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DIREITOS HUMANOS. Alteridade Direito Dignidade - Liberdade. Constituição Inclusão social Direitos. Expressão Religiosa Cultural Estado de espírito

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Alteridade

Direito

Dignidade

-

Liberdade

Os traços que nos

diferenciam dos outros • Formação de vida • Valores • Linguagem • Crenças • Cultura

Constituição

Inclusão social Direitos • Respeito • Reconhecimento • Condições de vida Expressão Religiosa Cultural Estado de espírito

DIREITOS

HU

MANOS

(2)

O

Indígena

na história social da arte brasileira

A

ncestralidade

O

ralidade

T

radição

M

emória

D

ig-ni-da-de

(3)

Escritores do

Sentido amplo

A primeira missa no Brasil foi celebrada por Henrique de Coimbra, frade e bispo português, no dia 26 de abril de 1500, um domingo, na praia da Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, no litoral sul da Bahia.

(4)

[...] homens pardos, todos nus, sem nenhuma coisa que lhes cobrisse suas vergonhas.

A feição deles é serem pardos, [à] maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam cobrir nenhuma coisa, nem mostrar suas vergonhas: acerca disso, estão em tanta inocência como tem em mostrar o rosto.

Entre eles ali andavam três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos compridos pelas espáduas, e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas, e tão limpas das cabeleiras, que de nós muito bem olharmos não tínhamos nenhuma vergonha. [...]. Uma daquelas moças era toda tinta daquela tintura, de fundo acima, a qual, certo, era tão bem feita e tão redonda, e sua vergonha, que ela não tinha, [era] tão graciosa que a muitas mulheres da nossa terra -vendo-lhe tais feições- faria vergonha, por não terem a sua como ela.

CAMINHA, Pero Vaz. A Carta de Caminha. Séc. XVI

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Apresentação do auto, por José de Anchieta:

Após a cena do martírio de São Lourenço, Guaixará chama Aimbirê e Saravaia para ajudarem a perverter a aldeia. São Lourenço a defende, São Sebastião prende os demônios. Um anjo manda-os sufocarem Décio e Valeriano. Quatro companheiros acorrem para auxiliar os demônios. Os imperadores recordam façanhas, quando Aimbirê se aproxima. O calor que se desprende dele abrasa os imperadores, que suplicam a morte. O Anjo, o Temor de Deus, e o Amor de Deus aconselham a caridade, contrição e confiança em São Lourenço. Faz-se o enterro do santo. Meninos índios dançam. (...)

xeraçi, xemaraa cobexerembiareta tameene amo endebo yacangaterejoca.

Eyerocmoxirece tandererapoangatu

Meu irmão, perdoa tu a mim; eu tenho dor, eu estou doente. Eis que também minhas presas hei de dar algumas para ti,

para que quebres suas cabeças

Arranca-te o nome por causa dos malditos Para que sejas muito famoso.

ANCHIETA, José. Auto da Festa de São Lourenço. Teatro

de catequese. Domínio público.

• Síntese e moral do auto: maniqueísmo Bem versus mal; o bem representado por padres jesuítas e símbolos católicos; e o mal representado por atores e símbolos indígenas. • Aculturamento: imposição, apagamento e

exploração cultural

• Pluralismo linguístico: simpatia entre as culturas portuguesa, espanhola e indígena; maior entendimento entre os sujeitos, e eficácia na veiculação da moral católica.

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I-Juca Pirama, Gonçalves Dias

- aquele que é digno de ser morto; ritual antropofágico

No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos – cobertos de flores, Alteiam-se os tetos de altiva nação.

São todos timbiras, guerreiros valentes! Seu nome lá voa na boca das gentes, Condão de prodígios, de glória e terror! Meu canto de morte,

Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci;

Guerreiros, descendo Da tribo tupi.

Romantismo brasileiro (séc. XIX)

• I Geração da poesia romântica

• Idealização do ancestral comum: indianismo

• mito do bom selvagem (honra e altivez): ritual antropofágico

• origem/folclore: identidade nacional

• imagem e condutas europeizada

Da tribo pujante,

Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi.

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Iracema, José de Alencar

[...] Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da

graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu sorriso (...)

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu...

Personagem Peri, do romance O

Guarani, de José de Alencar.

Fortemente idealizado, como se fosse um cavaleiro medieval, um herói grego.

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Erro de português

Oswald Andrade (Modernisno de 1922) Quando o português chegou

Debaixo de uma bruta chuva Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português.

