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Academic year: 2021

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ESCOLA MAGNUS DOMINI

UM DESENHO NO CÉU: ESTUDO DAS CONSTELAÇÕES

Ana Carolina Petrucci Enzo Seiti Koyama

João Pedro Borges Nascimento Mariana Herold Constantino

Renan Karling Hoffmann

MARINGÁ 2016

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1. INTRODUÇÃO

Desde sempre o ser humano possui curiosidade a respeito do céu estrelado. O céu era visto com certo espanto, receio, admiração e respeito. O desconhecimento das causas científicas dos fenômenos astronômicos motivava o ser humano a destinar valores divinos aos astros celestes, por serem diferentes de todo o universo.

O que nos motivou a realizar este trabalho é que, à noite, a imensidão do céu nos revela pontos brilhantes e curiosos – sempre estão lá, do mesmo “jeitinho” – são as constelações. Nesse sentido, o objetivo do nosso trabalho é realizar um levantamento das principais constelações existentes e descrevê-las, apresentando, também, as lendas históricas que as cercam.

2. AS CONSTELAÇÕES

Uma constelação é uma região do céu onde se encontra um grupo de estrelas, que parecem estar próximas umas das outras, ligadas por traços imaginários, que formam determinados desenhos no céu.

O conceito definido pela IAU (International Astronomical Union - União Astronômica Internacional) determina que constelação é a divisão da esfera celeste, geometricamente, em 88 regiões ou partes. Importante observar que, dependendo do local, as constelações não são vistas ou possuem outra disposição.

Dessa forma, podemos dizer que a principal constelação no hemisfério sul é o Cruzeiro do Sul, fácil de se localizar. No hemisfério norte, as principais são: Ursa Maior e Ursa Menor, que também são facilmente identificáveis.

A constelação Cruzeiro do Sul, a mais importante do hemisfério sul é somente vista desse hemisfério e faz parte das constelações austrais. Por outro lado, as constelações vistas do hemisfério norte celeste (ursa maior e ursa menor, por exemplo) são denominadas de constelações boreais. Na Imagem 1, apresentamos a relação das constelações e seus hemisférios.

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Imagem 1 – As constelações e os hemisférios

Cada constelação apresenta uma estrela mais importante. Por exemplo, no caso da constelação Ursa Menor, temos a estrela polar.

Além das constelações austrais (Sul) e boreais (Norte), há as constelações equatoriais, situadas próximas ao Equador Celeste (Órion), e as constelações zodiacais, localizadas próximas aos limites entre norte e sul celestes. Nas Imagens 2 e 3, a seguir, indicamos uma ilustração da Constelação de Órion e as constelações zodiacais.

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Imagem 3 – Constelações zodiacais

Muitas constelações podem ser vistas nitidamente dos dois hemisférios, tal qual a de Escorpião e a Constelação de Órion (formato de um caçador que inclui a popular constelação chamada de “Três Marias”).

As constelações não são verdadeiros grupos de estrelas, porque as estrelas que formam as constelações apenas parecem estar agrupadas, quando são vistas a partir da Terra (se observássemos a partir de um outro planeta, já não conseguiríamos ver). Isto acontece porque, na realidade, as estrelas de uma constelação encontram-se a distâncias muito diferentes da Terra, mas nós as vemos projetadas na esfera celeste, como se estivessem todas à mesma distância de nós.

2.1 Cruzeiro do Sul

Essa constelação é importante e famosa no Hemisfério Sul. Apesar de ser pequena, é bem reconhecível por suas estrelas de brilho considerável. O Cruzeiro do Sul, para os gregos antigos, pertencia à constelação do Centauro e ajudava nas rotas dos navegantes, pois o eixo maior da cruz aponta aproximadamente para o polo Sul celeste. Basta tomarmos o tamanho do eixo

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maior da cruz e o prolongarmos em linha reta cerca de quatro vezes e meia. Na Imagem 4, a seguir, podemos identificar o Cruzeiro do Sul e as estrelas que o compõem.

Imagem 4 – Cruzeiro do Sul

2.2 Ursa Maior

Ursa Maior, também conhecida por Ursa Major (Imagem 5), é uma das constelações mais conhecidas do hemisfério norte celeste. É uma constelação grande, com estrelas razoavelmente brilhantes e fácil de se localizar no céu noturno.

