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Círculos ao invés de linhas: em busca de valores e princípios estruturantes da gestão social: projeto juventude, participação e autonomia (Instituto Universidade Popular - UNIPOP)

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO INTERINSTITUCIONAL EM ADMINISTRAÇÃO. Francisco Conceição da Silva. Círculos ao invés de linhas Em busca de valores e princípios estruturantes da gestão social. Projeto Juventude, Participação e Autonomia (Instituto Universidade Popular - UNIPOP). Belém - PA 2010.

(2) Francisco Conceição da Silva. Círculos ao invés de linhas Em busca de valores e princípios estruturantes da gestão social. Projeto Juventude, Participação e Autonomia (Instituto Universidade Popular - UNIPOP). Belém - PA 2010.

(3) Francisco Conceição da Silva. Círculos ao invés de linhas Em busca de valores e princípios estruturantes da gestão social. Projeto Juventude, Participação e Autonomia (Instituto Universidade Popular - UNIPOP). Dissertação apresentado ao Programa de PósGraduação em Administração, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para Obtenção do título de mestre em administração. Orientador: Prof. Dr. Washington José de Souza. Belém 2010.

(4) Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA Silva, Francisco Conceição da. Círculos ao invés de linhas: em busca de valores e princípios estruturantes da gestão social. Projeto juventude, participação e autonomia (Instituto Universidade Popular - UNIPOP) / Luciana Guedes Santos. Natal, RN, 2010. 95 f. Orientador: Prof. Dr. Washington José de Souza. Dissertação (Mestrado interinstitucional em Administração) Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Administrativas. Programa de PósGraduação em Administração.. 1. Administração - Dissertação. 2. Gestão social - Dissertação. 3. Educação popular - Dissertação. 4. Movimentos sociais – Dissertação. 5. Terceiro setor – Dissertação. I. Souza, Washington José de.. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/BS/CCSA. CDU 005.32(043.3).

(5) Francisco Conceição da Silva. Círculos ao invés de linhas Em busca de valores e princípios estruturantes da gestão social. Projeto Juventude, Participação e Autonomia (Instituto Universidade Popular - UNIPOP). Data: ___/___/___. ___________________________ - Orientador Prof. Washington José de Souza Pós-doutor em Educação Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ___________________________ - Examinador Francisco Fransualdo de Azevedo Pós-Doutor em Geografia Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ___________________________ - Examinador Selma Suely Lopes Machado Doutora em Serviço social Universidade Federal do Pará.

(6) RESUMO As organizações por serem caracterizadas como espaços dinâmicos, estão sendo revisitadas e redefinidas, pois constituem espaços humanos e novos contornos estruturais vão ganhado expressão. Assim a começar, do não consenso em sua conceituação, fica explicitado o grau de complexidade que é identificado na pluralidade e diversidade, trazidas pelas pessoas que as compõem, caracterizando-a como espaço de realização, de felicidade e também de conflito, de relações de poder e limites organizacionais e de nascimento e sepultamento de crenças, valores, normas, símbolos, conhecimentos e rituais, logo, profundamente humano. Dessa forma, conhecer a gestão da organização é condição preponderante para ser delineado o formato das relações humanas nela vividas. Assim o trabalho faz uma opção em conhecer a gestão social, buscando Conhecer e analisar os valores e princípios da gestão social; revelar características e especificidades da atuação organizacional da UNIPOP que contribuem à formação da concepção de Gestão Social, tendo como fonte das informações os gestores da instituição; identificar os valores formativos da UNIPOP que contribuem à ação sócio-política de jovens na comunidade, tendo por referência os atuais alunos da organização e por último avaliar valores estruturantes e sustentadores que interligam a Gestão organizacional, o programa de formação juventude, participação, autonomia e acompanhamento, a partir das vivências auferidas pelos egressos, desse programa. Deste modo, a pesquisa será qualitativa, buscando entender a partir de seus documentos, a vivência desses valores. Palavras-chave: Gestão social. Educação Popular, Movimentos sociais e Participação e Terceiro Setor..

(7) ABSTRACT The organizations are characterized as dynamic spaces, they are being revisited and redefined, because they constitute structural human spaces and new vain outlines won expression. As it begins, of the non consensus in its conception, it is explicit the complexity degree that is identified in the plurality and diversity, brought by the people that compose them, characterizing it as accomplishment space, of happiness and also of conflict, of relationships of power and organizational limits and from birth and burial of faiths, values, norms, symbols, knowledge and rituals, therefore, deeply human. In that way, to know the administration of the organization is preponderant condition for the format of the human relationships to be delineated in its living. Like this the work makes an option in knowing the social administration, this work tries to know and analyze the values and beginnings of the social administration; revealling characteristics and specificities of the organizational performance of UNIPOP that contribute to the formation of the conception of Social Administration, it tends as source of the information the managers of the institution; to identify the formative values of UNIPOP that contribute to the youths' partner-political action in the community, tends for reference the current students of the organization and last to evaluate values structurates and supporting that interconnection between the organizational Administration, formation youth's program, participation and autonomy and attendance, starting from the existences gained by the exits, of that program. This way, the research will be qualitative, looking for understanding starting from their documents, the existence of those values. Keywords: Social administration. Popular education, Social Movements Participation. Third Sector..

(8) DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos inúmeros Homens e Mulheres que, no decorrer desses mais de quinhentos anos de existência de nosso País, empenharam, incansavelmente, suas vidas, na construção de um projeto de cidadania para todos(as) os/as brasileiros(as)..

(9) AGRADECIMENTOS. A ti, meu Deus, elevo as minhas mãos, meu olhar e a minha voz. Ao professor Washington José de Souza, que se constituiu em orientador e incentivador para efetivação desse trabalho e pela confiança demonstrada. Agradeço a permanente disposição e generosidade do Professor Eunápio Dutra do Carmo, que não mediu esforços na discussão de todo esse trabalho.. A participação amiga e incentivadora das professoras Simone Quaresma e Giselle Alves e a ajuda amiga e técnica do professor Francisco Neto.. A todos(as) amigos(as) que, no anonimato ou não, direcionaram energias positivas para a conclusão dessa pesquisa.. A minha família, e em especial a minha companheira Esmeralda que esteve presente em todos os momentos de dessa construção e a minha irmão com suas palavras.. E finalmente à minha mãe, que ausente. fisicamente, descortinou para mim o grande teatro da vida..

