• Nenhum resultado encontrado

Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Torre, Almeida & Silva, Lda. (CTOC)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Torre, Almeida & Silva, Lda. (CTOC)"

Copied!
202
0
0

Texto

(1)INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA DE. TECNOLOGIA E. GESTÃO. eg id. o. ESCOLA SUPERIOR. Pr ot. T O R R E , A L M E I DA & S I LVA. C on te. úd o. G E S T Ã O E C O N TA B I L I DA D E , L DA .. SANDRA ISABEL SEQUEIRA RIBEIRO PAULO. Dezembro/2007. RELATÓRIO FINAL PARA A OBTENÇÃO DO GRAU LICENCIADA EM CONTABILIDADE AO ABRIGO DO PROTOCOLO CELEBRADO ENTRE A ESTG/IPG E A CTOC.

(2) Relatório de Estágio. Agradecimentos A todos aqueles que estiveram envolvidos, de forma positiva na realização do meu estágio curricular e consequentemente no presente relatório, quero expressar a minha sincera gratidão pela colaboração, apoio, incentivo e amizade. Em primeiro lugar, agradeço aos meus pais, por todo o apoio que me deram, todos os sacrifícios que fizeram ao longo do tempo em que andei a estudar, pois sem a ajuda deles não conseguiria atingir os objectivos pretendidos.. o. A todos os meus amigos, familiares, e demais que me incentivavam a lutar pelos meus. eg id. objectivos nos momentos mais difíceis deste percurso, nunca serão esquecidos.. ot. A todos os colaboradores da “Torre, Almeida & Silva”, que desde o primeiro momento se mostraram disponíveis para tirar qualquer dúvida que surgisse, pela simpatia e. o. Pr. amizade.. on te. orientador de estágio.. úd. Ao Professor Victor Simões, pela orientação e disponibilidade na qualidade de. Uma palavra de apreço também ao Luís Filipe Silva, pelo empenho e disponibilidade demonstrado no que respeita aos ensinamentos essencialmente práticos do. C. funcionamento da contabilidade na empresa. A todos o meu muito OBRIGADO!. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo.

(3) Relatório de Estágio. Ficha Técnica Estagiária: Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo Número de aluno: 7767 Orientação do Grau de Licenciatura: Contabilidade Empresa de Acolhimento: Torre, Almeida & Silva – Gestão e Contabilidade, Lda.. o. Morada: Rua da República, nº 17 1º V. eg id. 3050-428 Pampilhosa. ot. Telefone e Fax: 231 947 600. o. Pr. E-mail: tas@mail.telepac.pt. úd. Orientador na Empresa: Dr.ª Isabel Maria Fonseca Prata. on te. Numero de inscrição na CTOC do Orientador na Empresa: 1908. C. Professor Orientador: Dr. Víctor Manuel Lopes Simões Área de Estágio: Contabilidade Duração do Estágio: 12 Semanas Data de Início do Estágio: 01/10/2007 Data do Término do Estágio: 21/12/2007. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo.

(4) Relatório de Estágio. Índice Glossário de Siglas ..........................................................................................................III Índice de Figuras ..............................................................................................................V Índice de Quadros........................................................................................................... VI INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1 CAPÍTULO 1 - A Empresa de Acolhimento ................................................................... 4 1.1 - Identificação da Empresa ..................................................................................... 5. o. 1.2 - Breve Historial da Empresa.................................................................................. 6. eg id. 1.3 - Estrutura Organizacional da Empresa .................................................................. 6 CAPÍTULO 2 – Actividades Desenvolvidas .................................................................. 10 2.1 - Enquadramento................................................................................................... 11. ot. 2.2 - Contabilidade Organizada .................................................................................. 11. Pr. 2.3 - Contabilidade Não Organizada .......................................................................... 13 2.4 - Recepção, Organização e Arquivo de Documentos ........................................... 14. o. 2.5 - Classificação e Lançamento Contabilístico dos Documentos............................ 16. úd. 2.6 - Lançamento Informático dos Documentos ........................................................ 21. on te. 2.7 - Processamento de Ordenados e Salários ............................................................ 22 2.8 - Controlo Interno ................................................................................................. 28 2.8.1 - Considerações Gerais .................................................................................. 28. C. 2.8.2 - Procedimentos de Controlo ......................................................................... 29 2.9 - Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA)...................................................... 32 2.9.1 - Considerações Gerais .................................................................................. 32 2.9.2 - Apuramento do IVA.................................................................................... 34 2.9.2.1 - Regime Geral de Tributação ................................................................ 35 2.9.2.2 - Regime Especial de Isenção................................................................. 39 2.9.2.3 - Regime dos Pequenos Retalhistas ........................................................ 40 2.10 - Principais Obrigações dos Sujeitos Passivos ................................................... 41 CAPÍTULO 3 – Encerramento de Contas ...................................................................... 44 3.1 - Enquadramento................................................................................................... 44 3.2 - Operações de Fim de Exercício.......................................................................... 46 3.2.1- Considerações Gerais ................................................................................... 46 Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. I.

(5) Relatório de Estágio. 3.2.2 - Inventário Geral (ou Anual) ........................................................................ 48 3.2.3 - Regularização de Contas ............................................................................. 48 3.3 - Balancete Rectificado ou de Inventário ............................................................. 59 3.3.1 – Lançamentos de Apuramento de Resultados.............................................. 59 3.4 - Balancete de Encerramento................................................................................ 64 3.5 - Elaboração das Demonstrações Financeiras ...................................................... 64 3.5.1 - Considerações Gerais .................................................................................. 64 3.5.2 - Balanço........................................................................................................ 65 3.5.3 - Demonstração de Resultados por Natureza................................................. 65 3.5.4 - Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados (ABDR) ................... 66. o. 3.6 - Relatório de Gestão ............................................................................................ 66. eg id. 3.7 - Declaração Periódica de Rendimentos – Modelo 22 - IRC ............................... 67 3.7.1 - Considerações Gerais .................................................................................. 67 3.7.2 - Preenchimento e Apuramento do Imposto.................................................. 68. ot. 3.8 - Informação Empresarial Simplificada................................................................ 80. Pr. 3.8.1 - Considerações Gerais .................................................................................. 80 3.8.2 - Preenchimento da IES ................................................................................. 81. o. 3.9 - Dossier Fiscal ..................................................................................................... 85. úd. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 87. on te. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 89. C. INDÍCE DE ANEXOS ................................................................................................... 93. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. II.

(6) Relatório de Estágio. Glossário de Siglas ABDR – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados BP – Banco de Portugal CAE – Classificação da Actividade Económica CIRC – Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas CIRS – Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares CIVA – Código da Imposto sobre o Valor Acrescentado CTOC – Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas CMVMC – Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas DR – Diário da República. eg id. o. CSC – Código das Sociedades Comercias DGCI – Direcção Geral de Contribuições e Impostos. ot. CRSS – Centro Regional de Segurança Social. Pr. ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão FSE – Fornecimentos e Serviços Externos. o. IES – Informação Empresarial Simplificada. úd. INE – Instituto Nacional de Estatística IPG – Instituto Politécnico da Guarda. on te. IR – Imposto sobre o Rendimento. IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas. C. IRS – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado MC – Matéria Colectável NIRF – Normas Internacionais de Relato Financeiro OE – Orçamento de Estrado PC – Pagamento por Conta PCGA – Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites PEC – Pagamento Especial por Conta POC – Plano Oficial de Contabilidade RAI – Resultado Antes de Imposto REP – Regime dos Pequenos Retalhistas RITI – Regime do IVA das Transacções Intracomunitárias. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. III.

