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CENTRO UNIVERSITARIO DO PLANALTO CENTRAL APPARECIDO DOS SANTOS LETÍCIA SILVA DE SOUZA

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITARIO DO PLANALTO CENTRAL APPARECIDO

DOS SANTOS

LETÍCIA SILVA DE SOUZA

CENTRO TRANSFORMAÇÃO

CENTRO DE ACOLHIMENTO E CULTURA LGBT+

Brasília – DF Julho de 2020

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LETÍCIA SILVA DE SOUZA

CENTRO TRANSFORMAÇÃO

CENTRO DE ACOLHIMENTO E CULTURA LGBT+

Orientador: Octavio Sousa

Brasília – DF Julho de 2020

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3 AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, aos meus professores e mestres que me guiaram durante toda a minha formação acadêmica. Agradeço meu orientador Octavio Sousa, por me guiar e aconselhar durante a realização deste trabalho, e a minha professora e amiga Mariana Bomtempo, por ser um ombro amigo e motivadora da profissão. Agradeço também a minha mãe, Jesuíta, por sempre me apoiar, por ser a minha base e motivação para seguir em frente sempre. Ao meu amigo e parceiro Paulo, por todo carinho e paciência nesta jornada. E agradeço a toda comunidade LGBT+, que sempre me acolheram, amaram, ensinaram-me valores, e sempre me incentivaram a lutar por o que acho certo, a eles, todo o meu amor e gratidão.

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4 LISTA DE IMAGENS

FIGURA 1 - MAPA DE OCORRÊNCIAS CONTRA POPULAÇÃO LGBT NO DF FIGURA 1 - CASA FRIDA FACHADA

FIGURA 2 - CASA FRIDA QUINTAL CULTURAL FIGURA 3 - CASA 1 REPÚBLICA DE ACOLHIDA FIGURA 4 - PROCESSO DE REFORMA DA CASA 1

FIGURA 5 - CENTRO ANITA MAY ROSENSTEIN CAMPUS FIGURA 6 - PLANTA BAIXA ANITA MAY

FIGURA 7 - VOLUMETRIA DOS SETORES ANITA MAY FIGURA 8 - MAPA MACRO DO DISTRITO FEDERAL FIGURA 9 - MAPA MESO DA REGIÃO DE BRASÍLIA FIGURA 11 - LOTE 1 NO SGAN 909 ASA NORTE FIGURA 102 - LOTE 2 DO SGAN 911 ASA NORTE FIGURA 13 - LOTE 3 DO SGAN 915 ASA NORTE FIGURA 14 - PLANTA DE INSOLAÇÃO

FIGURA 15 - VENTOS DOMINANTES FIGURA 16 - CARTA SOLAR

FIGURA 17 - FORMA

FIGURA 18 - TERRENO MODIFICADO FIGURA 19 – SETORIZAÇÃO TERREO

FIGURA 20 – SETORIZAÇÃO 2º PAVIMENTO FIGURA 21 - PLANTA BAIXA TERREO

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FIGURA 22 - PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO FIGURA 23 – FACHADA LESTE

FIGURA 24 - FACHADA NORTE FIGURA 25 - FACHADA OESTE FIGURA 26 – FACHADA SUL

FIGURA 27 - CORTE LONGITUDINAL FIGURA 28 – CORTE TRANSVERSAL FIGURA 29 - PLANTA ESTRUTURAL FIGURA 30 - PERSPECTIVA 1 FIGURA 31 – PERSPECTIVA 2 FIGURA 32 - PERSPECTIVA 3 FIGURA 33 – PERSPECTIVA 4 FIGURA 34 – PERSPECTIVA 5 FIGURA 35 - PERSPECTIVA 6 FIGURA 36 – PERSPECTIVA 7

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6 LISTA DE SIGLAS

LGBT+ - Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros, que consistem em diferentes tipos de orientações sexuais

ILGA - Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, transexuais e Intersexuais

ONG - Organização não governamental TGEu - Transgender Europe

GGB - Grupo Gay da Bahia

FGV DAPP - Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas CODEPLAN - Companhia de Planejamento do Distrito Federal

PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio

PPCub - Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília PLC - Projeto de lei complementar

UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura SIABRIGOS - Sistema de informações sobre a criança e ao Adolescente em abrigos OMS - Organização Mundial da Saúde

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7 “Mais importante do que a Arquitetura é estar ligado ao mundo. É ter solidariedade com os mais fracos, revoltar-se contra a injustiça, indignar-se contra a miséria. O resto é o inesperado; é ser levado pela vida” (Niemeyer)

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8 RESUMO

O trabalho a ser apresentado é uma defesa escrita do projeto a ser realizado para o trabalho final de graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo. Trata-se de um Centro de Acolhimento e Cultura para o público LGBT+ Chamado de Centro TransFormação, nome que faz alusão a palavra Trans, o projeto busca com a sua forma e conceito arquitetônico propor um local de luta, resistência e transformação da comunidade LGBT+ no Distrito Federal, oferecendo moradia emergencial, saúde, cultura e educação, com o grande proposito da transformação da vida das pessoas, acolhidas ou da própria comunidade. Serão apresentados partes teóricas e históricas para apresentação do tema, e também a parte pratica que trata-se do projeto.

PALAVRAS-CHAVE: LGBT+; Centro; Transformação; Acolhimento; Cultura.

