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Apostila GP Uninove[1]

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Academic year: 2021

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GESTÃO DE PESSOAS 

Este  material  é  parte  integrante  da  disciplina  “Gestão  de  Pessoas”  oferecido  pela  UNINOVE.  O  acesso  às  atividades,  as  leituras  interativas,  os  exercícios,  chats,  fóruns  de  discussão  e  a  comunicação  com  o  professor  devem  ser  feitos  diretamente no ambiente de aprendizagem on­line.

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GESTÃO DE PESSOAS 

Sumário 

AULA 01 • GESTÃO DE RH X GESTÃO DE PESSOAS: ENFOQUES OPERACIONAL E  ESTRATÉGICO...5  Introdução ...5  Entendendo as Opções Estratégicas de Gestão de Recursos Humanos...5  Se for preciso, terceirize ...8  Capacitação na Gestão de Pessoas...8  Exercício...9  AULA 02 • FASES EVOLUTIVAS DA GESTÃO DE PESSOAL ...10  Mudanças ocorridas nas empresas no século XXI devido à globalização...11  O trabalho e a qualidade de vida ...12  Exercício...13  AULA 03 • AS ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS SOCIAIS ...14  Organizações formais...15  Organizações que têm como objetivo o lucro ...16  Exercício...17  AULA 04 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS ...18  Elementos das organizações...18  O elemento básico...18  Exercícios...19  AULA 05 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.)...21  Elementos das organizações (cont.)...21  Exercício...23  AULA 06 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.)...24  Participantes das organizações ...24  Objetivos organizacionais...25  Exercício...26  AULA 07 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.)...27  Objetivos organizacionais (cont.)...27  Objetivos naturais de uma organização ...27  Exercícios...29  AULA 08 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.)...30  Recursos Humanos ...30  As Pessoas ...30  A pessoa na organização ...30  Percepção ...31  Cognição ...31  Teoria de campo de Lewin...31  Teoria da dissonância cognitiva de Leon Festinger ...31  A complexa natureza do homem ...32  Exercício...32  AULA 09 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.)...34  Processo Motivacional...34  A teoria de Maslow ...34  Exercícios...37  AULA 10 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.)...38  Teorias Motivacionais...38  A teoria de Douglas McGregor ...38

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GESTÃO DE PESSOAS  Teoria X...38  Teoria Y...39  Exercícios...40  AULA 11 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS TEORIAS MOTIVACIONAIS (CONT.) ...41  Exercícios...43  AULA 12 • PLANOS DE BENEFÍCIOS SOCIAIS...44  Origens dos benefícios Sociais...44  Tipos de beneficios...45  Conclusões...47  Exercícios...47  AULA 13 • GESTÃO ESTRATÉGICA DOS RECURSOS FÍSICOS E AMBIENTAIS...49  Área de Higiene e Segurança do Trabalho ...49  O Estresse no Trabalho...50  AULA 14 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS ...52  Comunicação ...52  Barreiras à comunicação ...53  Exercícios...54  AULA 15 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS ...56  Recrutamento de pessoal...56  Conceito ...56  Processo de recrutamento...56  Fontes de recrutamento...57  Tipos de fontes de recrutamento ...57  Exercícios...58  AULA 16 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS ...59  Seleção de pessoal ...59  Conceito ...59  O processo de seleção ...60  Entrevista de seleção ...60  Exercícios...60  AULA 17 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS ...62  Entrevista estruturada...62  Entrevista não­estruturada ...64  Exercícios...64  AULA 18 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS ...66  Treinamento ...66  O que é?...66  Objetivos do treinamento...66  Treinamento deve ser tratado como um processo ...68  Exercícios...69  AULA 19 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS ...70  Avaliação de desempenho ...70  Conceito ...70  Quem é responsável pela avaliação de desempenho...71  Objetivos da avaliação de desempenho ...71  Os objetivos fundamentais são:...72  Exercício...72  AULA 20 • ANÁLISE DE DESEMPENHO E PLANO DE CARREIRA ...73  Avaliação de desempenho ...73  Plano de carreira ...74  Exercícios...75  BIBLIOGRAFIA ...76

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GESTÃO DE PESSOAS 

Este capítulo pretende abordar as opções de atuação da área de RH e identificar, dentre  os critérios de análise na organização, aquela que mais se ajuste à opção de negócio da  organização. 

AULA  01  •  GESTÃO  DE  RH  X  GESTÃO  DE  PESSOAS: 

ENFOQUES OPERACIONAL E ESTRATÉGICO 

Introdução 

Quando  se  pensa  numa  gestão  de  negócio  de  pequenos  empreendimentos,  o  gestor,  responsável por lidar com as pessoas que estiverem diretamente mobilizadas, se apóia sempre no  planejamento  como  forma  de  antever  problemas  futuros.  Mesmo  nos  negócios  envolvendo  profissionais de educação física, que, normalmente,  trabalham em academias, clubes e escolas,  cuja  dimensão  do  negócio  é  vista,  aparentemente,  como  empreendimentos  de  baixa  complexidade, a gestão de pessoas deve ser administrada de forma profissional e planejada, uma  vez  que  erros  de  gestão  nessa  área  custam  muito  caro  e  comprometem,  às  vezes  de  forma  irremediável, a credibilidade do negócio. 

Entendendo as Opções Estratégicas de Gestão de Recursos Humanos 

Atualmente,  sabemos  que  todo  e  qualquer  negócio  funciona  dentro  de  um  ambiente  de  negócio  de  forte  concorrência,  que  prevê  tanto  a  presença  dos  antigos  e  tradicionais  competidores, quanto precisa contar, também, com a entrada de novos ingressantes, mesmo para  negócios com elevados investimentos, como se observa nos empreendimentos de academias de  ginásticas. 

As  opções  estratégicas  devem  ser  avaliadas  de  acordo  com  o  perfil  de  clientes  que  se  deseja  atender.  As  características  de  empreendimentos  de  pequeno  porte,  a  exemplo  das  academias  de ginástica,  podem atender a públicos de usuários de diferentes idades e faixas de  renda,  o  que  implica  investimentos  também  variados  em  equipamentos  e  tecnologias,  mas  principalmente  nas  metodologias  de  treinamento  físico,  cujas  técnicas  estão  diretamente  dependentes  da  formação  atualizada  e  de  qualidade  dos  profissionais  de  educação  física.  Há

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GESTÃO DE PESSOAS 

também  a  atenção  que  deve  ser  dispensada  nos  serviços  de  atendimento  e  recepção  dos  clientes, bem como no conforto das instalações internas da empresa. 

O  Quadro  1  apresenta  os  papéis  estratégicos  que  podem  ser  realizados  pela  área  de  recursos  humanos  das  empresas  em  geral.    Alguns  desses  papéis  são  somente  viáveis  em  grandes  organizações,  cuja  complexidade  interna  torna  enormes  as  variedades  de  cargos  e  elevado  o  número  de  funcionários,  o  que  justifica  o  estabelecimento  de  uma  organização  com  departamentos altamente especializados, incluindo a área de RH. Em tais organizações, o foco na  gestão da infra­estrutura das operações da área de RH se mostra justificado, mas, nas pequenas  empresas,  a  política  e  as  práticas  de  gestão  de  pessoas  dificilmente  justificam  a  existência  de  uma  área  de  RH  especializada  e  burocrática.  Os  pequenos  negócios  precisam,  sim,  de  uma  gestão  de  RH  que  seja  participativa,  capaz  de  entender  as  especificidades  do  negócio  que  se  administra,  e  que,  de  forma  simples  e  rápida,  identifique  os  fatores  na  gestão  de  pessoas,  que  sejam problemas comprometedores ao sucesso do negócio, e realize as intervenções necessárias  capazes de assegurar o bom andamento do empreendimento. 

Uma  das  atribuições  do  gestor  de  pessoas,  que  lida  com  serviços  de  profissionais  de  educação  física,  é  que  este  precisa  ser  versátil  na  sua  atuação,  uma  vez  que  o  porte  de  tais  negócios não permite que haja excessiva especialização dos serviços em RH. Muitas vezes, não  há  demanda  para  a  formação  de  uma  área  de  RH  com  vários  funcionários,  sobretudo  para  os  serviços burocráticos dessa área.

