• Nenhum resultado encontrado

O estágio supervisionado nos anos iniciais do ensino fundamental: contribuições para a formação do pedagogo / The supervised internship in the early years of elementary school: contributions to the training of the pedagogue

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "O estágio supervisionado nos anos iniciais do ensino fundamental: contribuições para a formação do pedagogo / The supervised internship in the early years of elementary school: contributions to the training of the pedagogue"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761

O estágio supervisionado nos anos iniciais do ensino fundamental:

contribuições para a formação do pedagogo

The supervised internship in the early years of elementary school:

contributions to the training of the pedagogue

DOI:10.34117/bjdv6n8-089

Recebimento dos originais:08/07/2020 Aceitação para publicação:10/ 08/2020

Vinicius Melo de Freitas

Graduado em Licenciatura Plena em Pedagogia pelo Instituto de Ciências Sociais Educação e Zootecnia (ICSEZ) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Campus Parintins, com

Especialização em Docência para o Ensino Superior pela Universidade Paulista (UNIP) E-mail:Viniciusmello999666@gmail.com

Waldenize Ribeiro Melo

Graduada em Matemática pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com Especialização em Matemática pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

E-mail:Waldenize.rm@gmail.com

Waldacy Ribeiro Melo

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com Especialização em Psicopedagogia pela Faculdade da Serra (FASE)

E-mail:brunamelojur@outlook.com

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade apresentar as experiências do Estagio Supervisionado II nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Federal do Amazonas – UFAM/ICSEZ Campus Parintins – AM. No período de setembro a outubro de 2018 em uma Escola Pública Estadual localizada no centro da cidade de Parintins. As etapas da pratica que foram desenvolvidas no decorrer da construção de dados foram: roda de conversa com os educadores da instituição, observação participante e aplicação de pratica pedagógica em uma turma de terceiro ano do Ensino Fundamental e entrevista com a coordenadora pedagógica e a professora da turma com registro em diário de campo.

Palavras Chave: Estágio Supervisionado, Prática Pedagógica, Formação. ABSTRACT

This work aims to present the experiences of Supervised Internship II in the Early Years of Elementary Education, of the Full Degree in Pedagogy of the Federal University of Amazonas UFAM / ICSEZ Campus Parintins - AM. In the period from September to October of 2018 in a State Public School located in the center of the city of Parintins. The stages of practice that were developed in: a conversation with the educators of the institution, participant observation and application of pedagogical practice in a class of third year of elementary school and

(2)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761 interview with the pedagogical coordinator and the teacher of the class with journal record of field.

Keywords: Supervised Internship, Pedagogical Practice, Formation.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho objetiva relatar as experiências do Estágio na formação do professor de Licenciatura Plena do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Amazonas – UFAM/ICSEZ campus Parintins – AM. A prática do Estágio Supervisionado desenvolveu-se em uma escola pública estadual, localizada na região central do município de Parintins no período de 13 de setembro a 17 de outubro de 2018.

Discutir essa realidade proporcionou novas reflexões acerca do processo de formação dos profissionais da educação. A partir dos aportes teóricos de Jussara Hoffmann (2015), Cipriano Luckesi (2011), Paulo Freire (1987) o respaldo necessário juntamente com outras leituras se fez possível as reflexões sobre as experiências vivenciadas no estágio nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. As etapas da prática dividiram-se em: roda de conversa com os educadores, observação participante, entrevista com a coordenadora pedagógica e a professora da turma seguido de registro em diário de campo.

O primeiro contato com a escola foi por meio de roda de conversa com os educadores, apresentação dos estagiários e professores para dialogar sobre os objetivos e etapas do Estágio Supervisionado II, nesse processo os professores assim como os estagiários dialogaram sobre suas expectativas para com o Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. No dia 17 de setembro iniciou-se o Estágio nos turnos matutino e vespertino respectivos horários que a escola funciona, no entanto destaca-se neste relato especificamente as experiências vivenciadas no 3º ano do Ensino Fundamental no turno vespertino.

O tema da aula da regência, prática realizada em sala de aula partiu da proposta do plano de ensino da professora da sala de aula, planejamento esse que se realiza semanalmente, ou seja, no planejamento da prática de regência levou-se em conta o que já estaria sendo trabalhado pela professora em sala na determinada semana.

