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15 Micro-reflexões para desenvolver uma COMUNICAÇÃO mais APRECIATIVA

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Academic year: 2021

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15 Micro-reflexões  

para desenvolver  

uma  

COMUNICAÇÃO ​mais​ APRECIATIVA 

de Pedro Consorte 

 

Foto incrível de Mohamed Mahdy 

 

(2)

 

 

Micro-reflexão 1 

 

Eu lembro da angústia de vários momentos da minha vida que eu tentei decorar textos  para falar em testes de propaganda, peças de teatro, gravações de vídeo. 

Mas sempre achei muito difícil. Me achava péssimo. Sempre fiquei mal com isso.  Acho difícil lembrar de textos. Mesmo quando toca uma música, eu não costumo prestar 

atenção na letra. Nunca lembro as letras das músicas. 

Às vezes, acontece assim: eu já ouvi a música várias vezes mas nem sei o que a letra diz.  E recentemente o pessoal do SESC me pediu para gravar alguns vídeos de divulgação dos 

encontros que eu estou mediando. 

E por mais que dê trabalho, foi uma oportunidade de olhar para isso e parar de ficar  repetindo para mim mesmo essa história sobre mim. 

“Eu tenho dificuldade de memorizar textos”  é tipo um mantra inconsciente. 

Mas foi libertador perceber isso e perceber também que as dificuldades vão diminuindo  quando a gente olha pra elas e decide ir desenvolvendo essas capacidades aos poucos. 

As histórias que contamos sobre nós mesmos para nós mesmos podem ser muito  aprisionadoras dos nossos aprendizados. 

Quando pensamos na palavra “comunicação” muitas vezes esquecemos que existe uma  comunicação interna. 

 

(3)

 

 

 

Micro-reflexão 2 

 

De onde tirar energia para continuar? De onde vem a inspiração para seguir em frente?  A pesquisa sobre uma forma mais apreciativa de ver a vida, de me comunicar com os 

outros e comigo mesmo, é o que me ajuda a ter energia para continuar.  Isso não quer dizer que vamos ignorar as dores. Pelo contrário. 

Isso quer dizer que vamos apreciá-las, no sentido de reconhecer o que elas estão nos  ensinando sobre nós mesmos. 

A dor precisa de apreciação. 

Se a dor só encontra negação e apego, isso vira uma experiência tóxica, destrutiva.  Apreciar a dor não é se acostumar com ela ou se conformar. 

É abrir espaço para ela existir com dignidade e cultivar um olhar construtivo a partir disso.   

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Micro-reflexão 3 

 

Como conseguir respirar no meio do caos? 

Às vezes, tenho a sensação de que o mundo vai de mal a pior.  Sou bombardeado de notícias negativas todo dia. 

E inconscientemente vai sendo construída uma história pessimista sobre a vida.  Essa história muitas vezes me leva a acreditar que está tudo ruim. 

Mas, quando eu consigo identificar que, dependendo da história que eu conto para mim  mesmo, a minha experiência muda, isso me ajuda muito. 

Não se trata de um otimismo ingênuo e sim de um realismo construtivo. 

Nós precisamos de estratégias para conseguir apreciar a vida e encontrar um sentido para  ela diariamente. 

É por isso que o olhar apreciativo pode nos ajudar a seguir em frente.   

(5)

Micro-reflexão 4 

   

Quanto mais apreciação, menos consumo. 

Percebi recentemente que o consumo me chama exatamente para a sensação de que me  falta algo. 

É na sensação de falta que o consumo invade a minha vida.  Está sofrendo? Quer ser mais feliz? Compre esse produto. 

Mas, como disse o grande Paulo Freire, nós podemos nos libertar, quando reconhecemos  que a sensação de incompletude faz parte da vida e que ela não é necessariamente um 

problema. 

Só que nós vivemos em um contexto que está sempre nos empurrando em direção a  soluções rápidas para lidar com o desconforto. 

Fórmulas mágicas, promessas irresistíveis. 

Pouca gente diz: estou aprendendo a acomodar o desconforto e isso é libertador.  O ambiente cultural em que vivemos não nos estimula a pensar assim. 

Mas ainda é possível criar espaços para cultivar outras práticas. 

Você já parou para pensar em quanto que os ambientes que você frequenta influenciam na  sua vida? 

Por isso que, para mim, está cada vez mais importante criar espaços coletivos para  conseguir apreciar a incompletude. 

Se essa fosse uma habilidade que eu tivesse que desenvolver sozinho, pra mim seria muito  mais difícil. 

