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2.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO. 2.1 Poços de Gás e de Petróleo PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO NO ÂMBITO DO APP E PROJECTO DE PRODUÇÃO DE GPL: RELATÓRIO DA AIA

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2.0

DESCRIÇÃO DO PROJECTO

A Secção 2 descreve o projecto proposto. Devido à semelhança entre os poços e linhas de fluxo para o gás

e para o petróleo, estes encontram-se descritos nas mesmas subsecções com referência às diferenças

relevantes, onde aplicável. O 5º Trem de Processamento de Gás e a Planta de Produção de Líquidos e de

GPL no âmbito do APP encontram-se descritos separadamente nas subsecções a seguir.

2.1

Poços de Gás e de Petróleo

A Figura1-3 ilustra a localização dos poços de gás e de petróleo no âmbito do APP e das linhas de fluxo

associadas. A Tabela 2-1 apresenta um resumo da informação relevante relativamente ao desenho,

construção e funcionamento dos poços.

Tabela 2-1: Requisitos aplicáveis ao Desenho, Construção, Colocação em funcionamento e

Exigências Operacionais relativos aos Poços de Gás e de Petróleo integrados no âmbito do APP

Desenho e Fase Operacional

Número de Poços Com relação à componente de Produção de Gás no âmbito do APP: Cinco poços novos de

produção na área de Temane, a sul, oeste e a norte da CPF; e um poço existente a este do Rio Govuro (Temane 19A).

Com relação à componente de Petróleo no âmbito do APP: Dez poços novos de produção

de petróleo e um poço de recolha de dados no campo de Inhassoro (não ligado à CPF), para além dos dois poços já existentes (I-9z e I-4).

Localização Consultar a Figura 1-3. O posicionamento dos poços foi determinado com base em estudos preliminares de engenharia e podem estar sujeitos a algumas alterações durante as investigações detalhadas sobre o desenho. A localização de três dos poços ainda está por determinar e não se encontra ilustrada na Figura 1-3.

Fluidos dos Poços O condensado é obtido após a transformação de um hidrocarboneto gasoso num estado líquido devido a uma descida de pressão ou de temperatura. Não existem somente campos de gás mas também campos de condensado de gás na subsuperfície. Quando a pressão e a temperatura diminuem como resultado da perfuração de um poço, forma-se o condensado do gás que é uma mistura de hidrocarbonetos líquidos separados do gás.

Por regra, este fluido é transparente, mas a cor pode mudar de um amarelo-palha para um amarelo amêndoa devido às misturas adicionadas com petróleo, dependendo do campo e da profundidade de onde este foi extraído. O condensado de gás é por vezes designado por “petróleo branco”.

Fonte: http://www.gazprominfo.com/articles/condenced-gas/

De um ponto de vista não técnico e para fins da AIA, existe muito pouca diferença entre o condensado produzido nos poços de gás de Temane e o petróleo a ser produzido nos poços de petróleo de Inhassoro. A diferença principal tem a ver com a quantidade do líquido (condensado / petróleo) produzido pelo poço. O condensado de Temane que é produzido presentemente situa-se no extremo de cor mais ligeira do espectro de cores ilustrado acima – o ‘petróleo’ de Inhassoro pode ter uma tonalidade mais escura.

(2)

Desenho e Fase Operacional

Desenho do Poço O desenho do poço será semelhante aos poços pré-existentes em Temane e em Pande, com uma infra-estrutura de superfície constituída por uma cabeça do poço (ou ‘árvore de natal’) centrada na área do poço. Os poços são tipicamente perfurados a uma profundidade entre 1,800 m e 2,200 m. O revestimento dos poços é cimentado a fim de evitar a

contaminação cruzada dos aquíferos da superfície com hidrocarbonetos. Tanto os poços verticais como os horizontais podem ser construídos de forma a melhor explorar as formações que contêm gás ou petróleo. As ligações, com isolamento de válvulas, serão providenciadas através da instalação de um ‘pig’ temporário de lançamento ou separador de teste, sem necessitar que o poço seja encerrado (no contexto de gasodutos, ‘pigs’ são mecanismos que são transportados por meio de pressão dentro da conduta para desempenhar várias funções de manutenção).

Fotografia 2 1: Área do poço e ‘árvore de natal’ existente em Temane-9 (T-9). As áreas de produção do projecto serão semelhantes a esta. O fluxo de hidrocarbonetos é regulado por meio de válvulas que podem ser colocadas em funcionamento por controlo remoto a partir da CPF a fim de se poder parar o fluxo em caso de emergência

Figura 2-1: Desenho esquemático a ilustrar a perfuração horizontal em formações onde ocorra petróleo e gás. Esta técnica será utilizada em vários locais durante o actual projecto

Requisitos em termos

do terreno Uma área de aproximadamente 100m x 100m desmatada e vedada / com segurança (consultar a Fotografia 2-1). Ventilação durante a

Fase Operacional

Não haverá qualquer descarga para o ar (ventilação) nas cabeças dos poços durante as operações normais – todos os fluidos extraídos, que são essencialmente gás, condensado (ou petróleo) e água, serão canalizados através de linhas de fluxo para a CPF para processamento.

Medidor Os poços serão sujeitos a uma medição a fim de determinar de forma exacta a proporção de líquidos e de gás que fluem para a CPF.

Encerramento em

casos de Emergência Cada poço será equipado com uma válvula de emergência com capacidade para fechar a sala de controlo da CPF. Faseamento (início

das operações de beneficiação)

Previstas para 2018.

Ciclo de vida 25 anos. Fase da Construção

Área de Trabalho durante a Construção

O local de perfuração, que está limitado à área do poço, 100 m x 100 m (Fotografia 2-1). Pessoal de

construção e alojamento

Prevê-se que os requisitos em termos de mão-de-obra atinjam no máximo 125

trabalhadores, sendo 100 trabalhadores para a área de construção (combinação de pessoal recrutado a nível local e externamente) e 25 trabalhadores numa base diária dependendo da distribuição do trabalho. Qualquer alojamento adicional necessário será construído no

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Fase da Construção

acampamento existente do empreiteiro na CPF, que possui os necessários serviços públicos.

Equipamento e Métodos para a Perfuração do Poço

A unidade de perfuração faz a escavação do terreno por fases a fim de permitir a análise do solo e dos sedimentos em cada uma das fases. Os dados e a informação de poços

anteriormente perfurados na região são usados no desenho do novo poço. Os

procedimentos de perfuração são executados em linha com as melhores práticas e padrões internacionais de engenharia e de segurança.