Para tanto um diálogo constante com a professora de sala de aula foi imprescindível e necessário, o processo de construção do plano foi orientado pela professora orientadora de Estágio, buscou-se fazer um plano interdisciplinar já articulado com as normas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esse relato abordará sobre as vivências do campo de Estágio Supervisionado II Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

(3)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761

2 METODOLOGIA

Neste estudo utilizou-se das pesquisas de campo e observação participante, foram utilizadas como método para realizar a pesquisa de campo. Segundo Becker (1999, p.47): “[...] o observador participante coleta dados através de sua participação na vida cotidiana. Ele observa as pessoas que está estudando para ver as situações com que se deparam normalmente e como se comportam diante delas”. O processo de interação que existe no método, possibilita uma aproximação para realização de conversas. Utilizou-se também do caderno de campo para fazer os registros dos fenômenos observados no cotidiano da sala de aula, recurso que ajudou no processo de construção e descrição do presente estudo.

Minayo defende que a “observação participante” pode ser considerada como parte essencial do trabalho de campo na pesquisa quantitativa.

Definimos observação participante como um processo pelo qual um pesquisador se coloca como observador de uma situação social com a finalidade de realizar uma investigação científica. O observador, no caso, fica em relação direta com seus interlocutores no espaço social da pesquisa, na medida do possível, participando da vida social deles, no seu cenário cultural, mas com a finalidade de compreender o contexto da pesquisa. Por isso, o observador faz parte do contexto sob sua observação e, sem dúvida, modifica esse contexto, pois interfere nele, assim como é modificado pessoalmente. (MINAYO, 2013, p. 70)

Esse estudo tem fins descritivos, na medida em que retrata uma etapa da formação docente, ou seja, o Estágio Supervisionado II Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma Escola Pública Estadual do município de Parintins – AM.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A escola campo de estágio, localiza-se na área central da cidade de Parintins, e se encontra em local de fácil acesso tendo em seus arredores na sua maioria comércios com poucas residências. A entidade mantenedora da instituição é a Secretaria de Educação e Qualidade de Ensino (SEDUC).

A escola atende as crianças que estão nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de (1º ao 5º) ano, com um número no total de 540 alunos divididos em 18 turmas nos turnos matutino e vespertino, as turmas são formadas de aproximadamente 35 a 37 alunos. Com relação ao quadro de funcionários a escola dispõe de 1 (uma) gestora, 2 (duas) coordenadoras pedagógicas, 19 (dezenove) professores, 1 (um) secretário, 2 (dois) assistentes administrativos, 2 (duas) merendeiras.

(4)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761 Com relação a estrutura física da escola o prédio tem 1 (uma) diretoria, 1 (uma) secretaria, 1 (uma) sala de professores, 1 (uma) biblioteca, 1 (uma) sala de coordenação pedagógica, 9 (nove) salas de aula, 1 (uma) cozinha, 2 (dois) banheiros para meninos, 2 (dois) banheiros para meninas, 1 (um) banheiro para professores e 1(uma) quadra que precisa urgentemente de manutenção.

As etapas do processo de observação foram: roda de conversa com os educadores, ambientação no campo de estágio, observação participante e regência da prática docente, participaram destes processos o corpo administrativo da escola assim como a coordenação pedagógica, gestão os docentes e é claro os alunos. O trabalho se desenvolveu na educação infantil especificamente o fundamental I ou seja, os Anos Inicias do Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano.

3.1 AMBIENTAÇÃO E RODA DE CONVERSA

A roda de conversa com os educadores, método adotado desde o primeiro estágio supervisionado, é o momento em que se explica as etapas do estágio e como ele será desenvolvido dentro da escola, quais as atribuições dos estagiários e como se dará o processo de estágio, sabe-se que o momento é de troca de conhecimento visto que a união dos dois membros em questão os estagiários e professores fazem a total diferença em sala de aula, já que uma articulação da prática com teoria será necessária no processo. O estágio é o momento que o discente tem a oportunidade de ter a aproximação com a realidade que irá atuar após sua formação.

No dia 17/09 as 13h se deu início a ambientação e observação participante. Primeiramente se fez um acompanhamento na coordenação pedagógica, lá foi possível uma conversa com a coordenadora pedagógica da escola, onde explicou sobre os projetos que a escola tem e sobre as necessidades da instituição. E no decorrer do diálogo a pedagoga levantou uma questão bem pertinente com relação ao estágio, disse ela: “Porque não se tem estágio na coordenação pedagógica? Só se tem estagio em sala de aula”. Uma questão para reflexão, pois o curso é de licenciatura em Pedagogia, logo seria para assumir uma sala de aula, mas no entanto muitos profissionais são direcionados à uma coordenação pedagógica.