É por isso que a minha estratégia é criar experiências para praticar junto e fortalecer essa  musculatura tão necessária nos dias de hoje. 

Aprender a apreciar a incompletude é questão de sobrevivência.   

(6)

 

Micro-reflexão 5 

 

Já parou para pensar em quanto que a historia que você conta sobre você mesm@ afeta as  suas relações? 

A forma de contar uma história nunca é genérica ou imparcial, porque a gente sempre  tende a pintar uma narrativa com personagens e relações específicas. 

Isso obviamente não acontece apenas com as histórias individuais. Acontece também com  as histórias que são vividas coletivamente. 

Afinal, foi golpe ou não foi golpe? O Brasil foi descoberto ou foi invadido? Foi ditadura ou  Revolução de 64? Canudos foi Revolta ou Revolução? 

Toda história que contamos sobre nós mesm@s ou sobre os outros são apenas alguns  aspectos que decidimos amarrar, em forma de narrativa, a partir de muitos fatos e 

acontecimentos. 

Quando eu me digo “sou um burro mesmo”, “de novo errei nisso”, “tenho dificuldade de  fazer isso”, isso não deixa de ser uma forma de contar uma história sobre mim mesmo.  E estamos sempre contando histórias, mas nem sempre temos consciência sobre elas.  E a falta de consciência sobre as histórias que contamos ou que são contadas para nós 

muitas vezes nos aprisiona. 

Por isso, pode ser muito libertador observar a maneira que a gente anda contando essas  histórias, porque isso influencia não só o entendimento que temos das relações mas 

também estimula a maneira que a gente vai se relacionar no futuro.  Uma pergunta que tem me ajudado a cultivar esse tipo de consciência é: 

As histórias que estou contando sobre mim mesmo são apreciativas ou autodestrutivas?  Essa consciência tem me ajudado a cultivar um olhar mais apreciativo sobre mim mesmo e 

sobre os outros.   

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Micro-reflexão 6 

 

Quantas vezes vivemos um conflito entre expectativas e realidade? 

Já me vi em situações que queria muito viver mas, ao mesmo tempo, estava tão estressado  que não conseguia aproveitar. 

Outras vezes, alcancei uma coisa que queria muito e me vi frustrado pelo fato de aquilo  não ser exatamente do jeito que eu tinha imaginado. 

E aí começa uma briga interna. 

É como se eu ficasse refém da minha própria frustração. 

É como se eu caísse numa armadilha mental e ficasse preso à ela, repetindo pra mim  mesmo uma história tóxica que não me ajuda a ter um olhar construtivo para seguir em 

frente. 

Mesmo que ninguém à nossa volta perceba, esse pode ser um conflito interno que nos  angustia de uma forma bem solitária. 

Mas podemos ter mais apoio, principalmente quando pertencemos a redes de pessoas que  cultivam práticas para lidar com esse estresse de forma mais saudável. 

Na Grécia, eu aprendi uma expressão que diz: quando os humanos fazem planos, os deuses  dão risada. 

A nossa cultura nos diz para sempre ter um plano certeiro e estar no controle, mas não nos  ensina caminhos para lidar com a vida quando ela está desmoronando. 

É por isso que o olhar apreciativo pode nos ajudar a acomodar desconfortos e fazer  limonadas com os limões que aparecem no caminho. 

Como disse Victor Frankl, um neuropsiquiatra austríaco que viveu a experiência dos  campos de concentração nazistas: 

Uma das capacidades mais libertadoras é aprendermos que temos escolha para lidar com  as situações que acontecem na nossa vida. 

 

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Micro-reflexão 7 

 

Pode parecer um pouco contraditório o que eu vou falar, mas eu estou cansado de ver por  aí gente dizendo que precisamos encontrar uma hora do dia para praticar autocuidado, 

descansar e apreciar mais a vida. 

O que eu vejo pouca gente dizendo é que essa responsabilidade não é apenas uma  responsabilidade individual. 

Se a gente vive num contexto social de desigualdade financeira, de gênero, de raça, de  classe.. isso também é informação essencial para incluir nessa equação. 

Não vejo sentido em recomendações genéricas que não podem ser aplicadas aos vários  estilos de vida que temos na sociedade hoje. 

Acho até injusto que certas recomendações de práticas de autoconhecimento sejam feitas  da mesma forma, tanto para pessoas privilegiadas quanto para pessoas que estão em  situações de vulnerabilidade, porque elas terão condições totalmente diferentes de olhar 

para aquilo. 

