disciplinar, em que não poderá deixar de ter se em conta que são repetidos os actos de vossa excelência Sr. Aristides de Sousa Mendes.”

Não se pode saber como é óbvio a sua reacção a este aviso, mas podemos imaginar! Vivia-se o tempo da guerra, o salazarismo estava no seu auge. Um funcionário público com uma família numerosa não poderia deixar de ficar preocupado com as consequências de o incumprimento deste aviso, no entanto Aristides seguira a sua consciência e não hesitara a desobedecer às ordens do governo português.

Em Abril, de novo um visto passado a um médico espanhol foi recusado pelo ministério dos negócios estrangeiros e muito mais estaria para vir….

Com o avanço da guerra e com as invasões da Dinamarca, Noruega, Bélgica, Holanda e Luxemburgo pelas tropas do Reich e o aumento impressionante de número de refugiados, Salazar envia um telegrama em 17 de Maio de 1940, dirigida a todas as missões diplomáticas de Portugal, proibindo os respectivos cônsules de em qualquer circunstância passarem vistos sem autorização prévia.

Aristides mesmo assim continuará a ignorar as ordens de Lisboa.

Em 27 de Maio foram intersectados numa das fronteiras mais movimentadas do norte de Portugal, em vilar formoso, 17 belgas com vistos emitidos em Bordéus.

Não é possível saber quantas vezes, Aristides torceu ligeiramente as regras para ajudar os que lhe imploraram ajuda. O que se sabe é que o fez pelo menos duas vezes e foi

(7)

apanhado, e a partir dessa altura a polícia política passou a vigiá-lo de perto, isto exactamente na altura em que a situação militar se agravava e os pedidos de ajuda multiplicavam-se.

Na noite de 19 para 20 de Julho a aviação alemã bombardeia Bordéus. Aristides continua a combater os nazis da única maneira que pode, emitindo vistos.

Devido ao seu empenho nos últimos dias o caudal em frente do consulado português em Bordéus tinha diminuído, mas os esforços de Aristides estavam longe de ter terminado, decidido a fazer tudo o que pudesse para ajudar o máximo de número de pessoas possível, sai de Bordéus e dirige-se para uma cidade vizinha chamada de Baiona, onde também se encontravam milhares de refugiados, onde a população tinha aumentado dez vezes, e as pessoas acampavam nas praças públicas, os cinemas haviam sido transformados em dormitórios e os cafés em salas de espera.

O consulado português estava apinhado, tão apinhado que as escadas de acesso corriam o risco de ruir. A notícia que Portugal estava a ceder vistos espalhou-se rapidamente, tão rapidamente que depressa chegaria a Lisboa, aos ouvidos do ministro dos negócios estrangeiros.

O que foi Aristides fazer a Baiona?

Foi ajudar o vice-cônsul Faria Machado e o cônsul honorário Viera Braga na concessão de vistos, aproveitando o facto de ser superior hierárquico, Aristides dá indicações para também eles concederem vistos gratuitos a todos os que o solicitarem, todos sem nenhuma restrição, e foi o que aconteceu, no dia 20, no dia 21 e na manhã do dia 22 de Junho de 1940, mas a 20 de Junho o cônsul Faria Machado já tinha enviado um telegrama ao ministério dos negócios estrangeiros em Lisboa a avisar que Aristides de Sousa Mendes o tinha obrigado a infringir as ordens de Salazar. O telegrama só chega na tarde do dia seguinte e é nesta altura que o regime acorda para o problema.

O que é que aconteceu?

O ministério envia primeiro Lobo Simiano, enviado especial e depois envia o próprio Pedro Teotónio Pereira, embaixador de Portugal em Madrid e homem da total confiança de Salazar, que entra no dia 21 em França pela fronteira de Irûn e verifica que quase a totalidade dos vistos concedidos foram emitidos pelo cônsul em Bordéus, parte então para Baiona.

(8)

Se Aristides tivesse permanecido em Bordéus teria já o seu lugar cativo na história da humanidade, mas mesmo assim mete-se num comboio e vai para Baiona para continuar a passar vistos e salvar mais vidas. A sua vida confunde-se completamente com a vida destas pessoas. Ele foi realmente a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa!

