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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Contimeda, Lda.

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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O

A N A ISA B E L R OD R IG UE S SOU SA

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA EM TÉCNICO ESPECIALISTA EM CONTABILIDADE

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ANA ISABEL SOUSA i

Agradecimentos

Quero agradecer à minha Orientadora no Instituto Politécnico da Guarda (IPG) Professora Ester Amorim que me ajudou no estágio, e agradecer também ao júri que vai estar presente aquando da apresentação do mesmo.

Reconhecer também a dedicação e simpatia ao Orientador de estágio da Instituição Sr. José Cardoso que me orientou na empresa porque sem ele também não seria possível concluir o curso.

Por último, não posso deixar de manifestar o meu apreço pelo constante apoio da minha família e, em particular aos meus pais e irmão.

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ANA ISABEL SOUSA ii

Ficha de Identificação do Estagiário

Nome de Aluna: Ana Isabel Rodrigues Sousa Número: 1009904

Curso: Curso de Especialização Tecnológica em Contabilidade (CETC)

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Escola Superior de

Tecnologia e Gestão (ESTG)

Orientadora de Estágio: Prof. Ester Amorim

Instituição de Acolhimento de Estágio: Contimeda – Contabilidade e Gestão

Unipessoal, Lda.

Supervisor na Instituição: Sr. José Cardoso Inicio de estágio: 19 de Julho de 2010 Fim de estágio: 24 de Setembro de 2010

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ANA ISABEL SOUSA iii

Índice

Glossário de Siglas ... vi

Índice de Figuras ... viii

Índice de Quadros ... ix

Introdução ... 1

CAPÍTULO I - Processo de criação de uma empresa ... 2

1.1 Criação da Empresa ... 3

1.1.1 Definir o Ramo de Actividade ... 3

1.1.2 Tipos de Sociedade ... 4

1.1.3 Decidir qual o estatuto jurídico da empresa ... 7

1.1.4 Identificar a firma ... 8

1.1.5 A admissibilidade legal de firmas ... 8

1.1.6 Certificado de Admissibilidade ... 9

1.1.7 Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva ... 9

1.1.8 Realização da Escritura ... 10 CAPÍTULO II - A Contabilidade ... 11 2.1 Enquadramento ... 12 2.2 Divisões da contabilidade ... 15 2.2.1 Contabilidade Financeira ... 15 2.2.2 Contabilidade de Gestão ... 16

2.3 Sistema de Normalização Contabilística ... 18

2.3.1 Âmbito ... 18

2.3.2 Transição do Modelo POC para o SNC ... 20

2.3.3 Estrutura Conceptual ... 21

CAPÍTULO III - Imposto sobre o Valor Acrescentado ... 23

3.1 Conceito de Imposto ... 24

3.2 Momentos da obrigação do imposto ... 24

3.3 Princípios da Tributação ... 25

3.4 Entidades Participantes ... 25

3.5 Tipologia de Impostos ... 26

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ANA ISABEL SOUSA iv 3.6.1Características do IVA ... 27 3.6.2 Taxas ... 28 3.6.3 Valor tributável ... 29 3.6.4Incidência ... 30 3.6.5Regimes de IVA ... 31

3.6.6Periodicidade Entrega da Declaração do IVA ... 34

3.6.7Apuramento do Imposto ... 35

3.7 Modelos Oficiais da Declaração Periódica do IVA ... 38

3.8 Envio da declaração ... 38

3.9 Pagamento do Imposto ... 39

CAPÍTULO IV - Empresa Receptora do Estágio ... 40

4.1 Ficha Técnica ... 41

4.2Breve Historial da Empresa ... 42

CAPÍTULO V - Actividades Desenvolvidas no Estágio ... 44

5.1 Objectivos do Estágio ... 45

5.2 Plano de Estágio ... 45

5.3 Actividades desenvolvidas na Contimeda ... 46

5.4 Procedimentos Contabilísticos ... 46

5.4.1 Recepção de Documentos ... 46

5.4.2 Organização de Documentos ... 47

5.4.3 Classificação e Lançamentos de Documentos ... 47

5.4.4 Lançamentos Contabilísticos ... 49 5.4.5 Arquivo de Documentos ... 49 5.5 Contabilização de Documentos ... 50 5.5.1 Introdução ... 50 5.5.2 Reconciliação Bancária ... 53 5.5.3 Lançamentos de regularização ... 56 5.5.4 Ordenados e Salários ... 57

5.6 Trabalhos realizados no exterior ... 59

CAPÍTULO VI - Encerramento de Contas do ano 2009 ... 60

6.1 Regularização de Contas ... 61

(7)

ANA ISABEL SOUSA v

6.1.2 Classe 2 – Terceiros ... 62

6.1.3 Classe 3 – Existências ... 65

6.1.4 Amortizações ... 65

6.2 Sistemas de Inventário ... 66

6.2.1 Sistema de Inventário Permanente (SIP) ... 66

6.2.2 Sistema de Inventário Intermitente (SII) ... 66

6.3 Balancete Rectificado ... 66

6.4 Apuramento de Resultados ... 67

6.4.1 Apuramento de Resultado Operacional ... 67

6.4.2 Apuramento de Resultados Financeiros ... 67

6.4.3 Apuramento de Resultados Correntes ... 68

6.4.4 Apuramento de Resultados Extraordinários ... 68

6.4.5 Apuramento de Resultados Antes de Impostos ... 68

6.4.6 Imposto sobre Rendimento ... 68

6.4.7 Resultado Líquido do Exercício ... 69

6.5 Balancete Final ... 69

6.6 Demonstrações Financeiras ... 70

6.6.1 Balanço ... 70

6.6.2 Demonstração de Resultados por Natureza ... 71

Conclusão ... 73

Bibliografia ... 74

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ANA ISABEL SOUSA vi

Glossário de Siglas

B.I - Bilhete de Identidade

CAE - Classificação das Actividades Económicas

CC - Código Comercial

CETC - Curso de Especialização Tecnológica em Contabilidade

CFE - Centro de Formalidades das Empresas

CIRS - Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

CIVA - Código do Imposto de Valor Acrescentado

CMVMC - Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas CNC - Comissão de Normalização Contabilística

CSC - Código das Sociedades Comerciais

CTT - Direcção Geral do Tesouro

DGCI - Direcção Geral de Impostos

EIRL - Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada

ENH - Empresa Na Hora

ESTG - Escola Superior de Tecnologia e Gestão

IAS/IFRS - International Accounting Standards/International Financial Reporting

Standards

IES - Informação Empresarial Simplificada

IPG - Instituto Politécnico da Guarda

IRC - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

IRN - Instituto dos Registos e do Notariado

IRS - Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

IVA - Imposto de Valor Acrescentado

NCRF - Normal Contabilísticas e de Relato Financeiro

NCRF - Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades

N.I.F - Número de Identificação Fiscal POC - Plano Oficial de Contabilidade

PT - Portugal Telecom

(9)

ANA ISABEL SOUSA vii

RITI - Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias RLE - Resultado Líquido do Exercício

RNPC - Registo Nacional de Pessoas Colectivas SNC - Sistema de Normalização Contabilística SII - Sistema de Inventário Intermitente SIP - Sistema de Inventário Permanente

TSU - Taxa Social Única

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ANA ISABEL SOUSA viii

Índice de Figuras

Figura 1 – Ambiente Externo e Ambiente Interno………..………17 Figura 2 – Organigrama da Empresa………..……….42 Figura 3 – Taxa Social Única……... ………..…………57

(11)