Você já reparou no quanto a nossa cultura costuma despejar responsabilidades em cima de  nós que na verdade seriam responsabilidades coletivas? 

Criar uma lista de responsabilidades exclusivamente individuais é muito fácil de fazer, mas  e os espaços coletivos para articular mudanças que possam nos ajudar a conseguir ter mais 

condições para praticar o autocuidado? 

A responsabilidade pelo equilíbrio do sujeito é do sujeito, com certeza, mas também é do  contexto do qual ele faz parte. 

 

(9)

 

Micro-reflexão 8 

 

Por que nos tornamos violentos? 

Existem obviamente muitos fatores mas 3 dos principais são:  1) A competição por recursos. 

2) Situações de desigualdade.  3) Repertório para lidar com conflitos. 

E isso acontece não só em guerras e em conflitos armados mas também dentro de casa e  no trabalho. 

A violência causada pelo pensamento que transforma o outro em inimigo pode acontecer  de várias formas, não só fisicamente. 

Quando eu deprecio alguém de alguma maneira, eu também posso estar sendo violento.  Quantas situações vivemos diariamente nas quais vivemos ou, inconscientemente, 

exercemos algum tipo de depreciação? 

E, muitas vezes, a auto depreciação também se torna uma violência invisível que a gente  automatiza como sociedade. 

Essa é uma cultura que pode mudar e está mudando, mas, quando não fazemos parte  desses círculos de mudança, pode parecer que é apenas uma utopia. 

Sonho com um mundo com cada vez mais círculos que cultivem a prática da apreciação das  relações principalmente em momentos de discordância e de conflito. 

 

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Micro-reflexão 9 

 

Se você me acompanha há um tempo, sabe que eu sempre estou envolvido com práticas  cooperativas, relações sustentáveis, autoconhecimento. 

E, principalmente nos últimos 6 anos, eu mergulhei bastante nessa tal de Comunicação  Não-Violenta. 

Só que eu percebi, especialmente depois desse ano difícil de 2020, que pode ser muito  fácil sentir que as coisas vão de mal a pior. 

E, pra ser sincero, eu nunca fui daquelas pessoas solares, que estão sempre sorrindo e  vendo facilmente o lado bom da vida..muitas vezes só vejo o que fiz de errado, as coisas 

que os outros fazem e que me incomodam. 

E nesse momento, tanto a sensação de angústia global, quanto a dificuldade de conexão  em certas relações, tudo isso junto com uma sensação de confusão interna, podem deixar 

a gente realmente sem perspectivas. 

Sei bem disso porque trabalho voluntariamente há algum tempo oferecendo apoio  emocional para pessoas que perderam totalmente a esperança e o sentido da vida, no 

trabalho com o CVV (Centro de Valorização da Vida). 

Então, depois de um ano tão difícil para tanta gente, eu comecei a pesquisar mais  especificamente o lado apreciativo da Comunicação Não-Violenta, até porque nunca vi 

ninguém falando especificamente sobre isso. 

Mesmo nos treinamentos internacionais de CNV que eu fiz, nunca vi uma abordagem  dessa, mas são questões tão básicas, não são? 

Como encontrar energia para continuar depois de conflitos tão intensos?  Como lidar com conflitos internos e externos de uma forma apreciativa e construtiva? 

E não se trata apenas de diálogos internos. 

Você sabia que um dos maiores problemas de relacionamento pessoal e profissional é a  falta de apreciação, reconhecimento e valorização do outro? 

Joga “falta de reconhecimento, pesquisas” no Google pra você ver. 

Foi depois que eu comecei a olhar para esse assunto, que percebi que a apreciação não  está na moda, até porque somos bombardeados todo dia com notícias terríveis que 

deixam a gente com ansiedade e desânimo.  Não falta motivo para a gente ficar mal, não é mesmo? 

É por isso que desenvolver essa capacidade apreciativa é tão importante nesse momento.  Acredito que aprender a apreciar é urgente. 

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Micro-reflexão 10 

 

Não acredito que apreciar a vida dependa apenas da força de vontade.  É uma capacidade cognitiva, que precisa ser praticada regularmente. 

Por isso, resolvi compartilhar essas práticas que andei investigando nos últimos tempos,  não só como uma forma de mostrar para outras pessoas essas ideias preciosas que  descobri, mas também como uma forma de criar mais condições para eu mesmo continuar 

fortalecendo essa musculatura. 

