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SE LIGA!!!'

Proposta para a acessibilidade em

Paranaíba/MS

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5 Coordenação

Prof. Dr. Wesley Ricardo de Souza Freitas

Docentes da UFMS/CPAR/GAB

Nome Regime de Contrato Instituição CH Total Carlos Rodrigues da Silva Dedicação exclusiva UFMS/CPAR/GAB 42 hrs Helio Roberto Braunstein Dedicação exclusiva UFMS/CPAR/GAB 2 hrs Magno Pinheiro de Almeida Dedicação exclusiva UFMS/CPAR/CEX 12 hrs Wesley Ricardo de Souza Freitas Dedicação exclusiva UFMS/CPAR/GAB 58 hrs

Discentes da UFMS/CPAR/GAB

Nome Curso Instituição Carga

Anderson Felix de Oliveira Administração UFMS/CPAR/GAB 58 hrs André Luiz Leal Oliveira da Silva

Marques Administração UFMS/CPAR/CEX 56 hrs

Bruno Henrique Marques de

Mello Administração UFMS/CPAR/GAB 58 hrs

Catiana Aparecida Mauricia

Menezes Administraçao UFMS/CPAR/GAB 54 hrs

Claudio Noboru Ide Administração UFMS/CPAR/GAB 54 hrs Denise de Oliveira Marcelino Administracao UFMS/CPAR/GAB 42 hrs Elaine Dias Barbosa Administração UFMS/CPAR/GAB 42 hrs Estéfany Pereira Raul Administração UFMS/CPAR/GAB 44 hrs Giovanni Alves Pereira Administração UFMS/CPAR/GAB 58 hrs Gustavo Silva de Oliveira Administração UFMS/CPAR/CEX 56 hrs Hugo Bernardes Dornelas

Rodrigues Garcia Administração UFMS/CPAR/CEX 56 hrs Icaro Ricardo Ribeiro da Silva AdministraÇÃo UFMS/CPAR/GAB 56 hrs João Paulo de Almeida Sirilo Administração UFMS/CPAR/GAB 58 hrs José Renesto Neto Administração UFMS/CPAR/GAB 58 hrs Juliane Aparecida da Silva Administracao UFMS/CPAR/GAB 58 hrs Juliane Ferreira de Assis Administracao UFMS/CPAR/CEX 58 hrs Lara Barboza Canezin Bacharel Em

Administração UFMS/CPAR/GAB 46 hrs Leandro Gonçalves Araujo Administração UFMS/CPAR/GAB 56 hrs Letícia Guilherme de Moura Administraçao UFMS/CPAR/GAB 58 hrs Mário Ribeiro da Silva Administração UFMS/CPAR/GAB 55 hrs Marina Milani de Vergilio AdministraÇÃo UFMS/CPAR/GAB 58 hrs Murilo Silva Correa Administração UFMS/CPAR/GAB 42 hrs Priscila Renata Barbosa de

Miranda Administraçao UFMS/CPAR/GAB 58 hrs

Regiza de Souza Gomes Administração UFMS/CPAR/GAB 58 hrs Robert Alves Dias Administração UFMS/CPAR/GAB 56 hrs

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6 Ronan Garcia Silva Administração UFMS/CPAR/GAB 58 hrs Suellen Sandra da Silva Administração UFMS/CPAR/GAB 54 hrs Tássia Camila Tiago Administração UFMS/CPAR/GAB 58 hrs

Resumo

A ação teve como objetivo diagnosticar os problemas relacionados à acessibilidade na cidade de Paranaíba/MS. Com a técnica de observação, os membros do projeto registraram por meio de imagens de aspectos negativos relacionados à acessibilidade. Após esse diagnóstico, foram realizadas palestras em duas escolas estaduais e duas escolas privadas, discutindo os aspectos relacionados à acessibilidade e os problemas que as pessoas com necessidades especiais enfrentam no seu dia a dia, além de convidar os alunos das respectivas escolas à participarem do diagnóstico, isto é, identificando pontos positivos e negativos em suas rotinas. Por fim, será entregue ao Legislativo Municipal e ao Poder Executivo uma cópia deste relatório para as propostas aqui levantadas sejam discutidas e implementadas.