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Imagem 5 – Constelação Ursa Maior

Desta constelação, destacam-se sete estrelas que formam um asterismo que é conhecido por “Grande Carro” ou “Caçarola” ou “Arado” ou “Papagaio de Papel”. Este asterismo é constituído pelas estrelas: Dubhe (estrela alfa da constelação da Ursa Maior), Merak (beta), Phecda (gama), Megrez (delta), Alioth (epsilon), Mizar (zeta), Alkaid ou Benetnasch (eta).

A partir de um observador na Terra, imaginando uma linha que liga a estrela Merak à estrela Dubhe, e seguindo uma distância equivalente a 5 vezes a distância entre estas duas estrelas, chega-se muito próximo da estrela Polar (também conhecida como Polaris). Esta estrela pertence à constelação da Ursa Menor e está muito próxima do Pólo Norte Celeste.

Na constelação da Ursa Maior existe uma binária visual muito conhecida: o par Mizar e Alcor. Mizar é, na verdade, um sistema de 4 estrelas ligadas gravitacionalmente, Alcor é um sistema de 2 estrelas. Porém, sem utilizar equipamento próprio para visualização, Mizar aparece apenas como sendo uma estrela, e Alcor também aparece apenas como uma estrela. Visualmente Mizar e Alcor surgem no céu muito próximas uma da outra.

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2.3 Ursa Menor

A Ursa Menor, também conhecida como Ursa Minor (Imagem 6), é uma constelação do hemisfério norte celeste. Suas principais estrelas são relativamente pouco brilhantes, mas apesar disso a Ursa Menor é uma constelação conhecida por possuir uma estrela muito brilhante: a Polaris, mais conhecida como estrela Polar.

Imagem 6 – Constelação Ursa Menor

A Polaris (estrela alfa da Ursa Menor) possui uma magnitude aparente de +2,0, e está a cerca de 430 anos-luz do Planeta Terra. No nosso céu, a posição desta estrela é quase coincidente com o Pólo Norte Celeste, por isso ser conhecida por estrela Polar.

Outras estrelas fazem parte da constelação da Ursa Menor: Kochab (estrela beta desta constelação) com uma magnitude aparente de +2,1 e está a uma distância de cerca de 125 anos-luz de nós; Pherkad (estrela gama desta constelação) tem uma magnitude aparente de +3,00 e situa-se a cerca de 480 anos luz. Ainda outras estrelas menos brilhantes fazem parte da Ursa Menor: Yildun, Ahfa al Farkadain, Anwar al Farkadain (ou Alasco).

2.4 As Três Marias (Constelação de Órion)

Uma constelação fácil de enxergar é Órion (Imagem 7). Para identificá-la, devemos localizar três estrelas próximas entre si, de mesmo brilho, e

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alinhadas. Elas são chamadas Três Marias, e formam o cinturão da constelação de Órion, o caçador. Seus nomes são Mintaka, Alnilan e Alnitaka.

Imagem 4 – As Três Marias

A constelação tem a forma de um quadrilátero com as Três Marias no centro. O vértice nordeste do quadrilátero é formado pela estrela avermelhada Betelgeuse, que marca o ombro direito do caçador. O vértice sudoeste do quadrilátero é formado pela estrela azulada Rigel, que marca o pé esquerdo de Órion. Estas são as estrelas mais brilhantes da constelação. No hemisfério Sul, Órion aparece de ponta cabeça.

3. ESTAÇÕES DO ANO E AS ESTRELAS NO HEMISFÉRIO SUL

Cada estação do ano pode ser reconhecida por meio de constelações "chaves", que são grandes e de fácil localização, formadas por estrelas brilhantes, e que geralmente podem ser vistas até mesmo em regiões com alto nível de poluição luminosa, como São Paulo por exemplo. A seguir estão relacionadas as constelações símbolos de cada estação do ano no hemisfério sul: No outono, a constelação símbolo é Leo (Leão) e as estrelas mais importantes são Regulus (α), Denebola (β), Algeiba (γ). No inverno, Scorpius (Escorpião) é a constelação símbolo e tem como estrelas principais Antares (α), Shaula (β), Lesat (γ). Já na primavera, a constelação símbolo é Pegasus (Pégaso) e as estrelas mais importantes são Markab (α), Enif (ε). Por fim, o verão tem Orion (Órion) como constelação símbolo e as principais estrelas

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são Betelgeuse (α), Rigel (β), Bellatrix (γ), Saiph (κ), Mintaka (δ), Alnilan (ε), Alnitak (ζ). Nebulosa de Orion (M 42).

