Revisão dos Estudos Clínicos de
Prevenção do AVC na FA
e
Aspectos Práticos do Pradaxa
Luiz R. Leite
Instituto Brasília de Arritmia
Ambulatório de FA - HBDF
Categorias de Potencial Conflito de Interesse Indústria(s) Patrocínio de transporte e/ou hospedagem em
Congressos Biotronik, Medtronik, SJM, Bayer,
Boehringer-Ingelheim, Biosense-Webster
Patrocínio em estudos clínicos e/ou experimentais
subvencionados pela indústria Biotronik, Medtronik, Biosense-Webster
Ser conferencista/palestrante em eventos patrocinados
pela indústria Biotronik, Medtronik, SJM, Bayer,
Boehringer-Ingelheim, Biosense-Webster
Participar de comitês normativos de estudos científicos
patrocinados pela indústria BW, SJM
Receber apoio institucional da indústria Biotronik, Medtronik, SJM, Bayer,
Boehringer-Ingelheim, Biosense-Webster
Preparo de textos científicos em periódicos
patrocinados pela indústria
Estudos Clínicos
• RELY – Dabigatrana
• ROCKET – Rivaroxabana
• ARISTOTELE – Apixabana
• ACTIVE –
Clopidogrel/AAS
Comparação dos estudos
Qual e Quando Escolher?
Conclusões
antecipadas
Como não há estudos de comparação direta
entre os NOACs, não existem razões “a
priori” para se optar por “UM” sobre o
“OUTRO” em termos de eficácia e
Conclusões
antecipadas
Todos os NOACs têm diferentes
propriedades farmacológicas.
Infelizmente, as propriedades
farmacológicas raramente nos direcionam a
escolher a droga ideal.
Conclusões
antecipadas
É necessário conhecer cada um dos novos
NOACs para podermos oferecer segurança e
eficácia e nos certificar de que estas drogas
são aceitas pelo paciente.
Eficácia da Warfarina
AFASAK
27
811
BAATAF
15
922
CAFA
14
478
SPAF
23
508
SPINAF
29
972
Combinado*
108
3691
No. de
Eventos
Patiente-
ano
100% 50% 0
-50% -100%
Warfarin Melhor Warfarin Pior
Redução de Risco, %
Eficácia da Warfarina
Quando manter a varfarina?
• Pacientes estáveis com TTR>75%
• Custos têm de ser levado em conta para alguns pacientes
• Muitos pacientes aprendem a se auto-monitorizar
• Em muitos pacientes a varfarina ainda é a droga de escolha: valvar,
insuficiência renal.
Dificuldades com Uso de Warfarina
• Narrow therapeutic profile
– Frequent blood draws
• Bleeding risk
– Intracranial Hemorrhage
• Drug/Diet Interactions
• Physician Reluctance to
prescribe to elderly patients
– Risk of falling
Qual o ACO Ideal?
Características Desejadas
Vantagens práticas
Rápido início de ação
Sem necessidade de ponte
com heparina
Ampla indicação terapêutica
Maior Segurança
Mínimos efeitos colaterais
Maior aderência
Uso oral
Facilmente administrada
Resposta anticoagulante previsível
Dose fixa
Sem interações com drogas e
alimentos
Sem necessidade de
monitoramentos
Antídotos disponíveis
Fácil reversão em caso de
urgências
Ação dos Novos Anticoagulantes
Fator Tecidual
Cascata de
Coagulação (plasma)
Protrombina)
IIa (Trombina)
Fibrinogênio
Fator Xa
Rivaroxabana
Apixabana
Dabigatrana
Colágeno
Troboxane
A2
Formação e Ativação
GPIIb/IIIA
Agregação Plaquetária
TROMBO
AAS
ADP
Clopidogrel
Fibrina
RE-LY: Planejamento do Estudo
Objetivo primário: não inferioridade de dabigatrana em relação à varfarina
FA com
1 fator de risco
Ausência de contra-indicações*
R
Dabigatrana 110 mg 2x/d n=6000 Varfarina 1 mg, 3 mg, 5 mg (RNI 2,0–3,0) n=6000 Dabigatrana 150 mg 2x/d n=6000*Disfunção valvar grave, AVC ≤14 dias ou AVC grave ≤6m Alto risco hemorragia, Clearance<30, Hepatopatia ativa, gravidez
PROBE=Prospective
Randomized Open Trial with Blinded
Adjudication of Events.