1 Justificativa

Percebe-se que pessoas portadoras de necessidades especiais possuem dificuldades em sua locomoção na cidade de Paranaíba/MS. Ruas e calçadas estreitas, barreiras e buracos, desrespeito às áreas destinadas a esse público, rampas inadequadas, enfim, falta ausência do cumprimento de forma adequada dos direitos destes cidadãos.

Em torno de 15% da população brasileira possui algum tipo de deficiência (VASCONCELOS; PAGLIUCA, 2006). Como prevê a nossa Carta Magna, em seu artigo 6º dispõe que as pessoas têm direitos sociais fundamentais para uma vida digna, inclusive as pessoas com necessidades especiais, como à educação, ao lazer, à saúde e ao trabalho. Obviamente, para conseguir seus direitos básicos, o cidadão precisa deslocar-se às organizações que prestam determinado serviço ou mesmo para trabalhar. Assim, a ação inicial para chegar ao seu destino é o deslocamento, em outras palavras, qualquer indivíduo se locomove a pé, até o carro na garagem ou até ponto de ônibus (VIEIRA; MORASTON, 2013).

“A mobilidade é a condição que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano”, conforme disposto na Lei 12.857 de 03 de Janeiro de 2012, que trata da Política Nacional de Mobilidade Urbana. “A mobilidade urbana é um atributo das cidades e se refere à facilidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano. [...] É o resultado da interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2005, p.3).

A circulação de pedestres nas ruas da cidade remete-se às necessidades básicas humanas como andar, descansar, admirar e comer. A rua deve robustecer este caráter de lugar de relação, promovendo a vitalidade, a sustentabilidade e a manutenção do lugar (ALMEIDA, GIACOMINI, BORTOLUZZI, 2013).

Quando o ser humano é privado de suas próprias necessidades básicas, em razão das barreiras encontradas no ambiente em que percorre, surge um sentimento de encarceramento interior (NASCIMENTO, 2002).

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“São muitas as barreiras arquitetônicas encontradas no meio urbano, como: escadas íngremes e sem corrimãos, portas estreitas, degraus na entrada de estabelecimentos, pisos escorregadios. Para ter uma cidade acessível a todos, devesse respeitar a diversidade física e sensorial entre as pessoas e as modificações pelas quais passa o nosso corpo, da infância à velhice. Devesse pensar sempre na inclusão, com as rampas, calçadas mais largas, sinalização nas calçadas para deficientes visuais, sinaleira para pedestres e ciclovias” (ALMEIDA, GIACOMINI, BORTOLUZI 2013).

Consequentemente, o espaço urbano deve facilitar o descolamento das pessoas e não dificultar, apresentando segurança pública, limpeza das ruas e calçadas, estas amplas com mobiliário urbano confortável, sinalização, iluminação e com completa acessibilidade (ALMEIDA, GIACOMINI, BORTOLUZI 2013).

Para prover essas condições, é fundamental o respeito à acessibilidade, que consiste na “facilidade disponibilizada às pessoas que possibilite a todos autonomia nos deslocamentos desejados”, conforme artigo 4º, parágrafo III da Politica Nacional de Mobilidade Urbana. Desta forma, este projeto espera contribuir com a melhoria da acessibilidade em Paranaíba/MS.