ANA ISABEL SOUSA ix

Índice de Quadros

Quadro 1 – Apuramento do IVA………..…..36

Quadro 2 – Apuramento do IVA a pagar………. …………..36

Quadro 3 – Classificação de uma nota de crédito (devolução de compras)………50

Quadro 4 – Classificação de uma factura de venda de produtos……….50

Quadro 5 – Classificação de uma venda a dinheiro de um fornecedor………...51

Quadro 6 – Classificação de uma compra a crédito………51

Quadro 7 – Factura/Recibo de combustíveis gasóleo………..52

Quadro 8 - Classificação da factura da PT comunicações………..52

Quadro 9 – Electricidade……….53

Quadro 10 – Lançamentos de Regularização………56

Quadro 11 – Processamento do Ordenado do Gerente e trabalhador………..58

Quadro 12 – Pagamento de ordenados e salários………59

Quadro 13 – Pagamento à Segurança Social……….. ………59

Quadro 14 – Balanço Sintético………...71

(12)

ANA ISABEL SOUSA 1

Introdução

O Curso de Especialização Tecnológico de Contabilidade só ficará concluído após frequentar um estágio de três meses com duração de quatrocentas e vinte horas numa empresa, na Área da Contabilidade. Neste sentido, pretende-se que o trabalho desenvolvido durante o estágio seja descrito e relatado.

Assim, o presente trabalho está estruturado da seguinte forma:

No primeiro Capítulo faz-se a descrição do processo de criação de uma empresa, e os vários tipos de sociedade.

No segundo capítulo faz-se uma abordagem da contabilidade e do respectivo Sistema de Normalização Contabilística (SNC).

Em seguida no capítulo terceiro fala-se do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA). Nos dois capítulos seguintes faz-se uma apresentação da empresa receptora e as actividades desenvolvidas no estágio.

Por fim no último capítulo aborda-se o encerramento de contas.

O processo de Encerramento de Contas foi efectuado tendo os princípios contabilísticos do Plano Oficial de Contas (POC) e não as normas contabilísticas do SNC, uma vez que se trata do encerramento de contas do exercício económico de 2009.

(13)

ANA ISABEL SOUSA 2

CAPÍTULO I

PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UMA

EMPRESA

(14)

ANA ISABEL SOUSA 3

1.1 Criação da Empresa

A criação de uma empresa é um momento decisivo para a vida de qualquer pessoa, uma vez que dele pode depender o seu sucesso pessoal e profissional. Ainda que seja complexo, o processo de criação de uma empresa tem vindo a evoluir gradualmente no sentido de melhor e mais rápido poder satisfazer todos os cidadãos e empresários. Com o desenvolvimento das novas tecnologias e a emergência do Governo Electrónico, o método tradicional de criação de uma empresa tem vindo a sofrer algumas alterações, sendo que parte das etapas que careciam de deslocação presencial a determinados balcões passaram a poder ser feitas através da Internet.

A forma mais cómoda e célere de constituir uma empresa será recorrer a um Centro de Formalidades das Empresas (CFE). Os CFE permitem reduzir o tempo de demora do processo de constituição, todavia nos CFE só podem ser constituídas sociedades (anónimas, por quotas, em nome colectivo e em comandita).

Apresentamos seguidamente as etapas principais da constituição de uma empresa.

1.1.1 Definir o Ramo de Actividade

À actividade principal corresponde uma classe na Classificação das Actividades Económicas (CAE).

O Ramo de actividade básica de uma determinada empresa é a área do mercado em que ela se insere ou actua.

(15)

ANA ISABEL SOUSA 4

1.1.2 Tipos de Sociedade

O contrato de sociedade deve ser celebrado por Escritura Pública. Do contrato de qualquer tipo de sociedade devem constar:

Os nomes ou firmas de todos os sócios e os dados de identificação destes;

O tipo de sociedade;

A firma da sociedade;

O Objecto Social;

A sede da Sociedade;

O capital Social;

A quota de capital e a natureza da entrada de cada sócio.

Sociedade por Quotas

Na Sociedade por Quotas o capital social está dividido em quotas;

Os sócios são solidariamente responsáveis por todas as entradas convencionadas

no contrato social;

A Sociedade por Quotas não pode ser constituída com um capital inferior a 5000

Euros;

Não são admitidas contribuições de indústria;

A firma destas sociedades deve ser formada, com ou sem sigla, pelo nome ou

firma de todos, mas em qualquer caso concluirá pela palavra «Limitada» ou pela abreviatura «Lda.»; Nenhum valor das quotas pode ser inferior a 100 Euros;

Só o património social responde pelas dívidas da sociedade.

Sociedade Anónima

Na Sociedade Anónima o capital é dividido em acções e cada sócio limita a sua

(16)

ANA ISABEL SOUSA 5

A sociedade Anónima não pode ser constituída por um número de sócios inferior

a cinco, salvo disposição legal em contrário;

A firma desta sociedade será formada, com ou sem sigla, pelo nome ou firma de

um ou alguns dos sócios ou por uma denominação particular, ou pela reunião de ambos esses elementos, concluindo pela expressão «Sociedade Anónima» ou pela abreviatura «S.A.»;

O capital social e as acções devem ser expressos num valor nominal;

As acções não podem ser emitidas por valor inferior ao seu valor nominal;

O valor nominal mínimo do capital é de 50.000 Euros;

Não são admitidas contribuições de indústria.

Sociedade em Nome Colectivo

O sócio responde individualmente pela sua entrada;

Responde pelas obrigações sociais subsidiariamente em relação à sociedade e

solidariamente com outros sócios;

A firma da Sociedade em Nome Colectivo deve, no caso de não individualizar

todos os sócios, conter pelo menos, o nome ou firma de um deles, com o aditamento, abreviado ou por extenso, «e Companhia» ou qualquer outro que indique a existência de outros sócios;

São admitidas contribuições de indústria, no entanto, o valor da contribuição em

indústria não é computado no capital social.

Sociedade em Comandita

Na Sociedade em Comandita cada um dos sócios comanditários responde apenas

pela sua entrada;

Os sócios comanditados respondem pelas dívidas da sociedade nos mesmos

(17)

ANA ISABEL SOUSA 6

A firma da Sociedade é formada pelo nome ou firma de um, pelo menos, dos

sócios comanditados e o aditamento «Em comandita» ou «& comandita por Acções»;

Não há contribuições de Indústria.

Comandita Simples

Não há representação do capital por acções;

Aplica-se subsidiariamente o regime da Sociedade em Nome Colectivo.

Comandita por Acções

Só as participações dos sócios comanditários são representadas por acções;

Aplicam-se as normas da Sociedade Anónima;

Não pode constituir-se com menos de cinco sócios comanditados.

Sociedade Unipessoal por Quotas

Este tipo de sociedade é constituído por um único sócio, pessoa singular ou

colectiva, que é titular da totalidade do capital social de no mínimo 5 000 Euros;

 A firma destas sociedades deve ser formada pela expressão “ Sociedade Unipessoal “ ou pela palavra “Limitada” ou da abreviatura “ Lda.”;

O sócio único de uma Sociedade Unipessoal por Quotas pode modificar esta

sociedade em sociedade plural através de divisão e cessão da quota ou do aumento de capital social por entrada de um novo sócio;

Só o património social responde pelas dívidas da sociedade;

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ANA ISABEL SOUSA 7

Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada

Qualquer pessoa singular que pretenda exercer uma actividade comercial;

Constitui mediante documento particular;

O capital mínimo não pode ser inferior a 5.000 Euros;

Pelas dívidas resultantes de actividades compreendidas no âmbito do

Estabelecimento Individual de responsabilidade Limitada respondem apenas os bens a este afectos;

Está dispensado de celebração de Escritura Pública.