(10) 9   . SUMÁRIO . Introdução .................................................................................................................. 10  1. Embasamento Teórico: Gestão Social: posicionando o tema . .................... 22  2. Movimentos sociais e Terceiro Setor: a busca por uma cultura de direitos  ...................................................................................................................................... 31 . 2.2 ‐ O Terceiro Setor: um novo associativismo em construção ................. 37  3. Educação Popular e Participação como elementos da Gestão Social. ....... 49  4. A experiência de Gestão Social da UNIPOP expressa em princípios e  valores ......................................................................................................................... 58  4.1. Construção da pesquisa. Metodologia ................................................ 58  4.2. O projeto Juventude, Autonomia e Participação da UNIPOP. .............. 62  4.3. A Gestão Social da UNIPOP interpretada por gestores ........................ 64  4.4. A UNIPOP como espaço de saberes e transformação: relatos de  estudantes e egressos. .............................................................................. 70  4.5  O olhar externo de parceiros .............................................................. 76 . 4.6 – Limites e desafios da UNIPOP: o continuar de uma caminhada. ........ 81  5. Considerações Finais .............................................................................. 84  REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 87  APÊNDICES .................................................................................................................. 90   .  .

(11) 10   . 1. INTRODUÇÃO A vivência da negação de direitos, experienciada, na infância e na juventude, em muito, contribuiu à inserção no movimento social. Assim, a participação no movimento de jovens da Igreja católica, aproximou da crença de que a história poderia ser diferente e seguramente não excludente. O que nos credenciou à participação no Movimento de Emaús, organização não governamental criada no início da década de 70, na perspectiva de promover os direitos de crianças e adolescentes em Belém do Pará. Essa organização, fundada por um padre salesiano, chamado Bruno Sechi, tornou-se referência nacional e internacional no âmbito da defesa de crianças e de adolescentes.. As décadas de 1970 e 1980 são de intenso crescimento dos movimentos sociais em Belém, partidos políticos, setores progressistas das Igrejas, com destaque às comunidades eclesiais de base, movimento dos bairros e de intelectuais e a organização dos estudantes. Todos unem as vozes para clamar por liberdade, é a concretização, dessa liberdade estava diretamente ligada à ação qualificada, individualmente, dessas organizações, pois as partes precisavam pensar o coletivo. Então era necessária a unidade na diversidade das atuações.. A articulação desses diversos setores opta pela formação, preparação de quadros, capacitação de militantes e formação de lideranças capazes de sustentar a lutar por dias de direitos. Era necessário criar um mecanismo capaz de sistematizar e de efetivar o processo formativo. Seria um centro de formação? Uma universidade popular, que fosse capacitada a produzir e popularizar o conhecimento e que possibilitasse o acesso ao saber. É criado então o Instituto Universidade Popular – UNIPOP, defendendo a tese de que “saber é poder”.. O Instituto Universidade Popular é uma Organização não Governamental com 20 anos de existência na Amazônia. Situada na Região Metropolitana de Belém, tem priorizado em sua missão e atuação institucional a juventude das periferias da.

(12) 11   . cidade e do campo, particularmente os ribeirinhos, no sentido de organizá-la, qualificá-la e inseri-la em processos formativos e organizativos a fim de que possam participar da tomada de decisão na reivindicação de políticas públicas. Para tanto, prioriza programas e projetos que conduzam à inclusão social desses jovens e dedica espaço para discutir o direito à educação e à importância da elevação da escolaridade como estratégias para essa inclusão.. Para realizar sua missão sem que haja interrupção nos processos formativos que desenvolve, tem atuado em áreas de extrema pobreza e altos índices de violência,. fazendo. parcerias,. estabelecendo. consórcios,. também. buscando. alternativas de financiamento, mesmo que pontuais para garantir a continuidade dos processos. Por isso é uma das organizações que se constituem em referência na formação de jovens, de dirigentes populares, de lideranças, de gestores, educadores e educadoras sociais, parte ativa na organização e dinamização de fóruns e redes que lutam por uma Amazônia democrática e sustentável, com promoção, defesa e garantia de direitos com justiça ambiental.. Como aluno do Instituto Universidade Popular e militante do Movimento de Emaús, foi possível viver conhecimentos e com eles estruturar as crenças da atuação, seja no despertar da importância da leitura, como pelo aprendizado em construir um relatório das atividades efetivadas na instituição em que atuava. Um conhecimento teórico que se materializava na prática. Uma formação que educou e fez perceber as dimensões da ação política, social e econômica, sem que fosse perdido os vínculos com o espaço de origem. Foi quando ficaram compreendidas as bases do discurso que dizia: é necessário favorecer a formação de cidadãos e cidadãs sujeitos da própria história. No decorrer desses anos de atuação, a UNIPOP tem buscado efetivar processos formativos, pela via da concepção freriana de educação, a conhecida educação popular, que aspira ao empoderamento para sujeitos serem e se sentirem parte efetiva em todo o processo de construção de novas possibilidades, assim dar vida a quadros, e organizações sociais que consigam determinar ritmos de ação.

(13) 12   . diferenciados e múltiplos, em busca de concretizar direitos fundamentais básicos no Brasil. O estudo das estratégias de intervenção de articulações sócio-políticas, imprimido por essas organizações sociais tem sido legitimado e acompanhado por muitos setores da sociedade empresarial, governamental, da academia, por parcerias, no intuito de compreender a participação desse segmento social nos diversos programas nacionais, interinstitucionais e interdisciplinares em curso no país, cujo objetivo central é a costura criativa e ousada de projetos e políticas de promoção, defesa e na consolidação de direitos. Essa constatação pode ser percebida na Amazônia, onde as organizações sociais têm trazido contribuições significativas para a região, tornando possível catalogar experiências representativas na direção de uma maior e melhor compreensão de iniciativas favoráveis ao debate das condições concretas de desenvolvimento para a região, ou seja, a sistematização de experiências de diminuição dos elevados índices de exclusão social. É desafiadora a tarefa das organizações sociais diante de relações concretas de disputas de interesse e poder político, econômico e territorial, envolvendo governos, grandes empresas nacionais e internacionais, e em certos casos, até o crime organizado. Origina-se daí a imperiosa necessidade de processos de qualificação técnica e humana, que respalde essas organizações, para o enfrentamento, o debate e a construção de proposições. Tal processo revela o nível de tensão e de complexidade sócio-política, espacial e emocional no campo organizacional. Da condição de aluno à condição de educador da UNIPOP, fomos desafiados a refletir acerca de práticas alternativas de organizações sociais amazônicas num formato de gestão e de participação cidadã, em que novos valores e posturas éticas sejam estabelecidos e vivenciados, através de práticas inteligentes, ações inovadoras e intransigentemente humanas. Desta forma, a busca de uma reflexão contundente, que deve ser expressa em práticas que façam respirar essa vivência e compreensão de cidadania, a partir da cultura de direitos, implica em ensaiar, permanentemente, o desenvolvimento de alternativas inclusivas e.

