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Base e Dimensão de um espaço Vetorial

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Academic year: 2022

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Base e Dimensão de um espaço Vetorial

ZAB0161 – “Álgebra linear com aplicações em geometria analítica”

Prof. Dr. Jorge Lizardo Díaz Calle

Dpto. de Ciências Básicas – FZEA – USP 16 de abril de 2020

(2)

4. Base de um espaço vetorial

Definição: Seja 𝐸 um espaço vetorial.

Um conjunto de vetores 𝑆 = 𝑢

1

, 𝑢

2

, … , 𝑢

𝑛

⊂ 𝐸 é uma base de 𝑬, se:

a. 𝑆 gera o espaço 𝐸 , e

𝑆 = 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 (𝐸, ⨁, ⨂)

𝑢 = 2𝑢3 − 3𝑢1 + 𝑢𝑛 𝑤

𝑣 = 2𝑢1 + 3𝑢2 𝑦

𝑧 𝑥

(3)

4. Base de um espaço vetorial

Definição: Seja 𝐸 um espaço vetorial.

Um conjunto de vetores 𝑆 = 𝑢

1

, 𝑢

2

, … , 𝑢

𝑛

⊂ 𝐸 é uma base de 𝑬, se:

a. 𝑆 gera o espaço 𝐸 , e

b. 𝑆 é linearmente independente (L.I.).

𝑆 = 𝑢1, 𝑢2, … , 𝑢𝑛 (𝐸, ⨁, ⨂)

𝑢 = 2𝑢3 − 3𝑢1 + 𝑢𝑛 𝑤

𝑣 = 2𝑢1 + 3𝑢2 𝑦

𝑧 𝑥

𝑆 é LI

(4)

4. Base de um espaço vetorial

Exemplo 1: 𝑆 = 𝑡 + 2, 𝑡

2

− 9,2𝑡 − 4 + 3𝑡

2

é uma base de 𝑃

2

. (Vide exemplo 3 do conceito 3.)

Exemplo 2: 𝑆 = −2,0, −6 , 1, −2,1 , 1,0,3 não é base de ℝ

3

, pois não é gerador de ℝ

3

e também não é LI.

Exemplo 3: 𝑆 = −2, −5 , 1, −2 , 0,3 não é

base de ℝ

2

. 𝑆 é gerador de ℝ

2

, mas não é LI.

(5)

4. Base de um espaço vetorial

Verificar, se um conjunto de vetores 𝑆 é uma base de

um espaço vetorial 𝐸 , envolve duas combinações

lineares, de

(6)

4. Base de um espaço vetorial

Verificar, se um conjunto de vetores 𝑆 é uma base de um espaço vetorial 𝐸 , envolve duas combinações lineares, de

a. ser gerador: para todo 𝑣 ∈ 𝐸 devem existir

𝑐

1

, 𝑐

2

, … , 𝑐

𝑛

talque 𝑣 = 𝑐

1

𝑢

1

+ 𝑐

2

𝑢

2

+ ⋯ + 𝑐

𝑛

𝑢

𝑛

b. ser LI: se 0 = 𝑑

1

𝑢

1

+ 𝑑

2

𝑢

2

+ ⋯ + 𝑑

𝑛

𝑢

𝑛

,

necessariamente 𝑑

1

= 0, 𝑑

2

= 0, … , 𝑑

𝑛

= 0.

(7)

4. Base de um espaço vetorial

Verificar, se um conjunto de vetores 𝑆 é uma base de um espaço vetorial 𝐸 , envolve duas combinações lineares, de

a. ser gerador: para todo 𝑣 ∈ 𝐸 devem existir

𝑐

1

, 𝑐

2

, … , 𝑐

𝑛

talque 𝑣 = 𝑐

1

𝑢

1

+ 𝑐

2

𝑢

2

+ ⋯ + 𝑐

𝑛

𝑢

𝑛

b. ser LI: se 0 = 𝑑

1

𝑢

1

+ 𝑑

2

𝑢

2

+ ⋯ + 𝑑

𝑛

𝑢

𝑛

,

necessariamente 𝑑

1

= 0, 𝑑

2

= 0, … , 𝑑

𝑛

= 0.

Nota: Por estar considerando juntas as duas

combinações devemos diferenciar os coeficientes.

(8)

4. Base de um espaço vetorial

Exemplo 4: Seja o sistema homogêneo 𝐴𝑋 = 0 𝐴 =

1 −1 2

−3 3 −6

−2 2 −4

O conjunto solução é um espaço vetorial:

𝑆 =

𝑎 − 2𝑏 𝑎

𝑏

/ 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ Formamos o conjunto de três soluções δ =

2 2 ,

3 5 ,

3

1 . 𝛿 é uma base de 𝑆 ?

(9)

4. Base de um espaço vetorial

Devemos verificar que 𝛿 é gerador de 𝑆 e é LI.