Logo em seguida às 15h seguindo o cronograma proposto pela escola, o segundo local de observação seria a secretaria escolar, onde outra oportunidade de dialogar se fez presente, só que nesse momento com o secretário da escola, um senhor que já tem bastante experiência com questões administrativas das secretarias escolares, tanto em instituições do estado quanto

(5)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761 do município. Ele relatou suas angustias e dificuldades perante alguns aspectos educacionais com relação a sua profissão. Explicou também como funciona o Sistema Integrado de Gestão Educacional do Amazonas (SIGEAM) por onde são matriculados os alunos.

No dia seguinte já com um cronograma diferente, foi possível ajudar as professoras em um projeto que acontece na escola especificamente na biblioteca, o projeto “Mais Educação”, lá foi possível perceber o quanto alguns alunos têm dificuldades de aprendizagem, especialmente com relação a leitura e interpretação.

3.2 REGÊNCIA: OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE NA DOCÊNCIA

O processo anterior ao da regência foi de observação da turma e de participação em conjunto com os professores. Seguindo as orientações da professora orientadora de estágio o plano de aula foi construído de forma interdisciplinar, articulado aos objetos de conhecimentos e habilidades propostos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especifica para o 3º ano dos Anos Iniciais.

Foram feitas reuniões seguidas de orientações para a construção do plano de aula, o trabalho foi construído partindo das atividades que a escola estaria desenvolvendo na semana da regência. O tema das atividades que neste caso foi nomeada de “brinquedos e brincadeiras”, tema pensado como forma de resgate das brincadeiras antigas e possibilitando socializar sobre brinquedos e brincadeiras contemporâneas também. O plano partiu de uma música do cantor Chico da Silva “Tempo Bom”, a partir desse momento foram explorados os brinquedos e brincadeiras que compõe a letra da música e interligando com as de hoje em dia.

Foi construído desenhos e alguns brinquedos pelos alunos sobre o tema trabalhado, o plano fez articulação com as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Artes, História e Educação Física. Foram trabalhados os gêneros musicais, produção de desenhos baseados na letra da música, foram realizadas brincadeiras em sala e produção textual com socialização com a classe.

Os alunos se mostraram muito empolgados com as aulas o que foi muito bom, uma questão que não se pode deixar de relatar é o fato do quanto o estagiário amadurece no decorrer da graduação, estar seguro com relação a aula de regência, diferente de outros momentos, é perceptível o quanto o estagiário realmente evolui com o passar do tempo, em situações que antes seriam de muito nervosismo agora encontra-se concentração e firmeza no olhar, parte do perfil profissional se solidificando penso desta forma com relação ao passar dos estágios da graduação, não se pode dizer que não houve lacunas na explanação da aula, porque nada é tão

(6)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761 completo e inacabado que não se queira melhorar, o que fica de reflexão e o quanto se incorpora e se constrói o perfil do profissional docente, um crescimento gradual. Parte do que torna o estágio como um momento de participação da realidade da qual o professor irá atuar depois de terminar sua graduação.

Imagem 1 – Socialização das produções dos alunos

Fonte: Acervo pessoal do Autor

O plano foi pensado com o intuito de obter o máximo de participação dos alunos, visto que a elaboração foi feita pensando na realidade dos mesmos, buscando uma aula prazerosa e com uma boa bagagem de ensino. Trabalhar partindo dos conhecimentos que os alunos já têm, almejando chegar em um conhecimento cientifico, essa experiência foi muito especial enquanto professor em formação.

Outra atividade foi com relação as brincadeiras que os alunos mais gostam de brincar quando estão em sua casa. A atividade feita em sala de aula, tinha como objetivo desenhar as a brincadeira que mais gostavam e depois socializar com os colegas, explicando como a brincadeira funcionava, surgiram até mesmo novas brincadeiras e brincadeiras antigas mas com uma nova roupagem.

Imagem 2 - Produção de Aluno

(7)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761 A professora de sala de aula foi de fundamental importância nesse processo, pois o momento de formulação de plano de aula houve também uma troca de ideias com a mesma. E as opiniões dadas pela professora foram levadas em conta o que engrandeceu ainda mais a aula, ela chegou em auxilio com a experiência de sala de aula, especificando momentos do plano onde precisava explorar mais ou especificar sobre o assunto, de fato se pode falar que foi um trabalho com várias parceiras para chegar no êxito que se desejava, foi orientadora de estágio, estagiário, professora de sala de aula e á claro os alunos como sendo peças fundamentais e principais para a regência.

