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ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE SISTEMA DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA DE PISO (SP)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE

SISTEMA DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA

DE PISO (SP)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DYHONATAN WILLIAN RUSSI

SANTA MARIA, RS, BRASIL

2015

(2)

ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE

SISTEMA DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA

(3)

ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE

SISTEMA DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA

DE PISO (SP)

por,

Dyhonatan Willian Russi

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como

requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Orientador: Marco Antonio Silva Pinheiro

Santa Maria, RS, Brasil

2015

(4)

Universidade Federal de Santa Maria

Centro De Tecnologia

Curso De Engenharia Civil

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de

Conclusão de Curso

ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE SISTEMA

DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA DE PISO (SP)

elaborado por

Dyhonatan Willian Russi

como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil

Comissão Examinadora:

Prof. Marco Antonio Silva Pinheiro

(Presidente/Orientador)

Profa. Dinara Xavier da Paixão

(Avaliador)

Profa. Giane Grigoletti

(Avaliador)

(5)

Dedico este trabalho aos meus pais, Heleno e Ivanir, e ao meu irmão Jean e a minha companheira e cúmplice, em todos esses anos de trabalho, luta, saudades, e de muita dedicação, Liziane.

(6)

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por ter me guiado, por ter me tornado a cada dia mais forte, nesses 8 anos de luta, entre trabalho, estudos, vitórias e derrotas. Gostaria de agradecer a minha família Heleno, Ivanir, Jean e Liziane, por todo apoio e todo o carinho nessa jornada, nessa busca, que por muitas vezes, pensei em desistir, mas nos momentos difíceis, sempre me apoiaram e fizeram com que eu chegasse até aqui.

Gostaria de agradecer a todas as pessoas que me ajudaram muito quando cheguei em Santa Maria-RS, sem nada, sem nem lugar para ficar, apenas com minhas roupas, e uma grande companheira. Obrigado, Ilmo, Igor e família, Iolanda, Paulo, Juarez.

Quero agradecer aos amigos que fiz nessa cidade tão acolhedora, Diogo Comin, Tainan, Adriano, Rafael, Miguel, Marcelo, Simone, Luan, Valdemar, Carlos, Edson, Osvaldo, Sr. Guerra.

Meus agradecimentos aos professores Marco Antonio, pela orientação desse trabalho e pela amizade, Stephan Paul, Eric Brandão, pelos ensinamentos que ultrapassam a barreira acadêmica.

Preciso agradecer aos irmãos de faculdade, pela amizade, pelas engraçadas discussões sobre futebol, por todas as risadas, por todo o companheirismo nos momentos de estudo, Eduardo Rizzatti, Eduardo, Jefferson, Tárcio, Ricardo, Leandro, Luis, Luiz, Rafael, Rodrigo, Silvio.

E por fim, aos amigos que deixei em minha cidade, Tiago Baú, Alessandro Barbosa.

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RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso Curso de Engenharia Civil Universidade Federal de Santa Maria

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ACÚSTICO DE SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS (SVV) E SISTEMAS DE PISOS (SP)

AUTOR: DYHONATAN WILLIAN RUSSI

ORIENTADOR: Prof. MARCO ANTÔNIO SILVA PINHEIRO Data e Local de Defesa: Santa Maria, 11 de dezembro de 2015.

Apesar da evolução da construção civil ao decorrer do tempo no Brasil, ainda são executadas obras residenciais que falham no atendimento de muitos aspectos relacionados ao conforto dos usuários. Com o intuito de atender as exigências de segurança, sustentabilidade e conforto dos usuários e de incentivar aos construtores e projetistas buscarem um aprimoramento técnico, a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, desenvolveu um conjunto de normas de desempenho, para que as novas construções residenciais sejam direcionadas a atenderem a essas exigências. O presente trabalho avalia um sistema de vedação vertical interno (SVVI) e um sistema de piso (SP) de uma edificação, situada na região de Santa Maria – RS, quanto ao atendimento dos níveis de desempenho acústico estipulados pelas normas de desempenho NBR 15575-3 e NBR 15575-4. Avaliações em campo dos sistemas estudados, e posterior análise, com base nas normas internacionais ISO 16283-1 e ISO 140-7 descritas pela normas de desempenho evidenciam a conformidade de desempenho, em parte das situações analisadas.

Palavras-chave: Norma Desempenho; Isolamento Acústico; Desempenho Acústico; Acústica de Edificações.