(14) 13   . democráticas, em que as pessoas possam se sentir parte e convidadas a tomarem parte e edificarem sentimentos de pertença. Nesse sentido, configura-se a importância de conflitar o modelo de desenvolvimento capitalista, excludente, eliminador e individualista vigente com uma proposta de desenvolvimento que resgate a dimensão integradora e construtora de possibilidades de respeito e defesa das vidas presentes neste espaço humano. Isto deve significar uma inversão na estruturação da concepção de desenvolvimento, que ao invés de concebido, construído e executado de forma isolada, nas garras de arcaicas elites dominadoras, passa a ser discutido, tendo como caráter norteador o princípio da participação. A experiência da realização do Fórum Social Mundial – FSM, 2009 deixou evidenciada que outro mundo é possível, quando se tem a capacidade e disponibilidade de viver os desafios e perspectivas do processo de diálogo, o que significa repensar e reconstruir velhas estruturas, para que novas realidades sejam auferidas. É dessa maneira, de forma compartilhada e democrática que a Gestão Social favorece a construção de consensos, privilegia a cultura de rede, pois as diferenças nos complementam e nos oportunizam uma ação mais qualificada e como maior poder de alcance do sucesso. Segundo Aldalice Otterloo, coordenadora geral do Instituto Universidade Popular e integrante da comissão organizadora do Fórum Social Mundial, realizado em Belém, verão 2009, o mesmo possibilitou uma experiência e vivência inovadora, ao ser constituído um consórcio de entidades para gerenciar os recursos do FSM. Essas entidades, independente de quem possui dez ou um ano de participação no FSM, mas, prioritariamente, as entidades que querem pensar compartilhadamente as melhores propostas, sem buscar a sobreposição aos demais e terem como foco, o querer respeitar o que é trazido, assumir que muito se tem a apreender e a ensinar e qualificar, permanentemente, a visão eqüitativa da distribuição dos recursos. A participação na trajetória do ente social em foco permite constatar a significativa contribuição que mesmo tem a ofertar, no sentido de construir um formato de gestão, onde o poder ganhe contornos circulares e includente. Diante dessa trajetória histórica, em que a Gestão Social se firma como conjunto de metodologias, alimentadas em perspectivas democráticas e emancipatórias, em que.

(15) 14   . se defende a vivência intransigente da cidadania, É que o presente trabalho ocupase do dessa temática. Uma das grandes contribuições e inovações da Constituição Federal de 88 foi garantir, com força de lei, a responsabilidade cidadão na condução do Município, Estado, e Federação. Assim o fazer político, deixou de ser coisa de grupos partidários isolados, para ser tarefa de cidadãos e cidadãs. Nessa perspectiva, a construção. de. renovados. cenários,. passa. diretamente,. pelo. envolvimento. organizado e consciente dos atores que devem se instrumentalizar para que exerçam com patriotismo e competência essa função. É o que nos faz buscar formas de pensar a Amazônia, como espaço de vivência democrática, como diz a autora: Ser democrático na distribuição de renda, possibilitando à população participação nos frutos do progresso que, um dia possa advir para a região e desenvolver oportunidades de geração de renda de emprego e renda na própria região, para que a Amazônia seja não apenas um lugar de abundância natural, mas também um lugar de justiça e de bem estar social.(LOREIRO,2002, p.120). Dentro desse ar, ativamente esperançoso, é que se situa a motivação do tema do presente trabalho, no sentido de arquitetar e de buscar formatos de gestão que sejam circulares e estejam em sintonia com essa perspectiva cidadã da Amazônia. Daí o presente trabalho assumir como tema: Círculos ao invés de linhas: em busca de valores e princípios estruturantes da gestão social. As organizações sociais são conjuntos de cidadãos e cidadãs em ação, em busca, ininterrupta, de gestar com criatividade, transparência, inovação e de instituir e de dinamizar o espaço organizacional, para que já se preconize as vivências de um outro mundo, pautado na eqüidade, tendo como cenário o espaço amazônico e a marcante atuação das organizações sociais nessa região. Atua na formação social, econômica, política e ambiental, e por isso assumi como referencial teórico a Educação Popular, fruto das concepções e métodos freirianas; Que articula ação cultural e prática política, mescla à Teologia da Libertação e a outros fundamentos, para dar vigor ao debate sobre autonomia dos sujeitos, processos de transformação, democracia e.

(16) 15    organização de base, igualdade de direitos e construção de novos direitos. (SILVA, 2003, p 1). A UNIPOP também age embasando suas práticas nesse modelo de educação, de onde também são gerados elementos que sustentam e nutrem a sua concepção de gestão. É este modelo de educação é assim compreendido por essa educadora: Educação Popular é, sobretudo, uma concepção pedagógica que institui um modo de fazer educação baseada em dois pilares fundamentais: o método dialético que exige o diálogo entre sujeitos e entre teoria e prática e a perspectiva da transformação social que, necessariamente, inclui mudanças não apenas no Estado e/ou na economia, mas em todos os âmbitos da vida, incluindo a relação entre os seres humanos, homens e mulheres, e destes com a natureza. (SILVA, 2003, p. 3).. Assim a UNIPOP se apresenta como organização que participa da construção de um novo modelo de desenvolvimento para Amazônia, pautado na extirpação intolerante dessa: “pesada história de esmagamento da identidade dos habitantes da região que nos faz sentir, hoje, como estrangeiros vivendo em nossa própria terra” (LOUREIRO 2002, p.118). A UNIPOP, também se inscreve como agente de construção de formas novas de gestão. Nesse momento, percebem-se as inúmeras similaridades com o que diz França Filho (2008):. A Gestão Social se refere a algo que se elabora no espaço público, seja ele estatal ou societário ou mesmo na confluência entre eles, representada na articulação entre Estado e Sociedade. O aspecto político tem, por tanto, uma relevância central nesta noção que permite exatamente não reduzi-la à esfera governamental. A Gestão Social supõe antes de tudo uma ação política das organizações no sentido de atuarem ou agirem num espaço público. (FRANÇA FILHO, 2008, p. 34).. Essa condição de organização empenhado na efetivação do processo de formação de lideranças é expressa no projeto de formativo denominado Juventude Participação e Autonomia, por onde foi possível ao longo do curso perceber a importância de articular as dimensões política, pedagógicas, ambiental e sociocultural contidas nessa formação. É a preponderância desses argumentos e ações que autorizam, a apresentar os seguintes objetivos do presente estudo. O foco central foi: conhecer e analisar os.

(17) 16   . valores e princípios da gestão social, tomando como referência o programa juventude, participação e autonomia do Instituto Universidade Popular, ficando como específicos: 1º revelar características e especificidades da atuação organização que contribuem à formação da concepção de Gestão Social, tendo como fonte das informações os gestores da instituição; 2º Identificar os valores formativos da UNIPOP que contribuem à ação sócio-política de jovens na comunidade, tendo por referência os atuais alunos da organização; 3º Avaliar valores estruturantes e sustentadores que interligam a Gestão organizacional, o programa de formação juventude, participação e autonomia e acompanhamento, a partir das vivências auferidas pelos egressos desse programa.. A construção de uma cultura de direito dialoga diretamente com a necessidade de manter o fortalecimento da democracia, da cidadania emancipatória nas relações sociais e na gestão organizacional, como também nas práticas educativas, formativas e informativas sob o foco da concretização e reprodução de ações transformadoras.. Orientados por essa ótica, e pela compreensão de que cenários novos, só serão edificados em bases novas, se a dimensão humana for revalorizada, instituída a prática da solidariedade que tenha capacidade de transformação e permanente aspiração pela justiça social.. Essa reflexão é confirmada pelo autor: Owen (Apud SOUZA; OLIVEIRA, 2008, p. 13) ao afirmar que: a disponibilidade de empregos, com ganhos suficientes para manter uma família trabalhadora, é aspiração geral e que tal meta não pode ser alcançada até que o governo e o legislativo adotem medidas para remover obstáculos que, de outra forma manterão a classe trabalhadora na pobreza e insatisfeita, gradualmente, contribuindo para a deterioração dos recursos do império.. É estabelecendo diálogo com as dimensões embrionárias desse momento novo, que desafia a pensar, partindo do coletivo, que se indaga: que valores e princípios da UNIPOP ressaltam a concepção de gestão social?.