2 Objetivos

Como objetivo principal, buscou-se apresentar alternativas para melhoria da acessibilidade nas áreas urbanas de Paranaíba. Como objetivos específicos realizou-se:

a) Registro por meio de fotos dos problemas pertinentes à acessibilidade urbana, em ruas, praças, calçadas, estacionamentos etc;

b) Palestras educativas nas escolas, conscientizando os estudantes das escolas Aracilda Cícero Correa da Costa, José Garcia Leal, Escola Caminho e Prevê Objetivo sobre o tema acessibilidade;

d) Criação de uma marca que posteriormente poderá ser utilizada para campanhas;

Ainda, pretende-se apresentar esses resultados ao Legislativo e Executivo Municipal para discussão do tema e possível implementação de ações;

3 Fundamentação teórica

No âmbito social em que vivemos, é comum ouvirmos a palavra acessibilidade ligado a pessoas com algum tipo de deficiência. Mas na verdade, acessibilidade promove igualdade e oportunidade a aspectos ligados a educação, trabalho, habitação, lazer e cultura para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, envolvendo adequações que facilitam a mobilidade dessas pessoas.

O Art. 1º da Lei Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação (FEDERAL, 2000).

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A legislação assegura o direito de acesso, circulação e utilização dos espaços públicos pelos portadores de deficiência e pelas pessoas com mobilidade reduzida. Dá prioridade ao livre acesso a repartições públicas e outros locais, assegurado condições de acessibilidade arquitetônicas, urbanísticas, de transportes, de comunicação e informação (VASCONCELOS; PAGLIUCA, 2006).

Podemos considerar que para avaliar a acessibilidade de tais grupos em um determinado espaço urbano, encontra-se várias dificuldades, como verificar as normas técnicas e legislação vigente e considerar a opinião dos indivíduos. Portanto, devemos analisar de forma criteriosa a acessibilidade dessas pessoas e a relação que se dá sobre o espaço de circulação pública (MACHADO; LIMA, 2015).

Assim, como a sustentabilidade social visa o desenvolvimento, Machado e Lima (2015, p. 369) afirma que, para isso é necessário que haja melhoria na qualidade de vida das pessoas destacando ainda que, de acordo com a Associação Nacional de Transportes Públicos, em pesquisa realizada nos municípios com mais de 60 mil habitantes em 2011, foram realizadas cerca de 200 milhões de viagens por dia, sendo que 36,8% desses deslocamentos ocorreram no modo pedonal, deixando clara a importância dos espaços que condicionam o deslocamento a pé. No entanto, 45,6 milhões de brasileiros apresentaram algum tipo de deficiência, ou seja, 23,9% da população.

Destes, 7% possuíam algum tipo de dificuldade de locomoção ou mobilidade reduzida, excluindo os idosos, as mulheres grávidas, as pessoas obesas e as com dificuldades de locomoção temporárias. Trata-se de uma população expressiva e, em sua maioria, sem a possibilidade de participação nos ambientes de trabalho e de convivência social pela falta de acessibilidade.

Sabendo que o número de pessoas com deficiência é relevante e que todos necessitam de acesso livre e adequado, as cidades devem se adaptar as percepções especificais dos indivíduos sendo capazes de disponibilizar igual direito de ir e vir (MACHADO; LIMA, 2015).

Segundo Pagliuca et al. (2015) a sociedade aceita a inclusão da pessoa com deficiência de acordo como sua perspectiva é compreendida. Afinal, fazer inclusão depende também da conscientização e apoio das instituições não só públicas como privadas, pois desse modo poderá sim ocorrer a prestação do cuidado inclusivo.

4 Procedimentos Metodológicos

Para realização do projeto, a equipe de execução realizou, durante quinze meses, observações nas ruas, calçadas, praças, estacionamentos etc verificando rampas de acesso à cadeirante, situações das calçadas, respeito às leis de trânsito, acessibilidade aos órgãos públicos, além de observar o comportamento de motoristas e pedestres em relação à locomoção.

Após o levantamento e registro de diversos aspectos relacionados à acessibilidade, foram realizadas palestras educativas nas escolas Prevê Objetivo, Manoel Garcia, Caminho e José Garcia Leal.

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Durante as palestras, os alunos das escolas participantes foram convidados para participarem do diagnóstico, isto é, identificando pontos negativos em suas rotinas em relação à acessibilidade.