A linha de perfuração rotativa remove as rochas na broca de perfuração em pequenos fragmentos no formato de lascas, conhecidos como ‘aparas’. Estas são removidas da área de perfuração através de fluidos ou ‘lamas’ circulantes de perfuração. Os fluidos constituem uma mistura especialmente formulada de argilas naturais, polímeros, agentes de peso e /ou outros materiais suspensos num meio fluido. Os fluidos de perfuração tanto podem ser à base de água (aquosos) como não aquosos. A finalidade dos fluidos de perfuração é de equilibrar a pressão hidrostática subterrânea, arrefecer a broca da perfuração e remover as aparas rochosas. Os fluidos de perfuração também trazem solo e sedimentos à superfície de forma que estes possam ser analisados.

À medida que a perfuração avança, são inseridos no poço tubos metálicos e um

revestimento. Estes tubos metálicos e o revestimento providenciam apoio estrutural ao poço e são seguros na posição adequada com cimento ou argamassa que preenche as cavidades entre esse revestimento e os lados do poço e impede a contaminação cruzada com os aquíferos de água fresca.

Quando as operações de perfuração indicam a presença de hidrocarbonetos, é tipicamente feito um teste de produção do poço. Este envolve fazer com que hidrocarbonetos fluam para a superfície sob condições rigorosamente controladas para fins de medição dos dados dos fluidos e amostragem e para a avaliação da produtividade da formação. Estes

hidrocarbonetos são eliminados através do chaminé de queima, o que pode levar entre 2 e 4 dias a serem completamente queimados (Fotografia 2-3).

Logo que estes testes sejam finalizados satisfatoriamente, o poço está ‘completo’. A finalização do poço envolve a adição de todo o equipamento necessário para permitir o fluxo do petróleo ou do gás como um ‘poço de produção’. O trabalho é feito com uma plataforma de finalização, muito embora a maior parte das plataformas usadas pela Sasol tenham capacidade para executar a perfuração e os trabalhos de finalização.

A finalização envolve a adição de um revestimento adicional e a construção de crivos ou blocos de areia para controlar o fluxo de areias e o perfurar dos revestimentos. Logo que a perfuração esteja finalizada, são instaladas várias válvulas de segurança subterrâneas e na superfície com controlo remoto e manual. Os poços são protegidos com um revestimento de betão nos lados e no nível subterrâneo do líquido/gás e o revestimento do poço é perfurado de forma a permitir que os fluidos do poço fluam para a superfície. Quando o poço estiver finalizado, este é ligado às linhas de fluxo que canalizam os fluidos para a unidade de processamento.

Fotografia 2-2: Uma plataforma típica de perfuração onde se pode ver o equipamento de perfuração e

infra-Fotografia 2-3: Chaminé de queima durante a realização de testes no poço. Tipicamente a chama arde entre 2 a 4

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Fase da Construção

Poços Infrutíferos Os poços infrutíferos não são comuns. Caso ocorra uma instância de um poço sem resultados, a Sasol segue a directriz OP071, internacionalmente aceite, estipulada pela

British Oil and Gas (2012), Directrizes para a Suspensão e Abandono de Poços. São usados

tampões de cimento para fechar o furo bem como o revestimento superior do poço para fechar completamente o poço. Estes tampões de cimento são submetidos a testes de pressão, a cabeça do poço é removida e o local é reabilitado.

Gestão da

Integridade do Poço A Sasol utiliza um pacote de software designado por Safewells para efectuar a monitorização da integridade de todos os poços em tempo real. Este programa destaca os poços que não estejam em conformidade.

Áreas de estaleiros A área de colocação temporária das condutas e do equipamento na área do poço. Todo o outro equipamento necessário é colocado nesta mesma área.

Fornecimento de

energia eléctrica Gerador a diesel. Abastecimento de

água

Tipicamente são perfurados dois furos de água na pegada de 100 m x 100 m na área do poço. O uso de água é essencialmente para as lamas de perfuração que são reutilizadas, bem como para o abastecimento doméstico dos trabalhadores de construção. O uso médio de água num local típico de perfuração é de 15 m3/dia. Após as obras de construção, estes

poços serão usados para fazer a monitorização da qualidade das águas subterrâneas. Produção de águas

residuais e resíduos sólidos

É produzida uma variedade de resíduos incluindo resíduos domésticos, águas de lavagem da plataforma de perfuração e águas pluviais contaminadas, aditivos, aparas de perfuração, óleos / diesel / fluidos hidráulicos usados, ácidos / surfactantes / solventes de limpeza, baterias, pesticidas, tinta e tambores vazios / de soda cáustica.

Eliminação de Águas Sujas

A eliminação das águas residuais depende da qualidade do efluente que por sua vez é parcialmente determinada pelo tipo de lamas que são usadas durante a perfuração. As águas residuais de perfuração em anteriores campanhas de perfuração da Sasol têm sido eliminadas através da sua aspersão nas estradas de acesso para humedecer as poeiras (Fotografia 2-5).

Eliminação de Lamas Usadas

São usados vários métodos a nível mundial. A eliminação nos poços existentes da Sasol na sua maioria tem sido através da mistura, enterramento e cobertura. As lamas são contidas numa vala escavada na área do poço com um revestimento em plástico grosso. Durante a desactivação da plataforma de perfuração, as lamas são misturadas com o material que foi escavado da vala, usando uma escavadora, e são então cobertas com uma camada de material compactado inerte.

Fotografia 2-4: Remoção e eliminação de resíduos derivados da perfuração – mistura de solo escavado num poço de produção em Temane.

Fotografia 2-5: Reutilização das águas residuais derivadas da perfuração utilizando um camião-tanque para espalhar estas águas por cima das estradas de acesso.

Equipa de perfurações

Tipicamente trabalham até cerca de 125 pessoas por cada equipa de perfuração. Duas equipas a trabalharem em turnos de 12 horas, 24 horas por dia.

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Fase da Construção Acampamento de Alojamento do pessoal

As equipas de perfuração irão provavelmente ser alojadas no acampamento do empreiteiro principal na Unidade Central de Processamento (CPF), sendo montados pequenos acampamentos nos locais das plataformas de perfuração nas áreas dos poços para o pessoal a nível sénior. O acampamento existente em Temane-3 será usado para fins de logística e serviços, estando também a considerar-se a possibilidade de alternativas em termos de alojamento, incluindo o uso de alojamento existente em Inhassoro ou o estabelecimento de um acampamento separado para trabalhadores em Inhassoro (muito embora esta questão ainda tenha que ser finalizada).

Eliminação dos Resíduos do Acampamento

O acampamento de alojamento CPF é equipado com todos os serviços. Os resíduos serão geridos em conformidade com os requisitos dos padrões SPT e incluirão sectores para a selecção ou separação e reciclagem. Os resíduos apropriados para incineração serão temporariamente armazenados numa área especificamente designada antes de serem encaminhados para o incinerador na CPF.

Período de

Construção Um único poço típico de produção leva entre 30 a 60 dias a perfurar, dependendo de vários factores, desde a mobilização do pessoal até aos testes do poço e finalização.

