CELEBRAÇÃO COMUNITÁRIA DA RECONCILIAÇÃO
0.- Monição:
Irmãos e irmãs:
Neste tempo de Quaresma, que é caminho para a Páscoa, reunimo-nos como comunidade para celebrar a festa da Misericórdia entranhável do Pai. Jesus no-lo revelou: O nosso Deus é rico em misericórdia, perdoa os pecadores, recebe em casa os perdidos, oferece plenitude aos pequenos. Abramos de par em par a nossa vida, pessoal e comunitária, à graça. Repitamos com o publicano: “Tem compaixão de mim, Senhor, que sou pecador”. Ou digamos com o cego do caminho: “Senhor, tem
misericórdia de mim”. Só assim seremos portadores do seu perdão, criador e alegre, para todos os homens.
(Inicia-se a procissão de entrada)
Acolhemos: A Palavra de vida, os sacerdotes, servidores do perdão de Deus, e a Cruz, expressão de um amor até ao extremo.
Cântico:
HOJE VOLTO DE LONGE, DE LONGE.
HOJE VOTO A TUA CASA, SENHOR, A MINHA CASA E UM ABRAÇO ME DESTE, PAI DA ALMA,
E UM ABRAÇO ME DESTE PAI DA ALMA.
1. Saí de minha casa, Senhor, saí de minha casa: andei vazio sem ti, perdi a esperança, e uma noite chorei, chorei a minha desgraça. E uma noite chorei, chorei a minha desgraça.
2. Caminho de volta, Senhor, pensei nas tuas palavras; a ovelha
perdida, o pastor, o pão da tua casa, e aos meus olhos voltou, voltou a esperança. E aos meus olhos voltou, voltou a esperança.
3. A tua casa, a minha casa será, será a minha morada; banquete de festa, o meu lar, vestido de graça, e uma túnica nova para a Páscoa. E uma túnica nova para a Páscoa.
1.- A COMUNIDADE EM ORAÇÃO
Pai santo e misericordioso, que chamas sempre os teus filhos com a força e a doçura do teu amor. Rompe as durezas do nosso orgulho e cria em nós um coração novo, capaz de acolher o dom da vida do teu Filho. Ele que é Deus e vive e reina contigo, na unidade do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Ámen.
2.- ABERTURA À PALAVRA
A partir do individualismo, que nos leva a estar fechados nos nossos próprios interesses, ouvimos a sua voz:
“Deixa a tua terra e a casa de teu pai e vai para a terra que Eu te indicar” (Génesis 12,1).
Momento de silêncio. Como gesto, deixamos o nosso lugar, e formamos a comunidade ao estilo de Jesus, tentando sentarmo-nos junto a outras pessoas, para que a comunidade seja lugar de encontro com os irmãos e espaço para a comunicação e a partilha.
Como comunidade reunida abrimo-nos à Palavra:
“Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, de modo que sejam um, como Nós somos Um. Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à
perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim” (Jo 17,22-23).
Silêncio.
Cântico:
QUE BEM, TODOS UNIDOS, MÃO COM MÃO NO LUTAR. QUE BEM TODOS IRMÃOS NO SOFRER E NA ALEGRIA.
Salmo 132, recitado por todos Vede como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos!
É como óleo perfumado derramado sobre a cabeça, a escorrer pela barba, a barba de Aarão,
a escorrer até à orla das suas vestes. É como o orvalho do monte Hermon, que escorre sobre as montanhas de Sião. É ali que o SENHOR dá a sua bênção, a vida para sempre.
Como comunidade, Deus convida-nos a escutar o clamor dos povos.
“O SENHOR disse: «Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egipto, e ouvi o seu clamor diante dos seus inspectores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos” (Êxodo 3,7).
Que clamores do povo estamos escutando? (Partilha-se a resposta de
dois em dois).
