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PONTO 1: Atos administrativos continuação: Requisitos: - Finalidade - Forma - Motivo. Atos administrativos continuação:

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DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO

PONTO 1: Atos administrativos – continuação: Requisitos:

- Finalidade - Forma - Motivo

Atos administrativos – continuação: Requisitos:

1) competência (ou sujeito); 2) finalidade;

3) forma; 4) o motivo;

5) o objeto (conteúdo ou conseqüência).

2) Finalidade:

É ao mesmo tempo um requisito e também um princípio relacionado a todos os atos administrativos. Lei da ação popular (Lei 4717), art 2º1

.

Lei 9784/99, art. 2º2

, refere que a finalidade é um princípio. Então, finalidade é requisito e princípio.

Todo ato administrativo tem uma finalidade genérica e uma finalidade específica. A finalidade genérica sempre é alcançar o interesse público. Por sua vez, a finalidade específica é percebida na lei que embasa determinado ato administrativo.

Requisitos: Competência Finalidade Forma Motivo Objeto

Atos vinculados: Lei Lei

Atos discricionários: Lei Lei

1 Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência;

b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade.

2 Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Ex: Lei 8112/90, art. 363 – instituto da remoção.

No art. 33 tem-se a hipótese de vacância e não consta remoção. Não se trata de provimento (art. 8º). Não se trata de punição (art. 127). Na 8112 há dois tipos de remoção: a pedido ou de ofício. A remoção a pedido se divide em dois tipos também: peço remoção e administração pode dar; ou peço remoção e administração tem que dar (ex: problema de saúde e preciso da remoção para tratamento).

A remoção de oficio: o servidor recebe a ordem para ser removido, por interesse do serviço, para outro lugar. A finalidade genérica dessa remoção é realizar interesse público. E a finalidade especifica é distribuir os servidores conforme as necessidades da administração.

Sendo assim, quando a remoção é utilizada como punição o ato desviou de sua finalidade, tornando-se arbitrário, ilegal e passível de anulação – o desvio de poder (sinônimo desvio de finalidade) é uma espécie do gênero abuso de poder.

Quando se percebe o excesso no uso da competência ou o desvio de finalidade posso identificar o abuso de poder.

Os atos que revelam vício na competência, normalmente admitem a convalidação. Porém, o problema no requisito finalidade geralmente implicará na anulação do ato (Lei 9784/99, art. 554

).

Em algumas ocasiões o desvio na finalidade específica pode ser perdoado se o ato realizou a finalidade genérica – o interesse público. Ex: a desapropriação baseada na intenção de construir uma escola quando o terreno posteriormente é aproveitado para construção de um hospital – existe aqui a possibilidade da convalidação.

O desvio de finalidade na desapropriação chama-se de tredestinação que pode ser dividida em licita ou ilícita. Se o ato é convalidado continua produzindo efeitos. STJ, RESP 772.676, 2005.

3 Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

4 Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Em regra geral, mesmo diante da tredestinação ilícita a regra é não permitir a retrocessão, ficando o administrado com a possibilidade de pleitear uma indenização. STJ, RESP 968.414.

O desvio de finalidade, além de representar uma ilegalidade, contrasta e desrespeita o princípio da impessoalidade.

Exemplo (questão de concurso): o servidor foi removido porque tinha autoridade o objetivo da punição. Removeu para um local que precisava muito de novos servidores. Essa remoção pode ser considerada válida ou inválida? Esta remoção é ilegal porque há má-fé. A punição contamina o ato.

Quando se trata de Juiz, há a remoção como elemento de punição, tem-se art. 95, II5, CF a garantia da sua inamobilidade, salvo a hipótese do art. 93, VIII6

, CF.

3) Forma:

Todo ato administrativo vinculado ou discricionário tem na lei a definição de uma forma que lhe é própria e que pode ser escrita ou não escrita.

Requisitos: Competência Finalidade Forma Motivo Objeto

Atos vinculados: Lei Lei Lei

Atos discricionários: Lei Lei Lei

Ato administrativo com a forma escrita - ex1: Lei 9784/99, art. 22, §1º7 .

5 Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII.

6 Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa.

7 Art. 22. § 1o Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

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DIREITO ADMINISTRATIVO Ex2: Lei 8666/93, art. 218

– a concorrência, a tomada de preço, o concurso e o leilão exigem a confecção de um edital e sua publicação no diário oficial para desencadear o processo.