2.2

As Linhas de Fluxo

A Tabela 2-2 apresenta um resumo da informação relevante relativa ao desenho, construção, colocação em

funcionamento e operações das linhas de fluxo de gás e de petróleo no âmbito do APP. A localização das

linhas de fluxo encontra-se ilustrada na Figura 1-3.

Tabela 2-2: Requisitos aplicáveis ao Desenho, Construção, Colocação em funcionamento e

Exigências Operacionais relativos às Linhas de Fluxo de Gás e de Petróleo integrados no âmbito

do APP

Desenho e Fase Operacional

Localização Linhas de Fluxo de Gás: Os fluidos dos poços serão canalizados para a CPF por novas

linhas de fluxo, na sua maioria a seguir linhas de corte, estradas e outras linhas de fluxo já existentes (Figura 1-3).

Linhas de Fluxo de Petróleo: Essencialmente linhas de fluxo novas com a excepção da

existente linha de fluxo de 4 polegadas entre o I-9z e o I-4, que serão usadas durante o ciclo de vida do projecto (Figura 1-3).

Ligação em Cadeia Dependendo da localização do poço as linhas de fluxo serão usadas para os poços individuais ou um pequeno número destes (dois ou possivelmente três) poderão ser ligados em cadeia. O ligamento em cadeia constitui um método de ligação de vários poços à mesma linha de fluxo.

Profundidade da

Linha de Fluxo Tipicamente 1 metro de profundidade até ao topo da conduta. Pode ser menos em locais com limitações mas muito raramente esse é o caso na área de estudo. A profundidade de enterramento tem por intenção minimizar o risco de exposição do gasoduto devido à erosão dos canais ou devido à escavação acidental

Dimensões e

Materiais Linhas de fluxo de gás: Tubo de aço carbono soldado com 6”- 12” de diâmetro. Linha de fluxo de petróleo: Tubo de aço carbono soldado com 6”-12” de diâmetro para as

linhas de fluxo que ligam à Central Colectora de Inhassoro (na sigla correspondente em Inglês – Inhassoro Manifold Station - IMS). A partir desse ponto, uma linha de 20” entre a

IMS e a CPF.

Pressões de Funcionamento

As linhas de fluxo serão classificadas com relação à pressão maior inicial na cabeça do poço, prevendo-se que seja de aproximadamente 120 barg para os poços de gás e 98 barg para os poços de óleo (a pressão de um pneu de carro é tipicamente 2 –3 barg). Esta pressão pode ser controlada na cabeça do poço que regula o fluxo a partir das formações de gás abaixo. À medida que a formação se for esgotando, os fluxos diminuem e podem ser utilizadas várias estratégias para manter a pressão exigida nas linhas de fluxo na entrada para a planta.

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Desenho e Fase Operacional Válvulas

Bloqueadoras

È pouco provável que sejam especificadas quaisquer válvulas bloqueadoras entre as cabeças dos poços e as instalações de recebimento na CPF em Temane. O inventário (quantidade) do produto em qualquer secção da linha é relativamente reduzido, dado o pequeno diâmetro da conduta e distâncias curtas. Para além disso, na opinião da Sasol as válvulas requerem manutenção o que aumenta o risco de fugas e derrames, particularmente em áreas onde existe a possibilidade de vandalismo. Qualquer incidente numa linha de fluxo pode ser controlado, logo que seja identificado, através do encerramento remoto do fluxo na cabeça do poço.

Protecção contra a

Corrosão É provável que a superfície exterior do tubo seja protegida com uma camada de 3 demãos de prolipopileno, de forma a impedir a corrosão. As juntas soldadas são protegidas usando uma manga de revestimento que encolhe com o calor, aplicada depois de a soldadura estar completada.

O gasoduto está enterrado num “almofadado” circundante de material sem fricção, tipicamente areia especificamente seleccionada sem conter rochas nem pedras grandes, a fim de evitar danos às condutas durante o processo de colocação ou durante o uso das mesmas.

Sistema de Protecção

Catódica È utilizado um sistema de Protecção Catódica com corrente para aplicar uma reduzida corrente eléctrica na superfície metálica do gasoduto em combinação com um ânodo sacrificial, que evita a corrosão do mesmo. Não existe qualquer risco nem para o homem nem para animais causado por este sistema. Levando em conta os métodos actuais de manufactura dos tubos, a construção e manutenção dos mesmos e a protecção catódica, o ciclo de vida típico originalmente previsto de um tubo enterrado, de acordo com estas especificações, é provável que venha a exceder os 30 dias.

Exigências em

termos de terreno O direito de passagem total permanente, incluindo o da estrada de areia / terra batida adjacente e será de entre 15 a 25 metros de largura dependendo do número de linhas de fluxo. A maior parte das estradas de acesso já existem.

Fotografia 2-6: Instrumentos do Painel de Controlo numa caixa resguardada. Os instrumentos providenciam

informação às equipas de manutenção que demonstram se a protecção catódica está a funcionar adequadamente.

Fotografia 2-7: Uma linha de fluxo na área de Temane. A extensão total do direito de passagem necessário, incluindo a estrada e o alinhamento da linha de fluxo, é de aproximadamente 25 metros. No terreno

intermediário está localizado um poste de protecção catódica.

(7)

Desenho e Fase Operacional Cruzamento das

Linhas de Drenagem

A linha de fluxo de gás do poço T-19A e o oleoduto da Central Colectora de Inhassoro (IMS) ligarão aos oleodutos existentes fazendo o cruzamento por baixo do leito do Rio Govuro. Estas secções do oleoduto foram colocadas por baixo do leito do rio em 2002, quando foram colocadas as condutas originais a atravessar o rio, a fim de se evitarem actividades

contínuas de construção no rio. O impacto da construção da linha de fluxo a atravessar o canal principal do Rio Govuro pode, portanto, ser evitado, muito embora possa ainda ser necessário fazerem-se actividades de construção nas orlas de aproximação às terras húmidas do canal principal, que podem ser estar mais ou menos inundadas, dependendo da altura do ano (consultar a Figura 2-2).

Não existem quaisquer linhas de drenagem perenes que sejam directamente afectadas pelas propostas linhas de fluxo de gás e de petróleo.

Figura 2-2: Localização da conduta existente a atravessar o Rio Govuro. A colocação de condutas adicionais ainda não usadas a atravessarem o canal significa que não é necessário repetir-se qualquer outro tipo de construção de condutas a atravessar o rio.

Cruzamento da estrada (EN-1)

A linha de fluxo de gás do poçoT-19A e o oleoduto da IMS irão atravessar a EN-1. O único cruzamento de uma via de acesso público irá ser o das linhas de fluxo de petróleo que atravessam a estrada de terra batida entre Inhassoro e Vilanculos (consultar a Figura 1-3).

