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Carta das. Nações Unidas

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Carta das

Nações Unidas

Nações Unidas

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Impresso pelo Centro de Informação da ONU para o Brasil (UNIC Rio de Janeiro) www.onu.org.br | www.unicrio.org.br

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NOTA INTRODUTÓRIA

A Ca rta das Nações Unidas foi a ssinada em São Francisco, a 26 de junho de 1945, a pós o término da Conferência das Na ções Unida s sobre Orga niza ção Internacional, entra ndo em vigor a 24 de outubro daquele mesmo ano.

O Esta tuto da Corte Internacional de Justiça é parte integra nte da Carta (o texto do Estatuto do CIJ pode ser consultado em www.onu.org.br).

A 17 de dezembro de 1963, a Assembleia Geral a provou a s emendas a os a rtigos 23, 27 e 61 da Ca rta, a s quais entra ram em vigor a 31 de agosto de 1965. Uma posterior emenda a o a rtigo 61 foi a provada pela Assembleia Geral a 20 de dezembro de 1971 e entrou em vigor a 24 de setembro de 1973. A emenda do a rtigo 109, a provada pela Assembleia Geral a 20 de dezembro de 1965, entrou em vigor a 12 de junho de 1968.

A emenda a o a rtigo 23 eleva o número de membros do Conselho de Segurança de onze para quinze. O a rtigo 27 emendado estipula que a s decisões do Conselho de Segura nça sobre questões de procedimento sejam efetuadas pelo voto a firmativo de nove membros (a nteriormente sete) e, sobre toda s a s demais questões, pelo voto a firmativo de nove membros (a nteriormente

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sete), incluindo-se entre eles os votos dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.

A emenda ao artigo 61, que entrou em vigor a 31 de a gosto de 1965, eleva o número de membros do Conselho Econômico e Socia l de dezoito pa ra vinte e sete. A emenda subsequente a este a rtigo, que entrou em vigor a 24 de setembro de 1973, elevou posteriormente o número de membros do Conselho para cinquenta e quatro.

A emenda a o a rtigo 109, rela cionada com o primeiro pa rá grafo do referido a rtigo, estipula que uma Conferência Gera l de Estados-membros, convocada com a fina lidade de rever a Ca rta, poderá efetuar-se em lugar e da ta a serem fixa dos pelo voto de dois terços dos membros da Assembleia Gera l e pelo voto de nove membros quaisquer (a nteriormente sete) do Conselho de Segura nça.

O pa rágrafo 3 do artigo 109, sobre uma possível revisão da Ca rta durante a décima sessão da Assembleia Geral, ma ntém-se em sua forma origina l, quando se refere a um

“voto de sete membros quaisquer do Conselho de Segurança”, havendo o referido parágrafo sido aplicado em 1955 pela Assembleia Gera l dura nte sua décima sessã o ordinária e pelo Conselho de Segurança.

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CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS Preâmbulo

NÓS, OS POVOS DAS

NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS

a preservar a s gera ções vindouras do fla gelo da guerra, que por dua s vezes, no espa ço da nossa vida , trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a rea firmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no va lor do ser humano, na igua ldade de direito dos homens e da s mulheres, a ssim como da s na ções gra ndes e pequenas, e a estabelecer condições sob a s quais a justiça e o respeito à s obriga ções decorrentes de tra tados e de outra s fontes do direito interna cional possam ser ma ntidos, e a promover o progresso socia l e melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla.

E PARA TAIS FINS,

pra ticar a tolerância e viver em paz, uns com os outros, como bons vizinhos, e unir a s nossas forças para manter a pa z e a segura nça internacionais, e a ga ra ntir, pela a ceitação de princípios e a instituição dos métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum,

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a empregar um mecanismo internacional pa ra promover o progresso econômico e social de todos os povos.

RESOLVEMOS CONJUGAR NOSSOS ESFORÇOS PARA A CONSECUÇÃO DESSES OBJETIVOS.

Em vista disso, nossos respectivos Governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São Fra ncisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que fora m achados em boa e devida forma, concordaram com a presente Carta das Na ções Unidas e esta belecem, por meio dela , uma organização internacional que será conhecida pelo nome de Na ções Unidas.

CAPÍTULO I

PROPÓSITOS E PRINCÍPIOS Artigo 1

Os propósitos das Na ções unidas são:

1.

Ma nter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evita r a meaças à paz e reprimir os a tos de a gressão ou

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outra qualquer ruptura da pa z e chega r, por meios pa cíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um a juste ou solução das controvérsias ou situa ções que possam levar a uma perturbação da paz;

2.

Desenvolver rela ções amistosas entre a s nações, ba seadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de a utodeterminação dos povos, e tomar outras medidas a propria das a o fortalecimento da paz universal;

3.

Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de ca ráter econômico, socia l, cultura l ou humanitário, e para promover e estimular o respeito a os direitos humanos e à s liberda des fundamentais para todos, sem distinção de ra ça , sexo, língua ou religiã o; e

4.

Ser um centro destinado a harmonizar a ação das na ções para a consecução desses objetivos comuns.

Artigo 2

A Orga niza ção e seus membros, pa ra a rea lização dos propósitos mencionados no a rtigo 1, a girã o de a cordo com os seguintes Princípios:

1. A Orga niza ção é ba seada no princípio da igua lda de soberana de todos os seus membros.

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2. Todos os membros, a fim de assegurarem para todos em gera l os direitos e va ntagens resultantes de sua qua lidade de membros, deverão cumprir de boa fé as obriga ções por eles a ssumidas de a cordo com a presente Ca rta.

3. Todos os membros deverão resolver suas controvérsias interna cionais por meios pa cíficos, de modo que não sejam a meaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais.

4. Todos os membros deverão evita r em suas rela ções internacionais a a meaça ou o uso da força contra a integrida de territoria l ou a independência política de qua lquer Estado, ou qualquer outra a ção incompatível com os Propósitos das Nações Unidas.

5. Todos os membros da rã o à s Na ções toda a ssistência em qua lquer a ção a que ela s recorrerem de a cordo com a presente Carta e se a bsterão de dar a uxílio a qua l Esta do contra o qual a s Na ções Unidas a girem de modo preventivo ou coercitivo.

6. A Orga niza ção fará com que os Estados que não sã o membros da s Na ções Unida s a jam de a cordo com esses Princípios em tudo qua nto for necessário à ma nutenção da paz e da segurança internacionais.

7. Nenhum dispositivo da presente Carta a utorizará as Nações Unidas a intervirem em assuntos que dependam essencialmente da jurisdição de qua lquer Esta do ou obriga rá os membros a submeterem tais

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a ssuntos a uma solução, nos termos da presente Carta;

este princípio, porém, nã o prejudicará a a plicação das medidas coercitivas constantes do Capítulo VII.

CAPÍTULO II DOS MEMBROS

Artigo 3

Os membros origina is da s Na ções Unida s serã o os Esta dos que, tendo pa rticipado da Conferência das Na ções Unida s sobre a Orga niza ção Internacional, rea liza da em Sã o Fra ncisco, ou, tendo a ssinado previa mente a Decla ração da s Na ções Unidas, de 1 de ja neiro de 1942, a ssinarem a presente Ca rta, e a ra tificarem, de a cordo com o a rtigo 110.

Artigo 4

1. A a dmissão como membro das Na ções Unidas fica a berta a todos os Esta dos a mantes da pa z que a ceitarem as obriga ções contidas na presente Carta e que, a juízo da Orga niza ção, estiverem a ptos e dispostos a cumprir ta is obrigações.

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2. A a dmissão de qualquer desses Esta dos como membros das Nações Unidas será efetuada por decisão da Assembleia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segura nça.