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GESTÃO DE PESSOAS 

Quadro 1: Sinóptico dos Possíveis Papéis da Gestão de RH  Papel do RH  Resultados  Características 

principais  Atividades  • Formulação de  estratégias  • Delibera valores,  missão, plano.  • Planeja força de  trabalho  • Força tarefa (ISO  9000).  Foco na  estratégia  organizacional  Execução da  estratégia  Parceiro da alta  administração na  formulação de  estratégias  • Plano de carreira  Foco na gestão da  Infra­estrutura  Construção da  infra­estrutura de  operações  eficientes de RH  Especialista  administrativo de  redução de  custos, e  eficiência  administrativa das  práticas de RH  • Prestação de  serviços em RH.  • Comunicação  com funcionários.  • Promover  ambiente  acolhedor.  • Análise de  avaliação de  desempenho.  • Pesquisa de clima  organizacional.  • Gestão de  conflitos.  Foco na gestão da  participação dos  funcionários  Aumento do  envolvimento dos  funcionários nos  assuntos, metas e  ações da  organização  Especialista na  gestão do clima  organizacional  • Treinamento  gerencial.  • Assessorar  projetos de  mudança.  • Revisar  processos.  • Análise de  competências  Foco na gestão  dos processos de  mudança  organizacional  Desenvolvimento  de uma  organização  transformada  Especialista no  planejamento e  condução de  processos de  mudança  • Executar  programas de DO. 

Apesar  dos  limites  para  a  especialização  desses  serviços,  a  administração  de  pessoas  nesses empreendimentos exige do gestor uma atuação sensível, principalmente para entender os  fatores motivacionais de seus colaboradores, e zelar pela manutenção do bom clima de trabalho  entre os funcionários, principalmente entre aqueles com contato direto com os clientes. Dentre os

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GESTÃO DE PESSOAS 

quatro tipos de papéis estratégicos possíveis para a área de RH,  deve merecer destaque a que  enfatiza a participação dos funcionários na gestão do negócio, conforme destacado no Quadro 1. 

Para  facilitar  a  compreensão  do  papel  do  gestor  desses  pequenos  negócios  para  administrar o comportamento dos funcionários, segue em destaque as informações presentes no  Quadro 2, em que o gestor de pequenos negócios,  como no caso das academias de ginásticas,  deve privilegiar por buscar formas mais descentralizadas de gerenciar seus recursos humanos. 

Quadro 2: Enfoque Operacional e Estratégico da Área de RH com os Gestores  de Linhas 

Tipo de Atuação  Área de RH  Gestor de linha 

Voltada à centralização  (enfoque operacional)  • Centraliza  responsabilidade  • Limita atuação dos  gestores  • Centrado na operação  • Fica dependente do DRH  • Somente cobra  Voltada à  descentralização  (enfoque estratégico)  • Atua como consultor  • Centrado na gestão das  políticas de RH  • Divide responsabilidades  com o DRH  • Maior autonomia decisória 

Se for preciso, terceirize 

No  caminho da descentralização dos  serviços  de  RH,  muitos  pequenos negócios  têm  se  apoiado  na  terceirização  de  serviços  especializados  de  RH,  como  a  administração  da  folha  salarial, o recrutamento de novos candidatos e o desenvolvimento de programas de treinamento.  A  contratação  de  serviços  pontuais  de  consultorias  também  é  uma  ótima  opção  ao  gestor  de  pequenos negócios, pois o consultor de RH costuma ser um especialista no assunto e pode ajudar  a organização com idéias inovadoras e úteis ao empreendedor. 

Capacitação na Gestão de Pessoas 

Todo  o  profissional  que  gerencia  um  empreendimento  e,  por  isso,  lida  com  funcionários,  deve ter consciência de que precisa constantemente adquirir novos conhecimentos sobre a gestão  de pessoas na organização. Portanto, você profissional de educação física, que tenha desejo de  ser  um  empreendedor  de  negócio  em  sua  atividade  profissional,  tenha  claro  que  precisará  constantemente  manter­se  atualizado,  pois  em  seu  ramo  de  negócio  as  pessoas  são  sempre  essenciais!

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GESTÃO DE PESSOAS 

Exercício 

1. Identifique a alternativa que expresse corretamente as atividades de responsabilidade da área  de RH:  a) Decidir pela demissão de um funcionário da empresa.  b) Cuidar da condução e coordenação das equipes de trabalho.  c) Responder pelo acompanhamento do desempenho profissional dos funcionários.  d) Cuidar do recrutamento e seleção de pessoas para a empresa.  Resposta do Exercício  1. Identifique a alternativa que expresse corretamente as atividades de responsabilidade da área de RH:  RESPOSTA CORRETA: D  Você sabia que a gestão de pessoas é uma atividade executada pelo Departamento de  Recursos  Humanos  (RH)  de  uma  organização  com  o  objetivo  de  selecionar  pessoas  qualificadas para o cargo exigido? 

Você  sabia  que  o  conjunto  de  empregados  ou  colaboradores  de  uma  empresa  é  chamado  de  “recursos  humanos”?  Assim,  o  empregado  deve  adquirir,  desenvolver  e  usar  as  informações,  transformando­as  em  conhecimento  para  o  benefício  da  organização.

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GESTÃO DE PESSOAS 

Nesta aula, você terá contato com as diferentes fases evolutivas da gestão de pessoal,  com as características de cada perfil de gestor de pessoal, com o movimento humanista, com a  globalização, com as mudanças ocorridas nas empresas e com a qualidade de vida no trabalho. 

AULA 02 • FASES EVOLUTIVAS DA GESTÃO DE PESSOAL 

A  professora  Marília  de  Gonzaga  Lima  e  Silva  Tose,  em  sua  dissertação  de  mestrado  defendida  em  1997  pela  Pontifícia  Universidade  Católica  de  São  Paulo,  destaca  cinco  fases  na  evolução do perfil do profissional de Recursos Humanos e suas respectivas épocas. As fases são:  fase contábil, fase legal, fase tecnicista, fase administrativa ou sindicalista, e fase estratégica. 

A fase contábil, também chamada de fase pré­histórica, foi a pioneira da gestão de pessoal  e tinha por principal característica a preocupação com os custos da empresa. Comprava­se mão­  de­obra,  portanto,  os  trabalhadores  eram  vistos sob o  ângulo  contábil.  Tudo  que entrava  e  saía  nas empresas tinha de ser registrado contabilmente. 

Na  fase  legal,  surgiu  a  função  de  chefe  de  pessoal.  A  preocupação  desse  profissional  estava voltada a acompanhar e manter as leis trabalhistas recém­criadas na era Getúlio Vargas.  Nessa fase, o poder sobre os empregados estava, em principio, centralizado na figura dos chefes  de  produção,  passando  para  o  comando  do  chefe  de  pessoal,  pois  estes  exerciam  domínio  de  regras e normas jurídicas impostas pela recém­criada CLT. 

A fase tecnicista foi marcada no Brasil pela implantação do modelo americano de gestão  de  pessoal,  colocando  em  destaque  a  função  de  RH.  Nessa  época,  o  presidente  Juscelino  Kubitschek implantou a indústria automobilística. Nesse momento, surgiu a figura do Gerente de 

“Hoje  é  vital  não  só  aprender,  não  só  desaprender,  mas  sobretudo  organizar  nosso  sistema mental para aprender a aprender”. 

Edgar Morin 

CLT 

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GESTÃO DE PESSOAS 

Relações Industriais (GRI), o que significou um enorme avanço na qualidade das relações entre  capital e trabalho. 

Surgiram, na área de recursos humanos, serviços de treinamento, recrutamento e seleção,  cargos e salários, higiene e segurança no trabalho, benefícios, entre outras “novidades”. 