(8)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 10 1.1. Justificativa... 11 1.2. Objetivos ... 12 1.2.1. Objetivo Geral ... 12 1.2.2. Objetivos Específicos... 12 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 13 2.1. Paredes de Alvenaria ... 13 2.2. Sistemas de Pisos... 14 2.3. Som e Ruído ... 14 2.4. Onda Sonora ... 15 2.5. Período e Frequência... 15 2.5.1. Período (T) ... 15 2.5.2. Frequência ... 16

2.6. Nível de Pressão Sonora (NPS)... 17

2.7. Ruído de Fundo... 18

2.8. Tempo de Reverberação TR ... 19

2.9. Transmissão sonora de ruído aéreo... 20

2.10. Ruído de impacto ... 22

3. MATERIAIS E MÉTODOS... 23

3.1. Descrição da edificação e dos Sistemas de Vedação (SV) estudados ... 23

3.2. Equipamentos utilizados... 25

3.2.1. Fonte sonora ... 25

3.2.2. Medidor de nível de pressão sonora ... 25

3.3. Medições em campo ... 26

(9)

3.3.2. Levantamento do tempo de reverberação... 27

3.3.3. Levantamento da diferença padronizada de nível (DnT) dos sistemas de vedações verticais (SVV) e dos sistemas de piso (SP)... 28

3.4. Cálculo dos parâmetros levantados em campo... 32

3.4.1. Cálculo dos Níveis de pressão sonora médios... 32

3.4.3. Nível de ruído de impacto padronizado (L’nT) e nível de ruído de impacto padronizado ponderado (L’nT,w) ... 33

3.5. Valores de referência estipulados pelas normas...35

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS... 36

4.1. Diferença de nível padronizada ponderada nos sistemas de vedações verticais internos (SVVI) da edificação estudada ... 36

4.1.1. (DnT,w) entre as unidades autônomas adjacentes 203 e 205... 37

4.1.2. (DnT,w) entre as unidades autônomas adjacentes 303 e 305... 38

4.2. DnT,w de sistemas de vedações horizontais (SP)... 39

4.2.1. DnT,w entre as unidades autônomas sobrepostas 305 e 205 ... 39

4.2.3. DnT,w entre as unidades autônomas sobrepostas 405 e 305 ... 40

4.3. L’nT,w dos sistemas de vedação horizontais (SP) estudados ... 42

4.3.1. L’nT,w entre unidades autônomas sobrepostas 305 e 205... 42

4.3.2. L’nT,w entre unidades autônomas sobrepostas 405 e 305. ... 43

4.4. Análise dos valores apresentados nos (SVVI) e (SP) para (DnT,w) ... 44

4.5. Análise dos valores apresentados nos (SP) para (L’nT,w) ... 45

5. CONCLUSÕES ... 46

(10)

1. INTRODUÇÃO

A construção de residências está diretamente ligada à evolução do ser humano. De cavernas até arranha-céus a beira da praia, os seres humanos sempre buscaram uma forma de viver com mais segurança e conforto, seja por necessidade de se abrigar das intempéries, ou pelo prazer de amanhecer com vista para o mar.

Existe uma grande variedade de fatores que podem influenciar o conforto, para que o mesmo não se faça presente em uma residência: estanqueidade, conforto térmico, conforto lumínico, conforto acústico, entre outros.

Apesar da evolução da construção civil ao decorrer do tempo no Brasil, ainda são executadas obras residenciais que falham no atendimento de muitos aspectos relacionados ao conforto dos usuários. Com o intuito de atender as exigências de segurança, sustentabilidade e conforto dos usuários e de incentivar aos construtores e projetistas buscarem um aprimoramento técnico, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), desenvolveu um conjunto de normas de desempenho, para que as novas construções residenciais sejam direcionadas a atenderem a essas exigências.

O conjunto de normativas NBR 15575, em seus itens 1 a 6, traz uma gama de recomendações que deverão ser seguidas em novas construções residenciais multifamiliares. Em suas prescrições de habitabilidade, se enquadram as necessidades da construção em fornecer ao usuário desempenho a:

estanqueidade;

desempenho térmico;

desempenho acústico;

desempenho lumínico;

saúde, higiene e qualidade do ar;

funcionalidade e acessibilidade;

(11)

Dentre todos os itens que devem garantir a habitabilidade de uma habitação, o desempenho acústico é o item menos considerado por projetistas e construtoras. E os motivos não são apenas pelos custos dos materiais, ou pela forma construtiva empregada. Outros detalhes como alocação de cômodos com equipamentos ruidosos ao lado de cômodos adjacentes que exigem o mínimo de ruído para garantir o conforto acústico do usuário estão entre os motivos para que a edificação não possua desempenho acústico e consequentemente, não garanta, segundo a NBR 15575, condições de habitabilidade.