Empresário em Nome Individual

O Empresário em Nome Individual pode exercer a sua actividade na área

comercial (no sentido económico), industrial, de serviços ou agrícola;

Responde ilimitadamente perante os credores pelas dívidas (incluindo dívidas

fiscais e no caso de falência) contraídas no exercício da sua actividade;

Não existe separação entre o seu património pessoal e o património afecto à

própria sociedade (ao seu comércio);

Para exercer a sua actividade correctamente precisa de se inscrever na respectiva

Repartição de Finanças, declarando início de actividade;

A firma será constituída pelo nome completo ou abreviado do comerciante e

poderá ou não incluir uma expressão alusiva à sua actividade;

Não é requerido capital mínimo e não é necessário contrato social.

1.1.3 Decidir qual o estatuto jurídico da empresa

Esta escolha constitui uma decisão muito importante, com consequências não negligenciáveis na evolução da empresa.

A escolha da forma jurídica da empresa vai determinar o seu modelo de funcionamento desde o arranque e tem implicações tanto para o empresário como para o futuro empreendimento.

(19)

ANA ISABEL SOUSA 8 A opção por um determinado estatuto jurídico, deve ser tomada de modo a valorizar os pontos fortes da futura empresa tendo, no entanto, em atenção as características que melhor se adaptem às expectativas de desenvolvimento.

Assim, a primeira decisão que o empresário deverá tomar prende-se com a opção entre desenvolver a sua empresa sozinha ou em conjunto com outras pessoas.

No primeiro caso, há a considerar três hipóteses:

Ser um Empresário em Nome Individual;

Constituir um Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada

(E.I.R.L.);

Constituir uma Sociedade Unipessoal por Quotas.

No segundo caso, criar-se-á uma sociedade, que pode assumir uma das seguintes formas:

Sociedade Civil sob forma Civil;

Sociedade Civil sob forma Comercial;

Sociedade Comercial.

1.1.4 Identificar a firma

Atribuir o nome pelo qual a empresa será conhecida e responderá legalmente.

1.1.5 A admissibilidade legal de firmas

A admissibilidade legal de firmas obedece a determinados princípios e regras. Os elementos que compõem a firma devem ser verdadeiros e não induzir em erro sobre a identificação, natureza jurídica ou actividade do titular. Deve ser distinta e insusceptível de confusão ou erro com outras já registadas.

Um dos futuros sócios deve requerer o Certificado de Admissibilidade de firma ou denominação de pessoa colectiva e do Cartão Provisório de Identificação de Pessoa

(20)

ANA ISABEL SOUSA 9 Colectiva, junto do Registo Nacional de Pessoas Colectivas ou das suas delegações, como Gabinete do Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC) a funcionar no CFE. Necessita-se para tal de um impresso Modelo 11 em duplicado; Impresso Modelo 10; e Guia de depósito dos respectivos emolumentos - 39,90 Euros (29,93 Euros para certificado e 9,98 Euros para cartão provisório).

O certificado tem um prazo de validade de 180 dias para efeitos de registo, e é válido por 1 ano após a celebração da escritura.

1.1.6 Certificado de Admissibilidade

Com o Certificado de Admissibilidade poderá efectuar-se a constituição da empresa através do serviço criação de empresa online, bastando para tal introduzir o Número de Identificação de Pessoa Colectiva associado. Desta forma o nome da firma é automaticamente identificado.

O pedido de Certificado de Admissibilidade pode ser feito pela Internet através do site da Empresa Online ou no Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e de forma presencial, pelo próprio ou por pessoa com legitimidade para o efeito, no RNPC ou ainda pelo correio, em formulário próprio (Modelo 1).

1.1.7 Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva

O Cartão Provisório de Identificação de Pessoa Colectiva deixou de ser emitido, uma vez que as alterações legislativas ao regime jurídico do RNPC, ocorridas pelo Decreto-Lei nº 247-B/2008, de 30 de Dezembro, não contemplam a sua emissão.

Actualmente, existe apenas o Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva que são emitidos para entidades definitivamente registadas ou inscritas.

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ANA ISABEL SOUSA 10 O Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva, que substitui os cartões anteriormente emitidos pelo RNPC e pelos Serviços de Finanças, é sempre disponibilizado em suporte electrónico. Porém, pode ser, também, disponibilizado em suporte físico, a pedido dos interessados.

O Cartão contém ainda uma classe principal na Classificação das Actividades Económicas (CAE). Aquando do seu pedido é exigido três CAE’s secundárias, a natureza jurídica da entidade e data da sua constituição. No verso do cartão físico é também mencionado o código de acesso à certidão permanente disponibilizada com a submissão da Informação Empresarial Simplificada (IES). O Cartão da Empresa ou de Pessoa Colectiva é disponibilizado gratuitamente às empresas que se constituam no âmbito Empresa Na Hora (ENH), e às empresas online cujo registo seja desde logo efectuado com carácter definitivo.

O Cartão da Empresa ou de Pessoa Colectiva pode ser pedido pela Internet, nos sites da Empresa Online e do Instituto dos Registos e do Notariado, ou presencialmente no RNPC, nas Conservatórias do Registo Comercial, nos Postos de Atendimento dos Registos e nos Postos de Atendimento do registo Comercial da Loja da Empresa.

1.1.8 Realização da Escritura

Para a realização da escritura são necessários os seguintes documentos:

 Certificado de Admissibilidade da firma;

 Fotocópia dos documentos de identificação dos outorgantes, para pessoas singulares: Bilhete de Identidade (B.I.) para pessoas colectivas: Número de Identificação Fiscal (NIF) ou Cartão de Cidadão;

 Certidão da Conservatória do Registo Comercial, Cartão Pessoa Colectiva, Escritura Pública inicial, Bilhete de Identidade (BI) ou Cartão de Cidadão e Cartão de Contribuinte de quem obriga ou representa a sociedade.

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ANA ISABEL SOUSA 11

CAPÍTULO II

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ANA ISABEL SOUSA 12

2.1 Enquadramento

A Contabilidade para se tornar ciência percorreu um grande caminho sofrendo diversas evoluções ao longo do tempo. Ela surgiu da necessidade do homem em controlar suas riquezas. Há autores que acreditam que ela tenha surgido junto com as civilizações e que a sua evolução acompanhou os progressos do homem.

A contabilidade conta já com milénios de existência. A sua história confunde-se com a história dos homens, pois a contabilidade foi elaborada e desenvolvida no decorrer dos anos, à medida que as necessidades dos homens evoluíam.

Frederico Melis afirma “Desde que o homem se preocupou com o amanhã,

preocupou-se também, em fazer as contas, mas, na verdade, nem preocupou-sempre soube, racionalmente, o que fazer com as informações que guardou”.

O Homem teve necessidade de criar um processo de classificação e registo das alterações ocorridas no seu património, para que em qualquer momento pudesse saber da sua extensão.

É importante salientar que a Contabilidade só se tornou Ciência graças aos diversos pesquisadores e seguidores que foram dando continuidade e aperfeiçoando a História da Ciência da Contabilidade. Para A. Lopes de Sá “O conhecimento é sempre fruto de

muitas contribuições”. O conhecimento vai sendo acrescido de novas conquistas mas

isso não invalida as bases.

A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de protecção à posse e de perpetuação e interpretação dos factos ocorridos com o objecto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registos.

(24)

ANA ISABEL SOUSA 13 Foram vários os desenvolvimentos sofridos por esta forma de registo, tendo chegado aos nossos dias como o que identificamos por Método Contabilístico. Este método, é constituído por um conjunto de registos relativos às grandezas que se pretendem observar e às variações aumentativas e diminutivas que essas grandezas possam sofrer. Graficamente, estas grandezas são usualmente apresentadas num diagrama (em T), a que se convencionou chamar conta.

