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Unidade hospitalar de oncologia infantil

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Academic year: 2021

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(1)

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

LÍGIA LENTZ GOMES

UNIDADE HOSPITALAR DE ONCOLOGIA INFANTIL

Florianópolis

2017

(2)

LÍGIA LENTZ GOMES

UNIDADE HOSPPITALAR DE ONCOLOGIA INFANTIL

Trabalho final de graduação de curso I,

apresenta-do no curso de Arquitetura e Urbanismo da

Univer-sidade do Sul de Santa Catarina, com a

finalida-de finalida-de obtenção do título finalida-de Arquiteta e Urbanista

Orientadora: Arquiteta e Urbanista Estela da Silva Boiani

Florianópolis

2017

(3)

“A arquitetura é realmente sobre bem- estar. Eu penso que as pessoas querem se sentir

bem em um espaço... por um lado trata-se de abrigo, mas também de prazer”

(4)

A G R A D E C I M E N T O S

Agradeço primeiramente a todos meus familiares, a minha mãe Iwa-na Lúcia Lentz, ao meu pai João Car-los Gomes e a minha tia Yara, por te-rem sempre me apoiado na decisão de cursar Arquitetura e Urbanismo. Agradeço também as minhas ami-gas Elisa Souza da Silva e Pau-la Vieira de Mello, por estarem ao meu lado há anos me apoiando e ajudando nas minhas decisões; Ao meu namorado, Breno Borges, por me apoiar em todas as decisões, me ou-vir e comemorar comigo minhas vitórias; As minhas amigas que conquis-tei durante o período acadêmi-co, Fernanda Althoff, Bárbara

Mon-guilhott, Patrícia Thomé, Mayla

Varela, Melanie Fedrizzi e Bruna Corrêa. Agradeço as minhas amigas Tatiana Laydner e Rayssa Lyra, por confiarem em mim e me ajudarem sempre que precisei. Agradeço ainda a minha amiga Eduar-da Amaral e Taryane Rocha, por toEduar-da a ajuda e incentivo que me deram. As minhas amigas fora do mundo acadêmico que sempre entende-ram minhas escolhas e me apoiaentende-ram. E agradeço a minha professora e orientadora, Estela Boiani, por sem-pre estar disposta e sem-presente em me ajudar na realização desse projeto.

(5)

R E S U M O

Atualmente na cidade de Florianópo-lis, a Instituição em destaque no trata-mento de câncer é o Centro de Pes-quisas Oncológicas (CEPON), porém este atende apenas pacientes conside-rados jovens adultos e adultos (a par-tir de 15 anos). Todo o tratamento on-cológico realizado em crianças é feito no Hospital Infantil Joana de Gusmão, localizado também em Florianópolis. Com isso, surgiu a proposta de centralizar esse tratamento em uma mesma área, criando uma unidade nova especializa-do no tratamento oncológico pediátrico. Para o desenvolvimento da funda-mentação teórica, foi exposto ca-racterísticas sobre a doença, tan-to em pacientes adultan-tos como em pacientes pediátricos e sobre os ti-pos de tratamento mais conhecidos. Além de explicar sobre a oncologia em si, na fundamentação teórica foi apre-sentado princípios de arquitetura huma-nizada e sustentável e como essas ca-racterísticas podem influenciar direta e indiretamente no tratamento de pacientes. Com isso, a ideia do trabalho de conclusão de curso é realizar um projeto de arquitetura hospitalar com características diferenciadas. O projeto irá trazer propriedades ar-quitetônicas humanizadas que in-fluenciarão de forma positiva no trata-mento de pacientes e características

sustentáveis, que além de ajudar no tratamento e possibilitar ambientes mais agradáveis, irá minimizar o impac-to do projeimpac-to no enimpac-torno implantado.

(6)

Lista de Figuras

Figura 01 - Aplicação de quimioterápico ...15

Figura 02 - Tratamento em radioterapia ...15

Figura 03 - Criança ...17

Figura 04 – Criança brincando ...21

Figura 05 – Criança se divertindo...21

Figura 06 – Certificações LEED ...24

Figura 07 – Localização de bairros vizinhos ...27

Figura 08 – Localização do terreno e Cepon ...27

Terreno 09- Mapa de localização com acessos ...27

Figura 10 – Mapa de zoneamento ...29

Figura 11 - Tabela de usos editada ...29

Figura 12 - Rosa dos ventos - velocidade predominante ...32

Figura 13 - Rosa dos ventos - frequencia de ocorrência ...32

Figura 14 – Diagrama Solar ...32

Figura 15 - Representação de ventos e direção do sol no terreno ...32

Figura 16 - Mapa de análise de sistema viário ...34

Figura 17 - Mapa de usos do solo ...36

Figura 18 – Mapa de localização Hospital Boldrini ...39

Figura 19 – Centro infantil Boldrini imagem aérea ...39

Figura 20 – Centro Infantil Boldrini ...40

Figura 21 – Centro de Reabilitação Lucy Montoro ...40

Figura 22 - Apresentação musical ...40

Figura 23 – Mapa de localização do hospital Suzhou ...42

Figura 24 – Imagem do projeto do hospital Suzhou ...42

Figura 25 – Imagem da fachada do projeto ...42

Figura 26 – Mapa de localização hospital Sarah Salvador ...44

Figura 27 – Imagem interna Sarah Salvador ...44

Figura 28 – Imagem interna Sarah Salvador ...44

Figura 29 – Mapa de localização hospital Albert Einstein ...46

Figura 30 - Imagem aérea Hospital IsraelitaAlbert Einstein ...46

Figura 31 – Mapa de localização hospital Kiowa ...48

Figura 32 - Imagem hospital Kiowa County Memorial Hospital ...48

Figura 33 – Mapa de localização Hospital Dana-Farber ...50

Figura 34 - Imagem Dana Faber Cancer Institute ...50

Figura 35 - Imagem do terraço Yawkey Center Cancer Care ...50

Figura 36 - Imagem aérea do hospital Dana Faber Cancer Institute ...50

Figura 37 – Mapa de localização CEPON ...52

Figura 38 – Imagem aérea CEPON ...52

Figura 39 – Imagem externa ...52

Figura 40 - Mapa de setorização de ambientes visitados pela autora ...53

Figura 41 - Recepção ambulatorial ...53

Figura 42 - Recepção A ...53

Figura 43 - Capela ...53

Figura 44 - Embarque e desembarque de ambulância ...52

Figura 45 – Setorização AJAS ...54

Figura 46 - Entrada de pacientes, funcionarios e materiais ...54

Figura 47 – Entrada do CEPON ...54

Figura 48 – Diretrizes...65

Figura 49 – Ambientes por pavimento...66

Figura 50 – Pré zoneamento subsolo...66

Figura 51 – Pré zoneamento térreo...66

REVISADO

(7)

Lista de Tabelas

Lista de Siglas

ABNT - Associação Brasileira de Normas técnicas UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina INCA – Instituto Nacional do Câncer

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CEPON - Centro de Pesquisas Oncológicas

AJAS- Ambulario de jovens adultos IML – Instituto médico legal

ACI - Área Comunitária/Institucional

EAS - Estabelecimento Assistencial à Saúde APP -Áreas de Preservação Permanente

APL-P - Área de Preservação com Uso Limitado de Planície AVL - Área Verde de Lazer

ARP - Área Residencial Predominante ARC - Área Residencial Cultural ARM - Área Residencial Mista

ATR - Área Turística Residencial (ATR) ATL - Área Turística e de Lazer

AMC - Área Mista Central AMS - Área Mista de Serviço

ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social

UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UDESC – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Tabela 01 – Ambientes atendimento ambulatorial...56

Tabela 02 – Ambientes da internação...57

Tabela 03 – Ambientes da central de administração de materiais e equipamentos...57