Nesse processo de construção a ajuda do professor de sala tanto quanto do orientador do estágio é necessário visto que são processos construídos em conjunto norteados pelo diálogo.

3.3 EDUCAR/CUIDAR: PRATICA PEDAGÓGICA E PERFIL DO PROFESSOR

A turma onde ocorreu a pratica pedagógica era formada por 36 (trinta e seis) alunos na faixa etária entre 8 e 9 anos de idade, as crianças em sua maioria pertencem a famílias formadas por: pai e mãe e irmãos, no entanto alguns são criados pelas avós. As famílias dos alunos são de nível socioeconômico regular, os pais têm formação somente no ensino médio completo, contudo algumas mães têm ensino superior em Licenciatura. Quanto aos professores da turma, o 3° ano “1” têm 3 (três) professores, sendo 1(um) de Educação Física, 1(um) de Matemática e 1 (um) de Língua Portuguesa, Ciências, Artes e Religião.

Com relação a participação dos alunos nas atividades o que observou-se durante o estágio foram dificuldades relacionadas à leitura, interpretação e produção textual. Havia um trabalho diário de leitura com cada aluno, seguindo o cronograma de leitura proposto pela coordenação pedagógica. No cronograma proposto, os estagiários trabalhariam questões de leitura e interpretação de texto com os alunos da turma. O trabalho ficou mais intensivo com os alunos que obtiveram mais dificuldades nestes processos em especifico, na turma em questão 4 (quatro) alunos precisavam de um trabalho mais intensivo para avançar com relação a leitura e interpretação textual.

Os alunos que sentiam dificuldades nesse sentido, no decorrer dos trabalhos foi perceptível à evolução dos mesmos, dentre os alunos que faziam a leitura um aluno surpreendeu a todos com seu avanço, em uma das leituras acompanhando o mesmo, pôde-se perceber o quanto ele evoluiu na questão da leitura, o que agradou muito a todos, pois um aluno que não conseguia ler muito bem, agora estava lendo de forma satisfatória com relação a sua série.

(8)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761 Mas no entanto outro aluno não conseguiu avançar no processo de leitura e interpretação, o que deixa uma sensação de impotência perante o caso, pois os professores sempre estavam tentando o avanço com esse aluno, e ele não conseguia avançar com relação a leitura e interpretação, chega-se a pensar que já não seria mais uma questão que está nas mãos da escola, mas sim em mãos de especialistas, pois dentre todos os alunos que estavam com dificuldades ele foi o único que não seguiu avançar, o aluno por muitas vezes tentava adivinhar o que estava escrito e por mais que fizesse a leitura para que ele ouvisse e logo depois fosse ler sozinho, ainda assim ele não conseguia, isso deixa em pensamento uma situação de frustração, como que se pode lidar com uma situação dessas, dentro do íntimo do professor ou do estagiário em formação, visto que se torna um fato marcante no caminho docente.

Os alunos foram bem participativos com relação as atividades, claro que não se pode generalizar, pois tem sempre alunos que precisam de um incentivo à mais para participar das aulas, isso reflete o plano de aula do professor, sempre se pensar em uma aula dinâmica e bem prazerosa para os alunos participem.

A turma, quando o professor falta eles perguntam quando vai voltar ou porque não veio, em um apanhado geral os alunos são bem participativos nas aulas sempre tirando suas dúvidas quanto as suas dificuldades sempre com auxílio do professor de sala. Isto só é possível por que os professores são bem atenciosos com os alunos também sempre dispostos a suprir as dúvidas das crianças.

Em muitos momentos da formação da criança os professores muitas das vezes silenciam as dúvidas dos alunos, fazendo com que ele perca o interesse muitas vezes sobre aquele fato gerador de determinada dúvida, o que não acontece nesta sala, pois os alunos são até questionados se tem alguma dúvida ou no momento do questionamento do aluno as dúvidas são sanadas. Para Hoffman.

A avaliação das crianças não é um processo individual, desarticulado do cenário educativo no qual se da sua aprendizagem. Ao referir-se a cenas e fatos do cotidiano, assegura-se um retrato significativo do seu desenvolvimento na interação com outras crianças e com o professor. (HOFFMAN, 2015, p. 129)

Partindo das etapas da avaliação passamos a falar do plano de ensino onde o professor planeja e não tem uma noção da realidade dos alunos, o planejamento é mais por uma questão burocrática.