5 Resultados

Entre os meses de junho de 2016 e maio de 2017, acadêmicos do curso de Administração iniciaram um período de observação sobre o dia a dia nos bairros e ruas de Paranaíba, a fim de diagnosticar problemas relacionados à falta de acessibilidade ou ao desrespeito à acessibilidade e também realizaram palestras para conscientização dos estudantes das escolas Manoel Garcia, José Garcia Leal, Escola Caminho e Preve Objetivo.

A seguir, apresentam-se os registros, divididos por temas:

Tema: Construção Civil – calçadas e ruas ocupadas com material de

construção, entulhos, galhos e até para preparação da massa

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Paranaíba MS – Localizada em frente a escola Objetivo - Data: 15-03-2016

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Paranaíba MS - Rua Generoso Ponce- Data: 08-06-2016

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Paranaíba MS - Rua Generoso Ponce- Data: 08-06-2016

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Paranaíba MS - Rua Generoso Ponce- Data: 08-06-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 14-06-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 14-06-2016

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Paranaíba MS - Rua do Supermercado Central - Data: 04-07-2016

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Paranaíba MS – Av. Getúlio Vargas - Data: 05-07-2016

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Paranaíba MS – Av. Getúlio Vargas - Data: 05-07-2016

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Paranaíba MS – Av. Getúlio Vargas - Data: 05-07-2016

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Paranaíba MS – Rua Vereador Manoel Messias de Freitas - Data: 06-07-2016

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Paranaíba MS – Rua Cassilândia- Data: 10-07-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 19-07-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 19-07-2016

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Paranaíba MS - Avenida José de Castro - Data: 20-07-2016

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Paranaíba MS - Avenida José de Castro - Data: 20-07-2016

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Paranaíba MS - Avenida José de Castro- Data: 20-07-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini - Data: 18-08-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 14-06-2016

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Paranaíba MS – Av. Durval Rodrigues Lopes- Data: 11-07-2016

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31 Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 19-07-2016

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Tema: Inacessibilidade física por ausência de calçamento

Paranaíba MS – Av. Getúlio Vargas - Data: 05-07-2016

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Paranaíba MS – Rua Vereador Manoel Messias de Freitas - Data: 06-07-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 14-06-2016

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Paranaíba MS – Av. Pedro Pedrossian - Data: 28-06-2016

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Paranaíba MS – Av. Pedro Pedrossian - Data: 28-06-2016

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Paranaíba MS – Av. Pedro Pedrossian - Data: 28-06-2016

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Paranaíba MS – Av. Pedro Pedrossian - Data: 28-06-2016

Tema: Calçada irregular

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Paranaíba MS - Rua Comendador Garcia - Data: 04-07-2016

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Paranaíba MS – Avenida Carnaíba - Data: 04-07-2016

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Tema: Inacessibilidade física por ausência de rampa ou rampa com

defeitos

Paranaíba MS - Rua Carnaíba - Data: 04-07-2016

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Paranaíba MS – Avenida Carnaíba - Data: 04-07-2016

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Paranaíba MS – Avenida Carnaíba - Data: 04-07-2016

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Paranaíba MS – Av. José de Castro, em frente a farmácia do Banana - Data: 04-07-2016

Paranaíba MS – Av. José de Castro, em frente a farmácia do Banana - Data: 04-07-2016

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Tema: Ausência de ciclovia nas ruas do centro e avenidas da cidade

Paranaíba MS – Rua Kezio ondem “morre o carnaíba - Data: 08-07-2016

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Tema: Calçadas com barreiras (árvores, postes, produtos e serviços

privados)

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Paranaíba MS - Rua do Supermercado Central - Data: 04-07-2016

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Paranaíba MS - Rua Major Heleodoro- Data: 18-07-2016

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Paranaíba MS - Avenida da GiGi Lanches Data: 30-07-2016

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Paranaíba MS - Rua Dr. Mário Correa - Data: 18-08-2016

