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Miguel Couto: educação e eugenia

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Academic year: 2021

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Miguel Couto: educação e eugenia

Aline de Sá Cotrim*

1. Introdução

Miguel Coutofoi um médico na virada dos séculos XIX para o XX que publicou diversos livros sobre a educação e saúde pública no Brasil. Para ele a educação era o problema nacional, e acreditava que resolvendo esse problema todos os outros seriam resolvidos também (COUTO, 1927). Couto tinha uma mentalidade anti-nipônica, redigia ataques aos imigrantes japoneses no Jornal doCommercio, e foi um dos responsáveis pela implementação do artigo na Constituição de 1934que controlava a entrada de imigrantes no Brasil.

Esse ódio anti-nipônico de Miguel Couto estava inserido no movimento eugênico. Este foi muito forte nas primeiras décadas do século XX, e tinha a bandeira da “purificação da raça”. Uma sociedade eugênica seria aquela que tivesse sua população composta por pessoas brancas, saudáveis, sem vícios que ameaçassem o desenvolvimento do país. No Brasil, a eugenia esteve presente principalmente nas ideias do médico Renato Kehl, que publicou diversos livros e folhetos instrutivos sobre o assunto (STEPAN, 2005).

A partir disso, o objetivo desse artigo é analisar brevemente alguns discursos e escritosde Miguel Coutopara reconhecer as características do movimento eugênico em suas falas. Além disso, me servirá de base o livro A Hora da Eugenia de Nancy Leys Stepan e

Raça Pura de Pietra Diwan para compreender a eugenia no Brasil e no mundo.Portanto,

introduzirei Couto e algumas de suas ideias principais; apresentarei brevemente a eugenia; e, por fim, analisareias ideias dos trechos selecionados produzidos pelo médico.

2. Miguel Couto

Miguel Couto, médico carioca, nasceu em 1º de maio de 1865. Formou-se em Medicina em 1885, foi presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM) entre 1914 e 1934, além de membro da Academia Brasileira de Letras.Durante muitos anos se dedicou a

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estudos sobre a febre amarela. Segundo relatos dos amigos próximos, como Alberto Torres, muitas vezes grandes nomes da política brasileira esperavam em sua sala de espera ao lado de moradores de bairros pobres da cidade (WALDVOGEL, 1953). Em relato encontrado, Noel Rosa justifica sua saída da faculdade de Medicina para o médico Lauro de Abreu Coutinho dizendo: “como médico, eu jamais serei um Miguel Couto. Quem sabe não posso ser um Miguel Couto do samba?”1.

Ele também era conhecido por suas opiniões em relação à educação e a cultura no Brasil. Ele era defensor da medicina preventiva, e dizia que para melhorar o nível da saúde pública no Brasil era preciso ensinar o a população a ser prevenir, e para isso era precisa que ela tivesse o mínimo de instrução, ou seja, que ela fosse educada (COUTO, 1927).Em 02 de julho de 1927, Miguel Couto proferiu uma conferência na Associação Brasileira de Educação (ABE) na qual afirmava que o analfabetismo estaria diretamente ligado aos problemas na saúde pública e ao desenvolvimento do país.A conferência foi publicada e distribuída pelas escolas públicas, pela Escola Normal e institutos profissionais. Nesta, ele afirmou:

A ignorância é uma calamidade pública como a guerra, a peste, ocataclismo, e não só uma calamidade, como a maior de todas, porque as outras devastam e passam, como tempestades seguidas de céu bonança; mas a ignorância é qual o câncer, que tem a volúpia da tortura no corroer célula a célula, fibra por fibra, inexoravelmente o organismo: dos cataclismos, das pestes e das guerras se erguem os povos para as bênçãos da paz e do trabalho; na ignorância afundam cada vez mais para a subalternidade e degenerescência. (COUTO, 1927; 9).