Ato administrativo na forma não escrita - ex: agente de trânsito usando o apito e sinais com o braço ou com a mão para conduzir o movimento do trânsito.

Compõem o requisito forma o instrumento adequado para conferir ao ato publicidade e a consequente eficácia. Publicidade tem ligação com transparência e com eficácia.

Na lei 8666/93, art. 60, parágrafo único9

– refere do contrato verbal. E o art. 6210 refere a substituição de contrato administrativo.

Cuidado: Lei 9784/99, art. 2211

. Os atos do processo administrativo federal não dependem de forma determinada se não quando a lei expressamente a exigir.

O requisito competência e o requisito forma, em geral, admitem a convalidação quando apresentarem problemas, compondo a categoria dos atos anuláveis. Ou seja, em regra, passíveis de convalidação.

Ex: servidor sofreu um acidente e não foi trabalhar no outro dia devido a hospitalização. Parente quer encaminhar licença-saúde, sendo que autoridade (cargo confiança) menciona para se acalmar e ver depois. Porém, este é exonerado. Outra pessoa no cargo não

8 Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:

I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais;

II - no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal;

III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.

9 Art. 60. Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.

10 Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

verifica o encaminhamento da licença-saúde de forma escrita. Assim, deve formalizar a licença, de forma motivada, para perfectibilizar o ato.

Caso o ato tenha sido praticado na usurpação da função – vicio na competência, não há como validar. Caso a forma escrita seja essencial também não há como validar.

4) Motivo:

Não podemos confundir o requisito motivo como princípio da motivação. (CE, art. 1912

tem o principio da motivação).

Todo ato administrativo tem um motivo, um porque. Para os atos vinculados o motivo está na lei e para os atos discricionários dependerá de uma escolha segundo critérios de conveniência ou oportunidade.

Requisitos: Competência Finalidade Forma Motivo Objeto

Atos vinculados: Lei Lei Lei Lei

Atos

discricionários:

Lei Lei Lei Conveniência e

oportunidade

Conveniência e oportunidade Exemplo de ato vinculado: lei. 8112/90, art. 20213

. Fato: servidor está doente. Regra: diz que se está doente tem que dar a licença.

Exemplo de ato discricionário: lei 8112/90, art. 9114

. Fato: servidor tem interesse particular e pediu a licença. Regra: administração pode ou não conceder a licença, é uma avaliação de conveniência e oportunidade.

12 Art. 19 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Estado e dos municípios, visando à promoção do bem público e à prestação de serviços à comunidade e aos indivíduos que a compõe, observará os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade, da legitimidade, da participação, da razoabilidade, da economicidade, da motivação e o seguinte [...]

13 Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

14 Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

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Considerando que nos atos discricionários existe uma escolha é importante notar que ela não aparece na competência, na finalidade ou na forma, mas apenas no motivo e no objeto – ainda assim, essa escolha é limitada pela Constituição, leis, razoabilidade e a proporcionalidade.

Se é verdade que todo ato administrativo tem o seu motivo, posso considerar que todos exigem a motivação (explicitar o motivo)? Não. A regra geral é a necessidade da motivação, mas não posso dizer que isso se aplica a todos os atos.

Exemplos: 1) a CF, art. 37, II15

. Cargos de confiança são de livre nomeação e exoneração, havendo desnecessidade de motivação.

2) Lei 8666/93, art. 24, I e II16 c/c art. 2617. Casos em que a licitação é dispensável. Os incisos I e II não precisam motivar.

3) Lei 9784/99, art. 5018

. Esta lei é considerada lei geral. A lei 8666/93 é a lei específica.

15 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração

16 Art. 24. É dispensável a licitação:

I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;

II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez.

17 Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade

referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser

comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.

18 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

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DIREITO ADMINISTRATIVO A lei tem que dizer quando não há necessidade de motivar.

Considerando que nem sempre se exige a motivação em um ato administrativo se ela ocorre fica a autoridade presa pelo motivo revelado. Ou seja, os motivos tornam-se determinantes para o teste de validade do ato – teoria dos motivos determinantes.

E quando há ausência de motivação para um ato que precisava da motivação. Essa falta de motivação significa um problema no requisito forma.

Referências

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