(9)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761

Para que a avaliação educacional escolar assuma o seu verdadeiro papel de instrumento dialético de diagnostico para o crescimento, terá de se situar e estar a serviço de uma pedagogia que esteja preocupada com a transformação social e não com a sua conservação. (LUCKESI, 2011, p. 89)

Já com um olhar de uma educação cidadã que tem como preocupação principal o planejamento para superar barreiras, são questões que se fazem distantes da realidade do ensino de hoje em dia, o aluno muitas vezes é avaliado somente em padrões superficiais na escola pelos professores. É uma questão que acaba emborcado em uma concepção preocupada somente com a avaliação dos conhecimentos depositados pelo professor no aluno. Segundo Freire.

Eis ai a concepção “bancaria” da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem depósitos, guardá-los e arquivá los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam. No fundo porém os grandes arquivos são os homens, nesta (na melhor hipótese) equivocada concepção ‘bancária’ da educação. (FREIRE, 1987, p. 33)

Os professores precisam fazer com que os alunos tenham uma consciência crítica, a avalição da aprendizagem é um tipo de investigação que segundo Romão (2003, p.106): “A avaliação da aprendizagem é um tipo de investigação e é, também, um processo de conscientização sobre a ‘cultura primeira’ do educando, com suas potencialidades, seus limites, seus traços e seus ritmos específicos.”. Entende-se essas questões como um processo complexo e ainda assim com situações que não são levadas em conta, visto que na construção do plano de ensino inicialmente muitas vezes os professores ainda não tem um contato com os alunos para saberem quais são suas dificuldades iniciais, não tendo contexto para uma real avaliação com etapas dialógicas.

4 CONSIDERAÇÕES

Contudo é de fato uma experiência única onde se pode ter um início de construção do seu “eu” enquanto profissional docente, engradecendo também o compromisso, visto que a docência não é um mar de rosas e muito mais importante que o trabalho em si é o compromisso humano com cada criança que ali está, que com toda certeza vai atuar em sua formação onde bem entender, pois tem capacidades. Foi uma participação prazerosa na escola, professores participativos dos momentos com as crianças nunca colocando dificuldades, de fato foi uma boa estada este Estágio Supervisionado no Anos Inicias.

(10)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p. 55318- 55327 aug. 2020. ISSN 2525-8761 Outra questão que se tem a destacar e sobre a ambientação por outros setores da instituição de ensino, foi muito rica essa dinâmica de ambientação, poder observar a secretaria, diretoria, coordenação pedagógica, biblioteca, participar do projeto “Mais Educação”, isso proporcionou momentos específicos em cada setor desses com experiências múltiplas, conhecendo assim uma rotina da instituição em sua totalidade.

Porém o desejo que fica e que na educação os professores sejam sempre aqueles que estão sempre se modificando e buscando coisas novas para dento de sua sala de aula, escolhendo ser um profissional de aprendizagem continua perante seus alunos, sempre sabendo e buscando articular os saberes que isso é fundamental. Outra questão é quanto as avaliações dos alunos, requisitos que devem ter um olhar especifico e direcionado, com uma revisão sobre como a avaliação educacional acontece nas escolas.

REFERÊNCIAS

BECKER, Howard. Problemas de inferência e prova na observação participante. In: Métodos de pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Hucitec, 1994. cap.2.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido.17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987. 107p. HOFFMANN, Jussara. Avaliação e Educação Infantil: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. 20. ed. Porto Alegre: Mediação, 2015. 152p.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. ed. São Paulo: Cotez,2011. 272p. MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.33. ed. Petrópolis: Vozes. 2013.

ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2003. 151p.

Referências

Documentos relacionados

didático e resolva as ​listas de exercícios (disponíveis no ​Classroom​) referentes às obras de Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa, Machado de Assis,

i) A condutividade da matriz vítrea diminui com o aumento do tempo de tratamento térmico (Fig.. 241 pequena quantidade de cristais existentes na amostra já provoca um efeito

The limestone caves in South Korea include a variety of speleothems such as soda straw, stalactite, stalagmite, column, curtain (and bacon sheet), cave coral,

The Rifian groundwaters are inhabited by a relatively rich stygobiontic fauna including a number of taxa related to the ancient Mesozoic history of the Rifian

Os antidepressivos de segunda geração, inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), como por exemplo a fluoxetina (Figura 4A) e a paroxetina (Figura 4B) e

f) CNDT – Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas. A apresentação de Nota Fiscal com incorreções ou desacompanhada da documentação requerida no subitem anterior,

Diretoria do Câmpus Avançado Xanxerê Rosângela Gonçalves Padilha Coelho da Cruz.. Chefia do Departamento de Administração do Câmpus Xanxerê Camila