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Abordagem de uma Paciente com

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Reblampa2002 15(1): 41-51

Relato de Caso

Abordagem de uma Paciente com

Fibrila~ao

Atrial e

Insufich~ncia

Cardiaca

Tratada com

Abla~ao

do

No

Atrioventricular e Marcapasso Multissitio

Oswaldo Tadeu GRECO(1) Augusto CARDINALLI NETO(2) Adalberto Menezes LORGA FILHO(3)

Adelino PARRO JUNIOR(4) Fernando V. SALlS(S) Rinaldo C. SANTOS(6) Renata A. BOGDAN(6) Francismar Vidal ARRUDA JUNIOR(6) Roberto Vito ARDITO(7)

Reblampa 78024-320 Greco OT, Cardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parra Junior A, Salis FV, Santos RC, Bogdan RA, Arruda

Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrilac;:ao atrial e insuficiemcia cardfaca tratada com ablac;:ao do no atrioventricular e marcapasso multissftio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51. RESUMO: Paciente do sexo feminino, com 58 anos, portadora de cardiomiopatia dilatada, acompanhada desde 1984 por apresentar insuficiencia cardfaca e hipertensao arterial. Na evoluc;:ao, apresentou bloqueio de ramo esquerdo e fibrilac;:ao atrial. No final de 1999, mesmo com a medicac;:ao adequada e otimizada para insuficiencia cardfaca, apresentava-se em grau funcional IV e as internac;:6es hospitalares haviam se tornando cad a vez mais freqOentes. Em janeiro de 2000, optou-se pela ablac;:ao do no atrioventricular e pelo implante de um marcapasso endocardico bifocal multissitio em ventrfculo direito. Desde entao vem evoluindo bem, com menor numero de medicamentos e raras internac;:6es.

DESCRITORES: insuficiencia cardfaca, marcapasso cardfaco artificial, estimulac;:ao multissftio, fibrilac;:ao atrial.

INTRODUQAo

A insuficiencia cardiaca (Ie) e uma sindrome complexa, que se caracteriza pel a incapacidade do cora<;:ao em atender as necessidades metab61icas e tissulares do organismo, ou de faze-Io somente

com elevadas press6es de enchimento.

E

0 ponto

de convergencia de todas as cardiopatias, tendo sua prevalencia aumentada nestes ultimos anos

devido

a

maior expectativa de vida da popula<;:ao

em geral e tambem, ao tratamento mais adequado do infarto do miocardio na fase aguda, quando um percentual significativo dos sobreviventes

desen-volve insuficiencia cardiaca1. A partir do seu

diag-n6stico, tem uma evolu<;:ao progressiva e desfavo-ravel, com hospitaliza<;:6es frequentes ocasionadas

por descompensa<;:ao, 0 que Ihe confere alta

morbi-dade e mortalimorbi-dade, com taxas de sobrevida de 25% em 5 anos para homens e 38% para mulheres,

no mesmo perfodo2.

(1) Cardiologista e chefe do setor de marcapasso. (2) Cardiologista.

(3) Cardiologista e eletrofisiologista.

(4) Cardiologista e chefe do setor de ecocardiografia. (5) Chefe do servic;;o de cardiologia nuclear. (6) Cirurgiao cardiaco.

(7) Chefe da cirurgia cardiaca.

Enderec;;o para correspondencia: IMC - Instituto para Molestias Cardiovasculares, Sao Jose do Rio Preto, Sao Paulo, Brasil. Trabalho recebido em 01/2002 e publicado em 03/2002.

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Greco QT, Gardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parro Junior A, Salis FV, Santos RG, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrila9ao atrial e insuficiencia cardiaca tratada com abla9ao do no atrioventricular e marcapasso multissitio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

Sendo a IC uma sindrome potencial mente letal, com preva!l§ncia em todo 0 mundo, torna-se impor-tante a extratifica<;ao do risco de morte para identi-ficar precocemente os indivfduos com maio res chances de tal ocorrencia. Assim, a identifica<;ao dos fatores progn6sticos da IC permite adotar uma terapia mais agressiva e otimizada ou mesmo interven<;oes extre-mas, como 0 usa de marcapasso (MP), desfibrilador e/ou transplante cardiaco, na tentativa de reduzir a

morbi-mortalidade del a decorrente3.