No dia seguinte Teotónio Pereira, Lobo Simiao e Faria Machado dirigem-se a San Sebastian para daí contactar o ministério.

Para sua surpresa encontram Aristides na fronteira de Hendaye que é outra cidade vizinha, e lá estava ele absolutamente incansável, depois de Bordéus e Baiona, Aristides carimbava vistos agora aqui junto à fronteira franco-espanhola.

Até ao fim de todo o processo, o cônsul foi a solidariedade presente, a sua preocupação era de acompanhar centenas de refugiados à fronteira para se certificar que podiam passar a salvo.

O encontro entre Teotónio Pereira e Aristides de Sousa Mendes é ao estilo quase violento. Teotónio Pereira defende a posição do governo e Sousa Mendes argumenta com a aflição dos refugiados.

Depois de alertá-lo para as irregularidades que estavam a ser cometidas, Teotónio Pereira lembra que as ordens são para cumprir e a discussão termina ali.

No fim do confronto verbal Teotónio Pereira ordena a Lobo Simiao e Faria Machado que mandem Aristides Sousa Mendes de volta para Bordéus, para que ali aguarde ordens superiores.

Era o dia 24 Junho…

A viagem para Bordéus que demorava poucas horas demorará desta vez cerca de dois dias, pois Aristides continuava a ajudar todos que encontrava no caminho de regresso. Salazar quando foi informado ficou furioso, decidiu intervir pessoalmente e deu ordens para Bordéus, por telegrama a proibir os vistos passados por Sousa Mendes.

Segundo ordens de Salazar, Teotónio Pereira toma então uma atitude, comunica às autoridades espanholas a decisão de darem por nulos os vistos concedidos pelo cônsul de Bordéus. Há milhares de pessoas, que infelizmente ainda se encontravam em França, para muitos que não tinham ainda atravessado a fronteira, a ordem de Teotónio Pereira significava o fim da esperança.

A partir de 26 de Junho de 1940, fechou-se o caminho de fuga, mas antes de isso acontecer, já os agentes internacionais vinham fazendo referência aos milhares de pessoas que desde de Junho estavam a atravessar a fronteira.

(9)

O dia 23 de Junho é apontado nas notícias como um dos dias de maior trabalho para os guardas fronteiriços espanhóis, e o regime de Salazar era louvado pela sua atitude humanitária para com os refugiados.

O artigo da famosa revista americana “Life”, refere-se a Salazar como um governante benevolente e de longe o melhor ditador do mundo. Os elogios multiplicavam-se, o mais surpreendente é que o regime salazarista sempre foi muito hábil em transformar o vício em virtude, por isso veio a aproveitar o gesto de Aristides de Sousa Mendes, que tinha punido tão severamente.

No final da guerra, em 18 de Maio de 1945, na assembleia nacional, Oliveira Salazar faz um discurso e nesse discurso afirma:

“Quaisquer outros na nossa situação acolheriam refugiados, salvariam e agasalhariam os náufragos, ajudariam a suavizar a sorte dos prisioneiros por dever de solidariedade humana.

Pena foi por não podermos ter feito mais!” Salazar voltava assim a rescrever a historia…

Voltando aos dias quentes de 1940, mais propriamente ao dia 25, Salazar toma as rédeas do processo e das instruções a Aristides para regressar imediatamente a Portugal

Apesar das ordens expressas do chefe do governo, o cônsul só abandona França a 8 de Julho, continua até lá a emitir vistos, apesar de já nesta altura não serem reconhecidos pelas autoridades espanholas. Chega a acolher os refugiados na própria residência consular, mais tarde Aristides descreve a cena desta forma:

“A aflição era indescritível, muitos refugiados seriam submetidos ao duro regime dos campos de concentração alemães, muitos eram judeus que já haviam sido perseguidos antes e procuravam angustiosamente escapar aos horrores de novas perseguições. Junto a este espectáculo, o de centenas de crianças que acompanhavam os pais e participavam dos seus sofrimentos e angustias.

Tudo isto não poderia de me impressionar vivamente e compreendo melhor do que ninguém o que significa a falta de protecção à família!”

O que aconteceu a Aristides Sousa Mendes?

