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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Geologia Trabalho de conclusão do Curso (GEO0421)

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e da Terra

Departamento de Geologia

Trabalho de conclusão do Curso (GEO0421)

DANIELE INGREDY GOMES SILVA

O ENSINO DA GEOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ESTUDO DA INTRODUÇÃO ÀS GEOCIÊNCIAS POR MEIO DO LIVRO “A

GRANDIOSA HISTÓRIA DE UM GRÃO DE AREIA”

Natal – RN

Dezembro – 2020

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DANIELE INGREDY GOMES SILVA

O ENSINO DA GEOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ESTUDO DA INTRODUÇÃO ÀS GEOCIÊNCIAS POR MEIO DO LIVRO “A

GRANDIOSA HISTÓRIA DE UM GRÃO DE AREIA”

Trabalho de conclusão de curso apresentado a Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em geologia.

Orientador: Marcos Antônio Leite do Nascimento

NATAL

2020

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FOLHA DE APROVAÇÃO

DANIELE INGREDY GOMES SILVA

O ENSINO DA GEOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ESTUDO DA INTRODUÇÃO ÀS GEOCIÊNCIAS POR MEIO DO LIVRO “A

GRANDIOSA HISTÓRIA DE UM GRÃO DE AREIA”

Trabalho de conclusão de curso apresentado a Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em geologia.

Orientador: Marcos Antônio Leite do Nascimento

Aprovado em, ____ de _________________ de 2020

Banca Examinadora

Profº Orientador Marcos Antônio Leite do Nascimento

Profª Débora do Carmo Sousa

Doutorando Matheus Lisboa Nobre da Silva

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...Irmão, você não percebeu

Que você é o único representante

Do seu sonho na face da terra

Se isso não fizer você correr, chapa

Eu não sei o que vai...”

(5)

Emicida

(6)

AGRADECIMENTOS

Estou escrevendo essa parte aos 29 minutos da prorrogação, mas as palavras de agradecimento ecoam na minha cabeça desde o primeiro dia que botei meus pés nessa universidade. Antes de tudo gostaria de dizer que estar aqui é um privilégio. Há uma chance muito pequena de que uma mulher preta, nordestina, pobre e periférica chegue em uma universidade federal e se forme bacharel em geologia, e para mim ainda é um sentimento muito agridoce saber disso, ao mesmo tempo que tenho muito orgulho de mim mesma me entristece demais fazer parte de algo onde não vejo muitos dos meus.

Dito isso, gostaria de expressar aqui minha imensa gratidão a todos que tornaram possível essa caminhada e vitória. Agradeço ao meu pai, Antônio, por sempre ter trabalhado demais e feito o possível dentro de suas condições, para que suas filhas pudessem ter o necessário e frequentassem a escola. Agradeço a minha mãe, Francisca, que sempre foi incentivo, nem sempre falado, mas sempre sentido, me influenciou a ser uma mulher forte e a buscar algo melhor, maior e sempre do bem. Agradeço ás minhas irmãs, que só por existirem me fazem querer ser alguém melhor para elas, e que com isso possa de alguma forma me tornar grande de maneira que todas possamos viver uma vida mais plena.

Sou muito grata à todas as pessoas que passaram pela minha vida e que me tornaram quem eu sou hoje, ao Espaço dos Sonhos na favela da Vila Dalva por me fazer ter gosto pela cultura e me tirar de uma realidade onde muitos não conseguiram escapar. Às minhas professoras do curso de enfermagem pelos puxões de orelha e por acreditarem sempre em mim. Sou grata a um governo petista que fez com que milhares de jovens como eu, vindo do sertão pudessem ter a oportunidade de uma educação de qualidade.

Sou muito grata a todos os amigos que fiz nessa jornada geológica, que me ajudaram a nunca desistir. Sou muito grata à Michel, meu companheiro de vida e uma das pessoas mais especiais que tive a chance de conhecer e compartilhar esses muitos anos.

E especialmente, por último, mas de nenhuma forma menos importante, sou muito grata a mim mesma, por ser essa mulher forte e maravilhosa, alguém que demorei muito a amar e admirar, mas que dia após dia me reconheço cada vez mais digna de tudo que conquistei.

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ... 11

1.1 JUSTIFICATIVA ... 12

1.2. OBJETIVOS ... 14

1.2.1 OBJETIVO GERAL... 14

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 14

2. CONCEITOS BIBLIOGRÁFICOS ... 15

2.1 EDUCAÇÃO SIGNIFICATIVA E A GEOLOGIA NO ENSINO BÁSICO ... 15

2.2 MATERIAL DIDÁTICO E O ENSINO DA GEOLOGIA NA EDUCAÇÃO PÚBLICA... 19

3. MATERIAIS E MÉTODOS ... 21

3.1 QUESTIONÁRIOS ... 21

3.2 CRIAÇÃO, ESCRITA E ILUSTRAÇÃO DO LIVRO ... 23

3.3 ANÁLISE DO LIVRO COMO MATERIAL DE APOIO NO ENSINO INFANTIL ... 25

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 26

4.1 PESQUISA COM COORDENADORES DE CURSO E/OU ALUNOS REPRESENTANTES ... 26

4.2 PESQUISA COM ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DA ÁREA DAS GEOCIÊNCIAS ... 31

4.3 INTRODUÇÃO DO LIVRO “A GRANDIOSA HISTÓRIA DE UM GRÃO DE AREIA” COMO MATERIAL DE APOIO EM SALA DE AULA PARA ALUNOS DO ENSINO INFANTIL ... 35

5. CONCLUSÃO ... 39

6. ANEXOS ... 40

7. REFERÊNCIAS ... 48

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Lista de Figuras

Figura 01 - Mapa conceitual sobre a teoria de Educação Significativa de Ausubel. 16 Figura 02 - Etapas da metodologia utilizadas para a análise do material didático 18 Figura 03 - Fluxo da metodologia adotada para a realização do trabalho. 20 Figura 04 – Tabela metodologias de coleta de dados para pesquisa. 21 Figura 05 - Capa e verso do livro “A Grandiosa História de um grão de areia”. 23