ABSTRACT

The work to be presented is a written defense of the project to be carried out for the final work of graduation of the course of Architecture and Urbanism. It is a Reception and Culture Center for the LGBT+ audience (Lesbians, gays, bisexuals, transsexuals, transvestites and transgenders, consisting of different types of sexual orientations). Called Center Transformation, name alluding to the word Trans, the project seeks with its architectural form and concept to propose a place of struggle, resistance and transformation of the LGBT+ community in the Federal District, offering emergency housing, health, culture and education, with the great purpose of transforming the lives of people, welcomed or of the community itself. Theoretical and historical parts will be presented for presentation of the theme, and also the practical part that is the project.

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9 SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 10

1. REVISÃO BIBLIOGRAFICA ... 13

2. O PROJETO: CENTRO TRANSFORMAÇÃO ... 15

3. REPERTÓRIOS ... 15

3.1 CASAFRIDA(DF) ... 16

3.2 CASA1(SÃOPAULO) ... 17

3.3 LOSANGELESLBGTCENTER(USA) ... 19

4. BRASILIA: A CIDADE ESCOLHIDA PARA A IMPLANTAÇÃO ... 21

4.1 POSSIVEISTERRENOSPARAAIMPLANTAÇÃO ... 22

4.2 AESCOLHADOTERRENO ... 24

5. O PROJETO ... 25

6. PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PROJETO ... 25

6.1 FLUXOGRAMAPRIMARIO ... 27 6.2 FLUXOGRAMASECUNDARIO ... 27 7. TERRENO E BIOBLIMATISMO ... 28 8. FORMA ... 28 9. IMPLANTAÇÃO ... 29 10. SETORIZAÇÃO ... 29 11. PLANTA BAIXA ... 30 12. FACHADA ... 32 13. CORTES ... 32

14. SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAIS ... 33

15. PERSPECTIVAS ... 34

16. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 38

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10 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos cada vez mais a luta da comunidade LGBT+ (Lésbicas1, gays2,

bissexuais3, transexuais4, travestis5 e transgêneros6, que consistem em diferentes

tipos de orientações sexuais7). vem tomando força e importância, pois após anos de

sofrimento finalmente se há alguma visibilidade para a problemática. Porem os números referentes a agressões e mortes continuam assustando, pois de acordo com o relatório do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e dos Direitos Humanos os casos sobre agressões e pessoas LGBT+, principalmente jovens de 18 a 24 anos, de origem periférica, não param de crescer, e a cada dia se tornam mais violentos. Utilizando-se da arquitetura como forma de resistência e apoio, foi-se pensado no Centro de Acolhimento e Cultura LGBT+ voltada para este público em situação de vulnerabilidade, o projeto além de acolher de forma passageira o público, também terá dependências de educação, saúde e cultura. O projeto será implantado na cidade de Brasília para um melhor acesso dos usuários do centro.

Ao longo dos anos, vemos cada vez mais denúncias sobre agressões e mortes contra a sociedade LGBT+, no mundo, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, transexuais e Intersexuais8 (ILGA), cerca de 70 países

ainda consideram a homossexualidade9 ilegal, alguns casos a punição é a morte, o

que desenvolve um quadro de risco para pessoas que se encaixam nessa sociedade,

1 Mulher que é atraída afetivamente e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero. Não precisam ter tido, necessariamente, experiências sexuais com outras mulheres para se identificarem como lésbicas.

2 Homens que se relacionam afetiva e sexualmente com outros homens. Podem assumir publicamente ou não. Em alguns países, assumir-se gay têm uma conotação política, portanto cria uma diferenciação em relação ao homossexual.

3 É a pessoa que se relaciona afetiva e sexualmente com pessoas de ambos os sexos/gêneros. Bi é uma forma reduzida de falar de pessoas Bissexuais.

4 Pessoa que possui uma identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento. Homens e mulheres transexuais podem manifestar o desejo de se submeterem a intervenções médico-cirúrgicas para realizarem a adequação dos seus atributos físicos de nascença (inclusive genitais) a sua identidade de gênero constituída.

5 Termo tido como pejorativo para designar a pessoa que nasce do sexo masculino ou feminino, mas que tem sua identidade de gênero oposta ao seu sexo biológico, assumindo papéis de gênero diferentes daquele imposto. Muitas travestis modificam seus corpos por meio de hormonioterapias, aplicações de silicone e/ou cirurgias plásticas, porém, vale ressaltar que isso não é regra para todas (definição adotada pela Conferência Nacional LGBT em 2008. Diferentemente das transexuais, as travestis não desejam realizar a cirurgia de redesignação sexual (mudança de órgão genital).

6 Ou trans: É o indivíduo que se identifica com um gênero diferente daquele que corresponde ao seu sexo atribuído no momento do nascimento. A transgeneridade não é uma doença ou distúrbio psicológico. Durante muito tempo a identidade de gênero esteve ligada exclusivamente ao sexo biológico das pessoas

7 Refere-se à capacidade de cada pessoa ter uma profunda atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim como ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas. Basicamente, há três orientações sexuais preponderantes: pelo mesmo sexo/gênero (homossexualidade), pelo sexo/gênero oposto (heterossexualidade) ou pelos dois sexos/gêneros (bissexualidade).

8 É o termo usado para descrever pessoas que nascem com características sexuais biológicas que não se encaixam nas categorias típicas do sexo feminino ou masculino.

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o Brasil, por exemplo, é o pais com o maior índice de assassinatos de transexuais no mundo de acordo com a ONG (Organização não governamental) Transgender Europe (TGEu, 2018).

De acordo com dados da associação Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade que se dedica a fazer levantamentos sobre a violência contra LGBT’s, o Brasil registrou 126 crimes violentos contra essas pessoas entre janeiro e abril do ano de 2016. Isso significa que, nesse período, a cada 19 horas, um LGBT foi agredido ou assassinado no país. Segundo a entidade, 52% dos homicídios contra LGBT’s no mundo ocorreram em solo brasileiro, um total de 445 pessoas, número recorde nos 39 anos desde que o GGB faz esse levantamento.

