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Módulo 5 - OC - Apostila de Desenho Técnico Mecânico

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Academic year: 2021

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(1)

1. O QUE É UM DESENHO TÉCNICO? ... 2

1.1 Posições Relativas ... 5

2. PERSPECTIVA ... 6

3. TIPOS DE LINHAS ... 11

3.1 Linha para arestas e contornos visíveis: ... 11

3.2 Linha para arestas e contornos não visíveis: ... 12

3.3 Linha de centro e/ou eixo de simetria: ... 12

3.4 Linha auxiliar, de chamada e de construção: ... 12

3.5 Linha de cota: ... 13

4. PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA ... 14

4.1 Projeção Ortográfica do 1º Diedro ... 14

5. NORMALIZAÇÃO ... 23

5.1 Formato de papel: ... 23

5.2 Margem e legenda ... 24

6. SISTEMA DE COTAGEM ... 25

6.1 Regras de cotagem ... 27

6.2 Disposição e apresentação da cotagem ... 28

7. ESCALA ... 32 7.1 O que é Escala? ... 32 8. SINAIS INDICATIVOS ... 35 9. SUPRESSÃO DE VISTAS... 37 10. CORTES E SEÇÕES ... 41 10.1 Planos de corte ... 41 10.2 Tipos de corte ... 44

(2)

10.1.4 Corte parcial ... 47

10.3 Omissão de corte ... 52

10.4 Seções ... 56

10.5 Encurtamento ... 58

11. VISTA AUXILIAR ... 59

12. REPRESENTAÇÃO SIMPLIFICADA DE ROSCAS EM DESENHO TÉCNICO ... 62

12.1 Representação em vistas... 64

13. TOLERÂNCIA DIMENSIONAL ... 65

14. RUGOSIDADE ... 70

(3)

INTRODUÇÃO

A indústria metal-mecânica ou metalurgia mecânica incorpora todos os segmentos responsáveis pela transformação de metais nos produtos desejados, desde a produção de bens até serviços intermediários, incluindo máquinas, equipamentos, veículos e materiais de transporte.

Dentro dos campos de estudo da metal-mecânica encontram-se os processos

de deformação plástica, soldagem, fundição e usinagem, estudo das

propriedades e a resistência dos materiais utilizados.

A indústria metal-mecânica impulsiona as economias dos países mais importantes. Toda a tecnologia gerada por este setor garante produtos inovadores e mantém a evolução dos processos.

(4)

1.

O QUE É UM DESENHO TÉCNICO?

O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura. Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura

Este módulo de desenho não visa formá-lo um desenhista profissional, mas sim, através dos conceitos básicos que veremos no decorrer deste módulo você estará apto a ler e interpretar qualquer tipo de desenho técnico, e todos os assuntos que serão apresentados são regulamentados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

(5)
(6)

Ângulos

(7)

1.1 - Posições Relativas

Interiores excêntricas Interiores concêntricas Tangente interior

(8)

2. PERSPECTIVA

Define-se a perspectiva como a projeção em uma superfície

bidimensional de uma determinada cena tridimensional. Para ser representada na forma de um desenho (conjunto de linhas, formas e superfícies)

Mostra o objeto como ele é aos olhos do observador com clareza por apresentar diversas faces do objeto e apresentar três dimensões.

A perspectiva isométrica (medidas iguais) é da mais simples e eficiente representação. Parte de três eixos isométricos posicionados a 120º, sobre os quais se marcam as medidas reais da peça.

(9)

Acompanhem no reticulado as fases do traçado de um prisma retangular:

(10)

(11)
(12)
(13)

3. TIPOS DE LINHAS

Todos os desenhos técnicos por mais simples ou complexos que sejam, são nada mais que uma combinação de figuras geométricas e linhas de diferentes tamanhos, posições e espessuras, e de acordo com a ABNT as linhas básicas para o desenho técnico segundo a NBR 8403/1984, são as seguintes:

A) Linha para arestas e contornos visíveis B) Linha para arestas e contornos não visíveis C) Linha de centro e/ou eixo de simetria

D) Linha auxiliar, de chamada e de construção E) Linha de cota

OBS: A espessura das diversas linhas fica na dependência do tamanho e proporção do desenho

3.1 Linha para arestas e contornos visíveis:

Trata-se de uma linha contínua larga e indica todas as partes visíveis do objeto.