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Paranaíba MS - Rua Dr. Mário Correa - Data: 25-08-2016

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Tema: Desrespeito às leis de trânsito

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Paranaíba MS - Rua Generoso Ponce- Data: 08-06-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 14-06-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 14-06-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 14-06-2016

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Paranaíba MS – Localizada no Espelho D’água - Data: 22-06-2016

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Paranaíba MS - Rua Carnaíba - Data: 04-07-2016

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Paranaíba MS - Rua Major Heliodoro- Data: 18-07-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini- Data: 19-07-2016

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Paranaíba MS - Avenida José de Castro - Data: 20-07-2016

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Paranaíba MS - Rua em frente UFMS - Data: 11-08-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini - Data: 18-08-2016

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Paranaíba MS - Rua Antônio Bergantini - Data: 18-08-2016

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VISITAS ÀS ESCOLAS

ESCOLA CAMINHO

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79 Em síntese, os principais problemas diagnosticados foram:

6 Problemas e Propostas

O projeto Acessibilidade realizado pelos acadêmicos e docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) sob orientação do Prof. Dr. Wesley Ricardo de Souza Freitas teve como finalidade demonstrar as dificuldades que as pessoas em geral, e principalmente, aquelas que possuem alguma restrição de locomoção enfrentam quando utilizam as calçadas e vias públicas existentes em Paranaíba, contribuindo para a melhoria do planejamento urbano, conforme art. 11, inciso I, do Plano Diretor Municipal, estabelecido pela Lei complementar 023 de 05/10/2006. Portanto, diante das constatações, apresentam-se as seguintes recomendações aos problemas detectados.

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Problema Recomendações Embasamento no Plano

Diretor Municipal - Material de construção à

granel (areia, pedra, blocos, tijolos etc) na rua ou em cima da calçada prejudicando a livre locomoção de pessoas e veículos;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Regulamentar as empresas da construção civil no sentido de que possam entregar areia e pedra em caçambas devidamente sinalizadas;

 Os tijolos e blocos devem ser dispostos na rua, em um espaço equivalente a até duas vagas de estacionamento para automóveis, devidamente sinalizados;

Art. 10, VII, VIII. XII, XIV Art. 11, VII

- Preparação de massa de construção na rua ou na calçada;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Proibir a preparação de massa de construção em calçadas e ruas; Art. 10, VII Art. 11, VII Art. 36, IV

- Disposição de resíduos da construção civil na rua ou na calçada;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Que a Prefeitura possa realizar um trabalho de conscientização dos stakeholders da construção civil, no sentido de separação dos resíduos;

 Que a Prefeitura possa implementar uma usina de reciclagem para os resíduos da construção e utilizar o material reciclado em calçadas e outras obras de interesse público;

Art. 32, III e VI;

- Calçadas ocupadas por empresas que a utilizam para colocar seus produtos ou prestar serviços;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Que o poder público, discuta com a sociedade civil, os procedimentos e as regras para que empresas privadas utilizem as calçadas para oferecimento de produtos e serviços e não atrapalhem a livre locomoção;

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- Calçadas estreitas, muitas vezes com uma árvore ou poste no meio da calçada, dificultando o deslocamento;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;  A secretaria de Obras possa elaborar um planejamento visando:

- Que as calçadas sejam todas no mesmo nível de plano, sem desnível e sem nenhum tipo de degrau que possa dificultar ou impedir a livre locomoção; - Que as calçadas ofereçam os meios e os instrumentos que permita a locomoção e o acesso das pessoas portadoras de deficiência de locomoção, livres de quaisquer obstáculos, por exemplo, oferecendo maior sinalização e espaço de acesso mais amplo;

Art. 10, VII, VIII

- Calçadas danificadas ou irregulares;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Que a Secretaria de Obras da Prefeitura estabeleça os parâmetros do calçamento para fins de acessibilidade;