Artigo 5

O membro das Nações Unidas, contra o qual for levada a efeito a ção preventiva ou coercitiva por pa rte do Conselho de Segurança, poderá ser suspenso do exercício dos direitos e privilégios de membro pela Assembleia Gera l, mediante recomendação do Conselho de Segura nça. O exercício desses direitos e privilégios poderá ser restabelecido pelo Conselho de Segurança.

Artigo 6

O membro da s Na ções Unida s que houver violado persistentemente os Princípios contidos na presente Carta, poderá ser expulso da Orga niza ção pela Assembleia Gera l mediante recomendação do Conselho de Segurança.

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CAPÍTULO III ÓRGÃOS

Artigo 7

1.

Fica m estabelecidos como órgãos principais das Na ções Unidas: uma Assembleia Geral, um Conselho de Segura nça, um Conselho Econômico e Socia l, um Conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado.

2.

Serã o estabelecidos, de a cordo com a presente Ca rta, os órgã os subsidiá rios considerados de necessidade.

Artigo 8

As Na ções Unida s nã o fa rão restrições qua nto à elegibilida de de homens e mulheres destinados a pa rticipar em qua lquer ca rá ter e em condições de igua lda de em seus órgãos principais e subsidiários.

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CAPÍTULO IV ASSEMBLEIA GERAL

COMPOSIÇÃO Artigo 9

1. A Assembleia Geral será constituída por todos os membros das Nações Unidas.

2. Ca da membro nã o deverá ter ma is de cinco representantes na Assembleia Geral.

FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES Artigo 10

A Assembleia Gera l poderá discutir quaisquer questões ou a ssuntos que estiverem dentro da s fina lidades da presente Carta ou que se rela cionarem com as a tribuições e funções de qualquer dos órgã os nela previstos e, com exceção do estipula do no a rtigo 12, poderá fazer recomendações a os membros da s Nações Unidas ou ao Conselho de Segura nça ou a este e à queles, conjuntamente, com referência a qua lquer da quelas questões ou assuntos.

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Artigo 11

1. A Assembleia Gera l poderá considerar os princípios gerais de cooperação na manutenção da paz e da segura nça internacionais, inclusive os princípios que disponham sobre o desa rmamento e a regulamentação dos a rmamentos, e poderá fazer recomendações relativas a ta is princípios a os membros ou a o Conselho de Segura nça, ou a este e à queles conjuntamente.

2. A Assembleia Gera l poderá discutir quaisquer questões rela tivas à manutenção da paz e da segurança interna cionais, que a ela forem submetidas por qualquer membro da s Na ções Unida s, ou pelo Conselho de Segura nça, ou por um Estado que não seja membro das Na ções unidas, de acordo com o artigo 35, parágrafo 2, e, com exceção do que fica estipulado no a rtigo 12, poderá fa zer recomendações rela tiva s a qua isquer destas questões a o Esta do ou Esta dos interessa dos, ou ao Conselho de Segura nça ou a a mbos. Qua lquer destas questões, para cuja solução for necessária uma ação, será submetida ao Conselho de Segura nça pela Assembleia Gera l, a ntes ou depois da discussão.

3. A Assembleia Gera l poderá solicitar a atenção do Conselho de Segurança para situações que possam constituir a meaça à paz e à segurança internacionais.

4. As a tribuições da Assembleia Geral enumeradas neste a rtigo não limitarão a finalidade gera l do a rtigo 10.

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Artigo 12

1. Enquanto o Conselho de Segura nça estiver exercendo, em rela çã o a qua lquer controvérsia ou situa ção, a s funções que lhe sã o a tribuídas na presente Ca rta, a Assembleia Gera l nã o fa rá nenhuma recomendação a respeito dessa controvérsia ou situação, a menos que o Conselho de Segurança a solicite.

2. O secretá rio-geral, com o consentimento do Conselho de Segurança, comunicará à Assembleia Geral, em ca da sessã o, qua isquer a ssuntos rela tivos à ma nutenção da paz e da segura nça internacionais que estiverem sendo tratados pelo Conselho de Segurança, e da mesma maneira dará conhecimento de tais a ssuntos à Assembleia Geral, ou aos membros das Na ções Unidas se a Assembleia Gera l nã o estiver em sessã o, logo que o Conselho de Segurança terminar o exa me dos referidos a ssuntos.

Artigo 13

1.

A Assembleia Gera l inicia rá estudos e fará recomendações, destinados a : a) promover cooperação interna cional no terreno político e incentivar o desenvolvimento progressivo do direito internacional e a sua codificação; b) promover cooperação internacional

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nos terrenos econômico, socia l, cultural, educacional e sa nitário e favorecer o pleno gozo dos direitos humanos e da s liberdades fundamentais, por parte de todos os povos, sem distinção de ra ça, sexo, língua ou religiã o.

2.

As dema is responsabilida des, funções e a tribuições da Assembleia Geral, em relação aos assuntos mencionados no parágrafo 1 (b) a cima, estão enumeradas nos Ca pítulos IX e X.

Artigo 14

A Assembleia Gera l sujeita aos dispositivos do a rtigo 12, poderá recomendar medidas pa ra a solução pa cífica de qua lquer situação, qualquer que seja sua origem, que lhe pa reça prejudicial a o bem-estar gera l ou à s rela ções a mistosas entre a s na ções, inclusive em situações que resultem da violação dos dispositivos da presente Carta que esta belecem os Propósitos e Princípios da s Nações Unida s.

Artigo 15

1.

A Assembleia Geral receberá e exa minará os rela tórios a nuais e especiais do Conselho de Segurança.

Esses rela tórios incluirão uma relação das medidas que o Conselho de Segurança tenha adotado ou aplicado a fim de ma nter a paz e a segurança internacionais.

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2.

A Assembleia Geral receberá e exa minará os rela tórios dos outros órgãos das Na ções Unidas.

Artigo 16

A Assembleia Gera l desempenhará, com relação ao sistema internacional de tutela, as funções a ela atribuídas nos Ca pítulos XII e XIII, inclusive a a provação de a cordos de tutela referentes à s zonas nã o designadas como estratégicas.

Artigo 17

1. A Assembleia Gera l considerará e a provará o orça mento da Orga nização.

2. As despesas da Orga niza ção serão custeadas pelos membros, segundo cotas fixadas pela Assembleia Gera l.

3. A Assembleia Geral considerará e a provará qua isquer a justes fina nceiros e orça mentários com as a gências especializadas, a que se refere o a rtigo 57, e exa minará os orça mentos a dministrativos de tais instituições especializa das com o fim de lhes fazer recomendações.

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VOTAÇÃO Artigo 18

1. Ca da membro da Assembleia Geral terá um voto.

2. As decisões da Assembleia Geral, em questões importantes, serão tomadas por maioria de dois terços dos membros presentes e vota ntes. Essa s questões compreenderão: recomendações rela tivas à manutenção da pa z e da segura nça internacionais; à eleiçã o dos membros não permanentes do Conselho de Segurança; à eleiçã o dos membros do Conselho Econômico e Social; à eleiçã o dos membros dos Conselho de Tutela, de a cordo como parágrafo 1 (c) do a rtigo 86; à a dmissão de novos membros das Nações Unidas; à suspensão dos direitos e privilégios de membros; à expulsão dos membros;

questões referentes o funcionamento do sistema de tutela e questões orçamentárias.

3. As decisões sobre outras questões, inclusive a determinação de categoria adicionais de assuntos a serem deba tidos por uma maioria dos membros presentes e que votem.