(18) 17   . Os desafios e as complexidades das realidades amazônicas, traduzidas em uma cultura de violência, que extingue vidas, assassina sonhos e nega a possibilidade de exercício cidadão, não conseguiram suplantar o ímpeto de se ter nessa região, com dimensões continentais, um democrático, legítimo e permanente movimento de contra cultura a essas violações à humanidade, que seja materializado em qualidade de vida para todos e todas, pluralismo político na garantia das dimensões da existência interrelacionadas: política, social, étnica, cultural, científica, ética, corporal e espiritual. E ainda, o propósito desbravador, das organizações sociais, nessa vasta região, desperta a crença em um novo alvorecer, a qual acontecerá com a construção de novos horizontes.. As lanças singelas, firmes e expressivas, das mulheres amazônidas, seguramente, preconizaram a decidida aspiração por preservar, construir e defender os direitos das vidas, dessa floresta. Essas lanças hoje são chamadas de “florestania” - cidadania na floresta, termo cunhado pelo Instituto Chico Mendes.. Pensar a Amazônia cidadã, significa estabelecer uma zona de intensos conflitos como os que são, cotidianamente, vivenciados na região, pois a cultura de terra sem gente e desprovida de competências ainda é latente. Não se pensa nos povos da floresta, mas tão somente a percebem como rico espaço a ser explorado. Dessa forma, a floresta sofre da cobiça, famigerada, nacional e internacional. É a ela atribuída a vocação de colônia de intensa exploração concedida pelos portugueses. Não se trata de uma queixa, mas de uma constatação simples: a Amazônia foi sempre mais rentável e, por isso, mais útil economicamente à Metrópole no passado e hoje à federação, do que elas o tem sido para a região. A Amazônia foi no passado “um lugar com um bom estoque de índios” para servirem de escravos, no dizer do cronista da época; uma fonte de lucro no período das “drogas do sertão” enriquecendo a Metrópole; ou ainda a maior produtora e exportadora de borracha, tornando-se uma das regiões mas rentáveis do mundo, numa certa fase. Na Segunda Guerra Mundial, fez um monumental esforço para produzir borracha para as tropas e equipamentos dos Aliados. Mas é mais recentemente que ela tem sido mais explorada: seja como fonte de ouro, como Serra Pelada, que serviu para pagar a dívida nacional, deixando na região apenas as belas reproduções.

(19) 18    fotografias que percorreram o mundo, mostrando a condição subumana do trabalho dos homens no garimpo; seja como geradora de energia elétrica para exportar para outras regiões do Brasil e para os grandes projetos, que a consome a preços subsidiados, enquanto o morador da região paga pela mesma energia um preço bem mais elevado; seja como a última fronteira econômica para qual milhões de brasileiros têm acorrido nas últimas décadas, com vista a fugirem da persistente crise econômica do país, buscando na Amazônia um destino melhor o que, infelizmente, poucos encontram (LOUREIRO, 2002, p.107). É esse o cenário que desafia homens e mulheres a concentrar-se na busca de descobrir referenciais que inaugurem, na região floresta, outro modelo de desenvolvimento, que abandone a perspectiva de celeiro a ser explorado e seja estabelecido uma outra concepção de formato de desenvolvimento, que gere riquezas e essas, sejam usufruídas pelos próprios amazônidas. Esse novo modelo precisa considerar os saberes dos povos e, além disso, compreender as formas de relação, desses seres humanos com a floresta. E é essa a concepção de círculo, ressaltado no tema, que se assenta em uma firme perspectiva de inclusão.. Já se pode ver a quantidade e a maturidade que essa região assumiu, no âmbito organizacional ao buscar a construção de uma cultura de direitos que sob a orientação de um olhar sistêmico, desenhasse uma arquitetura que articula fauna e flora, não mais classificando essa ou aquela como mais ou menos importante, mas garantindo a efetiva relação cidadã de protagonistas de um mesmo espetáculo.. Nesse sentido, são inúmeras as organizações que vem construindo essa história de conceber, nos mais longínquos espaços dessa imensa região, a perspectiva da compreensão do coletivo, a partir da valorização das partes, para que o acesso ao direito de tomar parte, seja efetivado. Dessa forma, é urgente que os formatos de gestão, que priorizam o ser humano, sejam espraiados floresta adentro. O que deve redirecionar a forma de perceber a floresta, em uma perspectiva articulada e coletiva e não a partir de interesses de grupos capitalista e destruidores.. É. essa. crença,. que. expressa. nas. ações,. atuações,. posturas. e. comportamentos dessas organizações, formadas pelos diversos povos da floresta,.

(20) 19   . que faz o trabalho buscar, olhar e refletir, tendo por base a experiência da UNIPOP. Tal experiência se constrói em uma utopia, e que se traduz em objetivo, algo inteiramente realizável e possível de ser buscado: Em termos práticos, temos de aprender a construir uma sociedade economicamente viável, socialmente justa, e ambientalmente sustentável. E temos de fazê-lo articulando Estado e empresa no quadro de uma sociedade civil organizada. A palavra chave, uma vez mais, não é a opção entre um ou outro, é a articulação do conjunto. (DOWBOR,1999, p.9).. Ao focalizar a organização como espaço de relações humanas, plural e empenhada na consecução de objetivos, torna-se imperioso manter a busca de compreender e de edificar modelos de gestão humanizados e ao mesmo tempo verificar maneiras, que partindo do envolvimento dessas, tornem a organização espaço dinâmico e criativo, e sempre mais humano.. É importante a valorização do ser humano, pois assim será significativo permanecer evidenciando os momentos de intensa redefinição das funções: econômica, social e política, no sentido de construir uma postura includente que envolva a organização no combate às desigualdades. Assim, a construção desses novos cenários no interior da organização e fora dela, obrigam a abandonar a concepção de modelo fechado e passar a vivenciar os limites e possibilidade do modelo de gestão, na perspectiva do sistema aberto. Buscando a identificação, a caracterização daquilo que se constitui em empreendedor e político nessas organizações. Isso também nos remete aos seguintes questionamentos: que modelo de sociedade estão sendo construídos? Qual a contribuição da educação popular ao modelo de gestão da UNIPOP? A Gestão Social se constitui em instrumento de luta para um novo construto social ou representa apenas insumo para um novo currículo na Ciência da Administração?. É factível defender que tal proposta organizacional que se orienta pela via da flexibilidade, do direito, da participação e se resume na valorização das pessoas, coresponsabiliza homens e mulheres e os empodera, no sentido de se perceberem como parte efetiva, em todo o processo criativo e edificador de novas possibilidades,.