(7) Relatório de Estágio. RLE – Resultado Líquido do Exercício SC – Saldo Credor SD – Saldo Devedor SII – Sistema de Inventário Intermitente SIP – Sistema de Inventário Permanente SIPIE – Sistema de Incentivos a Pequenas Iniciativas Empresariais TOC – Técnico Oficial de Contas TSU – Taxa Social Única. C. on te. úd. o. Pr. ot. eg id. o. VN – Volume de Negócios. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. IV.

(8) Relatório de Estágio. Índice de Figuras Figura nº1 - Organograma Funcional da Empresa .......................................................... 6 Figura nº2 - Tipos de Contabilidade................................................................................. 9 Figura nº3 - Erros de Classificação ou de Lançamento.................................................. 30 Figura nº4 - Esquema do Apuramento do IVA ............................................................. 38 Figura nº5 - Obrigações dos Sujeitos Passivos............................................................... 42 Figura nº6 - Trabalho Contabilistico de Fim de Exercício ............................................. 47 Figura nº7 - Lançamentos de Regularização mais Frequentes ....................................... 48 Figura nº8 - Esquema do Apuramento de Resultados ................................................... 60. o. Figura nº9 – Esquema do Apuramento de Imposto ........................................................ 69. C. on te. úd. o. Pr. ot. eg id. Figura nº10 - Web Page da DGCI – Entrega on-line dos formulários ........................... 81. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. V.

(9) Relatório de Estágio. Índice de Quadros Quadro nº1 – Taxa Social Única – Trabalhadores em Geral ......................................... 23 Quadro nº2 – Taxa Social Única – Orgãos Sociais ........................................................ 24 Quadro nº3 – Taxa Social Única – 1º Emprego ............................................................. 24 Quadro nº4 – Processamento de encargos relativos a ordenados e salários do mês de Dezembro ....................................................................................................................... 27 Quadro nº5 – Taxas de IVA............................................................................................ 33 Quadro nº6 – Cálculo do PEC para 2007 ....................................................................... 75. C. on te. úd. o. Pr. ot. eg id. o. Quadro nº7 – Anexo ao Dossier Fiscal........................................................................... 85. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. VI.

(10) ot. eg id. o. Relatório de Estágio. C. on te. úd. o. Pr. INTRODUÇÃO. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 1.

(11) Relatório de Estágio. INTRODUÇÃO Terminar o curso de Contabilidade, leccionado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), é naturalmente um momento determinante da minha vida, não só pelo culminar de uma longa jornada, mas principalmente pela perspectiva de uma nova fase: a saída para o mundo profissional; cheio de expectativas, sonhos e projectos, muitos deles equacionados durante o percurso de estudante. Para a conclusão do referido curso tive a oportunidade de realizar o estágio curricular,. o. que se apresentou como uma via privilegiada, para confrontar os conhecimentos. eg id. teóricos adquiridos ao longo dos últimos anos, com a realidade contabilística. O principal objectivo deste relatório é dar a conhecer de forma simples e sucinta, o. ot. trabalho desenvolvido ao longo do estágio realizado no Gabinete de Contabilidade. Pr. Torre, Almeida & Silva, Lda.. úd. o. O presente relatório, apresenta-se dividido em três capítulos. O primeiro capítulo comporta uma breve apresentação da empresa acolhedora do. on te. estágio e respectivas actividades desenvolvidas, tornando possível o seu funcionamento,. C. onde incluo, um breve historial e descrição da sua estrutura organizacional. No segundo capítulo é descrito o trabalho desenvolvido ao longo do estágio, descrevendo e analisando as tarefas realizadas, enquadrando-as na respectiva teoria e legislação aplicável. No terceiro capítulo é abordado o processo de encerramento de contas, a preparação das demonstrações financeiras e restantes documentos que compõem o dossier fiscal, assim como a preparação da informação contabilística para relatórios e análise de gestão. A finalizar, tecem-se algumas conclusões e apresentam-se, em anexo, documentos contabilísticos cujo tratamento é exposto ao longo do relatório, assim como práticas de. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 2.

(12) Relatório de Estágio. controlo interno, apuramento de contribuições e impostos e, por último, a elaboração do encerramento de contas de uma empresa. De forma a salvaguardar o sigilo profissional (de acordo com artigo 10º do Código Deontológico dos Técnicos Oficiais de Contas), a empresa vai ser identificada com nome fictício de “AluMealhada, Lda.”. Trata-se de uma empresa sediada na Mealhada,. C. on te. úd. o. Pr. ot. eg id. o. que produz portas, janelas e elementos similares em Alumínio.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 3.

(13) o. Relatório de Estágio. C. on te. úd. o. Pr. ot. eg id. CAPÍTULO 1 A Empresa de Acolhimento. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 4.

(14) Relatório de Estágio. 1.1 - Identificação da Empresa O estágio decorreu na empresa Torre, Almeida & Silva, Lda., a qual passo a identificar: Denominação Social: Torre, Almeida & Silva, Gestão e Contabilidade, Lda. Número de Identificação Fiscal (NIF): 501 488 414 Estrutura Jurídica: Sociedade por Quotas. o. Código das Actividades Económicas (CAE): 69200 – Actividades de Contabilidade,. eg id. Auditoria e Consultoria Fiscal. Capital Social: 29. 927, 88 € (Vinte e nove mil novecentos e vinte sete euros e oitenta e. Pr. ot. oito cêntimos). o. Numero de Trabalhadores: 8. úd. Endereço: Rua da República nº17 1º V. on te. 3050-428 Pampilhosa. C. Correio Electrónico: tas@mail.telepac.pt. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 5.

(15) Relatório de Estágio. 1.2 - Breve Historial da Empresa A empresa iniciou a sua actividade no início dos anos 80, sob a denominação social de Torre, Almeida & Silva, Gestão e Contabilidade, Lda. Esta denominação resultou da junção do nome dos três sócios, José Carlos Ferreira Moreira da Torre, José Carlos Miranda de Almeida, ambos inscritos na Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), com os números 1934 e 1935 respectivamente e Carla Maria Rodrigues Madeira da Silva. A actividade principal da Torre, Almeida & Silva, Lda. baseia-se na prestação de. o. serviços de contabilidade e gestão, dando assistência e apoio na resolução de problemas. eg id. nas mais diversificadas áreas contabilísticas e fiscais.. Sendo uma empresa que visa a modernidade a Torre, Almeida & Silva, Lda. está dotada. ot. de um sistema informatizado em rede, utilizando o software Infologia 50 da Sage, que. Pr. se trata de um programa de contabilidade onde se registam todos os lançamentos dos documentos de natureza contabilística e de onde se podem retirar todos os mapas. on te. úd. o. necessários.. 1.3 - Estrutura Organizacional da Empresa. C. Figura nº1 – Organograma Funcional da Empresa Direcção. Departamento de Pessoal. Departamento de Contabilidade. Secção de Contabilidade Organizada. Secção de Contabilidade Não Organizada. Departamento de Informática. Secção de Pessoal/ Imobilizado. Secção de Contabilidade. Fonte: Elaboração Própria. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 6.