Para a avalia<;ao quantitativa do desempenho ventricular esquerdo, 0 estudo com hemacias mar-cadas e considerado 0 padrao-ouro pela Sociedade Americana de Cardiologia Nuclear, tendo como prin-cipal diferen<;a em rela<;ao as demais tecnicas 0 fato de seus resultados nao sofrerem interferencias em decorrencias de altera<;oes geometricas do ventriculo

esquerd04. Ademais, trata-se de uma forma de

ava-lia<;ao nao invasiva, de facil manuseio e de baixo custo, que vem sendo cad a vez mais utilizada, a medida em que evoluem as diferentes formas de tratamento da disfun<;ao ventricular. A possibilidade da digitaliza<;ao das informa<;oes obtidas por este metoda permite analisar 0 ventriculo esquerdo como um todo, bem como segmenta-Io em regioes para estudar as dinamicas regionais durante 0 cicio cardiaco.

o

objetivo desta comunica<;ao e apresentar a

evolu<;ao de uma paciente com fibrila<;ao atrial e insuficencia cardiaca refrataria ao tratamento medica-mentoso, tratada com abla<;ao da n6 atrioventricular e implante de marcapasso multissitio.

CAsuisTICA E METODO

Relato do Caso

M.A.C., do sexo feminino, 58 anos, vinha sendo

acompanhada no Instituto de Molestias

Cardiovas-culares desde 01/84 por hipertensao arterial,

contro-lada com betabloqueador, ocasiao em que 0 ECG mostrava ritmo sinusal e sobrecarga ventricular es-querda.

Acompanhada anualmente, mantinha-se estavel

com a medi<;ao prescrita. Em 12188, alem dos

acha-dos ja citaacha-dos, 0 ECG passou a mostrar bloqueio do ramo esquerdo (BRE) e hemibloqueio anterior esquerdo

(HBAE). Na avalia<;ao de 07/94, apesar de

oligos-sintomatica, come<;ou a apresentar fibrila<;ao atrial (FA) e, mesmo medicada com digital, amiodarona, diureticos e inibidor da ECA, necessitou de interna<;ao por

sinto-mas de IVE em 08/94. Na ocasiao, 0 ecocardiograma

mostrou FE de 41 % com hipocinesia difusa e

impor-tante de ventriculo esquerdo. Foi internada novamente em 03/97em c1asse funcional III e a partir dai, mesmo com aumento da medica<;ao, as interna<;oes

torna-ram-se cada vez mais frequentes. Em06/99,0 carvedilol

foi acrescentado a medica<;ao, porem foi mal tolerado pela paciente. Com isto sua evolu<;ao agravou-se, a despeito da tentativa de otimiza<;ao terapeutica,

che-gando a ser internada novamente em 10/99 em

c1as-se funcional IV, aprec1as-sentando pouca tolerancia ao digital, que havia side introduzido na tentativa de manter uma frequencia ventricular estavel, em razao da resposta pouco efetiva aos outros medicamentos, mesmo que sob administra<;ao endovenosa. Em janeiro/

2000 optou-se pela abla<;ao do n6 atrioventricular e

pelo implante de um marcapasso endocardico bifocal multissitio no ventriculo direito (figura 1).