Ele acreditava que todos tinham o direito a educação e a cultura, com o ensino primário integral gratuito e de frequência obrigatória, extensivo aos adultos, além da tendência à gratuidade do ensino educativo após o primário, a fim de torná-lo mais acessível. Destinar o dinheiro público a cultura seria a melhor forma de fazê-lo render, o melhor investimento. Ele aponta a saúde e a educação como um único problema e sugere a criação de internatos públicos, onde todas as crianças teriam que atender; a ideia era que elas fossem educadas longe de seus pais para não serem contagiadas por seus vícios e possíveis degenerações.

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3. Eugenia

A ideia de eugenia surgiu no final século XIX, einfluenciou a história da medicina da família, da maternidade, da população, da criminologia, da saúde pública e do bem-estar social. Por conta dela, foram feitas tentativas de modificações nas legislações referentes à reprodução humana, ao controle das doenças e à regulamentação da imigração. Ela foi relevante porque estava presente no espaço cultural earticulou as imagens da saúde como questão de hereditariedade e raça, assuntos até então pouco discutidos. Ela tinha ligações com temas como nacionalismo, racismo, sexualidade e gênero, higiene social, entre outros. Duas teorias predominavam de maneira geral nos debates sobre o assunto, as de Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829) e as de Gregor Mendel (1822-1884).

O neolamarckismo (a releitura das teorias de Lamarck) eram baseadas na ideia dos caracteres adquiridos. Isto é, os genes que fossem adquiridos por um indivíduo ao longo de sua vida seriam transmitidos para sua prole. Assim, acreditava-se que ao controlar o meio social em que o indivíduo vivia, podia-se controlar a qualidade de sua prole. Contudo, as teorias de Lamarck não tinham comprovação médica-científica, eram baseadas em pura observação. Já as pesquisas do botânico Gregor Mendel levaram à descoberta dos caracteres hereditários. Eles seriam passados de pai para filho, mas não sofreriam mudanças de acordo com o ambiente que se encontravam. Os mendelianos se baseavam nas teorias darwinistas ao dizerem que nada poderia ser feito para mudar a constituição genética de indivíduo, os mais adaptados sobreviveriam.

A eugenia se juntou a essas ideias ao trazer o arcabouço teórico social. Segundo Francis Galton (1822-1911), quem teria cunhado o termo “eugenia”, homens e mulheres deveriam se cruzar conforme suas características e inteligência, do mesmo modo que os animais eram cruzados conforme seus tamanhos e agilidade. A única forma de melhorar a raça humana, acabar com doenças e outros males, seria selecionando as uniões (CASTAÑEDA; 2003). A crença na soberania das influências sociais na escolha do casamento em detrimento das escolhas pessoais levou, por exemplo, a legislações sobre exames pré-nupciais, onde somente indivíduos adequados poderiam se casar e reproduzir, este seria uma forma de seleção artificial do casamento (STEPAN; 2005).

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Nos países anglo-saxões, a vertente predominante foi a mendeliana. O principal eugenista americano, Charles Davenport (1866-1944), acreditava que por mais que ocorressem miscigenações, os genes recessivos estariam ainda presentes, podendo vir à tona a qualquer momento. Na América Latina a teoria lamarckiana foi predominante, pois se mudar o meio não mudaria o indivíduo e sua prole nada salvaria suas sociedades. Essas mudanças ocorreriam nos meios de moradia, locais de convivência. O objetivo era evitar a propagação dos genes “ruins”, que carregassem doenças físicas e mentais que seriam adquiridos ao longo da vida (STEPAN, 2005). Assim, esperava-se “acabar” com as populações negras e mestiças, “inferiores”, entre outros degenerados, ao impedir a reprodução das mesmas. Além disso, a eugenia neolamarckiana era flexível à prática do intervencionismo na saúde pública.

Os exames pré-nupciais foram discutidos, e, em alguns países da América Latina, colocados em prática. A lei da esterilização, que foi discutida, e muito defendida pelo médico brasileiro Renato Kehl, só foi aprovada no estado de Veracruz no México em 1932, e poucos meses depois revogada. Apesar disso, a eugenia era “preventiva” no geral. Por outro lado, nos Estados Unidos, assim como aconteceu na Alemanha nazista, a esterilização era permitida por lei. Esta foi aprovada pouco antes da década de 1930 e foram aplicadas principalmente em instituições para pessoas com deficiência mental. Entre 1907 e o final da Segunda Guerra Mundial, os americanos esterilizaram cerca de 70 mil indivíduos (STEPAN; 2005).