Acesso pela

Comunidade Não serão aplicadas quaisquer restrições às comunidades no que se relaciona com o atravessar das linhas de fluxo durante a fase operacional. As linhas de fluxo são enterradas e o direito de passagem não é vedado, permitindo o acesso para as atravessar.

Uso de Direito de

Passagem O uso é limitado somente com relação à plantação de árvores com raízes profundas e à construção de infra-estruturas ou de edifícios. A agricultura normal pode continuar a ser praticada por cima das linhas de fluxo.

Início da operação de

(8)

Desenho e Fase Operacional

Detecção de Fugas As linhas de fluxo necessitam de uma manutenção reduzida numa base diária. O direito de passagem é monitorizado de forma regular para determinar quaisquer indícios de actividade humana (por exemplo, escavações) que possam criar um risco, bem com para a

identificação de quaisquer fugas. Uma avaria grave na linha de fluxo seria detectada por uma queda de pressão na linha, registada na sala de controlo da CPF. As fugas mais pequenas serão, tipicamente manifestadas como uma pequena mancha de vegetação a secar na superfície. Em algumas instâncias, podem-se ouvir as fugas e estas são notificadas. As fugas são muito raras, demonstrado pelo facto de que não foi registada qualquer fuga de qualquer das linhas de fluxo de Temane e Pande durante o período do seu funcionamento.

Manutenção do

direito de passagem Logo que as obrigações do empreiteiro tenham sido cumpridas no que se relaciona com o restabelecimento da camada superficial do solo, e tenha terminado o período de garantia, a responsabilidade de manutenção de reabilitação ao longo das linhas de fluxo reverte para a

Sasol Petroleum Temane (SPT). Existe um controlo anual em termos da reabilitação, e onde

necessário, são tomadas acções para cortar o capim regularmente, controlar as valas de erosão ou remover as espécies invasivas. As estradas de acesso de areia também são verificadas para determinar o nível de erosão e para confirmar que estas sejam mantidas em boas condições.

Ciclo de Vida 25 anos Fase de Construção

Área de Trabalho

durante a Construção A maior parte da área que é necessária para as linhas de fluxo é servida por boas estradas existentes, construídas pelas Sasol com vista a providenciarem o acesso aos poços de exploração e, em algumas instâncias, como parte da exploração sísmica. Por conseguinte, mais de 85% das linhas de fluxo irão seguir o alinhamento das estradas de acesso, que não requerem melhoramentos ou, no pior dos casos, seguirão as linhas sísmicas existentes, onde será necessário algum alargamento. A largura exigida com relação ao direito de passagem é de 25 metros.

Pessoal de construção e alojamento

Prevê-se que os requisitos em termos de mão-de-obra atinjam no máximo 600

trabalhadores, sendo 200 para a área de construção (combinação de pessoal recrutado a nível local e externamente) e 400 trabalhadores numa base diária dependendo da distribuição do trabalho. Qualquer alojamento adicional necessário será construído no acampamento existente do empreiteiro na CPF, que possui os necessários serviços públicos.

Cruzamento da EN-1 O método de construção do cruzamento da EN-1 será o mesmo que foi utilizado em 2002, que envolveu o corte aberto, com o acordo e envolvimento das autoridades rodoviárias de Moçambique e a gestão cuidadosa do trânsito durante o período de construção. A construção irá provavelmente incluir a organização de uma operação de pára-arranca durante a altura em que a estrada estiver temporariamente reduzida a uma única faixa. Acesso por parte da

Comunidade

Serão previstas disposições para o acesso por parte de pedestres a atravessarem a vala em quaisquer áreas onde exista trânsito de pedestres, e onde a secção da vala aberta seja demasiado longa para se caminhar em volta. Tal pode ocorrer ao longo da linha de fluxo para o poço T-19A na secção perto da EN-1 onde as densidades populacionais são mais elevadas e ao longo das linhas de fluxo de petróleo que se situam mais perto dos povoados locais em Inhassoro. As linhas de fluxo a sul e oeste da CPF encontram-se em áreas isoladas com densidades populacionais muito baixas.

Método de colocação das condutas

A vala para a colocação da linha de fluxo é tipicamente escavada com retroescavadoras com pá montada na traseira ou ocasionalmente através do uso de veículos sobre lagartas em condições muito difíceis de trabalhar. Nas áreas onde os solos podem ser facilmente escavados, é possível escavar manualmente as valas e a Sasol levará esta possibilidade em conta durante o projecto actual. Na área de estudo onde existam solos arenosos profundos, é pouco provável que seja necessário fazerem-se detonações para escavar a vala até à profundidade total. A construção de valas é feita removendo a camada superior do solo e depositando temporariamente esta camada removida numa “janela” ou área específica ao longo da vala no lado oposto ao utilizado pelas viaturas de construção. Depois é removido o material de escavação e colocado no mesmo lado da vala onde foi colocada a camada superficial removida. A conduta é trazida para o local por um Porta-Máquinas rebaixado e é levantada por guindastes móveis e colocada em blocos, em filas, ao lado da vala. A conduta

(9)

Fase de Construção

termina quando for escareada, unida e soldada. A soldadura é feita por soldadores certificados com elevadas competências. A integridade de cada soldadura é verificada usando métodos raios-X, que podem detectar falhas muito finas. A manga de revestimento que encolhe com o calor é então aplicada e aquecida, de forma a selar a junta soldada. O revestimento da conduta é verificado para detectar quaisquer defeitos usando um mecanismo manual que detecta falhas do tamanho da cabeça de um alfinete quando passado por cima do tubo. Estas falhas são marcadas e feita a devida reparação. A conduta é então levantada para a vala usando as partes laterais com correntes, tipicamente em secções de 100 metros soldadas. O material seleccionado é colocado em redor da conduta tipo almofadado, seguindo-se pelo resto do material que foi escavado. O enchimento por cima da conduta não é compactado, e é deixado com um amontoado ligeiro (tipo almofadado) para permitir que o enchimento da vala assente.

Figura 2-3: Desenho esquemático a ilustrar o sistema de construção para uma linha de fluxo. Devido ao reduzido diâmetro das linhas de fluxo, em comparação com as linhas-tronco, não é necessário que a largura do direito preferencial de passagem para a construção seja superior a 25 metros.

Restabelecimento e Reabilitação do Direito de Passagem

Depois de a vala ter sido enchida, a camada superior do solo é recuperada da área de armazenagem onde tinha sido deposta e colocada por cima da superfície da vala e na área perturbada em redor. A prática presentemente usada nos campos de Temane e de Pande é permitir que as linhas de fluxo sejam reabilitadas a partir das sementes naturais que se encontram entranhadas no solo e através da colonização das áreas circundantes com plantas.

Câmaras de Empréstimo

São necessárias câmaras de empréstimo para providenciar materiais para a construção de estradas e para o acamar da área onde fica colocada a linha de fluxo. A localização das câmaras de empréstimo para o projecto ainda não foi determinada e as câmaras de empréstimo existentes, usadas para anteriores projectos de construção serão reabertas em vez de se abrirem novas câmaras de empréstimo.