1.1. Justificativa

O eminente e recorrente aumento da densidade demográfica dos centros urbanos do Brasil afeta os moradores de tais centros de maneira negativa, principalmente com problemas de saúde relacionados ao estresse. Segundo o estudo elaborado por Heidemann et.al. (2010), existe uma relação direta entre o nível de ruído apresentado no ambiente de internação e o aumento do estresse em pacientes cardíacos, evidenciando um dos problemas causado por ruído.

E, apesar da construção civil ter evoluído muito em suas técnicas de construção, ainda existe uma grande deficiência quando se trata de assuntos relacionados ao conforto acústico. Há várias justificativas para a criação desse trabalho. Uma delas dá-se pela falta de uma maior caracterização acústica em campo, do nível de desempenho dos sistemas de vedações (SV) que são empregados na construção civil brasileira. Outra justificativa dá-se pela falta de conhecimento ou pela negligência dos projetistas de edificações residenciais, ou ainda na má alocação arquitetônica das unidades autônomas. Citam-se também a falta de tecnologias construtivas, materiais mais eficientes e falta de mão de obra especializada e técnica, para criar e executar sistemas de vedações acusticamente eficientes e que atendam aos critérios estabelecidos pelo conjunto de normas de desempenho NBR 15575.

(12)

1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo principal avaliar o nível do isolamento acústico de um sistema de vedação vertical interna (SVVI) e de um sistema de piso (SP), de uma edificação locada no bairro Camobi, em Santa Maria, RS. Associado a isto, busca-se comparar valores levantados em campo, e que são submetidos posteriormente a uma série de cálculos, com valores estabelecidos na norma NBR 15575, para que seja caracterizado, ou não, o desempenho acústico das mesmas.

1.2.2. Objetivos Específicos

Avaliação do desempenho acústico, segundo a Norma de desempenho NBR 15575-3 e 15575-4, de sistemas de vedações de uma edificação locada em Santa Maria, RS, quanto ao:

nível de desempenho acústico propiciado pelos Sistemas de Vedações Verticais Interno (SVVI), quanto ao ruído aéreo;

nível de desempenho acústico propiciados pelos Sistemas de Pisos (SP), quanto ao ruído aéreo;

nível de desempenho acústico propiciados pelos Sistemas de Pisos (SP), quanto ao ruído de impacto;

Ainda é objetivo desse trabalho:

• propor alterações ou melhorias quando necessárias;

• avaliar a distribuição arquitetônica das edificações quanto aos requisitos de isolamento acústico.

(13)

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Paredes de Alvenaria

A norma brasileira NBR 15575 – 4, afirma que, mesmo não possuindo função estrutural, os Sistemas de Vedação Vertical Interno e Externo (SVVIE) exercem ainda outras funções, como estanqueidade à água, isolação térmica e acústica, capacidade de fixação de peças suspensas, capacidade de suporte a esforços de uso, compartimentação em casos de incêndio dentre outros. Ainda conforme a NBR 15575 – 4, os SVV, tanto internas como externas, são porções dos edifícios habitacionais formados por elementos que limitam verticalmente o edifício e seus ambientes internos.

A alvenaria pode ser entendida como um componente construído em obra, a partir da união entre tijolos ou blocos com juntas de argamassa, formando um conjunto rígido e coeso. (SABBATINI, 1984).

Figura 1 - Parede de alvenaria com tijolos cerâmicos.

(14)

2.2. Sistemas de Pisos

As lajes pré-moldadas convencionais são estruturas compostas por vigotas pré-fabricadas de concreto armado, elementos de enchimento (tavelas cerâmicas) e capeamento de concreto moldado em obra Pereyron, (2008). A Figura é uma ilustração esquemática de uma laje pré-moldada.

Figura 2 - Representação laje pré-moldada.

Fonte – http://www.ceramicakaspary.com.br/portal/laje_pre_moldada.php

2.3. Som e Ruído

O som é, segundo Fahy (2001), um dos principais meios de comunicação entre os seres vivos, desde a profundeza dos oceanos até na superfície terrestre. Devido a sensibilidade do sistema auditivo humano, o som é o principal agente para acionar o sistema de alerta do ser humano.