3.1.A eugenia no Brasil

Em 1929, Renato Kehl afirma em seu livro Lições de Eugenia: “a nacionalidade brasileira só embranquecerá à custa de muito sabão de coco ariano”. No Brasil, a eugenia não se estabeleceu apenas como um movimento consumidor de ideia, mas também como um provedor de propostas (DIWAN, 2007). Os eugenistas tentaram aprovar leis sobre a restrição à imigração, a esterilização e o controle de casamentos. O Brasil foi o primeiro país da América Latina a fundar uma sociedade eugênica, em 1918, liderada pelo farmacêutico Renato Kehl(1989-1974) (STEPAN, 2005). A população brasileira era racialmente mista, analfabeta e pobre, e quando a eugenia surge na Europa a elite branca a vê como uma possível solução para os problemas sociais e de saneamento do país, além de possibilitar a criação de uma identidade racial nacional aceitável de acordo com os padrões do “primeiro mundo”.

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Conhecido como principal eugenista do Brasil, Kehl foi responsável pela elaboração de cartilhas instrutivas sobre o comportamento eugênico. Para ele, a política eugênica salvaria a nação, começando pela campanha de saneamento e no combate ao analfabetismo, para colocar em prática a educação eugênica e higiênica do povo, o que criaria uma nação sã e saudável, capaz de ajudar o país a se desenvolver. Na Cartilha de Higiene: alfabeto da saúde, segundo Diwan, o médico e farmacêutico afirma que para adquirir bons hábitos e evitar os maus era necessário que os primeiros fossem ensinados desde cedo, nas escolas primárias.

Além de Kehl, outro nome no movimento eugênico no país foi Octavio Domingues (1897-1972). O engenheiro era contrário às uniões consanguíneas, embora admitisse que nem sempre os degenerados fossem frutos desses tipos de uniões. Kehle Domingues discordavam em vários pontos sobre a eugenia. Por exemplo, o primeiro condenava a mistura de raças por levar a degeneração da espécie; já o segundo, aceitava a mistura por levar ao branqueamento da raça negra (CASTAÑEDA, 2003). Ainda, um apoiava o exame pré-nupcial obrigatório, o outro apenas a conscientização sobre o assunto, pois se opunha a qualquer controle de reprodução pelo Estado. Domingues acreditava que o homem, de forma inconsciente, procurava praticar a eugenia, quando, por exemplo, escolhia sua companheira (STEFANO; NEVES, 2007).

Os eugenistasno Brasil não conseguiram a proibição irrestrita do casamento consanguíneo, nem incluir o exame pré-nupcial como um requisito necessário para qualquer casamento; mas com esse debate conseguiram divulgar o movimento eugênico entre os juristas e políticos e definir o campo que competia à eugenia; além de fazerem a população refletir sobre o assunto, e algumas vezes agir de acordo com o doutrinado de pelo movimento.

4. A eugenia em Miguel Couto

Na comemoração do centenário da ANM, 1929, foi organizado o Primeiro Congresso Brasileiro de Eugenia. O Congresso aconteceu no Rio de Janeiro e contou com representantes de diversos estados brasileiros, além de convidados vindos de outros países. Neste percebemos uma ligação entre asideias eugênicas e Miguel Couto, que era presidente da ANM e responsável pela convocação do Congresso.