Artigo 19

O membro das Nações Unidas que estiver em atraso no pa gamento de sua contribuição financeira à Organização

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nã o terá voto na Assembleia Gera l, se o tota l de suas contribuições a trasadas igualarem ou excederem a soma da s contribuições correspondentes a os dois anos a nteriores completos. A Assembleia Gera l poderá, entretanto, permitir que o referido membro vote, se ficar provado que a falta de pagamento é devida a condições independentes de sua vontade.

PROCEDIMENTO Artigo 20

A Assembleia Gera l reunir-se-á em sessões a nuais regula res e em sessões especia is exigida s pelas circunstâncias. As sessões especia is serã o convocadas pelo secretário-geral, a pedido do Conselho de Segurança ou da maioria dos membros das Nações Unidas.

Artigo 21

A Assembleia Gera l a dotará sua s regra s de processo e elegerá seu presidente para cada sessão.

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Artigo 22

A Assembleia Gera l poderá esta belecer os órgãos subsidiá rios que julgar necessários a o desempenho de sua s funções.

CAPÍTULO V

CONSELHO DE SEGURANÇA COMPOSIÇÃO

Artigo 23

1. O Conselho de Segura nça será composto de quinze membros da s Na ções Unida s. A República da China , a Fra nça, a Uniã o da s Repúblicas Socia listas Soviética s, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, e os Esta dos Unidos da América serão membros permanentes do Conselho de Segurança. A Assembleia Gera l elegerá dez outros membros da s Na ções Unidas pa ra membros nã o permanentes do Conselho de Segura nça, tendo especialmente em vista , em primeiro luga r, a contribuição dos membros da s Na ções Unidas

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pa ra a manutenção da paz e da segurança internacionais e pa ra os outros propósitos da Orga nização e também a distribuiçã o geográfica equitativa.

2. Os membros não permanentes do Conselho de Segura nça serão eleitos por um período de dois a nos. Na primeira eleiçã o dos membros não permanentes do Conselho de Segura nça, que se celebre depois do a umento do número de membros do Conselho de Segura nça de onze para quinze, dois dos quatro membros novos serão eleitos por um período de um a no. Nenhum membro que termine seu mandato poderá ser reeleito para o período imediato.

3. Ca da membro do Conselho de Segura nça terá um representante.

FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES Artigo 24

1. A fim de assegurar pronta e eficaz ação por parte da s Na ções Unidas, seus membros conferem ao Conselho de Segura nça a principal responsabilidade na manutenção da paz e da segurança internacionais e concordam em que no cumprimento dos deveres impostos por essa responsabilidade o Conselho de Segurança aja em nome deles.

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2. No cumprimento desses deveres, o Conselho de Segura nça agirá de acordo com os Propósitos e Princípios da s Na ções Unida s. As a tribuições específicas do Conselho de Segura nça pa ra o cumprimento desses deveres estão enumeradas nos Capítulos VI, VII, VIII e XII.

3. O Conselho de Segurança submeterá relatórios a nuais e, qua ndo necessário, especia is à Assembleia Gera l pa ra sua consideração.

Artigos 25

Os membros das Nações Unidas concordam em aceitar e executar a s decisões do Conselho de Segura nça, de a cordo com a presente Carta.

Artigos 26

A fim de promover o estabelecimento e a manutenção da pa z e da segura nça interna cionais, desviando para a rmamentos o menos possível dos recursos humanos e econômicos do mundo, o Conselho de Segurança terá o enca rgo de formular, com a a ssistência da Comissão de Esta do-Maior, a que se refere o a rtigo 47, os pla nos a serem submetidos aos membros das Na ções Unidas, para o esta belecimento de um sistema de regulamentação dos a rmamentos.

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VOTAÇÃO Artigos 27

1. Ca da membro do Conselho de Segura nça terá um voto.

2. As decisões do Conselho de Segura nça, em questões processuais, serã o tomadas pelo voto afirmativo de nove membros.

3. As decisões do Conselho de Segura nça, em todos os outros a ssuntos, serã o tomadas pelo voto a firmativo de nove membros, inclusive os votos a firmativos de todos os membros permanentes, ficando esta belecido que, nas decisões previstas no Capítulo VI e no pa rágrafo 3 do a rtigo 52, a quele que for parte em uma controvérsia se a bsterá de votar.

PROCEDIMENTO Artigo 28

1.

O Conselho de Segura nça será orga nizado de ma neira que possa funcionar continuamente. Cada membro do Conselho de Segurança será, para tal fim, em todos os momentos, representado na sede da Orga nização.

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2.

O Conselho de Segura nça terá reuniões periódica s, nas quais cada um de seus membros poderá, se a ssim o desejar, ser representado por um membro do governo ou por outro representante especialmente designa do.

3.

O Conselho de Segurança poderá reunir-se em outros luga res, fora da sede da Orga nização, e que, a seu juízo, possam facilita r o seu trabalho.

Artigo 29

O Conselho de Segura nça poderá esta belecer órgãos subsidiá rios que julgar necessários para o desempenho de sua s funções.

Artigo 30

O Conselho de Segura nça adotará seu próprio regula mento interno, que incluirá o método de escolha de seu Presidente.

Artigo 31

Qua lquer membro da s Na ções Unida s, que nã o for membro do Conselho de Segura nça, poderá pa rticipar, sem direito a voto, na discussão de qua lquer questão submetida a o Conselho de Segura nça, sempre que este

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considere que os interesses do referido membro estão especia lmente em jogo.

Artigo 32

Qua lquer membro das Na ções Unida s que nã o for membro do Conselho de Segurança, ou qualquer Estado que nã o for membro das Nações Unidas, será convidado, desde que seja parte em uma controvérsia submetida ao Conselho de Segura nça, a pa rticipar, sem voto, na discussã o dessa controvérsia. O Conselho de Segurança determinará as condições que lhe parecerem justas para a pa rticipação de um Esta do que nã o for membro das Na ções Unidas.

CAPÍTULO VI

SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS Artigo 33

1. As pa rtes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais, procurarão, a ntes de tudo, chega r a uma solução por negocia ção, inquérito, mediação, concilia ção, arbitragem,

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soluçã o judicia l, recurso a orga nismos ou a cordos regiona is, ou a qualquer outro meio pacífico à sua escolha.

2. O Conselho de Segura nça convidará, quando julga r necessário, a s referidas partes a resolver, por tais meios, sua s controvérsia s.

Artigo 34

O Conselho de Segura nça poderá investiga r sobre qua lquer controvérsia ou situação suscetível de provocar a tritos entre as Na ções ou dar origem a uma controvérsia, a fim de determinar se a continuação de tal controvérsia ou situa ção pode constituir a meaça à manutenção da paz e da segurança internacionais.

Artigo 35

1. Qua lquer membro das Na ções Unidas poderá solicita r a a tenção do Conselho de Segura nça ou da Assembleia Geral pa ra qua lquer controvérsia, ou qua lquer situação, da natureza das que se acham previstas no a rtigo 34.

2. Um Esta do que não for membro das Nações Unida s poderá solicitar a a tenção do Conselho de Segura nça ou da Assembleia Geral pa ra qua lquer controvérsia em que seja pa rte, uma vez que a ceite, previa mente, em rela çã o a essa controvérsia, as

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obriga ções de soluçã o pa cífica previstas na presente Ca rta.

3. Os a tos da Assembleia Gera l, a respeito dos a ssuntos submetidos à sua a tenção, de a cordo com este a rtigo, serã o sujeitos aos dispositivos dos a rtigos 11 e 12.

Artigo 36

1. O Conselho de Segurança poderá, em qualquer fa se de uma controvérsia da natureza a que se refere o a rtigo 33, ou de uma situação de na tureza semelhante, recomendar procedimentos ou métodos de solução a propria dos.

