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Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Sydney Levy, Diretor-Presidente. Sr. Levy, pode prosseguir.

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Academic year: 2021

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Operadora:

Bom dia e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da American Banknote para discussão dos resultados referentes ao 4T06 e ao ano de 2006. Estão presentes hoje conosco os senhores Sidney Levy, Diretor-Presidente; Sylio Ferreira Swerts, Diretor Financeiro e de RI; e Carlos Affonso D’Albuquerque, Gerente de RI da Companhia.

Informamos que esse evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia, e, em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0.

Esse evento também está sendo transmitido, simultaneamente, pela internet, via

webcast, podendo ser acessado no endereço www.abnote.com.br/ri, onde se

encontra disponível a respectiva apresentação. A seleção dos slides será controlada pelos senhores. O replay deste evento estará disponível logo após o seu encerramento. Lembramos que os participantes do webcast poderão registrar antecipadamente, no website, perguntas a serem respondidas durante a sessão de perguntas e respostas.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da American Banknote, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais, podem afetar o desempenho futuro da American Banknote, e podem conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras.

Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Sydney Levy, Diretor-Presidente. Sr. Levy, pode prosseguir.

Sydney Levy:

Bom dia. Eu queria agradecer a presença de vocês nessa conferência. Nós temos uma apresentação que eu espero que vocês possam consultar simultaneamente a o que eu vou falar, e o formato que nós estamos propondo para hoje é o seguinte: nós vamos mostrar os resultados do ano de 2006, depois nós vamos mostrar os resultados no 4T, nós vamos fazer essa mesma análise para cada divisão e, depois, as tendências desse resultado em relação aos últimos resultados e, por fim, vamos falar um pouco do futuro da Companhia.

No slide número dois, vocês vêem o resultado final do ano de 2006, e eu acredito que o destaque desse resultado é o aumento do EBITDA em 25,4%. Eu quero

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lembrar a vocês que quando nós fizemos o roadshow do IPO, nós nos comprometemos com um aumento de EBITDA na ordem de 20%. Por uma série de fatores, nós conseguimos superar esse número, e chegamos aos 25,4%, o que, para nós, é um bom resultado. A gente ficou satisfeito com esse resultado. Tem três ações que levaram a esse resultado. A primeira foi a aquisição que nós fizemos em setembro de 2005 da CSM. Essa aquisição aumentou a nossa base de volume, nós pudemos ter ganhos significativos no custo indireto e no próprio custo direto, a compra de materiais pelo aumento da escala, e isso foi um fator importantíssimo nesse aumento.

O segundo fator foi que, com a compra da CSM e mais o aumento orgânico do volume de cartões, nós fizemos esse ano 30% a mais do que no ano passado, o que é um número também muito expressivo, que levou a esse resultado final. E o terceiro fator, importantíssimo, foi que nós conseguimos, na área de sistemas de identificação, crescer o EBITDA, esse ano, em 18%, que foi também acima do que nós esperávamos, bastante acima do que nós esperávamos, e nós vamos depois comentar isso em detalhes. Mas esses três fatores foram os que levaram a esse aumento de 25,4%.

Entre os outros fatores que nós queremos destacar esse ano, está a aprovação pelo Tribunal de Contas da União, em outubro do ano passado, e pelo INPI, em fevereiro desse ano, do projeto do correio híbrido postal – para nós, um assunto extremamente importante, e eu vou também falar mais sobre ele. Mas entre os highlights do ano a gente tem que destacar esse. Também em setembro, nós compramos a Trust, e já estamos vendo os primeiros resultados da Trust, que também para nós foi um fator significativo.

O quarto ponto importante é que mesmo com a listagem da empresa e os aumentos de custo decorrentes da empresa ser aberta, nós conseguimos manter um SG&A de 6,5% da receita líquida, o que está inclusive abaixo do que a gente pensou que ia ficar, o que demonstra que nós conseguimos segurar o aumento de custos indiretos, o que é também uma questão muito importante na nossa estratégia.