Fragmento de Macunaíma Mário de Andrade

[...] No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.

(9)

O grupo "verdeamarelo", cuja regra é a liberdade plena de cada um ser brasileiro como quiser e puder; cuja condição é cada um interpretar o seu país e o seu povo através de si mesmo, da própria determinação instintiva; - o grupo "verdeamarelo", à tirania das sistematizações ideológicas responde com a sua alforria e a amplitude sem obstáculo de sua ação brasileira. Nosso nacionalismo é de afirmação, de colaboração coletiva, de igualdade dos povos e das raças, de liberdade do pensamento, de crença na predestinação do Brasil na humanidade, de em nosso valor de construção nacional.

Aceitamos todas as instituições conservadoras, pois é dentro delas mesmo que faremos a inevitável renovação do Brasil, como o fez, através de quatro séculos a alma de nossa gente, através de todas as expressões históricas.

Nosso nacionalismo é "verde amarelo" e tupi.

Fragmento do Manifesto Nhenguçu, do movimento modernista de 1922 Verde-Amarelo.

Grupo composto pelos paulistas Plínio Salgado, Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia, Cândido Mota Filho e Alfredo Élis. Ao longo da década de 1920, os verde-amarelos formaram a vertente conservadora do movimento modernista. Para eles, o ingresso do Brasil na modernidade implicava o rompimento radical com toda herança cultural européia. Seu lema era taxativo: "Originalidade ou Morte!“

Esse grupo foi a base do governo

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Escritores do

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Fico tentando entender como o chamado o mundo palestino, egípcio, árabe, ou africano conseguem aceitar em seu cotidiano tanta agressividade, tantos desastres e mortes, tantos conflitos e intervenções externas em nome de soberania, pátria, deus, poder, território, defesa de castas, dogmas, orgulho, supremacia e muitos outros motivos supostamente justos. E no Brasil, “o novo mundo”, assim como nas Américas, tantos conflitos gerados a partir de inúmeros fatores de desigualdades sociais que por sua vez são tão contundentes e graves como nos velhos continentes.

Fico tentando entender como entre as nossas famílias também se gera mágoas, distorções, ódios, dores e insatisfações. E entre pessoas, mesmo aquelas que possuem vida econômica estável e status social considerável, frequentemente entram nas mais diversas situações de desarmonia. Digo isso observando a mim mesmo e as minhas relações pessoais e sociais; vendo como não é difícil desestabilizar as emoções e em determinadas circunstâncias gerar insatisfação, ou mesmo raiva, nervosismo, ou tons variados de agressividade.

Kaká Werá Jecupé é um escritor, ambientalista e conferencista brasileiro de origem indígena caiapó, do grupo dos txucarramães.

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Daniel Munduruku: "Indígena sim, índio não"

Afinal de contas: o que é ser índio? O que a palavra significa? Ela ainda é válida para os dias atuais?

Eu não sou índio. Não existem índios no Brasil. Quando afirmo isso às pessoas, elas arregalam os olhos porque vai ao contrário do que aprenderam. Todos aprenderam estereótipos e há 500 anos estamos repetindo eles. Índio é um apelido, e nem todos os apelidos são legais. Quando um indígena é chamado de índio, ele entra num grupo de pessoas iguais entre si. Uma forma de apagar a identidade de cada um. Portanto, é uma palavra que acaba diminuindo o indígena. Eu sou um indígena Munduruku, esse é meu povo com três mil anos de história. É um povo completo e que resolve suas necessidades de maneira própria. O povo Munduruku lutou muito para que mantivéssemos nossa essência e conseguimos. Somos 15 mil no Pará, três mil em Amazonas e 3 mil no Mato Grosso do Sul. Temos nossa língua, nossas danças e nossa espiritualidade. Cada povo é diferente nisso, e por isso não se pode dizer que índio é tudo igual.

Daniel Manduruku – Belém/PA, 1964 Povo Munduruku

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[...] E foi ouvindo as histórias que meu avô contava que percebi o que os povos tradicionais podiam oferecer à cidade. E isso me dá um álibi para usar as narrativas míticas para falar às pessoas com a mesma paixão com que o velho falava comigo. Acho que foi assim que surgiu em mim o interesse de narrar histórias para ajudar as pessoas a olharem para dentro de si mesmas, compreenderem sua própria história e aceitá-la amorosamente.