Existe uma diferença conceitual entre som e ruído. Som é a sensação produzida no sistema auditivo e ligado a sensações positivas. Ruído está ligado a sons sem harmonia e em geral de sons que geram sensações negativas ao ser humano. Bistafa, (2011).

(15)

2.4. Onda Sonora

A onda sonora é uma flutuação de pressão longitudinal, que se move através de um meio elástico e é chamada longitudinal (Figura 3) porque as partículas do ar se movimentam na mesma direção de propagação da onda. O meio pode ser um gás , líquido ou sólido , embora em nossa experiência cotidiana é mais freqüentemente ouvir sons transmitidos pelo ar. Long (2006).

Figura 3 - Representação de uma onda sonora.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:CPT-sound-physical-manifestation.svg

2.5. Período e Frequência

2.5.1. Período (T)

Define-se período como o intervalo de tempo, em segundos, decorridos para que um ciclo de variação se complete. Por exemplo, se o coração humano bater aceleradamente a 120 batidas por minuto, divide-se o intervalo de tempo decorrido em segundos (60 s), pelo total de ciclos (120 batidas), assim tem-se o período de uma batida, T = 0,5 s conforme equação (1). LONG, (2006).

(16)

Em acústica o ciclo é determinado pela variação de mesma amplitude, conforme mostrado na Figura 5.

Figura 4 – Período e frequência de onda sonora.

Fonte: Baron 2003, página 27.

2.5.2. Frequência

Frequência é número de períodos existentes em um segundo e pode ser expressa pela equação (2).

(2)

Onde F é a frequência da onda ou número de ciclos por segundo expressa em Hertz (Hz) e T é o período de uma oscilação.

Ondas sonoras que possuem um maior número de oscilações por segundo são descritas como sons de alta frequência ou agudos, como, por exemplo, o som de uma caneta de alta rotação usada por dentistas.

Por sua vez, ondas sonoras que possuem menor número de oscilações de pressão por segundo, são descritos como sons de baixa frequência ou

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graves. Um exemplo de som grave é, por exemplo, o som de trovoadas, quando existe a aproximação de uma tempestade.

A Figura 6 exemplifica graficamente o que é frequência, amplitude e comprimento de onda.

Figura 5 - Frequência de uma onda.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Som#/media/File:Som_freq.png

2.6. Nível de Pressão Sonora (NPS)

A variação de pressão presente em uma onda sonora é muito pequena, se comparada com a pressão atmosférica do ar. Assim, a menor variação de pressão que é perceptível como som é de cerca de 2x10-5 Pa ou 2x10-5 N/m². O limite superior útil, perceptível como sensação de som, é chamado limiar da dor. A pressão sonora correspondente a esse valor é de cerca de 20 Pa, valor muito pequeno se comparado com a pressão atmosférica (≈ 105 Pa). É notável que o sistema auditivo possui uma sensibilidade auditiva tão elevada, que é capaz de processar sinais sonoros com pressões sonoras que abrangem seis ordens de magnitude. Por isso é mais fácil empregar o logaritmo da pressão sonora como uma medida da força do som:

(18)

Na equação (3), onde L é o nível de pressão sonora calculado, P0 é a raiz quadrada da pressão, e PB = 2 x 10-5 Pa é a pressão de referência padronizada internacionalmente. Kuttruff, (2007)

A quantidade definida na equação é chamada de Nível de pressão sonora (NPS), e sua escala é chamada decibel (dB) Kuttruff, (2007). O decibel (dB) é uma unidade logarítmica, que indica a proporção de uma quantidade física (geralmente energia ou intensidade), em relação a um nível de referência especificado ou implícito.

2.7. Ruído de Fundo

Em uma medição acústica realizada em campo, o ruído de fundo pode ser resumido como o ruído ambiente, o ruído que fica como plano de fundo de uma caracterização acústica. Esse ruído é característico do local onde será realizada a medição. Se a aferição ocorrer em um edifício, situado ao lado de uma avenida movimentada, o ruído de fundo dessa medição, provavelmente será composto por todas as fontes sonoras existentes na localidade e com maior relevância para o ruído provocado pelo trânsito da avenida, com níveis e variações de pressão sonora, característicos com o tráfego da avenida. A Figura 7 ilustra um mapeamento acústico, cuja principal fonte de ruído é do tráfego de veículos.

(19)

Fonte: http://techne.pini.com.br

Por sua vez, se a aferição ocorrer nas proximidades de um aeroporto, provavelmente o ruído de fundo será composto pelo ruído das fontes sonoras da localidade (incluindo-se o ruído do tráfego veicular), com destaque para o ruído provocado pelo trânsito das aeronaves.