O ponto negativo desse ano foi, como vocês já sabem, o desempenho da área de serviços gráficos; mas nós tomamos medidas nesse último trimestre, estamos continuando a tomar, para reduzir os custos do que temos ali, e consequentemente poder aumentar os lucros. E, nesse aspecto, a questão mais importante é que nós adquirimos a fábrica que nós usávamos em Sorocaba, e também uma área anexa à planta atual, para fazer uma consolidação das plantas durante o ano de 2007.

Então esses são os destaques do ano de 2006, vendo a empresa como um todo. Na página três, vocês vêem os destaques do 4T. O 4T é o primeiro trimestre, desde que nós abrimos o capital, que é pior que o trimestre anterior. Nós não

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isso. Então, nesse 4T, nós tivemos uma venda praticamente estável, um aumento de 10% no EBITDA em relação ao 4T05. E isso demonstra, de uma certa maneira, que nosso aumento de margem é sustentável, porque mesmo em um trimestre como esse, onde nós não aumentamos a venda, nós subimos a margem de EBITDA em 2.3 p.p., o que para nós também é uma boa notícia.

A notícia não tão boa aqui é que os cartões bancários não tiveram o aumento que eles vinham tendo. Pelo contrário, houve um momento no 4T onde houve uma queda de entrada de pedidos. Nós acreditamos que isso seja um comportamento normal do mercado; as empresas e os bancos vão emitindo seus cartões e, de repente, eles sentem que ou a inadimplência está um pouco alta, ou a estrutura interna não está acomodando, daí eles dão uma paradinha e logo depois eles voltam. A gente não acha que isso seja uma coisa dramática. A gente acredita que o mercado de cartões bancários vá continuar ano a ano. Quando a gente comparar, no final do ano, o ano de 2007 com ano de 2006, existirá um aumento do número de cartões bancários emitidos. Mas nesse 4T, isso não aconteceu. E nesse 4T06, um assunto também que foi surpreendente para nós é que os sistemas de identificação tiveram um resultado espetacular. Depois eu vou inclusive mostrar isso com mais detalhes, mas nós tivemos um trimestre no qual os cartões ficaram estáveis, após uma aceleração enorme, e o ID se acelerou. Eu acho que vocês vão entender isso melhor no slide relativo às divisões em si. Caindo agora no slide número quatro, da área de cartões para o ano de 2006. Aí eu acho que não existem surpresas, nós conseguimos crescer o EBITDA do cartão em 52,7%. Por causa dessa estabilidade no cartão bancário, nós tínhamos começado o ano com os cartões telefônicos respondendo por 55% da receita, contra 45% dos cartões bancários, a gente mais ou menos esperava até que fosse reverter esse ano, e que fosse ficar com metade/metade.

Mas o movimento veio no outro sentido, e os cartões telefônicos agora respondem por 65% da receita durante o ano de 2006, comparado com os 55% que tinha sido anteriormente e que era nossa expectativa desse ano – a penetração de telefones celulares foi acima do que a gente esperava.

Houveram também melhorias operacionais bastante significativas, e com isso nós chegamos a esse volume. Nós chegamos ao final do ano com um volume produzido superior a 650 milhões de unidades, que é um número muito, muito relevante, e seguramente nos coloca entre os dez maiores produtores do mundo. Isso, em resumo, é o resultado da empresa na divisão de cartões no ano de 2006. Indo agora para o slide numero cinco, para o 4T, aí tem vários fatores que influenciaram esse resultado. O primeiro, eu já falei, é uma estabilidade de volume já de cartões bancários. Cartões bancários não foi superior ao que ele vinha sendo, ele foi menor, e isso gera essa estabilidade no volume. Se você comparar o volume de vendas do 4T desse ano com o 4T do ano passado, é basicamente o mesmo número, 158 milhões de unidades.

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A outra questão importante que aconteceu nesse trimestre é que algum cliente nosso, importante, está comprando agora com entregas FOB, em comum acordo conosco; nós achamos que seria melhor para nós e para eles. E isso causa uma redução na receita e um aumento da margem, porque ele, ao excluir as despesas de frete, a margem naturalmente, aumenta. Então isso não é uma melhoria operacional, isso é só uma diferença na maneira como a gente entregou.