Objetivos
Eficácia: AVC ou Embolia Sistêmica – Segurança: Sangramentos Maiores
RELY – Eficácia
NI = não inferioridade; RR = risco relativo; RRR = redução no risco relativo; Sup = superioridade
D 110
D 150
Warfarina
Número
Taxa/ano
Número
Taxa/ano
Número
Taxa/ano
AVC/embolia
182
1,5% aa
134
1,1% aa *
199
1,7% aa
AVC
171
1,4% aa
122
1,0% aa
185
1,6% aa
Embolia
Sistêmica
14
0,1% aa
13
0,1% aa
19
0,2% aa
Incidência de AVC
NI = não inferioridade; RR = risco relativo; RRR = redução no risco relativo; Sup = superioridade
AV C/em bol ia si st êmic a (%/a no ) Dabigatrana 110 mg 2x/d 150 mg 2x/dDabigatrana Varfarina 0.0 0.3 0.6 0.9 1.2 1.5 1.8
1,53
1,11
1,69
P<0,001 (Sup) P<0,001 (NI); NS (Sup) RRR 35%RELY – Segurança
Sangramento com risco de Vida: Queda>2,0 na Hb ou órgão crítico, Transfusão>2u
D 110
D 150
Warfarina
P
D110xW
P
D150xW
Sangramento Maior
2,82
3,32
3,57
0.003
0.32
Risco de Vida
1.22
1.45
1.80
<0.001
0.04
Sem Risco de Vida
1.66
1.88
1.76
0.56
0.47
Sangramento
Gastrointestinal
1.12
1.51
1.02
0.43
<0.001
Sangramento
Menor
13.15
14.84
16.37
<0.001
0.005
Sangramento
Intracraniano
0.23
0.30
0.74
<0.001
<0.001
Sangramento
Extracraniano
2.51
2.84
2.67
0.45
0.38
N=6015
N=6076
N=6022
AVC Hemorrágico
RR = risco relativo; RRR = redução no risco relativo; Sup = superioridade
AV C hemo rrág ic o (no . de ev ent os ) Dabigatrana 110 mg 2x/d 150 mg 2x/dDabigatrana Varfarina 0 10 20 30 40 50
14
0,12%
12
0,10%
45
0,38%
P<0,001 (Sup) P<0,001 (Sup) RRR 69% RRR 74%AVC ou embolia sistêmica AVC isquêmico ou inespecífico AVC hemorrágico Risco relativo 0,5 1,0 1,5 2,0 Favorece dabigatrana 110 mg 2x/d Favorecevarfarina AVC não incapacitante AVC AVC incapacitante ou fatal
Dabigatrana 110 mg 2x/d vs.varfarina
AVC ou embolia sistêmica AVC isquêmico ou inespecífico AVC hemorrágico Risco relativo 0,5 1,0 1,5 2,0 Favorece dabigatrana 150 mg 2x/d Favorece varfarina AVC não incapacitante AVC AVC incapacitante ou fatal
Dabigatrana 150 mg 2x/d vs.varfarina
Sangramento Total
RR = risco relativo; RRR = redução no risco relativo; Sup = superioridade
14,62
16,42
18,15
Dabigatrana 110 mg 2x/d 150 mg 2x/dDabigatrana Varfarina 0 10 25 Sangr am ent o tot al (%/a no ) 20 15 5 P<0,001 (Sup) P=0,002 (Sup) RRR 22% RRR 9%Sangramento Importante
RR = risco relativo; RRR = redução no risco relativo; Sup = superioridade
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 Sangr am ent o imp ort ant e (%/a no ) Dabigatrana 110 mg 2x/d 150 mg 2x/dDabigatrana Varfarina P=0,003 (Sup) P=0,32 (Sup) RRR 20%