Tabela 04 – Ambientes da nutrição...58

Tabela 05 – Ambientes da Farmácia...59

Tabela 06 – Ambientes da segurança e vigilância...59

Tabela 07 – Ambientes do serviço administrativo...60

Tabela 08 - Ambientes do necrotério...60

Tabela 09 – Ambientes da internação...61

Tabela 10 – Ambientes da limpeza e zeladoria...61

Tabela 11 – Ambientes da infra estrutura predial...62

Tabela 12 – Ambientes de apoio...62

Tabela 13 – Tabela de áreas- físico funcional...63

Tabela 14 – Quantidade de funcionários...63

Tabela 15 – Numero de leitos...63

Tabela 16 – Taxa de ocupação...63

Tabela 17 – tipo de escada de incêndio para o projeto...63

Tabela 18 – Dimensionamento reservatório...63

Tabela 19 – Coeficiente de aproveitamento...63

Figura 52 – Pré zoneamento primeiro pavimento...66

Figura 53 – Pré zoneamento segundo pavimento...66

Figura 54 – Fluxograma térreo...67

Figura 55 – Fluxograma primeiro pavimento...68

Figura 56 – Fluxograma segundo pavimento...69

Figura 57– Fluxograma subsolo...69

Figura 58 – Implantação setorizada...70

Figura 59 - Térreo setorizado...71

Figura 60 – Primeiro pavimento setorizado...72

Figura 61 – Segundo pavimento setorizado...72

Figura 62 –Setorização 3D...73

Figura 63 - Perspectiva vista acesso ambulatorial...73

Figura 64 - Perspectiva vista acesso principal...74

(8)

1.

INTRODUÇÃO...09

2.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...10

3.

ANÁLISE DE ÁREA...25

4.

REFERENCIAIS...37

5.

ESTUDO DE CASO...51

6.

PROGRAMA DE NECESSIDADES...55

7.

PROPOSTA...64

9.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...78

SUMÁRIO

8.

CONSIDERAÇÕES FINAIS...76

(9)

A arquitetura hospitalar é conhecida por possuir um programa de necessi-dades bem específico e uma tipologia diferenciada. São ambientes caracte-rizados por mudanças que ocorrem na sociedade, com avanços tecnológicos e descobertas na área da saúde. Anti-gamente o hospital tinha sua imagem relacionada à morte e, devido a estu-dos e avanços na área da arquitetura e da saúde, percebeu-se a necessidade da criação de edificações saudáveis. O projeto de um hospital vai além de estética ou infraestrutura diferenciada. A Instituição deve criar espaços que integrem e otimizem os usos dos am-bientes, oferecendo estrutura de qua-lidade para melhorar o atendimento. Assim, tem-se a intenção de criar es-paços que ajudem no tratamento e bem-estar dos pacientes hospitaliza-dos, devido a uma melhor racionali-zação e aproveitamento de espaços. A arquitetura hospitalar irá resultar em um ambiente eficiente e agradável. A intenção deste trabalho é a criação de um projeto arquitetônico de uni-dade hospitalar direcionada à onco-logia infantil, considerando a questão de um hospital humanizado a fim de gerar conforto aos pacientes e um es-paço saudável que proporcione uma boa relação do meio com o ser hu-mano, estudando assim a questão sus-tentável para diminuir o impacto da implantação do projeto na cidade.

1.0 Introdução

1.1Problematica / Justificativa

Santa Catarina tem como referência em tratamento oncológico o Centro de pesquisas oncológicas (CEPON), que possui uma ala para jovens, porém o Estado não dispõe de um centro es-pecializado em tratamento específico apenas para crianças. Baseando-se nesse pensamento e no interesse pela área, a escolha do tema tem o intuito de criar uma unidade hospitalar inde-pendente especializada no diagnóstico e tratamento de câncer para crianças. O projeto será idealizado com per-fil humanizado e sustentável, tornan-do-se um local agradável e saudá-vel para passar os dias, já que são pacientes frágeis com um longo pe-ríodo de tratamento e internação. O terreno fica localizado atrás do Cepon, com a entrada principal voltada para a Rua Pastor William Richard Schisler Filho.

1.2.1 Objetivo geral

Desenvolver um projeto arquitetô-nico de uma unidade hospitalar de tratamento e diagnóstico em onco-logia infantil com perfil de hospital hu-manizado e sustentável, localizado próximo ao Cepon de Florianópolis.

1.2.2 Objetivo especifico

• Diagnosticar a área de estudo para desenvolver melhor a rela-ção da edificarela-ção com o entorno. • Realizar pesquisas sobre métodos de tratamento, para entender me-lhor as necessidades da Instituição. • Realizar a consulta em normas, para desenvolver um entendimento me-lhor do programa de necessidades. • Executar pesquisas de campo no Ce-pon, para levantamento de dados so-bre fluxos e características da Instituição. • Pesquisa em campo, para estu-do de fluxos e distribuição de setores. • Pesquisa em referenciais para re-alização de estudos de caso. • Pesquisa em artigos para a compre-ensão da arquitetura hospitalar, como se desenvolve e como é resolvida. • Pesquisa em artigos para melhor entendi-mento sobre a doença e seus trataentendi-mentos. • Consulta na norma RDC-50, para a realização do plano de ne-cessidades ideais para um hos-pital de tratamento oncológico.

1.3. Metodologia

1.2. Objetivos

Irá exigir um estudo específico para

conseguir alcançar o equilíbrio entre arquitetura, tecnologia, bem-estar e tratamento de saúde. O projeto será re-alizado com estudos nas Normas ABNT RDC 50 - Infraestrutura de Estabeleci-mentos Assistenciais de Saúde, ABNT NBR 9050 – acessibilidade a edificação, mobiliário, espaços e equipamentos ur-banos, Código de Obras de Florianópo-lis e com estudos de Design Universal.

(10)

2.

Fundamentação

teórica

2.1. História da Arquitetura Hospitalar

2.1.1. Arquitetura hospitalar no mundo

2.1. 2. Arquitetura hospitalar no Brasil

2.2. Tratamento oncológico

2.2.1. Oncologia

2.2.2. Diagnóstico

2.2.3. Formas de tratamento

2.3. Oncologia pediátrica

2.4. Hospital Humanizado

2.4.1. Conceituação do hospital humanizado

2.4.2. Conceitos relevantes para hospital

humanizado

2.4.3. Hospital humanizado para crianças

2.4.4. Brincadeira como forma de tratamento

2.5. Hospital sustentável

2.5.1. Desenvolvimento sustentável

2.5.2. Certificações hospitalares

(11)

2.1

História da

Arquitetura

(12)

2.2.1. Histórico no mundo

“Muito antes que a medicina, a arquitetu-ra foi a primeiarquitetu-ra arte a ocupar-se do hos-pital. A ideia de que o doente necessita de cuidados e abrigo é anterior à possibi-lidade de lhe dispensar tratamento mé-dico. E todas as cidades, em todas as épocas, mobilizaram-se para prover esta necessidade.” (ANTUNES, 1989, p. 227/228) O edifício hospitalar, a pouco tem-po tem-possui características voltadas a cura do paciente. Foi apenas em me-ados do século XVIII que a consciên-cia de um ambiente saudável que poderia influenciar na cura de pa-cientes, começou a ser questionada. Costeira (2003) ressalta que na anti-guidade o hospital tem como princí-pio a cura do corpo e da alma, isso é relatado pela existência de templos, espaços para meditação e termas. Nessa mesma época surge os Xeno-dochium, voltados ao atendimento ao público, o que posteriormente da-ria origem aos hospitais de caridade. No império romano as Valetudinarias eram locais destinados aos militares, eram ambientes que possuíam uma ar-ticulação central criada por um pátio. Costeira (2003) afirma que na ida-de média, surge uma divisão maior de classes ocasionando um aumento de pobreza e crises de fome e doen-ça. Nessa época a igreja católica era a principal instituição, que cuidava, alimentava e hospedava enfermos.