(14)

3.2 Linha para Arestas e Contornos não visíveis:

Trata-se de uma linha tracejada estreita e indica todas as partes não visíveis do objeto.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

3.3 Linha de centro e/ou eixo de simetria:

Trata-se de uma linha traço e ponto estreita e é usada para indicar o centro de elementos e também a simetria de peças.

3.4 Linha auxiliar, de chamada e de construção:

Trata-se de uma linha contínua estreita e serve como auxiliar a linha de cota limitando o dimensionamento da parte a ser cotada.

(15)

3.5 Linha de cota:

(16)

4. PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA

É a forma de representar uma peça em sua verdadeira grandeza, e é feita através de um plano de projeção que apresenta apenas duas dimensões por face do desenho

4.1 Projeção Ortográfica do 1° diedro

Diedro é o encontro de pelo menos dois semi planos comuns tendo origem de uma mesma aresta, formadas por um ângulo reto.

(17)

E no desenho técnico tem a função de determinar a maneira como a peça será rebatida, por exemplo:

(18)
(19)

As três vistas de um desenho técnico em 1° diedro.

Peças que apresentam formas e contornos regulares podem ser desenhadas em uma única vistas, porém quando se trata de peças mais complexas ou processos de usinagem devem ser descritos uma única vista não será suficiente.

Para a obtenção das três vistas seguem-se os critérios abaixo:

1° escolhe-se como vista frontal a face do objeto que melhor identifica o formato da peça desde que esta escolha não prejudique as demais vistas. 2° posiciona-se esta vista de modo que as outras duas apresentem um número maior de detalhes visíveis.

3° a partir da vista frontal pelo simples giro da peça para baixo a 90 ° obtemos a vista superior.

4° a partir da vista frontal tombando a peça em 90° pa ra o lado obtemos a vista lateral esquerda.

(20)

Faça as projeções das peças abaixo diferenciando os tipos de linhas apresentados:

(21)
(22)
(23)
(24)
(25)

5. NORMALIZAÇÃO

5.1 Formato de papel:

De acordo com a ABNT o formato básico para desenho técnico é o formato A0 tendo como medida 841 mm por 1189 mm, a partir deste formato é que surgem os demais como mostra a figura abaixo:

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5.2 Margem e legenda

As legendas podem variar de empresa para empresa, mas segundo a NBR 10582 Devem conter necessariamente as seguintes informações:

Designação da firma;

Projetista desenhista ou outro responsável pelo conteúdo do desenho; Local data e assinatura;

Nome e localização do projeto; Conteúdo do desenho;

Escala;

Número do desenho; Designação da revisão;

Indicação do método de projeção;

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6. SISTEMA DE COTAGEM

Cotagem é a representação gráfica em um desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos e valor numérico numa unidade de medidas.

As partes características de um objeto podem ser uma superfície plana, uma superfície cilíndrica, um ressalto, um filete de rosca, uma ranhura, um contorno etc.

Elementos de Cotagem

Inclui a linha auxiliar, linha de cota e cota conforme a NBR 8403. E são posicionadas conforme indicam as figuras abaixo:

Em posição horizontal sempre acima e sem tocar a linha de cota. Em posição vertical sempre à esquerda e sem tocar a linha de cota. Notem também que a linha auxiliar não toca o contorno da peça, e a linha de cota necessariamente toca a linha auxiliar.

(28)

Em posição inclinada como segue a figura abaixo:

Apresentação

Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho:

Primeiro método

As cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro.

Segundo método

As cotas devem ser lidas da base da folha de papel.