A outra questão importante é que os scratch cards que nós estamos fazendo no Brasil, ele está muito competitivo, nós estamos aumentando um pouco nossa exportação, o USD, evidentemente foi muito fraquinho. Nós temos produtos low-end feitos pela Trust; eles têm uma margem muito boa, mas um preço menor. Então, quando você bota tudo isso nesse resultado, você chega a uma diminuição da receita líquida em relação ao ano passado. Então, essa redução seria uma parte entre as entregas FOB, uma parte é o aumento de cartões de menor valor e maior margem e uma diminuição dos cartões de maior valor e menor margem. Se eu não me confundi todo, é isso.

Então, isso levou com que a gente tivesse, no final, uma margem de EBITDA 3.6 p.p. acima do trimestre anterior, menor que a margem do 3T, mas a gente tinha avisado que a margem do 3T, 34 p.p., ela era um pouco não-sustentável de qualquer maneira, ela era um pouco alta demais. Então, nós, com uma diminuição da receita de 7,7, conseguimos aumentar o EBITDA em 3,6. Então, isso é o aumento de produtividade efetivo que nós estamos conseguindo.

Seguindo em frente, vendo o resultado da área de identificação para 2006, nós tivemos um aumento de vendas, de volume, de 7%, um aumento da receita de 8,2%. Esse aumento de 7% é um pouco superior ao que a gente tem visto, porque uns 4% desses 7% é aumento orgânico, e o restante nós aumentamos a nossa produção de carteiras de identidade, contratos que nós não tínhamos ano passado, e que tivemos esse ano. Quando nós botamos dois contratos rodando no mesmo local, evidentemente que a margem sobe, e, nesse caso, ela subiu 2,8 p.p. no ano.

O mais importante, a notícia mais importante em 2006 é que quando nós fizemos o IPO, existia um grande nervosismo por parte dos investidores sobre o fato de se nós seriamos capazes de manter todos esses contratos que nós tínhamos, e nós, agora, podemos afirmar tranqüilamente que durante o ano de 2006, todos os contratos que venceram foram renovados. E eu acho que essa é a melhor notícia desse ano na identificação.

Voltando agora ao resultado do 4T, do sistema de identificação, existe esse aumento de 40% no volume de vendas e um aumento de 34,3% no EBITDA, mas isso não é real, nós tivemos um 4T05 fraquinho, e, então, aparece esse aumento enorme, que não é uma coisa real. O que é real, nós acreditamos, é que nós, pelo segundo trimestre consecutivo, temos um EBITDA da ordem de R$9,4 milhões. Nessa área, nós achamos que isso é real, é estável, é sustentável. A margem de EBITDA seguramente passou dos 30%, fez 31,5% nesse trimestre. Nós ainda

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O resultado, então, nesse trimestre, do sistema de identificação foi muito bom comparado ao do 4T05, mas uma parte disso é porque tinha sido ruim no ano passado.

Seguindo em frente, o resultado final da área de serviços gráficos, no slide número oito, mostra uma redução do volume de vendas em 19,5%, e uma redução da receita de 11,1%, então, o que ficou para trás, uma parte do que a gente perdeu, era coisas de menor valor agregado, isso ficou claro. Mas, não impede que nós tenhamos uma redução de R$4,5 milhões no EBITDA, que é um resultado muito ruim, que a gente ficou muito infeliz com esse resultado. O único silver lining disso é que nós, com R$13 milhões, que foi o EBITDA dessa área, nós conseguimos pagar todos os custos administrativos da empresa inteira, o que é também uma estratégia nossa nessa área.

Nós acreditamos que uma parte disso foi uma perda de competitividade nossa, por os custos estarem altos, e nós vamos endereçar isso com a nova fábrica, é uma coisa que nós precisamos fazer. A tecnologia do correio foi aprovada pelo INPI e está na sua reta final de início, que também vai transformar esse resultado de maneira significativa.

No 4T, na área de serviços gráficos, slide número nove. Nós estávamos, desde o meio do ano, estudando uma nova estrutura gerencial para essa área, e nós conseguimos implantar isso em 1º de janeiro; nós temos um novo diretor na área, nós temos nova estrutura de vendas, nós temos uma mudança grande na área gerencial, em vista dos pobres resultados alcançados no ano de 2006. Eu vou falar um pouco mais em detalhe sobre a rearrumação física das nossas fábricas mais em frente. Mas, o resultado do 4T seguiu, mais ou menos, um padrão, que nós estávamos vendo desde o início do ano.