A  fase  administrativa  ou  sindicalista  estabeleceu  um  marco  histórico  nas  relações  entre  capital e trabalho,  pois foi movida pelos  trabalhadores,  promovendo o movimento sindical. Outra  mudança ocorre e o cargo de gerente de relações industriais passa a ser denominado “gerente de  recursos  humanos”.  As  responsabilidades  deixaram  de  ser  burocráticas  e  passaram  a  ser  mais  humanistas, voltadas para os indivíduos e suas relações com os sindicatos e com a sociedade. 

A  última  fase  destacada  por  Tose  (1997)  foi  denominada  fase  estratégica,  com  início  depois de 1985.  Houve a implementação dos primeiros programas de planejamento estratégico  vinculados ao planejamento estratégico central das empresas. Assim, as empresas passaram a se  preocupar mais com seus funcionários. 

Nesse sentido, Marras (2000:30) salienta: 

As  preocupações  com  o  ser  humano  voltaram  e  exigia­se  do  administrador  de  recursos  humanos habilidade para analisar situações multidisciplinares das pessoas, pois estas não eram  mais  vistas  como  meros assalariados,  mas  como  “parceiros  do  negócio,  responsáveis,  portanto,  por uma parcela significativa dos resultados projetados” (op. cit: 30). 

Mudanças ocorridas nas empresas no século XXI devido à globalização 

As  organizações  estão  vivendo  uma  nova  situação,  em  função  dos  acontecimentos  históricos  da  pós­modernidade.  Mudanças  ocorridas  nas  áreas  econômicas,  tecnológica  e,  principalmente,  na  de  mercado,  têm  exigido  que  os  gestores  de  negócios,  incluindo  os  profissionais de educação física que atuam no mercado como empreendedores,  utilizem a  criatividade e a coragem para ser enfrentadas. Clique no botão Texto complementar do menu da  aula e leia sobre perfil profissional de informação tecnológica empresarial. 

“[...]  Passada  a  fase  áurea  do  sindicalismo  e  do  movimento  ‘revolucionário’  dos  trabalhadores, cristalizou­se a negociação como instrumento válido e reconhecidamente  eficaz,  inclusive  como  matéria  não  mais  incluída  tão­somente  nos  conteúdos  programáticos  dos  cursos  de  treinamento,  mas  também  nos  currículos  escolares  de  graduação e pós­graduação das universidades, nas faculdades de administração.”

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GESTÃO DE PESSOAS 

A causa principal de todas elas foi a globalização da economia e a abertura dos mercados,  que,  desde  a  década  de  1990,  ocasionou  grande  concorrência  entre  produtos  e  preços.  A  globalização  trouxe  alterações  muito  graves  no  campo  do  trabalho,  entre  elas  o  alto  índice  de  desemprego. Essa situação obrigou as empresas a rever seus conceitos, pois não resolvia mudar  apenas o comportamento, era necessário haver mudança de atitude. Nesse sentido, atualmente, a  visão  estratégica  das  empresas  é  fazer  com  que  os  profissionais  se  envolvam  no  processo.  Assim, as organizações conciliam as necessidades individuais com as organizacionais. 

O trabalho e a qualidade de vida 

As  organizações  têm  se  preocupado  com  a  competitividade,  produzindo  mais  e  melhor  com  baixos  custos  e,  em  função  disso,  os  empregados  buscam,  no  interior  das  empresas,  minimizar  o  estresse  causado  por  essa  busca  incessante  por  melhores  resultados.  Todos  os  trabalhadores têm a vontade de viver qualitativamente melhor, assim os sindicatos introduziram,  nos anos 1980, também discursos pautados na qualidade de vida no trabalho. 

Além disso, algumas universidades acrescentaram nos currículos  dos cursos de recursos  humanos  uma  disciplina  que  discuta  o  assunto  e  diversas  empresas  nacionais  e  multinacionais  desenvolvem  programas  de  treinamento  e  políticas  empresariais  para  atender  a  essa  necessidade.  Indicação de sites:  www.scielo.br/scielo  www.terraforum.com.br  www.aedb.br/seget/artigos  O papel da organização no processo de aprendizagem é muito importante, pois a troca  de conhecimento entre organização e funcionários pode ser uma forma de crescimento  para  os  indivíduos  e  para  a  empresa.  Além  disso,  o  profissional  do  século  XXI  é  responsável  pelo  seu  desenvolvimento,  não  deve  esperar  que  seus  superiores  tomem  as decisões por ele, e sim buscar soluções e tomar a iniciativa.

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GESTÃO DE PESSOAS 

Exercício 

1.  Assinale  as  frases  que  indicam  corretamente  as  características  ocorridas  em  cada  fase  da  gestão de pessoal. 

a) A fase contábil registrou o aparecimento da função de chefe de pessoal e os trabalhadores  eram vistos sob o foco contábil. 

b) A fase legal preocupava­se com os custos das empresas. 

c)  Na  fase  tecnicista,  houve  a  implantação da  indústria automobilística  e  o  poder  estava  nas  mãos dos chefes de produção. 

d) A fase estratégica marcou a preocupação, por parte das empresas, com seus funcionários. 

Resposta do Exercício 

1. Assinale as frases que indicam corretamente as características ocorridas em cada fase da gestão de pessoal.  RESPOSTA CORRETA: D

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GESTÃO DE PESSOAS  Nesta aula, você estudará as organizações como sistemas sociais. Na aula anterior,  vimos que as organizações são formadas por pessoas que interagem entre si porque, sozinhas,  provavelmente não atingiriam os objetivos necessários. Por esse motivo, as organizações são  denominadas “sistemas sociais”. 

AULA 03 • AS ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS SOCIAIS 

Quando as pessoas se reúnem,  dizemos que existe sinergia,  pois essa reunião provoca  efeito  multiplicador,  à  medida  que,  juntas,  conseguem  atingir  resultados  melhores  do  que  se  fizessem  seus  trabalhos  individualmente.  Essa  sinergia  faz  com  que  a  organização  obtenha  melhores resultados e recursos gerando riqueza. 

Vista de forma ampla, as organizações, segundo Parsons (1960: 17), são: 

Assim,  uma  organização  nunca  está  pronta  e  acabada,  mas  em  constante  mudança  e  desenvolvimento. Tudo deve ser visto como algo que pode ser transformado e modificado, e não  como algo pronto e acabado. 

“O sucesso do Japão se resume a duas palavras: confiança e sutileza”. 

Ouchi 

“(...)  unidades  sociais  (ou  agrupamentos  humanos)  intencionalmente  construídas  e  reconstruídas,  a  fim  de  atingir  objetivos  específicos.  Isto  significa  que  as  organizações  são propositada e planejadamente construídas  e elaboradas para atingir determinados  objetivos,  e  também  são  reconstruídas,  isto  é,  reestruturadas  e  redefinidas,  à  medida  que  os  objetivos  são  atingidos  ou  à  medida  que  se  descobrem  meios  melhores  para  atingi­los com menor custo e menor esforço (...)”.

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GESTÃO DE PESSOAS 

Organizações formais 

São caracterizadas por regras e regulamentos que devem ser estabelecidos por escrito e  por posições hierárquicas que estabelecem as relações entre as pessoas ou órgãos competentes.  Por meio da organização formal, podemos:  • remover incertezas e limitações humanas;  • tirar vantagens da especialização das atividades;  • facilitar o processo de tomada de decisões;  • assegurar o cumprimento e execução dessas decisões pelos indivíduos participantes. 

Dessa  forma,  a  organização  formal  busca  regular  o  comportamento  humano  para  poder  alcançar de forma eficiente os objetivos estabelecidos. 

De  modo  geral,  segundo  Chiavenato  (2006:  27),  as organizações formais  são  “altamente  burocratizadas  e  caracterizam  a forma  organizacional  dominante  em  nossa  sociedade  atual  e  a  mais viva  manifestação de uma sociedade altamente especializada e interdependente,  capaz de  proporcionar  especialização  profissional  e  crescente  melhoria  do  padrão  de  vida  dos  seus  participantes”. 