As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota

(29)

6.1 Regras de Cotagem

Deve ser escolhida a vista que melhor identifica o elemento a ser cotado.

Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto se necessário, pode ser desenhado obliquamente a este, (aproximadamente 60°), porém paralelas entre si.

Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas.

A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linha de cota, porém pode ser usado como linha auxiliar.

A linha de centro, quando usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto.

A linha auxiliar não deve tocar o contorno da peça.

Não se indica a unidade de medida no desenho, para esta informação existe um campo específico na legenda.

Deve-se cotar apenas o necessário evitando a repetição de cotas. Não se devem cotar elementos não visíveis.

A colocação de cotas dentro do desenho só se esta facilitar a interpretação.

Em peças que são aplicados alguma escala ou encurtamento a cota a ser representada deve ser a medida real da peça.

(30)

6.2 Disposição e Apresentação da Cotagem Cotagem em cadeia:

Cotagem por elemento de referência:

(31)

Cotagem por coordenadas

(32)
(33)

1) Quais os elementos que constituem o sistema de cotagem?

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

2) Cite algumas regras de cotagem apresentadas:

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

3) Como devem ficar posicionadas as cotas num desenho técnico?

a) Na vertical:_________________________________________________ b) Na horizontal:_______________________________________________

4) Descreva como são desenhados os tipos de linhas utilizadas na cotagem de um desenho.

_______________________________________________________________ _______________________________________________________________

(34)

Desenhe as três vistas ortográficas da peça abaixo e faça a cotagem conforme as regras:

7. ESCALA

Antes de representar objetos, modelos, peças, etc., deve se estudar o seu tamanho real. Tamanho real é a grandeza que as peças têm na realidade.

Existem peças que podem ser representadas no papel em tamanho real, outras são grandes demais para caber numa folha e outras são tão pequenas, que se reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar os seus detalhes.

Para resolver tais problemas, é necessária a aplicação de uma escala.

7.1 O que é escala?

A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas lineares do objeto representado.

Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o tamanho real da peça. A escala permite representar, no papel, peças de qualquer tamanho.

Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real são mantidas, aumentadas ou reduzidas proporcionalmente.

(35)

As dimensões angulares do objeto permanecem inalteradas. Nas representações em escala, as formas dos objetos reais são mantidas.

Com o auxilio da régua faça a cotagem nas peças a seguir de acordo com a escala indicada:

(36)
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8. SINAIS INDICATIVOS

Para facilitar no sistema de cotagem podemos contar também com outros elementos que nos auxiliam na interpretação de um desenho que são os sinais indicativos de:

Diâmetro de peças cilíndricas =Ø

Sinal indicativo de quadrado=

(38)

Sinal indicativo de raio de circunferência = R

(39)

Diagonais cruzadas:

São duas linhas contínuas estreitas cruzadas que tem por finalidade indicar superfícies planas quando estas não estão claras em uma vista.

Obs.: todos estes sinais indicativos são usados na representação de desenho técnico com vista única

9. SUPRESSÃO DE VISTAS

A representação do objeto, com menos de três visitas, é chamada de representação com supressão de vistas. Suprimir quer dizer eliminar, omitir, impedir que apareça.

Na representação com supressão de vistas uma ou mais vistas deixam de ser representadas.

No desenho acima notamos que a vista lateral esquerda foi omitida, isto porque seria igual à vista frontal. Já no desenho abaixo tanto a vista lateral esquerda e superior foram omitidas, isto só foi possível através do emprego de alguns dos sinais indicativos

(40)

O sinal indicativo de quadrado foi empregado para representar as medidas de comprimento e largura que são de 40 mm e as duas diagonais cruzadas têm a função de indicar que as superfícies são planas.

Acompanhem num passo as explicações observando, a seguir, a representação da perspectiva e as três vistas ortográficas.

As três vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem a idéia de como o modelo é na realidade. Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas.