Figura 06 - Horizontes do solo. Ilustração do livro. 35

Figura 07 - Ilustração do livro. 36

Figura 08 - Ilustração do livro retratando a estrutura da Terra. 37

Lista de Gráficos

Gráfico 01 - Identificação dos respondentes da primeira pesquisa, referente à classe. 26 Gráfico 02 - Público-alvo das ações desenvolvidas pelas universidades respondentes 27 Gráfico 03 - Refere-se à categorização dos entrevistados em classes (estudantes, docentes

ou profissionais da área.) 30

Gráfico 04 - Gráfico relativo à fase escolar dos entrevistados no seu primeiro contato com a

Geologia. 31

Gráfico 05 - Relação de idade dos entrevistados a respeito do seu primeiro contato com a

Geologia. 32

Gráfico 06 - Pesquisa relacionada ao conhecimento de algum material didático que

mencionasse a geologia especificamente, como ciência ou profissão durante a infância. 33 Gráfico 07 - Pergunta de identificação do conhecimento sobre Geologia como ciência ou

profissão no período em que o curso/profissão foi escolhido pelo entrevistado. 33

(9)

RESUMO

O presente trabalho traz a preocupação em colocar em prática ações que possibilitem à popularização das geociências e principalmente a formação de uma base de conhecimento geológico desde a juventude. Em duas pesquisas feitas por meio da plataforma Google Forms, utilizando questionários respondidos de maneira remota, foi possível constatar, na primeira pesquisa, que dos 138 entrevistados cerca de 56% dos respondentes, dentre alunos de graduação, pós-graduação e profissionais da área das Geociências, tiveram seu primeiro contato com Geologia em si durante o período do ensino médio, faixa etária entre 14 a 17 anos. Em uma segunda pesquisa realizada com coordenadores de curso, docentes e alunos representantes de 32 instituições de ensino que ofertam o curso de Geologia no Brasil, 19 instituições participaram respondendo a pesquisa, destas, observa-se que apenas 04 das 18 ações desenvolvidas pelas universidades tem como público alvo alunos da educação básica.

Levando-se em consideração os resultados obtidos nas pesquisas, fica mais evidente a necessidade de complementação do ensino da geologia na educação básica e tendo como fundamentação os conceitos de “Educação Significativa”, onde buscamos por meio de associação de conceitos conhecidos e utilização do meio para o aprendizado de novas informações, o presente trabalho estuda o livro “A grandiosa história de um grão de areia”, que tem o papel de introduzir processos geológicos básicos de uma maneira lúdica à um público-alvo de seis a dez anos de idade, que compreende o ensino fundamental I. O livro não só se utiliza de uma linguagem acessível, como também faz uso de situações cotidianas e figuras que podem se relacionar com boa parte da população. Baseado ainda na análise do livro, considera-se que tal aparato tem um papel eficaz na introdução às geociências, podendo ser utilizado como ferramenta didática e servir como material de apoio para o ensino convencional.

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ABSTRACT

The present work aims to put into practice actions that enable the popularization of geosciences and especially the formation of a geological knowledge base since youth. In two researches made using the Google Forms platform, using questionnaires answered remotely, It was possible to verify, in the first survey, that of the 138 interviewees about 56%

of the respondents, among undergraduate, graduate and geosciences professionals, had their first contact with Geology itself as science during the period of high school, age between 14 and 17 years. In a second survey conducted with course coordinators, professors and students representing of 32 educational institutions that offer the Geology course in Brazil, 19 institutions participated in responding to the research, of which it is observed that only 4 of the 18 projects developed by these universities have as a target audience students of basic education.

Taking into account the results obtained in the research, it is more evident the need to complement the teaching of geology in basic education and based on the concepts of

"Significant Education", where we seek through the association of known concepts and use of the medium for learning new information. The present work studies the book "The great history of a grain of sand" , which has the role of introducing basic geological processes in a playful way to a target audience of six to ten years of age, which comprises elementary school I. The book not only uses an accessible language, but also makes use of everyday situations and figures that can relate to a large part of the population. Based on the analysis of the book, it is considered that this device has an effective role in the introduction to geosciences, also can be used as a didactic tool and serve as a support material for

conventional teaching.

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Silva, G. I. D. O Ensino da Geologia no Ensino Infantil: Estudo da Introdução às Geociências por meio do livro “A Grandiosa História de um Grão de Areia”

1. INTRODUÇÃO

A educação brasileira por muito tempo tem sido focada na reprodução de conteúdo, mas não necessariamente aplicados à realidade dos alunos, ou colocados em prática. O conceito de Educação significativa discutido por alguns teóricos como Alves (1982), Ausubel (1982), Libâneo (1998) e Rogers (2001), é ainda muito incomum na didática das escolas públicas, ainda mais no que se diz respeito ao ensino infantil.

Entende-se a escola como a instituição educacional de maior importância na contemporaneidade, no entanto, essa formação não deve se privar ao caráter acadêmico- educacional, mas também criar formas de ensino integralizado que possa garantir a formação de cidadãos mais socialmente responsáveis e seres humanos de maior consciência ambiental. E seguindo o pensamento de Klausen (2017), se acreditarmos que o objetivo mais democrático da escola é prover a todos sólida aprendizagem e os meios cognitivos e instrumentais para compreender a realidade e atuar nela de modo crítico e criativo, é preciso saber que condições sociais, físicas, cognitivas, afetivas, psicológicas, pedagógicas, são necessárias para isso.

É evidente que nos dias de hoje passamos por uma crise ambiental causada pelo crescimento populacional acelerado e atitudes irresponsáveis no que diz respeito à sustentabilidade da indústria e proteção ao meio ambiente. Entretanto falarmos hoje sobre reciclagem e consumo mais consciente não será a solução mais eficaz para a resolução, ou mais provavelmente, amenização do problema. Mas, se entendermos o meio físico de maneira mais completa, compreendendo seu processo de formação e transformação.

Assumindo nosso papel como parte de um sistema maior e assim conseguirmos viver de maneira mais harmônica com o meio, o que é um processo longo, mas que se iniciado desde o ensino infantil pode ter grandes efeitos na formação de uma sociedade com uma melhor qualidade de vida e equilíbrio com a natureza.