(10)

Fase de Construção

Fotografia 2-8: Uma câmara de empréstimo reabilitada na área de Inhassoro

Fotografia 2-9: Erosão de uma estrada de acesso na área de Inhassoro após a ocorrência de uma grande

tempestade. È feita a monitorização regular da erosão que ocorre nas estradas de acesso bem como as necessárias obras de reparação

Fase de Colocação em Funcionamento

Hidrotestes A colocação de uma linha de fluxo em funcionamento envolve o teste de pressão, o que significa a verificação de que todas as condutas e soldaduras das linhas de fluxo podem suster as pressões sob as quais irão funcionar. As linhas de fluxo do projecto serão

submetidas a hidrotestes, o que significa que serão enchidas com água por secções e estarão sujeitas a pressões que excedem a pressão máxima do desenho em 50%. Caso o

gasoduto/oleoduto não mostre indícios de perda de pressão, então este é considerado como estando em bom estado e é feito o teste à secção seguinte. A água usada para os testes de pressão é tipicamente obtida a partir de furos de água ou riachos existentes e pode ser reutilizada na secção seguinte da linha de fluxo, caso necessário. A quantidade de água necessária para uma secção de 1 km de uma linha de fluxo de 8” é de cerca de 32 m3.

Dependendo do número de variáveis, incluindo o período de tempo que a água permanece nos tubos, podem ser adicionados à água biocidas e inibidores de corrosão. A especificação para estes produtos e o método proposto de lidar com as águas residuais é normalmente avançada pelo empreiteiro como parte de um conjunto de Declaração de Métodos exigido.

2.3 Expansão

da

CPF (5º Trem de Processamento de Gás no âmbito

do APP)

Todas as instalações adicionais necessárias para processar o gás e o condensado a partir dos seis poços

adicionais de gás de Temane ficarão situadas no enquadramento das delimitações da CPF existente,

conforme ilustrado na Figura 2-4. A planta adicional será constituída por um 5º trem de processamento

2

, e

separação adicional gás / líquido (presentemente existem 2 x 100% unidades a servir 4 trens de gás, que

irão ser aumentadas para 3 x 50% unidades a servir 5 trens de gás). O 5º trem de processamento ficará

situado adjacente aos quatro sistemas de gás já existentes, o que providencia uma capacidade de 4+1 (4 a

funcionar e 1 de reserva para situações de emergência).

A Figura 2-5 apresenta uma ilustração esquemática das mudanças que se registarão no processo da CPF

existente como resultado do Projecto de Produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) no âmbito do APP.

As infra-estruturas necessárias para o projecto encontram-se destacadas em cor azul na legenda a seguir e

2Um trem de processamento de gás é constituído pelas unidades indicadas a seguir: Compressão BP, Desidratação TEG, Redução de

(11)

encontram-se em branco com uma esquadria em azul na Figura 2-5. De notar que toda as infra-estruturas

necessárias para o estabelecimento do 5º Trem de processamento de gás ficará enquadrado na delimitação

da área das instalações existentes.

(12)

Figura 2-5: Instalações adicionais a serem construídas na CPF como parte do Projecto de Produção de Gás no âmbito do APP.

A Tabela 2-3 descreve as mudanças que são propostas na CPF para acomodar o 5º trem de

processamento de gás, com referência às Figuras 2-4 & 2-5 acima.

Tabela 2-3: Alterações que será necessário fazerem-se na CPF em linha com as exigências do

Projecto de Produção de Gás no âmbito do APP

Desenho e Fase Operacional

Equipamento O quinto trem de processamento de gás, 1 Unidade de Separação Gás / Líquido, 1 Unidade de Desidratação TEG e 1 Unidade de Formação de Hidrocarbonetos através do Ponto de

Condensação. A Unidade adicional de Compressão AP que constitui o trem de processamento de gás já foi autorizada pelo MICOA como parte da Adenda à AIA para o Projecto de

Melhoramentos às Instalações da CPF.

Localização Localizada no enquadramento da área vedada da CPF já existente, entre os sistemas existentes de processamento do gás e a vedação de delimitação oeste da CPF (Figura 2-4). Este 5º trem é na realidade uma cópia exacta dos outros 4 sistemas já existentes.

Área delimitada Área de aproximadamente 2,500 m2 (Figura 2-4), excluindo o 5º Compressor AP.

Requisitos em

termos do terreno Não é necessário terreno adicional. Tanto a planta como as infra-estruturas adicionais ficarão localizadas no enquadramento da delimitação da CPF. Energia Eléctrica Será instalado um gerador adicional turbinado a gás, a funcionar numa configuração de 4+1 Alimentação a Gás Fornecida por 5 poços adicionais de gás e 1 já existente no campo de Temane.

Armazenamento e Carregamento do Condensado

Não é necessário qualquer armazenamento adicional nem áreas de carregamento.

Transporte do Condensado

O condensado continuará a ser transportado por estrada a partir da CPF por um prestador de serviços que assume a responsabilidade do condensado a partir da altura em que este sai das instalações da CPF. Em conformidade com a sua política ambiental “do berço ao túmulo” a

(13)

Desenho e Fase Operacional

Sasol está envolvida na gestão ambiental e em termos de segurança do transporte do condensado, mas esses aspectos não constituem parte deste projecto.

Requisitos em termos de água

Não é necessária qualquer água adicional de processos. É necessária água de serviços normais somente para as exigências periódicas em termos de limpeza. Prevê-se que haja um aumento de cerca de 10% no uso destas águas de serviços. Esta exigência adicional de água será providenciada através dos furos de água da Sasol já existentes. A Sasol tem estado a funcionar com uma licença para extrair 200 m3de água por dia do furo de água T9. Os níveis actuais a

serem usados são de 125 m3 por dia.

Água produzida Não é necessária qualquer capacidade adicional para armazenar e eliminar a água produzida que está presentemente a ser reinjectada no poço de água produzida Temane 22, que em breve passará a ser um poço de reserva logo que o novo poço de reinjecção Temane 25 na CPF esteja finalizado.

Emissões

Atmosféricas Haverá emissões adicionais derivadas de um dos Compressores BP, um dos Compressores AP, uma caldeira de reaquecimento de condensado TEG e um Gerador Turbinado a Gás (GTG) para processar os fluidos adicionais derivados dos novos poços. Todas as turbinas novas serão montadas com queimadores com baixo teor de NOx. Irá ocorrer alguma queima adicional durante encerramentos das operações, condições adversas e situações de emergência. Prevê-se que durante este mesmo período, a CPF também substituirá dois dos existentes

compressores de Alta Pressão (AP) com compressores com queimadores com baixo teor de NOx.