(41)

Observe que as cotas que antes apareciam associadas à vista lateral esquerda foram transferidas para as duas outras vistas. Assim, nenhuma informação importante sobre a forma e sobre o tamanho da peça ficou perdida. Mas, este mesmo modelo pode ser representado com apenas uma vista, sem qualquer prejuízo para sua interpretação. Veja.

Desta vez o modelo foi representado em vista única. Apenas a vista frontal foi representada. A largura da peça foi indicada pela palavra espessura

(42)

Acompanhe a interpretação da cotagem do modelo.

As cotas básicas são: comprimento= 60, altura= 35 e largura= 15 (que corresponde à cota indicada por: ESP 15). Uma vez que o modelo é simétrico no sentido longitudinal, você já sabe que os elementos são centralizados. Assim, para definir os elementos, bastam as cotas de tamanho. O tamanho do rasgo passante fica determinado pelas cotas 10 e 15. Como o rasgo é passante, sua profundidade coincide com a largura da peça, ou seja, 15 mm. As cotas que definem os elementos oblíquos são: 16, 48, 8 e 15.

Represente o desenho abaixo com supressão de vistas, utilizando os sinais indicativos e cotando corretamente.

(43)

10. CORTES E SEÇÕES

10.1 Planos de corte

Uma peça representada em projeção ortográfica mostra a peça como ela aparece aos olhos do observador, seus detalhes internos são indicados no desenho com linhas tracejadas.

Quando esses detalhes se tornam complexos, mais e mais linhas são necessárias para a representação dos elementos internos dificultando a interpretação do desenho e a colocação de cotas

Veja como fica a representação desta peça:

Peça real representação normal representação em corte

A partir desta dificuldade podemos aplicar uma técnica chamada plano de corte que visa mostrar os elementos internos da peça que até então não estavam visíveis.

(44)

CORTE: significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça.

Elementos que constituem um plano de corte: Linha de corte:

Trata-se de uma linha traço e ponto estreita larga nas extremidades e na mudança de direção (conforme o tipo de corte)

Letras iguais e maiúsculas:

Indicam o tipo de corte e o ponto inicial e final do corte

Setas:

Indicam qual vista será representada em corte e qual parte da peça será rebatida em corte.

(45)

Linha de hachura

Trata-se de linhas contínuas e estreitas inclinadas a 45°, e servem para representar as partes maciças atingidas pelo corte

Linha de ruptura

Trata-se de uma linha contínua estreita a mão livre, e serve para indicar o limite da ruptura em uma peça representada em corte parcial.

(46)

10.2 Tipos de corte 10.1.1 Corte total

Este tipo de corte consiste em aplicar um corte imaginário em peças que apresentem elementos no mesmo eixo de simetria, pois este tipo de corte atinge a peça em toda a sua extensão, no sentido longitudinal (comprimento) ou no sentido transversal (largura).

Ex:

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10.1.2 Corte em desvio ou composto

Consiste em aplicar o corte em peças que apresentam seus elementos internos fora de alinhamento, havendo a necessidade de um ou mais desvios na linha de corte.

10.1.3 Meio corte

Este tipo de corte só pode ser aplicado em peças simétricas nos dois sentidos: longitudinal e transversal, ou seja, tem que apresentar as mesmas medidas e os mesmos elementos nos dois lados de cada linha de simetria:

O meio corte apresenta a vantagem de representar em uma única vista os elementos externos e internos da peça.

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Compare os dois desenhos:

Frontal

Na vista frontal os elementos internos são representados com linhas tracejadas estreitas, uma vez que não estão visíveis:

Frontal em meio corte

Já na vista em meio corte os elementos internos do lado direito da linha de simetria agora estão visíveis e são representados com linha contínua larga e as partes maciças da peça com linha de hachura, e do lado esquerdo da linha de simetria apenas os elementos externos são representados, isto porque a peça é simétrica.

Importante na aplicação do meio corte não se faz indicação apenas representa-se a peça em corte.