• Dados obtidos no implante (25.01.00):

eletrodo em VD (ponta )=0,5 V., 10,6mV., 1260n

eletrodo em VD (via de saida)

=

0,5V., 8,8mV.,600n

Programa<;ao - AN

PW - 2,5

Amplitude - 3,5

Sensibilidade 2,5

AV delay - 0,20 seg

o

estudo foi realizado atraves de ecocardiografia

mono e bidimensinal com Doppler e com tecnicas de Medicina Nuclear, testando-se na mesma ocasiao as estimula<;oes apical e bifocal direitas.

o

ecocardiograma permitiu obter a fra<;ao de

eje<;ao do ventriculo esquerdo (VE) atraves do

modo-M pela tecnica descrita por Teichholtz et a1.5

, tendo

side medidos os diametros diast61ico e sist61ico do

VE. Calculou-se 0 volume pela f6rmula V

=

D x7/2,4

+ D (onde V

=

volume e D

=

Diametros diast61ico ou

sist6Iico). A fra<;ao de eje<;ao (FE) foi entao calcula-da a partir dos volumes sist61ico e diast61ico atraves

da f6rmula FE = VD - VS / VD (onde VS = volume

sist61ico e VD

=

volume diast6Iico).

o

ritmo do movimento da parede posterior do

VE (EN) tambem reflete uma medida da fun<;ao sist6lica, e e 0 resultado da razao entre a amplitude da movimenta<;ao sist6lica do endocardia e 0 tempo de dura<;ao da sistole5.6.

A fun<;ao sist61ica do VE foi avaliada ainda pela ecocardiografia atraves do debito cardiaco (DC), obtido pela combina<;ao de dados do mapeamento bidimen-sional e do Doppler. Calculou-se 0 volume sist61ico pelo produto da area da via de saida do VE e da integral do tra<;ado espectral do Doppler pulsatil nessa

regiao. 0 DC foi 0 resultado da multiplica<;ao do

volume sist61ico pela frequencia cardfaca7.

Um metoda proposto por Tei et al.B

, que engloba

dados tanto da fun<;ao sist61ica como da diast6lica, tambem foi empregado para verifica<;ao do beneficio

• 0 efeito ressincronizador neste caso depende de urn "V-V delay"

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GrecoaT, Gardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parra Junior A, Salis FV, Santos RG, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem

de uma paciente com fibrilayao atrial e insuficiencia cardfaca tratada com ablayao do no atrioventricular e marcapasso multissftio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

Figura 1 - 05/01/00 - ECG pre implante de marcapasso (QRS = 0,18 seg.)

Fluxo Ao

potencial produzido pela ressincronizac,:ao. Baseia-se na razao entre a soma dos perfodos de contrac,:ao e relaxamento isovolumetrico (os quais refletem

dis-turbios da fases sist61ica e diast6Iica), e 0 fluxo da

via de safda de VE (que representa um parametro da func,:ao sist6lica) (figura 2). Uma relac,:ao elevada re-presenta uma performance reduzida do VE.

D

Ai. ·

.~

/\

Fluxo mitral---.l._ _

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!

~

TE

Ii

!

lindice-ooPPler = a

~

b ! :

V:

1 ' - - -1 A A A

Figura 2 - lIustrar;:iio esquematica da obtenr;:iio do indice de performance cardiaca ([ndice-Doppler). Obtem-se 0 trar;:ado do fluxo mitral com 0 Doppler pulsatil no topo da valva mitral a partir da via apical 4 ciimaras, e mensura-se0 intervalo de tempo entre a onda A do trar;:ado precedente e a onda E do trar;:ado subsequente (a). Procede-se, entiioil me-dida do tempo de ejer;:iio (TE), a partir da curva espectral do f1uxo aortico obtido na via de saida do ventriculo esquerdo (b). A subtrar;:iio "a - b" resulta na soma dos periodos de contrar;:iio (TCIV) e relaxamento isovolumetrico (TRIV), sendo este resultado dividido por "b".

Tambem se avaliou 0 efeito da ressincronizac,:ao

no grau de insuficielncia mitral (1M), medindo-se a

area de ocupac,:ao do jato de 1M em relac,:ao

a

area

do atrio esquerdo. De acordo com Helmcke et a1.9

, jatos pequenos «20%) indicam discreta regurgitac,:ao e jatos com> 40% de ocupac,:ao denotam 1M impor-tante. Adicionalmente, avaliou-se a tempo de dura-c,:ao do jato regurgitante, que e diretamente

propor-cional

a

gravidade da 1M.