(21) 20   . produtos e serviços. São direções que precisam ser avaliadas e assumidas permanentemente.. A concepção de cidadão trazida do amadurecimento e da prática participativa inaugura formas de pensar a organização, agora como espaço de convivência de indivíduos como protagonista e detentor de poder. É uma concepção cidadã que começa a ser fundamentada e vivenciada nas organizações, o que não desconsidera a importância das tarefas, das estruturas, das tecnologias e, fundamentalmente, dos ambientes, pelo o contrário, requalifica-os, pois se abandona uma postura, meramente executora, e se passa a buscar uma ação autônoma e inovadora. A educação para a cidadania pressupõe a formação de sujeitos ativos, capazes de julgar, escolher e tomar decisões. Para tanto, a formação deve incucar o respeito às leis, ao bem público, aos direitos humanos, o sentido de responsabilidade, o reconhecimento da igualdade de todos, o acatamento da vontade da maioria, respeitando-se os direitos das minorias e o respeito a todas as formas de vida, sendo o direito ambiental uma derivação desses elementos somados.(BENEVIDES,1991, p.46). Jacobi amplia essa percepção ao apresentar o conceito de cidadania ativa que estimula iniciativas criativas, favorecendo a participação dos interessados no estabelecimento de metas e em sua execução (JACOBI, Pedro. Ampliação da Cidadania e Participação- desafios na democratização da relação poder público/sociedade civil no Brasil. (Tese de livre docência. São Paulo: FE/USP, 1996, (cap. 1).. Nesse sentido, as organizações do século XXI devem priorizar um agressivo investimento na capacitação dos trabalhadores, buscando que se tornem mais competentes em sua ação profissional: A busca de uma sociedade mais equilibrada, tanto do ponto de vista ambiental, como social, passa necessariamente pela formação de cidadãos (não apenas trabalhadores e consumidores) com capacidade de discutir seus interesses coletivamente e usufruir de canais de participação efetivos. (BAENA,2001. p. 89). No mundo globalizado, é preponderante a produtividade de qualidade. Contudo, em meio a esse ambiente de acirrada competição e de cobranças máximas, destacam-se as organizações que fazem da relação humana com seus funcionários uma estratégia não de competitividade, mas de crescimento e de coresponsabilização pelo sucesso, afastando a concepção piramidal da organização, dividida em estratégico, tático e operacional, para entendê-la de forma circularizada.

(22) 21   . e possibilitar que todos se sintam parte e desafiados a contribuir. Como. afirma. Morgan (1996) as organizações devem ser encorajadas a assumirem a compreensão de que a mudança se desenvolve através de padrões circulares de interação. Dentro dessa compreensão, este estudo pretende contribuir à ampliação da discussão, em buscar para o currículo da administração outras possibilidades de conceituação de gestão. Pois como lembra o autor: A Gestão Privada ou Estratégica conta com um aparato técnico metodológico, extremamente privilegiado, pois são aproximadamente cem anos de conhecimento formal produzido no âmbito da disciplina administrativa que esteve sempre predominantemente voltada para o campo da empresa. A própria noção de gerência identifica-se correntemente à idéia de Gestão privada. (França Filho, 2008. p. 31).. Trazer aos administradores as novas formas de Gestão, que se distanciam dos valores trazidos pela revolução industrial, pode ser um momento de fortalecer a discussão da organização como espaço humano e, ao mesmo tempo, o estabelecimento de padrões e valores sociais. Ainda, como indicador de relevância deste trabalho, é importante ressaltar a própria história do autor, como militante e educador social, que tem empenhado tempo e muita disposição na busca de participar e contribuir à efetivação da utopia de construir relações que sejam edificadas no respeito às diferenças, responsáveis por singularizar e ao mesmo tempo pluralizar a ação organizacional que se deve constituir: O que isto implica, em termos de melhoria da gestão social, é que o avanço social não significa necessariamente destinar por lei uma maior parcela de recursos para a educação. Significa incorporar nas decisões empresariais, ministeriais, comunitárias ou individuais, as diversas dimensões e os diversos impactos que cada ação pode ter em termos de qualidade de vida. Além de uma área, -- com os seus setores evidentes como saúde, educação, habitação, lazer, cultura, informação, esporte, -- o social constitui portanto também uma dimensão de todas as outras atividades, uma forma de fazer indústria, uma forma de pensar desenvolvimento urbano, uma forma de tratar os rios, uma forma de organizar o comércio. (DOWBOR,1999, p.9).. Considerando os aspectos citados acima, desenha-se uma relevância teóricaprática à discussão do modelo de gestão social para organizações, na medida em que as mesmas precisam encontrar mecanismos e formas de atuação que as diferencie, as identifique, as qualifique, tornando-as humanas, empreendedoras e politicamente éticas.

(23) 22   . CAPÍTULO I - EMBASAMENTO TEÓRICO. Gestão Social: posicionando o tema.  .  . A evolução do pensamento administrativo, tendo por base as teorias da administração, deixa nítida as diversas formas de compreensão da participação do.

(24) 23   . ser humano no espaço organizacional. A organização é objeto de estudo da Ciência da Administração e, ao mesmo tempo, espaço de relações, convivência, produção e comprovação de serviços e produtos. Ainda que não se tenha um consenso no conceito de organização, pode-se visualizar a complexidade que é expressa na pluralidade e diversidade, trazida pelas pessoas que as compõem, caraterizando-a como espaço de conflito, de relações de poder e de sepultamento e nascimento de crenças, valores, normas, símbolos, conhecimentos e rituais, logo, profundamente humano.. É esse o espaço que denominamos de plural, pois o mesmo busca conceber, em seu interior, um conjunto de valores, de conhecimentos e de costumes, ligados a uma visão não fragmentada do mundo e ao mesmo tempo adequar a esse conjunto, suas especificidades e aspirações. Assim, compreende-se por organização: Unidade social, representando um agrupamento de pessoas que interagem para lançar um objetivo comum e específico, ou para designar a função administrativa que constitui o ato de integrar recursos e órgãos, estabelecendo relações entre eles, para alcançar um propósito comum. Esse processo envolve a divisão do trabalho a ser feito e a coordenação das partes para alcançar resultados pretendidos. (MORAES, 2004, p. 205.). Diante da constatação da dinamicidade do espaço organizacional, há de serem definidas as formas de conduzir o mesmo, no intuito de que seus objetivos sejam alcançados. Aqui se tem a necessidade do modelo de gestão, que segundo Fischer 2007: Gestão é uma permanente construção de sentidos e significados que, nesta era de renascimento, deve ser uma expressão qualificada da criatividade humana, utilizando instrumentos de ação pública adequados, que a partir de princípios, posturas, comportamentos éticos e práticas empreendedoras, procura delinear a ação organizacional em direção aos objetivos assumidos. Por ser essencialmente dinâmico, o desenvolvimento organizacional é um processo que envolve combinação de alterações estruturais e comportamentais que se completam e se suportam em vista de um objetivo que é o aumento da eficiência organizacional. (RIBEIRO, 2003, p. 135)..