2. O Conselho de Segura nça deverá tomar em consideração quaisquer procedimentos para a solução de uma controvérsia que já tenham sido a dotados pelas pa rtes.

3. Ao fa zer recomendações, de a cordo com este a rtigo, o Conselho de Segura nça deverá tomar em consideração que a s controvérsias de ca rá ter jurídico devem, em regra gera l, ser submetidas pela s partes à Corte Internacional de Justiça , de a cordo com os dispositivos do Estatuto da Corte.

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Artigo 37

1. No ca so em que a s pa rtes em controvérsia da na tureza a que se refere o a rtigo 33 nã o conseguirem resolvê-la pelos meios indica dos no mesmo artigo, deverão submetê-la ao Conselho de Segurança.

2. O Conselho de Segura nça, ca so julgue que a continuação dessa controvérsia poderá rea lmente constituir uma a meaça à ma nutenção da paz e da segura nça internacionais, decidirá sobre a conveniência de a gir de a cordo com o a rtigo 36 ou recomendar as condições que lhe parecerem apropriadas à sua solução.

Artigo 38

Sem prejuízo dos dispositivos dos a rtigos 33 a 37, o Conselho de Segurança poderá, se todas as partes em uma controvérsia assim o solicitarem, fazer recomendações às pa rtes, tendo em vista uma soluçã o pacífica da controvérsia.

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CAPÍTULO VII

AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA PAZ E ATOS DE AGRESSÃO

Artigo 39

O Conselho de Segura nça determinará a existência de qua lquer ameaça à paz, ruptura da paz ou ato de agressão, e fa rá recomendações ou decidirá que medidas deverão ser tomadas de a cordo com os a rtigos 41 e 42, a fim de ma nter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais.

Artigo 40

A fim de evitar que a situação se agrave, o Conselho de Segura nça poderá, a ntes de fa zer a s recomendações ou decidir a respeito da s medidas previstas no a rtigo 39, convidar a s pa rtes interessadas a a ceitarem a s medidas provisória s que lhe pareçam necessárias ou aconselháveis.

Ta is medidas provisórias não prejudicarão os direitos ou pretensões, nem a situa ção da s partes interessadas. O Conselho de Segura nça tomará devida nota do não cumprimento dessas medidas.

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Artigo 41

O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de forças armadas, deverão ser tomadas pa ra torna r efetivas sua s decisões e poderá convidar os membros das Na ções Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou pa rcia l da s rela ções econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, ma rítimos, a éreos, postais, telegrá ficos, ra diofônicos, ou de outra qualquer espécie e o rompimento das rela ções diplomáticas.

Artigo 42

No ca so de o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no a rtigo 41 seriam ou demonstraram que sã o inadequadas, poderá levar a efeito, por meio de força s a éreas, na vais ou terrestres, a a çã o que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a segurança interna cionais. Ta l a çã o poderá compreender demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte da s forças a éreas, navais ou terrestres dos membros das Na ções Unidas.

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Artigo 43

1. Todos os membros das Nações Unidas, a fim de contribuir pa ra a manutenção da paz e da segurança interna cionais, se comprometem a proporcionar ao Conselho de Segurança, a seu pedido e de conformidade com o a cordo ou a cordos especiais, forças a rmadas, a ssistência e facilidades, inclusive direitos de passagem, necessários à ma nutenção da pa z e da segurança interna cionais.

2. Ta l a cordo ou ta is a cordos determinarão o número e tipo das forças, seu gra u de preparação e sua loca liza ção geral, bem como a natureza das facilidades e da a ssistência a serem proporcionadas.

3. O a cordo ou a cordos serão negociados o mais cedo possível, por inicia tiva do Conselho de Segurança.

Serã o concluídos entre o Conselho de Segura nça e membros da Orga nização ou entre o Conselho de Segura nça e grupos de membros e submetidos à ra tificação, pelos Esta dos signa tários, de conformidade com seus respectivos processos constitucionais.

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Artigo 44

Qua ndo o Conselho de Segurança decidir o emprego de força , deverá, a ntes de solicita r a um membro nele não representado o fornecimento de força s a rmadas em cumprimento da s obriga ções assumidas em virtude do a rtigo 43, convidar o referido membro, se este a ssim o desejar, a pa rticipar da s decisões do Conselho de Segura nça rela tiva s a o emprego de contingentes das força s armadas do dito membro.

Artigo 45

A fim de ha bilita r a s Na ções Unidas a tomarem medidas milita res urgentes, os membros das Na ções Unidas deverão manter imediatamente utilizá veis, contingentes da s forças a éreas nacionais para a execução combinada de uma a ção coercitiva internacional. A potência e o grau de prepa ração desses contingentes, como os pla nos de a çã o combinada, serã o determinados pelo Conselho de Segura nça com a a ssistência da Comissão de Estado- Ma ior, dentro dos limites esta belecidos no a cordo ou a cordos especiais a que se refere o a rtigo 43.

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Artigo 46

O Conselho de Segurança, com a assistência da Comissão de Esta do-maior, fará planos para a aplicação das forças a rmadas.

Artigo 47

1. Será esta belecida uma Comissão de Estado- Ma ior destinada a orientar e a ssistir o Conselho de Segura nça, em todas a s questões rela tivas às exigências milita res do mesmo Conselho, para manutenção da paz e da segura nça internacionais, utiliza ção e comando das força s colocadas à sua disposição, regula mentação de a rmamentos e possível desarmamento.

2. A Comissão de Estado-Maior será composta dos Chefes de Esta do-Maior dos membros Permanentes do Conselho de Segurança ou de seus representantes. Todo membro da s Na ções Unidas que nã o estiver permanentemente representado na Comissão será por esta convidado a tomar parte nos seus trabalhos, sempre que a sua pa rticipação for necessária ao eficiente cumprimento da s responsabilidades da Comissão.

3. A Comissão de Estado-Maior será responsável, sob a a utoridade do Conselho de Segurança, pela direção estra tégica de todas as forças armadas postas à disposição

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do dito Conselho. As questões rela tivas a o comando dessa s forças serão resolvidas ulteriormente.

4. A Comissão de Estado-Maior, com autorização do Conselho de Segura nça e depois de consultar os orga nismos adequados, poderá estabelecer subcomissões regiona is.

Artigo 48

1. A a çã o necessária ao cumprimento das decisões do Conselho de Segurança para manutenção da paz e da segura nça internacionais será levada a efeito por todos os membros da s Na ções Unida s ou por a lguns deles, conforme seja determinado pelo Conselho de Segurança.

2. Essa s decisões serã o executadas pelos membros da s Na ções Unidas diretamente e, por seu intermédio, nos orga nismos interna cionais a propriados de que façam pa rte.

Artigo 49

Os membros das Na ções Unidas prestar-se-ão assistência mútua pa ra a execução da s medidas determinadas pelo Conselho de Segurança.

(34)

Artigo 50

No ca so de serem tomadas medidas preventivas ou coercitivas contra um Estado pelo Conselho de Segurança, qua lquer outro Esta do, membro ou não da s Na ções Unida s, que se sinta em presença de problemas especiais de na tureza econômica, resultantes da execução daquelas medidas, terá o direito de consultar o Conselho de Segura nça a respeito da solução de tais problemas.

Artigo 51

Na da na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um a taque armado contra um membro das Na ções Unidas, a té que o Conselho de Segura nça tenha tomado as medidas necessária s pa ra a ma nutenção da paz e da segura nça internacionais. As medidas tomadas pelos membros no exercício desse direito de legítima defesa serã o comunicadas imedia tamente a o Conselho de Segura nça e nã o deverão, de modo a lgum, a tingir a a utoridade e a responsabilidade que a presente Carta a tribui a o Conselho para leva r a efeito, em qua lquer tempo, a ação que julga r necessária à manutenção ou ao resta belecimento da paz e da segurança internacionais.