Recentemente 0 Doppler tecidual vem sendo

empregado para avaliac,:ao da func,:ao sist6lica e diast61ica em diversas patologias. Por aplicar filtros

modificados no Doppler convencional, 0 Doppler

tecidual detecta seletivamente a variac,:ao Doppler dos tecidos e portanto e capaz de mensurar as veloci-dades do estfmulo na musculatura cardfaca e no anel mitral ou tricuspideo1(}-11.Em casos de disfunc,:ao sist61ica

global ou regional, a velocidade sist61ica se altera. Na avaliac,:ao da func,:ao diast61ica, observam-se alte-rac,:6es nas velocidades das fases de enchimento rapido (Em) e de contrac,:ao atrial (Am) mais precocemente

que quando se utiliza a analise do fluxo mitral12

A ventriculografia radioisot6pica foi realizada no servic,:o de Medicina Nuclear do Instituto de Molesti-as CardiovMolesti-asculares, tem sido utilizando a tecnica de marcac,:ao in-vivo. Ap6s 20 minutos da injec,:ao de

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Greco OT, Cardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parro Junior A, Salis FV, Santos RC, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrilac;:ao atrial e insuficiemcia cardfaca tratada com ablac;:ao do no atrioventricular e marcapasso multissftio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

12 mg de pirofosfato estanoso e 3,4 mg de cloreto estanoso em 2 ml de solU<;:ao fisiol6gica na veia cubital direita, foram injetado 1.111 MBq de Pertec-netato de S6dio e entao realizadas as imagens.

As imagens foram obtidas com uma Camara GE modele Millenium MPR no modo buffered beat gated com 32 quadros por cicio cardiaco, em projec;;ao obliqua anterior esquerda (25 graus). Foram usados colimador de baixa energia e ample prop6sito, ma-triz 64 x 64, zoom 2 e estatistica de analise de 200.000 contagens por quadro. No inicio de cad a imagem 0 sistema computacional calculou a

dura-c;;ao media dos intervalos R-R do eletrocardiograma durante um minuto e estipulou-se em 10% 0 limite de variac;;6es positivas ou negativas em 10% para os batimentos a serem registrados.

As imagens foram processadas em computador modele Entegra equipado com programa semi-automa-tico capaz de reconhecer as bordas das cavidades ventriculares. 0 processamento seguiu os seguintes passos:

• filtragem espacial;

• delimitac;;ao da reglao de interesse que cor-responde

a

cavidade ventricular esquerda no final da diastole;

• delimitac;;ao da cavidade ventricular esquerda no final da sistole;

• delimitac;;ao de uma area adjacente

a

cavidade ventricular esquerda no momenta da sistole final, que foi utilizada para 0 calculo da radiac;;ao de fundo;

• obtenc;;ao das curvas de contagem maxima cor-respondentes

a

diastole e

a

sistole ventricular esquer-da em func;;ao do tempo;

• calculo da frac;;ao de ejec;;ao do VE; • obtenc;;ao das imagens de amplitude e • obtenc;;ao das imagens e do histograma de fases. A imagem de amplitude permite ao observador analisar quais sao as regi6es de melhor desempenho contrati!. Isto e feito atraves da analise do maior ou menor deslocamento das hemacias marcadas em cada regiao do ventrfculo esquerdo, mostrando a regiao que melhor contribuiu para 0 desempenho contratil do VE13. A imagem de fase juntamente com 0 histograma, revel a a sequencia temporal em que cad a regiao apresentou 0 seu desempenho contratil dentro do cicio cardiaco, mostrando atraves de cores se existe um sincronismo contratil entre as cavidades atriais e ventriculares, entre as cavidades ventriculares direi-ta e esquerda e entre as paredes do VE (intraven-tricular), ou se estas regi6es apresentam uma desorga-nizac;;ao no seu ritmo contratil fisiol6gico.