(10)

4. Base de um espaço vetorial

Devemos verificar que 𝛿 é gerador de 𝑆 e é LI.

a. 𝛿 é gerador de 𝑆 ?

para todo 𝑣 ∈ 𝑆 devem existir 𝑐

1

, 𝑐

2

, 𝑐

3

talque 𝑣 = 𝑐

1

2 2 0

+ 𝑐

2

3 5 1

+ 𝑐

3

3 1

−1

(11)

4. Base de um espaço vetorial

Devemos verificar que 𝛿 é gerador de 𝑆 e é LI.

a. 𝛿 é gerador de 𝑆 ?

para todo 𝑣 ∈ 𝑆 devem existir 𝑐

1

, 𝑐

2

, 𝑐

3

talque 𝑣 = 𝑐

1

2 2 0

+ 𝑐

2

3 5 1

+ 𝑐

3

3 1

−1 b. 𝛿 é LI ?

se 0 0 0

= 𝑑

1

2 2 0

+ 𝑑

2

3 5 1

+ 𝑑

3

3 1

−1

então,

necessariamente 𝑑 = 0, 𝑑 = 0, 𝑑 = 0.

(12)

4. Base de um espaço vetorial

Vamos apresentar um processo simplificado para determinar se um conjunto é base.

Observar: os dois sistemas a serem resolvidos são (gerador)

𝑎 − 2𝑏 𝑎

𝑏

=

2 3 3 2 5 1 0 1 −1

𝑐

1

𝑐

2

𝑐

3

(LI)

0 0 0

=

2 3 3

2 5 1

0 1 −1

𝑑

1

𝑑

2

𝑑

3

.

Mesma matriz. Podemos resolver simultaneamente.

(13)

4. Base de um espaço vetorial

Matriz estendida

2 3 3 2 5 1 0 1 −1

|

|

|

𝑎 − 2𝑏 𝑎

𝑏

|

|

| 0 0 0

1 0 3 0 1 −1 0 0 0

|

|

|

1

2 𝑎−5𝑏

𝑏 0

|

|

| 0 0 0

.

Existem infinitas soluções. 𝛿 é gerador (existir), mas 𝛿 não é LI, pois a solução devia ser única.

𝛿 não é base de 𝑆 .

(14)

4. Base de um espaço vetorial

Exemplo 5: Seja o sistema homogêneo 𝐴𝑋 = 0 𝐴 =

1 −1 2

−3 3 −6

−2 2 −4

O conjunto solução é um espaço vetorial:

𝑆 =

𝑎 − 2𝑏 𝑎

𝑏

/ 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ Formamos o conjunto de três soluções δ =

1 1 ,

−2

0 . 𝛿 é uma base de 𝑆 ?

(15)

4. Base de um espaço vetorial

Devemos verificar que 𝛿 é gerador de 𝑆 e é LI.

a. 𝛿 é gerador de 𝑆 ?

para todo 𝑣 ∈ 𝑆 devem existir 𝑐

1

, 𝑐

2

talque 𝑣 = 𝑐

1

1 1 0

+ 𝑐

2

−2 0 1 b. 𝛿 é LI ?

se 0 0 0

= 𝑑

1

1 1 0

+ 𝑑

2

−2 0 1

então,

necessariamente 𝑑 = 0, 𝑑 = 0.

(16)

4. Base de um espaço vetorial

Observar: os dois sistemas a serem resolvidos são (gerador)

𝑎 − 2𝑏 𝑎

𝑏

=

1 −2 1 0 0 1

𝑐

1

𝑐

2

(LI)

0 0 0

=

1 −2 1 0 0 1

𝑑

1

𝑑

2

.

Resolvendo simultaneamente.

1 −2 1 0 0 1

|

|

|

𝑎 − 2𝑏 𝑎

𝑏

|

|

| 0 0 0

1 0 0 1 0 0

|

|

| 𝑎 𝑏 0

|

|

|

0

0

0

(17)

4. Base de um espaço vetorial

Também temos 0 = 0, mas não temos infinitas soluções.

A primeira solução dá 𝑐

1

= 𝑎 e 𝑐

2

= 𝑏 (existem) portanto é gerador de 𝑆.

A segunda solução dá 𝑑

1

= 0 e 𝑑

2

= 0 (única solução) portanto é um conjunto LI.

Concluimos que 𝛿 é base de 𝑆 .

(18)

5. Dimensão de um espaço vetorial

Definição: Seja 𝐸 um espaço vetorial.

Se o conjunto de vetores β ⊂ 𝐸 é uma base de 𝐸 , o

número de elementos da base β é a dimensão

do espaço vetorial 𝐸 .

(19)

5. Dimensão de um espaço vetorial

Definição: Seja 𝐸 um espaço vetorial.

Se o conjunto de vetores β ⊂ 𝐸 é uma base de 𝐸 , o número de elementos da base β é a dimensão do espaço vetorial 𝐸 .

No último exemplo 5, vimos que δ =

1 1 0

,

−2 0 1 é base do espaço vetorial 𝑆 =

𝑎 − 2𝑏 𝑎

𝑏

/ 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ

Portanto, a dimensão de 𝑆 é dois: dim 𝑆 = 2.

Referências

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