Efluentes Líquidos Não serão produzidos quaisquer efluentes adicionais de processo. O aumento no uso de águas de serviços referido acima resultará num aumento semelhante em águas potencialmente contaminadas com petróleo (na sigla equivalente em Inglês - Potentially Oil Contaminated water

- POC) que escoam para a Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI). A descarga

média anual de águas de serviço para a ETEI irá produzir um aumento de aproximadamente 60 Kl/ano para 66 Kl/ano. A ETEI foi desenhada para acomodar as cargas aumentadas associadas com as expansões e possui a capacidade para tratar o efluente final.

Fotografia 2-10: Remoção dos resíduos oleosos através de um separador com Sistema de Flotação com Ar Dissolvido (FAD) na Estação de Tratamento de Tratamento de Efluentes

Industriais. As lamas de depuração são passadas por uma prensa de filtragem, recolhidas em recipientes adequados (aproximadamente 1 por semana) e são incineradas. Não será necessária qualquer capacidade adicional para incluir o Projecto de Produção de Gás no âmbito do APP.

Fotografia 2-1: Reservatórios ou tanques de retenção de águas sujas. As águas residuais que não se encontram conforme as especificações são retidas nestes reservatórios para tratamento na Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI), de onde passam para a lagoa de efluentes finais, juntamente com o efluente tratado dos esgotos, onde são testadas, e se estiverem em conformidade com a especificação do PGA-o, são irrigadas para os relvados e jardins da CPF. Não será necessária qualquer capacidade adicional para incluir o Projecto de Produção de gás no âmbito do APP.

Resíduos Sólidos Estão previstas pequenas quantidades adicionais de resíduos sólidos. Estes incluem filtros residuais adicionais dos compressores (10 kg/ano). Estes filtros serão colocados em tambores e incinerados.

(14)

Desenho e Fase Operacional

Emprego Serão necessários menos de cinco trabalhadores adicionais permanentes. Alojamento Não é necessário alojamento adicional.

Faseamento (início das operações de beneficiação)

Previsto para 2018.

Ciclo de Vida 25 anos. Fase de Construção

Áreas de Trabalho durante a

Construção

As actividades de construção serão concentradas nas delimitações da CPF, onde o 5º trem de processamento de gás irá ser instalado. As principais actividades incluem obras de construção civil, incluindo, entre outros, escavações, trabalhos com cimento, trabalhos em metal, soldadura e pintura.

Pessoal de

Construção Prevê-se que as exigências em termos de mão-de-obra sejam: 200 trabalhadores na área de construção (uma combinação de pessoal recrutado a nível local e externamente); 600 trabalhadores diários dependendo da distribuição do trabalho. Qualquer alojamento adicional necessário será construído no acampamento existente do empreiteiro na CPF, que possui os necessários serviços públicos.

Estação de Tratamento de Águas de Esgotos

O existente acampamento ou vila de alojamento do empreiteiro tem abastecimento de água potável e possui um sistema completo de esgotos. Existem duas estações de tratamento de resíduos – a nova estação MBR que foi construída durante o projecto de Expansão

NATGAS183 e que foi desenhado com capacidade suficiente para tratar resíduos de esgotos domésticos das instalações operacionais e para fazer face às exigências de quaisquer projectos de construção, como por exemplo o 5º trem de processamento. Para além disso, o empreiteiro envolvido no projecto de Expansão NATGAS 183 fez a construção de uma Estação Howden de tratamento de esgotos para servir as equipas contratadas antes de ter sido instalada a estação de tratamento MBR. Esta estação de tratamento de esgotos encontra-se disponível a título de reserva.

Prevê-se que sejam produzidos126 Kl/dia de efluentes de esgotos por dia durante o período pico de construção (300 elementos de pessoal no local). Todo este volume será tratado na estação com bio-reactor com membrana (MBR). Esta automaticamente reencaminha as lamas de depuração para um tanque de retenção para incineração – tanto o tanque de lamas de depuração como o incinerador possuem capacidade para acomodar as cargas adicionais causadas pelo pessoal adicional de construção.

Fornecimento de

electricidade A electricidade para o acampamento do empreiteiro é fornecida a partir da CPF e não serão necessárias quaisquer ligações adicionais. A electricidade será providenciada pelos existentes conjuntos de geradores a gás combustível que fornecem electricidade para a CPF.

Abastecimento de

água potável Também existe água potável disponível a partir da CPF – antecipa-se que durante a construção, o consumo total de água na CPF possa vir a aumentar em cerca de 60%. Esta água será fornecida através da licença existente para os furos de água Temane 9 e CPF. Produção e

Tratamento de Resíduos Sólidos

Antecipa-se a produção de resíduos domésticos (incluindo matérias orgânicas, plásticos, vidro e latas de metal) tanto na área/estaleiro de trabalho como no acampamento de alojamento (por exemplo, derivados da cozinha), onde serão alojados os trabalhadores.

No local / área ou estaleiro de trabalho para a construção, os resíduos das actividades de construção civil, trabalhos mecânicos e eléctricos relacionados com a instalação do novo equipamento irão incluir o acumular de terra com resíduos, sucata, vários tipos de embalagens, madeira, latas, baterias, materiais eléctricos, resíduos contaminados com tinta. Todos estes resíduos serão recolhidos e separados em conformidade com o processo de gestão de resíduos da Sasol e encaminhados para a Sasol para serem reciclados ou eliminados ou removidos do local do projecto.

(15)

Fase de Construção

Fotografia 2-2: Tanque de lamas de depuração para lamas tratadas de esgotos, antes da sua incineração. Não será necessária qualquer capacidade adicional para acomodar os resíduos produzidos pelo pessoal das obras de construção.

Fotografia 2-3: O Incinerador na CPF. Não será necessária capacidade adicional para acomodar os resíduos produzidos pelas obras de construção.

Fotografia 2-4: O local do aterro de deposição e eliminação de resíduos perigosos na CPF, onde serão descartadas as cinzas dos resíduos queimados no incinerador. Não será necessária capacidade adicional para acomodar os resíduos produzidos pelas obras de construção.

Aterro sanitário A CPF possui um aterro para o descarte e eliminação de resíduos perigosos, desenhado em conformidade com os padrões do Departamento de Recursos Hídricos da África do Sul, aplicáveis a aterros H: H (Elevado nível de perigo). As cinzas adicionais produzidas como resultado da incineração dos resíduos da construção, serão depositadas neste local. Prazo da

Construção Prevê-se que a construção leve dois anos.

2.4

Instalações Integradas para a Produção de Líquidos e de GPL no

âmbito APP

Integração do Processo

A Planta de Produção de Líquidos e de GPL no âmbito do APP será projectada para produzir 15,000 barris

de petróleo por dia (aproximadamente 2,385m

3

), 40 MMscfd de gás no âmbito do APP e 20,000 tpa de GPL

no âmbito do APP (Inhassoro). Estas instalações ficarão situadas imediatamente a este da CPF existente

(Figura 2-6). As duas plantas serão integradas numa unidade funcional única (Figura 2-7). O produto

petrolífero será armazenado em tanques nas instalações e transportado por camiões-tanque carregados

nas áreas especificamente designadas para o seu carregamento. O GPL será armazenado em reservatórios

cilíndricos e será transportado por camiões-tanque carregados em áreas especificamente designadas para

o carregamento do GPL.