(16) Relatório de Estágio. Para melhor conhecimento da estrutura organizacional da Torre, Almeida & Silva, Lda., com base no organograma da Figura nº1 e em elementos fornecidos pela empresa apresenta-se uma breve resenha das funções de cada departamento e secções. Direcção À Direcção compete controlar, orientar e compatibilizar as diversas áreas funcionais da actividade empresarial. Compete-lhe também delinear estratégias e tomar decisões que conferem maior importância e responsabilidade.. eg id. o. Departamento de Pessoal O Departamento de Pessoal trata de todos os processos relacionados com o pessoal, quer da própria Torre, Almeida & Silva, Lda., quer de algumas entidades clientes, de. ot. forma a conseguir um melhor aproveitamento dos recursos humanos, cumprindo as. Pr. normas legais e contratuais aplicáveis.. o. A este departamento compete o processamento de salários do pessoal e dos órgãos. úd. sociais, sendo necessário às entidades clientes fornecer todo um conjunto de. on te. informações prévias e indispensáveis para o seu processamento, tais como:  Faltas justificadas e/ou injustificadas;. C.  Ajudas de custo e outras formas de remuneração adicionais;  Entradas ou saídas de trabalhadores das entidades clientes, para que se possam criar ou anular fichas de inscrição e regularizar a sua situação fiscal. Departamento de Informática Este departamento tem como competência informatizar todos os dados respeitantes ao trabalho executado pelo Departamento de Contabilidade, de modo a metodizar as necessidades de informação resultantes da aplicação das normas contabilísticas, nomeadamente. do. Plano. Oficial. de. Contabilidade. (POC),. das. Directrizes. Contabilísticas (DC) e das Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF). Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 7.

(17) Relatório de Estágio. Como podemos verificar no organograma, o Departamento de Informática está subdividido em duas secções:  Secção de Pessoal/Imobilizado Nesta secção processam-se informaticamente todos os elementos procedentes do Departamento de Pessoal, nomeadamente os documentos inerentes ao processamento de salários, e do Departamento de Contabilidade documentos relativos à aquisição de Imobilizado Corpóreo, procedendo-se ao cálculo das reintegrações e amortizações no final de cada exercício económico, bem como a elaboração dos mapas respectivos, entre. o. outros.. eg id.  Secção de Contabilidade. Esta secção processa informaticamente toda a informação proveniente do Departamento de Contabilidade, ou seja, todos os documentos devidamente classificados, de modo a. o. Departamento de Contabilidade. Pr. ot. obter a informação contabilística sistematizada.. úd. O Departamento de Contabilidade recebe, organiza e classifica todos os documentos. on te. afectos à actividade de cada entidade cliente, de forma a auxiliar os lançamentos contabilísticos realizados pelo Departamento de Informática. É também da competência deste Departamento a elaboração de mapas financeiros, apuramentos de resultados,. C. diários, balanços, balancetes, entre outros. Este Departamento está subdividido em duas secções:  Secção de Contabilidade Organizada;  Secção de Contabilidade Não Organizada; Esta subdivisão resulta do facto de num universo de 193 entidades clientes, serem diferenciados por tipos de contabilidade, como se pode observar na Figura nº2 e que serão objecto de estudo no Capítulo 2 do presente relatório.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 8.

(18) Relatório de Estágio. Figura nº2 – Tipos de Contabilidade. Tipos de Contabilidade. Organizada. Não Organizada. 72%. 28%. (193 entidades). (54 entidades). C. on te. úd. o. Pr. ot. eg id. o. Fonte: Elaboração Própria. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 9.

(19) eg id. o. Relatório de Estágio. C. on te. úd. o. Pr. ot. CAPÍTULO 2 Actividades Desenvolvidas. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 10.

(20) Relatório de Estágio. 2.1 - Enquadramento O estágio curricular representa algo de muito importante para a vida futura. Além de ser uma oportunidade de integração no mundo laboral, dá-nos a conhecer um verdadeiro ambiente de trabalho e tudo aquilo que o envolve, bem como adquirir ou relembrar conhecimentos, os quais serão uma mais-valia no percurso profissional que agora se inicia. Neste contexto, a Torre, Almeida & Silva, Lda. prestou-me todo o apoio e disponibilidade para que, durante o estágio, fosse cumprido o disposto no artigo 6º do. o. Regulamento de Estágios da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC),. eg id. nomeadamente:.  “ Aprendizagem relativa à forma como se organiza a contabilidade nos termos do.  Práticas de controlo interno;. Pr. seu arquivo, classificação e registo;. ot. plano de contas oficialmente aplicável, desde a recepção de documentos até ao. úd. declarações;. o.  Apuramento de contribuições e impostos e preenchimento das respectivas. on te.  Encerramento de contas e preparação das demonstrações financeiras e restantes documentos que compõem o “dossier fiscal”;  Preparação da informação contabilística para relatórios e análise de gestão;. C.  Identificação e acompanhamento relativo à resolução de questões da organização com recurso a contactos com os serviços relacionados com a profissão.”. 2.2 - Contabilidade Organizada A Contabilidade Organizada é obrigatória, segundo o Plano Oficial de Contabilidade (POC)1, às entidades que exerçam a título individual ou colectivo, uma actividade comercial, industrial ou agrícola e que realizem um Volume de Negócios (VN) superior a 149. 639,36 € (Bento e Machado, 2005). 1. Aprovado pelo Decreto-Lei nº 410/90, de 21 de Novembro. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 11.

(21) Relatório de Estágio. Nos termos da lei fiscal, são obrigados a dispor de Contabilidade Organizada, em conformidade com o artigo 115º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC)2:. “ As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as empresas públicas e as demais entidades que exerçam, a título principal, uma actividade comercial, industrial ou agrícola, com sede ou direcção efectiva em território português, bem como as entidades que, embora não tendo sede nem direcção efectiva naquele território, aí possuam estabelecimento estável, são obrigadas a dispor de contabilidade organizada nos termos da lei comercial que, alem dos requisitos. eg id. o. indicados no nº3 do artigo 17.º, permita o controlo do lucro tributável”. Também o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (CIRS)3, estabelece no nº1 do artigo 117º, que os titulares de rendimentos empresariais e. ot. profissionais que não estejam abrangidos pelo regime simplificado de tributação são. Pr. obrigados a possuir contabilidade organizada.. o. As empresas que possuem contabilidade organizada são obrigadas a ter alguns livros,. on te. úd. nos termos do artigo nº31 do Código Comercial (CC), nomeadamente:  Livro de Inventario e Balanços (selado) – Livro onde é transcrita a lista dos elementos patrimoniais e o valor que uma sociedade possui num determinado. C. momento;.  Livro de Actas (selado) – Livro onde se lançam as actas da reunião dos sócios, devendo cada uma delas expressar a data em que foi celebrada, os nomes dos assistentes, os votos emitidos, as deliberações tomadas, etc.  Diário (selado) – Livro onde a sociedade regista cronologicamente as operações relativas ao seu negócio;. 2 3. Aprovado pelo Decreto-Lei nº 442-A/88 de 30 de Novembro Aprovado pelo Decreto-Lei nº 442/88, de 30 de Novembro. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 12.

(22) Relatório de Estágio.  Razão (selado) – Livro onde a sociedade regista a débito ou a crédito, em relação a cada uma das contas, todas as operações do Diário, de modo a dar conhecimento do estado e da situação de qualquer uma das contas. Estes livros devem ser legalizados pela Conservatória do Registo Comercial que detenha a pasta pertencente à entidade a que os livros respeitam.. 2.3 - Contabilidade Não Organizada. o. As entidades que exerçam a titulo individual uma actividade comercial, industrial ou. eg id. agrícola, mas não realizem um volume de negócios superior a 149. 639, 36 €, não se encontram obrigadas a aplicar o POC (Bento e Machado, 2005).. ot. Assim, estão integradas na Contabilidade Não Organizada as empresas que não são. Pr. obrigadas por lei a desenvolver procedimentos semelhantes aos procedimentos das empresas com Contabilidade Organizada, para efeitos de Imposto sobre o Rendimento. o. das Pessoas Colectivas (IRC) ou Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. on te. úd. (IRS).. Os procedimentos contabilísticos da Contabilidade Não Organizada, nos termos do nº2 do artigo 28º do CIRS, são muito semelhantes aos da Contabilidade Organizada, visto. C. que neste tipo de contabilidade também ocorre, entre outros:  Recepção dos documentos;  Arquivo dos documentos;  Lançamento dos documentos no sistema informático;  Apuramento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Neste tipo de contabilidade, os documentos são organizados por livros de registo nos termos do nº1 do artigo 50º do CIVA. Este artigo especifica que os sujeitos passivos que não sejam obrigados a possuir Contabilidade Organizada nos termos do Código do IRS ou do IRC utilizarão, para cumprimento das exigências constantes do nº1 dos artigos 45º e 48º do CIVA, os seguintes livros de registos:. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 13.