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Ademais, Couto fez alguns discursos na ANM que traziam as ideias eugênicas. O trecho selecionado abaixo se encontra no livro As Allocuções do presidente da Academia de

Medicina, de 1923, que faz parte do acervo da ANM. Estaé uma coletânea com alguns

discursos do então presidente da ANM em sessões magnas da instituição, entre outras situações. Em 30 de junho de 1921, Miguel Couto proferiu uma palestra onde afirmou:

A prole dos alcoólicos é uma prole de alcoólicos, já então com o estigma da degeneração física e somática, a somar a seu turno degenerados de toda a sorte.É a famíliaalcoólica, a família dos bebedores, com as sua variantes – beberricos, beberrotes, beberrazes, beberrões, entremeados de epilépticos, imbecis, loucos e criminosos. (COUTO, 1921; 69)

Para os eugenistas, o alcoolismo era uma doença passada por caracteres adquiridos, se o pai tivesse, seus filhos também o teriam. Segundo Couto, o álcool seria o maior agente de degeneração do indivíduo e da raça (COUTO, 1927), e, por isso, defende a criação de um imposto sobre o mesmo, para diminuir os prejuízos da saúde pública e do país, visto que um alcoólatra não pode trabalhar com vigor e cooperar no crescimento de nação.

Apesar de discordar com alguns pontos da ideologia eugênica, ele concorda com outros. No trecho selecionado abaixo, retirado de uma palestra na ANM em 30 de junho de 1923, fica clara a mentalidade anti-nipônica de Couto, assim como a oposição a outros asiáticos:

Um país de imigração como o nosso, na altura em que se acha, já está em tempo de cuidar de sua seleção social, não há tanto pelo medo do contagio dos defeitos, como pela necessidade do apuro pelas qualidades. É este um elemento eugênico de primeira ordem na valorização do nosso homem; pois bem, já houve um grande Estado brasileiro que cometeu o supremo crime de introduzir no seu território milhares de asiáticos, absolutamente e reconhecidamente inassimiláveis pelos seus hábitos, suas tendências, sua língua, sua religião, e que hão de se tornar um futuro próximo à fonte de maiores dissabores. Tudo nos vem agora dos Estados Unidos menos a sua dura lição de experiência feita. (COUTO, 1923; 81)

Ao final da mesma palestra ele defende a criação de um Departamento da Eugenia, apesar de não entrar em detalhes, baseando-se no Ministério das Ciências da Bélgica. O país, apesar de lidar também com a questão da eugenia, já se encontraria bem avançado na da

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educação, segundo ele, e, portanto, estaria em menos apuros que o Brasil, e mesmo assim se preocupou em ter um ministério específico para lidar com o assunto.

No livro Seleção Social Couto acusa o imigrante japonês de se infiltrar no organismo nacional a fim de destruí-lo. O livro é uma coletânea publicada em 1942 com quatro artigos escritos pelo médico para o Jornal do Commercio entre 1924 e 1925, uma carta, dois textos sem data e três discursos proferidos na Assembleia Constituinte de 1933. No prefácio, intitulado “Profecias de Miguel Couto”, seu filho Miguel Couto Filho (1900-1969) aponta que seu pai procurava denunciar o propósito do governo japonês de criar no território brasileiro uma nova nação para os japoneses. Segundo ele:

“[Couto] Não se limitava ele a examinar os homens e suas doenças; tinha uma

verdadeira preocupação em conhecer e meditar sobre todos os problemas eugênicos; as raças, os povos, e a seleção social que os distingue e escolhe, eram apreciados com prudência e sabedoria, visando sempre colher indicações proveitosas para aconselhar, acautelar e proteger o brasileiro de amanhã, digno de um Brasil grande e prospero.” (COUTO, 1942; 7)

Na Assembleia Constituinte, ele proferiu um discurso em 25 de maio de 1934, para encaminhar a votação do artigo sobre a imigração no Brasil, durante o qual disse:

Nosso problema geral da imigração se contêm múltiplos subproblemas que dizem respeito do lado dos imigrados, não só às suas qualidades físicas e mentais – o são e o doente, o morigerado e turbulento, o abstêmio e ébrio, o trabalhador e o mendigo, o pacífico e o guerreiro, os que pelos seus antecedentes chegam com a justa ambição do trabalho e os que trazem o ânimo oculto da conquista, como também à sua quantidade, tal às vezes que transforme a imigração em migração. Salta aos olhos o perigo desta ocorrência, que corresponde a uma guerra invasiva sem ao menos a glória da derrota e equivale a uma ocupação branca, qualquer que seja a cor dos ocupantes. Para evitar esta conjuntura, pensa Chestes Rowell, da Califórnia, só um caminho reto: suspendê-la antes de começar. (COUTO, 1942; 84-85).