Haas  e  Drabek  (1973:  8)  consideram  a  organização  como  “um  sistema  discernível  de  interação relativamente permanente e relativamente complexo”. 

Para  eles,  a  organização  é  vista  como  interações  padronizadas  entre  as  pessoas.  Ela  é  mais que a junção das individualidades. Segundo os autores: 

• as organizações são sistemas de interações relativamente permanentes.  • como sistema de interação, faz­se necessário considerar: 

1) interação como influência mútua e recíproca por duas ou mais pessoas.  Há também a  interação  simbólica,  isto  é,  ele  depende  dos  processos  simbólicos.  Também  existe  a  interação verbal e não­verbal, falada e escrita. 

2)  As  organizações  são  mais  que  a  soma  das  partes.  As  relações  entre  as  partes  são  interdependentes. 

3) Como a relação é interdependente, a mudança de uma das partes causa mudança nas  outras, sendo que estas não são uniformes.

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GESTÃO DE PESSOAS 

•  Quanto  à  complexidade  estrutural,  as  organizações  são  diferentes.  Esta  se  refere  à  diferenciação  horizontal  e  vertical.  A  primeira  diz  respeito  à  divisão  de  trabalho,  e  a  segunda, à hierarquização. 

• O número de membros também é utilizado para diferenciar as organizações. Os autores  salientam  que  muitas  organizações,  com  elevado  número  de  pessoas,  têm  estrutura  simples, e que organizações com poucos funcionários têm estrutura complexa. 

• Presença ou ausência de interação. As organizações ocupam uma dessas extremidades. 

Organizações que têm como objetivo o lucro 

Essas  organizações  têm  como  objetivo  a  auto­sustentação  por  meio  do  excedente  dos  resultados financeiros que dão retorno de capital. Para Chiavenato (2006: 27): 

Porém existem organizações que não têm objetivo de lucro (Igrejas, ONGs, etc).  “(...)  Qualquer  definição  de  empresa  deve  considerar  necessariamente  o  objetivo  de  lucro. Empresa é todo empreendimento humano que procura reunir e integrar recursos  humanos  e  não­humanos  (como  recursos  financeiros,  físicos,  tecnológicos,  mercadológicos,  etc.)  no  sentido  de  alcançar  objetivos  de  auto­sustentação  e  de  lucratividade, através da produção e comercialização de bens ou de serviços”. 

Sinergia significa: 1) ato ou esforço coordenado de vários órgãos na realização de uma  função;  2)  associação  simultânea  de  vários  fatores  que  contribuem  para  uma  ação  coordenada; 3) ação simultânea em comum. 

Sistema,  de  acordo  com  o  dicionário  Aurélio,  significa:  1)  conjunto  de  elementos,  materiais  ou  idéias  entre  os  quais  se  possa  encontrar  ou  definir  alguma  relação;  2)  disposição  das  partes  ou  dos  elementos  de  um  todo,  coordenados  entre  si,  e  que  funcionam como estrutura organizada.

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GESTÃO DE PESSOAS 

Exercício 

1. Assinale a alternativa que caracteriza uma organização formal.  a) É aquela caracterizada por regras e regulamentos formalizados por escrito e por estruturas de  posições e hierarquia que ordenam as relações entre as pessoas.  b) É aquela que não possui regras e nem hierarquia.  c) É aquela que possui regras e regulamentos formalizados por escrito, mas dispensa hierarquia.  d) É aquela que tem hierarquia, mas dispensa regras e regulamentos formalizados por escrito.  Resposta do Exercício  1. Assinale a alternativa que caracteriza uma organização formal.  RESPOSTA CORRETA: A

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GESTÃO DE PESSOAS 

Nesta aula e na próxima, você estudará os elementos de uma organização. O texto a  seguir foi baseado em Chiavenato (2006). 

AULA 04 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS 

Elementos das organizações 

Uma  organização  pode  ser  pequena  e  simples  ou  grande  e  extremamente  complexa.  O  termo  organização  serve  para  abrigar  uma  enorme  variedade  de  tamanhos,  estruturas,  interações, objetivos, etc. 

Dentro dessa variedade e complexidade, existem dois tipos de elementos comuns a todas  as organizações: o elemento básico e os elementos de trabalho. 

O elemento básico 

O  elemento  básico  são  as  pessoas,  cujas  interações  compõem  a  organização.  Uma  organização está sempre em mudança (daí sua natureza dinâmica), já que seus membros podem  mudar,  embora  as  pessoas  sempre  estejam  envolvidas  em  seus  relacionamentos  através  de  alguma espécie de estrutura que determina a existência da organização. Uma organização existe  quando  duas  ou  mais  pessoas  interagem  entre  si,  a  fim  de  alcançar  objetivos  que  somente  poderiam  ser  alcançados  eficazmente  através  da  combinação  de  suas  capacidades  e  de  seus  recursos  pessoais.  A  condição  necessária  para  a  existência  de  uma  organização  é  a  interação  entre  as  pessoas.  O  próprio  sucesso,  ou  insucesso,  das  organizações  é  determinado  pela  qualidade  das  interações  entre  seus  membros.  As  interações  constituem  a  expressão  das  pessoas  e  podem  ser  descritas  em  quatro  diferentes  níveis,  tornando­se  menos  pessoais  à  medida que se tornam mais elevadas: 

“Um problema só surge quando estão presentes todas as condições para solucioná­lo”.  Karl Marx

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GESTÃO DE PESSOAS 

Veremos cada um desses níveis: 

Interações individuais:  correspondem ao primeiro nível, aliás, o mais visível e imediato.  Uma interação é a relação entre duas pessoas ou sistemas de qualquer natureza, de modo que a  atividade  de  cada  um  está  em parte  determinada  pela  atividade  do  outro.  Existe  uma  influência  recíproca, e cada pessoa evoca uma resposta física ou mental às outras pessoas. 

Interações  entre  indivíduos  e  organização:  indivíduos  e  organização  estão  em  constante interação e tomam continuamente decisões adaptativas para permanecer em equilíbrio  dinâmico  com  seu  meio  ambiente.  O  fluxo  de  informação  é  essencial  para  esse  processo  de  tomada  de  decisões,  pois  envolve  conhecimento  do  passado,  estimativas  do  futuro  e  retroação  quanto ao tempo da atividade corrente. A tarefa da administração é implementar esse sistema de  informação/  tomada  de  decisões  para  coordenar  esforços  e  manter  um  equilíbrio  dinâmico.  As  organizações  engendram  uma  complexa  dinâmica  interna  dentro  da  qual  os  indivíduos  são  induzidos a tomar parte: os indivíduos são atraídos (pelo recrutamento), selecionados, integrados,  treinados,  e  passam  a  ocupar  determinados  cargos,  em  que  são  supervisionados,  avaliados  e  controlados. Por sua vez, os indivíduos obtêm, por meio de sua participação nas organizações, a  satisfação de algumas de suas necessidades pessoais (dinheiro, benefícios, segurança, serviços,  amizade, etc). 

Exercícios 

1. Assinale a alternativa falsa referente ao elemento básico das organizações.  a) Uma organização existe quando duas ou mais pessoas interagem entre si, a fim de alcançar  objetivos.  b) O elemento básico são as pessoas, cujas interações compõem a organização. 

c)  O  próprio  sucesso  ou  insucesso  das  organizações  é  determinado  pela  qualidade  das  interações entre seus membros. 

d)  A  tarefa  da  administração  não  responde  à  expectativa  de  implementar  o  sistema  de  informação/ tomada de decisões para coordenar esforços e manter um equilíbrio dinâmico. 

1) interações individuais; 

2) interações entre indivíduos e organização; 

3) interações entre a organização e outras organizações;  4) interações entre a organização e seu ambiente total.

