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1. INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS Objetivos Escopo VALORAÇÃO DE TECNOLOGIAS Objetivo...

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Academic year: 2021

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2 ÍNDICE ANALÍTICO 1. INTRODUÇÃO ... 3 2. AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS ... 3 2.1. Objetivos ... 3 2.2. Escopo ... 4 3. VALORAÇÃO DE TECNOLOGIAS ... 5 3.1. Objetivo ... 5

3.1.1. Negociação para comercialização e licenciamento de tecnologias ... 5

3.1.2. Análise de riscos em investimentos de P&D ... 5

3.1.3. Priorização de projetos de P&D ... 6

3.2. Escopo ... 6

4. CONCLUSÃO ... 7

5. AGRADECIMENTO ... 7

AUTORES ... 8

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3 1. INTRODUÇÃO ”Valoração” e “Avaliação” são conceitos complementares que fazemparte de um processo mais amplo, a saber: a

comercialização de novas tecnologias.

Com o conceito de Inovação em voga, a valoração de novas tecnologias e de empresas iniciantes de base tecnológica (startups) tem recebido atenção especial tanto de instituições que desenvolvem e/ou fomentam pesquisas quanto de investidores de risco e empresas. Entretanto, ao analisar as demandas de diversos pesquisadores, empresas e investidores, assim como artigos e apresentações em eventos especializados, notamos que existe certa confusão entre os conceitos de “valoração” e “avaliação” de tecnologias e empresas nascentes. Diante deste quadro, este artigo tem como objetivo esclarecer tais conceitos, seus benefícios, aplicações e a relação entre ambos. Nosso principal argumento é que “valoração” e “avaliação” são conceitos complementares que fazem parte de um processo mais amplo, a saber: a comercialização de novas tecnologias1. Acreditamos que um melhor entendimento dessas duas atividades – ambas fundamentais – irá favorecer o diálogo entre as diversas partes envolvidas no processo de inovação e evitar possíveis dificuldades no processo de comercialização de novas tecnologias.

Fonte: Análise dos Autores

2. AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS 2.1. Objetivos A finalidade básica da avaliação de uma tecnologia é fazer um levantamento inicial de seu potencial de comercialização.

A avaliação de tecnologias é a primeira análise a ser feita em relação a um processo de P&D, independente de seu estágio de desenvolvimento. Em outras palavras, podem ser avaliadas desde idéias que começam a ser pesquisadas até tecnologias já desenvolvidas.

A finalidade básica da avaliação de uma tecnologia é fazer um levantamento inicial de seu potencial de comercialização. A partir daí, a análise pode possuir objetivos distintos, de acordo com o estágio de desenvolvimento observado.

Quando uma idéia ou pesquisa em estágio preliminar de desenvolvimento é

1 Por comercialização de novas tecnologias entendemos o processo de levar projetos de pesquisa e desenvolvimento ao mercado.

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4 analisada, os principais objetivos da avaliação da tecnologia estão ligados à explicitação dos riscos envolvidos em se investir na mesma, e à sugestão de possíveis rumos de pesquisa vis-à-vis tecnologias concorrentes e o potencial de mercado existente.

Quando a pesquisa está em estágio avançado de desenvolvimento, ou finalizada, a avaliação passa a ter o papel de estimar os riscos de se avançar da escala laboratorial para a escala industrial. Além disso, a avaliação indica, ainda que de forma preliminar, o potencial de sucesso na comercialização da tecnologia.

Caso a tecnologia pareça ter potencial satisfatório, faz sentido que seja desenvolvida a valoração dessa tecnologia (e.g., sua análise de viabilidade econômica), seja com o objetivo de gerar um novo negócio, seja visando ao seu licenciamento. Caso os tomadores de decisão optem por valorá-la, as informações já levantadas durante a avaliação funcionarão como ponto de partida da nova análise.

2.2. Escopo

Outro ponto crucial da avaliação está no levantamento dos principais riscos tecnológicos existentes no desenvolvimento. Em outras palavras, quais são as principais dificuldades que podem ser encontradas pelos pesquisadores para finalizar a pesquisa e/ou levar a tecnologia da escala de “bancada” para escala industrial.

Essas informações nem sempre são explicitadas durante o processo de pesquisa, mas são vitais para que os pesquisadores e (potenciais) investidores/gestores atuem no processo de desenvolvimento de forma ativa. Assim, riscos inerentes ao desenvolvimento de uma tecnologia poderão ser mitigados. Por exemplo, decisores envolvidos no processo poderão reagir melhor a variações no time-to-market e no investimento necessário para pesquisa. Essa flexibilidade gerencial de interferir no desenvolvimento de uma nova tecnologia é fundamental para uma comercialização bem sucedida. A valoração, tema que será explorado no item 3, deve levar em consideração estes aspectos do processo de inovação tecnológica.