(49)

Em peças com eixo de simetria vertical como mostra o desenho acima o corte é representado à direita da linha de simetria, já em peças com eixo de simetria na posição horizontal a representação é feita abaixo da linha de simetria.

10.1.4 Corte parcial

Este tipo de corte aplica-se em peças onde os elementos estão concentrados em determinada parte da peça e que não tenha a necessidade do corte atingir toda ela.

Neste caso usa-se uma linha de ruptura para delimitar a parte da peça atingida pelo corte parcial.

(50)

Desenhe a projeção ortográfica da peça abaixo e em seguida faça a aplicação de um corte que seja mais adequado, fazendo a cotagem corretamente.

(51)
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Complete a vista representada em corte e responda as questões abaixo

Quais são os valores das dimensões básicas de comprimento, altura e largura:

a) Qual o Ø dos quatro furos na peça? ______________________________________________ _____________________________________________________________________________ b) Quais as distâncias entre os centros dos furos?

No sentido horizontal: ______________________________________________________ No sentido vertical: ________________________________________________________ c) Quais os elementos utilizados na indicação e representação do corte?

_____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ c) Qual o valor da medida da cota A? _______________________________________________ d) Quais as medidas do furo retangular?_____________________________________________ e) Cite cinco tipos de linhas utilizadas no desenho: ____________________________________

___________________________________________________________________________ f) Qual o tipo de corte representado na peça: ________________________________________ g) Qual tipo de escala foi feito o desenho? ___________________________________________

(53)

Analise os desenhos abaixo e faça a indicação do corte em uma das vistas e a representação em outra, podendo haver mais de um corte na peça:

(54)

10.3 Omissão de corte

Peças que têm elementos de espessura menor que a espessura total da peça quando atingidos pelo plano de corte devem ser omitidos, ou seja, para não transmitir uma falsa idéia de que a peça é maciça não representamos com linhas de hachura.

(55)

Para não transmitir uma falsa idéia de que a peça é maciça não representamos com linhas de hachura veja o exemplo de como ficaria a representação correta das peças com omissão de corte.

(56)

Peça maciça

(57)

Elementos de fixação como parafusos e porcas, rebites e chavetas também são omitidos em corte:

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10.4Seções

As seções têm por finalidade mostrar o formato de perfis sem que seja necessária a execução de outra vista para esta finalidade.

Podem ser representadas sobre a própria vista com linha contínua estreita.

Perfil cilíndrico

Cantoneira em L

Podem ser representadas com a vista da peça interrompida por meio de linha contínua larga.

(59)
(60)

10.5 Encurtamento

Certas peças que apresentam formas e perfil contínuo, mas que são muito grandes para serem feitas em papel comum e não podem ser representadas em escala, podemos aplicar o que chamamos de encurtamento. Veja os exemplos a seguir:

(61)

11.VISTA AUXILIAR

Existem peças que apresentam uma ou mais faces oblíquas, ou seja, estão fora do ângulo de projeção de 90°, veja alguns exem plos de peças com elemento oblíquo:

Estas faces oblíquas quando desenhadas em projeção ortográfica não são representadas em verdadeira grandeza e aparece deformados ou sobrepostos, o que dificulta a interpretação.

(62)

Veja o exemplo abaixo:

Para que as partes e elementos oblíquos da peça possam ser representados sem deformação temos que imaginar um plano de projeção paralelo à face oblíqua, como mostra a ilustração a seguir.

(63)

Note que o plano de projeção auxiliar substituiu o plano de projeção da lateral esquerda, isto porque o desenho na lateral esquerda não seria representado em verdadeira grandeza.

Em projeção ortográfica seria assim representada:

(64)

12.

REPRESENTAÇÃO SIMPLIFICADA DE ROSCAS EM

DESENHO TÉCNICO

Roscas têm a função de assegurar a união de peças possibilitando que esta união seja desfeita sem causar nenhum dano às partes unidas.

Será muito comum em desenhos de conjuntos a representação deste elemento.