Algumas cidades do Brasil já contam com esse tipo de projeto, como no Rio de Janeiro, onde foi inaugurada a “Casa Nem”, ou em São Paulo onde fica a “Casa 1”, entre tantas outras cidades do Brasil, em Brasília existe apenas a “Casa Rosa”, sendo que segundo a FGV DAPP (Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas), o Distrito Federal é a unidade federativa com a maior taxa de denúncias contra crimes de LGBTfobia10 de todo o pais.

A cidade escolhida para receber o projeto é Brasília, justamente por ser uma região central, bem localizada, de fácil acesso as demais cidades satélites. A região conta com equipamentos de saúde, educação, segurança e transporte público. Além disso, por um parâmetro de segurança e locomoção é melhor que o centro se localize no centro para que os usuários tenham fácil e rápido acesso a mesma. Dados da CODEPLAN (Companhia de Planejamento do Distrito Federal ) de 2016 também indicam que a cidade onde mais se registram queixas contra a comunidade LGBT+ é Brasília devido ao fácil acesso das vítimas a delegacias.

O foco para este centro de acolhimento e cultura é propor um programa arquitetônico de um complexo que atenda às principais necessidades do público LGBT+, oferecendo moradia emergencial, atendimento médico e psicológico e auxílio social, além de ser um símbolo de luta e resistência indenitária. Para isso ela contara com uma estrutura que também oferecera capacitação e estudos para essas pessoas, e ainda dentro de suas dependências realizara programas culturais e palestras para toda a comunidade.

Em 2013, cerca de 5.386 pessoas estavam em um relacionamento homoafetivo11 no

Distrito Federal, sendo que o coeficiente de variação para esta variável ficou em

10 Ato de discriminar, agredir, ofender ou ter atitudes negativas referentes a pessoas pertencentes a comunidade LGBT+.

11Homoafetivo é o adjetivo que qualifica uma pessoa que gosta e sente atração por pessoas do mesmo sexo. O termo homoafetivo foi criado para diminuir a conotação pejorativa que se dava aos relacionamentos homossexuais, e tornou-se uma expressão jurídica para tratar do direito relacionado a união de casais do mesmo sexo.

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33,2%. Ou seja, esse número indica que essa população pode variar entre 1.879 a 8.892. Para o ano de 2014, utilizando os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), no Distrito Federal 3.659 pessoas estavam em um relacionamento homoafetivo (CODEPLAN, 2013). Depois de obter esses números foram analisados dados sobre a agressão de pessoas LGBT+ no DF e ficou constatado que o Plano Piloto é a cidade onde mais existem ocorrências de agressões contra este público.

Para a questão de sustentabilidade, foram pensados em jardins que armazenam água para a própria irrigação em dias mais secos; e um isolamento térmico das paredes feitos para reduzir o gasto de energia com ar-condicionado ou aquecimento; O sistema construtivo que será utilizado na construção será em concreto armado,

objetivando um melhor desempenho bioclimaticos dentro da edificação, uma menor produção de resíduos, além de acelerar o processo de construção. Para a eficiência energética foram pensados no uso de energias renováveis, especialmente a instalação de painéis fotovoltaicos12 para uso da energia solar. Os edifícios foram

disposto de modo a não modificar de forma agressiva a topografia existente, e na questão de insolação serão dispostos dois brises horizontais de madeira com vegetação em ambas as fachadas norte/oeste, trazendo assim um melhor conforto térmico e lumínico para a parte interna de ambos os edifícios.

Propor uma arquitetura como forma de resistência e luta e não só como um simples edifício foi o maior desafio na realização do trabalho, pois poder modificar a vida de um ser humano a partir da arquitetura é algo extremamente gratificante e que realmente faz valer todo o esforço, pois uma edificação sem propósito é apenas uma construção, mas uma edificação com proposito torna-se uma arquitetura.

12Painéis solares fotovoltaicos são dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica. Os painéis solares fotovoltaicos são compostos por células solares, assim designadas já que captam, em geral, a luz solar.

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13 1. REVISÃO BIBLIOGRAFICA

A partir da leitura e pesquisa do PPCub (Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília) e da proposta de minuta PLC (Projeto de lei complementar) do PPCub (2017), foram decididos alguns sítios para a locação do projeto, visando que por se tratar de uma área tombada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) nem todos os lotes disponíveis seriam adequados para a implantação.

No Art. 54 o TP10 corresponde, predominantemente, às áreas limites do tecido principal da cidade situadas a oeste e leste da Asa Sul e da Asa Norte, do Plano Piloto, constituído predominantemente por atividades múltiplas, institucionais e de serviços complementares, de escalas local e regional. V – UP5: Setor de Grandes Áreas Norte e Sul – SGA Quadras 900 e EQ 700/900; que são as áreas das escolhas dos possíveis sítios para a implantação. Para isso, foi constatado que para a implantação de um centro de acolhimento e cultura a norma exigiria que se tratasse de um lote institucional.

De acordo com o Art. 54, as diretrizes para salvaguarda dos valores do TP10 são: I – manutenção da função desempenhada pelos SGA – Quadras 900, como áreas limítrofes com os parques urbanos e áreas de lazer, situados a oeste da Asa Sul e da Asa Norte, constituindo barreira física que marca e contribui para o reconhecimento da linearidade da estrutura urbana do Plano Piloto; II – fomento de novos usos e atividades, inclusive do uso misto com habitação, vedado o uso exclusivamente residencial, na UP5; III – promoção da renovação e qualificação do território, de forma a acentuar seu papel na estrutura urbana e intensificar a sua dinâmica como área complementar; IV – intensificação da arborização nos espaços públicos e no interior dos lotes; V – revitalização por meio da revisão de usos, da flexibilização de atividades e da qualificação do espaço público.