2,87
3,32
3,57
Mortalidade por Causas Vasculares
RR = risco relativo; RRR = redução no risco relativo; Sup = superioridade
2,43
2,28
2,69
Dabigatrana 110 mg 2x/d 150 mg 2x/dDabigatrana Varfarina 0,0 1,0 2,0 3,0 M ort ali dad e vasc ul ar (%/ ano) P=0,21 (Sup) P=0,04 (Sup) RRR 15%Evento adverso (%)
Dabigatrana
110 mg 2x/d
Dabigatrana
150 mg 2x/d
Varfarina
Dispepsia*
11,8
11,3
5,8
Dispneia
9,3
9,5
9,7
Tontura
8,1
8,3
9,4
Edema periférico
7,9
7,9
7,8
Fadiga
6,6
6,6
6,2
Tosse
5,7
5,7
6,0
Dor torácica
5,2
6,2
5,9
Artralgia
4,5
5,5
5,7
Dor lombar
5,3
5,2
5,6
Nasofaringite
5,6
5,4
5,6
Diarreia
6,3
6,5
5,7
Infecção do trato urinário
4,5
4,8
5,6
Infecção do trato respiratório
superior
4,8
4,7
5,2
Eventos Adversos mais comuns
Em caso de dispepsia:
1.Ingerir a medicação com um copo cheio
d’água (200ml);
2.Ingerir a medicação com alimentos;
3.Usar inibidor de bomba de prótons
0,0
Risco Relativo
Metanálise de AVC isquêmico ou embolia sistêmica
Favorece
varfarina Favoreceoutros tratamentos
Varfarina vs.: Placebo
2,0 Varfarina em baixa dose
0,5 1,0 1,5 Aspirina Ximelagatrana Dabigatrana 150 mg 2x/d Aspirina + clopidogrel Dabigatrana 110 mg 2x/d
Rivaroxaban
Warfarin
End-Point Primário:
Stroke or non-CNS Systemic Embolism
INR target - 2.5
(2.0-3.0)
20 mg daily
15 mg for Cr Cl 30-49 ml/minAtrial Fibrillation
Randomized Double Blind / Double Dummy (n = 14,264) Monitorização MensalROCKET
* Enrollment of patients without prior Stroke, TIA or systemic embolism and only 2 factors capped at 10%
Risk Factors • CHF • Hypertension • Age 75 • Diabetes OR • Stroke, TIA or Systemic embolus At least 2 or 3 required*
TTR=55%
Rivoxaban
Warfarin
Taxa de Evento aa
HR
(95% CI)
P-value
On
Treatment
N= 14,143
1.70
2.15
0.79
(0.65,0.95)
0.015
ITT
N= 14,171
2.12
2.42
0.88
(0.74,1.03)
0.117
Rivaroxaban
better
Warfarin
better
ROCKET-AF - Eficácia
AVC e Embolia Sistêmica
Event Rates are per 100 patient-years
Rivaroxaban
Warfarin
Taxa de evento aa
HR (95% CI)
P-value
Morte Vascular, AVC,
Embolia sistêmica
4.51
4.81
0.94 (0.84, 1.05)
0.265
Tipo de AVC
Hemorrágico
Isquêmico
Não determinado
0.26
1.62
0.15
0.44
1.64
0.14
0.58 (0.38, 0.89)
0.99 (0.82, 1.20
1.05 (0.55, 2.01)
0.012
0.916
0.871
Embolia Sistêmica
0.16
0.21
0.74 (0.42, 1.32
0.308
IAM
1.02
1.11
0.91 (0.72, 1.16)
0.464
Mortalidade Total
Vascular
Não-vascular
Desconhecida
4.52
2.91
1.15
0.46
4.91
3.11
1.22
0.57
0.92 (0.82, 1.03)
0.94 (0.81, 1.08)
0.94 (0.75, 1.18)
0.80 (0.57, 1.12)