(23) Relatório de Estágio.  Livro de registo de compras de mercadorias e/ou livro de registo de matériasprimas e de consumo;  Livro de registo de vendas de mercadorias e/ou livro de registo de produtos fabricados;  Livro de registo de serviços prestados;  Livro de registo de despesas e de operações ligadas a bens de investimento;  Livro de registo de mercadorias, matérias-primas e de consumo, de produtos fabricados e outras exigências à data de 31 de Dezembro de cada ano.. o. 2.4 - Recepção, Organização e Arquivo de Documentos. eg id. O processo contabilístico tem início aquando da recepção dos documentos no Departamento de Contabilidade da Torre, Almeida & Silva, Lda. Os documentos são. ot. entregues mensal ou trimestralmente, conforme o regime de IVA em que estiver enquadrado cada cliente, esta periodicidade resulta do cumprimento do nº1 do artigo 40º. o. Pr. do CIVA.. úd. A etapa seguinte é a organização e consequente análise dos documentos, estes são organizados por natureza, nomeadamente por facturas e recibos de fornecedores,. on te. facturas e recibos a clientes, documentos bancários, pagamento de salários, entre outros, averiguando sempre se todos os documentos preenchem os requisitos necessários para. C. serem considerados legalmente válidos. Relativamente às facturas ou documentos equivalentes fiscalmente aceites, em sede de IVA, é necessário verificar se estes contêm os elementos estabelecidos no nº 5 do artigo 35º do CIVA, nomeadamente:  Data e número;  O nome, firma ou denominação social, sede ou domicilio do fornecedor dos bens ou prestador dos serviços e do destinatário ou adquirente, bem como o número de identificação fiscal do sujeito passivo do imposto;  A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados, especificando os elementos necessários à determinação da taxa aplicável;. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 14.

(24) Relatório de Estágio.  O preço, liquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável;  A taxa e o montante do imposto devido;  O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso;  Data de colocação à disposição dos bens ou da prestação de serviços, caso este seja diferente da data de emissão. Após a separação de documentos por naturezas, é também necessário proceder à divisão dos mesmos por datas, considerando o mês a que respeitam, para posteriormente serem arquivados.. eg id. o. Na Torre, Almeida & Silva, Lda. a documentação é sujeita a três tipos de arquivo:  Arquivo Provisório: Onde são recolhidos os documentos, à chegada, e guardados sem qualquer tipo de critério ou registo. É também para este arquivo que revertem. ot. os documentos que não podem ser classificados devido à sua natureza ou que não. Pr. cumpram os requisitos do nº5 do artigo 35º do CIVA.. o.  Arquivo Permanente: É o arquivo onde são guardados os documentos. úd. pertencentes ao exercício económico corrente, depois de classificados, lançados. on te. no sistema informático e numerados.  Arquivo Morto: Constam deste arquivo, as pastas relativas ao exercício. C. económico antecedente.. Para além dos arquivos mencionados, todos os sujeitos passivos, com excepção dos Isentos nos termos do artigo 9º do CIRC, são obrigados a constituir o Dossier Fiscal previsto no nº1 do artigo 129º do CIRS e no nº1 do artigo 121º do CIRC. Os contribuintes que sejam obrigados a possuir contabilidade organizada devem constituir um processo de documentação fiscal relativo a cada exercício. O referido dossier fiscal deve encontrar-se disponível para consulta no domicílio fiscal do contribuinte.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 15.

(25) Relatório de Estágio. Para rentabilizar o espaço, a Torre, Almeida & Silva, Lda. retem a documentação de apenas dois exercícios económicos (o actual e o precedente), remetendo para as entidades a quem presta serviços, os documentos relativos a exercícios anteriores. Estes documentos devem ser guardados e conservados em boa ordem durante 10 anos civis subsequentes conforme o disposto no nº1 do artigo 52º do CIVA.. 2.5 - Classificação e Lançamento Contabilístico dos Documentos Efectuada a correcta organização dos documentos, procede-se à sua classificação de. eg id. o. acordo com o Plano Oficial de Contabilidade (POC) e o plano de contas desenvolvido consoante a actividade principal da empresa de acordo com as suas características e. ot. necessidades específicas.. Pr. A classificação de documentos é uma das fases mais importantes do processo contabilístico, visto que só uma classificação correcta pode espelhar de forma clara,. úd. operações de uma organização.. o. uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados das. on te. A classificação dos documentos consiste em inscrever no respectivo documento a conta ou contas a movimentar a débito e a crédito, obedecendo forçosamente à digrafia. C. respeitando o método das partidas dobradas, no qual um (ou mais) débito corresponde sempre a um (ou mais) crédito de igual valor e vice-versa. Após a classificação dos documentos estes são numerados com base no último número de cada documento arquivado, seguindo uma ordem sequencial crescente, de modo a que futuramente não haja extravio de nenhum documento, (Exemplo: Documento nº 11047; 11 é respeitante ao mês e 045 respeita a numeração sequencial como já foi referido). A numeração visa cumprir o disposto no nº2 do artigo 45º do CIVA:. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 16.

(26) Relatório de Estágio. “Para tal efeito, as facturas, documentos equivalentes e guias ou notas de devolução, serão numerados seguidamente, em uma ou mais séries convenientemente referenciadas, devendo conservar-se na respectiva ordem os seus duplicados e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados ou inutilizados, com os averbamentos indispensáveis à identificação daqueles que o substituíram, se for caso disso.” De seguida, será demonstrada a classificação de alguns documentos da empresa AluMealhada, Lda., colocando em anexo os documentos que servem de suporte a tais. o. contabilizações:. eg id. Fornecedores. A conta 22 (fornecedores) regista todos os movimentos relacionados com fornecedores,. ot. incluindo assim, todas as transmissões de bens e prestação de serviços, para o exercício. Pr. da actividade comercial, desde que não sejam titulados, não estejam em conferência e. o. não sejam fornecedores de imobilizado.. úd. Segundo o artigo 28º do CIVA os sujeitos passivos são obrigados a emitir uma factura. on te. ou documento equivalente por cada transmissão de bens ou prestação de serviços. Em regra, face ao disposto do nº1 do artigo 35º do referido código as facturas devem ser. C. emitidas o mais tardar no 5º dia útil seguinte ao do momento em que o imposto é devido; o imposto é devido no momento em que os bens são colocados à disposição do adquirente segundo o disposto na alínea a) do nº1 do artigo 7º do CIVA e, não obstante ao artigo citado, sempre que a transmissão de bens ou serviços dê lugar à obrigação de emitir uma factura ou documento equivalente, segundo o nº1 do artigo 8º do referido código. Segundo o artigo 19º do CIVA “ Para apuramento do imposto devido, os sujeitos passivos deduzirão (…) ao imposto incidente sobre as operações tributáveis que efectuaram: a) o imposto devido ou pago pela aquisição de bens (…)”, esta dedução nasce no momento em que o imposto dedutível se torna exigível, de acordo com o. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 17.