Visto todas essas qualificações sobre a área, além de fatores como segurança, transporte, saúde, educação, etc., foi-se decidido que Brasília, em particular as quadras 900 da Asa Norte seria a área mais adequada para o projeto.

Além do PPCub foram adotadas algumas normas e medidas adotadas por os bombeiros para a concepção do projeto, também guias estaduais de vários estados como MG, RJ, SP, para a criação de abrigos temporários ou definitivos, como o guia do SIABRIGOS (Sistema de informações sobre a criança e ao Adolescente em abrigos), que traz em seu artigo muitas orientações sobre cada especialização que os abrigos devem ter, as atividades comuns de serem feitas nestes ambientes, além de fatores como calcular o número de vagas, a capacidade de permanência dos usuários entre outros parâmetros trazidos no documento.

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Atualmente no DF, existem poucas leis em defesa da comunidade LGBT, o que torna a cidade muito atrasada na luta contra o preconceito, existe, por exemplo a lei n° 2.615, de 26 de outubro de 2000 que “Determina sanções às práticas discriminadas em razão da orientação sexual das pessoas”. Também existe a portaria de 9 de fevereiro de 2010 que foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal pela secretaria de Educação, que garante a travestis e transexuais o uso do nome social13 nas

escolas públicas do Distrito Federal (ABGLT, 2019). E por último existe a lei no 4.374, de 28 de julho de 2009 “Institui no Distrito Federal o Dia de Combate à Homofobia”. Porem a pratica de LGBTfobia ainda não é criminalizada no país (Relatório de violência homofóbica no Brasil: ano 2013).

De acordo com o mapa de ocorrências contra a população LGBT no DF (CODEPLAN, 2017) podemos observar que uma das cidades com o maior índice de ocorrências registras no DF é o Plano Piloto, figura 1, frente a interpretação desses dados podemos perceber que o Plano Piloto é uma das cidades onde as pessoas tem uma maior facilidade e acesso a delegacias e ajuda para a denúncia desses crimes.

Figura 11: Mapa de ocorrências contra população LGBT no DF FONTE: CODEPLAN, 2017

13É o nome pelo qual pessoas transexuais, travestis (em geral) ou qualquer outro gênero preferem ser chamadas cotidianamente, em contraste com o nome oficialmente registrado, que não reflete sua identidade de gênero. A identidade do nome social é vinculada com a identidade civil original.

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15 2. O PROJETO: CENTRO TRANSFORMAÇÃO

A problemática da LGBTfobia vem ocorrendo a muitos anos no mundo todo, uma das primeiras lutas com visibilidade globalmente foi a revolta de Stonewall, quando no dia 28 de junho de 1969, um grupo de gays e lésbicas que frequentava o famoso bar Stonewall, no bairro de Greenwich Village, em Nova York, se rebelou contra a hostilidade de policiais que costumavam invadir o local, extorquir e até prender os frequentadores. Cansados da humilhação e opressão, cerca de 400 pessoas enfrentaram a polícia. Esse dia ficou marcado como o início à luta LGBT no mundo (Coleção CULT; 2011).

Desde então vimos muitas lutas e variações de manifestações ao redor do mundo, algumas lutas como a de 17 de maio de 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças, o que foi uma grande vitória para toda a comunidade LGBT. No Brasil, em 28 de junho de 1980, foi fundado o Grupo Gay da Bahia, a mais antiga associação brasileira de defesa da comunidade LGBT, que atua até hoje no nosso país. Não é de hoje que essa discussão sobre a LGBTfobia existe no Brasil, porem a prática ainda não é criminalizada no país (GGB, 2017).

Entende-se que o projeto arquitetônico não acabara com esse problema, porém trará um novo recomeço para essas vítimas fragilizadas e hostilizadas anteriormente. A arquitetura do projeto servira como acolhimento e luta, apoio e inclusão, por isso, a edificação deve conter características que façam com que essas pessoas sejam reconhecidas e representadas. Por isso o projeto será um edifício que contara com áreas destinas a educação, alguns ambientes dedicados a saude e assistência jurídica que será aberta para toda a sociedade LGBT+.

O principal objetivo da arquitetura a ser empregada é trazer uma nova identidade visual, de alegria e força, para essa comunidade. Nas áreas comuns o que se pretende é trazer uma arquitetura cheia de vida, com elementos construtivos e decorativos leves, com cores vibrantes e alegres. Já nas áreas dos dormitórios materiais e cores mais aconchegantes e elementos que tragam o conforto e acolhimento para os acolhidos.

3. REPERTÓRIOS

Algumas pesquisas bibliográficas foram feitas para criar repertório para o projeto a ser criado, e exemplos na região, Brasil e no mundo ajudaram a nortear o Centro de Acolhimento e Cultura. Porem devo destacar que por se tratar de um tema muito recente no Brasil, as casas de acolhimento LGBT’s começaram a surgir muito recentemente, e por isso, muitas elas tiveram que se adaptar aos meios urbanos já existentes e não utilizam a mesma proposta que pretendo abordar no projeto. São elas:

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16 3.1 CASA FRIDA (DF)

Localizada na casa 121 da Rua 30 de São Sebastião, região administrativa a 21,4km da Rodoviária do Plano Piloto, é um lugar especial, um espaço de resistência feminista, acolhimento e promoção de cultura, arte e educação que atende pelo nome de Casa Frida.