2.8. Tempo de Reverberação TR

Tempo de reverberação TR é definido como o tempo necessário para que o nível de pressão sonora de uma sala caia 60 dB de seu nível inicial após o desligamento de sua fonte sonora. Se a sala possuir alta absorção sonora, o tempo para que o nível de pressão sonora decaia 60 dB, será curto, e por sua vez, se a sala possuir baixa absorção sonora, o tempo de reverberação será alto Vigran, (2006)

O tempo de reverberação de uma sala, pode ser calculado através da equação (4), onde V é o volume da sala e A, área de absorção equivalente do recinto em m2.

(4)

A avaliação do tempo de reverberação pode ser feita através da excitação do recinto fechado, com uma fonte sonora omnidirecional, reproduzindo um ruído aleatório (ruído branco ou ruído rosa), até que o recinto

(20)

atinja um nível estabilizado de energia sonora. Nesse momento, desliga-se a fonte sonora, e com a ajuda de um dispositivo de medição de nível de pressão sonora, avalia-se o tempo em que o nível de pressão sonora decaia 60 dB. Porém, por muitas vezes, devido a presença de um ruído de fundo muito elevado, não se consegue essa diferença de 60 dB entre o sinal emitido pela fonte e o ruído de fundo. Assim, o tempo de reverberação T60 pode ser estipulado por uma extrapolação da diferença de nível de pressão sonora dos 20 dB iniciais (T20) ou dos 30 dB iniciais (T30), a partir dos 5 dB, abaixo do nível de pressão sonora de excitação.

A Figura 8 mostra uma curva típica do tempo de reverberação para diferentes frequências de onda sonora.

Figura 7 - Curva decaimento característica do levantamento do tempo de reverberação de uma sala.

Fonte: Arquivo pessoal.

(21)

Uma parede entre dois recintos reduz a transmissão sonora entre eles. De fato, uma frente de onda, ao incidir sobre uma parede sólida, encontra um meio material com propriedades distintas do ar no recinto. A frente de onda deve então propagar-se através do material sólido, percorrendo a espessura da parede, encontrando do outro lado da parede o ar do recinto contíguo. Toda vez que ocorrer uma mudança das características do meio de propagação, há uma redução na intensidade sonora transmitida para o meio seguinte Bistafa (2011), conforme ilustra a Figura 9.

Figura 8 – Formas de propagação do som entre recintos.

Fonte: Vigran 2008, página 211.

Uma das formas de quantificar a capacidade de uma parede em impedir a propagação do som é através do índice de redução sonora aparente (R’):

(5)

onde S é a área da partição em metros quadrados, A representa a área de absorção equivalente da sala de recepção em metros quadrados (m2), dada pela equação de Sabine (6), V representa o volume da sala receptora e T o tempo de reverberação da mesma.

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2.10. Ruído de impacto

Ruídos de impacto são aqueles que têm sua origem na excitação direta de um sistema depiso, por uma força aplicada sobre o sistema. Em geral, é uma força com característica de percussão causada por um choque entre um objeto qualquer e o sistema de vedação, originando no mesmo um estado vibracional que, por sua vez, é a fonte de irradiação sonora nos locais de contato entre objeto e sistema de vedação.

A diferença fundamental com os ruídos aéreos tem raiz na origem das vibrações, as quais, neste caso, são produzidas pela força de impacto, enquanto que no ruído aéreo é produzida pela pressão acústica incidente sobre o sistema de vedação.

O ruído aéreo afeta os recintos imediatamente próximos, porém, o ruído de impacto pode afetar todo um imóvel, já que a energia que chega ao sistema de vedação se transmite de maneira rápida e eficaz em tudo que está em contato com o sistema de vedação Llinares; Lopes; Sanches (1996).

A Figura 10 mostra uma representação esquemática da propagação da onda sonora induzida por impacto e do ensaio correspondente.

Figura 9 - Esquema representando a avaliação de ruído de impacto.

(23)

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Descrição da edificação e dos Sistemas de Vedação (SV) estudados

A edificação na qual foram feitos os levantamentos de dados, para posterior análise dos SV, está situada em Santa Maria – RS, e representa a um das tipologias de empreendimentos imobiliários da região. Contendo entre um e dois dormitórios, com um banheiro social, sala, cozinha e lavanderia, são destinados a empreendedores que buscam ampliar suas receitas através da locação dos mesmos para estudantes, militares e pessoas que se mudam para a cidade em busca de melhores oportunidades.