Alguns desses pesquisadores e seguidores podem ser citados como grandes colaboradores da Contabilidade:

Francesco Villa contribuiu com o seu Livro “La Contabilità Applicatta alle

administrazioni Private e Plubbliche”. Criticou os conceitos tradicionais da

Contabilidade segundo o qual a escrituração poderia ser feita por pessoas inteligentes. A Contabilidade para ele seria conhecer os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem o património. Francesco já tinha ideias patrimonialistas mesmo sem saber. Seu seguidor Fábio Besta superou os ensinamentos do mestre, pois chegou muito perto de definir o Património como objecto de estudo da Contabilidade, mas foi Mazi seguidor de Besta quem pela primeira vez definiu o Património como objecto de estudo da Contabilidade, ele chamou atenção para o facto de que a contabilidade é muito mais que um mero registo, para ele a Contabilidade seria um instrumento básico de gestão. Hoje como seguidor de Mazi podemos citar, A. Lopes de Sá que vem através de Neopatrimonialismo tentar estabelecer métodos de raciocínio para o entendimento sobre o que acontece com a riqueza patrimonial das empresas.

Os pragmáticos não se importam em saber se a Contabilidade é Ciência ou não, essa corrente preocupa-se em apresentar resultados aos utentes da informação de forma objectiva e prática.

A primeira grande contribuição para o desenvolvimento da contabilidade deveu-se aos Romanos, facto que se compreende, pois Roma, comparativamente a outras civilizações da época detinha uma grande actividade económica e intensas trocas comerciais. A contabilidade dos romanos foi essencialmente analítica, preocupou-se com os livros

(25)

ANA ISABEL SOUSA 14 contabilísticos como meio de prova, dando relevo à análise dos factos patrimoniais por actividades.

Os livros comerciais adoptados eram uma espécie de Memorial, que desempenhava as funções do actual Razão e que deveria ter contas abertas com duas colunas, uma para o Deve, outra para o Haver, para cada espécie de negócio. Desta forma, cada transacção financeira é registada na forma de entradas em pelo menos duas contas, nas quais o total de débitos deve ser igual ao total de créditos.

Esta forma de registo é conhecida pelo Método das Partidas Dobradas, descrito pela primeira vez por Luca Pacioli no livro "Summa de Arithmetica, Geometria proportioni

et propornaliti" em 1494, e é o sistema padrão usado nas empresas para registar

transacções financeiras. A sua premissa é de que a condição financeira e os resultados das operações de uma empresa são melhores representadas por diversas variáveis, chamadas contas, em que cada uma reflecte um aspecto em particular do negócio como um valor monetário. Estabelecendo uma igualdade no balanço, ou seja, o total do Activo igual ao total do Capital Próprio mais o total do Passivo.

A partir das últimas décadas do século XVIII, surge uma nova etapa da contabilidade. A contabilidade deixa de ser estudada como mera técnica de escrituração comercial, passando a ser analisada por vários autores como uma ciência.

Como Disciplina Científica estuda os meios e técnicas que permitem registar o desenvolvimento das operações financeiras que representam variações do património no tempo, assim como controlar a sua evolução. Então, a Contabilidade é a ciência que tem como objectivo o estudo das modificações do património, evidenciando em qualquer momento a sua composição quantitativa e qualitativa tornando-se, assim, um precioso auxiliar da gestão.

Assim, a Contabilidade constitui um sistema de informação. Informação de quê?

Através da Contabilidade, obtemos toda a informação relativa: 1 - Às transacções financeiras efectuadas pela empresa;

(26)

ANA ISABEL SOUSA 15 2 - Ao valor, natureza e evolução do património da empresa;

3 - À estrutura financeira e suas alterações; 4 - Ao resultado das operações.

Informação para quê?

A informação disponível pela Contabilidade vai ser utilizada, quer externamente, quer internamente pelos diferentes agentes que actuam com a empresa utilizam-na para tomarem decisões de acordo com os seus objectivos.

2.2 Divisões da contabilidade

A Contabilidade é uma área bastante vasta e tal como outras ciências, a Contabilidade também pode ser dividida em diversas áreas ou ramos. Esta divisão tem por objectivo o aprimoramento das técnicas aplicadas a determinadas actividades ou pessoas e o estudo de aspectos específicos da Contabilidade.

As áreas da Contabilidade podem ser estudadas de forma autónoma, no entanto, elas não são matérias independentes, pois tratam do mesmo assunto – o património.

Assim, a contabilidade pode ser dividida em: Contabilidade financeira e Contabilidade de Gestão entre outras.

2.2.1 Contabilidade Financeira

A Contabilidade Financeira dá-nos a situação económico-financeira global da empresa, a sua situação perante o exterior (endividamento, responsabilidades, etc.) em concordância com os preceitos legais (Demonstrações Financeiras).

(27)

ANA ISABEL SOUSA 16  Constatar os encargos e os rendimentos do que é consumido e/ou produzido;  Determinar os resultados de um dado período;

 Fazer, periodicamente, o ponto da situação dos bens e direitos e das Obrigações da empresa, ou seja, a situação patrimonial.

A Contabilidade Financeira:

 Fornece elementos sobre a situação económico-financeira da entidade;  Regista as operações externas da entidade e que a ela dizem respeito;  Apura o resultado global da entidade;

 Elabora o balanço anual, semestral ou mesmo mensal que traduz a sua situação perante o exterior, em concordância com os preceitos legais visados pelo Plano de Contas.

2.2.2 Contabilidade de Gestão

Visa a análise, preparação, interpretação e comunicação de informação quer financeira, quer operacional. É utilizada pelo órgão de gestão para planear, avaliar, controlar internamente uma organização.

Permite um controlo mais directo e pormenorizado da actividade da entidade, registando as operações realizadas no seio da mesma e tornando-se, portanto, numa importante fonte de informação para a tomada de decisão.

Visa, ainda, o apuramento dos resultados não globais (por produtos, por valências, etc.), assim como dos custos unitários das diversas fases de produção / serviços, consumos, etc.

Considerando que a Contabilidade é um processo formal de identificar, medir e comunicar informação económica da empresa para os decisores, bem como um instrumento de gestão indispensável para qualquer organização; Considerando que a

(28)

ANA ISABEL SOUSA 17 Contabilidade Financeira tem que produzir relatórios financeiros para divulgação; Então é necessário identificar quais são os agentes interessados na informação financeira preparada e divulgada por uma empresa. Na figura 1 está representada para quem se dirige a informação.

FIGURA 1: Ambiente Externo e Ambiente Interno

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ANA ISABEL SOUSA 18

2.3

Sistema de Normalização Contabilística

1

2.3.1 Âmbito

As empresas portuguesas não podem deixar de adoptar um sistema de relato financeiro similar ao já utilizado pela generalidade dos seus concorrentes no espaço europeu. Manter o POC/89 colocaria a breve prazo em risco a capacidade competitiva das empresas portuguesas, quer no acesso ao crédito ou na internacionalização do seu negócio, podendo condicionar o desenvolvimento da economia portuguesa.

A Comissão de Normalização Contabilística (CNC) foi sensível a estas e outras questões e reconhecendo que o POC/89 já apresentava insuficiências e desactualizações à data da sua publicação tomou a decisão de o substituir como normativo contabilístico nacional mediante a adopção do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), cujas Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) que o compõem se encontram muito próximas das Normas Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro. Porquê um novo Sistema de Normalização Contabilística?