0.152
0.350
0.611
0.195
Rocket-AF: Segurança
Rivaroxaban
Warfarin
Event Rate
Event Rate
HR
(95% CI)
P-value
Sangramento maior ou
clinicamente relevante
14.91
14.52
1.03 (0.96, 1.11)
0.442
Maior
3.60
3.45
1.04 (0.90, 1.20)
0.576
Clinicamente Relevante
11.80
11.37
1.04 (0.96, 1.13)
0.345
Warfarin
(target INR 2-3)
Apixaban 5 mg oral twice daily
(2.5 mg BID in selected patients)
Primary outcome: stroke or systemic embolism
Hierarchical testing: non-inferiority for primary outcome, superiority for
primary outcome, major bleeding, death
Randomize
double blind,
double dummy
(n = 18,201)
Inclusion risk factors
Age ≥ 75 years
Prior stroke, TIA, or SE
HF or LVEF ≤ 40%
Diabetes mellitus
Hypertension
Warfarin/warfarin placebo adjusted by INR/sham INR
based on encrypted point-of-care testing device
Major exclusion criteria
Mechanical prosthetic valve
Severe renal insufficiency
Need for aspirin plus thienopyridine
Atrial Fibrillation with at Least One Additional Risk Factor for Stroke
TTR = 62,2%
Primary Outcome
Stroke (ischemic or hemorrhagic) or systemic embolism
Apixaban 212 patients, 1.27% per year Warfarin 265 patients, 1.60% per year
HR 0.79 (95% CI, 0.66–0.95); P (superiority)=0.011 No. at Risk Apixaban 9120 8726 8440 6051 3464 1754 Warfarin 9081 8620 8301 5972 3405 1768 P (non-inferiority)<0.001 21% RRR
Efficacy Outcomes
Outcome Apixaban (N=9120) (N=9081)Warfarin HR (95% CI) ValueP Event Rate(%/yr) Event Rate(%/yr)
Stroke or systemic embolism* 1.27 1.60 0.79 (0.66, 0.95) 0.011
Stroke 1.19 1.51 0.79 (0.65, 0.95) 0.012
Ischemic or uncertain 0.97 1.05 0.92 (0.74, 1.13) 0.42
Hemorrhagic 0.24 0.47 0.51 (0.35, 0.75) <0.001
Systemic embolism (SE) 0.09 0.10 0.87 (0.44, 1.75) 0.70
All-cause death* 3.52 3.94 0.89 (0.80, 0.998) 0.047
Stroke, SE, or all-cause death 4.49 5.04 0.89 (0.81, 0.98) 0.019
Myocardial infarction 0.53 0.61 0.88 (0.66, 1.17) 0.37
Major Bleeding
ISTH definition
Apixaban 327 patients, 2.13% per year
Warfarin 462 patients, 3.09% per year
HR 0.69 (95% CI, 0.60–0.80); P<0.001
No. at Risk
Apixaban 9088 8103 7564 5365 3048 1515
Warfarin 9052 7910 7335 5196 2956 1491
Editorial
New England Journal of Medicine
Of the three drugs,
only dabigatran at a dose of 150 mg holds the
distinction of also having significantly reduced the risk of ischemic
stroke as compared with warfarin
; nonetheless, even in this case,
there was a greater influence on hemorrhagic stroke than on
ischemic cerebrovascular events.
Quem não deve usar?