De acordo com Sampaio (2006) no ocidente houve o surgimento de três tipos de instituição: Xenodochium, que principalmente abrigava refu-giados; Lobotrophium, especialmen-te para leprosos e pessoas invalidas e Nosocomum, que eram casas que recebiam enfermos. Os pacientes nes-sas instituições eram separados por sexo e possuíam como característica de sua arquitetura a forma de nave. Já no oriente mesmo possuindo como característica a caridade e o cuida-do com pessoas cuida-doentes, possuía prin-cipalmente apenas um tipo de ins-tituição como abrigo de doentes: a Brimaristan. Onde os pacientes eram também separados por sexo e como característica de sua arquitetura eram formados por pórticos com uma fonte central onde se começou a dar aten-ção a ventilaaten-ção e iluminaaten-ção natural. Conforme afirma Costeira (2003) o in-cêndio do Hotel-Dieu em Paris, é que proporcionou a nova fisionomia dos hospitais, o hospital contemporâneo. O Hotel-Dieu acolhia diversos pacientes e sua reconstrução era importante e ur-gente, após vários estudos e pesquisas sobre o melhor tipo de reconstrução da instituição a ponto de não ter os mes-mos defeitos, é que aparece os estu-dos do médico Tenon, que analisando diversos hospitais, publicou em 1788, cinco relatórios sobre o tema. O pro-jeto de Tenon prevalece a fisionomia hospitalar pavilhonar, que permitia ilu-minação natural e ventilação cruzada.

Com o desenvolvimento da construção civil, é perceptível o avanço da tipolo-gia hospitalar. Os avanços tecnológicos em circulação vertical (elevadores), circulações otimizadas, a facilidade de implantação de infra- estrutural determi-naram a evolução da verticalização das edificações. E é a partir dessa época (metade do século XX) que as mudan-ças de pavilhonar para hospitais mo-noblocos aparecem (COSTEIRA, 2003). Porém, Costeira (2003) afirma também que é a partir da década de 1980, que os arquitetos tentam juntar a humani-zação, a funcionalidade no ambiente hospitalar e a forma monumental em monobloco das instituições de assis-tência à saúde, criando outra forma, de volumes compactos, mais urbanos.

2.2.2. História no Brasil

Pode-se citar o aparecimento de ações a assistência à saúde desde a chega-da de Pedro Alvares Cabral ao Brasil, nessa época a crença em curandeiros e rezas eram os meios de cura. Funda-da em 1543, a primeira Santa Casa Funda-da Misericórdia, foi a primeira instituição do Brasil voltada a assistência à saú-de. No País, a configuração de Santa Casa possui um papel bem importante para a assistência à saúde. Até atual-mente, essas Casas exercem influência na prestação de serviço a saúde. Po-rém, o primeiro hospital brasileiro que se tem notícias, foi fundado por volta do ano de 1544. Conforme afirma Cos-teira (2003), o hospital nessa época foi implantado para socorrer doentes.

(13)

2.2

Tratamento

oncológico

(14)

Oncologia é o ramo da medici-na que estuda tumores e cânce-res. A palavra oncologia tem sua origem na palavra grega “onkos” que significa volume, tumor, massa. E a palavra “logia” significa estudo. A oncologia é, contudo, o estudo de como o câncer é desenvolvido no or-ganismo e qual o melhor tratamento para cada tipo. Existem atualmente mais de cem (100) tipos de cânceres que começam de forma parecida, ou seja, com um crescimento anor-mal e desordenado das células que tem a possibilidade de se espalhar. No organismo, as formas de cresci-mento controlado são chamados de displasia, metaplasia e hiperplasia. Já as forma de crescimento não contro-lado é chamado de neoplasia, ou de forma popular “tumores”. (SAI/SUS – Sistema de informação ambulatorial) Se a doença tem início em tecidos epi-teliais é denominado de carcinoma, já se o câncer começa em tecidos ósseo, músculo ou cartilagem é denominado de sarcoma. O maior desafio no estudo de neoplasia é na sua definição, que é baseada na biologia e morfologia do processo tumoral. E atualmente, a de-finição mais aceita sobre neoplasia é:

2.2.1. Oncologia

2.2.2. Diagnóstico

“Neoplasia é uma proliferação

anor-mal do tecido, que foge parcial ou to-talmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hos-pedeiro”. (Ministério da Saúde apud. Pérez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984). O câncer é uma doença que atinge o mundo inteiro, independente de sexo e idade, e podem ocorrer por causas internas e externas. Entende-se como causa externa hábitos do paciente e ao meio ambiente, como por exemplo o tabagismo, a exposição excessiva ao sol e até mesmo os hábitos alimentares. Já a causa interna é geneticamente pré-determinada e está ligada à capa-cidade do organismo de se defender. O tratamento oncológico, ou como é conhecido no Brasil, cancerologia, é um tratamento bastante individualizado que depende do tipo de câncer diag-nosticado e tem como principal objetivo o tratamento e a cura da doença, pos-sibilitando um possível tipo de tratamen-to diferenciado com medicamentratamen-tos modernos. Um objetivo bastante impor-tante é, no caso de a cura da doença não ser possível, realizar um tipo de tra-tamento onde o paciente consiga viver com a doença com cuidados paliati-vos, melhorando sua qualidade de vida.

Com avanços tecnológicos da

Medicina e de outras áreas rela-cionadas à cancerologia, o tra-tamento e a cura de um número signifi-cativo de tipo de câncer foi alcançado.

Antigamente a doença era conside-rada como uma condenação à mor-te, pois não existia cura, e mesmo que atualmente não exista o tratamento para todos os tipos de câncer, os ín-dices de cura da doença são altos, cerca de 50% em países desenvolvi-dos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que no ano de 2030 pode-se esperar anualmente 27 milhões de casos de câncer, 17 mi-lhões de mortes por câncer e 75 mimi-lhões de pessoas vivas portando a doença.

É importante ressaltar que quanto mais cedo é feito o diagnóstico melhor é para ao tratamento e cura da doença. É necessário compreender que existem vários tipos de cânceres que são dife-renciados pelo forma, local e veloci-dade de desenvolvimento das células. Com isso é imprescindível reconhecer que existem diferentes tipos de trata-mento e que a determinação do tipo especifico é extremamente importante para resultar no tratamento adequado. O médico oncologista depende de vá-rios recursos para realizar o melhor tipo de diagnóstico como sintomas, exa-mes físicos (importante para determi-nar o estado do paciente), laborato-riais, imagens (importante para mostrar a lesão da doença), marcadores tu-morais e biópsia (caracterizado como obtenção de uma amostra do tumor suspeito para exame microscópico).

(15)

2.2.3. Formas de

tratamento

Após a confirmação do diagnósti-co, o médico irá decidir qual o me-lhor tipo de tratamento para o tumor. De acordo com o Ministério da Saúde, existem três formas princi-pais de tratamento de câncer: ra-dioterapia, quimioterapia e cirur-gia. Atualmente, poucas neoplasias são tratadas apenas de um modo. Há tratamentos diferenciados dos ci-tados anteriormente, como a hormo-nioterapia, terapia oral, terapia alvo, terapia alternativa e terapia biológica. A cirurgia é a forma de tratamento mais utilizada e a mais antiga. É indicada para quando a doença é diagnostica-da cedo e a retiradiagnostica-da do tumor é favo-rável. A cirurgia é bem mais sucedida quando as células cancerígenas ainda não se espalharam para outros órgãos. A radioterapia é um método de tra-tamento local do câncer, utilizando equipamento e técnicas específicas para irradiar áreas do organismo (Mi-nistério da Saúde), e é utilizada para tratar tumores localizados que não podem ser retirados totalmente por cirurgia ou para tumores que volta-ram após a realização de cirurgia. A quimioterapia é um tipo de tratamen-to com medicamentratamen-tos que são admi-nistrados por via oral ou venosa. Ao con-trário da cirurgia ou da radioterapia, a quimioterapia pode tratar o câncer que já se espalhou para outras áreas, pois é um tratamento sistêmico, ou seja, alcança todas as partes do organismo.

Figura 01: Imagem ilustrativa de aplicação de quimioterápico Fonte: Minuto Enfermagem

(16)

2.3

Oncologia

pediátrica

(17)

A oncologia infantil é a área da me-dicina que estuda os diversos tipos de cânceres que afetam especificamen-te crianças. O médico é capacitado especialmente para planejar e tratar o paciente com câncer entre 0 a 19 anos. No Brasil, o câncer representa a pri-meira causa de morte (8% do total) por doença entre pacientes pediátri-cos, e de acordo com o Instituto Na-cional do Câncer (INCA) a maioria dos pacientes pediátricos (cerca de 80%) afetada pela doença pode ser curada se o diagnóstico for precoce. O câncer em crianças é diferente do que quando ocorre em adultos. A princi-pal diferença é o tipo do tumor (aspec-tos morfológicos), evolução (comporta-mento clínico) e localização. Nos adultos as células cancerosas normalmente se encontram em células que recobrem os órgãos, representam mutações normal-mente por causa de fatores ambientais (externos), enquanto que o câncer pe-diátrico a ocorrência é em células do sistema sanguíneo, do sistema nervoso e dos tecidos de sustentação (ósseo). Ainda não há estudos sobre a influên-cia de fatores externos em tumores em pacientes pediátricos. Com isso, concluiu-se que o câncer infantil tem sua origem em células embrionárias.