Para tal integração do ensino tradicional com o cotidiano do aluno e a formação de uma educação ambiental primária, é recomendado que haja uma maior contextualização e até adaptação do que se encontra nos livros didáticos que de forma geral abrangem de maneira superficial e muito global a questão do meio físico e dos conceitos básicos de geociências. É necessário que os professores tenham um conhecimento a respeito da paisagem que rodeia a comunidade discente e que consiga assim associar os conceitos básicos gerais de geologia de forma natural para os mesmos. Dessa forma, convergindo

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para o Ensino CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) Ziman (1980), que de acordo com Aikenhead (1944) apud Roehrig e Camargo (2013), trata-se de "ensinar sobre os fenômenos naturais de maneira que a ciência esteja embutida no ambiente social e tecnológico do aluno".

É importante salientar que a responsabilidade na formação desses cidadãos e o ensino da educação ambiental, e mais especificamente abordado nesse trabalho, o ensino das geociências, também deve recair sobre profissionais, docentes e estudantes do ensino superior.

Um dos deveres da universidade, em especial as instituições públicas de ensino, é o de devolver a pesquisa e a ciência ali desenvolvidas e estudadas para a comunidade a qual se situa, denominadas Ações de Extensão. Infelizmente ainda se encontra um grande intervalo entre esses dois espaços, de forma que a informação que circula no meio acadêmico não consegue chegar ao público geral de maneira acessível. Como observa Almeida e Mello (2015), em geral as produções científicas que podem contribuir para aprofundamento de temas e com contextualizações, que nem sempre são possíveis com informações gerais, se limitam ao espaço acadêmico.Frisa-se aqui a área das geociências, em especial a geologia.

Analisando o contexto do país, que tem como bases da economia, além da agricultura e pecuária, as commodities, mineração, riquezas naturais como grandes aquíferos e campos de petróleo e gás, paisagens que são cartões postais para o mundo e, mais atualmente, geoparques internacionalmente reconhecidos. É de certa forma inaceitável que a população como um geral tenha tão pouca familiaridade com conceitos básicos de geociências e consequentemente dê tão pouco valor ao profissional geólogo, gerando assim cenários como a atual com a desvalorização do nosso patrimônio geológico e quase nenhum apoio à classe dos geocientistas.

1.1 JUSTIFICATIVA

Observa-se que atualmente a classe científica no Brasil se encontra desacreditada, e não devido à incompetência dos profissionais e pesquisadores, muito pelo contrário, o que se percebe é que boa parte da população não entende a necessidade do trabalho de pesquisa e acadêmico no Brasil. Parte disso deve-se da falta de diálogo entre a universidade e a comunidade fora dela. No que diz respeito às geociências, termos como

“Geocomunicação” vêm sendo discutidos com mais frequência, buscando-se tornar mais

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comum e acessível a comunicação entre geocientistas e o restante da população. De acordo com Meira et al (2019), a Geocomunicação pode ser definida enquanto um campo da Comunicação Ambiental que busca, por meio da abordagem da relevância científica, didática e cultural dos elementos da geodiversidade, propagar conceitos e práticas referentes à importância do componente abiótico para a conservação da paisagem, dos processos ambientais e na manutenção da vida. Sendo assim, a Geocomunicação teria um papel de extrema importância não só para essa conexão entre a academia e a comunidade, mas como uma vitrine para os geocientistas, pois a profissão geólogo ainda é desconhecida por boa parte das pessoas, doravante desvalorizada não só pelas pessoas, mas por órgãos governamentais.

Ações que visem a popularização das Geociências devem ser uma frente de ação para todas as universidades, não só para criar esse canal de comunicação, mas também para devolver à comunidade um resultado que só pode ser alcançado nas universidades públicas pelo trabalho de todo um país, que as mantém. Além disso, uma população com um conhecimento geológico básico se torna uma população mais ambientalmente consciente.

A fim de iniciar esse diálogo desde cedo, a criação do livro “A grandiosa História de um grão de Areia” (Silva, 2020) vem como uma ferramenta para a introdução às geociências. Um livro infantil sobre geologia para crianças não é uma iniciativa nova, porém tem tomado maior destaque ultimamente por todos os pontos descritos anteriormente.

A utilização e criação de ferramentas complementares à educação convencional devem ser encorajadas e fortalecidas, como forma de alcançarmos um patamar onde profissões como geólogo ou outro geocientista sejam tão conhecidas e valorizadas quanto outras profissões.

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1.2 . OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo principal deste trabalho é analisar de que forma o livro “A grandiosa história de um grão de Areia”, pode ser utilizado como ferramenta de introdução às geociências na educação infantil.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a)

Entender de que forma as universidades no qual o curso de geologia é ofertado têm realizado projetos com o objetivo da popularização das geociências, por meio de um questionário realizado com coordenadores de curso. Sendo estes projetos voltados a trabalhos em escolas ou para um público geral.

b) Realização de uma pesquisa com profissionais geólogos(as), docentes e discentes do curso de geologia do Brasil a fim de se ter um panorama sobre a forma do primeiro contato dos mesmo com a área, além do entendimento dos familiares sobre a profissão.

c) Fazer a introdução do livro “A grandiosa História de um Grão de Areia” a turmas do ensino infantil e seus respectivos professores, analisando de que forma a obra tem relevância no entendimento de processos geológicos simples, ou como introdução às geociências.

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2. CONCEITOS BIBLIOGRÁFICOS

2.1 EDUCAÇÃO SIGNIFICATIVA E A GEOLOGIA NO ENSINO BÁSICO

A educação significativa, base central da teoria de aprendizagem de David Ausubel (1982), tem como princípio a ideia de que o conhecimento se organiza de forma hierárquica e, que conhecimentos específicos são associados a conceitos gerais previamente obtidos pelo aluno. É importante entender que no período de divulgação da teoria de Ausubel, predominava o pensamento de que o aluno só aprendia aquilo que lhe era ensinado.

No entanto, Ausubel (1982) considera que a assimilação de conhecimentos ocorre sempre que uma nova informação interage com outra existente na estrutura cognitiva, mas não com ela como um todo; o processo contínuo da aprendizagem significativa acontece apenas com a integração de conceitos relevantes.

Isto é, a teoria de Ausubel promove a valorização de conhecimentos já adquiridos pelos alunos, promovendo uma discussão a respeito de conceitos e possibilitando uma troca entre aluno e professor. É nesse processo de troca, associação e diálogo que conseguimos formar cidadãos conscientes e participativos, salienta-se aqui a participação também da família na educação da criança para que se possa pôr em prática o que é visto na escola.