As Figuras 11, 12 e 13 mostram, respectivamente, uma representação 3D da edificação mencionada, parte da planta baixa e uma foto da fachada.

Figura 10 -– Esquema em 3 dimensões representando a edificação estudada.

(24)

Os SVVI estudados são os que separam os apartamentos 203 e 205, os apartamentos 303 e 305. Por sua vez, os SP estudados são os que separam os apartamentos 305 e 205 e também o que separa os apartamentos 405 e 305. Os objetos de estudos foram selecionados por estarem separando os locais críticos da edificação, onde os ambientes de final 3, compõem o dormitório do apartamento, local onde o ruído deve ser o mínimo possível, para garantir o conforto do usuário. Por sua vez, os ambientes de final 5 são cozinhas e lavanderias, local onde se concentram fontes sonoras muito ruidosas, como ilustras a figura 11.

Figura 11 - Esquema em planta representando a edificação e os sistemas de vedação estudados.

Fonte: Arquivo pessoal.

As paredes que compõem os SVVI da edificação estudada possuem parede de alvenaria simples, executadas com blocos cerâmicos de 6 furos, com dimensões (9cm x 14cm x 19cm), assentados sobre argamassa de assentamento e rebocadas com espessura de argamassa entre 2,5 cm a 3,0 cm. A face da parede voltada para o lado da cozinha dos apartamentos com

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final 3 possui cerâmica sobre a argamassa como acabamento. A espessura total da parede é aproximadamente de 20 cm.

Por sua vez, as lajes que compõem os Sistemas de Piso (SP) são constituídas de pré-laje, com vigotas de concreto, preenchimento de tavelas cerâmicas com espessura de 8cm, capa de concreto com espessura aproximada de 5,5cm a 6cm e revestimento com piso cerâmico tipo porcelanato, totalizando uma espessura de aproximadamente 15cm.

3.2. Equipamentos utilizados

3.2.1. Fonte sonora

Para a avaliação da perda de transmissão sonora para ruídos aéreos, utilizou-se como gerador de ruído uma fonte omnidirecional dodecaédrica da marca Bruel & Kjaer de modelo (4295), conforme o anexo A da norma ISO 16283-1.

3.2.2. Medidor de nível de pressão sonora

A avaliação do nível de pressão sonora foi efetuada com a utilização do medidor de NPS, modelo 2270 Bruel & Kjaer. Os microfones utilizados para a medição em campo foram da marca Bruel & Kjaer, modelo compatível com o medidor de nível de pressão sonora utilizado nas medições, ambos de acordo com as normativas de referência do presente trabalho ISO 16283-1 e ISO 140-7 (Figura 12).

(26)

Figura 12 - Medidor de NPS e fonte sonora omnidirecional usados no levantamento de dados em campo.

Fonte: www.bksv.com

3.3. Medições em campo

A determinação do atendimento do nível de desempenho acústico para SVVI e SP de uma edificação, segundo os pré-requisitos dos itens 12 da NBR 15575-3 e NBR 15575-4, tem seu início nas atividades de medições, que para esse trabalho, foram realizadas em campo, ou seja, dentro da edificação. Porém, para que fosse possível chegar ao valor que referencia, ou não, o atendimento aos níveis de desempenho acústico desses sistemas, foi necessário realizar diferentes tipos de medições acústicas. Os dados adquiridos com esses levantamentos em campo compõem uma engrenagem de cálculo, e que posteriormente se transformam em um único número, o qual pode ser comparado com os valores indicados nas tabelas da norma de desempenho, onde se pode aferir o nível de desempenho dos sistemas.

Cada levantamento acústico diferente executado em campo seguiu sua norma vigente. Os subitens subsequentes trazem, além da descrição do levantamento executado, uma descrição, quando necessária, de sua importância nos cálculos que os seguem, e também trazem um resumo dos itens e configurações necessárias, para que os dados obtidos por essas medições possam ter validade, e de fato comporem essa delicada engrenagem de cálculo do valor de referência de desempenho dos SVVI e SP.

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3.3.1. Levantamento do ruído de fundo.