2.2.1. Oncologia pediatrica

Os tumores que são mais frequentes em pacientes pediátricos são as leuce-mias, que afeta os glóbulos brancos, os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também acontece o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequente-mente de localização abdominal); o tumor de Wilms (um tipo de tumor re-nal) o retinoblastoma (afeta a retina), o tumor germinativo (das células que darão origem aos ovários ou aos testí-culos); o osteossarcoma (tumor ósseo) e os sarcomas (tumores de partes moles). Conforme Eiser (1992) o câncer é um tipo de doença crônica com tratamen-to prolongado, e sua intervenção em pacientes pediátricos é ainda mais in-tenso. A criança com doença crônica, que diariamente precisa comparecer em hospitais, encontra além de trata-mento mais complicado, dificuldades em outros aspectos da vida social e fa-miliar, como a ausência da vida esco-lar, restrição ao convívio social devido ao tempo prolongado de internação, bem como aumento de tensão e medo. Como o aparecimento da doença em pacientes pediátricos se encon-tra na fase de multiplicação de cé-lula, o câncer infantil é considerado um pouco mais agressivo, pois se de-senvolve mais rápido, porém, o seu regresso, quando respondido bem ao tratamento, é igualmente rápido.

O tratamento oncopediátrico é feito principalmente por cirurgia, quimiotera-pia e radioteraquimiotera-pia que produzem vários efeitos colaterais. Todo o cuidado, desde o diagnóstico até o tratamento e a cura, é feito por uma equipe especializada. De acordo com Garófolo (2005) é possível observar que pacientes on-copediátricos podem acabar apre-sentando algum grau de desnutrição, ou seja, entre 6% a 50% dos pacien-tes apresentam desnutrição ainda no período do diagnóstico, sendo que esse índice pode aumentar duran-te a resposta ao tratamento devido.

Figura 03: Criança

(18)

2.4

Hospital

(19)

2.4.1. Conceituação do

hospi-tal humanizado

Um hospital humanizado integra di-versas práticas. É uma forma de tornar parceiros os usuários e profissionais, buscando a qualidade e bem- estar. A rotina agitada e cansativa da equipe médica e o desgaste físico e psicológi-co dos pacientes, devem ser levados em consideração na hora de proje-tar uma instituição de saúde, fazendo com que o espaço físico do hospital possa ajudar a melhorar o bem estar dos pacientes, afirma Bergan (2009). Diante disso, Bergan (2009) também afirma que uma prática que vem sen-do utilizada para a humanização de hospitais, é deixá-los com o máximo possível de características hoteleiras ou residenciais. Algo que permita com que todos os usuários da instituição fiquem a maior parte do tempo confortáveis. Conforme Cavalcante (apud (BAIER, 1995; HERMAN MILLER, 2007; ULRICH E ZIMRING, 2007). 2007) afirma, basea-do em estubasea-dos de especialistas, a ar-quitetura hospitalar, além de evitar o stress diário dos pacientes, deve con-tribuir para a recuperação. A diária em um hospital (principalmente para o paciente) é de alguma forma estres-sante. Vários fatores influenciam para isso como o distanciamento de fami-liares, o processo de tratamento, a re-dução de privacidade e a autonomia. Devido a isso, Cavalcante (2007) afirma

que se passa a entender a unida-de hospitalar como um instrumen-to terapêutico, que ajuda na cura da doença, sendo a humanização um fator contribuinte importante. O desenvolvimento de projetos na área de saúde deve dar ênfase à qualidade do espaço físico e ir além das necessidades funcionais. (Ca-valcante, 2007. Apud ITTELSON, 1923) Diante desses fatos, há algumas re-comendações que garantem um projeto com qualidade desejada:

Cavalcante destaca

(KOPEC, 2006; MALKIN, 1977;

MCKAHAN, 1998; PREISER, 1991): Proporcionar o bem estar de usuários da instituição hospitalar, com con-forto sonoro, lumínico e higrotérmico no interior; promover a estimulação sensorial; integração exterior-interior; romper com a aparência de um hos-pital, com incorporação de elemen-tos artísticos, convívio com familiares e possibilitar condições de privacidade.

2.4.2. Humanização em

hospi-tais - como fazer? o que fazer?

A humanização de hospitais é ca-racterizada por um projeto de cor-responsabili-dade, onde paciente e profissionais da saúde andam lado a lado. O paciente precisa receber um atendimento adequado e eficien-te, com isso, de acordo com Martins (2004) o hospital deve promover um “ambiente acolhedor e con-fortável”. A função do arquiteto na hora de

projetar uma instituição de assistência à saúde, além de entender a funcio-nali-dade da área da saúde atuan-te no ambienatuan-te, deve enatuan-tender que o edifício precisa ser flexível e expansí-vel, atender as necessidades técnicas e de humani-zação ( MARTINS, 2004). A arquitetura pode ser uma forma de contribuir para a cura do pacien-te, pro-porcionando o bem-estar físi-co, ou seja, pode servir como um ins-trumento tera-pêutico (Martins, 2004). Martins (2004) afirma que alguns requi-sitos são importantes para a realiza-ção de ambientes humanizados. Para a autora, os aspectos fundamentais para a pro-moção da humanização engloba principalmente a ilumina-ção, a cor e o con-forto higrotérmico.

Iluminação:

Segundo Martins (apud Corbella, 2003), a iluminação natural é importante para a saúde das pessoas, pois é com ela que a percepção de tempo (climático e cronológico) é percebida. A ilumina-ção artificial é tão importante quanto a natural. Ela deve ser vista como uma complementação e não como uma substituição, já que é bastante utilizada em dias nublados e no período noturno. Com isso, percebe-se que tanto natural quanto artificial, influencia o equilíbrio psicológico e fisiológico do paciente.

(20)

Cor:

A utilização de cores normalmen-te é associada a parnormalmen-te de decora-ção e interiores. A sensadecora-ção térmica que determinada cor provoca pode ser utilizada para melhorar as condi-ções higrotérmicas do ambiente. Com exemplo, Martins (2004) continua: Para ambientes mais úmidos, a uti-lização de cores com conotações secas é recomendado, assim como em ambientes mais secos, é reco-mendado a utilização de cores mais úmidas, como verdes mais escuros.

Conforto Higrotérmico: A ausência de desconforto térmico (conforto higrotérmico) está condicio-nado a variáveis de umidade, tempe-ratura e velocidade do ar, por essas questões que o conforto higrotérmico depende do tipo de região. Martins (apud Corbel-la, 2003) cita algumas características de estratégias para projetos com conforto higrotérmico, como o controle de acúmulo de ca-lor, a retirada de excesso de umidade com a movimentação do ar, o privilé-gio do uso de iluminação natural e o controle de possíveis fontes de ruídos.

Cor e espaço no ambiente hospitalar A utilização do estudo de cores no am-biente hospitalar é importante para a realização da humanização de am-bientes. As cores podem ser usadas de di-versas formas com diversas propósi-tos, como por exemplo unificar espa-ços. A utilização de uma única cor iria diminuir as assimetrias e evitar que as pessoas percebessem defeitos. A utiliza-ção de cores pode também diminuir ou aumen-tar os ambientes, transmitindo animação, sendo o uso de cores alter-nadas o mais indicado (MARTINS, 2004). No ambiente hospitalar não é mui-to diferente, as cores em locais espe-cíficos podem ajudar os pacientes e a equipe de profissionais. Conforme afirma Mar-tins (2004), para as batas cirúrgicas dos profissionais de saúde, é indicado a cor verde, pois é com-plementar a cor vermelha do san-gue, proporcionando con-forto visual. O teto dos hospitais também é algo que deve receber atenção para pro-porci-onar conforto e bem-estar aos pacientes, principalmente em locais de circula-ção de macas. Quando são brancos, os tetos dão a sensação de afastamento e o verde ou azul claro são cores que proporcionam sensação de tranquilida-de. Com isso Martins (2004) conclui que os efeitos das cores depen-dem de vá-rios fatores, como idade e sexo do usuário. Para a promoção de um bom ambi-ente humanizado, o ar-quiteto deve realizar um estudo de

possíveis usuários de cada ambiente para a elaboração de um estudo cromático.

