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Crédito Tributário e suas formas de lançamento. Rubens Kindlmann

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(1)

Crédito Tributário e suas

formas de lançamento

(2)

Ementa

Crédito Tributário e suas formas de

lançamento – constituição definitiva do

crédito tributário, lançamento de ofício,

declaração

e

homologação.

Arbitramento na constituição do crédito

tributário. Prazo de homologação dos

tributos lançados nesta modalidade.

Estudo de casos práticos.

(3)

O Crédito

Tributário

O crédito tributário decorre da obrigação

principal e tem a mesma natureza da obrigação principal

O crédito tributário é o nome que se dá à

formalização da obrigação tributária

principal depois que esta se torna líquida, certa e exigível por meio do lançamento

(4)

Lançamento

Art. 142, CTN

Ato Privativo da Autoridade Administrativa

 É a forma como se constitui o crédito tributário (via ato administrativo)

Verifica a ocorrência do Fato Gerador

Determina a matéria tributável

Calcula o montante devido

Identifica o sujeito passivo

Se o caso, propõe a aplicação da penalidade

(quando é o caso de aplicação de multa)

É ato vinculado e obrigatório, sob pena de

(5)

O lançamento

e a data do

Fato Gerador

Art. 144, CTN

O lançamento se reporta à data do Ocorrência

do Fato Gerador. Mesmo que posteriormente

alterado ou revogado, mas a lei nova se aplica

no que tange aos novo critérios de apuração ou

processo de fiscalização, como determina o

§1º.

(6)

Lançamento

por Declaração

Art. 147, CTN

 Implica na prestação das informações pelo

contribuinte ao Fisco. Sem essas informações a

Administração desconhece, a princípio, a

ocorrência do Fato Gerador. Após a ciência dada pelo sujeito passivo é que a Administração publica calcula o valor do tributo tornando-o exigível

 O Contribuinte noticia ter praticado o Fato Gerador e o valor da Base de Cálculo. Somente então é que a fazenda pública tem condição de apurar o valor do tributo

(7)

Lançamento

de ofício

Art. 149, CTN

 É a forma de lançamento que, quando a lei assim

determina, independe da participação do

contribuinte, pois a autoridade possui todas as informações para realizar o lançamento do tributo

 Ou, quando for tributo que demande participação do contribuinte (declaração) não tenha sido feita no prazo e na forma da legislação tributária, ou, quando intimado, o contribuinte não preste as informações ou preste de forma incompleta

Os incisos II a IX tratam das hipóteses de revisão

(8)

Lançamento por

homologação

Art. 150, CTN

Ocorre quando a legislação atribui ao Sujeito

Passivo o dever de antecipar o pagamento,

sem

exame

prévio

da

autoridade

administrativa

devendo,

ainda,

levar

informações à Autoridade Administrativa que

pode, homologar ou não a informação

prestada

O pagamento antecipado + homologação =

(9)

Lançamento

por

homologação

(10)

Lançamento

por

arbitramento

Art. 148, CTN

Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou

preço, sempre que sejam omissos ou não

mereçam as declarações ou os

esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro

legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.

(11)

Lançamento

por

arbitramento

“(...) o arbitramento não constitui uma

modalidade de lançamento, mas uma

técnica, um critério substitutivo que a

legislação permite, excepcionalmente,

quando o contribuinte não cumpre com seus deveres de manter a contabilidade em ordem e em dia e de apresentar as declarações obrigatórias por lei. (...)”

(TRF 4a R., 1a T., AC 2002.04.01014827-6/RS, Rel. Juiz Wellington de Almeida, j. em 29/6/2005, DJ de 20/7/2005,p. 392)

(12)

Lançamento

por

arbitramento

 O pressuposto para que a autoridade fiscal se valha do

arbitramento é a omissão do sujeito passivo, recusa ou sonegação de informação ou a irregularidade das declarações ou documentos que devem ser utilizados para o cálculo do tributo. O fisco deve buscar sempre aproximar-se da realidade econômica da matéria tributável, valendo-se dos meios de pesquisa ao seu alcance.

Somente quando restarem eliminadas todas as possibilidades de descoberta direta da base real do tributo, legitima-se a aferição indireta.

 (TRF4ª Região. APELAÇÃO CÍVEL Nº 2006.72.15.000601-6/SC. RELATOR: Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK. 02.06.2010)

(13)

Caso

Suponha que determinado contribuinte tenha

deixado de realizar a declaração de imposto de

renda da pessoa jurídica, em clara intenção de

omitir da Receita Federal sua receita. Imagine,

ainda, que trabalho de auditoria a Receita

Federal tenha constatado tal omissão. Neste

caso, como se dá o lançamento do Tributo?

(14)

Caso

Fulano de Tal faleceu em 2014. No momento

em que a alíquota de ITCMD de seu estado era

de 4%. A família apenas ingressou com o

processo de inventário em 2017. Quando da

partilha, constatou-se que a alíquota vigente

era de 7%. Neste caso, qual a alíquota que se

deve recolher?

(15)

Caso

Suponha que determinado contribuinte tenha

auferido receitas ao longo de determinado

período e que tenha, em razão dessas receitas,

prestado todas as informações pertinentes, de

modo que a Fazenda Publica tivesse ciência de

todos os rendimentos. Em que pese as

informações prestadas corretamente, o ente

publico

constatou

a

inadimplência

do

contribuinte. Neste caso, quais as implicações

do lançamento?