Figura 12: Casa Frida fachada

FONTE: https://www.metropoles.com/distrito-federal/

Como podemos ver na Figura 2, a Casa Frida é literalmente uma residência, com três quartos, sala, banheiro, cozinha, garagem e quintal — esses dois últimos são os espaços que abrigam as principais atividades. A ideia do projeto é ser um lar para a comunidade.

Criada em 2014, a Casa Frida foi iniciativa de algumas jovens da região de São Sebastião. Na cultura do público feminino, o nome do espaço tem inspiração óbvia na artista plástica Frida Kahlo por tudo que ela representou para as mulheres e para o movimento feminista. Mas também é uma sigla dos princípios do espaço: feminismo, revolução, igualdade, diversidade e amor. (NADER, Vinicius)

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17 Figura 13: Casa Frida quintal cultural

FONTE: http://jornalismo.iesb.br

De forma fixa, na Casa Frida são ministrados dois cursos de extensão: um com a temática sociedade, trabalho e capitalismo, do Instituto Federal de Brasília (IFB); e outro, o corpolítica, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), um coletivo destinado a mulheres com o objetivo de romper barreiras e construir um empoderamento14 teórico, acadêmico e pessoal, ambos feito no espaço apresentado

na Figura 3. Além disso, há a Roda de São Samba, que celebra o samba da comunidade e das mulheres que produzem o estilo no DF, e o Cine Clube Feminista, que ocorre na casa e nas escolas públicas da região, com exibição de filmes com diretoras, atrizes ou temáticas de protagonismo feminino. (NADER, Vinicius)

3.2 CASA 1 (SÃO PAULO)

A Casa 1 é um punhado de coisas: além de uma república de acolhimento, um centro cultural e agora uma clínica social, é também um exercício constante de pensar e promover mudanças estruturais. É ainda um projeto orgânico que se modifica de acordo com a necessidade e a diversidade dos seus públicos. A casa foi uma das grandes inspirações para a realização do projeto Casa Mona Maison, pois conta com o mesmo programa de necessidades que será proposto porem em edificações diferentes.

14É a ação social coletiva de participar de debates que visam potencializar a conscientização civil sobre os direitos sociais e civis. Esta consciência possibilita a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e dominação política.

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18 Figura 14: Casa 1 República de acolhida

FONTE: https://www.huffpostbrasil.com/entry/casa-1-fechamento-como-doar

Figura 15: Processo de reforma da Casa 1 FONTE: Facebook Casa 1

A república de acolhida, figura 4 e figura 5, conta com 20 vagas onde oferecem o suporte necessário para garantir que as moradoras e moradores tenham conhecimento e acesso a políticas e direitos que não tiveram contato, por motivos variados, a vida toda. Nesse processo, a liberdade e o respeito são questões centrais. Buscam para que as pessoas que vivem na casa tenham independência, participem das tomadas de decisão e, principalmente, consigam se organizar para seguir seus desejos da melhor forma possível após os três meses de estadia oferecidos pelo projeto.

O Centro Cultural Casa 1, conta com dois espaços: a parte inferior do centro de acolhida que traz as salas Vitor Angelo e Claudia Wonder, que atende população em situação de rua e a biblioteca comunitária Caio Fernando Abreu. Já o Galpão Casa 1 nasce para abrigar a extensa programação e processos de formações continuadas.

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Em sua divisão, apenas espaços que homenageiam grandes mulheres do movimento LGBT.

A Clínica Social Casa 1 atende mais de 200 pessoas em processos psicoterápicos e de terapias complementares, além de atendimentos pontuais com profissionais médicos de diversas áreas. Todos os serviços são ofertados gratuitamente ou com valores sociais e reforçam a atuação e preocupação da Casa 1 com acessos à atendimento acessível e humanizado de saúde.

3.3 Los Angeles LGBT Center (USA)

O Centro foi fundado em 1969, pelo ativista de direitos de gays e lésbicas Morris Kight. Localizada em Los Angeles, Califórnia, desde 1969, o Centro LGBT de Los Angeles cuida, defende e celebra pessoas e famílias LGBT em Los Angeles e além. Hoje, os quase 700 funcionários do Centro prestam serviços para mais pessoas LGBT do que qualquer outra organização do mundo, oferecendo programas, serviços e advocacia global que abrangem quatro grandes categorias: Saúde, Serviços Sociais e Habitação, Cultura e Educação, Liderança e Advocacia.

O LA LGBT Center opera instalações em oito locais, cada uma com um proposito especifico, umas destinadas a alojamentos, outras especializadas em atendimentos médicos e psicológicos, outros são grandes centros culturais e tem até mesmo um parque em homenagem ao centro. A mais recente e a ser abordada neste trabalho é o centro Anita May Rosenstein Campus, figura 6, inaugurado em 2019, possui cerca de 16000 m² construídos, abriga cerca de 225 pessoas e que conta com programas culturais, alojamentos e programas educacionais para uma grande população LGBT.

Figura 16: Centro Anita May Rosenstein Campus Fonte: https://www.archdaily.com

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20 Figura 17: Planta baixa Anita May

Fonte: https://www.archdaily.com

Figura 18: Volumetria dos setores Anita May Fonte: https://www.archdaily.com

Nas Figuras 7 e 8, temos as distribuições da planta baixa e da volumetria do edifício, que conta com um programa muito amplo de acolhimento, saúde, apoio jurídico e educacional para a comunidade LGBT, mesmo o projeto do Campus Anita May sendo para o atendimento de uma grande público e devido a sua relevância social, o projeto traz características muito particulares que podem ser aproveitadas no projeto a ser desenvolvido.