2.4.3. Hospital humanizado

para crianças

“A criança, muitas vezes, é vista na institui-ção hospitalar como um adulto pequeno; portanto, não sendo propiciadas condições diferenciadas na sua assistência, levando-a, em algumas situações, a manifestar com-portamentos de repúdio à terapêutica pres-crita, atitudes de alheamento ou, ao inverso, de agressividade, no seu processo de comu-nicação com as demais crianças e com a equipe (Freire - apud Lopes & Pinheiros, 1993 ) Conforme a frase acima expressa, o paciente pediátrico é um paciente di-ferenciado, por isso deve ser tratado de forma adequada. Conforme Batista afir-ma (apud Crepaldi, 1999), o paciente pediátrico deve ter uma atenção espe-cial e diferenciada, pois é o tipo de pa-ciente mais sensível à hospitalização e possui recursos limitados para enfrentar situações desconhecidas e dolorosas. Em se tratando de câncer e a hospita-lização do paciente pediátrico, a pri-meira questão que surge é sobre seu desenvolvimento infantil, já que o tra-tamento de câncer irá influenciar di-retamente no cotidiano do paciente. Sendo assim, a instituição pediátrica tem como responsabilidade respeitar a individualidade da criança e pro-mover o seu desenvolvimento pessoal.

(21)

O paciente pediátrico hospitalizado, deve receber atenção e cuidados tan-to no âmbitan-to físico como no psicológico, pois a hospitalização é, em certos pon--tos, traumáticas para a criança, já que ela sofre mudanças repentinas no seu cotidiano familiar e social, e é integrado a um ambiente desconhecido (sendo para muitos hostil), e possui condições físicas debilitadas. Com isso, formas di-fe-renciadas de atendimento a esse tipo de paciente tem sido empregadas. A brincadeira como forma de terapia vem ajudado bastante no tratamen-to e na cura de pacientes pediátricos. De acordo com Batista (apud Petrillo & Sanger in Ângelo, 1985), o brinque-do no hospital desenvolve aspectos normais da vida cotidiana do pacien-te e previne futuras incomodações. Ainda conforme Batista (2003) afir-ma, o brincar é a forma de autote-rapia da criança e é também uma das maneiras principais de descober-ta de si mesmo, do mundo e das ou-tras pessoas. Através da brincadeira, a criança também aprende, exerci-ta suas habilidades, dirige angústias e medos, repete o que gos-ta, investi-ga e explora o que tem ao seu redor. Para incentivar o desenvolvimento da criança, o paciente deve manter essa conexão com seu lado infantil.

2.4.4. A brincadeira como

for-ma de terapia

Batista (apud Cunha, 2001) afirma ain-da que a ausência de tempo para brin-car aparece como sendo desfavorável ao desenvolvimento infantil. A brinca-deira pode se transformar em um ins-trumento preventivo, diagnóstico, prog-nóstico e terapêutico para a criança.

Com isso, o autor completa (apud Chiattoni in Ca-mon, 2002) que é bas-tante imporbas-tante a tarefa de ajudar os pacientes pediátri-cos a se sentirem fortes dentro de si mesmos, e que pro-porcionar a brincadeira, esse resga-te sempre que possível da infância, é uma forma de ajudar no tratamento.

Figura 4 : Imagem ilustrativa de crianças brincando como forma de terapia

Figura 5: Imagem ilustrativa de crianças se divertindo Fonte: http://samarasouza06.blogspot.com.br

(22)

2.5

Hospital

(23)

“O desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gera-ções futuras atenderem suas próprias neces-sida-des” (Relatório Brundtland, ONU, 1987) O termo “Desenvolvimento Sustentá-vel” aparece pela primeira vez no fi-nal do século XX com os estudos das Nações Unidas sobre as mudanças cli-máticas e ambientais ocorridas após um intenso crescimento urbano. Com a elaboração do relatório “Nosso fu-turo Comum” na Comissão Mundial para o Meio Ambiente e o Desenvol-vimento, foi analisado questões so-ciais, uso da água e ocupação da terra. Como considerações finais, tem--se que desenvolvimento sustentável é uma consequência de desenvolvi-mento econômico, social e ambiental. Sampaio (apud Edwards, 2004) mani-festa que o ramo da construção civil pode ser considerada a área que mais prejudica o planeta no quesito susten-tabilida-de, já que utiliza 45% da ener-gia gerada para o aquecimento, ven-tilação e ilu-minação dos edifícios e 5% para construí-los, utiliza 50% dos recursos materiais do mundo, 60% de terra culti-vável para a construção e 70% dos pro-dutos rela-cionados a madeira estão vinculados a construção de edificações. Com isso, para se alcançar um de-senvolvimento sustentável na área de cons-trução de edifícios será necessário

2.5.1. Desenvolvimento

Susten-tável

que essas edificações sejam sustentáveis. “Um empreendimento se torna realmente sustentável quando atinge equilíbrio entre aten-dimento de demandas voltadas ao ambiente físico, processos econômicos e necessidades sociais, ao considerar o cha-mado tripé da sustentabilidade, pois ao contemplar a incorpo-ração de soluções arquitetônicas voltadas a essas três dimen-sões, a construção pode se tornar instru-mento de melhoria da qualidade de vida do indivíduo e comunidade. - SILVA apud CSILLAG, Diana. Análise das práticas de sus-tentabilidade em projetos de construção la-tino americanos. Tese, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Para Sampaio (apud Edwards, 2004), hoje em dia os projetos devem ter um com-promisso com novas tecnologias, novas tipologias e um comprometimento com a sustentabilidade, ou seja, reconciliar o habitat humano com a natureza, como se fosse um novo modelo arquitetônico. Os estabelecimentos assistenciais à saú-de, são locais que funcionam 24 horas por dia durante sete dias na semana, possui um grande fluxo de pessoas, tem uma necessidade de possuir sis--temas de reservas para emergências, centros com diferentes usos em quan-tidade de energia e normalmente, são estabelecimentos de grande porte. Com isso, os hospitais são um impor--tante foco na questão da sustentabili-dade, e promover um desenvolvimen-to sustentável me-lhora a qualidade e eficiência desses estabelecimentos.

Projeta-los de forma sustentável irá sig-nificar espaços saudáveis, sensíveis as necessidades sociais e viáveis econo-micamente, considerando toda a sua am-plitude (SAMPAIO, 2006, pg. 02). Ao longo do programa de necessida-des, pode-se empregar praticas pro-jetuais que podem ajudar na prática da sustentabilidade. De acordo com Bitencourt (2006) esses aspectos que podem contribuir são, por exemplo: A exclusividade funcional, que fornece dinâmica em ambientes específicos, per-mitindo uma futura alteração. A ilumina-ção e condições naturais também en-tram nesses aspectos, já que maximizam a utilização de luz solar e fornecer venti-lação cruzada em ambientes permitido. A simplicidade funcional do projeto é outro aspecto que pode direcionar a sus-tentabilidade, a previsão de subs-tituição de partes para futuras altera-ções e intervenaltera-ções. Um dos fatos bas-tante imporbas-tantes também citados é o acesso a fontes de energia renovável e em relação aos materiais, Bitencourt (2006) cita a durabilidade, para efetu-ar o mínimo possível de interferência para o futuro, cita também a escolha de materiais ecológicos e a sua qua-lidade, para gerar um baixo impacto.