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GESTÃO DE PESSOAS  2. Assinale a alternativa correta.  a) Uma interação é apenas a relação entre duas pessoas.  b) Uma interação é a relação entre duas ou mais pessoas.  c) Uma interação é a relação entre duas pessoas ou sistemas de qualquer natureza, de modo  que a atividade de cada um está em parte determinada pela atividade do outro.  d) Uma interação é a relação entre duas pessoas ou sistemas de qualquer natureza, de modo  que a atividade de cada um não está em parte determinada pela atividade do outro.  Respostas dos Exercícios  1. Assinale a alternativa falsa referente ao elemento básico das organizações.  RESPOSTA CORRETA: D  2. Assinale a alternativa correta.  RESPOSTA CORRETA: C

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GESTÃO DE PESSOAS 

Nesta aula, você continuará estudando os elementos de uma organização. O texto a seguir  é baseado em Chiavenato (2006). Continuaremos com os níveis interacionais. 

AULA 05 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.) 

Elementos das organizações (cont.) 

Interações  entre  a  organização  e  outras  organizações:  toda  organização  mantém  interações  com  outras  organizações,  que  constituem  o  “conjunto  operacional”  e  o  conjunto  de  outras  organizações,  cujos  papéis  se  engrenam  e  se  entrelaçam  com  os  papéis  daquela  organização  tomada  como  focal.  Para  realizar  sua  tarefa,  a  organização  interage  com  outras  organizações,  não  apenas  para  poder  receber  matérias­primas,  máquinas,  equipamentos,  serviços,  recursos  financeiros  e  humanos,  mas  também  para  poder  colocar  no  mercado  seus  produtos  e  serviços,  sua  propaganda,  aplicar  seus  recursos  financeiros,  etc.  Essas  outras  organizações que uma organização utiliza diretamente para poder operar eficazmente constitui o  horizonte  mais  imediato  das  interações  interorganizacionais.  As  características  do  “conjunto  operacional”  afetam  poderosamente  as  formas  de  competição  e  de  cooperação  com  outras  organizações, fluxos de informação e de pessoas entre as organizações, influenciando o desenho  da estrutura interna e os processos da organização focal. 

Interações  entre  a  organização  e  seu  ambiente  total:  Além  da  interação  com  as  organizações  que  constituem  seu  ambiente  mais  imediato  –  “conjunto  operacional”  –  a  organização  também  mantém  interação  com  outras  organizações  mais  distanciadas  e  que  constituem  seu  ambiente  total.  Nenhuma  organização  existe  no  vácuo,  mas  em  um  contexto  complexo  em  que  operam  outras  organizações  e  que  se  chama  ambiente.  Cada  organização,  como sistema aberto, é profundamente influenciada por seu ambiente em face de suas interações  com o mesmo. As organizações são sistemas sociais moldados pelo ambiente em que se situam.  As organizações existem em ambiente e cada ambiente toma parte na configuração da estrutura  interna de cada organização dentro dele. Os ambientes organizacionais são multidimensionados e  “Devemos negociar com liberdade, mas jamais negociar a liberdade”.  John Kennedy

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GESTÃO DE PESSOAS 

multicaracterizados. A estrutura organizacional e os processos organizacionais são condicionados  pelo  ambiente:  as  organizações  põem  o  ambiente  em  mira  para  delinear  com  que  tipos  de  contingências elas deverão defrontar­se e que tipos de pressões externas deverão suportar. Em  outros termos, muitas vezes as organizações inventam e selecionam seus ambientas no leque de  alternativas que subjetivamente percebem do contexto que as cercam.  A seleção e a percepção  ambientais  das  organizações  são  influenciadas  pelas  normas  sociais  e  costumes  vigentes.  O  elemento básico – as pessoas – não existe no vácuo. Dentro da organização, o elemento básico é  afetado pelos elementos de trabalho que a tornam eficaz ou ineficaz. 

Os  elementos  de  trabalho  de  uma  organização  são  os  recursos  que  ela  utiliza  e  que  podem  determinar  sua  futura  eficiência,  a  saber:  pessoas,  recursos  não­humanos  e  recursos  conceptuais. 

As pessoas – elemento básico da organização – aparecem como elementos de trabalho,  que utilizam recursos e arranjam a organização para adquirir outros recursos necessários. Em seu  papel de elementos de trabalho, podem oferecer à organização três espécies de habilidades. Veja  a seguir: 

a)  Habilidade  de  fazer,  isto  é,  de  desempenhar  tarefas  e  atividades.  Toda  organização  precisa  de alguns  membros que executem  as  atividades necessárias  para atingir  seus  objetivos. 

b) Habilidade de influenciar, isto é, habilidade de alterar o comportamento dos outros. A  influência pessoal pode ser derivada da posição social, do poder econômico,  do poder  político  ou  da  personalidade  do  indivíduo.  A  distribuição  do  poder  determina  tanto  os  objetivos  da  organização  quanto  o  peso  e  a  consideração  dados  a  cada  membro.  Os  membros  com  poder  extensivo  ou  influência  têm  maior  peso  na  determinação  dos  objetivos e nas operações da organização. 

c) Habilidade de utilizar conceitos, isto é, habilidade de abstrair idéias e generalizações.  A organização precisa de alguns membros que utilizem conceitos como ferramentas de  trabalho,  que planejem,  organizem  e  controlem o  trabalho  dos  outros,  abastecendo­os  de motivação e comunicação necessárias. 

Os  Recursos  não­humanos  referem­se  a  recursos  materiais  (máquinas,  equipamento,  materiais,  matérias­primas,  tecnologia  de  produção,  etc),  recursos  financeiros  (capital,  investimentos,  empréstimos,  financiamentos,  crédito,  receita,  etc.)  e  recursos  mercadológicos  (clientes e consumidores, promoção, propaganda, organização de vendas, etc).

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GESTÃO DE PESSOAS 

Os  recursos  conceituais  –  também  chamados  recursos  administrativos  –  são  os  localizados  em  um  pequeno  grupo  de  seus  membros,  os  dirigentes.  O  grau  em  que  todos  os  membros  de  uma  organização  empregam  suas  habilidades  e  sua  influência  na  utilização  eficaz  dos recursos depende de quão bem os dirigentes compreendam e desempenhem seus cargos. 

Exercício 

1. Assinale a alternativa falsa. 

a) Toda organização mantém interações com outras organizações, que constituem o “conjunto  operacional”. 

b)  Recursos  mercadológicos  referem­se  a  clientes  e  consumidores,  promoção,  propaganda,  organização de vendas, etc.  c) Habilidade de utilizar conceitos é a habilidade de abstrair idéias e generalizações.  d) Habilidade de utilizar conceitos é a habilidade de conceituar os elementos.  Resposta do Exercício  1. Assinale a alternativa falsa.  RESPOSTA CORRETA: D 

Você  sabia  que  o  aprendizado  individual,  assim  como  o  organizacional,  tem  início  a  partir da consciência de uma necessidade para mudança da situação atual? 

Você  sabia  que  refletir  sobre  os  erros  e  as  tendências  é  característica  de  indivíduos  e  organizações atuais?

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GESTÃO DE PESSOAS 

Nesta aula, você ficará sabendo quem são os participantes das organizações e quais são  os objetivos organizacionais. O texto a seguir foi baseado em Chiavenato (2006). 

AULA 06 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.) 

Participantes das organizações 

As  organizações  surgem  porque  os  indivíduos  têm  objetivos  que  somente  podem  ser  atingidos mediante a atividade organizada. À medida que crescem, as organizações desenvolvem  seus  próprios  objetivos,  que  se  vão  tornando  independentes  e  mesmo  diferentes  dos  objetivos  das pessoas que a formaram. 

Tradicionalmente,  reconheciam­se  como  participantes  das  organizações  apenas  seus  proprietários, administradores e empregados, ou seja, apenas seus participantes internos. Porém,  a  moderna  definição  de  organização  (e  que  procura  envolver  formas  organizacionais  variadas,  como  a  igreja,  os  clubes,  as  universidades,  os  hospitais,  além  da  indústria  e  do  comércio)  concebe­a como um processo estruturado em que diferentes indivíduos interagem para alcançar  objetivos.  Esses  indivíduos  provocam  um  impacto  sobre  os  processos  de  tomada  de  decisão  dentro da organização. Nesse sentido, os parceiros de uma organização são:  a) empregados;  b) investidores e acionistas;  c) fornecedores (de matérias­primas, recursos humanos, etc);  d) clientes, consumidores e usuários;  e) governo; e  “ Se queres colher em três anos, planta trigo; 

Se  queres  colher  em  dez  anos,  planta  uma  árvore,  mas,  se  queres  colher  para  sempre, desenvolve o homem” . 