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Figura 3 - 26/10/00 - ECG: 9 meses ap6s 0 implanle do marcapasso. (QRS = 0.12 seg.)

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Greco OT, Cardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parra Junior A, Salis FV, Santos RC, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrila9ao atrial e insuficiemcia cardfaca tratada com abla9ao do no atrioventricular e marcapasso multissftio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

RESULTADOS

Os tra<;:ados eletrocardiograticos mostrados

a

seguir, obtidos em perfodos diferentes ap6s 0

im-plante do marcapasso, evidenciam a redu<;:ao signifi-cativa da dura<;:ao do QRS no modo bifocal em re-la<;:ao

a

estimula<;:ao convencional (figuras 3, 4 e 5).

Ap6s a ativa<;:ao do marcapasso bifocal nao se observou mudan<;:a significativa da fra<;:ao de eje<;:ao (48%), ou do tamanho do atrio esquerdo (AE), mas houve discrete aumento do debito cardfaco (de 3,9 para 4,06 11m), do ritmo de movimenta<;:ao da parede posterior do VE (EN) (de 15 mm/s para 39 mm/s), e

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Figura 4 -04/03/02 ECG de 25 meses ap6s implante de marcapasso (QRS = 0,10 seg).

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Greco OT, Cardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parro Junior A, Salis FV, Santos RC, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrilac;:ao atrial e insuficiencia cardfaca tratada com ablac;:ao do no atrioventricular e marcapasso multissftio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

redU<;:ao do fndice de performance cardfaca (de 0,67 para 0,36) (figura 6). Adicionalmente, reduziram-se a area do jato de regurgita<;:ao mitral (de 1,2 para 0,61 cm2) e a dura<;:ao da insuficielncia mitral (de 170

para 85 ms) (figura 7).

o

Doppler tecidual da parede lateral do ventrfculo

esquerdo (VE) nao mostrou altera<;:ao significativa na fase sist6lica, mas a onda Em aumentou com a ativa-<;:ao do marcapasso bifocal (8 para 11 cm/s) (figura 8). As imagens a seguir mostram os resultados de 04 (tomadas) consecutivas realizadas na paciente no dia 07 de mar<;:o de 2002, atraves da ventriculografia radioisot6pica.

Figura 6 - Tra9ado espectral das curvas dos fluxos mitral (2 superio-res) e aortico 2 inferiosuperio-res), obtidos com0 marcapasso no modo VVI e bifocal (Bif), demonstrando as medidas obti-das para0calculo do indice-Doppler. Nota-se nitido aumento do TE com a ativa9ao do Marcapasso Bifocal MPB.

Figura 7 - Modo-M colorido obtido a partir da via apical 4 camaras, demonstrando a redu9ao do tempo de dura9ao do refluxo mitral (1M), e da extensao do mesmo.

Figura 8 - Tra9ado espectral do Doppler tecidual obtido a partir da via apical 4 camaras, com a amostragem na parede lateral basal do VE (seta), mostrando aumento da onda de enchimento rapido (Em) com a ativa9ao do Marcapasso Bifocal, em rela9ao ao modo VVI.

As imagens foram obtidas de forma consecutiva, sendo a primeira com0marcapasso desligado (fibrila<;:ao atrial), a segunda com marcapasso ligado e com estf-mulo na via de safda do ventrfculo direito (VD)

pr6xi-mo

a

arteria pulmonar, a terceira com 0 estfmulo na

ponta do VD e a quarta com estimula<;:ao bifocal. A analise das imagens mostra que nas 3 primei-ras aquisi<;:oes (figuprimei-ras g, 10 e 11) existe uma desor-ganiza<;:ao da sequencia sist6lica, com assincronismo contratil entre os ventrfculos direito e esquerdo e entre as paredes do VE (intraventricular esquer-do). Os valores da fra<;:ao de eje<;:ao do ventrfculo esquerdo (FEVE) nao sofrem altera<;:oes numericas.