(24)

2.5.2. Certificações

Considerando o fato de que a cons-trução de edificações de assistenciais a saúde, é o maior responsável por grandes impactos ao meio ambien-te, por ter o segundo maior consumo de energia por metro quadrado, além de que compõe um dos maiores seto-res da economia nacional (Dados dos edifícios hospitalares – EcoBuilding Con-sultoria), e considerando também a ne-cessidade de garantir qualidade e efi-ciência dessas edificações, surgiram as certificações verdes para os hospitais. Ainda pouco disseminadas, as certifica-ções para ambientes hospitalares vem alcançando mais popularidade pois tem como objetivo principal a proteção ao usuário e ao meio ambiente, geran-do bem estar e alto desen-volvimento. Para um hospital ser considerado sus-tentável, ele precisa ser avaliado den-tro de vários critérios e verificar o nível de desempenho do estabeleci-mento. A certificação mais utilizada no mundo é o LEED for Healthcare.

Criada nos Estados Unidos, a certifica-ção Leed tem o objetivo de distinguir edificações sustentáveis através de vários critérios. Os principais assuntos abordados para a conclusão da certi-ficação englobam, espaços susten-tá-veis, o correto uso da água, energia,

Certificação LEED

O Leed for Healthcare, expõe um conjunto de padrões e critérios de de-sempenho para hospitais com o intuito de considerar sustentáveis a cons-trução, projeto e a operação de assistência à saúde, afim de cer-tificar a instituição como saudável, economicamente viável e conscien-te ambien-talmenconscien-te (MACEDO, 2013) Os hospitais verdes se configuram em ambientes com algumas vantagens, entre elas está a redução de consu-mo de energia e agua ocasionando a redução de custo, melhorar o con-os acesscon-os do edifício, assim como a qualidade dos ambientes internos e inovações no projeto. ( MACEDO 2013) De acordo com Costa e Moraes (2013), a certificação Leed adota um mé-todo de avaliação por pon-tos, e para conseguir a certificação final é ne-cessário alcançar um nú-mero de critérios de desempenho. Cada critério possui um peso diferente que varia de acordo com a tipologia. O conjunto de pontos da certificação é dividido conforme a imagem abai-xo, onde a cada conjunto de pontos se al-cança um tipo de certificação Leed.

Criada em 2008 pela fundação Van-zolini, a certificação Aqua é conside--rada a primeira certificação brasileira para o setor hospitalar (Voitilli, 2012). A certificação consiste em uma avalia-ção realizada a partir de 14 critérios de sustentabilidade divididas em quatro eta-pas, em todas as fases da con-cepção do projeto. A certificação é concedida ao final de cada uma das fases de proje-to, concepção, realização e operação. De acordo com Voitilli (2012) as eta-pas consideradas na certificação Aqua abrangem assuntos relacionados ao sitio e construção, levando em consi--deração a relação do edifício com o entorno, canteiro de obras e a esco--lha dos produtos do sistema constru-tivo; Gestão, tanto de água, energia, resíduos e manutenção; Conforto, re-lacionado ao conforto visual, acústi-co, higrotérmico e olfativo e a etapa relacionada a saúde, considerando a qualidade sanitária do ar, agua e am-bientes. Para alcançar a certificação, é necessário um conjunto de pontos separados em 3 categorias: Bom,

Su-Certificação Aqua

o tempo de internação. Tem como vantagem ainda a significativa res-posta e melhora dos pacientes ao tratamento realizado e propõe be-nefícios a co-munidade do entorno.

Figura 6: Certificações LEED

(25)

3.

ANÁLISE DE ÁREA

3.1. Caracteristicas do terreno

3.2. Aspectos Legais

3.2.1. Zoneamento

3.2.2. Tabela de usos

3.2.3. Código de Obras

3.3. Análise bioclimática

3.4. Análise do sistema viário

3.5. Análise de usos do solo

(26)

3.1

Caracteristicas

do terreno

(27)

Lagoa da

Conceição

Norte

da Ilha

Centro

Trindade

Corrego

Grande

3.1.1. Localização do

terreno no bairro

Figura 09: Mapa de localização com acessos Figura 07: Mapa de localização de bairros vizinhos

Cepon Cepon

Terreno Centro

Fonte: Criado pela autora

Figura 08: Imagem de localização do terreno e Cepon Fonte: Criado pela autora

Fonte: Criado pela autora

O terreno escolhido para a realiza-ção do projeto fica localizado no Bairro Itaco-rubi, na cidade de Flo-rianópolis, Estado de Santa Catarina. O bairro é um eixo importante de fluxo de pessoas; possui ligações diretas com o Bairro Trindade, Córrego Grande, La-goa da Conceição, Centro da Cidade e com as praias do Norte e do Leste da Ilha. Com 7.561m², o terreno possui sua en-trada principal pela rua Pastor William Ri-chard Schisler Filho, localizado entre o Instituto Médico Legal (IML) e uma rua secundária que dá acesso ao Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), este, localizado atrás do terreno do projeto. O Bairro Itacorubi possui a Aveni-da Admar Gonzaga como princi-pal, onde se encontra o maior flu-xo de pessoas e de comércio. O Bairro teve, na sua história, um cres-cimento urbano desordenado devi-do a sua localização entre bairros im-portantes com grandes fluxos e pela concentração de órgãos públicos. Além disso, o Bairro é caracterizado por possuir um grande fluxo de universitá-rios, devido a instalações de faculdades.

(28)

3.2

Aspesctos

legais

(29)

3.2.1. Zoneamento

Figura 10: Mapa de zoneamento

De acordo com o mapa de zonea-mento do Plano Diretor de Florianópo-lis, percebe-se que o terreno em estudo está localizado em uma área de ACI. De acordo com a Lei nº 482 de 17 de ja-neiro de 2014 dos seguintes artigos, Áre-as comunitáriÁre-as/ Institucionais, são áreÁre-as que serão destinadas a equipamentos comunitários e/ou usos institucionais

ACI

3.2.2. Tabela de usos

Figura 11: Tabela de usos editada pela autora

Analisando a tabela de usos, utilizando como referência o mapa de zonea-mento, pode-se concluir que, mesmo o terreno estando em uma área um pou-co mais restrita para pou-construção (ACI), as edificações com atividades em atendimento hospitalar são permitidas. Na tabela está expresso a possibili-dade ou não de construção com as letras A (adequado) e P(proibido).

Fonte: Plano diretor de Florianópolis

Fonte: Plano diretor de Florianópolis

UC APP APL-E APL-P AVL ACI

Saúde Humana e serviços

sociais

Atividade de atenção a saúde humana Atividade de atendimento hospitalar

A-12

P

P

P

P

A

USOS

86.1 86.2 86.3 86.4 86.5 Atividade de atendimento hospitalar Atividade de atendimento hospitalar Atividade de atendimento hospitalar Atividade de atendimento hospitalar

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

P

A

A

A

A

LEGENDA APP APL-E APL-P AVL ACI ARR ARP ARC ARM ATR ATL AMC APT ARMS AUE ZEIS

(30)

O Código de Obras do Município de Florianópolis, indica principalmente re-gras gerais e específicas, assim como os melhores procedimentos, tanto administrativo como executivo que devem ser obedecidas nos projetos. O Código tem como objetivo asse-gurar e promover a melhora dos pa-drões mínimos de higiene, seguran-ça, conforto e salubridade; orientar os projetos e as execuções das obras, proporcionando uma constante me-lhoria da construção e o aprimora-mento da arquitetura das edificações. Para a concepção do projeto, al-gumas informações retiradas do có-digo de obras são bem relevantes, principalmente as informações relacio-nadas a ambientes assistenciais à saúde:

CAPITULO XI – EDIFICAÇÕES PARA USOS DE SAÚDE

Art. 168. Consideram-se edificações para usos de saúde as destinadas à prestação de serviços de assistência à saúde em geral, inclusive veteriná-ria, com ou sem internação, incluin-do, dentre outros, os seguintes tipos:

3.2.3. Código de Obras

I - hospitais ou casas de saúde; II -maternidades;

III - clínicas médica, odontológica, ra-diológica ou de recuperação física ou mental;

IV - ambulatórios; V - prontos-socorros; VI - postos de saúde;

VII - bancos de sangue ou laboratórios de análises.