(25) 24   . Esse trabalho dialoga com a gestão social, tomando como referência o programa juventude, participação e autonomia do Instituto Universidade Popular UNIPOP, buscando os eixos políticos e empreendedores, que simultaneamente, valoriza e qualifica o ser humano e, ao mesmo tempo, revisita e requalifica o processo produtivo e gesta as bases de uma nova cultura organizacional pautada no talento humano. E por Gestão Social entende-se: Conjunto de estratégias e políticas organizacionais de promoção do bemestar de indivíduos e coletividades, destinados à recomposição de elos de integração do Homem com o semelhante e com o ambiente, articulado sob o ideal da emancipação humana, elementos de racionalidades substantivas à ação racional instrumental. (SOUZA; OLIVEIRA, 2008, p.01). Tenório (2008), França Filho, (2008), Schommer, (2008) e Dowbor (1999), são uníssonos em afirmar a novidade, imprecisão e limites existentes no conceito de Gestão social, bem como a importância de serem efetivadas e sistematizadas suas características, metodologias, conceitos, fragilidades e perspectivas e, ainda, em que se diferencia dos outros formatos de gestão. Desse ponto de vista, muito ainda há de ser viabilizado e organizado para que a Gestão Social possa constituir e assumir uma identidade, devido as interpretações diversas trazidas pela palavra social Nesse prisma fica evidenciado a necessidade e o desafio de caracterizar a gestão social. Significativas contribuições foram dadas, a partir das definições pensadas e construídas por França Filho (2008, p.32.) que assim se descreve os tipos de gestão: Gestão Privada. É caracterizada pela finalidade econômico-mercantil da ação organizacional condiciona sua racionalidade intrínseca, baseada no “cálculo utilitário de conseqüência”(Guerreiro Ramos, 1989). Nessa lógica, todos os meios necessários devem ser arregimentados para a consecução dos fins econômicos, definidos numa base técnica e funcional segundos os parâmetros clássicos de uma relação custo benefício. (...) É a primazia da chamada racionalidade instrumental, funcional ou técnica, que torna o social, o político, o cultural, o ocológico, o estético, subordinado ou reféns do econômico compreendido em termos estritamente mercantis.. Gestão Pública. Distingue-se consideravelmente da primeira quanto a natureza dos objetivos perseguidos, entretanto aproxima-se em relação ao modo de operacionalizar a gestão que assenta-se numa lógica de poder segundo os parâmetros de uma racionalidade instrumental e técnica..

(26) 25    Evidentemente que a postura da gestão pública também varia em função da composição político governamental, podendo afirmar-se lógicas mais democráticas, tecnoburocráticas ou clientelistas. Ela, a gestão pública, fica assim condicionada pela cultura política reinante.. Gestão Social. Corresponde ao modo de organizações atuando num circuito que não originariamente aquele do mercado e do estado. Este é o espaço próprio da chamada sociedade civil, portanto uma esfera pública que não é estatal. As organizações atuando nesse âmbito, que são, sobretudo associações, não perseguem objetivos econômicos. É exatamente esta inversão de prioridade em relação à lógica da empresa privada que condiciona a especificidade da gestão.. Nesse sentido, as organizações sociais que assumem a Gestão Social, como de gestão têm tido função relevante na construção de uma contracultura que prioriza, valoriza e incentiva o ser humano na condução organizacional. Essa perspectiva pode ser identificada no histórico do projeto em estudo: A idéia de desencadear um processo que articulasse Juventude, participação e autonomia, surgiu inicialmente em 2007, após a realização do curso: Cultura de Direitos e Participação Juvenil, promovido pela Unipop, no qual participaram 28 Jovens na faixa etária de 16 a 24 anos, oriundos de diversos bairros e municípios da região metropolitana de Belém. Ao longo dos processos formativos do referido curso foram criadas as condições necessárias para que os jovens vivenciassem as práticas formativas, compreendendo melhor o sentido de suas ações e por meio dos estudos feitos, problematizassem as práticas por eles desenvolvidas em seus espaços de atuação, processo esse que permitia perceber uma mudança qualitativa de atitude e de tomada de iniciativa, garantindo seu empoderamento tanto pelo planejamento quanto pela execução das atividades e dos resultados obtidos. Foi possível ao longo do curso perceber a importância de articular as dimensões políticas, pedagógicas, ambiental e sóciocultural contidas nesta proposta de formação, principalmente pela resposta dada pelos jovens envolvidos como comprometimento, responsabilidade e doação para o sucesso coletivo. (UNIPOP – 2008). Essa nova cultura é concebida como: “Conjunto de valores e pressupostos básicos, expressos em elementos simbólicos, que em sua capacidade de ordenar, atribuir significados, construir a identidade organizacional, tanto agem como elemento de comunicação e consenso, como ocultam e instrumentalizam as relações de dominação. (FLEURY 1996, p.25),.

(27) 26   . Por ser concebida como conjunto articulado de pressupostos, as organizações sociais precisam cada vez mais reiterar a construção de um formato de gestão que se identifique pela valorização do humano e promoção da garantia de direitos,. que. reflita. a. importância. do. Estado. de. responsabilizar. e. ser. responsabilizado pelo cumprimento de políticas públicas de qualidade e controle das organizações privadas na garantia de condições dignas de trabalho dos cidadãos e cidadãs escritos no setor privado. Esses desafios constituem-se em embriões da formatação dos pressupostos da cultura de direitos. Como afirma o renomado autor: O termo Gestão Social vem sugerir desse modo que, que para além do Estado, a gestão das demandas e necessidade do social pode se dar via a própria sociedade, através das suas mais diversas formas e mecanismo de auto-organização especialmente o fenômeno do associativismo. (TENÓRIO, 2008,p. 30).. Desta forma, não pode ser desconsiderada que a força sócio-política das organizações sociais é uma realidade histórico-política na América Latina. Tal força tem sido demonstrada por lutas políticas em função de “possíveis projetos alternativos para a democracia” (ALVAREZ; DAGNINO; BRAGA , 2000, p. 15). Para estes autores, os projetos alternativos não foram tão satisfatórios, haja vista os índices de discriminação, pobreza e exclusão social presentes nos países latinoamericanos, forçando a necessidade de redefinição do campo de ação. Assim, para eles: O campo de ação das lutas democratizantes se estende para abranger não só o sistema político, mas também o futuro do ‘desenvolvimento’ e a erradicação de desigualdades sociais tais como as de raça e gênero, profundamente moldadas por práticas culturais e sociais (ALVAREZ; DAGNINO; BRAGA, 2000, p. 16). É possível, no âmbito das organizações sociais, verificar avanços na direção de uma nova cultura participativa, atendendo aos requisitos apontados por Maximiano (2004). Isto porque, a própria essência e a função social das mesmas exigem uma atuação mais democrático-popular. Serva (1997) e Andion (1998), por exemplo, sistematizaram em seus estudos as principais características percebidas e a forma de composição e atuação das organizações sociais na textura da sociedade contemporânea, aqui.