 Reconhece-se que o POC/89 é insuficiente para as entidades com maior exigência qualitativa ao nível do relato financeiro;

 O POC/89 carece de revisão técnica no que respeita a aspectos de natureza conceptual, nomeadamente critérios de valorimetria, conceitos de activo, passivo e resultados, …

 As normas do IASB e o POC não são consistentes entre si em determinados assuntos de natureza contabilística.

1

Elaborado tendo por base GUIMARÃES, Joaquim (2007). A estrutura Conceptual da Contabilidade –

(30)

ANA ISABEL SOUSA 19 Este novo referencial contabilístico SNC representa um importante marco no modelo normalizado, já que o mesmo passa a incidir sobre conceitos e princípios e não, como no passado, sobre regras e técnicas de registo.

Obriga ainda à utilização de um novo léxico contabilístico e de novas formas e metodologias de abordagem aos temas contabilísticos. Levanta questões de articulação com a legislação fiscal e é um modelo em que se atende às diferentes necessidades de relato financeiro, dado o tecido empresarial a que irá ser aplicado.

Porém, a transição para o SNC constituirá um processo complexo e exigente, que implicará um esforço de adaptação das empresas e profissionais pelas alterações profundas que impõe na organização interna e nos procedimentos, devendo por isso ser preparada com a necessária antecedência.

A data de adopção definida implica que o comparativo apresentado para o exercício de 2009 seja “reexpresso” de POC para SNC, garantindo assim a comparabilidade do relato financeiro. Este processo implica revisitar os eventos e transacções que compõem as Demonstrações Financeiras de 2009, exercício a relatar numa base POC, e “reexpressá-las” atendendo aos princípios contabilísticos e de relato financeiro do SNC. Recentemente aprovado pelo decreto-lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, este novo modelo de normalização contabilística (SNC), sucede ao Plano Oficial de Contas (POC) anteriormente utilizado. Conforme os artigos 4.º e 5.º do decreto-lei que aprova este novo modelo, verifica-se que à semelhança do POC, este não é de aplicação geral. O Sistema de Normalização Contabilística (SNC), que vem na linha da modernização contabilística ocorrida na União Europeia (UE), é composto pelos seguintes instrumentos:

 Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeira (BADF);  Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF);

 Código de Contas (CC);

(31)

ANA ISABEL SOUSA 20  Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades

(NCRF-PE);

 Normas Interpretativas (NI);

 A Estrutura Conceptual é publicada à parte sobre a forma de Aviso.

2.3.2 Transição do Modelo POC para o SNC

(32)

ANA ISABEL SOUSA 21

2.3.3 Estrutura Conceptual

O que é uma Estrutura Conceptual?

“ É uma interpretação da teoria geral da contabilidade, mediante a qual se estabelecem, através de um itinerário Lógico-dedutivo, os fundamentos teóricos em que se apoia a informação financeira”.

(33)

ANA ISABEL SOUSA 22  Conceptualização da Estrutura Conceptual

Para quê?

 Para criação de novas normas;

 Para avaliação e revisão de normas existentes;

 Para auxílio na aplicação das normas a situações concretas;

 Para resolução de novos problemas contabilísticos, principalmente na ausência de orientação institucional;

 Para proporcionar quadro de referência;

 Para permitir prestação de informação mais neutra;

 Para aumentar a comparabilidade, credibilidade e compreensão da informação financeira.

 Vantagens da existência de uma Estrutura Conceptual:

 Serve de guia para o estabelecimento de normas contabilísticas e para orientar os utilizadores na aplicação dessas normas;

 Constituir-se num ponto de referência para a resolução de questões especificas na ausência de normas concretas;

 Aumentar o conhecimento e a confiança dos utilizadores das DF;  Proporcionar a comparabilidade das contas anuais.

(34)

ANA ISABEL SOUSA 23

CAPÍTULO III

IMPOSTO SOBRE O VALOR

ACRESCENTADO

(35)

ANA ISABEL SOUSA 24

3.1

Conceito de Imposto

2

O imposto é uma prestação patrimonial (poderá não ser uma prestação pecuniária, sendo, no entanto, sempre avaliável em dinheiro), definitiva (não tem o prestador do imposto direito a restituição ou reembolso do imposto devido, porém, o imposto anulado, ou pago em excesso não prejudica esta característica, pois é um imposto indevido), unilateral (não existem contrapartidas a receber pelo pagamento do imposto), estabelecida pela lei (os impostos só podem ser criados através de lei, sendo a sua tributação também legislada), a favor de entidades que exerçam funções públicas (apenas em determinados casos podem ser cobrados por outras instituições), para satisfação de fins públicos.

3.2

Momentos da obrigação do imposto

O imposto passa essencialmente por quatro momentos:

1º Incidência – É o do preenchimento dos pressupostos necessários à geração do facto

tributário. Tais pressupostos encontram-se tipificados nas normas de incidência e dividem-se em pressupostos de natureza real e natureza pessoal. Natureza real qual a realidade sujeita a imposto, Natureza pessoal delimitam quem está sujeito a imposto.

2º Lançamento – Pode definir-se como o conjunto de operações de natureza

administrativa que visam a identificação do sujeito passivo e a determinação da matéria colectável.

3º Liquidação – É a aplicação da taxa à matéria colectável, a fim de se apurar a colecta

do imposto.

2 Este capítulo foi elaborado com base no Código do IVA e Apontamentos das Unidades Curriculares

(36)

ANA ISABEL SOUSA 25

4º Cobrança – É o momento terminal do imposto, onde se compreendem as operações

necessárias à sua arrecadação por parte do credor tributário, ou seja, visa a entrada do imposto nos cofres do Estado.

3.3 Princípios da Tributação

Equidade – Pessoas nas mesmas circunstâncias devem pagar o mesmo imposto e

pessoas com maior capacidade produtiva devem pagar mais impostos.

Simplicidade – Os impostos devem ser simples para que sejam fáceis de compreender e

de cumprir pelo contribuinte e de administrar pelo Estado.

Minimização da Perda de Impostos – Os impostos devem reduzir os encargos associados à sua liquidação e cobrança quer do ponto de vista do contribuinte, quer do ponto de vista da administração fiscal.

Princípio do Beneficio – Quem deve pagar mais é quem beneficia mais dos serviços

públicos.

Princípio da Capacidade Contributiva – Cada um deve pagar de acordo com a sua

capacidade para pagar.

3.4 Entidades Participantes

Contribuinte – É aquele que a lei visa que suporte os encargos de imposto.

Sujeito Passivo – São as pessoas a quem a lei impõe a função de entregar o imposto e

de cumprir obrigações acessórias.

Substituto – É aquele a quem a lei impõe o dever de pagar o imposto no lugar de

(37)

ANA ISABEL SOUSA 26

Sucessor – É aquele que sucede, depois de nascida a obrigação do imposto, vem ocupar

o lugar do sujeito passivo.

Responsável – É aquele que a lei responsabiliza pelo pagamento do imposto depois de

executados os bens do devedor originário.

3.5 Tipologia de Impostos

Os impostos classificam-se em três grandes grupos:

 Impostos directos;

 Impostos indirectos; e

 Cotizações sociais.

Os impostos directos são os que recaem directamente sobre o rendimento. São os impostos que tributam manifestações directas ou imediatas de riqueza, têm como objectivo tributar a capacidade produtiva. Os mais importantes deste tipo são o imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRS) e o imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRC), a contribuição autárquica, o imposto sobre veículos.

Os impostos indirectos são os que recaem sobre a despesa. São os impostos que tributam manifestações indirectas de riqueza, têm como objectivo tributar a capacidade produtiva mas de forma indirecta através da despesa ou consumo. O mais importante é o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), existindo também os impostos especiais sobre o consumo.