Recentemente, um amigo meu se suicidou. E essa foi uma oportunidade de eu colocar à  prova a minha capacidade de olhar o mundo com um olhar apreciativo. 

Isso não quer dizer ver só o lado bom das coisas, mas quer dizer reconhecê-las e ver o valor  que elas têm. A apreciação pode trazer sentido à vida. 

Outro dia, eu vi uma entrevista do Viktor Frankl, um psiquiatra austríaco, que sobreviveu  aos campos de concentração, e ele dizia que “desespero é sofrer sem sentido” e que 

podemos “transformar a tragédia em triunfo”.  A partir dessa entrevista, me veio a seguinte pergunta:  O que eu escolho fazer, a partir daquilo que acontece comigo? 

 

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Micro-reflexão 11 

 

Eu mesmo, quando penso nos momentos que me descontrolei com outras pessoas ou  comigo mesmo, se tivesse uma arma, talvez teria acontecido uma tragédia.  Precisamos de ambientes seguros para acolher nossos desequilíbrios e para transformar 

nossos conflitos numa perspectiva construtiva. 

Por isso, tento criar e fazer parte de ambientes que me estimulem a ser uma pessoa menos  perigosa para mim mesmo e para a sociedade. 

Todo mundo explode de raiva ou de desespero, mas se você tem uma arma em casa, isso  pode realmente virar uma tragédia. 

A cada 60 minutos, uma criança ou um adolescente morre no Brasil por causa de  ferimentos por arma de fogo. 

Além disso, a cada 3 dias, uma criança é internada por acidente doméstico com arma.  No caso das internações, 26% são de acidentes e 67% por tentativas de homicídio.  Mas muitos de nós acabam comprando armas baseados em ilusões. “Vou me defender,  quando um bandido tentar entrar aqui.” Ou “Preciso garantir minha segurança, já que o 

estado não garante.” 

Só que, quando pensamos dessa forma, geralmente não estamos considerando os  imprevistos: tanto os acidentes quanto as situações de desequilíbrio 

psicológico-emocional. 

Se criamos um ambiente que nos oferece um acesso tão fácil a uma ferramenta  extremamente letal, isso aumenta muito as chances de dar merda. 

Sonho com o dia de ver muitos círculos que nos ajudem a lidar com conflitos de uma  maneira mais apreciativa. 

E desejo que você também possa cultivar esses círculos na sua vida.   

   

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Micro-reflexão 12 

 

Apreciar é concordar com tudo? 

Para mim esse é um processo de construção e de entendimento desse conceito até porque  existem vários entendimentos. 

Eu não entendo a prática de apreciar como uma prática de concordar com tudo, até porque  tudo é bastante coisa né? 

Mas vejo essa prática como uma capacidade que desenvolvemos para ver a vida de um  ponto de vista construtivo e assim termos mais energia inclusive para investir nas 

mudanças que queremos ver acontecendo no mundo. 

Acredito que se vejo experiências passadas como fontes não apenas de dor mas também  de valor, no sentido de aprender com elas, isso me ajuda a ter mais condições seguir em 

frente focando em um caminho construtivo de me relacionar com as outras pessoas.   

 

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Micro-reflexão 13 

 

Como controlar os impulsos destrutivos? 

Sei que não tenho controle sobre muita coisa nessa vida. 

Mas tenho algum controle sobre como eu enxergo as situações e isso pode ser  extremamente libertador. 

Dependendo das práticas que eu cultivo na minha vida e dependendo dos círculos dos  quais eu faço parte, eu consigo ter mais controle sobre como quero enxergar certas 

situações. 

Cada vez mais, eu consigo, ter alguma influência sobre os significados que eu escolho dar  para cada momento, mesmo que eu esteja passando por momentos desafiadores.  Nessa jornada de investigação sobre como se comunicar de maneiras mais apreciativas, eu 

percebo que posso tanto escolher como reagir a cada situação, quanto qual o tipo de  energia que vou cultivar dentro de mim para me relacionar com os outros e comigo 

mesmo. 

E isso vai influenciando, consequentemente, a maneira que eu reajo a cada situação.  Não estou dizendo que é fácil, só estou dizendo que, conforme eu trabalho cada vez mais  essa musculatura, individualmente e coletivamente, vou ganhando mais condições para me 

tornar menos refém de mim mesmo e daquilo que acontece comigo.   

   

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Micro-reflexão 14 

 

Como praticar a felicidade, mesmo durante momentos difíceis? 