(28) 27   . apresentadas para um melhor entendimento do desenho dessas organizações com vínculo social. São elas: a) possuem um objetivo essencialmente social – prevalência da lógica solidária sobre a lógica mercantilista como estratégia de produzir mudanças sociais no espaço-território em que atuam; b) cultivam o sentimento de pertencimento baseado na relação pessoal e de proximidade – as práticas de comunidade são estimuladas pelos participantes como condição de permanência da filosofia de solidariedade entre os membros; c) constroem formas plurais de trabalho - as organizações sociais comportam pessoas de várias ocupações: voluntários e outros parceiros, com capacitações diversas na direção do trabalho de equipe; d) adotam gestão e tomada de decisão compartilhada – são os diferentes atores, que mediante a cooperação, estabelecem as conexões e planos de atuação e de organização do coletivo humano; e) funcionam com recursos híbridos – os recursos são de naturezas diversas, (comercialização de bens e serviços, financiamentos públicos e doações solidárias). Essas características diferenciam tais organizações, colocando-as em um outro patamar de articulação sócio-política fundamental em processos de mudanças sociais, destacando o complexo debate sobre desenvolvimento. O foco deste debate recai na articulação, pelas organizações sociais, da discussão a respeito do desenvolvimento local. A análise é, em parte, baseada na concepção de que o fortalecimento das comunidades sociais colabora para criação de condições concretas de desenvolvimento. Estas reflexões estão baseadas em Fischer (2001) e Franco (2000 e 2004) que, respectivamente, acreditam na consolidação do capital humano e social como fundamentais para o desenvolvimento local e social e na importância de equilibrar o poder local para permitir a participação estratégica de todos os atores e forças sociais. É diante desta crença que se explica o fato de assumirmos a metáfora: círculos ao invés de linhas, pois a aspiração é de construir um espaço em que as pessoas sejam chamadas a protagonizar histórias de direitos reconhecidos, de gestão que discuta a humanização e a politização das técnicas e de convivência,.

(29) 28   . concepções que inaugure relações novas. O circulo permite a todos a possibilidade de ver e ser visto. Incluísse e ser incluído. Ao inverter-se a lógica da relação entre o econômico e o social, onde o primeiro deixa de ser uma prioridade, e acrescenta-se ainda a importância de aspecto político, a Gestão Social revela uma vocação forte de redefinição da relação entre a economia e a política numa perspectiva de reconciliação entre o econômico e social. De fim em si mesmo, o aspecto econômico se transforma num meio para a consecução de outros objetivos(sociais, políticos, culturais, ecológicos...) Além de vocação, este é um dos ensinamentos que pode nos oferecer esta noção de Gestão Social, deixando assim as sementes para uma nova cultura política cidadã e democrática nas organizações. (FRANÇA FILHO 2008, p. 340). Ao optarmos por círculos ao invés de linhas, um padrão comportamental humanizante é priorizado e um perfil de relações humanas precisa ser instituído. Daí a necessidade de revisitarmos e reafirmarmos nossa compreensão sobre gestão social,. visão. política,. percepção. empreendedora,. participação. e. cultura. organizacional, pois gestões renovadas e tomadas de decisão compartilhadas precisam valorar e vivenciar esses conceitos.. Gestão Social é processo, é construção, é concepção, é crença em que os sujeitos são partes. Fazem parte. A sociedade é feita pelos sujeitos que a compõem, que dela fazem parte. Reside aí o sentido da história, sentido dramático por implicar intencionalidade, escolha, definição de caminhos e responsabilidade. Gerir participativamente, implica na vivência, ativa, de uma nova concepção de poder.. Gestão social como processo gerencial dialógico onde a autoridade decisória é compartilhada entre os participantes da ação (ação que possa ocorrer em qualquer tipo de sistema social – público, privado ou de organizações não governamentais). (TENÓRIO,2008, P. 39).. Essa vivência deve transforma-se em valor, crença, símbolo, norma conhecimento aplicado à prática organizacional. Visão política consiste na capacidade de olhar à frente, não com um único olhar, mas com olhares que se nutrem pela perspectiva da articulação, e que são orientados pela dimensão dos objetivos estabelecidos. Dessa forma um padrão comportamental é estabelecido o qual promove posturas, hierarquiza valores, que a partir das crenças serão estabelecidos em comum acordo, com a visão de mundo de quem os institui..

(30) 29    Quando se diz que os gregos e romanos inventaram a política, quer se dizer tomaram um conjunto de medidas para impedir a concentração de poder, ou seja, em substituição ao poder despótico, criaram uma nova forma de fazer político. Assim, separaram a autoridade militar da civil; desconstituíram a divinização dos governantes; elegeram a lei como expressão máxima da vontade coletiva; supriram o direito de fazer justiça com as próprias mãos; reservaram o monopólio da justiça para o Estado; criaram instituições de públicas para a garantia dos direitos etc. (SANTANA, 2003, p. 3). Convém afirmar que a partir da visão política, um desenho relacional e oficial é estabelecido, uma arquitetura onde as pessoas, no espaço da organização, construírão seus processos organizacionais, sendo de extrema importância o conhecimento das bases desse novo desenho. A importância de conhecer direitos e deveres permitem que tendo por base o coletivo seja delineado o individual em uma relação permanente entre parte e todo.. Percepção empreendedora compreende que o construto estruturante da ação empreendedora é norteado pela qualificação, permanentes, da análise dos cenários e a partir disso, as ações são edificadas e concebidas. Dessa forma, não se desvinculam as características, as especificidades, as aspirações e as carências que proporcionam singularidade aos diversos a cenários.. Nesse sentido, é confirmada e evidenciada a magnitude do caráter inovador e criativo das ações empreendedoras, mas que não podem prescindir da importância de considerar a sintonia entre a ação criada e a valorização da vida, o respeito ao meio ambiente, a perpetuação do planeta.. Empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar, de forma incessante, novas possibilidades de negócio, tendo como foco a inovação e criação de valor. As definições para empreendedorismo são várias, mas sua essência se resume em fazer diferente, empregar recursos disponíveis de forma criativa, assumir riscos calculados, buscar a oportunidade e inovar. (DORNELAS, 2008, p.35).. Por serem muitas as definições de empreendedorismo, muitos e possíveis serão seus campos de ação. A partir dessa ótica e afirmativa é possível compreender as dimensões política, social e econômica do agir empreendedor e sua importante condição de contribuir à preservação do planeta..