Na quarta imagem com 0 marcapasso ligado e

com estimula<;:ao bifocal, observa-se nitidamente uma reorganiza<;:ao da sequencias contrateis inter e intra-ventricular, ocorrendo inclusive um incremento do valor da FEVE (figura 12).

DlscussAo

A fibrila<;:ao atrial e a mais comum das arritmias sustentadas e e associada com morbidade e mortal i-dade significativas e com custo substancial para os sistemas de saude. De fato, no estudo de Framinghan a fibrila<;:ao atrial foi 0 maior fator de risco para a morte, independente de outras condi<;:oes cardiovas-culares14.

Atualmente, quando se esgotam as alternativas medicamentosas para0 tratamento da fibrila<;:ao atrial,

utilizam-se tecnicas intervencionistas tais como abla<;:ao focal da FA, cirurgia da FA, implante de marcapasso atrial especffico e, final mente, abla<;:ao da jun<;:ao AV com implante de marcapasso ventricular. A abla<;:ao focal da FA esta em franco desenvol-vimento. Provavelmente sera uma das tecnicas pre-feridas a medio prazo. Neste caso, a arritmia

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defla-Greco QT, Cardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parro Junior A, Salis FV, Santos RC, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrilayao atrial e insuficiencia cardfaca tratada com ablayao do no atrioventricular e marcapasso multissitio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

Figura 9 - Ventriculografia radioisot6pica: fase e amplitude em fibrilac;:ao atrial.

P.·imeiraAquisi~ao

14h 14 min

Fibrilayao Atrial

1magem de Ease com a analise da sequenCIa temporal contratil Histograma da imagem de Ease Figura -9 Segunda Aquisi~ao 14 h 45 min Estimulo na via de saida do VD, proximo a Pulmonar

1magem de Ease com a analise da sequenCIa temporal contrali]

Histograma da imagem de Ease

Curva atividade x tempo Frayao de Ejeyao do VE

Figura - 10

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Greco QT, Gardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parra Junior A, Salis FV, Santos RG, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrila<;ao atrial e insuficiemcia cardfaca tratada com abla<;ao do no atrioventricular e marcapasso multissftio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

Terceira Aquisi~ao

15 h 15 min

Estimulo na pOllta do VD

lmagem de fase com a analise da sequencia temporal contnitil

Histograma da imagem de fase

Curva atividade x tempo Fra9ao de Eje9ao do VE

Figura-ll

Figura 11 - Ventriculogralia radioisotopica: lase e amplitude com marcapasso estimulando na ponta do ventriculo direito.

gradora da FA - extrassfstoles e/ou taquicardia atrial ou flutter atrial - sera eliminada ou isolada atraves de aplica90es de radiofrequelncia por cateter. Entre-tanto, esta ainda e uma tecnica em investiga9ao, e que depende da evolu9ao de eletrodos especfficos, o que devera reduzir as complica90es atualmente observadas, como a estenose das veias pulmona-res. Os melhores resultados tem sido observados na FA paroxfstica.

A cirurgia da FA tem mostrado bons resultados na FA cr6nica permanente. Entretanto, pelo fato de depender de toracotomia e de circula9ao extracor-p6rea, esta associada a alto risco em pacientes des-compensados, sendo geralmente secundaria e reali-zada em conjunto com outras corre90es necessaria-mente cirurgicas.

o

marcapasso atrial especffico para FA

("overpa-cing" e/ou "biatrial") ainda esta em desenvolvimento e sob investiga9ao. Seus melhores resultados ocor-rem nos casos de sfndrome bradi-taquicardia com predomfnio do ritmo sinusal, nao tendo aplica9ao na FA cr6nica. A abla9ao por cateter da jun9ao atrioven-tricular e uma ultima e definitiva alternativa terapeu-tica para pacientes com fibrila9ao atrial sintomaterapeu-tica em decorrencia de uma rapida resposta ventricular, cuja arritmia tenha sido comprovadamente refrataria

