“O MAR – que Potencial para o Desenvolvimento do País”
OCEANO XXI
4ª Edição do Fórum do Mar
Matosinhos, 28 de Maio de 2014
OCEANO XXI
1. ENQUADRAMENTO: Mar, Recursos e Geopolítica
2. O CASO DE PORTUGAL: País – Arquipélago no Atlântico
SUMÁRIO
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28 Maio 2014 Oceano XXI António Costa Silva - Presidente da Comissão Executiva
1. ENQUADRAMENTO: Mar, Recursos e Geopolítica
OCEANO XXI
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28 Maio 2014 Oceano XXI António Costa Silva - Presidente da Comissão Executiva
A GEOPOLÍTICA e a
ECONOMIA
. Efeitos da
globalização
. Declínio do Estado-
Nação
. Emergência de Novos
Actores
. Transferência parcial
do poder financeiro
. Crise global do
sistema capitalista
AS AMEAÇAS
GLOBAIS
. Climática (migrações)
. Terrorismo
. Pirataria
. Estados falhados
. Colapso da ordem em
zonas do Globo
. Proliferação Nuclear
. Armas de destruição
maciça
OS RECURSOS
. Recursos cada vez
mais escassos
. Intensificação da luta
pelos recursos:
- Minerais
- Energéticos
- Alimentares
- Água
. Controle de matérias-
primas estratégicas
Para onde vai PORTUGAL?
PORTUGAL NA ENCRUZILHADA: COMO ACTUAR NO MUNDO DE HOJE?
PRODUCTION of SELECTED COMMODITIES, 1950, 1975, and 2000
(in thousand metric tons, unless otherwise noted)
PRODUCTION PERCENT
INCREASE
1950 - 2000
1950 1975 2000
Bauxite 8,370 25,401 135,000 1,513
Cobalt 7 30 33 371
Copper 2,645 6,960 13,200 399
Iron ore 250,000 887,389 1,061,148 324
Nickel 146 787 1,250 756
Titanium 814 3,298 5,187 537
Crude oil (billion barrels) 3,8 19,5 27,3 618
Natural gas (trillion cubic feet) 7,2 55,8 85,1 1,082
Source: 21st World Upstream Conference Global Pacific & Partners
Major Oil and Gas Discoveries in the Atlantic
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28 Maio 2014 Oceano XXI António Costa Silva - Presidente da Comissão Executiva
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28 Maio 2014 Oceano XXI António Costa Silva - Presidente da Comissão Executiva
MAKE LAW, NOT WAR: THE SEA BORDERS
AT THE CENTRE OF LEGAL DISPUTES
The Economist, 25th August 2012
AS FRONTEIRAS MARÍTIMAS no MEDITERRÂNEO ORIENTAL
Fonte: Noble Energy
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2. O CASO DE PORTUGAL: País – Arquipélago no Atlântico
Oceano XXI António Costa Silva - Presidente da Comissão Executiva
PORTUGAL: ZEE e Extensão da
Plataforma Continental
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Fonte: PÚBLICO, 09.09.2013
QUESTÕES
•
ESPANHA: contesta a classificação
como ilhas
•
Ilhas: porções de terra emersa de
origem vulcânica ou sedimentar
•
Área pequena: Atóis são ilhas
•
SELVAGENS: 2.5 Km
2Área
•
BERLENGAS: 0.9 Km
2Área
•
CHAVE: as SELVAGENS têm uma linha
de BASE normal para definir espaços
marítimos?
•
Convenção UNCLOS 1982 e Artigo 5º
•
Artigo 6º: “No caso de ilhas situadas em
Atóis ou em cadeia de recifes, a linha
de BASE para medir a largura do Mar
Territorial é a linha de Baixa-Mar dos
recifes, que se encontram do lado do
mar…”
•
CLARIFICAR: as SELVAGENS têm linha
de BAIXA-MAR?
SELVAGENS: ILHAS ou ROCHEDOS?