Em uma avaliação, além de se investigar o processo específico de P&D, algumas análises complementares são realizadas com o intuito de estimar o potencial da tecnologia. A primeira dessas é a comparação com soluções tecnológicas concorrentes que visam atender a necessidades similares. Assim, é possível ter idéia da posição da tecnologia em questão em relação a alternativas disponíveis no mercado e, se possível, a alternativas ainda em estágio de desenvolvimento.

Também podemos incluir no escopo da avaliação a tarefa de apontar algumas alternativas de modelo de negócio e seus respectivos potenciais de mercado. Ainda que essas análises voltadas para o mercado não sejam realizadas em profundidade, elas são importantes para auxiliar o “parecer final” da análise e servem como ponto de partida para a valoração.

O escopo da avaliação está fortemente ligado à caracterização da tecnologia e seu potencial de comercialização.

Em função de seus objetivos, o escopo da avaliação está fortemente ligado à caracterização da tecnologia e seu potencial de comercialização. Aspectos relacionados à melhor forma de viabilizar a comercialização – tais como modelo de negócio, mercado, potencial retorno financeiro - são explorados com maior profundidade no processo de valoração.

O propósito fundamental da avaliação é compreender o estágio de desenvolvimento da pesquisa, levando em consideração, se possível,

benchmarks existentes para tecnologias de natureza similar (e.g., fármacos,

softwares). Assim, é possível estimar de forma preliminar as atividades necessárias para levá-la ao mercado (i.e., comercializá-la) e o investimento necessário para a conclusão do desenvolvimento.

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5 3. VALORAÇÃO DE TECNOLOGIAS

3.1. Objetivo

O objetivo da

valoração não é prever o valor exato da tecnologia, mas fornecer um valor esperado que capte os riscos e incertezas inerentes a este processo.

De forma genérica, valorar uma nova empresa ou tecnologia significa atribuir-lhe um valor justo. Ressaltamos que, por valor “justo” ou “esperado”, entendemos a melhor descrição do potencial econômico de uma tecnologia diante das informações disponíveis no momento de sua análise de valor. Em outras palavras, o objetivo da valoração não é prever o valor exato da tecnologia no momento de sua comercialização, mas fornecer, diante de todas as incertezas que caracterizam o processo de inovação tecnológica, um valor esperado que, de certa forma, capte os riscos e incertezas inerentes a este processo. Além deste, outro objetivo desta análise é a definição de valores referência para uma eventual negociação.

Assim, não faz sentido investir todo o esforço e tempo necessários para uma valoração bem fundamentada apenas para “saber” o valor da tecnologia em questão. Esse valor é, na verdade, uma informação necessária para dar prosseguimento ao processo de comercialização de uma tecnologia. Três aplicações representam os objetivos finais de uma valoração: (i) comercialização e licenciamento de tecnologias, (ii) análise de riscos em investimentos de P&D e (iii) priorização de projetos de P&D.

3.1.1. Negociação para comercialização e licenciamento de tecnologias

Valoração é um mecanismo importante para facilitar o processo de

negociação, uma vez que fornece

referências como o valor esperado da tecnologia.

Uma empresa ou centro de pesquisa que possua tecnologias “prontas” para serem comercializadas ou licenciadas deve lançar mão da valoração como recurso de auxílio à precificação. Nesse caso, a valoração é um mecanismo importante para facilitar o processo de negociação, uma vez que fornece referências (por exemplo, valor alvo ou esperado para a tecnologia, além de valores máximo e mínimo aceitáveis).

Em sintonia com o conceito de Open Innovation, empresas também têm a alternativa de internalizar tecnologias desenvolvidas externamente. Nesse caso, a empresa deve definir valores “aceitáveis” a serem pagos pela tecnologia com o intuito de auxiliar no processo de negociação. A lógica da comercialização nesse caso é semelhante à do processo de negociação para venda dos direitos de explorar economicamente a tecnologia.

3.1.2. Análise de riscos em investimentos de P&D

A valoração auxilia na compreensão e quantificação de riscos, fontes de incerteza e opções gerenciais inerentes a um projeto de P&D. Dessa forma, acaba servindo como base para a definição da estratégia de investimento ao longo do tempo.

Uma descrição dos riscos potenciais envolvidos no processo permite aos decisores agir de forma ativa e preventiva. Além disso, motiva a estruturação de um plano de contingência (“plano B”) em caso de desdobramentos “inesperados” do desenvolvimento tecnológico (e.g., gargalos tecnológicos, ação de competidores, entre outros).

Ressalta-se ainda que essa análise não envolve o tratamento de ambigüidade ou atividades “ocultas-desconhecidas” (unknown-unknowns) da equipe envolvida no processo de desenvolvimento tecnológico. Este tema, entretanto, foge ao escopo deste artigo, e será tratado em texto a ser divulgado futuramente.

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3.1.3. Priorização de projetos de P&D

O valor e o retorno estimados dos projetos, assim como seus riscos, são dimensões importantes para decisões de priorização de projetos de P&D.