A Tabela 2-4 providencia detalhes da planta nova proposta e instalações associadas, com referência às

Figuras 2-6 e 2-7):

Tabela 2-4: Descrição da Planta para a Produção de Líquidos e de GPL no âmbito do APP

Desenho e Fase Operacional

(16)

Desenho e Fase Operacional

Processo poços em petróleo, gás e água, e irá estabilizar o petróleo (consultar a Figura 2-7). Embora este produto seja tecnicamente designado por ‘petróleo’, na realidade, é muito semelhante ao condensado que se encontra presentemente a ser extraído através dos poços de gás (consultar a Tabela 2-1).

Os fluidos que entram irão passar através de um receptor de lamas de depuração. Os líquidos derivados do receptor de lamas de depuração serão encaminhados para um

separador de óleo / água. A corrente de petróleo separada será encaminhada para dois trens de processamento de petróleo com configurações diferentes, para a sua estabilização. O primeiro é um trem de processamento de GPL com capacidade para 7,500 stbopd,

produzindo 20,000 tpa de GPL para além do petróleo estabilizado. O segundo é um trem de estabilização de petróleo com capacidade para 7,500 stbopd que produz somente petróleo estabilizado e não produz GPL.

O gás derivado do receptor de lamas de depuração e do separador será então combinado com o gás de combustão do trem de GPL e do estabilizador e usado como gás combustível BP para colocar em funcionamento os vários mecanismos no local que utilizam gás a baixa pressão. O restante será encaminhado de volta para o sistema de processamento de gás na CPF para a remoção da água e exportação como gás natural (consultar a Figura 2-7). Chaminé de queima e

Ventilação A nova planta terá o seu próprio sistema de chaminé de queima. Não haverá qualquer queima contínua para além do gás de purga (quando se está a usar gás combustível). A queima irá somente ocorrer ocasionalmente, devido a situações de emergência,

funcionamento deficiente, operações de arranque, paralisação ou durante as actividades de manutenção das instalações. Não se efectuará qualquer ventilação ou descarga contínua de hidrocarbonetos, mas pode ocorrer uma descarga ocasional, em volumes reduzidos, durante as actividades de manutenção.

Armazenamento e Carregamento do Petróleo

Serão necessários quatro tanques novos adicionais de 15,000 bbl cada para o

armazenamento do condensado que ficarão situados na nova secção da planta (Figura 2-6). Serão construídas quatro áreas novas de carregamento do condensado na nova planta, semelhantes às áreas de carregamento existentes na CPF.

Transporte do Petróleo

Tal como acontece com o condensado, o petróleo até uma quantidade de 10,000 bpd será transportado por estrada a partir da CPF, por um prestador de serviços que assume a responsabilidade do petróleo a partir da altura em que este sai das instalações da CPF. Em conformidade com a sua política ambiental “do berço ao túmulo”, a Sasol está envolvida na gestão ambiental e segurança do transporte de líquidos, muito embora estes aspectos não constituam parte do projecto actual. A Sasol está a investigar outras opções para o transporte do petróleo a partir da altura em que a produção exceda os 10,000 bpd. Este constitui um projecto futuro para o qual será necessária uma Avaliação do Impacto Ambiental separada.

Fotografia 2-5: O receptor de lamas de depuração na conduta de entrada em Pande. O novo receptor de lamas de depuração terá um desenho novo e será muito mais pequeno.

Fotografia 2-6: Os existentes tanques de armazenamento do condensado na CPF. Os novos tanques de armazenamento do petróleo serão semelhantes a estes.

Fotografia 2-7: Áreas existentes de carregamento do condensado na CPF. As novas áreas de

carregamento do petróleo serão semelhantes a estas.

(17)

Desenho e Fase Operacional Armazenamento

do GPL

Armazenamento em quatro depósitos tipo cilindros situados acima do nível do solo, montados numa plataforma, com dimensões internas de armazenamento de cada depósito de

aproximadamente 3.3 m (diâmetro) e 14.3 m (comprimento). Estes depósitos serão usados numa configuração de 3+1 (três usados activamente, um retido em reserva para a reserva de GPL fora das especificações ou para uso durante as actividades de manutenção).

Água produzida Armazenada num novo recipiente de armazenamento temporário de água produzida e descartada para os poços de água produzida já existentes na CPF ou, caso necessário, num novo poço de água produzida na eventualidade de volumes superiores de água produzida do que antecipado, o que será determinado durante a Fase Conceitual do Projecto de Engenharia. Requisitos em

termos de energia eléctrica

A energia eléctrica fornecida por um Gerador adicional Turbinado a Gás situado na CPF irá fornecer a energia suficiente tanto para o 5º Trem de Processamento de Gás no âmbito do APP bem como a Planta de Produção de Líquidos e a Planta de Produção de GPL no âmbito do APP, o que resultará numa configuração de 4+1 (quatro em uso, um em reserva para situações de emergência). Será instalado na nova planta um gerador a diesel para reserve/situações de emergência a fim de assegurar o encerramento com segurança das instalações na

eventualidade de um corte de energia eléctrica central. È provável que o armazenamento do diesel continue na CPF.

Sistemas de

Controlo A planta integrada será controlada por operadores na sala de controlo existente na CPF. Requisitos em

termos de Água

Prevê-se que o uso adicional de águas seja baixo, e seja abastecido por meio dos sistemas existentes na CPF. Será necessária essencialmente água de serviços para lavagens e funções semelhantes. O pequeno aumento no número de trabalhadores irá ter um efeito mínimo no uso de águas domésticas. O actual uso médio é de 125 m3/dia que se prevê venha a aumentar para

185 m3. O furo de água T9 para o abastecimento de água está classificado para providenciar um

uso contínuo sustido de 475 m3/dia.

Emissões

atmosféricas Haverá uma descarga contínua de gases de escape para a atmosfera derivados do estabilizador de petróleo, desetanizador e desbutanizador dos aquecedores das caldeiras de reaquecimento. As emissões cumulativas irão incluir as fontes de emissão existentes na CPF, emissões

adicionais como resultado do equipamento instalado em conformidade com o Projecto de Melhoramentos das Instalações da CPF, e emissões do equipamento adicional existente na CPF associado com o 5º Trem de Processamento de Gás (consultar a Figura 1-6).