É possível que você já tenha visto alguém em uma situação vulnerável que parecia muito  mais feliz do que muita gente cheia de privilégio. 

Isso não é louco? 

Eu já vi e fiquei me perguntando isso mesmo. 

Será que a capacidade de apreciar a vida não é um músculo que a gente precisa trabalhar?  A minha experiência com isso me diz que sim. 

Quanto mais eu pratico apreciar a vida através de práticas individuais e coletivas, mais eu  percebo que isso realmente é uma questão cognitiva também. 

Os nossos pensamentos e percepções ficam viciados em certos circuitos e a tendência  deles é continuar operando na lógica que já vinham operando antes. 

Você conhece alguém que, quando você encontra essa pessoa, geralmente ela te conta  algo de ruim que aconteceu, ou como ela foi vítima de uma situação injusta, mais uma vez? 

A inércia é um fenômeno muito forte dentro daquilo que a gente transforma em rotina e  em hábito. 

Mas os hábitos também estão dentro das nossas cabeças, dentro do jeito de pensar.  Por isso, a prática da apreciação não é necessariamente uma questão de instinto e sim de 

hábito. 

Quanto mais praticamos, mais conseguimos realizar. 

Quanto mais fazemos partes de círculos apreciativos, mais isso se torna acessível à nossa 

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Micro-reflexão 15 

 

O que fazer quando a nossa energia apenas cai e nunca volta? 

É comum a vida seguir para lados que não cuidam das nossas necessidades e, assim, sem  perceber, a gente vai vivendo um estilo de vida que apenas drena a nossa energia, sem ter 

alguma fonte de recarga. 

Se eu te perguntasse agora “O que te dá energia?” Ou “O que drena sua energia?”, o que  você me responderia? 

Essas são duas perguntas que podem parecer bobas, mas, na correria do dia a dia, muitas  vezes, esquecemos de olhar para elas. 

Todas as vezes que eu propus uma reflexão dessas nos meus cursos, foi surpreendente ver  as pessoas se dando conta de que estavam sentindo falta de certas coisas nas vidas delas e 

não estavam nem conscientes disso. 

Talvez a inércia do dia a dia vai empurrando a gente de uma forma inconsciente para seguir  tocando o barco, sem nos darmos conta de que estamos nos distanciando das coisas que 

recarregam a nossa vontade de viver, a nossa fonte de inspiração. 

E, ao se distanciar disso, podemos também estar caminhando para direções muito  desafiadoras, vivendo de uma forma totalmente sem sentido, amortecida. 

Mas, ao me perguntar “que tipo de ambientes ou relações me energizam?” Isso me ajuda a  ter mais lucidez sobre o que me ajuda a continuar vivendo de maneira mais energizada.  Ao mesmo tempo, quando me pergunto “que tipo de ambientes ou relações me drenam  energia?” Isso pode me ajudar a me dar conta dos desequilíbrios que estão vivos na minha 

vida. 

Se a entrada e saída de energia estão muito discrepantes, muito desequilibradas, isso pode  ser um problema. 

Mas, se eu ganho consciência desses desequilíbrios, isso pode ser um passo importante em  direção a cuidar do que precisa ser cuidado. 

 

(17)

   

Olá, eu sou o Pedro e, hoje em dia, eu atuo como consultor de Comunicação voltada para a        Facilitação de Grupos, a Inteligência Emocional e para o Desenvolvimento Humano. Em        outras palavras, eu compartilho ideias e caminhos para as pessoas se relacionarem, através        de formas mais construtivas de se comunicar. 

Currículo 

Facilitador de grupos há mais de 18 anos, trabalhou em 15 países (América do Sul, América        do Norte, Europa, Ásia e África). Tem Foundation Course em Música (CCCU, Inglaterra),        Graduação em Comunicação das Artes do Corpo (PUCSP), Pós-Graduação em Pedagogia da        Cooperação e Metodologias Colaborativas (UNIP), Mestrado em Comunicação e Semiótica        (PUCSP). 

É ex-performer do espetáculo internacional STOMP (Londres), co-fundador do projeto        Música do Círculo (música e conexão humana), co-fundador do Festival da Empatia (online),        fundador do coletivo Colabora Corona, é professor convidado na Pós-Graduação em        Pedagogia da Cooperação, com treinamento internacional pelo CNVC (Center for        Nonviolent Communication), e é voluntário no CVV (Centro de Valorização da Vida) que        oferece apoio emocional no Brasil inteiro. 

 

Contato: ​pedroconsorte@hotmail.com  

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