Ainda no campo da educação fora dos moldes do ensino tradicional, Paulo Freire propõe uma educação libertadora com potencial transformador, de conscientização para a liberdade, propondo uma educação para a decisão, para a responsabilidade social e política.

A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. Vai acrescentando a ela algo de que ele mesmo é o fazedor (FREIRE, 1967, p. 43).

Um processo de aprendizagem sem contextualização e ligação com a realidade do aluno só causa desinteresse e aprendizado temporário, pois sem a conexão com algo real e significativo aos estudantes é necessariamente mais difícil a assimilação daquelas informações. Tendo isto em conta, Rogers (2001), faz a seguinte consideração a respeito da aprendizagem significativa:

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“Por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimento, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência.”

A teoria de Ausubel não despreza o aprendizado por meios mecânicos, como a memorização, por exemplo. Porém, acredita que a associação desses dois meios de aprendizado é ideal para que o aluno consiga realmente guardar e entender as informações vistas.

Segundo Moreira (2013), o processo de aprendizagem significativa (vide mapa conceitual abaixo, figura 01) pode ser descrito resumidamente da seguinte forma:

• Um novo conhecimento interage com algum conhecimento prévio, especificamente relevante, e o resultado disso é que esse novo conhecimento adquire significado para o aprendiz e o conhecimento prévio adquire novos significados, fica mais elaborado, mais claro, mais diferenciado, mais capaz de funcionar como subsunçor - termo utilizado na Psicologia(Teoria da Aprendizagem Significativa-David Ausubel) para estrutura cognitiva existente, capaz de favorecer novas aprendizagens - para outros novos conhecimentos.

• Durante um certo período de tempo, a fase de retenção, o novo conhecimento pode ser reproduzido e utilizado com todas suas características, independente do subsunçor que lhe deu significado em um processo de interação cognitiva. No entanto, simultaneamente, tem início um processo de obliteração cujo resultado é um esquecimento (residual) daquele que era um novo conhecimento e que foi aprendido significativamente. Isso quer dizer que aprendizagem significativa não é sinônimo de “nunca esquecer” ou “daquilo que não esquecemos”.

• A assimilação obliteradora é a continuidade natural da aprendizagem significativa.

Mas essa obliteração não leva a um esquecimento total. Ao contrário, o novo conhecimento acaba “ficando dentro do subsunçor” e a reaprendizagem é possível e relativamente fácil e rápida.

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Silva, G. I. D. O Ensino da Geologia no Ensino Infantil: Estudo da Introdução às Geociências por meio do livro “A Grandiosa História de um Grão de Areia”

Figura 01: Mapa conceitual sobre a teoria de Educação Significativa de Ausubel.

Fonte: Moreira (2013)

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Silva, G. I. D. O Ensino da Geologia no Ensino Infantil: Estudo da Introdução às Geociências por meio do livro “A Grandiosa História de um Grão de Areia”

Conceitos como o de “educação significativa”, tem extrema valia no que tange a incorporação e ensino de geologia na educação infantil, uma vez que a associação e interpretação dos conceitos básicos encontrados nos materiais didáticos ao meio físico no qual a comunidade estudantil se encontra, facilitaria o seu aprendizado e reforçaria a assimilação de tais conceitos.

No tocante do ensino da geologia na educação básica, é importante termos alguns conceitos claros, do que seria a educação ambiental e a geologia ou geociências para o ensino. Como ideia geral a geologia seria a ciência que estuda a Terra, englobando suas transformações, estruturas e processos. Carneiro et al (2004) fala que a missão central da Geologia é entender como funciona o planeta e determinar as causas dos fenômenos e as Ciências da Terra nascem para contemplar algumas limitações dessa abordagem favorecendo concepção integradora de Geologia.

De acordo com Santana e Barbosa (1993), só no fim da década de sessenta surgiram as primeiras discussões sobre ensino da Geologia no Brasil, sendo estas voltadas para o primeiro e segundo grau, sendo o segundo grau o atual ensino médio.

Segundo Compiani (2005), provavelmente o primeiro trabalho em Geociências para o ensino básico foi de Pedemonte (1992), que descreve diversos problemas cognitivos e epistemológicos para o ensino/aprendizagem de Geologia na escola elementar. De acordo com Compiani (2005) o estudo de Pedemonte aponta as limitações e alerta para poucos pontos possíveis de serem trabalhados neste período educacional.

É fato que a quantidade de material didático englobado ao ensino básico cresceu de maneira significativa entre as décadas de cinquenta e oitenta, , passando de menos de 20%

do conteúdo oferecido nos anos para 40% nos anos 80, como aponta Imbernon et al. (1994), no entanto, atualmente a quantidade de informação a respeito das geociências no material didático oficial disponibilizado aos alunos é insuficiente para que os conceitos necessários para a compreensão básica do sistema Terra sejam absorvidos, como observado também por Silva e Souza (2020). Além do mais, pouco se explora a realidade local, regional, onde a comunidade escolar se encontra, logo tais conceitos são perdidos com o tempo ou nem mesmo são absorvidos, pois não se tem um ponto de ancoragem. Como consequência e prova disso, temos a formação de estudantes que dificilmente conseguem associar o que é visto em sala de aula a situações reais, além de professores que entendem precariamente o contexto das informações ali passadas.

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2.2 MATERIAL DIDÁTICO E O ENSINO DA GEOLOGIA NA EDUCAÇÃO PÚBLICA

Para que se possa falar sobre ensino das geociências na educação básica, é preciso que se saiba como isso está sendo feito atualmente. Porém, reforçando a ideia aqui discutida, a temática das geociências é abordada preferencialmente no ensino fundamental II e ensino médio (Bergqvist e Prestes (2014); Carneiro e Signoretti (2008); Compiani (1996) (2005); Perez et al (2015); Ponte e Piranha (2018)). Ainda reforçando a ideia da educação significativa e a importância da contextualização do conhecimento principalmente no que se diz respeito às geociências, Bacci, Oliveira e Pommer (2009) observam que "[...] falta de conhecimento específico dos temas, alguns bastante abstratos e distantes do cotidiano escolar, quando tratados em geral são desconexos, superficiais e apresentam grande dificuldade para os professores" (Bacci, Oliveira, Pommer, 2009 p. 348).