Efluentes Líquidos As águas residuais, produzidas essencialmente como resultado da recolha de águas

potencialmente contaminadas no interior da planta e em redor desta, serão tratadas numa nova estação de tratamento de efluentes semelhantes à estação existente na CPF. Trata-se de um sistema de Flotação com Ar Dissolvido (FAD) que remove os resíduos de petróleo das águas residuais. As águas residuais tratadas terão que aderir às especificações aplicáveis ao efluente final para as águas residuais existentes na CPF e serão irrigadas para os relvados e jardins da

CPF ou para alguma outra área paisagística adicional.

Não é necessária qualquer capacidade adicional de tratamento de águas de esgotos.

Resíduos sólidos Da nova planta resultarão pequenas quantidades de águas de processo adicionais. Prevêem-se pequenas alterações nas quantidades de resíduos domésticos dado o reduzido número de trabalhadores adicionais necessário para a nova planta. Os resíduos adicionais serão manuseados pelos existentes serviços de gestão de resíduos da CPF.

Cinzas do incinerador

Prevê-se um pequeno aumento nas cinzas do incinerador que serão eliminadas no aterro sanitário existente para resíduos perigosos da CPF

(18)

Desenho e Fase Operacional

Fotografia 2-8: O poço de reinjecção de água produzida Temane-25 na CPF, em construção. A nova planta pode utilizar esta infra-estrutura ou outras novas.

Fotografia 2-9: Irrigação das águas residuais tratadas nos relvados e jardins na CPF: As pequenas quantidades adicionais de águas residuais serão irrigadas da mesma forma.

Fotografia 2-10: Escolha e separação de resíduos para reciclagem na área designada para deposição de resíduos na CPF. A nova planta irá utilizar estas mesmas instalações.

Alojamento Não é necessário alojamento adicional. Faseamento (início das

operações de beneficiação)

Previsto para 2018.

Ciclo de Vida 25 anos. Fase de Construção

Áreas de Trabalho durante a Construção

As actividades de construção serão concentradas dentro das delimitações da área da nova planta. As actividades principais irão incluir as obras de construção civil que incluem, entre outras, trabalhos de terraplenagem, escavações, trabalhos em cimento, trabalhos em metal, soldadura e pintura.

Pessoal de Construção e

Alojamento Prevê-se que os requisitos em termos de mão-de-obra atinjam no máximo 600 trabalhadores, sendo 200 para a área de construção (combinação de pessoal recrutado a nível local e externamente) e 400 trabalhadores numa base diária dependendo da distribuição do trabalho. Qualquer alojamento adicional necessário será construído no acampamento existente do empreiteiro na CPF, que possui os necessários serviços públicos. Consultar a Tabela 2-3.

Águas residuais da Construção e Resíduos Sólidos

Consultar a Tabela 2-3, Fase da Construção. Aplicam-se as mesmas disposições. Tratamento de Esgotos Fornecimento de Energia Eléctrica Fornecimento de Água Potável Produção e Tratamento de Resíduos Sólidos Incineração de Resíduos

(19)
(20)

Figura 2-7: Integração da CPF existente com a Planta de Produção de Líquidos no âmbito do APP e de Produção de GPL

2.5

A Planta Autónoma de Produção de GPL

A planta autónoma de produção de GPL constitui uma alternativa à planta integrada de produção de

Líquidos e de GPL no âmbito do APP. Esta ficará situada na delimitação da CPF e será alimentada com o

produto derivado dos trens de processamento de gás da CPF. A Tabela 2-5 apresenta os dados relativos à

planta nova e instalações associadas, com referência à Figura 2-8.

Tabela 2-5: Descrição da Planta autónoma de produção de GPL

Desenho e Fase Operacional

Localização Situada dentro da área delimitada da CPF na parte ocidental da planta existente (Figura 2-8). Área delimitada Irá cobrir uma área de aproximadamente 8.2 ha.

Descrição do Processo

A planta irá processar condensado não estabilizado provindo da CPF (consultar o diagrama esquemático na Figura 2-8). O líquido não estabilizado será encaminhado para o processo de produção do GPL que irá separar os componentes mais pesados dos mais leves, produzindo GPL na corrente situada no topo e produzindo condensando na corrente situada na parte inferior.

O condensado estabilizado será enviado para os tanques de armazenamento na CPF onde será armazenado e transportado através de camiões-tanque. Uma parte do gás de combustão derivado do processo será usada como gás combustível de baixa pressão (BP), enquanto o remanescente será encaminhado para o colector de admissão das unidades de desidratação TEG da CPF para posterior tratamento e exportação.

(21)

Desenho e Fase Operacional Armazenamento e

transporte do GPL

As instalações para o armazenamento e transporte do GPL continuarão situadas fora da CPF no mesmo local que foi proposto para o Projecto de Produção de Líquidos e de GPL no âmbito do APP (ver Secção 2.4 acima). O armazenamento será feito em três reservatórios tipo cilindros situados acima do nível do solo, montados numa plataforma, com dimensões internas de armazenamento de cada depósito de aproximadamente 3.3 m (diâmetro) e 14.3 m

(comprimento). Estes reservatórios serão usados numa configuração de 2+1 (dois usados activamente, um retido de reserva para GPL fora das especificações ou para fins de manutenção).

Chaminé de

Queima Não haverá qualquer queima normal de gás.

Água Produzida Os reduzidos volumes de água produzida durante o processo serão devolvidos para o sistema de tratamento de água produzida da CPF.

Serviços Os serviços públicos existentes na CPF serão usados sempre que possível. Prevê-se que tudo o que se relaciona com o abastecimento de água, fornecimento de energia eléctrica, gestão de águas residuais e de resíduos sólidos possa ser providenciado pela CPF sem qualquer melhoramento significante necessário. Este aspecto será confirmado durante a Fase Conceitual do Projecto de Engenharia (FEED).

Emprego Cinco trabalhadores.

Fase da Construção Áreas de Trabalho durante a

Construção

As actividades de construção serão concentradas dentro das delimitações da área da nova planta, com as actividades adicionais de construção dos reservatórios tipo cilindro para o GPL e áreas de carregamento do GPL realizadas fora da delimitação da CPF. As actividades principais irão incluir as obras de construção civil que incluem, entre outras, trabalhos de terraplenagem, escavações, trabalhos em cimento, trabalhos em metal, soldadura e pintura. Pessoal de

Construção e Alojamento

Prevê-se que os requisitos em termos de mão-de-obra atinjam no máximo 100 trabalhadores, na área de construção e 200 trabalhadores numa base diária. Todas as instalações de alojamento necessárias serão construídas dentro do acampamento existente do empreiteiro, que possui todos os serviços públicos necessários.

Tratamento de Esgotos Fornecimento de Energia Eléctrica Fornecimento de Água Potável Produção e Tratamento de Resíduos Sólidos Incineração de Resíduos Aterro Sanitário Prazos para a

(22)
(23)

Figura 2-9: Integração da planta autónoma GPL com a CPF existente

Planta de Produção de

Referências

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