Na página número dez, vocês vêem a performance do cartão desde 2001. Nós achamos que esse crescimento do volume, da ordem de 15%, e esse crescimento da receita, na ordem de quase 20%, isso agora entra em uma fase mais madura, nós achamos que o mercado brasileiro vai continuar a crescer, mas não com essa velocidade. As nossas margens, que sofreram um impacto no ano, de 26,8% para 33,1%, ela não é sustentável, nesse 4T, ela já foi 31%. Então, nós achamos que será acima de 30%, e achamos que esse volume vai subir, mais ou menos, 10%, é o número que a gente está trabalhando nesse ano de 2007; mais ou menos esse é o aumento de volume que a gente espera, e uma margem superior a 30%. Mas, de qualquer maneira, os resultados desses seis anos são espetaculares, um aumento de EBITDA, nós saímos de 9% para 63% em cinco anos, que é um número, realmente, espetacular. A performance do ID, igualmente muito boa, nós saímos de um EBITDA de 18% para 37%, nós dobramos em cinco anos, é um número bom. A margem de 32% está se mostrando... Nesse 4T foi 31,5%, ela está se mostrando mais consistente, e o aumento de unidade de 5%-7% será um número mais ou menos nessa linha, acreditamos, nesse ano de 2007, também. Os serviços gráficos, vocês vêem que foi o pior volume de toda a nossa história, com 9,5 milhões de toneladas. A receita líquida, nós já tivemos volumes piores do que esse. Há um número por volta dos 115 milhões, e o EBITDA, por volta de 13

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milhões. Nós achamos, que enquanto nós não tivermos a fábrica nova e o correio híbrido, esse número não vai mudar muito.

Na página 13 vocês têm, para os últimos seis anos, os resultados. A receita líquida, em média, tem subido 10% ao ano, e o mix da receita esse ano se acelerou no decréscimo do print e, no aumento do cartão. Isso, provavelmente, se manterá assim até a entrada do correio, quando ele vai sofrer uma mudança. O ID, vocês vêem que ele mantém um número muito parecido já há muitos anos, então, tem uma consistência nesse número.

Na performance global da empresa, na página 14, vocês vêem um aumento de EBITDA, em média, de 23,7%, é um número do qual a gente é bastante orgulhoso, e é o nosso principal objetivo, que é o aumento do EBITDA sempre com dois dígitos, esse é o nosso target de performance; o lucro líquido também em 27%. A margem do EBITDA esse ano também foi espetacular, e a margem líquida também.

Nesse ano que começa, nós temos muitos desafios, mas eu vou sumarizar em cinco questões muito complexas, mas que, se nós conseguirmos resolver essas cinco questões de maneira eficiente, nós, seguramente, estaremos construindo uma nova plataforma para o futuro da empresa. E o primeiro projeto, como vocês estão já cansados de saber, é o correio híbrido. O correio passou mais uma etapa importante, que é a propriedade intelectual, o INPI reconhece que existe uma propriedade intelectual sendo transferida, e que ela é importante para o Brasil, e ela autoriza o correio brasileiro a pagar os royalties de 10,5% do faturamento do sistema para o correio italiano; isso aconteceu agora no início do mês de fevereiro.

O correio brasileiro preparou uma nova minuta de contrato, nós já aprovamos, nós já assinamos, e, nesse momento, o projeto do correio híbrido está na mão do presidente dos Correios, que vai colocar isso para aprovação da diretoria nas próximas três semanas. Nós acreditamos que, até o final do mês de março, nós vamos ter a aprovação final do correio híbrido. Poderemos, então, a partir do mês de abril, começar a implantação do sistema.

O sistema implica que, durante sete meses, nós vamos fazer essa implantação, nós vamos comprar todos os softwares, comprar todos os hardwares, montar as unidades, e, no mês sete, a partir de abril, portanto, novembro, o correio, então, vai fazer um teste no sistema, vai dizer se o sistema está bom ou não está, e se estiver bom, ele nos paga um valor, e nós, então, podemos começar a vender esse sistema para os nossos clientes.