Valvopatia moderada ou grave
Prótese valvar
Clearance de creatinina <30 mL/min (inclusive diálise)
Doença hepática moderada ou grave
Doenças hemorrágicas ou condições com alto risco de
sangramento
AVC há 14 dias ou AVCh há 6 meses
Uso concomitante de Cetoconazol ou Rifampicina
Hipersensibilidade ao medicamento
Crianças e grávidas
Comparação de Estudos dos novos ACO
Estudo Clínico Critérios de Inclusão Chads médio
Taxa de ETE/AVC Sangramento Grave/Risco de morte
Taxa de
Sangramento
RELY - AVC, FE<40%, ICC, >75ª - >65ª+(HAS, DM e DAC) - chads = 2.1 D150=1,1%
**
D110=1,53%*
W=1,69% D150=3.3%*
D110=2.9%**
W=3.6% D150=16%*
D110=15%*
W=18% ROCKET-AF -CHADS2>3 -AVC prévio -CHADS2=2 (15%) - chads = 3.1 R=2.12%*
W=2.42% R=3.6%*
W=3.45% R=20.6%*
W=20.3%ARISTOTELES - AVC, FE<40%, ICC, >75ª, HAS e DM - CHADS2>1 - chads = 2.1 A=1.27%
**
W=1.6% A=2.1%**
W=3.1% A=18.8%**
W=25.1%Comparação de Estudos dos novos ACO
Estudo Clínico AVC
Hemorrágico
Mortalidade Total Sangramento Grave/Risco de morte Taxa de Sangramento RELY D150=0,3%
*
D110=0,23%*
W=0,74% D150=1,1%**
D110=1,53% W=1,69% D150=3.3% D110=2.9%*
W=3.6% D150=16%*
D110=15%*
W=18% ROCKET-AF R=0,5%**
W=0,7% R=2.12% W=2.42% R=3.6% W=3.45% R=20.6% W=20.3% ARISTOTELES A=0,24%*
W=0,47% A=1.27%*
W=1.6% A=2.1% W=3.1% A=18.8%* W=25.1%AVC Isquêmico
Dabigatrana 150
Dabigatrana 110
Risco relativo
0,5 1,0 1,5 2,0
Favorece Novos ACO 110 mg 2x/d
Favorece varfarina
Rivaroxabana 20
Apixabana 5 mg
AVC Hemorrágico
Dabigatrana 150
Dabigatrana 110
Risco relativo
0,5 1,0 1,5 2,0
Favorece Novos ACO 110 mg 2x/d
Favorece varfarina
Rivaroxabana 20
Apixabana 5 mg
Sangramento Maior
Dabigatrana 150
Dabigatrana 110
Risco relativo
0,5 1,0 1,5 2,0
Favorece Novos ACO 110 mg 2x/d
Favorece varfarina
Rivaroxabana 20
Caso Clínico
Paciente com FA>48h, encaminhado para CVE
após ETE sem trombos. Qual a melhor conduta?
A – Aguardar até pelo menos a segunda dose de
pradaxa.
B – Fazer a CVE e manter pradaxa por >4
semanas;
C – Deve-se aguardar 3-4 semanas de pradaxa
antes da CVE.
D – Avaliar pelo tempo de trombina ou TTPa para
confirmar o nível de anticoagulação.
Caso Clínico
Paciente com FA>48h, encaminhado para CVE
após ETE sem trombos. Qual a melhor conduta?
A – Aguardar até pelo menos a segunda dose de
pradaxa.
B – Fazer a CVE e manter pradaxa por >4
semanas;
C – Deve-se aguardar 3-4 semanas de pradaxa
antes da CVE.
D – Avaliar pelo tempo de trombina ou TTPa para
confirmar o nível de anticoagulação.
Curvas de tempo para índice normatizado internacional (INR), tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa), tempo de trombina (TT), tempo de coagulação da ecarina (TCE) e concentração plasmática de dabigatrana
Conc. plasmática de dabigatrana INR TCE(razão) TTPa (razão) TT (razão) Média geométrica (n=6) 200 mg etexilato de dabigatrana 200 0 100 150 50 C onc en tr aç ão p lasmá tic a d e dab ig atr an a (n g /m L) 0 4 8 12 16 20 24 Tempo (horas) 22 18 14 10 6 2 4 3 2 1 IN R , T TP a, TC E (r az ões) 20 8 4 0 T T (r az ão) 16 12
Caso Clínico
Quais das drogas abaixo são contra-indicação
para o uso concomintante Dabigatrana?
A – Anti-inflamatórios.
B – amiodarona e beta-bloqueadores;
C – Cetoconazol sistêmico.
