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Arquitetura Vernacular. Antonio Castelnou

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Arquitetura Vernacular

Antonio Castelnou

(2)

Introdução

 Na História da Arquitetura, a maioria do que se construiu não foi feita por profissionais, mas por

pessoas comuns que, guiadas pela TRADIÇÃO POPULAR, tiveram o mesmo impulso estético que

os especialistas que realizaram a arquitetura oficial.  Todos esses ambientes foram projetados e

executados de modo que atendessem as decisões e as escolhas humanas à sua maneira específica de fazer as coisas, conforme circunstâncias e recursos

(3)

 Essa arquitetura que é exercida por pessoas que constroem sem o fardo da solenidade oficial recebe o nome de ARQUITETURA

VERNACULAR, uma

arquitetura sem arquitetos,

cujo resultado possui valor, mesmo sem ter sido regida

pelos cânones ditos

(4)

 Etimologicamente, o termo

VERNÁCULO provém de vernae, que, na Roma antiga, correspondia a tudo que se relacionava aos servos

nascidos em casa ou dos escravos que se faziam nas guerras.

 Com o tempo, a palavra passou a ser usada para designar tudo aquilo

que é próprio de um país ou uma nação, sem estrangeirismos.

(5)

 Denomina-se VERNÁCULA a língua vulgar, a que se contrapõe à língua culta ou poética. Assim, a arquitetura vernacular refere-se a uma arquitetura

prática e caseira, não heróica, facilmente tachada de

(6)

 Entretanto, a

arquitetura vernácula

corresponde à

representação factual de uma técnica construtiva e uma ideologia geral de

determinada cultura, relacionando-se sempre à tradição local e à sabedoria popular; e ligando-se, de certo modo, ao FOLCLORE (folk + lore).

(7)

 O interesse por esse tipo de arquitetura – dita

produto da arte popular – é relativamente recente,

aparecendo em finais do século XIX, quando

gravuras japonesas e esculturas africanas começaram a despertar a atenção dos críticos e artistas europeus.  Na segunda metade do século passado, com o

PÓS-MODERNISMO e, através dele, a busca de

identidade cultural, de contextualização histórica e de economia energética, fizeram com que a arquitetura

vernacular passasse a ser melhor estudada e

(8)

Vernáculo versus Erudito

 Considera-se como o

contraposto do vernáculo a ARQUITETURA

ERUDITA, aquela que obedece as normas e padrões

estabelecidos nas Escolas de Belas-Artes ou de

Arquitetura, onde participa o arquiteto profissional; ou ainda, outra pessoa ligada ao sistema oficial de construção.

(9)

 Esta arquitetura dita OFICIAL corresponde a uma prática solene, emanada pelo poder (autoridade legal)

(10)

 Percebe-se que a história oficial da arquitetura privilegia sempre obras gigantescas ou singulares, considerando boa somente

a arquitetura erudita,

contrapondo-a à vernácula, que é raramente registrada

nas enciclopédias,

tornando-as mutuamente

(11)

 Porém, é importante ressaltar que esses dois modos de operação para a produção arquitetônica – o erudito

e o vernacular – são antagônicos, mas não são excludentes: eles se complementam mutuamente.  Na verdade, percebe-se que não há uma arquitetura

vernácula ou oficial puras, mas sim casos opostos em que o distanciamento é tal que um modo de produção

da arquitetura predomina quase totalmente sobre o outro, mas sem excluí-lo por completo.

(12)

Classificação

 A expressão

ARQUITETURA VERNACULAR não

consegue abranger em seu significado todas as

proposições que existem referentes a esta produção,

devido à grande complexidade dos fenômenos por ela

(13)

 Diferentes segmentos sociais – em diversos espaços bioclimáticos, políticos, econômicos, sociais,

culturais e históricos – são classificados para não permitir uma definição generalista; válida

independente de local, tempo e sistema construtivo. Casas em

enxaimel

(14)

Deste modo, visando o seu estudo científico, classifica-se a ARQUITETURA VERNÁCULA em:

 Arquitetura Primitiva  Arquitetura Regional, Iletrada ou Anônima  Arquitetura Colonial  Arquitetura Espontânea  Arquitetura Popular Igloo

(15)

Arquitetura primitiva

 É aquela geralmente derivada de intelectos considerados rudimentares e simples, como os de indígenas ou selvagens,

em comunidades onde não existe uma divisão social

de trabalho: a mesma

pessoa que vai morar é quem constrói sua casa.

(16)

HABITAÇÃO PALEOLÍTICA

ossos peles

(17)

 Consiste nos trabalhos executados por uma

comunidade e consumidos por ela mesma, segundo a

somatória de conhecimentos disponíveis, transmitidos por gerações; e a partir de recursos

que o próprio meio oferece (gelo, palha, pele animal, ossos

e galhos de árvores).

(18)
(19)

Aldeia perto de Tahoa (Níger, África)

(20)

IGLU (Do esquimó idglo,

casa): Habitação polar em forma de cúpula, construída com blocos de

neve compacta,

encaixados em espiral, e vidros de gelo.

(21)

TUAREG: Habitação em

forma de tenda dos árabes nômades do deserto

(tuaregues ou bérgeres), que vivem no Saara, (Argélia,Mali ou Níger).

(22)

TEEPEE: Tenda

cônica dos índios norte-americanos,

feita de galhos cruzados e recoberta

(23)

DOGON: Habitação primitiva dos habitantes de Mali , na África (dogons) , feita em taipa e palha.

A A B C C D E ALDEIA A – Depósito B – Crianças e animais CASA (DOGON) C – Depósito D – Cama suspensa E – Cozinha Casa 9-10m 6-7 m

(24)

YURTES: Casas cilíndricas dos

povos mongóis , da Sibéria e Ásia central, feitas de feltro

(pano que não é fiado, mas fabricado com lã de carneiro e

pêlo de camelo amassado com os pés), fixado em treliçado de

madeira e preso por correias de couro ou de crina de cavalo.

(25)

1 Porta 18 Consolo p/imagens 2 Percurso do hóspede 19 Leito p/hóspedes 3 Animais recém-nascidos 21 Armário p/trajes 4 Pastores do chefe

5 Artesanato 22 Baú p/cobertores 6 Depósito 23 Leito p/chefe e 7 Familiares anciãos esposa

8 Espaço para filhas 24 Bancada p/chefe 9 Tulha ou estufa (Suha) 26 Bancada para a 10 Combustível mulher do chefe 11 Espaço para filhos 27 Depósito

12 Vestiário de familiares 28 Artesanato 29 Chaminé 13 /25 Mesas 30 Bancada para

14 Lugar para objetos pastores

15 Mesa p/hóspedes 31 Recipiente para

16/20 Bancada p/hóspedes água (Odre) 17 Pequeno móvel p/imagens

YURTE

a) Zona Meridional (pastores) b) Zona Ocidental (familiares) c) Zona Setentrional (hóspedes)

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PALAFITAS:

Habitações proto-históricas, geralmente lacustres, sustentadas por

estacas e encontradas em regiões quentes e úmidas,

como nas ilhas da

Oceania, África e Brasil.

Ganvie, sul de Benin (África)

Amazonas (Brasil)

(27)

Habitação Taberma

(Togo, África)

Musgus

(Chade, África)

(28)

Habitação Hausa

(29)

Aldeias Asiáticas Bangladesh

Tailândia, Malásia Bengal,

(30)

OCAS (Do Tupi oka): Cabanas ou choças de índios brasileiros, feitas geralmente de palha presa em trama ou de barro.

(31)

Referências

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