Em várias empresas, pesquisas ocorrem em paralelo e disputam os recursos destinados à área de P&D, o que torna escasso o orçamento destinado à mesma. Nesse contexto, torna-se fundamental definir prioridades e, como almejado por muitas empresas, produzir um portfólio balanceado de novos projetos/iniciativas.

A decisão essencial envolvida no balanceamento de um portfólio de novas tecnologias/iniciativas é a diversificação de risco. Caso uma empresa opte por não diversificar riscos, a decisão sempre será baseada na avaliação individual de cada tecnologia/iniciativa.

Assim, o valor e o retorno estimados dos projetos, assim como seus riscos, são, sem dúvida, duas dimensões importantes para esse tipo de tomada de decisão. A comparação apropriada de projetos de natureza distinta é o foco da priorização de projetos de P&D.

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7 3.2. Escopo 4. CONCLUSÃO Tanto a avaliação quanto a valoração têm um propósito maior, isto é, a comercialização de novas tecnologias.

Analisando os objetivos e o escopo da avaliação e da valoração de tecnologias, fica claro que essas são análises complementares. De modo geral, a avaliação funciona como um primeiro filtro que, além de esclarecer o estágio de desenvolvimento da tecnologia, indica projetos mais “promissores” que devem ser valorados para algum fim.

A valoração, por sua vez, deve ser feita apenas no caso de tecnologias mais promissoras (identificadas através do processo de avaliação). Isso evita que trabalho seja desenvolvido em vão, posto que só serão valoradas tecnologias que realmente apresentam um estágio de desenvolvimento e/ou potencial de mercado satisfatórios.

Por fim, ressaltamos que tanto a avaliação quanto a valoração têm um propósito maior, isto é, a comercialização de novas tecnologias. Esta sim é uma atividade fim, uma vez que gera desenvolvimento econômico e social.

5. AGRADECIMENTO

Os autores agradecem as profícuas discussões com Gustavo Mamão e Bruno Moreira, do Instituto Inovação. O apoio concedido pela FAPEMIG e pelo CNPq na condução de suas pesquisas também merece especial destaque.

Para se chegar ao valor de uma tecnologia, diversas análises devem ser realizadas, incluindo o aprofundamento dos pontos já abordados na etapa de avaliação.

Para se chegar ao valor de uma tecnologia, diversas análises devem ser realizadas, incluindo o aprofundamento dos pontos já abordados na etapa de avaliação.

A priori, é fundamental detalhar os riscos tecnológicos e de mercado

existentes. Como exemplo de risco tecnológico podemos citar a possibilidade de um novo fármaco não passar em alguma das fases de testes ou a chance de não conseguir superar restrições de custo/eficiência. Como risco de mercado podemos considerar tanto aspectos ligados ao mercado financeiro (e.g., variação do preço de commodities), quanto aspectos ligados ao mercado consumidor (e.g., aceitação do novo produto ou serviço pelo mercado consumidor).

Com base na análise dos riscos e do potencial de mercado, o modelo de negócio deve ser aprofundado. Assim, além de validar o(s) modelo(s) de negócio(s) sugerido(s) na avaliação, o detalhamento do modelo de negócio é fundamental para que a estimativa de geração de valor seja feita (definição do payoff do negócio).

Também com base na análise de riscos, é possível detalhar e validar o investimento necessário para o desenvolvimento da tecnologia e para a implantação do negócio. Neste último caso, a análise é baseada no modelo de negócio sugerido.

Finalmente, a partir de todas essas análises, é possível calcular o valor esperado da tecnologia, assim como valores-referência para a negociação (e.g., máximo e mínimo). Para este cálculo, diversas técnicas têm sido empregadas pelo mercado. Em um próximo artigo compararemos as principais alternativas para o cálculo do valor de uma tecnologia e apontaremos o que, segundo nossa visão, seria a abordagem mais recomendada.

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8 AUTORES

Daniel T. Elói Santos (danieloi@ufmg.br) é mestrando em Engenharia de Produção pela UFMG e graduado em Engenharia de Produção também pela UFMG. Vem desenvolvendo pesquisas relacionadas à valoração de tecnologias e à estimativa de seus resultados futuros com o foco no apoio à tomada de decisão sob incerteza. Tem experiência em consultoria de gestão e setor financeiro, tendo trabalhado na Accenture, Unibanco e McKinsey & Company, em projetos relacionados à estratégia, desenvolvimento de produtos e análise de investimentos.

Leonardo P. Santiago (lsantiago@ufmg.br) é professor do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Minas Gerais. Possui doutorado em Engenharia de Sistemas pela Boston University, EUA. O Professor Leonardo é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq e tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Gestão da Tecnologia e do Desenvolvimento de Novos Produtos. Sua área de atuação contempla, principalmente, apoio à decisão sob incerteza, avaliação e valoração de novas tecnologias, e seleção de projetos e alocação de recursos em projetos de P&D.

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