Daniel Munduruku

[…] povos indígenas inteiros tem sofrido as consequências de viver em contato permanente com uma sociedade que lhes prendem em conceitos que os tornam menores e marginalizados. A isso se inclui a negação da identidade cultural. Se, por um lado, manter-se indígena é condição fundamental para o reconhecimento étnico – pois assim a sociedade complexa pode manipulá-lo – aprender e conviver com a sociedade em igual condição é considerado um abandono de identidade. Em outras palavras: se vou para a universidade e compreendo a lógica do ocidente, acabo desqualificado como membro de uma sociedade indígena. Ser indígena, na lógica ocidental, é manter-se no atraso cultural. Ao pertencer ao mundo globalizado, perco minha afirmação étnica. Essa forma de pensar tem ocasionado sérias crises de identidade em nosso meio. (…) As consequências disso são o sofrimento, a dor, o suicídio.

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O ROÇADO – conto

Quando era dia de ir à roça, saíamos cedo e caminhávamos mais de três horas até chegar ao local. Nós, os meninos, íamos na frente para proteger o grupo. Bem, na verdade, íamos mais é brincando mesmo, coisa que toda criança gosta de fazer. Na roça eu gostava de ficar perseguindo as formigas. Elas são interessantes porque trabalham o tempo todo. (…) Só deixava de observar as formigas quando minha mãe me chamava para algum serviço.

[...] Meu avô Apolinário – que ainda não apareceu nesta história, porque até aqui não havia marcado presença em minha memória infantil – surgiu ao meu lado como num passe de mágica. Passou a mão suavemente sobre minha cabeça e disse:

– Hoje vamos tomar banho só nós dois.

MUNDURUKU, Daniel. Meu vô Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória. Ilustrações Rogério Borges. 2a ed. São Paulo, Studio Nobel, 2009.

(15)

Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era povoado de índios. Importaram, depois, da África, grande número de escravos. O Português, o Índio e o Negro constituem, durante o período colonial, as três bases da população brasileira. Mas no que se refere à cultura, a contribuição do Português foi de longe a mais notada. Durante muito tempo o português e o tupi viveram lado a lado como línguas de comunicação. Era o tupi que utilizavam os bandeirantes nas suas expedições. Em 1694, dizia o Padre Antônio Vieira que “as famílias dos portugueses e índios em São Paulo estão tão ligadas hoje umas com as outras, que as mulheres e os filhos se criam mística e domesticamente, e a língua que nas ditas famílias se fala é a dos Índios, e a portuguesa a vão os meninos aprender à escola.”

TEYSSIER, P. História da língua portuguesa . Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1984 (adaptado). A identidade de uma nação está diretamente ligada à cultura de seu povo. O texto mostra que, no período colonial brasileiro, o Português, o Índio e o Negro formaram a base da população e que o patrimônio linguístico brasileiro é resultado da

a) contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros.

b) diferença entre as línguas dos colonizadores e as dos indígenas.

c) importância do Padre Antônio Vieira para a literatura de língua portuguesa. d) origem das diferenças entre a língua portuguesa e as línguas tupi.

e) interação pacífica no uso da língua portuguesa e da língua tupi.

ENEM

2011

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Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos compartilhar esse Brasil com vocês.

TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).

Os procedimentos argumentativos utilizados no texto permitem inferir que o ouvinte/leitor, no qual o emissor foca o seu discurso, pertence

a) ao mesmo grupo social do falante/autor.

b) a um grupo de brasileiros considerados como não índios.

c) a um grupo étnico que representa a maioria europeia que vive no país. d) a um grupo formado por estrangeiros que falam português.

e) a um grupo sociocultural formado por brasileiros naturalizados e imigrantes.

ENEM

2009

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ENEM/2013) Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação com as futuras gerações, e o senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis para construir qualquer noção moderna de civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.

AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: www.outraspalavras.net. Acesso em: 7 dez. 2012.

Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como objetivo principal

a) expor as características comuns entre os povos indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas.

b) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como especialista no assunto.

c) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão com a natureza, e, por isso, sugerir que se deve respeitar o meio ambiente e esses povos.

d) usar a conhecida oposição entre moderno e antigo como uma forma de respeitar a maneira ultrapassada como vivem os povos indígenas em diferentes regiões do Brasil.

e) apresentar informações pouco divulgadas a respeito dos indígenas no Brasil, para defender o caráter desses povos como civilizações, em contraposição a visões preconcebidas.

Referências

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