As roscas podem ser externas e internas e segundo o sentido de aperto podem ser rosca à direita ou rosca à esquerda.

Segundo o perfil do filete podem ser; triangular, quadrada ou trapezoidal:

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Podem ter seu passo dado em milímetro (sistema métrico) ou em n° de fios por polegada (sistema americano ou whitworth)

Em desenho técnico devem ser representadas de maneira simplificada: Na representação simplificada a crista do filete é indicada com linha contínua larga e a raiz do filete é indicada com linha contínua estreita

Representação normal (triangular) Representação simplificada

No caso de rosca trapezoidal e quadrada além da representação simplificada é necessário mostrar pelo menos três filetes do perfil através de um corte parcial.

(66)

Rosca quadrada simplificada Rosca trapezoidal simplificada

12.1 Representação em vistas Um eixo

(67)

Representação de conjunto em corte

13. TOLERÂNCIA TRIDIMENSIONAL

É muito difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas porque todo processo de fabricação está sujeito a imprecisões. Sempre acontecem variações ou desvios das cotas indicadas no desenho. Entretanto, é necessário que peças semelhantes, tomadas ao acaso, sejam intercambiáveis, isto é, possam ser substituídas entre si, sem que haja necessidade de reparos e ajustes. A prática tem demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade. Esses desvios aceitáveis nas medidas das peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional, que você vai aprender nessa aula. As tolerâncias vêm indicadas, nos desenhos técnicos, por valores e símbolos apropriados. Por isso, você deve identificar essa simbologia e também ser capaz de interpretar os gráficos e as tabelas correspondentes às normas ABNT/ISSO.

As peças, em geral, não funcionam isoladamente. Elas trabalham

(68)

A norma ABNT/ISO regulamenta para tolerâncias um EIXO BASE E UM FURO BASE como vemos no desenho acima.

As cotas indicadas no desenho técnico são chamadas de dimensões nominais. É impossível executar as peças com os valores exatos dessas dimensões porque vários fatores interferem no processo de produção, tais como imperfeições dos instrumentos de medição e das máquinas, deformações do material e falhas do operador e etc. Então, procura-se determinar desvios, dentro dos quais a peça possa funcionar corretamente. Esses desvios são chamados de afastamentos.

Os afastamentos são desvios aceitáveis das dimensões nominais, para mais ou menos, que permitem a execução da peça sem prejuízo para seu funcionamento e intercambiabilidade. Eles podem ser indicados no desenho técnico como mostra a ilustração a seguir:

(69)

Através destas informações podemos calcular a dimensão máxima, a dimensão mínima e o campo de tolerância.

Dim. Max. = dim. Nom. + af. Sup. 42 + 0,05 = 42,05 mm Dim. Mín. = dim. Nom. + af. Inf. 42 + (-0,02) 41,98 mm

Campo de tolerância é a diferença entre a dimensão máxima e mínima 42,95 – 41,98 = 0,07 mm

Obs. Os afastamentos superiores e inferiores podem ser positivos e/ou negativos como mostra o exemplo abaixo:

Agora calcule a dimensão máxima, mínima e o campo de

tolerância de todas as cotas do desenho acima:

(70)

Norma ABNT/ISO

A representação de tolerâncias de acordo com a norma ABNT/ISO adota os seguintes critérios: Letra maiúscula para furo e letra minúscula para eixo.

Estas letras e números referem-se a um tipo de ajuste, qualidade de trabalho e a uma tolerância específica encontradas em uma tabela.

Por exemplo:

Neste caso o diâmetro nominal da 1° peça é de 40 mm e a tolerância é indicada por H7, a letra maiúscula indica que se trata de um furo e o n° 7 indica a qualidade de trabalho que neste caso se trata de uma mecânica precisa. Para sabermos os afastamentos superiores e inferiores das peças acima temos que recorrer a uma tabela de ajustes e procurar pelas letras e números referente ao diâmetro nominal de 40 mm, assim segue:

(71)

Tabela de ajuste – sistema furo base H7

Valores dados em µm (milésimos de milímetro)

Na tabela, primeiro procuramos o valor correspondente à dimensão nominal, que neste caso encontra-se entre 30 e 40 mm, depois os afastamentos referentes ao furo H7 e o eixo g6.