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GESTÃO DE PESSOAS 

f) sociedade. 

Tanto  a  organização  como  seus  parceiros  estão  envolvidos  em  uma  mútua  adaptação.  Embora  um  equilíbrio  entre  os  indivíduos  e  a  organização  seja  constantemente  perseguido,  ele  nunca é completamente alcançado em virtude das mudanças de necessidades, de objetivos e de  relações  mutáveis  de  poder.  Assim,  a  adaptação  é  um  processo  constante  cuja  regra  é  a  mudança e o ajustamento. Todos os parceiros (internos ou externos) provocam um impacto sobre  a adaptação e os processos de tomada de decisão da organização (e vice­versa).  Esse impacto  pode reduzir­se a algumas áreas de decisão, tornando­se supérfluo em outras áreas. Os clientes  podem  influenciar  as  decisões  na  área  de  mercadologia,  enquanto  os  acionistas  e  crediaristas  podem influenciar as decisões na área financeira. Assim, os limites da organização são flexíveis e  não claramente definidos como nos organismos vivos. Eles se expandem e se contraem, incluindo  certos grupos de parceiros ou excluindo outros, conforme o processo de adaptação e de tomada  de decisão envolvido. 

Objetivos organizacionais 

Uma  organização  pode  ser  definida  como  um  arranjo  de  componentes  projetados  para  cumprir  um  particular  objetivo  de  acordo  com  um  plano.  Nessa  definição,  existem  três  pontos  significantes.  Primeiro,  há um propósito ou objetivo,  o qual o sistema é projetado para alcançar.  Segundo,  há  um  projeto  ou  arranjo  estabelecido  de  componentes.  Finalmente,  entradas  de  informação, energia e materiais podem ser alocadas de acordo com o plano.

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GESTÃO DE PESSOAS 

Toda  organização  precisa de  uma finalidade,  de  alguma noção  sobre  os  porquês de  sua  existência  e  do  que  ela  deseja  realizar.  Suas  metas,  seus  objetivos  e  a  espécie  de  ambiente  interno que quer criar para os participantes, dos quais depende para a consecução de seus fins,  precisam  ser  definidos.  Sem  noções  sobre  suas  finalidade  e  direção,  ela  flutuará  ao  sabor  dos  ventos.  Em  qualquer  momento,  a  organização  fará  aquilo  que  for  compelida  a  fazer  pelas  pressões  transitórias  da  situação.  Sua  vida  e  sua  atitude  serão  determinadas,  não  pelo  que ela  decidiu, mas pelo que os outros decidiram. 

Chiavenato  (2006)  cita  Gore,  que  define  os  objetivos  como  “os  objetos  em  direção  aos  quais  as  organizações  dirigem  suas  energias  e seus  recursos.  Se a  organização  é um  meio  de  alcançar  fins  por  meio  das  capacidades  dos  indivíduos,  os  objetivos  são  fins  coletivos  transladados  em  termos  socialmente  significantes.  Muitas  vezes  representados  como  sendo  definidos  pela  ação,  os  objetivos  também  influenciam  a  atividade  organizada,  uma  vez  que  objetivos bem estabelecidos servem como função vital de legitimar a ação”. 

Exercício 

1. Qual é falsa? 

a)  (  )  As  organizações  surgem  porque  os  indivíduos  têm  objetivos  que  somente  podem  ser  atingidos mediante a atividade organizada. 

b) (   ) À medida que crescem,  as organizações desenvolvem seus próprios objetivos,  que se  vão tornando independentes e mesmo diferentes dos objetivos das pessoas que a formaram.  c) (  ) Tanto a organização como seus parceiros estão envolvidos em uma mútua adaptação.  d) (  ) Os clientes podem influenciar as decisões na área de acionistas, enquanto os acionistas  e crediaristas podem influenciar as decisões na área de mercadologia.  Resposta do Exercício  1. Qual é falsa?  RESPOSTA CORRETA: D

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GESTÃO DE PESSOAS  Nesta aula, você continuará estudando os objetivos organizacionais. O texto a seguir foi  baseado em Chiavenato (2006). 

AULA 07 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.) 

Objetivos organizacionais (cont.) 

Organizações – unidades sociais que procuram atingir objetivos específicos.  Razão de ser das organizações – servir os objetivos propostos. 

Objetivo  da  organização  –  situação  desejada  que  ela  pretende  alcançar.  Assim,  os  objetivos organizacionais têm as seguintes funções: 

1)  Ao  apresentar  uma  situação  futura,  os  objetivos  indicam  uma  orientação  que  a  organização  procura  seguir  e  estabelecem  linhas­mestras  para  a  atividade  dos  participantes;  2) Os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma  organização e até a sua existência;  3) Os objetivos servem como padrões através dos quais os participantes e os estranhos a  ela podem comparar e avaliar o êxito da organização, ou seja, a sua eficiência e o seu  rendimento; 

4)  Os  objetivos  servem  como  unidade  de  medida  para  se  verificar  e  comparar  a  produtividade da organização ou de seus órgãos, ou ainda de seus participantes. 

Objetivos naturais de uma organização 

Os objetivos naturais de uma organização são:  1) Proporcionar satisfação das necessidades de bens e serviços da sociedade.  “ Computadores não servem para nada. Eles só podem lhe dar respostas” .  Picasso

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GESTÃO DE PESSOAS 

2) Proporcionar emprego produtivo para todos os fatores de produção. 

3)  Aumentar  o  bem­estar  da  sociedade  por  meio  do  uso  econômico  dos  fatores  de  recursos. 

4) Proporcionar um retorno justo aos fatores de entrada. 

5)  Proporcionar  um  clima  em  que  as  pessoas  possam  satisfazer  uma  variedade  de  necessidades humanas normais. 

Assim, as organizações podem ser estudadas do ponto de vista dos seus objetivos. São os  objetivos  que  estabelecem  a  base  para  a  relação  entre  a  organização  e  o  seu  ambiente.  A  organização  não  busca  apenas  um  objetivo,  pois  precisa  satisfazer  uma  grande  quantidade  de  requisitos e exigências que são impostos a ela não somente pelo ambiente externo, mas também  pelos  seus  participantes.  Esses  objetivos  não  são  estáticos,  mas  dinâmicos  e  com  contínua  evolução, alterando as relações externas com a organização e o seu ambiente, e internas com os  seus participantes e sendo continuamente reavaliados e modificados em função das mudanças do  ambiente e da organização interna dos participantes. 

Você  sabe  quais  os  aspectos  que  podem  complicar  o  estudo  dos  objetivos  organizacionais? Vamos ver: 

1) Quando um objetivo se torna realidade, deixa de ser o objetivo desejado e passa a ser  uma situação atual. Um objetivo é um estado que se procura e não um estado que se  possui. 

2) Muitas organizações legitimam e, simultaneamente, têm dois ou mais objetivos. 

3)  Quase  todas  as  organizações  possuem  um  órgão  formal  –  como  um  departamento  –  que estabelece os objetivos iniciais e suas modificações posteriores. 

4) Podem ocorrer mudanças e substituições de objetivos para os quais a organização não  foi criada e para os quais os recursos não são adequados ou suficientes. 

5)  Pode­se  medir  a  eficácia  de  uma  organização  na  medida  em  que  ela  atinge  os  seus  objetivos. A eficiência é medida pela quantidade de recursos utilizados para fazer uma  unidade  de  produção:  a  eficiência  aumenta  à  medida  que  os  custos  e  os  recursos  utilizados decrescem.