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21 4. BRASILIA - A CIDADE ESCOLHIDA PARA A IMPLANTAÇÃO

Para a escolha do sitio, devido ao objetivo de reinserção e integração desses moradores a sociedade, podendo contar com equipamentos públicos como escolas e unidades de saúde, acesso fácil a meios de transportes e proximidade a outras cidades satélites e com os grandes centros urbanos do DF, foi escolhida a cidade de Brasília, figura 9, como a que abrigara este Centro de acolhimento, e como já mostrado anteriormente, Brasília é a cidade onde mais há registros de agressão contra a comunidade LGBT+, isso nos mostra que Brasília é a cidade onde esse público tem mais acesso aos meios de segurança e de saúde pública.

Figura 19: Mapa Macro do Distrito Federal Fonte: geoportal.seduh.df.gov.br

O bairro escolhido na cidade de Brasília para se trabalhar foi a Asa Norte, figura 10, devido a fatores de urbanidade15 e legislação. O bairro é tombado pela Unesco, e está

entre os bairros com maiores índices de qualidade de vida no Brasil. Além de ficar bem próximo à rodoviária do Plano Piloto. (GDF, 2018)

15 Reunião dos costumes, formalidades e comportamentos que expressam respeito entre pessoas;

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22 Figura 20: Mapa Meso da região de Brasília

Fonte: geoportal.seduh.df.gov.br

4.1 POSSÍVEIS TERRENOS PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO

A região em que se encontram os 3 possíveis sítios para a implantação do projeto ficam na Asa Norte de Brasília, respectivamente devido a legislação que se trata de uma área tombada e deve seguir algumas normas e restrições, adequando-se ao PPCub e a proposta de minuta PLC de 2017. Para o tipo de projeto a ser implantado as normas exigem que o lote escolhido seja institucional.

Figura 11: Lote 1 no SGAN 909 Asa Norte Fonte: geoportal.seduh.df.gov.br

Na figura 11 temos o lote na SGAN 909 da Asa Norte que possui tipologia institucional ou coletivo e possui cerca de 7000m². É circundado por igrejas, escolas, comércios e prédios governamentais. É de fácil acesso pois fica frente a uma das vias principais da região e fica próximo a parada de ônibus.

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23 Figura 212: Lote 2 do SGAN 911 Asa Norte

Fonte: geoportal.seduh.df.gov.br

Na figura 12 temos o lote na SGAN 911 da Asa Norte que possui tipologia institucional ou coletivo e possui cerca de 6000m². É circundado por igrejas, escolas, instituições públicas e abrigos. Atualmente serve como estacionamento irregular no local. É de fácil acesso pois fica frente a uma das vias principais da região e fica próximo a parada de ônibus.

Figura 13: Lote 3 do SGAN 915 Asa Norte Fonte: geoportal.seduh.df.gov.br

Na figura 13 temos o lote na SGAN 915 da Asa Norte que possui tipologia institucional ou coletivo e possui cerca de 9000m². É circundado por igrejas, escolas, condomínios residenciais e comércios em geral. É de fácil acesso pois fica frente a uma das vias principais da região e fica próximo a parada de ônibus.

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24 4.2 A ESCOLHA DO TERRENO

O sitio escolhido foi o lote 2, figura 12, o lote fica no Setor de Grandes Áreas Norte 911 da Asa Norte, em Brasília, pois sua legislação abrange a tipologia Institucional para a criação de edifícios de assistência social, além de ser em uma zona considerada mista por haver outras tipologias de edificações presentes. A área é tombada pela UNESCO por fazer parte do complexo arquitetônico de Brasília, e tem algumas restrições a serem seguidas apresentadas no PPCub e pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). É bem localizado dentro do meio urbano e tem proximidades com igrejas, escolas, instituições públicas e outros abrigos. Atualmente serve como estacionamento irregular para uma escola que fica ao lado do terreno. Além deste lote possuir fatores ambientais e topográficos que se adequam a implantação do projeto, possui um fácil acesso tanto para pedestres, quanto para quem utiliza o transporte público, pois fica frente a uma das vias principais da região e próximo a paradas de ônibus.

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25 5. O PROJETO

Depois da analise dos dados apresentados e dos projetos estudados, o trabalho foi desenvolvido para ser um Centro de Acolhimento e Cultura que tem o objetivo de acolher todas as pessoas pertencentes a comunidade LGBT+ que estejam em situação de vulnerabilidade, provendo-lhes um lar emergencial, educação, saúde e cultura, ate que os mesmos possam se reinserir na sociedade.

O projeto oferece ao publico interno e externo, educação, cultura, ajuda jurídica, medica e social, alojamentos e alimentação. O projeto busca ser aberto não só ao publico LGBT+, mas também oferecer seus espaços externos a todo o publico da região.

6. PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PROJETO

No programa de necessidades, foram adotadas metragens de acordo com a demanda que o centro irá acolher e atender, pois alguns ambientes terão público permanente e outros serão apenas transitórios. O Centro será dividida em 6 zonas:

1) ALIMENTAÇÃO: Esta área será de uso coletivo para as pessoas que estão abrigadas no centro e para funcionários do centro. Com 470m² ela será dividida em a) Refeitório; b) Cozinha c) Area de descanso.

2) ALOJAMENTOS: espaço reservado para abrigar o público em situação de vulnerabilidade de modo temporário e emergencial, que possui 438m² com a) Dormitórios; b) Vestiários/ Banheiros; c) área de estar.

3) ESPAÇOS PUBLICOS E DE CONVIVENCIA: local aberto ao público interno e externo para convivência e realização de eventos que contara com 4000m² distribuídos em a) Estacionamento; b) Espaço de Convivência; c) espaço esportivo.