Art. 10, VII, VIII

- Ausência de calçadas para caminhada e ciclovia em avenidas com grande fluxo;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Que a Prefeitura possa planejar, em conjunto com os proprietários dos lotes, e executar a construção de calçadas;

 Que a Prefeitura possa realizar um estudo e demarcar ciclovias nas principais avenidas e ruas da cidade;

Art. 36, IV Art. 31, V

- Ausência de faixa de

pedestres em

cruzamentos e ruas;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Que a Prefeitura possa planejar e executar a construção/demarcação de faixa de pedestres ruas;

Art. 10, inciso VII, VIII

- Rampas para

cadeirantes danificadas ou inadequadas (em alguns locais existe a

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Que a Prefeitura possa planejar e executar a construção/adequação de rampas para cadeirantes;

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rampa em um lado da rua, mas não existe do outro). - Desrespeito às leis de trânsito, como veículos estacionados na calçada, em cima da faixa de pedestre e em vagas especiais.

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Que a Prefeitura, em parcerias com a Polícia Militar, possa planejar, organizar e coordenar campanhas de conscientização da população, especialmente, visando o comportamento da sociedade futura, as crianças;

 Que os órgãos responsáveis aumentem o rigor na fiscalização na aplicação das regras de trânsito;

Art. 31, X

- Lotes sem calçadas e com matagal;

 Discutir com a sociedade alternativas para solucionar o problema;

 Recomenda-se a discussão de regras e transforma-las em legislação municipal instrumentalizando e determinando a construção de calçadas nos lotes vagos localizados nas áreas urbanas, um pequeno muro de aproximadamente 80 centímetros e obrigação da limpeza periódica do terreno;

 Estabelecer um prazo para os proprietários regularizarem seus lotes;

 Após esse prazo, a Prefeitura irá providenciar a limpeza e manutenção do lote e lançará os custos no IPTU do referido lote, sob a forma de taxa;

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Portanto, este projeto tem como propósito despertar a conscientização tanto da sociedade como do poder público para um enfoque mais consciente quanto à questão da mobilidade urbana, sendo que todos usufruem de direitos iguais perante a lei, e assim o poder público deve agir em prol disso, para que todos independente de qualquer impedimento possa transitar pelas nossas calçadas sem sofrer nenhum constrangimento. Que o poder público possa rever o modelo atual implantado e fazer melhorias que contribua significativamente para o bem estar social.

Referências

ALMEIDA, E. P.; GIACOMINI, L. B.; BORTOLUZI, M. G. Mobilidade e Acessibilidade Urbana. In. 2º Seminário Nacional de Construções Sustentáveis (SNCS). Passo Fundo, 2013.

Constituição Federal Brasileira, 1988.

Lei 12.857 de 03 de janeiro de 2012, que trata da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

MACHADO, M. H.; LIMA, J. P. Avaliação multicritério da acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida: um estudo na região central de Itajubá (MG). Rev. Bras. Gest. Urbana, Curitiba, v. 7, n. 3, p. 368-382, setembro 2015.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Conheça o anteprojeto de Lei da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, 2005.

NASCIMENTO, V. F. Acessibilidade de deficientes físicos em uma unidade de saúde da família. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, v. 03, n. 03, p. 1031-1044, 2012. PAGLIUCA, L. M. F. et al. Repercussão de políticas públicas inclusivas segundo análise das pessoas com deficiência. Esc Anna Nery R Enferm, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 498-504, setembro 2015.

SENADO FEDERAL. Subsecretaria de Informações. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios.

VASCONCELOS, L. R.; PAGLIUCA, L. M. F. Mapeamento da acessibilidade do portador de limitação física a serviços básicos de saúde. Esc Anna Nery R Enferm, v. 10, n. 3, p. 494-500, 2006.

VIEIRA, R.; MORASTONI, R. Qualidade das calçadas na cidade de Camboriú/SC: em busca da acessibilidade e mobilidade sustentável para área turística. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, v. 7, n. 2, p. 239-259, 2013.

Referências

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