(31) 30   . A Participação como possibilidade de que as ações sejam repensadas nas suas estruturas, reconcebidas nos seus valores e recriadas em suas metodologias. Assim serão fincadas as estacas que sustentarão as premissas da Gestão Social, problematizada na academia e renovada nas práticas das organizações. “Participação. é. um. sistema. de. exercício. de. autoridade. que. requer. o. reposicionamento de todos os membros de uma organização em uma direção”. (MCLAGAM E NEL, 2000, p.12) A circularização dos diretos faz retornar a busca do coletivo, o sentido do funcionamento em equipe, o fim da ditatura do podium que só compreende o melhor, o individual. A participação que se espera deve obedecer aos seguintes pressupostos: Consciência sobre atos: uma participação consciente é aquela em que o envolvido possui compreensão sobre o processo que está vivenciando, do contrário é restrita: Forma de assegurá-la: a participação não pode ser forçada nem aceita como esmola não podendo ser, assim, uma mera concessão; Voluntariedade: envolvimento deve ocorrer pelo interesse do indivíduo, sem coação ou imposição. (TENÓRIO E ROZENBERG1997).. A cultura organizacional são pessoas, grupo e equipes de pessoas, que convivem, que definem padrão de interação e modelos de relação. Compreendida como comportamento que se constrói, se processa, se renova e revela posturas, comportamentos; assumindo valores e atribuindo identidade, buscando cada vez mais dignificar o ser humano na qualificação da ação criadora, denominada trabalho, nos diversos espaços e no avanço e na concretização de metas e objetivos. A qualidade da ação de respirar garante vida e vida no sentido de respeito e preservação do planeta. Vida nos alicerces dos modelos de gestão que favoreçam a supremacia e a preservação e qualidade de vida na produção, que demonstre o protagonismo do ser humano na construção e qualificação dos diversos modelos de gestão. Assim como o diálogo é uma característica central na Gestão Social, na concepção da aprendizagem em comunidades de práticas e participação de sujeitos na construção dos significados e dos repertórios de ação – linguagem, normas, regras, instrumentos de ação – é concebida como característica fundamental da aprendizagem e da construção do conhecimento aponta (SCHOMMER; FRANÇA FILHO; 2008, p. 62)..

(32) 31   . CAPÍTULO II Movimentos sociais e Terceiro Setor: a busca por uma cultura de direitos Movimentos Sociais: breve olhar sobre desafios e atuação e vivência de direitos. Acreditar no potencial transformador das pessoas e ao mesmo tempo, não perder a capacidade de indigna-se com o que as excluem do acesso às possibilidades de tomar parte, tem sido em muitas situações, a condição norteadora de processos organizativos na história do Brasil. Dessa forma, os diversos encontros humanos, que são construídos pela proximidade de valores, de crenças, de.

(33) 32   . símbolos, de aspiração de justiça, de vivência de princípios humanitários, de cooperação, de solidariedade, de recursos compartilhados e de interesses individuais identificados com os da comunidade, dão sustentação aos grupos que vão sendo formados e são de construtores de novas percepções e perspectivas de convivência social.. São diversificados os formatos de estarem junto, dos inúmeros grupos de brasileiros, que ao longo desses mais de 500 anos de existência e resistência às diversas formas de dominação impostas, por portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses e norte americanos, sempre buscaram formas de reagir a essas explorações, seja com as flechas indígenas, seja com os negros quilombolas, seja com as revoltas e revoluções populares, seja com as reações camponesas, ou com os movimentos clandestinos, que empunharam bandeiras de luta pelo direito de liberdade de expressão e restabelecimento de eleições livres no País.. É baseado nessa trajetória de construção de formas de organização e resistência, de busca de diretos e, fundamentalmente, de contestação, que se acredita estar fincadas as raízes dos Movimentos Sociais Brasileiros, mesmo sob a intensa dominação exercida por essas nações invasoras e usurpadoras de riquezas, que deixaram sua obsessão pelo lucro impressa nas elites também exploradora, as quais, até nossos dias, dominam os meios de produção. Ainda assim, essas formas embrionárias de organização, que nos dias atuais, agem com maturidade, e com contundência em suas formas de ação e criticidade e criatividade em suas estratégias que buscam a construção da cidadania para todos no Brasil. Nessa direção, não poucos os teóricos que se ocupam dos desafios de buscar compreender e conceituar esses encontros humanos, como fez a autora a segui: “Os Movimentos Sociais são ações coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam distintas formas da população se organizar e expressar suas demandas. GONH2010, p.16.. É perceptível a busca por novas ordens que influencie no âmbito do social, político e econômico. No aspecto social opta-se por gerar relações de respeito e combate às formas de preconceito, já no âmbito do político assume a responsabilidade edificar ações, de que partam da postura ética e se comprometam com o desenhar de cenário que sejam caracterizados pela inclusão e pela rejeição à.

(34) 33   . presença, dilacerante, da miséria. No econômico, a provocação é centrada na inversão das concepções capitalistas e a relação capital trabalho seja concebida e re-erguida baseada em preceitos de justiça e de autonomia cidadão.. A condição humana desses entes organizacionais, não pode desconsiderar ou negar a pluralidade das participações e de suas aspirações. Assim, compõe a vivência desses movimentos o conflito, as relações de poder, a busca da hegemonia, o que sugere a presença da qualificação e da lealdade nas disputas o que denota a dinamicidade e reforça o caráter contestador inerente a esses movimentos, é assim formulado. “Movimento Social é uma ação coletiva de caráter contestador das relações sociais, objetivando a transformação ou a preservação da ordem estabelecida na sociedade” (AMMANN:1991,p 127).. Diante dessa afirmação, é possível reforçar a organização, tanto para transformação da ordem estabelecida, como para a continuidade de privilégios de resumidos grupos que também podem se organizar. Essa idéia nos remete ao dito princípio democrático do modo de produção capitalista, o que fica explícito na seguinte afirmação: “Todo Movimento Social inscreve-se no coração das relações sociais – que passam necessariamente pelas relações de produção – e é contra determinados aspectos ou manifestações das mesmas que elas se rebelam.” (AMMANN:1991, p.129).. E um marco desse processo protagonista de organização dos Movimentos Sociais, sem dúvida, foi a elaboração da Constituição Federal de 1988, por retratar as mudanças para um novo modelo administrativo do Estado Brasileiro, com destaque às formas de participação da sociedade civil organizada, no elaborar e gerir Políticas Públicas.. Identifica-se o intenso movimento organizado da sociedade civil, através de seus movimentos sociais, para que o Estado Brasileiro rompesse com a cultura repressiva, excludente, segregadora, centralizadora e cerceadora dos canais de participação da sociedade civil, característica marcante da ditadura militar, que vigorou intensamente no País. O Estado Brasileiro passa então a defender a ideologia da participação, da integração, da negociação como formas necessárias.

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