Pagou um preço muito elevado pela desobediência a Salazar.

Em 4 de Julho Salazar assina o despacho a ordenar a abertura de um inquérito para perceber o que tinha levado Aristides a desobedecer-lhe.

(10)

Em mensagem ao embaixador de Portugal em Londres, Salazar afirmava que Aristides havia sido suspenso das suas funções.

Temos que ter a lucidez de seremos frontais e admitir que Salazar nunca poderia tolerar a atitude de Aristides Sousa Mendes. Na ditadura a desobediência e a insubordinação são erros muito graves e que afectam os tijolos em que se sustentam os Estados autoritários.

Tínhamos frente a frente dois homens, de um lado Salazar inclemente perante o que tinha ocorrido, do outro lado, Sousa Mendes a lutar pelos direitos fundamentais e a fazer o que ninguém havia tido coragem para fazer. E de facto para além disso Salazar estava preocupado com outra coisa…

Os refugiados que estavam a entrar em Portugal com vistos de Sousa Mendes traziam consigo a mentalidade da Europa cosmopolita para um Portugal atrasado. O confronto da mulher de vestidos provocadores, sentada no café a fumar entrava em colapso com a mentalidade conservadora que se vivia em Portugal. Isto era o grande receio de Salazar, por isso juntamente com os seus seguidores monta uma ardilosa estratégia para condenar Aristides de Sousa Mendes.

Já em Portugal Aristides aguardou instruções do ministério, este tempo de espera revela-se uma agonia lenta.

Recebeu nota de culpa a 1 de Agosto, com 15 artigos, quase todos eles relacionados com concessão de vistos a refugiados das nacionalidades para as quais o ministério dos negócios estrangeiros proibia a concessão.

De que é acusado Aristides?

De várias coisas, é acusado por exemplo de em Lyon ter começado a conceder vistos a todos os que o solicitaram alegando que era necessário salvar toda aquela gente. É indicado também de ter dado ordens aos visses cônsules de Baiona e Toulouse que dependiam dele hierarquicamente, para que também concedessem os vistos a todos os que lhes solicitassem. É ainda acusado de ter acompanhado a Baiona alguns israelitas ilustres que lhe tinham suplicado protecção para poderem atravessar a fronteira entre França e Espanha.

A nota de culpa referia que a atitude do arguido deu lugar a uma situação desprestigiante para Portugal perante as autoridades espanholas e as alemãs de ocupação.

É preciso não esquecer que o avanço nazi estava imparável e Salazar tinha medo de comprometer a neutralidade de Portugal na guerra.

(11)

Aristides admite a sua desobediência ao ministro dos negócios estrangeiros, mas responde à nota de culpa, invocando uma razão incontornável, o dever de consciência. Para ele lutar contra a desumanidade não era apenas um direito mas sim uma verdadeira obrigação.

“Era realmente o meu objectivo salvar todas aquelas vidas, que cuja aflição é indescritível. Uns tinham perdido seus cônjuges, outros não sabiam dos filhos extraviados, e alguns tinham visto sucumbir pessoas suas queridas pelos bombardeamentos alemães.

Eram numerosos entre os fugitivos membros dos exércitos dos países ocupados, austríacos, checos e polacos, que seriam fuzilados como rebeldes.

Belgas, holandeses, franceses e até ingleses seriam submetidos aos duros regimes dos campos de concentração alemães

Quantos suicídios e outros actos se produziram?! Quantos actos de loucura fui eu testemunha!?

Não podia fazer diferença de nacionalidade, visto obedecer a ordens de humanidade, que não destigem raças nem nacionalidades…”

Para um homem como Salazar que quase nunca sairá da península ibérica, elementos baseados no que se passava na Europa eram completamente irrelevantes, a menos que tivessem directamente influência em Portugal.

A resposta de Aristides termina assim:

“… Posso ter errado, mas se errei não o fiz com intenção, tendo procedido sempre segundo os ditames da minha consciência e nunca deixei de me guiar no cumprimento dos meus deveres com pleno conhecimento das minhas responsabilidades.

O meu desejo é mais de estar com Deus contra o homem, do que com o homem contra Deus!”