D – Antiagregantes plaquetários
E – Todos os acima
Caso Clínico
Quais as drogas abaixo devem ser evitadas em
pacientes usando Dabigatrana?
A – Anti-inflamatórios.
B – amiodarona e beta-bloqueadores;
C – Cetoconazol sistêmico.
D – Antiagregantes plaquetários
E – Todos os acima
SEM INTERAÇÃO via CYP450
Atorvastatina (CYP3A4), diclofenaco (CYP2C9)
NÃO REQUER AJUSTE DE DOSE:
Pantoprazol, digoxina, claritromicina, quinidina, verapamil, amiodarona.
CONTRAINDICADOS:
Cetoconazol sistêmico
Devo me preocupar com interações
medicamentosas?
Dabigatrana tem o menor potencial de interação
medicamentosa entre OACs (Scaglione 2013)
Caso Clínico
Paciente com FA Chads2=3 em uso de pradaxa
150 mg 2x/dia, deu entrada no PS com AVCi.
A - É possível confirmar ineficácia do ACO.
B – Se RNI normal, significa que o paciente não está
usando adequadamente o ACO;
C – Se houver TTPa normal significa que o paciente não
usou o ACO.
D – O TTPa é superior ao TT para monitorizar a utilização
do ACO.
Caso Clínico
Paciente com FA Chads2=3 em uso de pradaxa
150 mg 2x/dia, deu entrada no PS com AVCi.
Conclusão:
A - É possível confirmar ineficácia do ACO.
B – Se RNI normal, significa que o paciente não está
usando adequadamente o ACO;
C – Se houver TTPa normal significa que o paciente não
usou o ACO.
D – O TTPa é superior ao TT para monitorizar a utilização
do ACO.
Preciso monitorar a anticoagulação com
dabigatrana?
- O uso de dabigatrana NÃO requer monitoramento!
- O melhor uso dos testes de coagulação:
TP (RNI) – NÃO é adequado para avaliar a atividade
anticoagulante da dabigatrana
TT – melhor exame disponível para avaliar a presença da
atividade anticoagulante da dabigatrana
TTPa – útil em duas situações especiais:
Pré-cirurgia eletiva: o resultado normal confirma a ausência de efeito
anticoagulante após a suspensão da droga;
Pré-cirurgia de urgência: TTPa menor que 80s sinaliza um menor risco de
Caso Clínico
Paciente 75 anos, chads2=2, com FA em uso de
pradaxa irá ser submetido a colecistectomia.
O Que fazer?
A – Suspender pradaxa por 3-4 dias.
B – Avaliar o Cl de Cr para determinar a suspensão;
C – Não é necessário suspender o pradaxa.
Caso Clínico
Paciente 75 anos, chads2=2, com FA em uso de
pradaxa irá ser submetido a colecistectomia.
O Que fazer?
A – Suspender pradaxa por 3-4 dias.
B – Avaliar o Cl de Cr para determinar a suspensão;
C – Não é necessário suspender o pradaxa.
D – Fazer ponte com HBPM.
Como suspender dabigatrana para um procedimento?
•Dabigatrana tem um rápido início de ação e meia-vida previsível
Não necessita de ponte
ClCr (mL/min)
Descontinuar dabigatrana
Risco padrão de sangramento
Alto risco de sangramento ou
cirurgia de grande porte
≥80
24 horas
2 dias
≥50−<80
1−2 dias
2−3 dias
≥30−<50
3 dias
4 dias
+1
+1
+1
+1
+1
Fatores de risco para tromboembolismo e para sangramento devem ser avaliados e individualizados para cada
Como classificar o risco de sangramento dos
procedimentos?