28 Maio 2014
14 28 Maio 2014
SOLWARA COPPER GOLD PROJECT in PAPUA NEW GUINEA
by Nautilus Minerals
- OCEAN MINING -
Oceano XXI António Costa Silva - Presidente da Comissão Executiva
2010+
Automation / i-Field
PORTUGAL no SÉCULO XXI
Seis pilares de uma NOVA IDEIA ESTRATÉGICA para PORTUGAL
PORTUGAL PAÍS - ARQUIPÉLAGO E A ZEE COMO ÂNCORA
. Desenvolvimento dos Recursos Minerais
- Sulfuretos polimetálicos
- Crostas de níquel e cobalto
- Manganês
- Campos hidrotermais
. Aliança com a Alemanha/EUA
. Criação de novos pólos de desenvolvimento
. Criação de riqueza
. Fortalecer know-how nacional (Universidades/ Empresas/R&D)
PORTUGAL NA VALORIZAÇÃO DO DEEP-OFFSHORE
. Mapeamento e desenvolvimento dos recursos de petróleo, gás e hidratos de Metano
. Bacias de Peniche/Alentejo/Algarve
. Aliança com o Brasil (Petrobrás) e Noruega (Statoil)
. Criação de novo pólo de desenvolvimento industrial
. Aumento significativo da segurança energética do país
. Criação de MODELO de geração eléctrica e térmica baseado em recursos endógenos
. Reforço do Sistema Nacional de Monitorização dos impactos ambientais
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Impacto Económico da Dependência Excessiva de
Combustíveis Fósseis
Working companies
• Petrobras
• Galp
• Partex
• Mohave
• Repsol
Current exploration status
Data adquired with partners
• 2D seismic: Alentejo, Peniche
• 3D seismic: Peniche
Future work program
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“we believe that increased synergy between
research and industry groups on both sides of
the Atlantic will lead to greater drilling
success on these conjugate margins”
S. Kearsey & M. Enachescu
Portugal and Canada Basins
PORTUGAL no SÉCULO XXI
Seis pilares de uma NOVA IDEIA ESTRATÉGICA para PORTUGAL
A PENÍNSULA IBÉRICA COMO PLATAFORMA GIRATÓRIA DOS FLUXOS
ENERGÉTICOS COM A EUROPA VALORIZANDO A BACIA ATLÂNTICA
. Desenvolvimento das capacidades de armazenamento e distribuição de gás
. A Península Ibérica como porta de entrada na Europa do comércio atlântico
. Aliança com a Espanha para a comercialização e distribuição do gás
. Dinamização da cooperação com toda a Bacia do Mediterrâneo e África Ocidental
. Criação do “Spot Market” ibérico do gás como referência
PORTUGAL COMO PORTA ENTRE A NATO, O ATLÂNTICO NORTE E O ATLÂNTICO
SUL
. Aproveitamento do RECURSO GEOGRÁFICO do PAÍS
. Optimização da rede de portuária nacional
. PORTUGAL no centro do diálogo com o Atlântico Sul e a Bacia do Mediterrâneo
. Valorização da posição estratégica dos Açores
. Construção da rede integrada dos portos nacionais para potenciar o comércio
. Ligação dos portos nacionais com plataformas logísticas
. Explorar as oportunidades marítimas dos portos portugueses para os inserir na rede
atlântica e internacional
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EUROPE DEPENDENCE ON RUSSIAN GAS
Source: Herald Tribune / IEA
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b
The GEOPOLITICS of the PIPELINES
PORTUGAL PORTS at the CROSS-ROADS of TRADING
and ENERGY ROUTES
Source: The Economist, 24 March 2012 24
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Criação de RESERVAS ESTRATÉGICAS no ALGARVE
MAJOR EUROPE SHALE GAS BASINS IDENTIFIED
Source: EPCR, Dec.2009
(European Policies Research Centre, UK)
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28 Maio 2014 Oceano XXI António Costa Silva - Presidente da Comissão Executiva
C OMBU STÍVE IS F ÓS SE IS
RECURSOS CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
PETRÓLEO
• Ocorrência de indícios
• Evidências em amostras marinhas, imagens de satélite e campanhas oceanográficas
• 43% do consumo de energia primária do país
• Dominante no sistema de transportes
• Competitivo mas preços a subirem
• Diminui a factura energética
• Versatilidade
• Poluente
• Preços a subirem
GÁS NATURAL
• Ocorrência de indícios
• 20% do consumo de energia primária do país
• Importante para a geração eléctrica e térmica
• Menos poluente dos combustíveis fósseis
• Preço competitivo 30% mais eficiente que o carvão
• Diminui a factura energética
• Poluente embora com mais baixa emissão de CO2
HIDRATOS DE
METANO
• Associados a vulcões de lama
• Ocorrência de vulcões de lama no offshore do Algarve
• Conteúdo energético elevado
• Gás armadilhado em moléculas de água
• Ocorrência nos leitos submarinos a pouca profundidade
• Tecnologia de produção por despressurização (Mesoyaka/Sibéria)
• Risco libertação para a atmosfera