Para o furo os afastamentos são: inferior = 0 e superior = + 25

Para o eixo os afastamentos são: superior = - 9 e inferior = - 25

A partir destas informações, calcule as dimensões máximas e mínimas do furo e do eixo:

(72)

14. RUGOSIDADE

É o conjunto de irregularidades, isto é, pequenas saliências e reentrâncias que caracterizam uma superfície. A rugosidade desempenha um papel importante no comportamento dos componentes mecânicos. Ela influencia na:

Qualidade de deslizamento; Resistência ao desgaste;

Possibilidade de ajuste do acoplamento forçado;

Resistência oferecida pela superfície ao escoamento de fluidos e lubrificantes;

Qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas protetoras; Resistência à corrosão e à fadiga;

Vedação; Aparência.

A grandeza, a orientação e o grau de irregularidade da rugosidade podem indicar suas causas que são as imperfeições nos mecanismos das máquinas-ferramenta; vibrações no sistema peça-ferramenta; desgaste das ferramentas; o próprio método de conformação da peça.

As superfícies dos componentes mecânicos devem ser adequadas ao tipo de função que exercem.

Por esse motivo, a importância do estudo do acabamento superficial aumenta à medida que crescem as exigências do projeto.

As superfícies dos componentes deslizantes, como o eixo de um mancal, devem ser lisas para que o atrito seja o menor possível. Já as exigências de acabamento das superfícies externas da tampa e da base do mancal são menores.

As superfícies, por mais perfeitas que sejam, apresentam irregularidades analise, na figura abaixo, o perfil geométrico de um eixo e, a sua direita, o detalhe ampliado da superfície deste mesmo eixo. No detalhe ampliado você pode observar que a superfície real apresenta irregularidades na forma:

(73)

Tais irregularidades só podem ser medidas e representadas por aparelhos eletrônicos como o rugosímetro.

Parâmetros de rugosidade

Para se conseguir uma qualidade superficial em peças e conjuntos é necessário determinar o nível de acabamento em que devem ser usinadas, para isto adota-se alguns parâmetros de rugosidade.

Rugosidade média (Ra)

É a média aritmética dos valores absolutos dos pontos das saliências e reentrância da superfície em relação a uma linha média dentro de um comprimento de amostra. Este é o parâmetro mais utilizado.

(74)

Rugosidade máxima (Ry)

É definida como o maior valor das rugosidades parciais que se apresenta dentro de um comprimento de amostra.

Ry

No exemplo acima podemos perceber que a rugosidade máxima se encontra na 3° parcial de rugosidade.

Rugosidade total (Rt)

Corresponde à medida entre a maior saliência e a maior reentrância dentro do comprimento de amostra.

(75)

Representação da Rugosidade

Símbolo de indicação de estado e acabamento superficial Símbolo sem indicação

(76)

Símbolo com indicação da rugosidade Ra ou classe de rugosidade

(77)

Símbolo com indicações complementares

(78)

Demonstração prática de como pode aparecer este símbolo no desenho técnico acompanhado de algumas indicações

(79)
(80)

REFERÊNCIAS

SENAI, apostila de desenho técnico, Telecurso 2000. ABNT, Associação brasileira de normas técnicas.

CONCHETO; Celso Luiz, apostila de desenho técnico, disponível em

http://www.concheto.com.br/tea/destec/Exercicios-Desenho.pdf

http://mechanicalhandbook.blogspot.com/search/label/Leitura%20e%20Interpreta%C3 %A7%C3%A3o%20de%20Desenho

HTTP://www.desenhotecnicoucl.blogspot.com

Referências

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