O levantamento do ruído de fundo tem sua importância em trazer ao executante da medição acústica, a informação inicial dos níveis de pressão sonora dentro do cômodo onde está inserido o sistema de vedação. Valores muito altos do ruído de fundo dificultam, por exemplo, a obtenção da diferença de nível de pressão sonora necessária entre cômodo de emissão sonora e cômodo de recepção sonora ideal para que se possa aferir o tempo de reverberação do ambiente. Outro exemplo da necessidade da aquisição do ruído de fundo é avaliar a flutuação dos níveis de pressão sonora nas bandas de frequências, em um intervalo de tempo. A flutuação ou a existência de um ruído em determinadas faixas de frequências, pode inferiorizar o real comportamento acústico do sistema de vedação, quando se faz presente no ambiente de recepção estudado.

Assim, avaliou-se o ruído de fundo das edificações seguindo as solicitações das normas ISO 140-7 (1999), (que foi substituida pela ISO 16283-2 em dezembro de 16283-2015), ISO 33816283-2-16283-2 (16283-2009) e ISO 1616283-283-1 (16283-2014), para assegurar que as observações feitas na sala receptora não sejam influenciadas pelo ruído externo. Para tal, utilizou-se um medidor de nível de pressão sonora, analisando, em tempo real, o espectro de frequências, com o intuito de identificar a interferência de algum ruído externo, em alguma banda de frequência específica. Posteriormente, o mesmo foi registrado para análises seguintes.

3.3.2. Levantamento do tempo de reverberação

O tempo de reverberação foi avaliado de acordo com a norma internacional ISO 3382-2 e adotou-se o método de avaliação de controle, observando-se os critérios estipulados pela norma:

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Utilizou-se o método do ruído interrompido conforme (3.2 da ISO 3382-2). Observou-se o decaimento do nível de pressão sonora em seus iniciais 20 dB, (T20) extrapolando-se para 60 dB, utilizando a faixa de 5 dB até 25 dB, abaixo do nível de pressão sonora de excitação (item 3.5 - Nota 2 ISO 3382-2).

Verificaram-se a temperatura e umidade das unidades autônomas assim como solicitado em (item 4.1 - Tabela 1 ISO 3382-2). Todos os equipamentos utilizados estão descritos no item 3.1 do presente trabalho (item 4.2. ISO 3382-2). Para as medições foram utilizadas 6 combinações de fonte-microfone: 2 posições de fonte, 3 posições de microfone, com 3 decaimentos para cada posição de microfone (item 4.3 - Tabela 1 ISO 3382-2).

A distância entre fonte e microfone usadas nas medições seguem o critério de distância calculada em conformidade com a equação 1 da ISO 3382-2. Assim, para a edificação obteve-se a distância de 1,5 m. A faixa de frequência utilizada para o método de controle foi de 250 Hz até 2000 Hz, conforme item 5.1 da ISO 3382-2. O tempo de excitação usado foi de 10 segundos, compatível com o tempo necessário para a estabilização da energia sonora no quarto avaliado.

3.3.3. Levantamento da diferença padronizada de nível (DnT) dos sistemas de vedações verticais (SVV) e dos sistemas de piso (SP)

A análise da diferença padronizada de nível (DnT) do sistema de vedação vertical das unidades autônomas avaliadas, das edificações, deu-se conforme requisitos da norma internacional ISO 16283-1 (2014). Para tal, foram observadas as suas recomendações.

Toda instrumentação utilizada, que está descrita no item 3.1 do presente trabalho, segue sugestões do (item 4 da ISO 16283-1). As medições se procederam utilizando microfones fixos apoiados em tripés conforme (item 3.6 ISO 16283-1).

A faixa de frequência analisada com centro de banda em terço de oitava, (100, 125, 160, 200, 250, 315, 400, 500, 630, 800, 1000, 1250, 1600, 2000, 2500, 3150), segue as prescrições do item 5 da ISO 16283-1.

(29)

Segundo o item 6 da ISO 16283-1, nenhum difusor ou material capaz de aumentar a difusão sonora foi introduzido nos locais de medição. Foram utilizadas duas posições de fonte para as medições, conforme (item 7.1 da ISO 16283-1) e no ato da medição a mesma encontrava-se parada e apoiada sobre tripé, com mesma configuração de emissão sonora, entre as duas posições, conforme item 7.2 da ISO 16283-1.

Na avaliação dos (SVV) utilizou-se um ruído do tipo branco por possuir nível de pressão sonora constante em todo centro de banda do espectro, em conformidade com item 7.2.1 da ISO 16283-1. A distância entre a fonte e as paredes da sala de emissão são de 0,5 m e 1,0 m para a partição em análise, a partir do centro da fonte sonora conforme descrito no item 7.2.2 da ISO 16283-1.