4. CONSTELAÇÕES DA BANDEIRA

Nas estrelas da Bandeira do Brasil, aparecem nove constelações e 27 estrelas em representação a cada uma das unidades da Federação, das quais se destacam as constelações: Cruzeiro do Sul, Escorpião, Triângulo Austral, Cão Maior e Cão Menor. A Imagem 8 revela tais constelações.

Imagem 5 – Constelações da Bandeira do Brasil

O céu representado na nossa bandeira corresponde ao céu da cidade do Rio de Janeiro no dia e hora da Proclamação da República, que aconteceu no dia 15 de novembro de 1889, às 8h30. Neste horário, não havia estrelas visíveis no céu além do nosso Sol, mas, ainda assim, os astrônomos sabiam as constelações que estavam no céu naquele momento.

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Em uma constelação, a estrela mais brilhante recebe o nome de alfa; a segunda recebe o nome de beta; a terceira recebe o nome de gama, e assim por diante, de acordo com a ordem do alfabeto grego.

O conhecimento popular nos traz que apontar para estrela faz nascer verruga na ponta do dedo. Essa superstição surgiu como uma forma de proteção dos judeus, em especial as crianças. Isso porque, no século XV, na Europa, os judeus eram perseguidos pela Inquisição. Como o judaísmo possui um calendário lunar, o nascimento da primeira estrela, que é Vênus, marca o início do outro dia. Nas sextas-feiras, as crianças ficavam ansiosas pelo aparecimento da primeira estrela, pois indicava que o sábado, que é um dia sagrado para os judeus, havia chegado. Assim, os pequenos apontavam a estrela e eram facilmente reconhecidos como crianças judias. Por isso, os pais inventaram essa crendice de que se apontasse para estrela uma verruga enorme iria aparecer no dedo, pois assim deixariam de fazer e poderiam se disfarçar entre as outras crianças.

Também é senso comum fazer três pedidos quando conseguimos enxergar uma estrela cadente. A lenda começou na Grécia por volta do ano 150 a.C. O astrônomo Ptolomeu disse que quando os deuses estavam entediados eles ficavam espiando a Terra. Seria nesse momento, então, que algumas estrelas se desprendiam do céu e cruzavam nosso espaço. Por isso, fazer um pedido nessa hora teria uma garantia a mais de ele ser atendido, já que os deuses estariam olhando para nós naquele exato instante. Essa tradição já dura mais de 2 mil anos e tem variações ao redor do mundo. No Chile, por exemplo, você precisa pegar uma pedra enquanto faz o pedido. Já nas Filipinas, é necessário dar um nó em um lenço para seu desejo ser atendido.

6. CONCLUSÃO

Com esta pesquisa, podemos aprender que as constelações não são só a união de várias estrelas, pelo contrário, são muito mais do que isso – são úteis para a localização. Cada constelação tem um nome e algumas delas foram criadas pelas civilizações. Ou seja, sem a observação do homem, é possível que seus nomes nem existissem.

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REFERÊNCIAS

OLIVEIRA. Astronomia e Astrofísica. 2.ed. São Paulo: Livraria da Física, 2004. RIDAPATH, Ian. Guia ilustrado Zahar astronomia. Tradução:Borges, Maria SILVA, Edna Maria Esteves da. As constelações.

VARELLA, Irineu Gomes. Constelações do Zodíaco. http://www.observatorio.ufmg.br/dicas13.htm http://principiosdaastronomia.blogspot.com.br/2010/08/constelacoes-e-reconhecimento-do-ceu.html http://www.cfh.ufsc.br/~planetar/textos/constel.htm http://www.infoescola.com/astronomia/principais-constelacoes/ http://www.siteastronomia.com https://www.todamateria.com.br/principais-constelacoes/ http://www.uranometrianova.pro.br/astronomia/AA001/zodiaco.htm. http://www.megacurioso.com.br/astronomia/75829-por-que-fazemos-pedidos-a-estrelas-cadentes-como-a-que-passou-pelo-parana.htm

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