(27) Relatório de Estágio. artigo 22º do referido código, por este motivo se movimenta a conta 24.3.2.1 – IVA dedutível Existências. Os documentos que servem de suporte às contabilizações que se seguem encontram-se no Anexo 1. Contabilização da Factura relativa à compra de matérias-primas no mercado nacional: Contas. Descrição. Valor. Débito 31.6.1.1.1.3. 947,74 €. 24.3.2.1.1.3. 199,02 €. eg id. 22.1.0.4.6. o. Compra de matérias-primas no mercado nacional. Crédito. 1.146,76 €. (Fonte: Anexo 1). Pr. ot. Contabilização do Recibo referente à compra de matérias-primas no mercado nacional:. Contas. Descrição. o úd. Valor 1.146,76 €. 12.0.4. 1.146,76 €. (Fonte: Anexo 1). C. Clientes. Crédito. 22.1.0.4.6. on te. Pagamento da factura relativa à compra de matérias-primas. Débito. São considerados clientes (POC-21), todos aqueles que sejam compradores de bens produzidos, vendidos ou serviços prestados pela empresa. Na conta clientes (21) estão mencionadas as dívidas dos diversos clientes considerados habituais, visto que poderão realizar-se vendas sem serem registadas na conta de clientes (21). Para além de vender produtos acabados a AluMealhada, Lda. também presta serviços aos seus clientes, como por exemplo reparações de portas e janelas. Assim penso ser relevante mostrar a contabilização de uma venda e de uma prestação de serviços.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 18.

(28) Relatório de Estágio. Contabilização de uma factura relativa à venda de produtos acabados: Contas. Descrição. Valor. Débito. Crédito 71.2.1.3. Venda de produtos acabados. 1.541,00 €. 24.3.3.1.1.3. 323,61 €. 21.1.3.5.2. 1.864,61 €. (Fonte: Anexo 2). Contabilização do recibo referente à venda de produtos acabados: Contas. Valor Crédito. eg id. Débito 11.1. Recibo relativo à venda de produtos acabados. o. Descrição. 1.864,61 €. 21.1.3.5.2. 1.864,61 €. ot. (Fonte: Anexo 2). Pr. Contabilização de uma factura/recibo relativa a uma prestação de serviços: Contas. Valor. o. Descrição. Crédito 72.1.1.3. 75,00 €. 24.3.3.1.1.3. 15,75 €. 11.1. 90,75 €. (Fonte: Anexo 3). C. on te. Prestação de serviços. úd. Débito. Os documentos que servem de suporte às contabilizações anteriores, encontram-se no Anexo 3.. Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) A conta de Fornecimentos e Serviços Externos (POC-62), engloba todas as aquisições de bens de consumo corrente (não armazenáveis) e/ou serviços prestados por terceiros. A título de exemplo apenas apresento algumas despesas com fornecimentos e serviços externos que a AluMealhada, Lda. tem e a respectiva contabilização, tais como:. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 19.

(29) Relatório de Estágio. o Despesas de Comunicação Contas. Descrição. Valor. Débito. Factura da Optimus. Crédito. 62.2.2.2.1. 24,71 €. 24.3.2.3.1.3. 5,19 € 26.8.2.0.3. 29,90 €. (Fonte: Anexo 4). O documento que serve de suporte a esta contabilização encontra-se no Anexo 4.. eg id. o. o Despesas com Combustíveis – Gasóleo Nas aquisições de gasóleo o IVA pode ser dedutível na totalidade ou dedutível em 50 % do seu valor, nos termos da alínea b) do nº1 do artigo 21º do CIVA.. ot. Como referido na venda a dinheiro de gasóleo que se encontra no Anexo 5, a aquisição. Pr. de gasóleo foi para uso da actividade da empresa, tendo em conta as características das viaturas afectas à sua actividade, assim o IVA é dedutível em 50% e contabiliza-se da. úd. on te. Descrição. o. seguinte forma:. Débito. Valor Crédito. 62.2.1.2.1. 9,13 €. 24.3.2.3.1.3. 0,87 €. C. Venda a dinheiro de gasóleo. Contas. 11.1. 10,00 €. (Fonte: Anexo 5). Para calcular o valor do IVA a deduzir, ter-se-á então de apurar a base tributável, dividindo o valor total (10,00 €) por 1,21, e o valor do IVA à taxa normal encontra-se pela diferença do valor total e da base tributável (8,26€), e, posteriormente multiplicar este por 50% para sabermos o montante a lançar na sub conta 2432313 – IVA dedutível de outros bens e serviços a 21%, no caso (0,87€), o restante será adicionado à base tributável.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 20.

(30) Relatório de Estágio. o Despesas de Conservação e Reparação Estas despesas incluem todos os bens ou serviços destinados à manutenção dos elementos do activo imobilizado e que não provoquem um aumento do seu custo ou da sua duração (POC). A contabilização de uma despesa relativa à reparação de uma máquina afecta à actividade da empresa é feita da seguinte forma: Contas. Descrição Débito. o. 62.2.3.2.1 24.3.2.3.1.3. eg id. Factura/Recibo relativa a despesas de conservação e reparação. Valor Crédito. 12.1. 153,62 € 32,26 € 185,88 €. ot. (Fonte: Anexo 6). o. Pr. O documento que serve de suporte a esta contabilização encontra-se no Anexo 6.. úd. 2.6 - Lançamento Informático dos Documentos. on te. Após a organização e classificação dos documentos, estes são numerados sequencialmente por ordem cronológica e procede-se ao lançamento de todos os. C. documentos no sistema informático, com recurso a um software de contabilidade designado por Infologia 50 (Anexo 7).. “O Infologia é um clássico do software nacional, é hoje em dia considerado uma referência pelos profissionais de contabilidade, adaptando-se perfeitamente às necessidades das pequenas e médias empresas. A aplicação de contabilidade foi concebida e desenvolvida tendo em vista os seguintes objectivos globais:  Proporcionar o controlo imediato e global de todas as contas e movimentos da contabilidade geral:  Facilitar todos os aspectos ligados às questões administrativas:. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 21.

(31) Relatório de Estágio.  Proporcionar uma ferramenta poderosa na área de apoio à decisão, visto estar dotada de um controlo orçamental e analítico muito poderoso.” (www.sage.pt) Tendo em conta os objectivos globais do programa, este permite ao utilizador fazer qualquer movimento ou consulta de forma simples e rápida, nomeadamente, permite verificar lançamentos correntes, de estorno4, de regularizações de contas, de apuramento de resultados, fecho e reabertura. Este programa permite também fazer a gestão dos imobilizados, assim como o processamento dos salários, extrair listagens dos diários, balancetes, balanços e. o. demonstrações de resultados.. eg id. É importante referir que qualquer lançamento terá de ter um suporte documental, como consta das alíneas a) e b) do artigo 115º do CIRC:. ot. “ (...) a) Todos os lançamentos devem estar apoiados em documentos justificativos,. Pr. datados e susceptíveis de serem apresentados sempre que necessário; b) As operações devem ser registadas cronologicamente, sem emendas ou rasuras,. úd. on te. descobertos.”. o. devendo quaisquer erros ser objecto de regularização contabilística logo que. O lançamento informático dos documentos é uma tarefa que deve ser executada com algum rigor, já que destes registos resultará a situação patrimonial, económica e. C. financeira da empresa.. 2.7 - Processamento de Ordenados e Salários A Torre, Almeida & Silva, Lda. realiza mensalmente o processamento de salários de todas as empresas suas clientes. Assim, as empresas clientes são responsáveis pelo envio de todas as informações importantes e indispensáveis para a elaboração e emissão dos respectivos recibos de salários, tais como: 4. Lançamento numa conta de débito uma quantia indevidamente lançada numa conta de crédito ou viceversa.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 22.