a

terapia medicamentosa ou quando esta nao e

tolerada pelos pacientes. Frequentemente esses pacientes desenvolvem uma cardiomiopatia dilata-da, em decorrencia da frequencia cardfaca alta, conhecida como "taquicardiomiopatia". A escolha do modo de estimula9ao e importante no acompanha-mento desses casos. Os marcapassos com sensores sao os mais recomendados. Na fibrila9ao atrial

pa-roxfstica os sen sores acoplados

a

estimula9ao

bi-cameral tem sido a melhor 0P9ao, sempre visando a manuten9ao do sincronismo atrioventricular. Mesmo assim, uma grande porcentagem dos pacientes evo-lui para a fibrila9ao atrial cr6nica15

o

Estudo Canadense de marcapasso fisiol6gico16

mostrou que a estimula9ao bicameral reduz a fre-quencia anual de desenvolvimento de fibrila9ao atrial cr6nica. Os pacientes com idade superior a 74 anos, portadores de doen9a do n6 sinusal, com epis6dio previa de fibrila9ao atrial e aqueles com cora9ao estruturalmente normal foram os mais beneficiados.

Daubert e Mabo17 acreditam que a estimula9ao

atrial pode ser util na presen9a de formas refratarias de fibrila9ao atrial em situa9ao cr6nica e em certas formas agudas associados com alta morbidade, como no p6s-operat6rio de cirurgia cardfaca. A combina-9ao de drogas betabloqueadoras com a estimulacombina-9ao atrial permanente em situa90es especiais, em que ha possibilidade de reversao do quadro com

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"over-Greco QT, Cardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parra Junior A, Salis FV, Santos RC, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrilagao atrial e insuficielncia cardfaca tratada com ablagao do no atrioventricular e marcapasso multissftio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

Quarta Aquisi~ao

15 h 45 min

Estimulo Bifocal

Imagem de fase com a amilise da sequencia temporal contnitil

2 Histograma da

imagem de fase

3 Curva atividade x tempo

4 Fray30de Ejey30do VE

Figura - 12

Figura 12 - Ventriculografia radioisot6pica: fase e amplitude com estimula9ao bifocal de ventrfculo direito.

drive", torna-se uma op~ao recomendada. Esta

esti-mula~ao nao deve ser feita necessariamente nos locais tradicionalmente utilizados, e certas

combina-~6es devem ser analisadas para uma resposta

ade-quada ao debito cardiaco.

Ozcan et al.18 mostram que a expectativa de vida

ap6s a reversao da fibrila~ao atrial em paciente

tra-tados com abla~ao do n6 atrioventricular ou com

drogas e menor do que a popula~ao geral, mas e

inteiramente atribuida aos efeitos da doen~a card

fa-ca subjacente. A sobrevida a lange prazo ap6s a

abla~ao nao difere da sobrevida com a terapia

me-dicamentosa e nao ha evidelncias que a abla~ao e

o implante de marcapasso produzem efeitos

adver-sos

a

sobrevida, mesmo sem considerar 0 advento

da estimula~ao ventricular multissitio.

Diversos trabalhos mencionam 0 potencial

efei-to benefice produzido agudamente pela ativa~ao do

MPB nos indices de fun~ao sist61ica e diast61ica do

VE, alem das modifica~6es eletrocardiograticas e

c1inica dos pacientes19

Alguns parametros ecocardiograficos tem side

empregados na avalia~ao desses efeitos20.21. Saxon

et al.22 utilizaram um indice de fun~ao sist61ica

(por-centagem de encurtameno da area transversal) e

observaram um aumento de 18% deste na ativa~ao

do MP biventricular. Pach6n et al.23 notaram melhora

de varios indices ecocardiogaticos com 0 marcapasso

bifocal (MPB), como aumento da fra~ao de eje~ao

(FE) (0,124), do DC (19,5%), e da velocidade

maxi-ma de enchimento rapido diast61ico (31,0%), com

redu~ao da area do AE (11,9%), da 1M (32,3%), da

razao E/A (19,3%) e do tempo de propaga~ao do

fluxo mitral (18,0%). Mais recentemente, Breithardt et

al.24 notaram melhora de alguns parametros

ecocar-diograticos incluindo 0 indice de performance

mio-cardica (de 1,21 + 0,51 para 0,85 + 0,34) com a

ativa~ao do MP biventricular. 0 Doppler tecidual

tam-bem se mostrou um metoda de excelencia para a

averigua~ao do efeito do MP biventricular25,

eviden-ciando a melhora do retardo eletro-mecanico e 0

aumento do movimento sist61ico das paredes.