4) ATENDIMENTO/ ADMINISTRATIVO: área destinada a administração do centro assim como sua área de serviços ofertados para a comunidade LGBT. Com 164m² foi dividido em a) Recepção; b) financeiro; c) Coordenação; d) Direção; e) Banheiros; f) Sala para consultório médico; g) Sala para serviço social; h) Sala para atendimento jurídico.

5) CULTURA E LAZER: área destinada a eventos, apresentações, festividades e competições, possui 247m² com a) Auditório; b) Sala multiuso; c) Banheiros. 6) EDUCACIONAL: local destinado a aulas e cursos múltiplos oferecidos para o

público, que possui 402m² distribuídos em a) Sala de aula; b) Laboratório de informática; c) Biblioteca; d) Banheiros.

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26 ALIMENTAÇÃO Ambiente Área m² - Refeitório 165m² - Cozinha 85m² - Descanso 25m² - Banheiros 170m² - Hall de entrada 25m² Total: 470m² ALOJAMENTOS Ambiente Área m² - Dormitórios 311m² - Vestiários/Banheiros 107m² - Estar 20m² Total: 438m² ESPAÇOS PÚBLICOS E DE CONVIVENCIA

Ambiente Área m² - Estacionamento 1500m² - Espaço de convivência 1200m² - Espaço esportivo 1300m² Total: 4000m² ADMINISTRATIVO / ATENDIMENTO Ambiente Área m² - Recepção 30m² - Financeiro 12m² - Coordenação 12m² - Direção 20m² - Consultório medico 30m² - Serviço social 30m² - Atendimento jurídico 30m² Total: 164m² CULTURA E LAZER Ambiente Área m² - Auditório 108m² - Sala multiuso 94m² - Vestiários/Banheiros 45m² Total: 247m² EDUCACIONAL Ambiente Área m² - Salas de aula 140m²

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27 - Laboratório de informática 94m² - Biblioteca 108m² - Banheiros 60m² Total: 402m² TOTAL: 5721 m² 6.1 FLUXOGRAMA PRIMARIO 6.2 FLUXOGRAMA SECUNDARIO Área de convivência Banheiros / vestiários Dormitórios Sala de descanso Cozinha Refeitório Quadra de esportes Arquibancada Sala multiuso Banheiros Auditório Estacionamento Sala de informática Sala de aula Banheiros Biblioteca Coordenação Direção Atendimento medico Atendimento social Atendimento jurídico Hall de entrada Estar/ Área de Banheiros / vestiários Financeiro Entrada principal Banheiros / vestiários

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28 7. TERRENO E BIOCLIMATISMO

Conforme citado anteriormente, o terreno escolhido para o projeto está localizado no SGA 911 de Brasilia. Abaixo, figura 14, podemos identificar as pricipais fachadas a receberam incidência solar diretamente, e a partir delas foram trabalhados brises horizontais com vegetação para um melhor conforto térmico e luminco nos edificios. O terreno possui 4 curvas de nível, com diferença de 1 metro e os ventos predominantes estão a leste, figura 15.

Figura 14: Planta de insolação Figura 15: Ventos dominantes Figura 16: Carta Solar Fonte: Acervo pessoal 2020 Fonte: Sol-Ar Fonte: Sol-Ar

8. FORMA

A forma escolhida partiu do proposito de ciclos da natureza, que estão sempre em transformação, por isso, a partir de uma circunferência central, local aonde localiza-se a praça, e apartir do localiza-seu eixo foram disposto ambos os edifícios, ambos formados por dois arcos principais, um maior do que o outro.

Figura 17: Forma

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29 9. IMPLANTAÇÃO

Na implantação do edifício houveram pequenos movimentos de terra para adequar o projeto a topografia. O edifício foi locado de maneira a evitar a incidência direta solar e facilitar a permeabilidade dos ventos. Na imagem, figura 18, podemos perceber as curvas de nível modificadas para abrigarem o edifício.

Figura 18: Terreno modificado Fonte: Acervo pessoal 2020

10. SETORIZAÇÃO

Nas plantas abaixo é possível identificar a separação das grandes zonas do projeto, como, administrativa, atendimento, convivência, cultura e lazer, educacional, alojamentos e alimentação.

Lembrando que o prédio a esquerda é privativo para pessoas que estão abrigadas nos alojamentos do centro, e o prédio a direita é aberto ao publico e moradores da região. Alem disso, a imagem, figura 19, nos mostra os fluxos no centro, tanto de pessoas, quanto de veículos, quanto de carga e descarga na cozinha.

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30 Figura 19: setorização terreo

Fonte: Acervo pessoal 2020

Figura 20: setorização 2º pavimento Fonte: Acervo pessoal 2020

11. PLANTA BAIXA

Assim como já dito anteriormente, o projeto é dividido em 6 grandes zonas, com um edifício privativo e outro aberto ao publico, nas figuras 21 e 22 podemos observar mais claramente as divisões internas destes edifícios.

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31 Figura 21: planta baixa térreo

Fonte: Acervo pessoal 2020

Figura 22: planta baixa 2º pavimento Fonte: Acervo pessoal 2020

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32 12. FACHADAS

A partir das figuras abaixo, é possível visualizar como foram trabalhadas as aberturas.

Figura 23: fachada leste Fonte: Acervo pessoal 2020

Figura 24: fachada norte Fonte: Acervo pessoal 2020

Figura 25: fachada oeste Fonte: Acervo pessoal 2020

Figura 26: fachada sul Fonte: Acervo pessoal 2020

13. CORTES

Figura 27: corte longitudinal Fonte: Acervo pessoal 2020

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33 Figura 28: corte transversal

Fonte: Acervo pessoal 2020

14. SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAIS

Os sistemas construtivos adotados no projeto foram o de paredes de concreto com vigas e pilares de concreto armado, esquadrias com armação metálica e vidro, para a cobertura laje impermeabilizada com cobertura de telha sanduiche com 10% de inclinação.