Então, esse é o primeiro projeto importante desse ano. O segundo projeto muito importante desse ano, vocês sabem que nós vendemos, no final do ano, as nossas ações da nossa empresa de cartões inteligentes, e nós estamos, agora, montando a nossa própria infra-estrutura, nós estamos comprando máquinas, fazendo acordos de fornecimento de microchips, nós temos um grupo de engenheiros, de hardware, de software, trabalhando ativamente na construção da

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cartões inteligentes na área bancária, e nós achamos que faz mais sentido para a empresa trabalhar isso sozinha do que com um sócio.

Então esse é um outro projeto importantíssimo, que já está em andamento, e nós esperamos ter um resultado disso no 4T. O valor do investimento dessa operação de smart cards - é um pouco complexo para mim, dizer isso agora, porque nós vamos receber um dinheiro pela venda das nossas ações, e vamos gastar um dinheiro. Seguramente, o dinheiro que nós vamos gastar será maior do que nós vamos receber, acreditamos que, mais ou menos, na base de R$3 milhões, R$4 milhões.

O terceiro projeto importantíssimo para nós é que nós achamos que cinco fábricas, que nós temos hoje, é demais. E o primeiro sintoma disso foi o que aconteceu na área gráfica esse ano. Nós acreditamos que a nossa empresa inteira, em todas as suas linhas de produtos, ela só é sustentável no longo prazo se ela for competitiva nos seus custos, se ela tiver o menor custo de toda a indústria. E, com cinco plantas, que foram fruto de aquisições que nós fomos fazendo ao longo dos anos, isso não é sustentável.

Então nós temos um estudo grande, e nós concluímos que a fábrica mais competitiva que nós temos, em todos os seus itens, é a fábrica de Sorocaba. Ela era uma fábrica alugada, nós compramos, nós já pagamos, nós compramos também dois terrenos adjacentes, e vamos ao redor da fábrica de Sorocaba fazer uma realocação grande das nossas unidades fabris; o plano total ainda não está pronto, alguma coisa eu ainda não negociei com os sindicatos, então eu não serei tão específico assim, mas esse é um projeto muito importante para nós nesse ano de 2007.

O quarto projeto importante desse ano é que, no final do ano passado, o departamento de trânsito publicou uma norma onde ele decide que os automóveis brasileiros deverão ter uma identificação por radiofreqüência. Nós temos investido em radiofreqüência nos últimos três anos, e achamos que essa é uma notícia muito importante para nós; estamos trabalhando muito nesse aspecto. Também não acreditamos que existirão resultados concretos disso no ano de 2007, porque existe uma regulamentação, existe o problema da tecnologia; isso será comprado pelos Estados, e não pela federação, então os Estados teriam um tempo para entender que está acontecendo e fazer suas concorrências. Então, nós não acreditamos que isso acontecerá em 2007, mas seguramente acreditamos que 2007 será um ano importantíssimo para a definição de como será esse business, e nós temos uma equipe trabalhando full time nesse assunto, e também é uma prioridade nossa para esse ano.

E o quinto e último é que o mercado espera o crescimento do nosso EBITDA, e nós temos que fazer todas essas ações e dar o crescimento de EBITDA que o mercado espera, o que é de uma complexidade bastante grande, mas que é uma prioridade nossa para esse ano de 2007.

Nós vamos investir, no ano de 2007, nosso Conselho de Administração aprovou, na semana passada, um investimento da ordem de R$78 milhões, incluindo o correio e várias outras coisas. Então é o maior investimento que essa empresa

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jamais fez, é um investimento muito relevante, muito grande. Nós temos como fazer esse investimento com praticamente nenhuma alavancagem de longo prazo, nós vamos fazer esse investimento com nosso próprio caixa e geração de caixa, nós pretendemos continuar pagando dividendos a cada trimestre, na ordem de R$0,10/ação a cada trimestre, e nós pretendemos continuar fazendo isso.