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GESTÃO DE PESSOAS 

Exercícios 

1. Assinale a alternativa correta. 

a)  Pode­se  medir  a  eficácia  de  uma  organização  na  medida  em  que  ela  atinge  os  seus  objetivos. 

b)  Podem ocorrer  mudanças e  substituições  de objetivos  para os quais a organização não foi  criada e para os quais os recursos não são adequados ou suficientes.  c) Quando um objetivo se torna realidade, deixa de ser o objetivo desejado e passa a ser uma  situação atual.  d) Todas as alternativas estão corretas.  2. Quais as alternativas corretas?  I ­ Assim, as organizações podem ser estudadas do ponto de vista dos seus objetivos.  II ­ Esses objetivos não são estáticos.  III ­ Esses objetivos são estáticos.  IV ­ Esses objetivos não são dinâmicos.  Agora assinale:  a) I e IV  b) I e II  c) III e IV  d) II e IV  Respostas dos Exercícios  1. Assinale a alternativa correta.  RESPOSTA CORRETA: D  2. Quais as alternativas corretas?  RESPOSTA CORRETA: B 

Você  sabia  que  as  palavras  metas,  fins,  missões,  propósitos,  padrões,  linhas­  mestras,  alvos,  cotas  também  expressam  objetivos?  Essas  palavras  significam  um  estado de coisas que alguns membros julgam desejável para sua organização. 

Você  sabia  que  os  objetivos  oficialmente  aceitos  pelas  organizações  são  geralmente  apresentados  ou  comunicados  por meio  de  documentos  oficiais  da  organização, como  os  estatutos,  atas  de  assembléias,  relatórios  anuais  ou  por  meio  de  pronunciamentos públicos de dirigentes?

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GESTÃO DE PESSOAS  Nesta aula, você estudará as pessoas de uma organização. O texto a seguir foi baseado  em Chiavenato (2006). 

AULA 08 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.) 

Recursos Humanos 

As Pessoas 

• Não existe organização sem pessoas.  • Para estudar as pessoas, o especialista em recursos humanos tem duas alternativas: 

A pessoa na organização 

Tanto fatores internos como externos influenciam o comportamento humano.  Os fatores internos são: personalidade, aprendizagem, motivação, percepção, valores. 

Os  fatores  externos  são:  ambiente  organizacional,  regras  e  regulamentos,  cultura,  políticas, métodos e processos, recompensas e punições, grau de confiança. 

“Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles”. 

Abraham Lincoln 

1)  considerá­las  como  dotadas  de  características  próprias  de  personalidade  e  de  individualidade, aspirações, valores e atitudes, motivações e objetivos individuais.  2)  considerá­las  como  recursos  (dotadas  de  habilidades,  capacidades,  destrezas,  conhecimentos e competências necessários para a tarefa organizacional).

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GESTÃO DE PESSOAS 

Percepção 

Refere­se  à  aquisição  de  conhecimento  específico  sobre  objetos  ou  eventos  que  estimulam  diretamente  os  sentidos,  em  determinado  momento.  Envolvem  o  conhecimento  e  a  interpretação  dos  objetos,  símbolos  e  pessoas  de  acordo  com  as  experiências  anteriores  da  pessoa.  Os  processos  perceptivos  diferem  de  pessoa  para  pessoa  e,  em  decorrência  disso,  as  pessoas,  às  vezes,  julgam  mal  as  outras,  um  grupo  ou  um  objeto  (estereótipos,  percepção  seletiva). 

Cognição 

Significa a maneira pela qual uma pessoa percebe e interpreta a si própria e seu ambiente.  É  o filtro  pessoal,  é  a  tomada  de  conhecimento que  estabelece  a  crença  e a  opinião pessoal  a  respeito de si e do mundo exterior. 

Teoria de campo de Lewin 

Para  Lewin,  a  compreensão  do  comportamento  humano  depende  de  duas  composições  básicas: 

No  ambiente  psicológico,  os  objetos,  pessoas  e  situações  podem  adquirir  valências  (positiva ou negativa). O comportamento humano para Lewin é representado pela equação C = f  (P,M) – o comportamento é resultado ou função entre a pessoas e seu meio ambiente. 

Teoria da dissonância cognitiva de Leon Festinger 

Baseia­se  na  premissa  de  que  todo  indivíduo  se  esforça  para  estabelecer  um  estado  de  consonância  com  ele  mesmo  ou  com  o  ambiente  que  o  rodeia.  Se  uma  pessoa  tem  cognições  sobre si mesma e sobre seu ambiente, que são inconsistentes entre si, então ocorre um estado de  dissonância  cognitiva.  Ela  é  uma  das  principais  fontes  de  inconsistência  no  comportamento.  As  pessoas  não  toleram  a  inconsistência,  e,  quando  ela  ocorre,  o  indivíduo  está  motivado  para 

1) o comportamento humano é derivado da totalidade dos fatos coexistentes. 

2)  esses  fatos  têm  o  caráter  de  campo  dinâmico.  É  o  campo  psicológico.  Este  é  o  espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico.

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GESTÃO DE PESSOAS 

reduzir  o  conflito.  A  esse  conflito  Festinger  dá  o  nome  de  dissonância  cognitiva.  Na  verdade,  podem ocorrer três tipos de relações: 

1) Relação dissonante – quando o indivíduo acredita que fumar é nocivo, mas continua  fumando. São duas cognições contrárias e o indivíduo se comporta de maneira tal que  não aceita intimamente seu comportamento. 

2)  Relação  consoante  –  quando  acredita  que  fumar  é  nocivo  e,  então,  deixa  de  fumar.  São  duas  cognições  consoantes  entre  si.  O  indivíduo  se  comporta  da  maneira  como  aceita e valoriza o seu comportamento. 

3) Relação irrelevante – quando considera o fumo nocivo e gosta de passear pela manhã.  São  dois  elementos  em  uma  relação  irrelevante,  isto  é,  que  nada  têm  entre  si.  O  comportamento nada tem a ver com as convicções pessoais. 

A complexa natureza do homem 

O  comportamento  das  pessoas  está  mais  baseado  em  suas  percepções  pessoais  e  subjetivas do que em fatos objetivos e concretos que existem na realidade. A respeito da natureza  humana, podemos concluir:  •  o homem é um ser transacional;  •  o homem tem um comportamento dirigido para objetivos;  •  o homem é um modelo de sistema aberto. 

Exercício 

1. Quais as verdadeiras?  I ­ O comportamento humano é derivado da totalidade dos fatos coexistentes.  II ­ Os fatores externos são: personalidade, aprendizagem, motivação, percepção, valores.  III ­ Cognição significa a maneira pela qual uma pessoa percebe e interpreta a si própria e seu  ambiente. 

IV  ­  O  comportamento  das  pessoas  está  mais  baseado  em  suas  percepções  pessoais  e  subjetivas do que em fatos objetivos e concretos que existem na realidade.  Agora assinale:  a) I, II e III  b) I, III e IV  c) II, III e IV  d) I, II e IV

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GESTÃO DE PESSOAS 

Resposta do Exercício  1. Quais as verdadeiras? 

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GESTÃO DE PESSOAS 

Nesta aula e nas seguintes você estudará as diferentes teorias do processo motivacional.  Iniciaremos pela teoria de Maslow. 

AULA 09 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.) 

Processo Motivacional 

Desde o início  do século  XX,  o estudo da motivação humana vem atraindo a atenção de  estudiosos e cientistas. Diferentes estudos foram realizados nessa área, porém o chamado estudo  de  Hawthorne,  segundo  Marras  (2003:  33),  “foi  planejado  com  o  intuito  de  estabelecer  a  existência  de  alguma  relação  entre  as  condições  de  trabalho  e  a  incidência  de  fadiga  ou  monotonia entre os empregados”. 

Para surpresa dos pesquisadores, a conclusão desse estudo provou que a “atenção” dada  ao trabalhador conseguia  influir na sua produtividade.  Portanto,  esse foi o primeiro passo e,  por  volta  da  década  de  1950,  permitiu  que  fossem  reiniciados  os  estudos  sobre  o  processo  motivacional.  A partir de agora estudaremos as diferentes teorias motivacionais. 