(32) Relatório de Estágio. o Faltas. o Ajudas de Custo. o Abonos por falhas. o Horas extraordinárias. o Subsídios. o Baixas médicas. o Comissões. o Etc.. No processamento de salários determinam-se e contabilizam-se as remunerações aos corpos gerentes, ao pessoal em regime geral e ao pessoal em situação de primeiro emprego; as obrigações da empresa e dos trabalhadores para com a Segurança Social, Estado e Outros Entes Públicos e a Administração Fiscal.. o. De salientar que, previamente ao processamento de salários, tanto a empresa como os. eg id. seus trabalhadores devem estar inscritos no Centro Regional de Segurança Social (CRSS).. ot. As contribuições para a Segurança Social têm em consideração percentagens fixas de. Pr. dedução, que incidem sobre as remunerações recebidas e pagas, e variam em função de circunstâncias específicas, sendo uma distinção inicial a que distingue a parte das. o. contribuições a cargo da entidade patronal e a parte a cargo dos próprios trabalhadores.. úd. As taxas aplicáveis aos trabalhadores em geral para posterior entrega à Segurança Social. on te. (Taxa Social Única - TSU) são as mencionadas no Quadro nº1:. C. Quadro nº 1 – Taxa Social Única – Trabalhadores em Geral Em Geral. Entidade Empregadora. Trabalhador. Total. 23,75%5. 11%. 34,75%. Fonte: Elaboração Própria – Adaptado do DL 199/99 de 8 de Junho. No Quadro nº 2, podemos ver que os órgãos sociais beneficiam de uma redução de Taxa de Segurança Social, tanto para a entidade empregadora como para o trabalhador.. 5. Do qual 0,5% é destinada ao financiamento da protecção na eventualidade de doença profissional. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 23.

(33) Relatório de Estágio. Quadro nº2 – Taxa Social Única – Órgãos Sociais Em Função da Redução da Protecção Social Garantida Órgãos Sociais Entidade Empregadora. Trabalhador. Total. 21,25%. 10%. 31,25%. Fonte: Elaboração Própria – Adaptado do DL 199/99 de 8 de Junho. Os contribuintes que têm a seu cargo trabalhadores inscritos como primeiro emprego, não têm encargos com a Taxa Social Única, porque beneficiam de um apoio à criação. Quadro nº 3 – Taxa Social Única – 1º Emprego. eg id. o. de novos postos de trabalho, como se pode observar no Quadro nº 3.. Pr. ot. De Estimulo ao 1º Emprego e Desempregados de Longa Duração Trabalhador. Total. Isenção nos primeiros 3 anos. 11%. 11%. úd. o. Entidade Empregadora. on te. Fonte: Elaboração Própria – Adaptado do DL 199/99 de 8 de Junho. Segundo o artigo 18º do DL 295/86 de 19 de Setembro, o pagamento das referidas. C. contribuições deve ser efectuado até ao dia 15 do mês seguinte àquele a que respeitam. O respectivo pagamento deve ser efectuado, através:  Pagamento directo no Centro Regional de Segurança Social, através de cheque ou numerário (até ao limite de 150,00 €);  Transferência bancária ou via Internet. Para efeitos fiscais, os trabalhadores devem ceder toda a informação necessária à empresa para executar as retenções na fonte do respectivo IRS nos termos do nº1 do artigo 98º do CIRS e das alíneas a) e b) do nº 2 do artigo 99º do CIRS. Esta retenção é feita com base nas tabelas de retenção actualizadas, publicadas anualmente no Diário da. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 24.

(34) Relatório de Estágio. Republica (DR), em conformidade com o Orçamento de Estado (OE). As tabelas utilizadas no presente relatório encontram-se no Anexo 8. A principal informação a ter em conta pela entidade empregadora relativamente aos seus trabalhadores, passa por identificar: o Estado civil – (casado / não casado) o Dados relativos à titularidade dos rendimentos (único titular ou não) o Número de dependentes. o. o Vencimento base.. eg id. Tratando-se de rendimentos do trabalho dependente6, que compreendem exclusivamente montantes variáveis, nos termos do artigo 101º do CIRS, a retenção do imposto é. ot. efectuada de acordo com as tabelas previstas.. Pr. Relativamente aos rendimentos independentes, que englobam os rendimentos da categoria B7, a retenção é feita à taxa de 20%, sendo no entanto dispensada no caso do. o. sujeito passivo auferir rendimento inferior ao limite fixado nos termos do nº1 do artigo. on te. úd. 53º do CIVA.. O pagamento de IRS retido pela empresa aos trabalhadores é obrigatório até ao dia 20 de cada mês seguinte àquele em que foram feitas as deduções, segundo o nº 3 do artigo. C. 98º do CIRS, e pode ser efectuado na Tesouraria das Finanças, nos correios, ou em qualquer outro local determinado por lei nos termos do artigo 105º do CIRS, após o envio do Modelo 41 através do site da Direcção-Geral dos Impostos (DGI) (Ver Anexo 9). Tendo como fundamento a empresa escolhida – AluMealhada, Lda. irá ser elaborado o processamento de ordenados e salários dos funcionários desta empresa, respeitantes ao mês de Dezembro de 2006. Pode dizer-se que o processamento de ordenados e salários se subdivide em 3 fases de classificação. 6 7. Ver artigo 2º do CIRS Ver artigo 3º do CIRS. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 25.

(35) Relatório de Estágio. Este processamento não irá reflectir os ordenados e salários dos órgãos gerentes. 1ª Fase – Processamento de Ordenados e Salários Nesta primeira fase é feito o processamento de ordenados e salários, tendo em conta o valor pago por hora. De salientar que o vencimento base de todos os trabalhadores no mês de Dezembro é igual ao vencimento ilíquido, a este é adicionado o subsidio de alimentação e deduzido os descontos feitos em sede de IRS e para a Segurança Social, como se pode verificar. o. no Anexo 10.. eg id. A contabilização é feita do seguinte modo: Contas Débito. Pr. 64.2.1.1. Valor. Crédito. ot. Descrição. 457,40 € 58,32 €. o. 64.2.1.2. 650,90 €. 64.2.2.2.. 58,32 €. 64.2.3.1. 3.112,30 €. 64.2.3.2. 349,92 €. úd. 64.2.2.1. C. on te. Processamento de Ordenados e Salários relativos ao mês de Dezembro. 24.5.1. 464,27 €. 24.2.1. 163,00 €. 26.2.2. 4.059,89 €. (Fonte: Anexo 11). 2ª Fase – Processamento de encargos sobre remunerações O processamento de encargos sobre remunerações é a 2ª fase de contabilização. Sobre o vencimento ilíquido incide a TSU, as taxas que se aplicam são as que dizem respeito à entidade empregadora, que estão reflectidas no Quadro nº4.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 26.

(36) Relatório de Estágio. Quadro nº 4 – Processamento de encargos relativos a ordenados e salários do mês de Dezembro Sector. Total de Encargos. Vencimento Ilíquido dos trabalhadores. %. Valor. Administrativo. 457,40 €. 23,75%. 108,63 €. Comercial. 650,90 €. 23,75%. 154,59 €. 3.112,30 €. 23,75%. 739,17 €. Produção. 4.220,60 €. 1.002,39 €. o. Fonte: Elaboração Própria. eg id. A contabilização deste processamento é feita do seguinte modo: Contas. Descrição 64.5.1.2. Pr. Processamento de encargos relativos a ordenados e salários do mês de Dezembro. Valor. Crédito. ot. Débito. 108,63 € 154,59 €. 64.5.1.4. 739,17 €. 24.5.1. 1.002,39 €. úd. o. 64.5.1.3. on te. No caso destes trabalhadores pertencerem aos órgãos sociais da empresa a TSU a utilizar seria de 21,25%; no caso dos trabalhadores em regime de 1º emprego a empresa. C. não tinha quaisquer encargos.. “ As contribuições devem ser pagas até ao dia 15 do mês seguinte a que dizem respeito” (artigo 18º DL 295/86 de 19 de Setembro). 3ª Fase – Pagamento dos Ordenados e Salários A contabilização do pagamento é feita pelo valor líquido do vencimento. No momento do pagamento ao pessoal é emitido um recibo em duplicado, (ver Anexo 11 a título de exemplo), o original fica sempre em posse do funcionário e o duplicado é entregue na contabilidade, devidamente assinado para ser arquivado.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 27.