Art. 169. As edificações para usos de saúde, além das exigências deste código que lhes forem aplicáveis, deverão obedecer, no que couber, às condições estabelecidas nas normas fe-deral, estadual e municipal específicas. Art. 169 A - Atendidas as condições estabelecidas nas normas federal, estadual e municipal específicas, as edificações para usos de saúde re-lacionadas no art. 168, incisos I, II e V, poderão ter suas salas cirúrgicas e uni-dades de terapia intensiva localizadas no pavimento denominado subsolo.

Art. 170. As edificações para usos de saúde relacionadas no artigo 168, in-cisos I, II e V deverão ser dotadas de instalações de energia elétrica autônoma - gerador ou equivalen-te- com iluminação de emergência.

SEÇÃO IX – INSTALAÇÕES DE APARELHOS RADIOLÓGICOS Art. 234. Nas edificações onde houver aparelhos radiológicos, a instalação destes só será admitida em locais ade-quadamente isolados contra radiações de acordo com as disposições da le-gislação federal e estadual pertinen-tes, bem como das normas brasileiras.

(31)

3.3

Análise

(32)

Análise Bioclimática da área

Para realizar a análise bioclimática do terreno, foi utilizado a Rosa dos Ven-tos, que é caracterizada como um gráfico que identifica a direção e a velocidade dos ventos em épocas distintas do ano. Foi realizada tam-bém uma análise de temperaturas da cidade e utilizado o diagrama so-lar, que consiste em uma fer-ramenta de análise e auxílio de proteção solar. Utilizando o programa SOL-AR, po-de-se verificar a Rosa dos Ventos

sobre velo-cidade

predominan-te e sobre a frequência dos ventos. Analisando as duas Rosa do Ventos, pode-se notar que tanto a predomi-nância quanto a frequência de ven-tos na cidade de Florianópolis são fei-tos pelos ven-fei-tos Norte e Nordeste. Com isso, percebe-se que no terre-no o vento terre-nordeste não possui um obstáculo significativo. Já para os ventos Sul, Oeste e Leste, há bar-reiras em forma de edi-ficação. Ao analisar o Diagrama Solar, per-cebe-se que as temperaturas mais quentes (TBS> 25ºC) ocorrem principal-mente nos meses de janeiro a março (Verão), principalmente nos horários do final da manhã até metade da tarde.

Figura 12: Rosa dos ventos - velocidade predominante

Fonte: Programa SOL-AR Figura 13: Rosa dos ventos - frequencia de ocorrenciaFonte: Programa SOL-AR

Nessa época é quando o sol está mais quente e incidindo com mais força. Po--de-se perceber que começa a ficar mais frio (14ºC<TBS< = 10ºC), de mar-ço a junho (Outono). Porém, a par-tir de junho a temperatura começa a ficar mais baixa (TBS<=10ºC), que é a chegada do inverno. Nessa época do ano o sol inci-de menos ainda,

fa-zendo com que a temperatura caia. Figura 14: Diagrama Solar

Fonte: Programa SOL-AR

Vento Sul

Vento Nordeste

Vento Norte

(33)

3.4

Análise

do sistema

viário

(34)

Análise do sistema viário

Figura 16: Mapa de análise de sistema viário Fonte: Criado pela autora

O mapa apresentado na Figu-ra 16, é a análise do Sistema Viá-rio do entorno imediato do terreno. Foram analisadas as vias importantes que atingem o terreno, assim como o mo-biliário urbano e seu estado.

A via principal, que passa na fren-te do fren-terreno, é caracfren-terizada como Via Cole-tora. Esse tipo de via tem como característica coletar e dis-tribuir o trânsito, que tem como ob-jetivo migrar para outro tipo de via. A via coletora analisada nesse mapa,

Figura 17: Mapa de sistema viário Fonte: Criado pela autora

70m LEGENDA Arterial Coletora Transito Rápido Local Terreno Áreas verdes

está em sua maioria em bom estado; pos-sui a largura de via para dois car-ros; as calçadas encontram-se em bom estado com piso tátil (em boa parte); e em alguns trechos percebe--se a presença de recuo para facilitar o estacionamento no decorrer da via. Outra via que interfere diretamente no terreno é a Via de Trânsito Rápido (Ave-nida Admar Gonzaga), que tem como característica maior velocida-de dos veí-culos. É uma via onvelocida-de os pedestres tem um pouco mais de difi-culdade de cru-zar, já que ela é con-siderada uma via de trânsito livre. A Avenida possui duas mãos, uma de ida e uma de volta, e as faixas de pedes-tres são elevadas para permitir uma transição mais segura de pedestres. Ao analisar o mapa ao lado, em rela-ção a pontos de ônibus pode-se cons-tatar que na rua principal em frente ao terreno, rua Pastor Willian Richard Filho (Via Coletora), há boa quanti-dade de pontos de ônibus. A maio-ria é parada de ôni-bus, indicada apenas por uma placa, sendo o res-tante pontos de ônibus com cabine. Percebe-se que há uma parada de ôni-bus inserida exatamente em frente ao ter-reno em estudo. Há também pontos de ônibus estrategicamente posiciona-dos em frente a colégios e em pontos com grande fluxo de pessoas e comér-cios (Via de trânsito rápido e vias coletoras).

(35)

3.5

Análise

de usos do

solo

(36)

Análise de uso do solo

Figura 17: Mapa de usos do solo Fonte: Criado pela autora

encontram

mais

para

sua

parte interna, em áreas

re-lativamente

mais

calmas.

Outro espaço que aparece muito no mapa, é a área institucional. O Bairro pos-sui na sua história características voltadas a instituições, e atualmen-te isso conti-nua com a presença de áreas institucionais como o Cemité-rio Municipal Itaco-rubi São Francis-co de Assis, a Comcap, a Eletrosul, um centro da UFSC e outro da Udesc. Mesmo possuindo muitas característi-cas voltadas ao institucional, o Bairro tam-bém possui características de mércio. A maior concentração de co-mércio e consequentemente a maior concentração de fluxos de pessoas, se encontra aos arredores da Avenida Admar Gonzaga, onde, analisando-se de acordo com o mapa, é o ambien-te de maior predominância de áreas destinadas ao comércio (amarelo). O Bairro também possui uma caracte-rística geográfica natural bem impor-tante, que é o mangue. O Itacurubi possui a maior parte da sua área cons-tituída pelo mangue, que é considera-do um considera-dos maiores em áreas urbanas. O mapa realizado abaixo, é a

com-pilação de análises de usos do en-torno prin-cipal do terreno estudado. Analisando o mapa de uso dos solos (figura 17), e levando em

consideração o tipo de organização do Bairro, assim como as características de usos, pode-se concluir que a grande maioria, analisada em quantidade, são de espaços des-tinados à residências.

Ao caminhar pelo Bairro,

perce-be-se que essas residências se

70m LEGENDA Institucional Comercial Misto Residencial Terreno Áreas verdes

(37)

4.

Referenciais

4.1. Centro Indantil Boldrini

4.2. Hospital Infantil em Suzhou

4.3. Hospital Sarah Kubitschek Salvador

4.4. Hospital Albert Einstein

4.5. Kiowa County Memorial Hospital

4.6. Dana-Farber Cancer Institute; Yawkey

Center

(38)

4.1

Centro

Infantil

Boldrini

(39)

O Centro Infantil Boldrini é reconhecido como o maior hospital especializado em câncer pediátrico da América La-tina. Foi inaugurado em maio de 1986, e seu nome é em homenagem ao fa-lecido pediatra Domingos Adhemar Boldrini, que realizou importantes servi-ços para a cidade de Campinas- SP. O Hospital é filantrópico e especia-lizado em oncologia e hematologia pediátri-ca. Anualmente, o Centro Infantil Boldrini recebe 900 novos ca-sos de suspeita de câncer ou doença sanguínea. Não há lista de espera e a grande maioria dos pacientes (80%) vem do SUS (Sistema Único de Saúde), recebendo o trata-mento adequa-do que dura em torno de adequa-dois anos. Além de cuidados com os pacientes, a Instituição possui importante papel em programas de educação de pro-fissionais na área da saúde, reconhe-cido naci-onal e internacionalmente A estrutura arquitetônica do Hospi-tal é funcional e favorece o conforto aos pa-cientes e à equipe médica. As unidades de internação são dis-postas de forma que os profissionais médicos e de enfermagem possuam controle sobre os pacientes. As unida-des são com-postas por nove quartos com banheiros privativos. No total são 77 leitos, sendo 8 para pacientes de terapia intensiva e 6 para os pacien-tes de transplante de medula óssea

Brasil São Paulo Campinas

Figura 19: Centro infantil Boldrini imagem aérea

A instituição

Com 30 mil m² de área construída, o Centro Infantil Boldrini possui em seu com-plexo:

• O hospital;

• Prédio da radioterapia,

me-dicina nuclear e imagem;

• Centro de reabilitação Lucy Mon-toro Oferecendo serviço aos por-tadores de doença hematológica, hemofilia e com deficiência física ou mobilidade reduzi-da ( figura 22) • Instituto de pediatria Ronald McDonald;

• Estação Boldrini (um serviço de su-porte ao transsu-porte de pacientes);

• Instituto de

Pesqui-sa Domingos Rodrigues.