A teoria de Maslow 

Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades humanas.  Entende­se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos,  levando­os à ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado,  seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Essa teoria nos dá idéia de  um ciclo, o ciclo motivacional. 

Quando  o  ciclo  motivacional  não  se  realiza,  sobrevém  a  frustração  do  indivíduo,  que  poderá assumir várias atitudes: 

“ Motivação implica fazer aquilo que é muito significativo para mim” . 

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GESTÃO DE PESSOAS 

a) Comportamento ilógico ou sem normalidade; 

b) Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;  c) Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios/ digestivos; 

d) Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos; 

e)  Passividade,  moral  baixo,  má  vontade,  pessimismo,  resistência  às  modificações,  insegurança, não­colaboração, etc. 

Quando  a  necessidade  não  é  satisfeita  e  não  sobrevindo  as  situações  anteriormente  mencionadas,  não  significa  que  o  indivíduo  permanecerá  eternamente  frustrado.  De  alguma  maneira, a necessidade será transferida ou compensada. Daí percebe­se que a motivação é um  estado cíclico e constante na vida pessoal. 

A  teoria  de  Maslow  é  conhecida  como  uma  das  mais  importantes  teorias  de  motivação.  Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala  de valores a serem transpostos.  Isso significa que,  no momento em que o indivíduo realiza uma  necessidade,  surge  outra  em  seu  lugar,  exigindo  sempre  que  as  pessoas  busquem  meios  para  satisfazê­la.  Poucas  ou  nenhuma  pessoa  procurará  reconhecimento  pessoal  e  status  se  suas  necessidades básicas estiverem insatisfeitas. 

O  comportamento  humano,  nesse  contexto,  foi  objeto  de  análise  pelo  próprio  Taylor,  quando enunciava os princípios da Administração Científica. A diferença entre Taylor e Maslow é  que  o  primeiro  somente  enxergou  as  necessidades  básicas  como  elemento  motivacional,  enquanto  o  segundo  percebeu que  o  indivíduo  não  sente,  única  e exclusivamente,  necessidade  financeira. 

Maslow  apresentou uma teoria  da  motivação,  segundo  a  qual  as necessidades  humanas  estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia  de importância e de influência, numa  pirâmide, em cuja base estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e, no topo,  as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto­realização).

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GESTÃO DE PESSOAS 

De  acordo  com  Maslow,  as  necessidades  fisiológicas  constituem  a  sobrevivência  do  indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc.  As necessidades  de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As  necessidades  sociais  incluem  a  necessidade  de  associação,  de  participação,  de  aceitação  por  parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolve  a auto­apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status,  prestígio  e  consideração,  além  de  desejo  de  força  e  de  adequação,  de  confiança  perante  o  mundo,  independência e autonomia.  As necessidades de auto­realização são as mais elevadas,  de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de se auto­desenvolver continuamente. 

Você sabia que  o estudo de Hawthorne representou  um marco no estabelecimento da  teoria das relações humanas? Talvez a maior contribuição dessa pesquisa tenha sido a  ênfase na proposição de que “um problema humano para ser solucionado requer dados,  informações  e  ferramentas  humanas”.  As  conclusões  mais  importantes  na  experiência  de Hawthorne foram: 

1) Determinação do nível de produção por normas sociais e integração do indivíduo ao  grupo; 

2) Os indivíduos não agem isoladamente, mas seguem o grupo; 

3)  As  recompensas  e  sanções  impostas  pelo  grupo  determinam  o  comportamento  do  indivíduo; 

4) O reconhecimento da existência de grupos informais bem estruturados;  5) As relações humanas constituem as interações entre pessoas e grupos;  6) A importância do conteúdo do cargo no moral do indivíduo.

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GESTÃO DE PESSOAS  Indicação de sites:  www.fabavi.br/revista/artigos  www.portaldomarketing.com.br 

Exercícios 

1. Assinale a alternativa correta. 

a)  De  acordo  com  Maslow,  as  necessidades  fisiológicas  constituem  a  sobrevivência  do  indivíduo e a preservação da espécie. 

b)  De  acordo  com  Maslow,  as  necessidades  de  segurança  constituem  a  sobrevivência  do  indivíduo e a preservação da espécie. 

c) De acordo com Maslow, a necessidade de estima constitui a sobrevivência do indivíduo e a  preservação da espécie. 

d) De acordo com Maslow, as necessidades de auto­realização são as mais inferiores. 

2.  Quando  o  ciclo  motivacional  não  se  realiza,  sobrevém  a  frustração  do  indivíduo,  que  poderá  assumir várias atitudes:  a) nervosismo  b) insônia  c) distúrbios circulatórios/ digestivos  d) todas as alternativas estão corretas.  Respostas dos Exercícios  1. Assinale a alternativa correta.  RESPOSTA CORRETA: A  2. Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo, que poderá assumir várias atitudes:  RESPOSTA CORRETA: D

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GESTÃO DE PESSOAS  Nesta aula, você continuará estudando as diferentes teorias do processo motivacional.  Dessa vez, estudaremos a teoria de Douglas McGregor. 

AULA 10 • GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS (CONT.) 

Teorias Motivacionais 

A teoria de Douglas McGregor 

Douglas  McGregor,  psicólogo,  é  um  dos  mais  famosos  autores  behavioristas  da  Administração; preocupou­se em comparar dois modos contrários de pensar a administração. Em  um dos pólos, um modo baseado na teoria tradicional, demasiadamente mecanicista e pragmática  (Teoria  X),  e,  no  outro,  um  modo  baseado  nas  concepções  modernas  sobre  o  comportamento  humano (Teoria Y). 

Teoria X 

A  teoria  X  está  pautada  na  concepção  tradicional  de  administração  que  se  baseia  em  convicções incorretas sobre o comportamento do homem. Essa concepção o vê como insensível,  negligente,  preguiçoso  por  natureza,  evitando  o  trabalho.  A  ele  falta  ambição,  não  gosta  de  assumir novas responsabilidades, é voltado par si mesmo e a sua própria natureza o leva a resistir  a mudanças. É dependente, o que o torna incapaz de possuir autocontrole e autodisciplina. 

Em função dessa concepção e premissa a respeito da natureza humana, a Teoria X revela  um  estilo  de  administração  duro,  rígido  e  autocrático  e  que  se  limita  a  fazer  as  pessoas  trabalharem dentro de certos esquemas e padrões antecipadamente planejados. 

“Ninguém motiva ninguém”. 

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GESTÃO DE PESSOAS 

Toda vez que um administrador impõe arbitrariamente um esquema de trabalho e passa a  controlar externamente o comportamento de seus subordinados, ele está baseando­se na Teoria  X. 

A teoria X se fundamenta em uma série de proposições errôneas sobre o comportamento  humano  e  proclama  um  estilo  de  administração  cuja  fiscalização  e  o  controle  externo  rígido  constituem mecanismos para neutralizar a desconfiança da empresa quanto às pessoas que nela  trabalham.  Segundo  essa  teoria,  o  único  estímulo  para o  trabalho  é  o  salário;  se  esse  estímulo  não está presente, o trabalho não acontece. 

Teoria Y 

É  a  moderna  concepção  de  administração,  de  acordo  com  a  teoria  comportamental.  A  teoria Y se baseia em concepções e premissas atuais e sem preconceitos a respeito da natureza  humana. 

A Teoria Y desenvolve um estilo de administração aberto e dinâmico,  muito democrático,  por  meio  do  qual  administrar  é  um  processo  para  criar  oportunidades,  liberar  potencialidades,  remover  obstáculos,  encorajar  o  crescimento  individual  e  proporcionar  orientação  quanto  a  objetivos. É totalmente oposta à teoria X.  Como a pessoa é vista na Teoria Y  • são preguiçosas e indolentes.  • não querem trabalhar.  • evitam assumir responsabilidades, a fim de se sentirem mais seguras.  • precisam ser controladas e dirigidas.  • são ingênuas e sem iniciativa.

Referências

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