(37) Relatório de Estágio. A sua contabilização é feita da seguinte forma: Contas Descrição. Valor Débito. Crédito. 26.2.2. Pagamento dos ordenados e salários do mês de Dezembro. 4.059,89 € 12.0.1. 4.059,89 €. 2.8 - Controlo Interno. eg id. o. 2.8.1 - Considerações Gerais O controlo interno é uma forma de organização que pressupõe a existência de um plano e de sistemas coordenados destinados a prevenir a ocorrência de erros e irregularidades. ot. ou a minimizar as suas consequências e a maximizar o desempenho da entidade no qual. Pr. se insere.. o. Um sistema de controlo interno compreende o plano de organização e todos métodos e. úd. procedimentos adoptados numa empresa que tendem a garantir:. on te.  A salvaguarda dos activos da empresa;  A exactidão e a veracidade dos registos contabilísticos e das demonstrações financeiras;. C.  A execução de planos e politicas superiormente definidos;  A eficácia da gestão e a qualidade da informação;  A utilização económica e eficiente dos recursos. A implementação e manutenção de um sistema de controlo interno, por si só, não são suficientes, isto é, não garantem a eliminação de irregularidades, erros ou fraudes. É necessário que a administração de uma empresa tome medidas e utilize os meios adequados que tornem o sistema operativo e concorra para o alcance dos objectivos.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 28.

(38) Relatório de Estágio. 2.8.2 - Procedimentos de Controlo No gabinete de contabilidade Torre, Almeida & Silva, Lda. são executados alguns procedimentos de controlo interno, nomeadamente conferência de contas de terceiros e bancos. A necessidade desta conferência surge pelo facto de serem detectados possíveis erros de lançamento ou classificação e nesse caso, eliminá-los de imediato. Disponibilidades De todos os activos de uma empresa, as disponibilidades (sobretudo a nível dos meios. o. monetários) são os mais vulneráveis a ponto de, eventualmente serem objecto de. eg id. utilização não apropriada por parte das pessoas que, a qualquer nível, trabalhem nessa empresa. Assim, o movimento de caixa deve ser reduzido ao indispensável, devendo as empresas dar prioridade aos movimentos por bancos (ordens de pagamento por cheque,. ot. ordens de transferência bancária) e só efectuar pagamentos de pequenas despesas em. Pr. dinheiro. Para fazer face a essas pequenas despesas a caixa deve funcionar em sistema. o. de fundo fixo.. on te. cronológica de datas.. úd. No Gabinete de Contabilidade todos os extractos bancários, são arquivados por ordem Periodicamente, elaboram-se reconciliações bancárias, com vista à detecção de valores que estão no extracto da empresa e que não se encontram no extracto do bancário ou. C. vice-versa. No entanto, isso nem sempre é possível, ou porque a escrituração das contas correntes se encontra atrasada (devido muitas vezes a excesso de trabalho) ou em alguns casos, porque o cliente negligencia a entrega de documentos, fazendo-os chegar tardiamente.. Compras de Bens e Serviços, Pessoal e Dívidas a Pagar A correlação entre as operações de compra e as dívidas a pagar é directa e evidente. A maioria das contas a pagar provêm de operações de compras e, até certo ponto a autenticidade da compra indica a autenticidade da obrigação.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 29.

(39) Relatório de Estágio. Para cada empresa, existem listagens de fornecedores organizadas por ordem alfabética. A cada fornecedor é atribuído um código (subdivisão da conta 22.1 do POC) no qual é classificado todas as suas operações. Este procedimento evita que se abram desnecessariamente, diversas subcontas para o mesmo fornecedor. Periodicamente realizam-se conferências às contas correntes de fornecedores, solicitando-lhe, eventualmente, os extractos das suas contas correntes, para que em confronto com os registos da Torre, Almeida & Silva, Lda. se detectem possíveis erros de classificação ou de lançamento.. o. Em algumas entidades clientes foram detectados erros de classificação ou de. eg id. lançamento, que foram corrigidos posteriormente através de lançamentos de estorno, os quais podem resultar de:. Pr. ot. Figura nº3 – Erros de Classificação ou de Lançamento. Duplicação de Lançamentos Alteração de Quantias Substituição de Contas Inversão de Contas. Fonte: Elaboração Própria. C. on te. úd. o. Erros de Classificação ou de Lançamento. Em relação ao pessoal deve ser constituído uma ficha individual para cada trabalhador onde devem constar todos os dados relativos ao seu cadastro e estar permanentemente actualizada. Deverá estabelecer-se de forma a possibilitar consultas fáceis e minimizando possíveis erros no processamento de salários e ao nível das obrigações declarativas a que as empresas estão sujeitas. Vendas, Prestações de Serviços e Dívidas a Receber Trata-se de uma das áreas mais importantes para a empresa, na medida em que é esta que gera a sua riqueza, quer através da venda, quer através das prestações de serviços.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 30.

(40) Relatório de Estágio. As dívidas a receber de clientes estão intimamente relacionadas com as operações de venda, que qualquer estudo de uma deve necessariamente incluir a outra. À semelhança do que acontece com os fornecedores, são também elaboradas, para cada empresa, listagens de clientes que garantem que todas as operações realizadas com determinado cliente sejam apenas classificadas na subconta aberta para o efeito. Os saldos de clientes também são objecto de conferência regular possibilitando que a informação contabilística reflicta os créditos verdadeiramente existentes, sobre os clientes e se detectem possíveis erros de contabilização ou de lançamento.. o. No gabinete de contabilidade, foram também detectados alguns erros de classificação ou. eg id. de lançamento, originados pelas razões observadas na Figura nº 3, tendo sido rectificados posteriormente através de lançamentos de estorno.. Pr. ot. Existências. O controlo físico das existências faz-se através da sua inventariação ou contagem a qual. on te. úd. controlo interno nesta área.. o. é um dos aspectos que deve merecer mais atenção quando se abordam os problemas de. As existências, para grande maioria das empresas, são contabilizadas segundo o sistema de Inventário Intermitente (o que só por si denota um controlo interno bastante fraco),. C. remetendo para o final do exercício económico a determinação do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (CMVMC). A existência do sistema de Inventário Periódico ou Intermitente impossibilita que se tenha conhecimento dos resultados da actividade ao longo do ano a não ser que se efectue uma contagem total das existências quando tal for pretendido. Imobilizado A aquisição de bens do imobilizado implica geralmente um assumir de responsabilidades por vezes bastante avultadas pelo que a tomada de decisões sobre a política destes investimentos cabe directamente à gestão da empresa.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 31.