As cotizações sociais são impostos sobre os rendimentos do trabalho que constituem uma receita afecta a despesas de cobertura social (pensões).

(38)

ANA ISABEL SOUSA 27

3.6 Imposto sobre o Valor Acrescentado

O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), caracteriza-se por tributar a riqueza despendida no momento da aquisição de bens ou serviços. Incide sobre a generalidade dos bens a uma taxa uniforme, aumenta também uniformemente os preços dos produtos. Como o imposto incide sobre a generalidade dos bens, os consumidores não têm uma alternativa de despesa em bens não abrangidos pelo imposto. Assim, são os consumidores que suportam o essencial do imposto.

3.6.1 Características do IVA

O IVA apresenta as seguintes características:

É um imposto geral sobre o consumo, pois incide sobre as transmissões de bens, as prestações de serviços e as importações;

É um imposto plurifásico porquanto é liquidado em todas as fases do circuito económico, desde o produtor ao retalhista;

Sendo um imposto plurifásico não é cumulativo porquanto o pagamento do imposto devido é fraccionado pelos vários intervenientes do circuito económico, através do método do crédito do imposto.

Sendo o IVA um imposto plurifásico não produz, em princípio, quaisquer efeitos cumulativos graças ao método utilizado para o seu cálculo – método do crédito do imposto.

Este método consiste em todos os operadores ao longo de um circuito económico serem obrigados a liquidar imposto nas suas operações, isto é, a fazer incidir a taxa do imposto sobre os respectivos preços. No entanto, para determinar o imposto a entregar nos cofres do Estado, cada operador deverá deduzir ao montante do imposto liquidado nas suas operações (vendas e/ou prestações de serviços) o montante do imposto que onerou as suas aquisições e que deverá constar das facturas dos seus fornecedores.

(39)

ANA ISABEL SOUSA 28 Como se deduz, o operador é devedor do Estado pelo imposto que liquida aos seus clientes e, ao mesmo tempo, credor do Estado pelo imposto suportado (dedutível) nas compras efectuadas aos seus fornecedores.

O imposto a entregar ao Estado será o valor correspondente à diferença entre o imposto liquidado e o imposto suportado, ou seja:

Imposto a entregar = Imposto liquidado – Imposto suportado

EXEMPLO:

Um fabricante de calçado, num determinado mês, efectuou as seguintes operações:

Compras de matéria-prima – 5 000,00€ + 1 050,00 € de IVA suportado

Aquisição de uma máquina – 25 000,00€ + 5 250,00€ de IVA suportado

Reparação de viatura – 500,00€ + 105,00€ de IVA suportado

Vendas – 50 000,00€ + 10 500,00€ de IVA liquidado

Como o imposto a entregar se obtém pela diferença entre o imposto liquidado (nas vendas) e o imposto suportado (nas aquisições) temos:

IVA Liquidado = 10 500,00€ IVA Suportado = 6 405,00€

IVA a entregar = 10 500,00€ - 6 405,00€ = 4 095,00€

3.6.2 Taxas

As taxas de imposto são diferentes consoante as operações tributáveis sejam consideradas localizadas no Continente ou nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira (art.º18.º CIVA).

(40)

ANA ISABEL SOUSA 29  6% (taxa reduzida) - que se aplica às importações, transmissões de bens e

prestações de serviços mencionados na Lista I anexa ao CIVA.

 13% (taxa intermédia) - que se aplica às importações, transmissões de bens e prestações de serviços mencionados na Lista II anexa ao CIVA;

 21% (taxa normal) - que se aplica às importações, transmissões de bens e prestações de serviços não incluídos nas Lista I e II.

Relativamente às operações que, de acordo com a legislação especial, se considerem efectuadas nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira as taxas aplicáveis são, respectivamente 4%, 9% e 15%.

3.6.3 Valor tributável

Nas transacções internas o valor tributável é o valor dos bens e serviços sobre o qual irá incidir a taxa do imposto.

Porque a tributação se faz tendo em conta o valor real da operação, o valor tributável será a contraprestação obtida do adquirente do bem ou do serviço.

Assim, serão tributados:

 Os impostos, direitos, taxas e outras imposições;

 As despesas acessórias debitadas ao cliente tais como, as comissões, seguros, transportes, publicidade, etc.;

 Os subsídios directamente relacionados com o preço de cada operação.

EXEMPLO:

Um fornecedor debita, juntamente com o valor do bem transmitido, as despesas do transporte até ao armazém do cliente. Supondo que o valor do bem é de 1000,00€ e o valor do transporte 100,00€, o valor tributável desta operação será de 1100,00€ ou seja, o fornecedor aplicará a taxa do imposto sobre este total.

(41)

ANA ISABEL SOUSA 30  Os juros pelo pagamento diferido da contraprestação e as quantias recebidas a

título de indemnização desde que declaradas judicialmente;  Os descontos, abatimentos e bónus concedidos;

 As quantias pagas em nome e por conta do cliente, desde que na contabilidade sejam registadas em contas de terceiros apropriadas;

 As embalagens, desde que não sejam efectivamente transaccionadas.

EXEMPLO:

O fornecedor de determinado bem, cujo valor é de 600,00€ concede um desconto de 10%. O valor tributável desta operação será de 600,00€ deduzido do desconto, isto é, a taxa de imposto incidirá sobre 540,00€.

3.6.4 Incidência

Estão sujeitas a imposto (art.º1 a 8.º CIVA):

1. Todas as transmissões de bens e as prestações de serviços, efectuadas a título

oneroso, por um sujeito passivo agindo como tal e que ocorram no território nacional;

2. As importações de bens;

3. As aquisições intracomunitárias efectuadas no território nacional tal como estão

reguladas no Regime do IVA nas transacções intracomunitárias (RITI).

Verifica-se assim que, uma operação, para ser sujeita a imposto, deve reunir simultaneamente as seguintes condições:

1. Constituir uma transmissão de bens, uma prestação de serviços ou uma aquisição

intracomunitária.

2. A operação deve ser efectuada a título oneroso porquanto o adquirente do bem ou do

(42)

ANA ISABEL SOUSA 31 De referir no entanto que também as operações efectuadas a título gratuito serão tributadas pois são assimiladas a operações a título oneroso.

3. A operação tem de ser efectuada por um sujeito passivo agindo como tal. 4. A operação tem de ser efectuada no território nacional.

3.6.5 Regimes de IVA

O cálculo da dívida tributária, é dado por uma operação de subtracção resultante do método do crédito de imposto, isto é, o sujeito passivo para apurar o imposto devido, deduz ao imposto liquidado nas suas operações, durante um período de imposto, o imposto suportado (dedutível) nas aquisições do mesmo período.

 Regime Normal de IVA

Este regime abrange todos os sujeitos passivos que são obrigados a possuir contabilidade Organizada para efeitos de IRS e IRC não enquadráveis noutros regimes, tendo em consideração o seu VN. Estes Sujeitos passivos podem liquidar e ter o direito à dedução do IVA.

No Regime Normal os sujeitos passivos devem cumprir todas as obrigações, desde declarativas, às de facturação, às de arquivo e conservação de documentos e as mais importantes, as de pagamento. As obrigações gerais do contribuinte neste regime estão previstas no artigo 29º do CIVA.

No n.º 1 do artigo 50º do CIVA vêm regulamentados os livros obrigatórios destes sujeitos passivos.

a) Livro de registo de compras de mercadorias e/ou livro de registo de matérias-primas e de consumo;

b) Livro de registo de vendas de mercadorias e/ou livro de registo de produtos fabricados;

(43)

ANA ISABEL SOUSA 32

d) Livro de registo de despesas e de operações ligadas a bens de investimento; e) Livro de registo de mercadorias, matérias-primas e de consumo, de produtos

fabricados e outras existências à data de 31 de Dezembro de cada ano.