No caso atual, constatou-se eleva~ao do DC, do

indice de performance cardiaca e da Em no Doppler

tecidual da parede lateral do VE, com 0 MPB,

repro-duzindo alguns dos efeitos beneficos do mesmo no

comportamento da fun~ao sist61ica e diast61ica do

VE. 0 fate de nao terem side observadas altera~6es

em alguns parametros como a fra~ao de eje~ao nao

exclui 0 beneficio produzido pelo MPB. Isto pode

decorrer da limita~ao do modo-M no calculo da

fra-~ao de eje~ao, 0 qual inclui na sua medida somente

as por~6es basais septal e infero-Iateral no calculo

do volume global do VE, excluindo 0 beneficio

(10)

Greco OT, Cardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parro Junior A, Salis FV, Santos RC, Bogdan RA, Arruda Junior FV, Ardito RV. Abordagem de uma paciente com fibrila«ao atrial e insuficielncia cardfaca tratada com abla«ao do no atrioventricular e marcapasso multissftio. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

De acordo com a "II Oiretrizes da Sociedade

Brasileira para 0 diagn6stico e tratamento da

insu-ficiencia cardfaca", essa entidade terminal da maio-ria das cardiopatias constitui importante problema de saude publica, pois continua apresentando pre-valencia crescente e altas taxas de morbi-mortalida-de que no Brasil, situam-se ao redor dos 10% para populalfao em geral e de 30% a 40% para pacientes em classe funcional IV da NYHA adequadamente tratados26

No que diz respeito

a

prevalencia e

a

incidencia

da insuficiencia cardiaca no Brasil, dados do Minis-terio da Saude (OATASUS, 1998) indicam que ha

cerca de 2 milhoes de pacientes com este tipo de enfermidade no pais e a ocorrencia de 240 mil no-vos casos por ano.

Oiversos medicamentos e internalfoes estao sob avalialfao ativa em estudos de ampla casuistica e de lange prazo, ja tendo demonstrado ser promissores em estudos pilote que incluiram pequenos numeros de pacientes.

Ate que estejam disponiveis os resultados de estudos definitivos, nenhuma dessas intervenlfoes pode ser recomendada para a utilizalfao rotineira em pacientes portadores de insuficiencia cardiaca.

Reblampa 78024-320 Greco OT, Cardinalli Neto A, Lorga Filho AM, Parro Junior A, Salis FV, Santos RC, Bogdan RA, Arruda

Junior FV, Ardito RV. Approach to a patient with atrial fibrillation and heart failure treated by ablation of the atrioventricular node and a multisite pacemaker. Reblampa 2002; 15(1): 41-51.

ABSTRACT: A 58 year old female patient, with dilated cardiomyopathy, heart failure and arterial hypertension since 1984, developed left bundle branch block and atrial fibrillation. At the end of 1999, despite optimal medication, presented in functional class IV (NYHA) and hospitalizations were becoming increasingly more frequent. In january 2000, the patient was submitted to the ablation of the AV node and implantation of a bifocal endocardiac multisite pacemaker in the right ventricle. Since then the patient has received less medications with rare hospitalizations.

DESCRIPTORS: heart failure, artificial cardiac pacemaker, multisite pacing, atrial fibrillation.

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26 II Diretrizes das Sociedade Brasileira de Cardiologia para diagn6stico e tratamento da insuficiencia car-dfaca. Arq Bras Cardiol 1999; 72 (supl. I): 1-30.

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