Foi feita uma pesquisa por Silva e Souza (2020), analisando os Manuais do Professor da disciplina de Ciências, utilizados na rede municipal de ensino de Natal, a fim de identificar e classificar esse conteúdo. Essa análise foi dividida nas seguintes etapas:

Figura 02: Etapas da metodologia utilizadas para a análise do material didático.

Fonte: Silva e Souza (2020)

As autoras escolheram como material de estudo a coleção Akpalô desenvolvida por Bigaiski e Sourient (2017), que deve ser utilizada em cerca de 49 escolas municipais de

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Natal pelo ensino fundamental I, e o Manual do professor por conter além do material didático do livro do aluno, as orientações didáticas propostas.

Após análise e quantificação desse material observou-se que o manual com maior quantidade de conteúdo relacionado às geociências seria o do terceiro ano e o material com a menor quantidade de informações sobre o tema seria o primeiro ano. E que desse conteúdo, 65,7% estaria no material do aluno, sendo as informações mais científicas encontradas nas observações didáticas dos livros dos professores, sendo elas tidas como conhecimento base e formador para os mesmos, e por vezes único material utilizado para base da aula. Ainda como resultado da análise, observou-se que 39,4% do material identificado se apresentou em forma de imagens, tendo estas, papel muito importante na educação de crianças tendo em vista que o recurso visual ajuda a assimilação do conhecimento.

É possível reconhecer com a pesquisa de Silva e Souza (2020) que existe informação sobre as geociências no material didático das crianças alvo do estudo, sendo este 18,13% de todo o material estudado. No entanto como também é concluído pelas autoras, cabe um trabalho de complementação desse conteúdo com material de apoio e mesmo uma melhor formação dos professores nesta área a fim de que os mesmos consigam assim associar aspectos regionais aos exemplos discutidos no material didático.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização deste trabalho, seguiremos três etapas principais, descritas no fluxograma abaixo e posteriormente a análise do resultado de cada uma delas.

Figura 03: Fluxo da metodologia adotada para a realização do trabalho.

3.1 QUESTIONÁRIOS

O questionário, segundo Gil (1999, p.128), pode ser definido “como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”. Assim, nas questões de cunho empírico, é o questionário uma técnica que servirá para coletar as informações da realidade, tanto do empreendimento quanto do mercado que o cerca, e que serão basilares na construção do TCC, Chaer et al (2011).

Tendo em vista a análise feita por Gil (1999) sobre os pontos positivos e negativos do uso de questionários como método de coleta de dados e da tabela discriminatória de tipos de coletas de dados elaborada por Ribeiro (2008, p. 13), ilustrada abaixo (Figura 4), a

01. Questionário para Profissionais

e Estudantes das Geociências

02. Questionário para Coordenadores de

Curso e Estudante Representantes de

Universidades

03. Análise do

Livro como

material de apoio

no Ensino Infantil

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metodologia de uso de questionários mostrou-se a mais apropriada para o presente trabalho.

Figura 04: Tabela metodologias de coleta de Dados para pesquisa. Ribeiro (2008).

Quanto aos pontos fortes e fracos apresentados por Ribeiro (2008), sobre a metodologia escolhida. Observa-se que para o primeiro questionário, mesmo com a utilização da internet como meio de comunicação e de envio do questionário houve uma grande dificuldade para a coleta de dados suficientes e estatisticamente relevantes. No entanto, em ambos os questionários as respostas foram de fácil conversão em dados para a análise, como gráficos e tabela, e no caso do segundo questionário foi possível obter um bom n[úmero de respostas com uma considerável diversidade de respondentes.

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A fim de entendermos alguns aspectos da atual percepção da geologia pelo círculo mais próximo ao estudante e profissional da geologia, no caso a família, foi realizada uma pesquisa através da ferramenta Google Formulários, de forma que pudesse atingir um maior número de pessoas, já que é feita online e pode ser acessada por diferentes aparelhos (smartphone, computadores, tablet, entre outros).

No que tange o papel das universidades na disseminação do conhecimento geológico, foi feito uma coleta de dados por meio de um questionário (anexo 01), também feito através da ferramenta Google Formulários, enviado aos coordenadores de curso das universidades, representantes da Executiva Nacional de Estudantes de Geologia (ENEGE) e chefes de departamento. Salientando que as universidades participantes foram aquelas que oferecem o curso de geologia, que de acordo com a Sociedade Brasileira de Geologia são 32 cursos de Geologia e 3 de Engenharia Geológica distribuídos em 18 estados, sendo Minas Gerais e Rio Grande do Sul os que concentram a maior quantidade de cursos (SBG, 2020). O questionário visa entender quais, como funcionam e quantos são os projetos desenvolvidos pelas escolas a fim de divulgar as geociências para a comunidade local, podendo ser estes de qualquer natureza (multidisciplinares ou não), abrangendo a questão da popularização das geociências.

A segunda pesquisa/formulário conta com cinco perguntas (ver anexo 02), que buscam identificar, classificar e conhecer a respeito do conhecimento de cada entrevistado no que diz respeito ao seu contato inicial com as geociências.

3.2 CRIAÇÃO, ESCRITA E ILUSTRAÇÃO DO LIVRO

Para a criação do livro “A grandiosa história de um grão de areia” (figura 05), foram levados em consideração alguns fatores, como a simplicidade da escrita e da construção da narrativa, a introdução de novos conceitos e termos geológicos simples e, a sequência dos acontecimentos; ou seja, a história a fim de ser uma introdução à geologia e às geociências deveria partir de conceitos básicos e iniciais para entendimento posterior de conceitos mais complexos e conseguir gerar na mente do leitor uma base para a compreensão do sistema Terra.

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Figura 05: Capa e verso do livro “A Grandiosa História de um grão de areia”.

O livro é voltado para o público infantil, crianças que frequentam educação básica, compreendendo a faixa entre seis a dez anos de idade. Utiliza de linguagem informal na sua narrativa e foi disponibilizado de maneira digital, através de um pdf e também em formato impresso. A impressão do livro foi possível devido à uma campanha de financiamento coletivo por meio da plataforma CATARSE.

As ilustrações do livro foram desenvolvidas e executadas de forma digital, por meio da ferramenta Corel Painter 6 com a utilização de uma mesa digitalizadora. Toda a diagramação e formatação do livro foi feita através do programa Word 2013.