Já no n.º 2 do mesmo artigo referência que os sujeitos passivos que não possuem Contabilidade Organizada, mas possuam um sistema de Contabilidade que satisfaça os requisitos adequados ao correcto apuramento e fiscalização do imposto podem não utilizar os referidos livros.

 Regime Especial de Isenção

Este regime, bastante simplificado, abrange os sujeitos passivos que reúnam cumulativamente as seguintes condições (art.º53.º a 59.º CIVA):

Não tenham nem sejam obrigados a ter contabilidade devidamente organizada

para efeitos do IRS ou IRC;

Não pratiquem operações de exportação ou importação ou actividades com elas

conexas;

Não tenham atingido no ano civil anterior um volume de negócios superior a 10

000,00€;

Sendo retalhistas, ainda que o volume de negócios seja superior a 10 000,00€ mas inferior a 12 500,00€.

Os sujeitos passivos abrangidos por este regime não liquidam imposto nas suas operações mas também não podem exercer o direito à dedução do imposto suportado nas suas aquisições. Estes sujeitos passivos não têm imposto a entregar nos Cofres do Estado.

Na passagem dos Regimes de Tributação para o Regime Especial de Isenção é possível, de acordo com o Artigo 54º, nº1 do CIVA, desde que verificados os condicionalismos do Regime de Isenção. Para tal, devem apresentar a Declaração de Alterações, mencionada no artigo 32º n.º 1 do CIVA, nos seguintes prazos:

(44)

ANA ISABEL SOUSA 33  Durante o mês de Janeiro do ano seguinte àquele em que tenham sido atingido

um Volume de Negócios superior aos limites de isenção previstos no Artigo 53º do CIVA;

 No prazo de 15 dias a contar da fixação definitiva de um rendimento tributável

em sede de IRS ou de IRC, baseado em Volume de Negócios superior aos limites mencionados no Artigo 53º do CIVA;

 No prazo de 15 dias a contar do momento em que se deixar de verificar

qualquer das demais circunstâncias referidas no nº1, do Artigo 53º do CIVA.

Os sujeitos passivos que façam parte deste regime estão dispensados de cumprirem todas as obrigações constantes no CIVA, á excepção da entrega de uma Declaração de Inicio de Actividade, de alterações ou de Cessação na Repartição de Finanças, conforme o disposto no Artigo 59º do CIVA.

 Regime Especial dos Pequenos Retalhistas

Estão enquadrados neste regime os sujeitos passivos que reúnam cumulativamente as seguintes condições (art.º 60 a 68.º CIVA):

Sejam retalhistas. Consideram-se retalhistas aqueles cujo volume de compras

de bens destinados a venda sem transformação atingir pelo menos 90% do volume total das compras;

Não tenham nem sejam obrigados a ter contabilidade devidamente organizada

para efeitos de IRS;

Não efectuem importações ou exportações ou actividades com elas conexas;

Não pratiquem operações intracomunitárias;

Não tenham atingido no ano civil anterior um volume de compras superior a 50

000,00€ (com exclusão do IVA.

Como indica o Artigo 65º, nº2 do CIVA, existem livros obrigatórios que os retalhistas devem ter:

 Livro de Registo de Compras, Vendas e Serviços Prestados;

 Livro de Registo de Despesas gerais e Operações ligadas e Bens de

(45)

ANA ISABEL SOUSA 34 Os sujeitos passivos abrangidos por este regime, não têm direito à dedução. Exceptua-se a dedução do IVA suportado na aquisição de bens de investimento e outros bens para uso próprio da empresa, como por exemplo aquisição de imobilizado, no qual resulta imposto a pagar ou recuperar, que de acordo com o Artigo 67º, nº1 do mesmo código, os retalhistas nesta situação estão perante a obrigatoriedade de:

 Declarar o início, a alteração e a cessação da sua actividade nos termos dos

Artigos 30º, 31º e 32º;

 Pagar na tesouraria da Fazenda Pública competente, por meio de guia de

modelo aprovado, e até ao dia 20 do segundo mês seguinte a cada trimestre do ano civil, o imposto a pagar, deverá ser apresentada, na Repartição de Finanças competente e no mesmo prazo, declaração adequada.

 Apresentar, na Repartição de Finanças competente, em triplicado e até ao

último dia do mês de Março de cada ano, uma declaração relativa às aquisições efectuadas no ano civil anterior.

No cálculo do valor do imposto devido ao Estado, para efeitos do IRS, aplica-se um coeficiente de 25% ao imposto suportado nas aquisições de bens destinados a vendas sem que estes tenham sido alvo de alteração ou transformação (Artigo 60º, nº1 do CIVA).

No valor do imposto anteriormente calculado, será deduzido o valor do imposto suportado nas aquisições de bens de investimento e outros bens para uso da própria empresa (Artigo 60º, nº2 do CIVA). Os retalhistas são obrigados a pagar na Tesouraria da Fazenda Pública competente, por meio de guia do modelo aprovado, até ao dia do segundo mês seguinte a cada trimestre do ano civil. Casos em que não haja imposto a pagar, deverá ser apresentado na Repartição de Finanças.

3.6.6 Periodicidade Entrega da Declaração do IVA

 Periodicidade Mensal

Estão abrangidos pelo regime de periodicidade mensal, todos os sujeitos passivos que no ano civil anterior, apresentem um VN de montante igual ou superior a 650.000,00€.

(46)

ANA ISABEL SOUSA 35 Estes sujeitos passivos terão de entregar por transmissão electrónica de dados, as respectivas declarações periódicas até ao dia 10 do segundo mês àquele a que diz respeito as operações, conforme a alínea a) do n.º 1 do artigo 41º do CIVA.

 Periodicidade Trimestral

Os sujeitos passivos com este regime são todos os que no ano civil anterior, obtiveram um VN inferior a 650.000,00€. Estes sujeitos passivos também terão de entregar por transmissão electrónica de dados, as respectivas declarações periódicas até ao dia 15 do segundo mês seguinte ao trimestre do ano civil a que diz respeito as operações, conforme a alínea b) do n.º 1 do artigo 41º do CIVA.

Estes sujeitos passivos podem optar pelo regime de periodicidade mensal, desde que o refiram na Declaração de Inicio de Actividade ou de Alterações, conforme os casos.. Tendo como limitação ter que se manter neste regime por um período mínimo de 3 anos, segundo o n.º 2 do artigo 41º do CIVA e de apenas poder ser apresentada a respectiva declaração no mês de Janeiro, produzindo efeitos a partir do dia 1 de Janeiro do ano seguinte ao da sua apresentação.

3.6.7 Apuramento do Imposto

Para efectuar o apuramento trimestral do IVA no Diário Analítico e preencher a respectiva declaração, apresenta-se em Anexo 1 o Balancete Geral - Mês de Setembro da conta 243 – Imposto sobre o valor acrescentado, da empresa CONTIMEDA. O apuramento do IVA está representado no Quadro 1.

(47)

ANA ISABEL SOUSA 36 QUADRO 1 – Apuramento do IVA

Descrição Débito Crédito Valor em €

Apuramento do IVA

Transferência IVA Dedutível 2432111 2 353,00

2432112 575,00 2432113 15 552,00 2432121 1 226,00 243223 15 750,00 243231 1 125,00 243233 1 620,00 24341 840,00 2437 6 750,00 IVA Apuramento 2435 45 795,00

Transferência IVA Liquidado 2433111 495,00

2433112 133,00 2433113 86 967.00 2433121 1 226,00 24342 1 647,00 IVA Apuramento 2435 90 468,00 IVA a Pagar 2435 2436 44 677,00

Fonte: Elaboração própria, Anexo 1 (Balancete Geral)

Neste trimestre, apurou-se saldo credor no valor de 44 677,00€, o que indica que há imposto a pagar ao Estado no montante de 44 677,00€, conforme se apresenta no Quadro 2.