Após a resposta à nota de culpa seguiu-se o processo a cargo de Francisco de Paula Brito Júnior. Houve testemunhas de defesa e testemunhas de acusação, do lado da defesa a mais importante era Caneiros e Menezes, representantes de Portugal em Bruxelas e também um homem muito respeitado na época que estivera em Baiona, onde até ajudara Aristides a passar vistos aos refugiados, mas mostrou não ter coragem de por a cabeça no cepo para ajudar Aristides, muito pelo contrário ainda afirmou que o comportamento de Aristides era imperdoável embora tivesse encontrado algumas atenuantes naquilo que chamou, fraqueza perante um ambiente hostil. Declara assim no processo:

(12)

“- Um funcionário não tem de ser humano quando se trata de cumprir ordens, ou seja, de que naturezas forem, mas nem todos tem idêntica resistência moral.”

Do lado da acusação estava Pedro Teotónio Pereira, uma das figuras mais marcantes do regime e homem de total confiança de Salazar. Este trucidou com argumentos à oposição de Aristides e declarou no processo também:

“- De tudo o que ouvi, deixou-me a impressão de um homem perturbado e fora do seu estado normal.

Demonstrou não ter a mais ligeira noção dos actos cometidos e disse que não possuía quaisquer instruções contrárias ao procedimento que seguiu…”

O processo se arrastaria até ao final de Outubro, até a comunicação disciplinar decidir a pena a aplicar. No final o instrutor Paulo Brito recomenda o seguinte:

- A suspensão de exercícios e vencimento de mais de 30 a 180 dias úteis. Mas deixa a Salazar a decisão final!

O relator do concelho, conde de Tovar sugere uma pena mais pesada, a despromoção à categoria imediatamente inferior.

Como sempre, a última palavra é de Oliveira Salazar que toma a decisão de condenar Aristides Sousa Mendes a um ano de inactividade e com direito depois a metade do vencimento da categoria, devendo em seguida ser aposentado com um quarto do vencimento e sem direito a regalias, mas acontece que este acrescento é completamente ilegal porque não estava sequer previsto no regulamento disciplinar em vigor.

Quando tinha ainda a seu cargo 10 filhos, esta sanção significava o completo colapso financeiro.

Aristides foi condenado em processo administrativo e banido do serviço público. Nessa época no regime autoritário corporativo isto significava o total afastamento da vida activa.

É possível que no peso desta sanção tenha a influência da inimizade entre Salazar e o irmão gémeo de Aristides com quem incompatibilizara quando este último foi ministro dos negócios estrangeiros entre 1932 e 1933.

Seja como for o processo tinha muitas irregularidades e a condenação que durou para a vida toda foi apenas motivada pelo facto dele não ter compactuado com o terror nazi. A sentença foi uma condenação para o resto da vida de Aristides Sousa Mendes!

(13)

Mesmo depois de condenado e com o vencimento reduzido a um quarto, Aristides continuou a ajudar refugiados, recebendo-os em sua casa, um palacete onde as criadas levavam os hóspedes às salas conforme a sua condição social.

Mas gradualmente Aristides vê cair sobre ele a pobreza e acabou mais tarde por ter que vender todos os seus bens e todo o recheio desta sua casa. Esta casa é a trágica metáfora aos últimos 14 anos da vida do herói português.

Velha, abandonada e a cair aos pedaços….

Esta casa onde no passado Aristides praticava um perfil aristocrático, monárquico, católico e conservador. Mostrando sempre gosto pelas pequenas coisas da vida, dos pequenos prazeres que o dinheiro pode e ajuda a obter, como por exemplo: Aristides tinha um forte feito por encomenda e transformou uma camioneta num carro familiar para transportar as 17 pessoas da sua família.

Dera aos filhos uma educação muito cultivada, além de estudos universitários, tiveram aulas de música e desenho e os mais velhos praticavam violino, viola, violoncelo e piano.

Conviveu ao longo da sua vida com as elites nacionais e internacionais, por exemplo, quando foi cônsul na Antuérpia era frequente ver em sua casa Metterling o Nobel da literatura e o próprio rei Afonso XIII de Espanha também foi visto a frequentar a casa de Aristides.