(35)

CAPÍTULO VIII ACORDOS REGIONAIS

Artigo 52

1. Na da na presente Carta impede a existência de a cordos ou de orga nismos regionais, destinadas a tratar dos a ssuntos rela tivos à ma nutenção da paz e da segura nça internacionais que forem suscetíveis de uma a çã o regiona l, desde que ta is a cordos ou entidades regiona is e sua s a tividades seja m compatíveis com os Propósitos e Princípios das Na ções Unidas.

2. Os membros da s Na ções Unida s, que forem pa rte em tais a cordos ou que constituírem tais entidades, empregarão todos os esforços para chegar a uma solução pa cífica das controvérsias locais por meio desses acordos e entida des regionais, a ntes de submetê-las a o Conselho de Segura nça.

3. O Conselho de Segura nça estimulará o desenvolvimento da solução pa cífica de controvérsias loca is media nte os referidos a cordos ou entidades regiona is, por inicia tiva dos Esta dos interessados ou a instâ ncia do próprio Conselho de Segurança.

4. Este a rtigo nã o prejudica, de modo a lgum, a a plica ção dos artigos 34 e 35.

(36)

Artigo 53

1. O Conselho de Segurança utiliza rá, quando for o ca so, ta is a cordos e entidades regionais pa ra uma ação coercitiva sob a sua própria a utoridade. Nenhuma ação coercitiva será , no enta nto, leva da a efeito de conformidade com a cordos ou entidades regiona is sem a utorização do Conselho de Segurança, com exceção das medidas contra um Estado inimigo como está definido no pa rá grafo 2 deste a rtigo, que forem determinadas em consequência do artigo 107 ou em a cordos regionais destinados a impedir a renovação de uma política a gressiva por pa rte de qualquer desses Estados, até o momento em que a Orga niza ção possa, a pedido dos Governos interessados, ser incumbida de impedir toda nova a gressão por parte de tal Esta do.

2. O termo Estado inimigo, usado no parágrafo 1 deste a rtigo, a plica-se a qualquer Estado que, durante a Segunda Guerra Mundial, foi inimigo de qua lquer signa tário da presente Carta.

Artigo 54

O Conselho de Segurança será sempre informado de toda a çã o empreendida ou projetada em conformidade com os

(37)

a cordos ou entidades regionais para manutenção da paz e da segura nça internacionais.

CAPÍTULO IX

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL ECONÔMICA E SOCIAL

Artigo 55

Com o fim de cria r condições de estabilidade e bem-estar, necessárias à s rela ções pa cíficas e a mistosas entre as Na ções, baseadas no respeito a o princípio da igualdade de direitos e da a utodeterminação dos povos, as Nações Unida s favorecerão:

a.

pa drões de vida mais elevados, trabalho pleno e condições de progresso e desenvolvimento econômico e socia l;

b.

a soluçã o dos problemas internacionais econômicos, sociais, sa nitários e conexos; a cooperação interna cional, de ca ráter cultural e educacional; e

c.

o respeito universal e a observância dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos, sem distinçã o de ra ça, sexo, idioma ou religiã o.

(38)

Artigo 56

Pa ra a realização dos propósitos enumerados no artigo 55, todos os membros da Orga nização se comprometem a a gir em cooperação com esta , em conjunto ou sepa radamente.

Artigo 57

1. As vá ria s a gências especializadas, cria das por a cordos intergovernamentais e com a mplas responsabilidades interna cionais, definidas em seus instrumentos bá sicos, nos ca mpos econômico, social, cultura l, educacional, sa nitário e conexos, serão vincula das às Na ções Unidas, em conformidade com as disposições do a rtigo 63.

2. Ta is a gências a ssim vincula das à s Na ções Unida s serã o designa das, da qui por dia nte, como a gências especializadas.

Artigo 58

A Orga niza ção fará recomendação para coordenação dos progra mas e a tividades das a gências especializadas.

(39)

Artigo 59

A Orga nização, qua ndo julga r conveniente, iniciará negocia ções entre os Estados interessados pa ra a criação de novas a gências especializadas que forem necessárias a o cumprimento dos propósitos enumerados no artigo 55.

Artigo 60

A Assembleia Gera l e, sob sua a utoridade, o Conselho Econômico e Socia l, que dispõe, pa ra esse efeito, da competência que lhe é a tribuída no Ca pítulo X, são incumbidos de exercer a s funções da Orga nização estipula das no presente Capítulo.

CAPÍTULO X

CONSELHO ECONÔMICO E SOCIAL COMPOSIÇÃO

Artigo 61

1. O Conselho Econômico e Socia l será composto de cinquenta e quatro membros das Nações Unidas eleitos pela Assembleia Gera l.

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2. De a cordo com os dispositivos do parágrafo 3, dezoito membros do Conselho Econômico e Socia l serão eleitos ca da a no para um período de três anos, podendo, a o terminar esse pra zo, ser reeleitos pa ra o período seguinte.

3. Na primeira eleiçã o a rea liza r-se depois de eleva do de vinte e sete pa ra cinquenta e quatro o número de membros do Conselho Econômico e Socia l, a lém dos membros que forem eleitos pa ra substituir os nove membros, cujo mandato expira no fim desse a no, serão eleitos outros vinte e sete membros. O mandato de nove destes vinte e sete membros suplementares a ssim eleitos expira rá no fim de um ano e o de nove outros no fim de dois a nos, de a cordo com o que for determinado pela Assembleia Gera l.

4. Ca da membro do Conselho Econômico e social terá nele um representante.

FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES Artigo 62

1. O Conselho Econômico e Social fará ou iniciará estudos e rela tórios a respeito de a ssuntos internacionais de ca rá ter econômico, socia l, cultura l, educacional, sa nitário e conexos e poderá fa zer recomendações a

(41)

respeito de ta is a ssuntos à Assembleia Gera l, aos membros das Nações Unidas e às agências especializadas interessa das.

2. Poderá , igua lmente, fa zer recomendações destinadas a promover o respeito e a observância dos direitos humanos e da s liberda des fundamentais para todos.

3. Poderá preparar projetos de convenções a serem submetidos à Assembleia Gera l, sobre a ssuntos de sua competência.

4. Poderá convocar, de a cordo com a s regras estipula das pela s Na ções Unida s, conferências interna cionais sobre a ssuntos de sua competência.

Artigo 63

1. O Conselho Econômico e Socia l poderá esta belecer a cordos com qualquer das a gências a que se refere o a rtigo 57, a fim de determinar a s condições em que a entida de interessada será vinculada à s Na ções Unida s. Ta is a cordos serã o submetidos à a provação da Assembleia Gera l. 2

2. Poderá coordenar a s a tividades da s a gências especia lizadas, por meio de consultas e recomendações às mesmas e de recomendações à Assembleia Geral e aos membros das Na ções Unidas.

(42)

Artigo 64

1. O Conselho Econômico e Social poderá tomar a s medidas adequadas a fim de obter rela tórios regulares da s a gências especia lizadas. Poderá entrar em entendimentos com os membros da s Na ções Unidas e com a s a gências especializadas, a fim de obter rela tórios sobre a s medidas tomadas pa ra cumprimento de suas própria s recomendações e da s que forem feitas pelas Assembleia Gera l sobre a ssuntos da competência do Conselho.

2. Poderá comunicar à Assembleia Gera l suas observações a respeito desses relatórios.

Artigo 65

O Conselho Econômico e Socia l poderá fornecer informações ao Conselho de Segurança e, a pedido deste, presta r-lhe assistência.