E prepara-se para o compromisso, porque a Palavra se abraça com a vida:
“Jesus respondeu: «Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.' Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos
salteadores?» Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.»” (Lc 10,30-37) Silêncio
3.- PETIÇÃO DE PERDÃO
➢Como a terra dos nossos campos se abre para acolher a semente assim nós nos abrimos para acolher a tua misericórdia. (Uma pessoa
leva ao altar um pouco de terra).
Tem piedade, meu Deus, dá-me o teu perdão. Sou um peregrino, sou um pecador.
Venho arrependido, tem piedade, Senhor. Volta para mim os teus olhos com amor.
➢Como a luz dissipa as trevas, assim nós acolhemos o teu amor para que desapareçam as nossas obscuridades. (Um dos participantes leva
uma vela ao altar).
Cântico:
Tem piedade, meu Deus, dá-me o teu perdão. Sou um peregrino, sou um pecador.
Venho arrependido, tem piedade, Senhor. Volta para mim os teus olhos com amor.
➢Como a água limpa, renova e acalma a sede, assim nós acolhemos a tua bondade para que se lavem e purifiquem os nossos pecados. (Uma
pessoa leva um cântaro de água).
Cântico:
Tem piedade, meu Deus, dá-me o teu perdão. Sou um peregrino, sou um pecador.
Venho arrependido, tem piedade, Senhor. Volta para mim os teus olhos com amor.
➢Como todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai, oramos com as
mãos abertas uns pelos outros, para que nos convertamos ao Senhor e a
sua graça nos inunde. Dizemos todos:
Eu confesso diante de Deus todo-poderoso e perante vós, irmãos, que pequei muito de pensamento, palavra, obra e omissão. Por minha culpa, por minha culpa, por minha grande culpa. Por isso rogo a santa Maria, sempre Virgem, aos anjos, aos santos, e a vós, irmãos, que intercedeis por mim diante de Deus, nosso Senhor.
4.- PAI NOSSO
Deus nos oferece o novo e a partir daí convida-nos à conversão. Por isso, podemos rezar juntos, com as mãos unidas, o Pai Nosso, como o grande presente de vida que nos fez o Pai por meio de Jesus e que o Espírito mantém sempre vivo no coração das nossas comunidades. Pai nosso...
5.- CONFISSÕES
6.- O SINAL DA PAZ
Porque somos amados podemos amar. Porque somos agraciados
podemos dar grátis a paz. Porque somos perdoados podemos perdoar. Assim como fomos ao Senhor para lhe pedir o perdão, vamos agora aos irmãos para lhes dar a paz.
7.- CÂNTICO DE ACÇÃO DE GRAÇAS, UNIDOS A MARIA
UNIDOS A TODOS OS POVOS,
CANTAMOS AO DEUS QUE NOS SALVA.
1. Eu canto ao Senhor, porque é grande, me alegro no Deus que me salva.
Feliz me dirão as nações, em mim descansou o seu olhar.
2. Ele fez em mim obras grandes, o seu amor é mais forte que o tempo, triunfou sobre o mal deste mundo, derruba os homens soberbos.
3. Não quer o poder de uns poucos, do pó os pobres levanta, deu pão aos homens com fome, deixando os ricos sem nada. 4. Liberta todos os homens, cumprindo a eterna promessa, que fez a favor do seu povo, dos povos de toda a terra.
8.- ORAÇÃO DA COMUNIDADE ENVIADA
Deus omnipotente e misericordioso, damos-te graças pelas maravilhas da tua misericórdia e louvamos-te com toda a Igreja cantando para ti um cântico novo com os nossos lábios, os nossos corações e as nossas obras. A ti a glória por Cristo no Espírito Santo, agora e sempre. Ámen. Palavras de despedida:
Todo o dom se converte em tarefa. Por isso, fazemos nossas estas palavras do Plano Diocesano Pastoral (2016-2020) da Diocese de Burgos: “Apostamos por uma Igreja missionária. Queremos ser uma
Igreja de crentes maduros na fé e responsáveis na comunidade cristã e na sociedade. Necessitamos adequar as nossas estruturas para ser uma Igreja comunidade.