Quando estava em Zanzibar, nasceu-lhe um filho que foi apadrinhado pelo próprio sultão de Zanzibar, a vida de Aristides nesta altura era muito diferente no que se veio a transformar mais tarde depois da sentença de Salazar…

Apesar de tantas dificuldades que terá que passar continua um homem alegre e mantém uma das poucas coisas que lhe restam, a esperança!

A sua é ideia de interpor um recurso para o supremo tribunal administrativo, mas que advogado aceitaria o seu caso carregado de implicações políticas?!

Toda a gente sabia que a possibilidade de êxito ao recorrer de uma decisão tomada por Salazar era praticamente nula, mas Aristides convence um jovem advogado, Adelino da Palmeira Carlos, opositor ao regime de Salazar e que curiosamente virá a ser a primeira pessoa a chefiar um governo saído da revolução de Abril de 1974, a este pedido ao supremo tribunal da anulação da sentença de Salazar, o pedido foi feito mas em vão.

Inactivo Aristides tenta voltar à advocacia a 7 de Novembro e é assim admitido na ordem dos advogados mas a ideia de iniciar a pratica da advocacia com 56 anos de

(14)

idade, quando apenas a tinha exercido logo após a sua licenciatura, 33 anos antes, era no mínimo um acto ingénuo ou desesperado. Além da inexperiência quem é que quereria ter um advogado tão marcado politicamente?!

Temos que lembrar que quando em Julho de 1940 Aristides de Sousa Mendes desobedece passando vistos, tinha na altura 55 anos. Aos 20 anos todos somos idealistas, todos temos a coragem de enfrentar quem nos é superior, mas com 55 anos com a vida completamente organizada, quantos de nós seriamos capazes de arriscar? Provavelmente muitíssimo poucos! Infelizmente a reacção normal seria de obedecer. Aristides fez tudo o que lhe foi possível para que a injustiça que era vítima fosse reparada, escreveu várias cartas pessoais a Salazar e a todas Salazar respondeu com o silêncio, o silencio obstinado como castigo!

Salazar retirou a Aristides qualquer possibilidades de sobreviver com dignidade, a ele e aos seus filhos. Os mais velhos que procuravam emprego cedo preceberam que o apelido Sousa Mendes era sinónimo de portas que se fechavam, estava-lhes sedada qualquer posição na administração pública e em qualquer empresa que se desse ao trabalho de consultar a policia politica sobre os seus possíveis trabalhadores.

Um aspecto que não deve ser esquecido é que Aristides nunca recebeu a reforma. Com o vencimento reduzido a 25%, e por razões burocráticas durante o processo nada lhe foi pago.

Atravessava naturalmente dificuldades económicas e escreve um telegrama pessoal a Salazar mostrando o seu desespero, passo a citar:

«Cônsul inactivo com serviços prestados por tempo superior a 30 anos ao estado, há meses desprovido de recursos para sustentar a sua família, uma das mais numerosas de Portugal! Roga a vossa excelência que se digne ordenar que com a maior urgência lhe sejam abonados as verbas a que tem direito pelas leis em vigor.»

Salazar nem sequer lhe respondeu!

Nesta altura Aristides de Sousa Mendes já era auxiliado pela comunidade judaica de Lisboa, que lhe pagava a renda do modesto apartamento onde residia com a sua família na avenida Barbosa do Bocage, e eram alimentados na cozinha económica israelita perto da sinagoga.

O facto é no mínimo irónico, a de no passado ter sido Aristides a abrir as portas da sua imponente casa de cabanas de Viriato aos mais necessitados. Todas as quintas-feiras era o dia da sopa dos pobres.

(15)

Os anos foram passando e as dificuldades aumentando, é que apesar do seu elevado estatuto social, nunca fora rico. Herdou algumas terras e a casa de Viriato que entretanto foi hipotecada, e depois da sua morte vendida em hasta pública para cobrir dividas não pagas.

Os filhos sofreram na pele as retaliações e sem alternativa emigram para vários pontos do mundo, Canadá, Estados Unidos, Congo belga, Angola e Moçambique. Dois dos seus filhos decidem ir para Londres para se juntarem às forças aliadas. Ambos participaram no desembarque da Normandia no dia D, ajudando a por fim à segunda guerra mundial. Este será um acto que orgulhará muito Aristides!