Artigo 66

1. O Conselho Econômico e Social desempenhará a s funções que forem de sua competência em relação ao cumprimento das recomendações da Assembleia Geral.

2. Poderá media nte a provação da Assembleia Gera l, presta r os serviços que lhe forem solicitados pelos

(43)

membros da s Na ções Unida s e pela s a gências especia lizadas.

3. Desempenhará as demais funções específicas em outras pa rtes da presente Ca rta ou as que forem a tribuídas pela Assembleia Geral.

VOTAÇÕES Artigo 67

1. Ca da membro do Conselho Econômico e Social terá um voto.

2. As decisões do Conselho Econômico e Social serã o tomadas por ma ioria dos membros presentes e vota ntes.

PROCEDIMENTO Artigo 68

O Conselho Econômico e Social cria rá comissões para os a ssuntos econômicos e socia is e a proteção dos direitos humanos, a ssim como outras comissões que forem necessárias para o desempenho de suas funções.

(44)

Artigo 69

O Conselho Econômico e Socia l poderá convidar qua lquer membro das Na ções Unidas a tomar parte, sem voto, em sua s deliberações sobre qualquer a ssunto que interesse pa rticularmente a esse membro.

Artigo 70

O Conselho Econômico e Socia l poderá entrar em entendimentos pa ra que representantes da s a gências especia lizadas tomem pa rte, sem voto, em suas delibera ções e na s das comissões por ele cria das, e para que os seus próprios representantes tomem parte nas delibera ções das a gências especializadas.

Artigo 71

O Conselho Econômico e Socia l poderá entra r nos entendimentos convenientes para a consulta com orga nizações nã o governamentais, enca rregadas de questões que estiverem dentro da sua própria competência. Ta is entendimentos poderão ser feitos com orga nizações internacionais e, qua ndo for o ca so, com orga nizações na cionais, depois de efetuadas consultas com o membro das Nações Unidas no caso.

(45)

Artigo 72

1. O Conselho Econômico e Socia l a dotará seu próprio regulamento, que incluirá o método de escolha de seu Presidente.

2. O Conselho Econômico e Socia l reunir-se-á qua ndo for necessário, de acordo com o seu regulamento, o qua l deverá incluir disposições referentes à convocação de reuniões a pedido da maioria dos membros.

CAPÍTULO XI

DECLARAÇÃO RELATIVA A TERRITÓRIOS SEM GOVERNO PRÓPRIO

Artigo 73

Os membros da s Na ções Unida s, que a ssumiram ou a ssumam responsabilidades pela a dministração de territórios cujos povos nã o tenham atingido a plena ca pacidade de se governarem a si mesmos, reconhecem o princípio de que os interesses dos ha bitantes desses territórios sã o da mais a lta importância, e a ceitam, como missã o sa grada, a obriga ção de promover no ma is alto gra u, dentro do sistema de paz e segurança internacionais

(46)

esta belecido na presente Carta, o bem-estar dos ha bitantes desses territórios e, pa ra tal fim, se obrigam a:

a . a ssegurar, com o devido respeito à cultura dos povos interessados, o seu progresso político, econômico, socia l e educacional, o seu tratamento equitativo e a sua proteção contra todo abuso;

b. desenvolver sua capacidade de governo próprio, tomar devida nota da s a spirações políticas dos povos e a uxiliá -los no desenvolvimento progressivo de suas instituições políticas livres, de a cordo com as circunstâncias peculia res a ca da território e seus ha bitantes e os diferentes gra us de seu a diantamento;

c. consolidar a paz e a segurança internacionais;

d. promover medidas construtivas de desenvolvimento, estimular pesquisas, cooperar uns com os outros e, qua ndo for o ca so, com orga nismos interna cionais especia lizadas, com vista s à rea lização prá tica dos propósitos de ordem socia l, econômica ou científica enumerados neste artigo; e;

e. tra nsmitir regula rmente a o secretário-geral, para fins de informação, sujeitas à s reserva s impostas por considerações de segura nça e de ordem constitucional, informações esta tísticas ou de outro ca rá ter técnico, rela tivas à s condições econômicas, sociais e educacionais dos territórios pelos qua is sã o respectivamente responsáveis e que nã o estejam compreendidos entre a queles a que se referem os Capítulos XII e XIII da Carta.

(47)

Artigo 74

Os membros das Na ções Unidas concordam também em que a sua política com rela ção a os territórios a que se a plica o presente Capítulo deve ser ba seada, do mesmo modo que a política seguida nos respectivos territórios metropolitanos, no princípio gera l de boa vizinhança, tendo na devida conta os interesses e o bem-estar do resto do mundo no que se refere à s questões socia is, econômicas e comerciais.

CAPÍTULO XII

SISTEMA INTERNACIONAL DE TUTELA Artigo 75

As Na ções Unidas estabelecerão sob sua a utoridade um sistema internacional de tutela pa ra a a dministração e fisca liza ção dos territórios que possam ser colocados sob ta l sistema em consequência de futuros a cordos individuais. Esses territórios serã o, da qui em dia nte, mencionados como territórios tutelados.

(48)

Artigo 76

Os objetivos básicos do sistema de tutela, de a cordo com os Propósitos das Nações Unidas enumerados no artigo 1 da presente Carta serão:

a . fa vorecer a paz e a segurança internacionais;

b. fomentar o progresso político, econômico, socia l e educacional dos ha bitantes dos territórios tutela dos e o seu desenvolvimento progressivo para a lca nçar governo próprio ou independência, como mais convenha à s circunstâncias particulares de ca da território e de seus ha bitantes e a os desejos livremente expressos dos povos interessados e como for previsto nos termos de ca da a cordo de tutela;

c. estimular o respeito a os direitos humanos e às liberda des fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo língua ou religiã o e favorecer o reconhecimento da interdependência de todos os povos; e

d. a ssegurar igua ldade de tratamento nos domínios socia l, econômico e comercial para todos os membros das Na ções Unida s e seus na cionais e, pa ra estes últimos, igua l tra tamento na a dministração da justiça, sem prejuízo dos objetivos a cima expostos e sob reserva das disposições do a rtigo 80.

(49)

Artigo 77

1.

O sistema de tutela será a plicado a os territórios da s ca tegorias seguintes, que venham a ser colocados sob ta l sistema por meio de a cordos de tutela:

a . territórios a tualmente sob mandato;

b. territórios que possam ser separados de Estados inimigos em consequência da Segunda Guerra Mundial;

e

c. territórios voluntariamente coloca dos sob tal sistema por Estados responsáveis pela sua administração.

2.

Será objeto de a cordo ulterior a determinação dos territórios das categorias acima mencionadas a serem coloca dos sob o sistema de tutela e das condições em que o serã o.

Artigo 78

O sistema de tutela não será a plicado a territórios que se tenham torna do membros da s Na ções Unidas, cujas rela ções mútuas deverã o ba sear-se no respeito ao princípio da igua ldade soberana.

(50)

Artigo 79

As condições de tutela em que ca da território será coloca do sob este sistema, bem como qualquer a lteração ou emenda, serã o determinadas por a cordo entre os Esta dos diretamente interessados, inclusive a potência ma ndatária no ca so de território sob ma ndato de um membro da s Na ções Unida s e serã o a provadas de conformidade com a s disposições dos a rtigos 83 e 85.

Artigo 80

1. Sa lvo o que for esta belecido em a cordos individuais de tutela , feitos de conformidade com os a rtigos 77, 79 e 81, pelos quais se coloque ca da território sob este sistema e a té que ta is a cordos tenham sido concluídos, na da neste Capítulo será interpretado como a ltera ção de qua lquer espécie nos direitos de qua lquer Esta do ou povo ou dos termos dos a tos internacionais vigentes em que os membros das Na ções Unidas forem pa rtes.