(16)

Garantias e Privilégios do

CréditoTributário

(17)

Garantias e

Privilégios

“Por garantias devemos entender os meios jurídicos assecuratórios que cercam o direito subjetivo do estado de receber a prestação do tributo. E por privilégios, a posição de superioridade de que desfruta o crédito tributário, com relação aos demais, excetuando-se os decorrentes da legislação do trabalho”

(CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 27ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 517)

(18)

Art. 183, CTN

Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário

não exclui outras que sejam

expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram.

(19)

Garantias

ARROLAMENTO DE BENS

 Lei 9532/97. Art. 64, 64-A e 65

 IN 1565/2015 – RFB

 A autoridade fiscal pode arrolar (administrativamente) os bens e direitos do sujeito passivo quanto os créditos tributários em que for responsável, com valor superior a R$ 2.000.000,00 for superior a 30% do patrimônio conhecido

MEDIDA CAUTELAR FISCAL

 Lei 8397/92

 Através da medida os entes podem buscar acautelar seus créditos quando o sujeito passivo pratique atos que dificultem/impeçam a satisfação

(20)

Art. 184, CTN

Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os

gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja

qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e

rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

(21)

Impenhorabilidade

Relacionados no art. 833, CPC

Não se aplica o inciso I do art. 833, CPC

Art. 833. São impenhoráveis:

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

(...)

Bem de família

(22)

Presunção de

Fraude

Art. 185. Presume-se fraudulenta a

alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito

tributário regularmente inscrito como

(23)

“Se o sujeito passivo, tendo o débito em execução, aliena bens ou rendas, a presunção legal de fraude torna ineficaz o ato praticado, não importando se o devedor praticou a título oneroso ou gratuito”

(AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 144)

Presunção de

Fraude

(24)

Pela presunção absoluta de fraude:

“(...) 2. Nos termos do art. 185, CTN, com a redação da Lei Complementar 118/2005, a natureza jurídica do crédito tributário conduz a que a simples alienação de bens pelo sujeito passivo por quantia inscrita em dívida ativa, sem a reserva de meios para a quitação do débito, gera presunção absoluta de fraude à execução (...)

(STJ, 2ª T. AgRg nos Decl no Resp 1370284/PR, Rel. Min. Humberto Martins, out. 2013)

Presunção de

Fraude

(25)

Pela presunção relativa de fraude:

“(...) trata-se de presunção relativa, que somente poderá ser afastada mediante prova inequívoca de que a alienação ou seu

começo não configura fraude. Há

necessidade de que reste demonstrado que o devedor tinha ciência da inscrição do débito em Dívida Ativa “

(Regina Helena Costa. Curso de Direito Tributário, 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 323)

Presunção de

Fraude

(26)

Presunção de

Fraude

Art. 185 (...)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

(27)

Garantia

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não

pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de

seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio

eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência

de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.

§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor

total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.

§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata

o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido.

(28)

Indisponibilidade

A indisponibilidade não impede o uso e a fruição dos bens e pode até ser oferecido em garantia de outras dívidas, mas o que não se permite é a alienação dos bens. Eventual alienação é ineficaz

Sumula 560, STJ. A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento

das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica

caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran.

(29)

Bloqueio on line

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. BACEN-JUD (PENHORA ON LINE). ART. 185-A DO CTN. POSSIBILIDADE DE BLOQUEIO DE ATIVOS FINANCEIROS EM DEPÓSITO DESDE QUE O EXECUTADO, VALIDAMENTE CITADO, DEIXE DE PAGAR A DÍVIDA OU NOMEAR BENS PASSÍVEIS DE PENHORA. PRECEDENTE: RESP. 1.044.823/PR, REL. MIN. FRANCISCO FALCÃO, DJE 15.09.2008. AGRAVO REGIMENTAL DA FAZENDA NACIONAL DESPROVIDO.

1. O entendimento desta Corte Superior orienta-se no sentido de que

apenas o executado validamente citado que não pagar nem nomear bens à penhora é que poderá ter seus ativos financeiros bloqueados por meio do sistema conhecido como BACEN-JUD, sob

pena de violação ao princípio do devido processo legal

2. A constrição de ativos financeiros da executada por meio do Sistema Bacen Jud depende de requerimento expresso da

exequente, não podendo ser determinada ex officio pelo magistrado.

Inteligência do artigo 655-A do Código de Processo Civil. 3. (...)

4. (...)

(30)

Preferências

Ressalvados os créditos trabalhistas e os relativos aos de acidente de trabalho, nenhum outro tem preferencia ao Crédito Tributário (art. 186, caput), exceto em caso de falência.

“(...) É pacífica a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que, com exceção dos créditos de natureza trabalhista, os créditos de caráter tributário preferem todos os demais.”

(31)

Preferências

na falência

Art. 186(...)

I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado;

(32)

Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:

I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e

créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência;

II – quantias fornecidas à massa pelos credores;

III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e

distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência;

IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida

tenha sido vencida;

V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.

Preferências

na falência

(33)

Art. 186 (...) (...)

II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e

Lei 11.101/05 (lei de Falências)

Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:

I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;

Preferências

na falência

(34)

Art. 186 (...) (...)

III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.

Lei 11.101/05 (lei de Falências)

Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:

(...)

VIII – créditos subordinados, a saber:

a) os assim previstos em lei ou em contrato;

b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.

Preferências

na falência

(35)

Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento.

Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:

I - União;

II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;

III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

Preferências

na falência

(36)

Contatos

Professor Rubens Kindlmann

Kindlmann

Referências

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