Em 30 de Abril de 1945, Hitler suicida-se no seu bunker, uma semana depois a Alemanha rende-se. A queda do nazismo cria a esperança do fim do regime ditatorial português. A oposição aclama nas ruas a vitória dos aliados.

Sousa Mendes tenta novamente a sua reabilitação, entregando à assembleia nacional uma reclamação quanto à sentença proferida por Salazar, o passo foi audacioso mas inútil mais uma vez.

Esta reclamação introduzia um elemento novo, a de que a circular 14 era inconstitucional por limitar a entrada em Portugal a judeus, quando na constituição negava-se qualquer discriminação religiosa. No seu apelo Aristides afirma inequivocamente que considera a atitude do governo português inconstitucional, anti-neutro e contrário aos sentimentos de humanidade, como tal, a atitude do governo foi insoluvelmente contra a nação,

Mas Aristides não recebera nenhuma resposta também desta vez.

Ao longo do tempo o ex cônsul tenta de tudo para refazer justiça, mas esgotados os recursos legais, escreveu e abordou pessoalmente todos os que tivessem dispostos a usar a sua influência para ajudá-lo. Escreveu cartas individuais a todos os deputados, ao Presidente da República, o então general Carmona, e a vários decisores dos negócios estrangeiros e também aos consulados portugueses nas embaixadas no estrangeiro. Nada! Aristides demovia-se de um círculo conservador e agora até os antigos amigos se afastavam. Num abrir e fechar de olhos tornou-se numa figura proscrita pelo regime. A imprensa portuguesa censurada mantinha o total silêncio sobre o tema! César seu irmão gémeo tenta também ajudar apelando várias vezes a Salazar mas também este não obteve resposta, e também ele sai prejudicado pelo acto do seu irmão Aristides. Em 1950 César foi afastado de forma indigna do cargo que desempenhava em Berna.

(16)

Em desespero de causa Aristides chega a pedir ajuda ao cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira que o aconselha a rezar à nossa senhora de Fátima, mas como a nossa senhora de pouco lhe valeu Aristides foi perdendo gradualmente tudo o que possuía.

Uma forte hemorragia cerebral em Maio de 45 fê-lo ficar paralisado parcialmente do lado direito, apesar disso aceita com muito menos revolta do que deveria se esperar. Uma carta do Rabi Kruger dirigida ao Iade Bagjem que é a entidade que regista os mártires heróicos do Holocausto, demonstra que Aristides nunca se arrependeu mas que aceitou com resignação cristã tudo o que lhe aconteceu e de facto o próprio Aristides escreveu:

-“Se milhares de judeus podem sofrer por causa de um católico (Hitler) então é certamente permitido a um católico sofrer por tantos judeus, eu não podia agir de outro modo e por consequência aceito tudo aquilo que me aconteceu.”

Aristides passou os seus últimos anos à beira do precipício, morreu vitima de trombose cerebral a 13 de Abril de 1954 no hospital da ordem terceira, clínica gratuita para pobres da zona do chiado. Morreu na solidão cósmica sem ver revogada a sentença que o condenara à desgraça e nunca foi aposentado.

Salazar enviou um cartão de condolências, ao seu irmão gémeo, César Sousa Mendes com apenas duas palavras “Sentidos Pêsames”.

Depois da sua morte os seus filhos tentaram tudo para reabilitar a imagem do seu pai mas o esforço demonstra-se penoso e demorado, e só em 1967 a autoridade para a recomendação dos mártires Heróis do Holocausto um gentio virtuoso. No jardim que relembra em Jerusalém os que arriscaram a sua vida para salvar os judeus da segunda guerra mundial, há uma árvore plantada em memória a Aristides de Sousa Mendes, mais tarde em Israel foi plantada uma floresta inteira e baptizada com o seu nome, esta contém 10 000 árvores que é o número de judeus que o diplomata salvou.

Nos Estados Unidos as homenagens multiplicaram-se!