QUADRO 2 – Apuramento do IVA a Pagar

Fonte: Elaboração própria, Quadro 1

Depois de elaborado o apuramento do IVA, trata-se do preenchimento da declaração periódica, Modelo B, que será entregue pela Internet, conformeAnexo 2.

Os valores que constam desta declaração provêm:

Quadros 01 a 05 – São preenchidos com todas as informações que caracterizam o sujeito passivo e a declaração a entregar.

Quadro 06, campos 1, 5 e 3 – São preenchidos com o valor tributável das transmissões de bens ou prestações de serviços à taxa de 5%, 12%, 21%

DÉBITO CRÉDITO VALOR em €

2435 45 795,00€

2435 90 468,00€

(48)

ANA ISABEL SOUSA 37 respectivamente. Na declaração apresentada, a empresa apresenta vendas e prestações de serviços à taxa de 5%, 12%, 21% pelo que se preenchem os campos 1, 5 e 3 com o valor das vendas e prestações de serviços efectuadas durante o trimestre, nos valores de 9 900,00, 1 108,00 e 414 128,00, respectivamente.

Quadro 06, campos 2, 6 e 4 – Corresponde ao IVA liquidado nas vendas e prestações de serviços realizadas à taxa de 5%, 12%, 21%, evidenciadas nos campos 1, 5 e 3. Na declaração, os campos 2, 6 e 4, correspondem ao total das vendas e prestações de serviços registadas no campo 1, 5 e 3. O valor destes campos representa o saldo das contas 2433111 (495,00), 2433112 (133,00) e 243313 (86 967,00).

Quadro 06, campo 10 – Este campo preenche-se com o valor do IVA suportado e dedutível nas aquisições de outros bens e serviços intracomunitários à taxa de 21% (base tributária) – 5 838,00.

Quadro 06, campo 11 – IVA liquidado correspondente à base tributável, à taxa de 21% constante do campo 10. Conta 2433121 (1 226,00).

Quadro 06, campo 20 – IVA dedutível respeitante ao imobilizado adquirido no período. Conta 243223 (15 750,00).

Quadro 06, campos 21, 23 e 22 – IVA dedutível correspondente à base tributável das compras, à taxa de 5%, 12% e 21%. O valor destes campos representa o saldo das contas 2432111 (2 353,00), 2432112 (575,00) e 2432113 (15 552,00) + 2432121 (1 226,00) = 16 778,00.

Quadro 06, campos 24 - Este campo preenche-se com o valor do IVA dedutível correspondente à base tributável de outros bens, à taxa de 21% das contas 243231 (1 125,00) e 24323 (1 620,00).

Quadro 06, campos 40 – IVA regularização trimestral a favor da Empresa. Conta 24341 (840,00).

Quadro 06, campos 41 - IVA regularização trimestral a favor do Estado. Conta 24342 (1 647,00).

Quadro 06, campos 61 - IVA a recuperar. Conta 2437 (6 750,00).

Quadro 6 campo 90 – Traduz o somatório dos campos 1 a 10 e corresponde ao total da base tributável do imposto a favor do Estado (430 974,00).

(49)

ANA ISABEL SOUSA 38

Quadro 6 campo 91 – Traduz o somatório dos campos 20 a 81 e corresponde ao total da base tributável do imposto a favor da empresa (45 791,00).

Quadro 06, campo 92 – Corresponde ao total do imposto a favor do Estado, através do somatório dos campos 2 a 68 (90 468,00).

Quadro 06, campo 93 – Aqui, se o valor do campo 92 for superior ao valor do campo 91, a diferença corresponde ao total do imposto a entregar ao Estado, que no caso do exemplo foi apurado imposto no montante de 44 677,00 para entregar ao Estado.

Quadro 06, campo 94 – Se o valor do campo 91 for superior ao do campo 92, a diferença corresponde ao total de crédito de imposto a recuperar.

3.7 Modelos Oficiais da Declaração Periódica do IVA

Em Portugal existem dois tipos de modelos de Oficiais da Declaração Periódica:

Modelo B: é a chamada declaração enviada dentro do prazo legal às obrigações

do sujeito passivo;

Modelo C: ou a chamada declaração de substituição, que pode ser adquirida

nas Finanças, e é utilizada quando se pretende a substituição de valores constantes da declaração periódica anterior enviando dentro do prazo ou como 1º declaração se esta for enviada fora de prazo. Contudo, a declaração do modelo C não contem o campo 61.

3.8 Envio da declaração

Para que seja possível o envio das declarações electrónicas, através da Internet, é necessário que os sujeitos passivos obtenham antecipadamente uma senha de identificação atribuída pela Direcção-Geral de Contribuições e Impostos (DGCI), através do site, onde se efectua o pedido da senha.

(50)

ANA ISABEL SOUSA 39 No regime mensal de IVA, a declaração é preenchida todos os meses e entregue até ao dia 10 do segundo mês seguinte, no regime trimestral de IVA, as declarações devem ser entregues até ao dia 15 do segundo mês seguinte ao fim do trimestre a que respeitam as operações, através do site www.e-finanças.gov.pt/.

3.9 Pagamento do Imposto

Quando o imposto apurado dá lugar a pagamento a efectuar ao Estado, este deve ser entregue através de cheque, destinado à Direcção Geral do Tesouro (CTT) ou por transferência bancária dentro do prazo estabelecido por lei (Anexo 3).

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CAPÍTULO IV

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4.1 Ficha Técnica

Denominação Social: Contimeda – Contabilidade e Gestão Unipessoal, Lda. Número de Identificação: 506016641

Sede Social: Meda Telefone: 279882178 Telemóvel: 967016265 Fax: 279882379

E-mail: josé.lcardoso@mail.telepac.pt Administrador: José Cardoso

Início da Actividade: 1969 Número de Trabalhadores: 2

Horário de Expedição: 09:00h ate 12:30h

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4.2 Breve Historial da Empresa

A Empresa Contimeda – Contabilidade e Gestão Unipessoal, Lda., é constituída por um único sócio daí juridicamente ser caracterizada como Empresário em Nome Individual. Localizada na Mêda o seu sector de actividade principal é a Contabilidade, pois dedica-se ainda ao dedica-sector dos dedica-seguros.

Para tal, constituiu uma sociedade com uma empresa de seguros chamada AXA, para efeitos de angariação de clientes.

Nesta empresa os clientes estão repartidos por Contabilidade Organizada e Contabilidade não Organizada. A Contabilidade é feita trimestralmente.

A empresa manteve desde a sua criação a mesma estrutura organizacional, a qual é constituída pelo único sócio que exerce as funções de administrador e uma funcionária que executa o trabalho de apoio à contabilidade, conforme representado na Figura 2.

FIGURA 2: Organigrama da Empresa

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A

Contimeda – Contabilidade e Gestão Unipessoal, Lda., não trata de forma directa todo o processo contabilístico de documentos ao desenvolvimento da actividade económica dos seus clientes. Porém e, através das deslocações às empresas clientes, tornou-se permissível o tratamento de todo esse processo contabilístico, sobretudo:

Recepção de documentos; Separação de documentos; Organização de documentos; Arquivo de documentos; Classificação de documentos; Lançamento de documentos.

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CAPÍTULO V

ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO

ESTÁGIO

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