(41) Relatório de Estágio. Aquando da aquisição de um bem cuja finalidade não seja a sua venda, há que decidir se o mesmo deve ou não ser capitalizado (ou seja, classificado como um imobilizado) ou não capitalizado (classificado como um custo do exercício). O que distingue ambas as situações é o tempo de vida útil que se espera que esse bem vá ter, ou seja, determinado bem deverá ser contabilizado como imobilizado se se espera que ele venha a ter uma vida útil superior a um ano. Todos os bens do activo imobilizado devem possuir uma ficha de registo, de acordo com o previsto no artigo 51º do CIVA, a qual deverá conter de entre outros, os seguintes. eg id.  Numero de código, descrição e localização do bem;. o. elementos:.  Data de aquisição, nome do fornecedor, numero e data da factura do fornecedor;  Data de entrada em funcionamento;. Pr.  Custo de aquisição do bem. ot.  Vida útil estimada, data do início da amortização e taxa anual de amortização8;. o. Também para efeitos de controlo, todos os bens do imobilizado devem estar seguros. úd. contra os riscos mais usuais nomeadamente, incêndio, inundações e roubo. O valor pelo. on te. qual os bens foram inicialmente seguros deve ser periodicamente revisto de forma a que o valor coberto seja o mais aproximado possível do valor actual dos mesmos bens.. C. 2.9 - Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA). 2.9.1 - Considerações Gerais “ IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado, visa tributar todo o consumo em bens materiais e serviços, abrangendo na sua incidência todas as fases do circuito económico, desde a produção ao retalho (…), é um imposto directo sobre o consumo de bens e serviços que incide sobre a diferença entre o valor de venda e o valor de compra.” (CIVA) 8. Prevista na alínea g) do artigo 23º do Decreto Regulamentar nº2/90 de 12 de Janeiro. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 32.

(42) Relatório de Estágio. O artigo 1º (Incidência real) do CIVA interpreta o que, em regra, está sujeito a imposto. Assim, para que uma determinada operação esteja sujeita a IVA, torna-se necessário que sejam:  Transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas, a título oneroso por um sujeito passivo agindo como tal e em território nacional;  Importações de bens;  Operações intracomunitárias efectuadas no território nacional9. Exceptua-se esta sujeição, nos casos previstos nos artigos 9º ao 15º do CIVA, pois são. eg id. o. operações isentas de imposto. Fundamental é também o conceito de sujeito passivo de IVA, interpretado no artigo 2º do CIVA, que no essencial é associado ao exercício das actividades económicas com. Pr. ot. independência e regularidade.. Sobre o valor tributável incidem as taxas de IVA, que estão definidas nos termos do nº 1. úd. o. e do nº 3 do artigo 18º do CIVA e são as seguintes:. on te. Quadro nº 5 – Taxas de IVA. Continente artigo 18º nº 1 Alíneas a) b) e c). Regiões Autónomas artigo 18º nº 3. Normal. 21%. 15%. Intermédia. 12%. 8%. Reduzida. 5%. 4%. C. Taxas. Fonte: Elaboração Própria. Existem apenas dois períodos para a entrega da declaração do imposto, que dependem do volume de negócios (VN) do ano anterior:. 9. Estas operações são reguladas e definidas no Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias (RITI). Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 33.

(43) Relatório de Estágio. o Mensal, para os sujeitos passivos com VN anual igual ou superior a 498.797,90 €10; o Trimestral, para os sujeitos passivos com VN anual inferior a 498.797,90 €. A AluMealhada, Lda. enquadra-se no regime de IVA trimestral, uma vez que o seu VN não ultrapassou o limite previsto na lei (VN2005 <498.797,90 €). Os sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade trimestral podem optar pela mensal, bastando para tal que o mencionem expressamente na declaração de início de actividade ou numa declaração de alterações. No entanto, esta só pode ser apresentada durante o. o. mês de Janeiro, produzindo efeitos a partir do dia 1 de Janeiro do ano seguinte ao da sua. eg id. apresentação.. De salientar, o VN2006 foi superior a 498.797,90 €, ou seja, ultrapassou o limite previsto. Pr. ot. na lei, neste sentido e segundo o nº8 do artigo 40º do CIVA:. “ (…) a mudança de periodicidade só se verificará por iniciativa do Serviço de. o. Administração do IVA, que, para o efeito e tendo em conta o disposto no n.º 2,. úd. notificará o sujeito passivo da data a partir da qual a referida mudança de. on te. periodicidade produzirá efeitos.”. 2.9.2 - Apuramento do IVA. C. Em primeiro lugar, é necessário ter em atenção qual o regime de tributação em que uma empresa está inserida, pois o apuramento do imposto pelos sujeitos passivos é feito segundo o seu enquadramento em sede de IVA. Em Portugal existem dois regimes de tributação:  Regime Normal de Tributação; Regime Especial de Isenção;  Regime Especial de Tributação Regime dos Pequenos Retalhistas; 10. Em virtude da alteração introduzida no artigo 40º do CIVA, pelo Orçamento do Estado para 2008, o valor de referência para a passagem ao regime mensal de IVA passa de 498.797, 90 € para 650.000,00 €.. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 34.

(44) Relatório de Estágio. 2.9.2.1 - Regime Geral de Tributação “No regime geral, o IVA apresenta-se como um imposto sobre o consumo em que o montante da divida de cada sujeito passivo é apurado através do chamado método de dedução do imposto, do crédito do imposto ou método indirecto subtractivo, nos termos do qual esse montante nos é dado pela diferença entre o montante que resulta da aplicação da taxa ao valor das vendas ou prestação de serviços, durante determinado período, e o montante do imposto suportado nas aquisições efectuadas durante o mesmo período.” (Nabais et al., 2001:384-385). Estão enquadrados neste regime todos os sujeitos passivos que não beneficiem de. eg id. o. qualquer regime especial de tributação, nos termos da alínea a) do nº1 do artigo 2º do CIVA.. ot. Segundo o POC, “a conta 243 - IVA destina-se a registar as situações decorrentes da. Pr. aplicação do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.” Esta conta encontra-se dividida por várias subcontas, da qual o Gabinete de Contabilidade, fez as adaptações. úd. o. consoante a especificidade de cada empresa:. on te. Conta 2431 – IVA Suportado. Esta conta é de uso facultativo, sendo que o plano de contas da AluMealhada, Lda. não. C. a integra. Porém contabilisticamente, esta conta debita-se pelo imposto suportado nas aquisições de bens e serviços e credita-se, por contrapartida das respectivas subcontas da 2432 – IVA dedutível ou, caso o imposto não seja totalmente dedutível, por contrapartida da conta referente à respectiva aquisição, ou da conta 6312 – Impostos indirectos. Conta 2432 – IVA Dedutível Esta conta aplica-se sempre que o imposto suportado nas aquisições de bens e serviços esteja enquadrado em operações previstas nos artigos 19º a 25º do CIVA, com excepções a que se refere o artigo 21º do mesmo código. Contabilisticamente, esta conta. Sandra Isabel Sequeira Ribeiro Paulo. 35.

Referências

Documentos relacionados

O ambiente escolar como um todo deve estar capacitado e adequado para receber e atender com satisfação, conforme lhes é direito, a todos os alunos inclusive,

Faz-se necessario aqui elencar algumas experiencias vivenciadas durante o Estagio Supervisionado em Docencia, que tiveram papel fundamental no enriquecimento da atividade

Diante da grande influência que a radiação solar exerce sobre os vegetais, objetivou-se avaliar o efeito da qualidade espectral da luz transmitida pelas malhas fotoconversoras

37a Folhas Verde claro aveludada ausente 38a Fruta (Jaca) Branco aveludada ausente 38b Fruta (Jaca) Marrom pulverulenta ausente 38c Fruta (Jaca) Branco algodonosa

Dissertação de Mestrado Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos Universidade Federal de Santa Maria-RS/Brasil POTENCIAL ANTIOXIDANTE DE EXTRATO DE CEVADA

Here we present the first experimental study investigating how a tropical rainforest bird, the white-browed warbler Basileuterus leucoblepharus, extracts various information from

O Plano Local de Gestão (2007) aponta ainda que os terrenos por onde passa o prolongamento da Rodovia dos Bandeirantes, foram decretadas de utilidade pública pelo

Ao final deste trabalho consideramos que os objetivos da pesquisa foram atendidos, quando conhecemos às percepções de professoras e alunos, sobre o ProEMI, percebemos