Intervenções que não necessitam descontinuar o anticoagulante
Endoscopia sem cirurgia
Cirurgia superficial (drenagem de abscesso, pequenas cirurgias dermatológicas) Intervenções dentárias: • Extração de 1–3 dentes • Cirurgia periodontal • Drenagem de abscessos • Posicionamento de implantes Oftalmológica: • Catarata ou glaucoma
Intervenções com baixo risco de sangramento
Endoscopia com biópsia Biópsia de próstata ou bexiga
Angiografia
Implantação de marcapasso ou CDI (exceto variação anatômica, ex. dç cardíaca congênita)
Estudo eletrofisiológico ou ablação de taquicardia
supraventricular por catéter de radiofrequência (incluindo ablação do lado esquerdo via transeptal)
Intervenções com alto risco de sangramento
Cirurgia torácica Cirurgia abdominal
Cirurgia ortopédica de grande porte
Biópsia hepática
Ressecção da próstata transuretral Anestesia peridural ou raqui; punção lombar
Biópsia renal
Ablação complexa do lado esquerdo (isolamento de veia pulmonar, ablação de taquicardia ventricular)
Características
W D R A
Custos
+
-Dose única
+
+
-Sem necessidade de monitorar
-
+ + +
Interações com Drogas e enzimas
-- + + +
Possibilidade de medir o nível de
ACO
+
-Reversibilidade
+
Como avaliar a presença de dabigatrana em cirurgias?
• TTPa normal: ausência de efeito
anticoagulante após suspensão
da droga
Cirurgia
eletiva
• TTPa < 80s: sinaliza um menor
risco de sangramento associado
à anticoagulação
Cirurgia de
urgência
Cuidados na Indicação
1.Não há estudos: gestantes, crianças, negros
2.Prótese valvar;
3.Como tratar os pacientes com FA e DAC,
TVP e prótese de quadril/joelho
4.Sem estudos em cirurgia cardíaca
Gerenciando o sangramento com NOAC
Descontinuar dabigatrana e investigar fonte do sangramento
Manter diurese adequada e iniciar tratamento conforme padrão de
sangramento
Como prescrever para tratamento
AGUDO de TVP/TEP?
Após terapia inicial com heparina*:
*Terapia inicial com heparina por pelo menos 5 dias
SEM MUDANÇA
DE DOSE!
Como prescrever na profilaxia do TEV
pós-cirurgia ortopédica?
Dia da cirurgia (1–4 horas pós-cirurgia) Metade da dose 110 mg Artroplastia de quadril 220 mg 1x ao dia 28 – 35 dias Dias 2–35* Artroplastia de joelho 220 mg 1x ao dia 10 dias Dias 2–10• Pacientes idosos ou com ClCr reduzido devem usar: 75mg
no dia da cirurgia e seguir com 150mg/dia (02 cápsulas de
75mg)
Características
W D R A
Comparado a varfarina
-Prevenção de AVCi superior
-Menor sangra/o intracraniano
-Menor sangra/o GI
+
+
-+
-+
+
Tolerância da droga
+ - + +
Outras indicações
-TVP/TEP
-Profilaxia de TVP
-Doença coronária
+
-+
+
-+
+
+
-The RE-VOLUTION
®
clinical trial programme
ROBUS
T
EVIDEN
CE
Real-world experience from >200 000 patients confirms
positive safety and efficacy profile of dabigatran
RE-LY
(n>18 000) Real-world
(n>200 000 OAC-naïve patients)
FDA Medicare study (n>134 000)1 2 US insurance databases (n>38 000)3 US Dept of Defense database (n>25 000)2 Danish observational studies (n>21 000)4,5
What robust real-world data are available for the NOACs?