Então, como vocês podem ver, é um ano muito importante para nós, que vem pela frente, mas que nos permitirá conduzir essa empresa por novos caminhos, caminhos mais sofisticados, caminho de tecnologias mais sofisticadas, com serviços de maior valor agregado para os nossos clientes. Nós estamos muito otimistas, acreditamos que a abertura de capital, de uma certa maneira, nos permite dar esse passo, é um passo audacioso, mas nós estamos bastante confiantes, e é só isso. Agora fico à disposição de vocês para qualquer pergunta. Luis Otávio, Credit Suisse:

A primeira pergunta que eu tenho tem dois pontos: primeiro, com relação ao smart card que vocês vão começar a vender aí, vocês próprios - vocês têm uma idéia de qual poderia ser o volume de vendas do smart card para vocês sem a joint venture da GBN? E o segundo ponto, com relação a essa reestruturação de fábrica, vocês falaram que não está finalizado ainda o estudo, mas vocês têm alguma idéia do tipo de ganho, de redução de custos que vocês podem ter com essa realocação? Obrigado.

American BankNote:

Bom, Luis Otávio, boa pergunta. Você, como sempre, com a percepção perfeita do nosso business. Bem, o smart card, eu não vou te dar os números por uma questão que é o seguinte: tem muitos tipos de smart card. Mas, mais ou menos, você pode dividir em três businesses: um business, que é o contactless, para transporte público, que nós, seguramente, vamos estar dentro. O outro business é o cartão que se chama ‘com contato’, para a área bancária, que nós, seguramente, vamos estar dentro. E o terceiro business, que é o maior business de todos, que é o SIM cards, que é um cartão para telefone celular, que nós estamos em uma dúvida enorme, porque as empresas que estão fazendo isso hoje não estão ganhando dinheiro. Mas então, se elas não estão ganhando dinheiro, por que a gente gostaria? A gente gostaria de estar, porque a gente acredita que vai haver, lá na frente, uma convergência de pagamentos entre o celular e os bancos, e o SIM card é um fator importante.

Por outro lado, como é que eu vou chegar para você daqui seis meses e dizer que eu perdi R$5 milhões nisso aí? Então, é muito complicado. Nós estamos sem ainda saber, estamos conversando com um monte de gente, nós só pudemos conversar oficialmente disso no dia 1º de janeiro, por causa do nosso contrato, então é cedo ainda para a gente ter uma posição; então eu não vou te dizer o número, porque esse número muda radicalmente com a entrada dos SIM cards, que é o maior volume hoje produzido e vendido no Brasil, disparado, SIM cards é 80% do mercado. Então, essa decisão... Mas, eu prometo a vocês que, quando

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A questão das fábricas, nós sabemos algumas coisas com certeza. Nós sabemos que vamos aumentar Sorocaba. Nós sabemos que nós vamos diminuir Barueri. Sabemos que existe uma economia mínima de R$5 milhões somente com esse movimento. Nós podemos acelerar isso, e envolver outros fatos que nós vamos, mais dia, menos dia, fazer, mas não sei se vamos fazer esse ano, nós temos questões trabalhistas complexas. Então, para te responder, eu diria R$5 milhões. Respondi?

Luis Otavio:

Está certo, obrigado. E só uma coisa, Barueri só diminui, ou vocês querem realmente acabar com ela?

American BankNote:

A gente vai te responder isso mais tarde. Luis Otavio:

Está certo, obrigado. Operadora:

Não havendo mais perguntas, gostaria de passar a palavra para a Companhia para as suas considerações finais.

American BankNote:

Eu queria agradecer o apoio que vocês têm dado a nossa empresa, queria dizer que nós continuamos em uma política de full disclosure, que é falar tudo que a gente pode falar desde que não prejudique a empresa, desde que não passemos informação para concorrentes que a gente não quer passar. Mas o Carlos Affonso e o Sylio estão à disposição de vocês sempre, a qualquer momento, para explicar o que acontece com a nossa empresa, e, de uma maneira geral, esse primeiro ano que a gente é uma empresa de capital aberto, eu acredito que nós conseguimos manter com a comunidade de investidores uma relação franca e aberta, e isso é muito importante para nós, que a gente mantenha essa relação. Estamos à disposição de vocês, e muito obrigado.

Operadora:

A teleconferência da ABnote está encerrada. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia.

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