2. O pa rá grafo 1 deste a rtigo não será interpretado como motivo para demora ou a diamento da negociação e conclusão de a cordos destinados a coloca r territórios dentro do sistema de tutela, conforme a s disposições do a rtigo 77.

(51)

Artigo 81

O a cordo de tutela deverá, em ca da ca so, incluir as condições sob a s qua is o território tutelado será a dministrado e designar a a utoridade que exercerá essa a dministração. Ta l a utoridade, daqui por dia nte chamada a a utoridade a dministradora, poderá ser um ou mais Esta dos ou a própria Orga nização.

Artigo 82

Poderã o designar-se, em qualquer a cordo de tutela, uma ou vá rias zonas estratégicas, que compreendam parte ou a tota lidade do território tutela do a que o mesmo se a plique, sem prejuízo de qua lquer a cordo ou a cordos especia is feitos de conformidade com o a rtigo 43.

Artigo 83

1. Toda s a s funções a tribuídas à s Na ções Unidas rela tivamente às zonas estratégicas, inclusive a aprovação da s condições dos acordos de tutela, assim como de sua a ltera ção ou emendas, serão exercidas pelo Conselho de Segura nça.

2. Os objetivos básicos enumerados no a rtigo 76 serã o a plicáveis a os habitantes de cada zona estratégica.

(52)

3. O Conselho de Segura nça, ressa lvadas as disposições dos a cordos de tutela e sem prejuízo das exigência s de segura nça, poderá valer-se da a ssistência do Conselho de Tutela para desempenhar a s funções que ca bem à s Na ções Unida s pelo sistema de tutela, rela tivamente a matérias políticas, econômicas, sociais ou educacionais dentro das zonas estratégicas.

Artigo 84

A a utoridade a dministradora terá o dever de a ssegurar que o território tutela do preste sua cola boração à ma nutenção da paz e da segurança internacionais. Para tal fim, a a utoridade a dministradora poderá fa zer uso de força s voluntárias, de facilidades e da a juda do território tutela do para o desempenho da s obriga ções por ele a ssumidas a este respeito pera nte o Conselho de Segura nça, a ssim como para a defesa local e para a ma nutenção da lei e da ordem dentro do território tutelado.

Artigo 85

1.

As funções da s Na ções Unidas rela tivas a a cordos de tutela pa ra todas a s zonas nã o designadas como estra tégias, inclusive a a provação das condições dos a cordos de tutela e de sua a lteração ou emenda, serão exercidas pela Assembleia Geral.

(53)

2.

O Conselho de Tutela , que funcionará sob a a utoridade da Assembleia Geral, a uxilia rá esta no desempenho dessas atribuições.

CAPÍTULO XIII CONSELHO DE TUTELA

COMPOSIÇÃO Artigo 86

1. O Conselho de Tutela será composto dos seguintes membros das Na ções Unidas:

a . os membros que a dministrem territórios tutela dos;

b. a queles dentre os membros mencionados nominalmente no a rtigo 23, que nã o estiverem a dministrando territórios tutelados; e

c. qua ntos outros membros eleitos por um período de três a nos, pela Assembleia Gera l, sejam necessários pa ra a ssegurar que o número tota l de membros do Conselho de Tutela fique igua lmente dividido entre os membros das Nações Unidas que administrem territórios tutela dos e a queles que o não fazem.

(54)

2. Ca da membro do Conselho de Tutela designará uma pessoa especialmente qualificada para representá-lo pera nte o Conselho.

FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES Artigo 87

A Assembleia Geral e, sob a sua a utoridade, o Conselho de Tutela , no desempenho de suas funções, poderão:

a.

exa minar os rela tórios que lhes tenham sido submetidos pela a utoridade administradora;

b.

Aceita r petições e examiná-las, em consulta com a a utoridade administradora;

c.

providenciar visita s periódicas a os territórios tutela dos em épocas ficadas de a cordo com a a utoridade a dministradora; e

d.

tomar estas e outras medidas de conformidade com os termos dos acordos de tutela.

Artigo 88

O Conselho de Tutela formulará um questionário sobre o a dia ntamento político, econômico, socia l e educacional dos ha bitantes de ca da território tutelado e a a utoridade a dministradora de ca da um destes territórios, dentro da

(55)

competência da Assembleia Gera l, fa rá um rela tório a nual à Assembleia, baseado no referido questionário.

VOTAÇÃO Artigo 89

1. Ca da membro do Conselho de Tutela terá um voto.

2. As decisões do Conselho de Tutela serão tomadas por uma maioria dos membros presentes e vota ntes.

PROCEDIMENTO Artigo 90

1.

O Conselho de Tutela a dotará seu próprio regula mento que incluirá o método de escolha de seu Presidente.

2.

O Conselho de Tutela reunir-se-á quando for necessário, de a cordo com o seu regula mento, que incluirá uma disposição referente à convocação de reuniões a pedido da maioria dos seus membros.

(56)

Artigo 91

O Conselho de Tutela valer-se-á, quando for necessário, da cola boração do Conselho Econômico e Socia l e das a gências especializadas, a respeito das matérias em que esta s e a quele sejam respectivamente interessados.

CAPÍTULO XIV

CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA Artigo 92

A Corte Internacional de Justiça será o principal órgão judiciá rio das Nações Unidas. Funcionará de a cordo com o Esta tuto a nexo, que é ba seado no Esta tuto da Corte Perma nente de Justiça Internacional e faz parte integrante da presente Carta.

Artigo 93

1. Todos os membros das Na ções Unidas sã o ipso facto partes do Estatuto da Corte Internacional de Justiça.

2. Um Esta do que não for membro das Nações Unida s poderá tornar-se pa rte no Esta tuto da Corte Internacional de Justiça , em condições que serão

(57)

determinadas, em ca da ca so, pela Assembleia Gera l, media nte recomendação do Conselho de Segurança.

Artigo 94

1. Ca da membro da s Na ções Unida s se compromete a conformar-se com a decisã o da Corte Internacional de Justiça em qua lquer ca so em que for pa rte.

2. Se uma das partes num caso deixar de cumprir a s obriga ções que lhe incumbem em virtude de sentença proferida pela Corte, a outra terá direito de recorrer ao Conselho de Segurança que poderá, se julga r necessário, fa zer recomendações ou decidir sobre medidas a serem tomadas para o cumprimento da sentença.

Artigo 95

Na da na presente Carta impedirá os membros das Nações Unida s de confiarem a soluçã o de sua s divergências a outros tribunais, em virtude de a cordos já vigentes ou que possa m ser concluídos no futuro.

(58)

Artigo 96

1. A Assembleia Gera l ou o Conselho de Segura nça poderá solicita r pa recer consultivo da Corte Internacional de Justiça, sobre qualquer questão de ordem jurídica.

2. Outros órgã os da s Na ções Unida s e a gências especia lizadas, que forem em qua lquer época devidamente autorizados pela Assembleia Geral, poderão ta mbém solicitar pa receres consultivos da Corte sobre questões jurídicas surgida s dentro da esfera de suas a tividades.

CAPÍTULO XV O SECRETARIADO

Artigo 97

O Secretaria do será composto de um secretário-geral e do pessoal exigido pela Organização. O secretário-geral será indica do pela Assembleia Gera l mediante a recomendação do Conselho de Segurança. Será o principa l funcionário a dministrativo da Orga nização.