The only NOAC with clinical profiles confirmed by robust
real-world evidence
Dabigatran Rivaroxaban Apixaban Edoxaban
Total number of
patients involved > 200 0001–5 ~32 0006,7 Not available Not available Comparison with warfarin >200 000 1–5 45067 – – Effectiveness vs warfarin? – – – Safety vs warfarin? – – – Healthcare resource utilization data? – – 8 7
Experience from McMaster: moderate–severe bleeding (1)
Moderate–severe bleeding
• Identify source of bleeding
• Verify time of the last dabigatran dose: if within 0–4 hours, consider oral activated charcoal
• Measure anticoagulant activity (aPTT and/or Hemoclot®, if available)
• Measure creatinine, calculate CrCl, and estimate dabigatran half-life
• Local/surgical haemostasis as appropriate
• General measures: volume replacement/blood product transfusions
Stop dabigatran
Bleeding stops Bleeding continues: further management is required Moderate–severe bleeding
Stop dabigatran
• Identify source of bleeding
• Verify time of the last dabigatran dose: if within 0–4 hours, consider oral activated charcoal
• Measure anticoagulant activity (aPTT and/or Hemoclot®, if available)
• Measure creatinine, calculate CrCl, and estimate dabigatran half-life
• Local/surgical haemostasis as appropriate
• General measures: volume replacement/blood product transfusions
Bleeding continues: further management is required
Assess effect before starting next therapy
• Consider procoagulants*: start with PCC (50 IU/kg) • If bleeding continues, give FEIBA (50 IU/kg)
• If bleeding continues, give rFVIIa(90 μg/kg)
• If bleeding cannot be managed
(haemodynamically unstable, renal impairment), consider haemodialysis or charcoal filtration*
• Monitor aPTT and/or Hemoclot®every 3 hours 30 min
ICH and
life-threatening bleeding
Assess effect before starting next therapy
• Administer FEIBA (50 IU/kg)
• If unavailable, give PCC (50 IU/kg) or rFVIIa (90 µg/kg)*
• If bleeding cannot be managed
(haemodynamically unstable, renal impairment), consider haemodialysis or charcoal filtration*
• Monitor aPTT and/or Hemoclot®every 3 hours 30 min
Experience from McMaster: moderate–severe bleeding (1)
Moderate–severe bleeding
• Identify source of bleeding
• Verify time of the last dabigatran dose: if within 0–4 hours, consider oral activated charcoal
• Measure anticoagulant activity (aPTT and/or Hemoclot®, if available)
• Measure creatinine, calculate CrCl, and estimate dabigatran half-life
• Local/surgical haemostasis as appropriate
• General measures: volume replacement/blood product transfusions
Stop dabigatran
Bleeding stops Bleeding continues: further management is required Moderate–severe bleeding
Stop dabigatran
• Identify source of bleeding
• Verify time of the last dabigatran dose: if within 0–4 hours, consider oral activated charcoal
• Measure anticoagulant activity (aPTT and/or Hemoclot®, if available)
• Measure creatinine, calculate CrCl, and estimate dabigatran half-life
• Local/surgical haemostasis as appropriate
• General measures: volume replacement/blood product transfusions
Bleeding continues: further management is required
Assess effect before starting next therapy
• Consider procoagulants*: start with PCC (50 IU/kg) • If bleeding continues, give FEIBA (50 IU/kg)
• If bleeding continues, give rFVIIa(90 μg/kg)
• If bleeding cannot be managed
(haemodynamically unstable, renal impairment), consider haemodialysis or charcoal filtration*
• Monitor aPTT and/or Hemoclot®every 3 hours 30 min
Idarucizumab is in the most advanced stage of development
of any NOAC reversal agent
Submitted for approval
Mar 2015
Phase III
Patients requiring urgent surgery/major bleeding; May 20142,3 Phase III Patients with bleeding; Jan 20154 Phase II Phase II Phase II Ongoing5 Phase I Phase I Phase I IDARUCIZUMAB1 Target: dabigatran Andexanet alfa (PRT064445)1
Target: FXa inhibitors
Aripazine (PER977)1
Stable coronary heart disease + AF. CHA
2DS
2VASc = 3,
HASBLED = 2. Use of warfarin with unstable INR.
Planned PCI with drug eluting stent (complex lesion in
diabetic patient)
Which treatment regimen would I choose?
a) Discontinue warfarin during hospitalization. Dual antiplatelet therapy + warfarin at
discharge.
b) Dual antiplatelet therapy + warfarin for 4 weeks. Dual antiplatelet therapy after.
c) Start NOAC + dual antiplatelet therapy for 6 months. After NOAC + Clopidogrel