A votação em relação à restrição da entrada de imigrantes no Brasil foi aprovada e o artigo 121, parágrafo 7º. A intolerância ao asiático era ainda mais forte em alguns setores da sociedade brasileira. O imigrante poderia trazer doenças e características negativas que poderiam penetrar na sociedade e levar à degeneração da população brasileira. Segundo Miguel Couto, este era exatamente parte do plano dos japoneses, que sofriam com a alta

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densidade demográfica em seu território e por isso precisam expandir para outras partes do mundo. O Brasil seria o país ideal, pois tinha um enorme território desabitado e um exército fraco.

Com os trechos apresentados, percebe-se que a eugenia para Miguel Couto estava relacionada à questão nacional principalmente. Diferentemente de Renato Kehl, que era totalmente contra a mestiçagem e indivíduos mulatos, Couto aceitava desde que significasse salvar a nação brasileira da “invasão” estrangeira. A quantidade de imigrantes que entravam Brasil seria tão assustadora para ele que era comparável à quantidade de indivíduos de raça branca que havia no país naquele momento.

5. Conclusão

Neste trabalho foram apresentadas resumidamente algumas características da eugenia no mundo e no Brasil. Contudo, o que não foi exposto é como essa ideologia, tão forte no início no século passado, praticamente desapareceu das mesas de debate. Apesar de todas as discussões sobre o assunto em diversos lugares do mundo, poucos países levaram tão a sério as propostas do movimento como a Alemanha. Após a divulgação das atitudes eugênicas alemãs, o movimento perdeu força.

O trágico evento, contudo, não deve ser usado como desculpa para que não se analise as discussões sobre eugenia que ocorreram nas primeiras décadas de século XX. As ideias eugênicas circularam o mundo, e na América Latina foram amplamente discutidas assim como no resto do planeta. O Brasil, o México, o Peru, entre tantos outros países não tinham populações “eugênicas, brancas e saudáveis”, e conseguiram repensar conceitos e princípios para adequá-los à forma como desejavam e justificarem ações e legislações em nome da “purificação da raça”.

No Brasil, pessoas como Renato Kehl, Octavio Domingues e, como mostrado aqui, Miguel Couto, entre outros, tinham opiniões fortes a favor da eugenia. Essas são só algumas das pessoas que influenciaram o destino de várias pessoas no momento em que atuavam como figuras públicas. Diversas leis sobre o assunto foram discutidas e outras tantas aprovadas no país e influenciaram o cotidiano e a vida de brasileiros e estrangeiros na época. Focando em

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que ele esteve presente na Assembleia Constituinte de 1933 segurando esta bandeira. É preciso saber agora o papel que Couto teve dentro do movimento e as consequências práticas da eugenia no Brasil.

6. Referências Bibliográficas

CASTANEDA, Luzia Aurelia. Eugenia e casamento.Hist. cienc. Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, dez. 2003.

COUTO, Miguel. No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo. Rio de Janeiro: Editora Rodrigues & C., 1927.

COUTO, Miguel. As Allocuções do presidente da Academia de Medicina. Rio de Janeiro: Besnard Frères, 1923.

COUTO, Miguel. Seleção Social. Rio de Janeiro: Editora Irmãos Pongetti, 1942.

DIWAN, Pietra. Raça Pura – uma história da eugenia no Brasil e no mundo. São Paulo: Editora Contexto, 2007.

STEFANO, Waldir. NEVES, Márcia. Mestiçagem e eugenia: um estudo comparativo entre as

concepções de Raimundo Nina Rodrigues e Octavio Domingues. In_______: Filosofia e

História da Biologia, Volume 2, p. 445-456, 2007.

STEPAN, Nancy. A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2005.

WALDVOGEL, Luiz. Homens que fizeram o Brasil. Rio de Janeiro: Editora Casa Publicadora Brasileira, 1953.

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