Depois do 25 de Abril a sua família reclamou várias vezes a sua reabilitação mas só em 1987 e depois de muita pressão internacional foi cumprido o dever de uma homenagem pública a Aristides de Sousa Mendes, a embaixada de Washington e o presidente Mário Soares entregam à família a medalha da ordem da liberdade no dia 19 de Maio de 1987, a seguir a pressão aumentou sobre o governo português para que não apenas o homenageassem mas que também o reabilita-se completamente.

Só em 1988, 48 anos depois do seu acto heróico a assembleia da república recomendou que ele fosse reentregado posteriormente no ministério dos negócios estrangeiros com

(17)

o posto de Ministro de segunda classe, este feito só aconteceu um ano depois. Por esta altura foi entregue também uma indemnização à família pelos anos perdidos, Portugal tinha finalmente honrado o nome de Aristides.

É em pessoas como Aristides de Sousa Mendes que assentam a esperança da humanidade! O cortejo de horrores da segunda guerra mundial mostrou-nos que a mente humana é programável colectivamente e que os homens são capazes de fabricar um mal incalculável, basta pensar que foi possível a um regime ter como prioridade política a eliminação de milhões de pessoas, declarando-os inferiores e assim instalaram uma indústria estatal de produção de mortos e de exterminação.

Lista de algumas das pessoas salvas por Aristides de Sousa

Mendes

Pierre lazareff (1907-1972) proprietário do jornal "Paris-Soir", Elvira Popescu (1894-1993), uma atriz romena que culminou como diretora do Theatre Paris, Jan Lustig (1902-1979) e a mulher Charlotte, o escritor austríaco Friedrich Torberg (1908-1079) e o actor e dramaturgo Otto Eis (1903-1952), também constam da lista

elaborada pelo biógrafo Rui Afonso.

Oskar Karlweis (1849-1956), Hendrik Marsman (1899-1940) e a esposa também beneficiaram do visto passado pelo português.

Para nós hoje parece apenas uma lista de nomes mas para o cônsul português eram pessoas muito reais, privadas do direito de defesa condenadas sem apelo nem agravo ao sofrimento e à morte.

Segundo um célebre historiador do holocausto que se refere aos actos de Aristides de Sousa Mendes, dizendo:

-“Foi talvez o maior acto de salvamento alguma vez feito durante o Holocausto por uma única pessoa.”

O acto de Sousa Mendes honra a Humanidade e enquanto não esquecermos, enquanto as futuras gerações o lembrarem há possibilidades ilimitadas de fazermos o bem, mesmo nas piores circunstâncias.

(18)

Conclusão:

A escolha desta personalidade é feita pelo simples motivo de ela espelhar o que de melhor há no homem mesmo quando a sua própria natureza dita o contrário. O conhecimento da vida e dos actos deste homem fazem-me sempre ponderar em escolher boas atitudes nos momentos mais críticos e mesmo quando não me sinto apoiada ele é a prova que os actos de benevolência beneficiam a humanidade.

Fontes:

Este trabalho foi realizado com base no visionamento de vários documentários da época e com o auxílio de vários sites que me ajudaram a retirar fontes a nível cronológico.

Referências

Documentos relacionados

Não que esta “tropicalização” de ideário estrangeiro fosse algo incomum, mas, especificamente em relação às propostas ditas eugenistas, apresentadas por intelectuais

Este trabalho analisa as principais grandezas presentes nos ensaios para biodiesel com base nas especificações de normas nacionais e internacionais e as limitações para

No Capítulo 4 encontra-se a Proposta para o desenvolvimento do protótipo do simulador ou CBCT Phantom e os procedimentos de controle de qualidade, assim como a

“...cultura organizacional é um conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa

Ο ρος "ηλεκτρικ εργαλείο" στις προειδοποιήσεις αναφέρεται στο ηλεκτρικ εργαλείο (µε καλώδιο) που λειτουργεί στους αγωγούς ή στο

São mais de meio milhão de usuários, entre profissionais de educação, famílias e alunos, que nos ajudaram a desenvolver uma solução que vai muito além de um aplicativo

IV - existência de qualquer dispositivo que permita a alteração dos dados registrados pelo empregado. 3º Registrador Eletrônico de Ponto - REP é o equipamento de automação

Art. 5º - O Comitê de Busca com base em consultas a instituições de apoio e fomento, subvenção econômica, financiamento às entidades de inovação tecnológica, bem como