É importante salientar também que pensando no público-alvo do livro e do objetivo dele, durante a construção da história, muitos dos processos foram bastante simplificados, sendo assim não mostram com total acurácia como ocorrem na natureza, porém serve seu propósito de introdução dos conceitos.

Pensando em uma forma de tornar a experiência um pouco mais científica e dar suporte à pais e professores que utilizarem o livro, foi feita uma adição posterior de um glossário, que explica e faz referência aos processos implícitos no decorrer da história (anexo 03).

(25)

3.3 ANÁLISE DO LIVRO COMO MATERIAL DE APOIO NO ENSINO INFANTIL

A terceira etapa do trabalho busca entender de que maneira o livro “A grandiosa História de um grão de areia” conversa com as crianças que se encontram no estágio do ensino infantil, tendo como público-alvo crianças de 5 a 10 anos, de modo que elas entendam alguns processos geológicos básicos e assim possa servir de introdução a geologia. Também poder compreender de que maneira a utilização da história pode servir de ferramenta para os professores dessa faixa etária. Nessa etapa será feita uma análise de trechos do livro e ilustrações do mesmo a fim de extrair as informações que possam ser percebidas pelo leitor e o objetivo da autora.

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4.RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 PESQUISA COM COORDENADORES DE CURSO E/OU ALUNOS REPRESENTANTES

A pesquisa foi feita através do Google Formulários com 08 perguntas (anexo 01), obteve-se 26 respostas, sendo estas de 20 instituições de ensino diferentes que ofertam os cursos técnico e de nível superior de geologia (respostas obtidas na pergunta de número dois do formulário), representando 62,5% de um total de 32 universidades que ofertam o curso superior em geologia, segundo à página oficial da Sociedade Brasileira de Geologia.

As universidades participantes da pesquisa foram:

1. Universidade Federal do Amazonas (UFAM), 2. Universidade Federal da Bahia (UFBA), 3. Universidade Federal do Ceará (UFC), 4. Universidade Federal de Goiás (UFG),

5. Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), 6. Universidade Federal do Pará (UFPA),

7. Universidade Federal do Paraná (UFPR),

8. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 9. Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 10. Universidade Federal de Sergipe (UFS),

11. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), 12. Universidade Federal de Uberlândia (UFU),

13. Universidade Estadual Paulista (UNESP), 14. Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), 15. Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), 16. Universidade de Brasília (UnB),

17. Universidade de Belo Horizonte (UniBH),

18. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), 19. Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB),

20. Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

Tendo as universidades Federais da Bahia, Amazonas e UNIFESSPA recebido duas respostas.

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A pesquisa foi aberta para membros representantes da Executiva Nacional dos Estudantes (discentes do curso de geologia que fazem parte da Executiva), Alunos representantes (presidentes de centros acadêmicos), Coordenadores do curso de geologia e Docentes. Tendo recebido resposta de 03 alunos representantes, 04 membros representantes da ENEGE, 08 coordenadores de curso e 11 docentes (referente a primeira pergunta do questionário, que trata da identificação do entrevistado). A composição do grupo respondente pode ser melhor observada no gráfico abaixo (gráfico 01).

Gráfico 01: Identificação dos respondentes da primeira pesquisa, referente à classe.

É importante salientar que a princípio a pesquisa seria destinada apenas aos coordenadores de curso das universidades, no entanto, com a dificuldade enfrentada em conseguir resposta por parte dos mesmos, a pesquisa foi aberta aos demais grupos da pesquisa. Isso reflete nos resultados do gráfico acima, onde os coordenadores de curso representam um número menor que o de docentes, por exemplo.

De acordo com as respostas da terceira pergunta do questionário, apenas 01 das 20 instituições participantes da entrevista não desenvolve nenhuma atividade de popularização das geociências.

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A quarta pergunta que se refere ao público alvo dessas ações obteve 19 respostas (levando-se em consideração que a pergunta não era de resposta obrigatória). Tendo 05 universidades ações voltadas para o ensino básico (público infantil), 11 para o ensino fundamental II e médio e 06 ações são para a comunidade como público em geral, sendo uma dessas cinco para uma classe específica (Guias e condutores), e tendo a Universidade de Pernambuco ações distintas que abrangem os três públicos, tal distribuição se observa no gráfico 02.

O que reforça o atual panorama, como será discutido melhor nas seções posteriores, onde o ensino das geociências está voltado para o ensino médio, sendo a educação básica de certa forma esquecida por tais ações.

Além disso, 100% dos entrevistados acredita que projetos como esse tem grande importância para a desmistificação da Geologia e instrução da comunidade, tendo também um papel muito importante no uso em sala de aula.

Gráfico 02: Público-alvo das ações desenvolvidas pelas universidades respondentes.

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E das 20 instituições participantes, apenas 05 desenvolvem as ações em conjunto com outros departamentos. O que também é um dado muito importante, tendo em vista que ações de extensão tem o papel de integralização e comunicação com o exterior à universidade, sendo assim, outros departamentos de outras áreas como Comunicação, Marketing, Publicidade, Pedagogia e etc. poderiam somar à tais ações de maneira muito relevante.

Na tabela abaixo está listada cada universidade respondente e a atividade informada pelo entrevistado:

UFAM – Universidade Federal do Amazonas

Programa de Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX) - Ações em escolas.

Popularização e divulgação da geodiversidade urbana da cidade de Manaus com foco no conteúdo fossilífero em rochas ornamentais encontradas em monumentos e pontos históricos/turísticos.

UFBA – Universidade Federal da Bahia MUGEO (Museu de Geociências da UFBA) UFC – Universidade Federal do Ceará Terra em Movimento: Exposições itinerantes

– Alunos do Ensino Médio.

UFG – Universidade Federal de Goiás Projeção de filmes relacionados às Geociências em praça pública.

UFPA – Universidade Federal do Pará Feiras vocacionais em escolas publicas UFPR – Universidade Federal do Paraná Aulas para alunos do ensino fundamental I e

capacitação de professores da rede pública.

UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina -

UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte Geologia no Parque e Aulas de Geologia para alunos do ensino fundamental.

UNIFESSPA - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará Dia do geólogo: Mostras de minerais, rochas e fósseis para os estudantes de todos os anos do ensino básico e técnico.

UFU – Universidade Federal de Uberlândia Projeção de filmes relacionados às Geociências em praça pública.

UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa Evento Anual de extensão para a comunidade chamado “Geo Dia”.

UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos Visitas guiadas ao Museu da História Geológica - Fundamental I

UnB – Universidade de Brasília Mostra Sismológica do Observatório de Sismologia.

UniBH – Centro Universitário de Belo Horizonte - IFRN – Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Há projeto de acessibilidade (Apae) e formação de professores a partir do Museu de Minérios do Rio Grande do Norte.

Divulgando a geodiversidade e a conservação do patrimônio geológico.

UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e

Mucuri São feiras de minerais e rochas e trabalhos

junto à comunidade garimpeira.

UNESP – Universidade Estadual Paulista Projeto de extensão que envolvem o Museu de Paleontologia e o Museu de Mineralogia (UNESP, campus de Rio Claro, IGCE).

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Criação de geositios (Pedreira Partecal de Assistência, Rio Claro) e geoparque (Projeto Geopark Corumbataí)

UFS – Universidade Federal de Sergipe Geologia na Escola. Onde levamos discentes para falar sobre a geologia para alunos do Ensino Médio.

UFOPA – Universidade Federal do Oeste do Pará

O projeto levaaos alunos da educação básica e à comunidade em geral, conhecimentos sobre a Geologia e as demais áreas de conhecimento das Ciências da Terra, além de expor os trabalhos que o curso de Geologia vem elaborando e contribuindo na problemática da região.

(31)

4.2 PESQUISA COM ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DA ÁREA DAS GEOCIÊNCIAS

A pesquisa obteve no total 138 respostas, no entanto, a pergunta referente ao gráfico 04 obteve 136 respostas, dado que não havia obrigatoriedade de resposta em todas as questões do formulário. A pesquisa foi divulgada por meio das redes sociais, grupos de estudantes e profissionais da área e rede de contatos de instituições estudantis.

A primeira etapa da pesquisa consiste na identificação dos voluntários e classificação dos mesmo de acordo com o envolvimento atual nas geociências.

De acordo com o gráfico 03, a maioria das respostas vieram de estudantes de geologia, abrangendo graduação e pós-graduação, totalizando 66,7% (92 respostas), seguido de profissionais geólogos(as) com 28,3% (39 respostas), e docentes, com 5,1% (7 respostas).

Gráfico 03: Refere-se à categorização dos entrevistados em classes (estudantes, docentes ou profissionais da área.)

Analisando o quarto gráfico, percebemos que a maioria dos entrevistados tiveram seu primeiro contato com a geologia, seja ele na escola ou por outro meio, na fase do ensino médio/técnico (aqui trataremos os dois como uma só categoria, já que ocorrem geralmente

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integrados), seguido por contato por meio de amigos ou familiares que já eram da área das geociências, e por último, no ensino infantil/fundamental.

Gráfico 04: Gráfico relativo à fase escolar dos entrevistados no seu primeiro contato com a Geologia.

Logo, no gráfico 05, podemos ver que a faixa de idade no qual a maior parte dos candidatos teve esse contato foi entre 14 e 17 anos de idade (o que condiz com as respostas do gráfico de número 02). Sendo a distribuição dada a seguinte: 14 anos: 14 respostas; 15 anos: 21 respostas, 16 anos: 10 respostas, 17 anos: 24 respostas. Também é importante levar em consideração a idade de 12 anos, que obteve 10 respostas. Tendo as outras faixas etárias obtido menos que 10 respostas, como é possível observar no gráfico.

Essa questão obteve 136 respostas.

Com as respostas obtidas nesse gráfico, temos a confirmação do que já é dito em outros estudos e a reafirmação de uma realidade que vem desde a década de sessenta com o início das discussões do ensino das geociências no Brasil. O foco desse ensino tendo ainda como público principal os alunos do ensino fundamental II e médio, e tendo os estudantes do ensino básico o menor enfoque para esse tipo de ensino.

(33)

Gráfico 05: Relação de idade dos entrevistados a respeito do seu primeiro contato com a Geologia.

No gráfico 06, foi perguntado aos entrevistados se durante o período de sua infância havia ocorrido algum contato ou conhecimento de algum livro que mencionasse a geologia como uma ciência em si ou sobre a profissão de geóloga(o). Um pouco mais que a metade dos entrevistados não teve nenhum contato com algum material do tipo, somando 54,3% de respostas negativas e 45,7% de respostas positivas.

Ainda se tratando sobre o conhecimento a respeito das Geociências, foi perguntado aos entrevistados a respeito da intimidade com as geociências e/ou da profissão geóloga(o) por parte da família antes de o entrevistado adentrar à universidade para cursar a graduação. Observou-se que 69,6% das famílias dos entrevistados a responderem à questão não conheciam ou sabiam as competências do profissional até o momento do ingresso à universidade, e que, 30,4% já conheciam. Vide Gráfico 07.

(34)

Gráfico 06: Pesquisa relacionada ao conhecimento de algum material didático que mencionasse a geologia especificamente, como ciência ou profissão durante a infância.

Gráfico 07: Pergunta de identificação do conhecimento sobre Geologia como ciência ou profissão no período em que o curso/profissão foi escolhido pelo entrevistado.

Nesse cenário, fica mais clara uma realidade onde a comunidade fora do meio acadêmico tem pouco ou nenhum conhecimento sobre geologia ou as competências do profissional geólogo, se tornando mais difícil um diálogo com as mesmas em situações mais complexas, como por exemplo a aprovação de leis que enfraquecem a classe geocientífica ou a importância da atuação do geólogo em diversas áreas da sociedade.

(35)

4.3 INTRODUÇÃO DO LIVRO “A GRANDIOSA HISTÓRIA DE UM GRÃO DE AREIA” COMO MATERIAL DE APOIO EM SALA DE AULA PARA ALUNOS DO ENSINO INFANTIL

O livro desempenha um papel de ser por vezes o primeiro contato com o que é geologia. Pois como visto anteriormente, o ensino fundamental I, principalmente das escolas públicas do Brasil, carece de materiais didáticos que abordem geologia como uma ciência.

A história põe como narrador um grão de areia, e essa escolha, assim como o título do livro, tem como objetivo mostrar no decorrer da experiência da leitura a complexidade e grandiosidade de pequenas partes da natureza. Criando também uma noção de reconhecimento à importância de diferentes partes do ecossistema.