Para ambos os edifícios foram pensadas janelas em fitas, continuadas ao decorrer de toda a fachada. Como as duas fachadas principais de ambos os prédios são em arcos, as janelas foram postas de 80cm em 80cm, para garantir a continuidade e harmonia estética e funcional dos edifícios. Para as fachadas que ficam voltadas para o norte e oeste, foram adotadas soluções de brises horizontais de madeira com a utilização de vegetação, para diminuir a incidência solar dentro dos edifícios e trazer uma melhor sensação térmica para os ambientes.

No lançamento estrutural foram utilizados pilares de concreto com 40cmX25cm e vigas de concreto armado que seguem a mesma modulação das paredes do edifício. Sendo colocadas com o espaçamento de cerca de 5m uma da outra. A solução do edifício A foi diferente da solução do edifício B para melhorar a sua modulação em relação as divisões dos edifícios.

Figura 29: planta estrutural Fonte: Acervo pessoal 2020

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34 15. PERSPECTIVAS

Figura 30: perspectiva 1 Fonte: Acervo pessoal 2020

Figura 31: perspectiva 2 Fonte: Acervo pessoal 2020

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35

Figura 32: perspectiva 3 Fonte: Acervo pessoal 2020

Figura 33: perspectiva 4 Fonte: Acervo pessoal 2020

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Figura 34: perspectiva 5 Fonte: Acervo pessoal 2020

Figura 35: perspectiva 6 Fonte: Acervo pessoal 2020

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37 Figura 36: perspectiva 7

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38 16. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir das pesquisas realizadas e das discussões com o professor orientador, foram tomadas as decisões que mais correspondiam com a boa qualidade arquitetônica e execução o projeto, levando em consideração a legislação vigente e as características mais humanizadas do projeto.

Partindo do conhecimento dos dados apresentados neste trabalho é imprescindível que haja alguma solução arquitetônica para esta população que está em constante risco. O projeto, assim como o seu nome, busca dar um lar para essas pessoas, não apenas um abrigo, proporcionando-lhes dignidade e acolhimento.

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39 REFERENCIAS

CASA ROSA - Texto “Casa rosa: um espaço pensado com amor”. Disponível em: http://www.cutbrasilia.org.br/site/2018/07/31/casa-rosa-um-espaco-pensado-com-amor/

CODEPLAN - Artigo do PDAD 2018. Disponível em: http://www.codeplan.df.gov.br/pdad-2018/

CODEPLAN - Artigo “Um olhar sobre a população LGBT no Distrito Federal”.

Disponível em: http://www.codeplan.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/Um-olhar-sobre-a-popula%C3%A7%C3%A3o-LGBT-no-Distrito-Federal.pdf

CASA UM. Disponível em: http://www.casaum.org/

LA LGBT CENTER. Disponível em: https://lalgbtcenter.org/

Disponível em: https://www.archdaily.com/917774/los-angeles-lgbt-center-anita-may-rosenstein-campus-leong-leong-plus-killefer-flammang-architects

Texto “Casa Frida: o lar da cultura”. Disponível em:

http://especiais.correiobraziliense.com.br/casa-frida-o-lar-da-cultura SIA ABRIGOS. Artigo sobre abrigos. Disponível em:

http://www.neca.org.br/siabrigos/abrigos.pdf

BULGARELLI - Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-21082018-133346/publico/2018_LucasBulgarelli_VCorr.pdf

PEREIRA - Disponível em:

http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/331298/1/Perilo_MarceloDePaulaP ereira_D.pdf

ANTRA - “Relatório mapas dos assassinatos 2017”. Disponível em:

https://antrabrasil.files.wordpress.com/2018/02/relatc3b3rio-mapa-dos-assassinatos-2017-antra.pdf

PPCUB - Arquivos “PPCub – plano de preservação do conjunto urbanístico de Brasília”. Disponível em:

https://www.sistemafibra.org.br/fibra/component/edocman/assessoria-legislativa/ppcub-plano-de-preservacao-do-conjunto-urbanistico-de-brasilia GGB - Disponível em: https://grupogaydabahia.com.br/

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40

Vídeo “Ninguém fez nada”. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=jcFiOG501aA

REDE TRANS BRASISL. Disponível em: http://redetransbrasil.org.br/ Texto “Violência LGBTfobica no Brasil: dados da violência”. Disponível em: https://www.mdh.gov.br/biblioteca/consultorias/lgbt/violencia-lgbtfobicas-no-brasil-dados-da-violencia

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Artigo “50 anos de Stonewall: saiba o que foi a revolta que deu origem ao dia do orgulho LGBT”. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-48432563

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS. Disponível em: http://dapp.fgv.br/seguranca-e-cidadania/

Texto “LGBTfobia no Brasil: fatos, números e polêmicas”. Disponível em: https://www.politize.com.br/lgbtfobia-brasil-fatos-numeros-polemicas/

Stonewall 40 + o que no Brasil? / Leandro Colling, organizador. -Salvador: EDUFBA, 2011. 282 p. - (Coleção CULT; n. 9). Disponível em:

https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/38933320/Stonewall_40_cult9

_RI.pdf?response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DStonewall_40_o_que_no_Brasil.pdf&X-Amz ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA LGBT. Disponível em: https://www.abglt.org/distrito-federal

GEOPORTAL – Informações sobre os Terrenos – Disponível em https://www.geoportal.segeth.df.gov.br/mapa/#

Referências

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