(59)

Artigo 98

O secretá rio-geral a tuará neste ca rá ter em todas as reuniões da Assembleia Geral, do Conselho de Segurança, do Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela e desempenhará outras funções que lhe forem atribuídas por estes órgã os. O secretá rio-geral fa rá um rela tório a nual à Assembleia Gera l sobre os tra balhos da Orga niza ção.

Artigo 99

O secretá rio-geral poderá chamar a a tenção do Conselho de Segura nça para qualquer a ssunto que em sua opinião possa a meaçar a ma nutenção da pa z e da segurança interna cionais.

Artigo 100

1. No desempenho de seus deveres, o secretá rio- gera l e o pessoal do Secreta riado não solicitarão nem receberão instruções de qualquer governo ou de qualquer a utoridade estra nha à orga nização. Abster-se-ã o de qua lquer ação que seja incompatível com a sua posição de funcionários internacionais responsáveis somente pera nte a Orga nização.

(60)

2. Ca da membro da s Na ções Unida s se compromete a respeita r o ca rá ter exclusivamente interna cional da s a tribuições do secretá rio-geral e do pessoal do Secretariado e não procurará exercer qualquer influência sobre eles, no desempenho de suas funções.

Artigo 101

1.

O pessoa l do Secreta riado será nomeado pelo secretá rio-geral, de a cordo com regra s estabelecidas pela Assembleia Gera l.

2.

Será ta mbém nomeado, em ca ráter permanente, o pessoal a dequado para o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela e, qua ndo for necessário, para outros órgã os da s Na ções Unida s. Esses funcionários fa rão parte do Secretariado.

3.

A consideração principa l que prevalecerá na escolha do pessoal e na determinação das condições de serviço será a da necessidade de a ssegurar o ma is alto gra u de eficiência, competência e integridade. Deverá ser leva da na devida conta a importância de ser a escolha do pessoal feita dentro do ma is a mplo critério geográ fico possível.

(61)

CAPÍTULO XVI DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Artigo 102

1. Todo tra tado e todo a cordo internacional, concluídos por qua lquer membro da s Na ções Unidas depois da entrada em vigor da presente Carta, deverão, dentro do ma is breve pra zo possível, ser registra dos e publica dos pelo Secretariado.

2. Nenhuma parte em qualquer tra tado ou acordo interna cional que nã o tenha sido registrado de conformidade com a s disposições do parágrafo 1º deste a rtigo poderá invocar ta l tra tado ou a cordo perante qua lquer órgão das Na ções Unidas.

Artigo 103

No ca so de conflito entre a s obrigações dos membros das Na ções Unida s, em virtude da presente Ca rta e as obriga ções resulta ntes de qua lquer outro a cordo interna cional, prevalecerão as obrigações assumidas em virtude da presente Carta.

(62)

Artigo 104

A Orga niza ção desfrutará, no território de ca da um de seus membros, da ca pacidade jurídica necessária ao exercício de sua s funções e à rea liza ção de seus propósitos.

Artigo 105

1. A Orga niza ção desfrutará, no território de cada um de seus membros, dos privilégios e imunidades necessários à realização de seus propósitos.

2. Os representantes dos membros da s Na ções Unida s e os funcionários da Orga nização desfrutarão, igua lmente, dos privilégios e imunidades necessários ao exercício independente de suas funções rela cionadas com a Orga nização.

3. A Assembleia Gera l poderá fazer recomendações com o fim de determinar os pormenores da a plicação dos parágrafos 1 e 2 deste artigo ou poderá propor a os membros da s Na ções Unida s convenções nesse sentido.

(63)

CAPÍTULO XVII

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS SOBRE SEGURANÇA

Artigo 106

Antes da entrada em vigor dos acordos especiais a que se refere o a rtigo 43, que, a juízo do Conselho de Segurança, o ha bilitem ao exercício de sua s funções previstas no a rtigo 42, a s pa rtes na Decla ração da s Qua tro Na ções, a ssina da em Moscou, a 30 de outubro de 1943, e a França, deverão, de a cordo com a s disposições do pa rágrafo 5 da quela Declaração, consultar-se entre si e, sempre que a oca sião o exija, com outros membros das Na ções Unidas a fim de ser leva da a efeito, em nome da Organização, qua lquer a çã o conjunta que se torne necessária à ma nutenção da paz e da segurança internacionais.

Artigo 107

Na da na presente Carta invalidará ou impedirá qualquer a çã o que, em rela ção a um Estado inimigo de qualquer dos signa tários da presente Ca rta dura nte a Segunda Guerra Mundial, for leva da a efeito ou a utorizada em consequência da dita guerra, pelos governos responsáveis por ta l a ção.

(64)

CAPÍTULO XVIII EMENDAS

Artigo 108

As emendas à presente Carta entrarão em vigor para todos os membros da s Na ções Unidas, quando forem adotadas pelos votos de dois terços dos membros da Assembleia Gera l e ra tifica da de a cordo com os seus respectivos métodos constitucionais por dois terços dos membros das Na ções Unidas, inclusive todos os membros permanentes do Conselho de Segurança.

Artigo 109

1. Uma Conferência Gera l dos membros das Na ções Unidas, destinada a rever a presente Carta, poderá reunir-se em da ta e luga r a serem fixados pelo voto de dois terços dos membros da Assembleia Geral e de nove membros quaisquer do Conselho de Segura nça. Cada membro das Nações Unidas terá voto nessa Conferência.

2. Qua lquer modificação à presente Carta, que for recomendada por dois terços dos votos da Conferência, terá efeito depois de ra tificada, de a cordo com os respectivos métodos constitucionais, por dois terços dos

(65)

membros das Nações Unidas, inclusive todos os membros permanentes do Conselho de Segurança.

3. Se essa Conferência não for celebrada antes da décima sessão a nual da Assembleia Gera l que se seguir à entra da em vigor da presente Ca rta, a proposta de sua convocação deverá figurar na agenda da referida sessão da Assembleia Gera l, e a Conferência será realizada, se a ssim for decidido por maioria de votos dos membros da Assembleia Geral, e pelo voto de sete membros quaisquer do Conselho de Segurança.

CAPÍTULO XIX

RATIFICAÇÃO E ASSINATURA Artigo 110

1.

A presente Ca rta deverá ser ra tificada pelos Esta dos signa tários, de a cordo com os respectivos métodos constitucionais.

2.

As ra tifica ções serã o depositadas junto ao Governo dos Estados Unidos da América, que notificará de ca da depósito todos os Esta dos signa tários, a ssim como o secretário-geral da Orga nização depois que este for escolhido.

3.

A presente Ca rta entrará em vigor depois do depósito de ratificações pela República da China, França,

(66)

Uniã o da s Repúblicas Socia lista s Soviéticas, Reino Unido da Grã -Bretanha e Irla nda do Norte, e Estados Unidos da América e pela ma ioria dos outros Estados signa tários. O Governo dos Estados Unidos da América orga nizará, em seguida, um protocolo da s ra tificações depositadas, o qual será comunicado, por meio de cópias, a os Estados signatários.

4.

Os Esta dos signa tários da presente Carta, que a ra tificarem depois de sua entrada em vigor tornar-se-ão membros fundadores da s Na ções Unida s, na da ta do depósito de suas respectivas ratificações.

Artigo 111

A presente Carta, cujos textos em chinês, fra ncês, russo, inglês, e espa nhol sã o igua lmente a utênticos, ficará depositada nos a rquivos do Governo dos Estados Unidos da América. Cópias da mesma, devidamente a utenticadas, serã o transmitidas por este último Governo aos dos outros Esta dos signatários.

EM FÉ DO QUE os representantes dos governos das Na ções Unidas a ssinaram a presente Carta.

FEITA na cidade de São Francisco a os vinte e seis dias do mês de junho de mil novecentos e quarenta e cinco.

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