O livro trata da história de um grão de areia e sua jornada desde o centro da Terra, falando sobre sua estrutura, movimento de convecção do magma, erupções vulcânicas e tipos de vulcões, intemperismo químico e físico, transporte e lixiviação. A história é completamente ilustrada com imagens que contribuem na compreensão do que é escrito no texto, não necessariamente de forma literal, já que é mais adequado que a criança possa fazer uma associação mais livre. No entanto, estes conceitos e explicação dos processos se encontram de maneira implícita e lúdica no texto, sendo de responsabilidade do professor fazer a abordagem de maneira mais científica, se tratando de um conceito de sala de aula, para isso é necessário que entenda de maneira clara como funcionam tais processos. E, tratando-se da aprendizagem significativa, que o professor seja capaz de utilizar a história para fazer conexões com exemplos locais e paisagens conhecidas pelos alunos.

Logo no início da história somos convidados a questionar, aguçar a curiosidade e buscar entender como as coisas acontecem à nossa volta, como o planeta em que vivemos

“acontece” e funciona, vide trecho abaixo. Esse seria o conceito mais básico do que é ser um(a) geólogo(a), questionar o sistema Terra e buscar compreender os processos e as estruturas que fazem com que a mesma funcione, a fim de explicá-los e também utilizar essa compreensão de forma que possamos extrair da melhor maneira possível seus recursos ao mesmo tempo em que conseguimos preservá-los.

“Já imaginou de onde vêm as coisas? Não, não falo do ovo que vem da galinha ou do leite que

(36)

vem das vaquinhas… Falo do mundo, do mar, dos desertos...”

Silva (2020) O processo de ilustração da história tem um papel importantíssimo para o produto, podendo possibilitar uma maior compreensão do leitor com a utilização do recurso visual.

Tratando-se de um livro infantil, a ilustração tem como papel não só a complementação do texto, mas também, tornar a história mais atrativa e manter o foco da criança no que se está aprendendo.

No exemplo da ilustração abaixo (figura 06), além de fortalecer o que é dito no texto também fica implícito os horizontes do solo, assunto que é tratado mais tarde na educação fundamental.

Figura 06: Horizontes do solo. Ilustração do livro, pág.17.

Para essa etapa da construção do livro, foi levado em consideração não só o texto, mas de que forma a imagem poderia ser interpretada por si só, além disso a influência das

(37)

cores em transmitir sentimentos ao leitor como na figura 07, que tem o objetivo de demonstrar equilíbrio, sendo assim utiliza-se a cor azul com predominância.

Figura 07: Ilustração do livro. Página 51.

As referências aos processos geológicos inseridos na narrativa são postas de forma subjetiva, porém tem o intuito de criar na cabeça da criança essa “fundação” a fim de que com a prática dos conceitos de educação significativa, essas referências e memória sirvam subsunçores para o aprendizado mais formal e científico desses conceitos.

A exemplo disso, na página 14 do livro, introduzimos o conceito de tempo geológico, conceito esse que é explicado no glossário do livro (anexo 03), neste trecho (transcrito abaixo), além de exemplificar a dimensão do tempo geológico com “milhões de anos”, também é possível começar a entender a ideia de transformação, que é explorada com o desenvolvimento da história.

“Milhões de anos atras, isso mesmo, milhões!

Nem parece né?! Eu sei, o tempo não passa da mesma forma para todos nós. Pois bem, há milhões de anos eu era diferente, assim como você era diferente quando estava na barriga da

(38)

sua mãe ou quando era um bebêzinho no colo do seu pai”

Silva (2020)

A partir desse ponto da história começamos a falar da estrutura da Terra de maneira mais direta, nomeando cada parte e exemplificando com uma ilustração (figura 08) essas partes, assim, damos início a um discurso propriamente mais geológico, e com um assunto que é visto também posteriormente no ensino fundamental II.

Figura 08: Ilustração do livro retratando a estrutura da Terra. Página 25.

Em resumo, levando em consideração que o processo de escrita e ilustração de um livro infantil é de certa forma subjetivo, a construção dessa história foi pensada de forma que processos geológicos reais e fundamentais fossem transmitidos na narrativa, sem que a história perdesse o seu viés lúdico de forma a atrair o interesse da criança e facilitar o trabalho dos pais e professores.

A recomendação é que o livro seja utilizado em sala de aula por professores do ensino básico, com uma leitura comentada em conjunto com os alunos, de forma que com o decorrer das passagens de texto se possa fazer associações com a paisagem local, conhecida pelos estudantes. Desta forma se cria um link direto entre narrativa e realidade.

(39)

5. CONCLUSÃO

De acordo com o trabalho desenvolvido, é visível a dificuldade que a comunidade acadêmica ainda enfrenta em transmitir a pesquisa e o conhecimento adquirido e desenvolvido dentro das universidades para a comunidade na qual a mesma se encontra.

Sendo assim, iniciativas que visam a popularização das geociências tem um papel cada vez mais importante, na manutenção do trabalho acadêmico, possibilitando que a população enxergue a necessidade e importância de tal trabalho.

O livro “A Grandiosa história de um grão de areia”, cumpre seu papel no que diz respeito a ser uma ferramenta na introdução de um público infantil às geociências. Tendo sua construção pensada com tal objetivo. A fim de conquistarmos e educarmos o público- alvo escolhido e pretendido em qualquer ação do tipo, é necessário que adaptemos nosso trabalho de forma que o mesmo se torne atrativo e eficaz no seu propósito. O livro não só se utiliza de uma linguagem acessível, como também faz uso de situações cotidianas e figuras que podem se relacionar com boa parte da população.

É fato que ações com o objetivo de popularizar as geociências vem crescendo diariamente, no entanto, quando olhamos para a realidade em que nos encontramos é possível perceber que ainda há um longo caminho a se percorrer. Ações como essas devem ser reforçadas, ainda mais para o público infantil e de comunidades carentes, tendo em vista que o curso de geologia ainda é bastante elitizado e por diversos fatores, sendo um deles a falta de conhecimento do mesmo pela comunidade, um curso bastante inacessível.

(40)

6. ANEXOS

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ANEXO 01

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(43)

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ANEXO 02

(45)
(46)

ANEXO 03

(47)
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7. REFERÊNCIAS

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