• Probabilidade de ocorrência na Bacia
• Potencial pode ser interessante
• Diminui a factura
• Problemas ambientais com a fracturação hidráulica
RECURSOS ENERGÉTICOS DO MAR
ENER G IAS AL TER NA TIV AS
RECURSOS CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
EÓLICA OFFSHORE
• Bom recurso de vento na costa portuguesa
• Potencial elevado maior do que eólica onshore
• Recursos endógenos
• Energia limpa
• Redução da factura energética
• Intermitência
• Competitividade económica
• Necessidade de back-- up de centrais
convencionais
ENERGIA
DAS ONDAS
• Criação de zonas piloto com potencial de exploração até 250 MW
• Central piloto Onshore do Pico (Açores) com 400 MW
• Tecnologia Pelamis em teste na Póvoa do Varzim
• Portugal tem das melhores zonas costeiras para o aproveitamento deste recurso
• Energia limpa
• As tecnologias
conhecidas ainda estão a nível experimental
• Competitividade económica
• Necessidade de mais I&D
ALGAS MARINHAS
para
BIOCOMBUSTÍVEIS
(BIODIESEL)
• Boas condições de exposição solar e temperatura nas águas
portuguesas
• Necessidade testar a sua utilização
• Algas de rápido crescimento produzem biodiesel e absorvem CO2
• INETI tem experiência de 25 anos
• Produção endógena de biodiesel diminui dependência do exterior
• Recurso endógeno
• Oferta de mais uma solução para os transportes
• Diminui importação de petróleo
• Selecção de culturas é crítica
• Passagem da experiência
laboratorial para escala industrial não isenta de riscos
BIOTECNOLOGIAS
para PRODUÇÃO
BIOMASSA
MARINHA
• Biomassa pode ser transformada em recursos energéticos
• Recurso endógeno
• Aproveitamento das valências nacionais em biotecnologias
• Aproveitamento das condições do mar português
• Redução de CO2 e absorção (sumidouros)
• Competitividade económica
• Falta de qualificação do potencial da biomassa marinha
RECURSOS ENERGÉTICOS DO MAR
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POLÍTICAS PÚBLICAS
CONHECER e IDENTIFICAR OS RECURSOS
• Mapear os recursos
• Criar base de dados eficaz dos recursos marinhos
Desenvolver as Valências do País
• Qualificação dos Recursos Humanos para a extracção dos recursos marinhos
• Apoio aos Programas de I & D
• Definir o “Conteúdo Local” dos projectos e associar empresas, Universidades e Centros de Investigação
Nacionais
GESTÃO e AMBIENTE
• Promover a Gestão Integrada do Mar e Zonas Costeiras
• Atenção ao Ambiente e Conservação da Natureza Marinha e Biodiversidade
• Educação Ambiental
• O “Carbono Azul: o mar como “sumidouro” de CO
2e controle de acidificação
ESTRATÉGIA e SEGURANÇA
• Produzir pensamento estratégico
RECURSOS
ENERGÉTICOS
DO MAR:
UM DESAFIO
para as
POLÍTICAS
PÚBLICAS
CONTRARIAR O PESSIMISMO NACIONAL e o FATALISMO
.
Definir um CONCEITO ESTRATÉGICO MOBILIZADOR. Combater as ideias instaladas e o “statu quo” intelectual
. O MAR é a coisa mais realista que o país tem . Papel da Rede Portuária Nacional
. Derrotar os preconceitos ideológicos e não fechar as saídas para o FUTURO
AMBIENTE E PRESERVAÇÃO dos ECO- SISTEMAS MARÍTIMOS . A preservação dos sistemas ambientais é crucial mas não deve impedir o aproveitamento sustentável dos recursos . Essencial construir Centros de Defesa Ambiental ao longo da costa
. Associação das Empresas às
Universidades e Centros de Investigação
COMPETITIVIDADE ECONÓMICA e DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO . Definir o conteúdo local dos projectos . Aliança: operadores com empresas e universidades nacionais
. Conceito de país-laboratório tecnológico . R&D e vantagens competitivas
. Geração de uma nova onda de
EMPREENDEDORISMO e INOVAÇÃO no país
A REGULAÇÃO e os DISPOSITIVOS LEGAIS e de CONTROLE
. Definir regras claras e equilibradas
. Construir Agência Regulação sólida e credível . Atrair Investimento Estrangeiro com bom sistema de “Design Mechanisms”
. Instituir boas práticas, mecanismos de fiscalização e preservar os sistemas ambientais
O POSICIONAMENTO da UE e as RELAÇÕES INTERNAS . Há um MAR Europeu?
. A cláusula 3 do Tratado de Lisboa . Não cometer 2 vezes o mesmo “erro estratégico” e abandonar um recurso crucial como o mar
. Capacidade de influenciar decisões da UE
A MUDANÇA DO POSICIONAMENTO GEOPOLÍTICO de PORTUGAL . Assegurar a extensão da ZEE
. Explorar o imenso Recurso Geográfico . Desenvolver capacidades internas institucionais, legais, de regulação e monitorização
28 Maio 2014 Oceano XXI 30 António Costa Silva - Presidente da Comissão Executiva