Por estar localizado próximo à Uni-versidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Instituição possui gran-de influência no gran- desenvolvimen-to tecnológico e científico na área

de onco-hematologia pediátrica.

Figura: .feac.org

(40)

Figura 20: Centro infantil Boldrini

O projeto do Centro Infantil Boldrini é re-ferência em humanização. Além da pro-ximidade com o parque ecológico de Campinas, que permite uma paisa-gem agradável e natural, a Instituição possui diversas áreas verdes ao decorrer de seu extenso terreno, com áreas de lazer, mo-biliários urbanos e brinquedos infantis. Além disso, na ala de internação, o Hos-pital busca a ligação com o lar, o acon--chego. Não somente pela dimensão de seus ambientes, mas por tentar deixar os pais o mais próximo possível dos seus filhos durante o tratamento, permitindo assim pouca diferença na mudança repentina de cotidiano e de moradia. A ideia de lar é percebida também com o número reduzido de quartos por ala. No total são seis alas de internação, com nove quartos e um posto de en-ferma-gem em cada ala. O diferencial está que ao lado de cada quarto de paciente há um quarto para os pais da criança, separados por parede de vi-dro, dimi-nuindo assim o estranhamen-to das mesmas ao local em que estão, permitin-do uma integração maior. Continuando nessa linha de mate-rialização do lar, a Instituição per-mite a personalização do ambien-te através do projeto “pintando as paredes do mundo”, onde a artista responsável e as crianças interna-das pintam as pa-redes do hospital.

O PROJETO

Fonte: mapio.net

Figura 22: Apresentação musical no centro infantil Boldrini

Fonte: mapio.net Figura 21: Centro de reabilitação Lucy Montoro

(41)

4.2

Hospital

Infantil de

(42)

Suzhou - China

O Hospital infantil Suzhou, ainda em fase de projeto, fica localizado na Chi-na em Suzhou. Com 94.800 m² o projeto foi idealizado pelo grupo HKS Architects. O conceito para a concepção do pro-jeto vem de pipas. Acredita-se que as pipas surgiram na China e a anos é um brinquedo infantil. O hospital possui sua própria pipa colorida, que funciona como cobertura. A arquitetura do pro-jeto lembra e reforça o vínculo com a agua nos jardins. As curvas são bem atra-en-tes com faixas de cores intercaladas. Haverá bastante utilização da ilumi-nação natural nos quartos, em áre-as clínicáre-as e de acesso. Irá incor-porar teto verde, e o cliente está solicitando a classifica-ção prata LEED. Foi utilizado escadas rolantes para me-lhorar o fluxo de usuários e encurtar dis--tancias, assim como em cada andar o paciente poderá ter acesso a farmácias. Todo o estacionamento fica no subsolo para reduzir os efeitos de ilha de calor. Nas ruas do entor-no encontram-se pontos de ônibus. O novo projeto irá substituir uma instalação desatualizada para re-alizar melhori-as na área de cui-dados da saúde com crianças.

A instituição

Figura 23: Mapa de localização do Hospital Suzhou Fonte: Criado pela autora

Figura 24: Imagem do projeto do hospital Suzhou Fonte: Archidaily

(43)

4.3

Hospital

Sarah

Kubitschek

Salvador

(44)

O Hospital Sarah Salvador é um dos hos-pitais da rede Sarah do arquiteto Lelé, que fica situado em Salvador – Bahia. A instituição é reconhecida por seu proje-to sustentável, voltado a preocu-pação com a ventilação, iluminação e confor-to. Foi inaugurado em 1994 atuando em quatro grandes áreas: Re-abilitação Neurológica, ReRe-abilitação Ortopédica, Reabilitação infantil e Neu-roreabilitação em Lesão Medular. São admitidos pacientes adultos e infantis. A presença de sheds na cobertura é algo que caracterizam a arquitetura, sua função principal é do favoreci-mento de iluminação e ventilação na-tural. Lelé busca desenhos leves para a cobertura e devido ao uso do aço e sua função maleável, é possível va-riar na forma física dos sheds, que são importantes devi-do a estudos climá-ticos do local e para um melhor apro-veitamento. Devido a esses fatos, os sheds do Sarah Salvador estão loca-lizados a sudoeste (sotavento) favo-recendo os efeitos de sucção do ar. A ventilação natural é utilizada na maioria dos ambientes, através de fluxos ver-ticais. Os ambientes es-peciais, possuem uma necessidade maior de controle de temperatura, pressão e umidade e por isso são os únicos ambientes que possu-em um sistema de resfriamento mecânico.

A instituição

Brasil Bahia Salvador

As galerias de manutenção das insta-lações viram galerias para ventilação natu-ral. As entradas das galerias para a captação de ar ficam voltadas para o nor-deste (vento dominante), cana-lizando o ar que cria uma diferença de pressão que favorece a ventilação vertical. Quando há ausência de ven-tos naturais, ventiladores são aciona-dos para fazer essa captação do ar e soprar para os ambientes internos

Figura 26: Mapa de localização hospital Sarah Salvador Fonte: Criado pela autora

Figura 27: Imagem interna Sarah Salvador Fonte: Archidaily

Figura 28: Imagem interna

(45)

4.4

Hospital

Israelita

Albert

Einstein

(46)

Inaugurado em 1971 o Hospital Israelita Albert Einstein tornou-se referência em atendimento humanizado, tratamento com alta tecnologia, responsabilidade social e atividade de pesquisa e ensino. O projeto de ampliação mais recente do Hospital, foi concebido em 2006, tiran--do partido do tecido urbano, recuos, fluxos e visuais. Foi priorizado a implan-ta-ção em monobloco, compacta, mas que acompanha o alinhamento do lote. No mesmo ano da sua concep-ção, uma nova lei de incentivo a implantação de hospitais foi apro-vada, e isso delineou um novo pa-norama para a constru-ção da nova unidade especializada em oncologia.

O projeto tinha como

objeti-vo a humanização e deveria ser uma unidade hospi-talar sociável. Um diferencial da instituição é que o local onde está inserido na cidade é bem consolidado, tem no seu entor-no grandes edificações, fazendo com que seus recuos, a angularidade da face frontal que é desmembrada em duas fachadas de vidro grafite, ge-rem um bom impacto na vizinhança. Os vidros da fachada estabelecem uma comunicação interna e

livre, apropriada para dispor o exten-so programa. Cada laje da edificação foi dividi-da em dois setores paralelos, onde a parte da frente possui salas de espera, atendimento e cafés, é voltada para a função social e na parte poste-rior é en-contrada as áreas de serviços. hospitalar com referências urbanas

do local. As voltadas ao público, so-ciais e de atendimento, ficam próxi-mas a essas superfícies envi-draçadas. A estrutura do projeto foi concebida por uma série de pilares de concreto peri-féricos e o core central, também de concreto que criam uma planta

A instituição

Brasil - São Paulo São Paulo- São Paulo Av. Albert Einstein - Morumbi

Figura 29: Mapa de localização Hospital Albert Einstein Fonte: Criado pela autora

(47)

4.5

Kiowa

County

Memorial

Referências

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