A distância adotada entre as posições de fonte foi de 1,5 m em acordo com item 7.2.2 da ISO 16283-1. A altura da fonte adotada foi de 1,7 m com relação ao piso conforme (item 7.2.2 da ISO 16283-1). Foram usadas 5 posições de microfones para cada posição de fonte na sala de recepção, sem que nenhuma posição de microfone se encontre no mesmo plano em relação aos limites da sala, nem estar disposto em uma grade regular conforme (item 7.2.2 da ISO 16283-1).

Para as posições de microfone, foram respeitadas as distâncias mínimas, conforme (item 7.6 da ISO 16283-1):

0,5 m entre a posição do microfone e os limites da sala; 0,7 m entre as posições dos microfones;

1,0 m entre a posição do microfone e a fonte sonora;

O tempo de medição adotado para cada posição de microfone foi de 15 segundos, conforme item 7.7.1 da ISO 16283-1. Para evitar que fossem feitas correções, garantiu-se que a diferença de nível de pressão sonora entre o ruído gerado pela fonte ficasse acima dos 10 dB acima dos 30 dB de diferença entre sinal e ruído de fundo necessário para o cálculo do T30, conforme item 9.2 da ISO 16283-1.

Para o cálculo do nível de pressão sonora médio na sala de emissão L1 e na sala de recepção L2, utilizou-se a equação (9) da ISO 16283-1.

A diferença de nível de pressão sonora entre sala de emissão e recepção foi calculada através da equação (1) da ISO 16283-1, e

(30)

posteriormente calculou-se a diferença de nível padronizada através da equação (2) da norma.

A Figura 15 ilustra uma parte de um dos cômodos que teve o tempo de reverberação avaliado.

Figura 13 - Imagem do momento da medição do levantamento dos níveis de pressão sonora, para posterior cálculo do Dnt.

Fonte: Arquivo pessoal.

3.3.4. Levantamento de nível de pressão sonora de impacto padrão (L’nT) dos sistemas de piso (SP)

Determinou-se, em campo, o nível de pressão sonora de impacto padrão em sistema de piso entre unidades autônomas, caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema, conforme é descrito na norma ISO 140-7:1998.

Todos os equipamentos utilizados, seguem as recomendações do item 4 e do anexo A da norma ISO 140-7:1998. A avaliação do ruído de impacto ocorreu em bandas de terço de oitava, conforme item 5.1 da norma ISO 140-7. A avaliação em campo deu-se com 4 posições distintas da maquina de

(31)

impacto, essas posições foram distribuídas de forma aleatória sobre o piso avaliado, com distância superior a 0,5 metros dos limites do local avaliado (conforme item 5.2 da ISO 140-7);

A máquina de impactos foi posicionada em ângulo de 45° das vigotas que compunham a pré laje (também seguindo o item 5.2 da ISO 140-7);

Utilizaram-se 4 posições de microfones espalhados de forma aleatória na sala avaliada com a seguinte configuração de distâncias (conforme item 5.3.2 da ISO 140-7):

• Distância superior 0,7 metros entre as posições de microfone; • Distância superior 0,5 metros entre a posição do microfone e os

limites da sala;

• Distância superior a 1,0 m do piso que está sendo excitado pela máquina de impactos e o microfone captador do ruído.

Foram efetuadas 16 medições com a configuração de 4 posições da máquina de impacto e 4 posições de microfone. O tempo de medição usado foi de 6 segundos para cada configuração de posição máquina-microfone (conforme item 5.4.3 da ISO 140-7), com tempo de estabilização de igual valor.

A medição do tempo de reverberação seguiu os procedimentos da norma ISO 3382-2, e está descrita no item 3.3 do presente trabalho. Os níveis de pressão sonora médios Li nas salas foram, calculados segundo a equação (1), e o nível de pressão sonora de ruído de impactos padronizado segundo a equação (3) da (ISO 140-7).

(32)

Figura 14 - Imagem do momento da medição do levantamento dos níveis de pressão sonora, para posterior cálculo do L’nt.

Fonte: Arquivo pessoal.

3.4. Cálculo dos parâmetros levantados em campo

3.4.1. Cálculo dos Níveis de pressão sonora médios

Para o cálculo dos níveis de pressão sonora médios nas salas de emissão (para cálculo da DnT - ruído aéreo) e nas salas de recepção (para cálculo do DnT - ruído aéreo - e do L’nT - ruído de impacto) as normas internacionais ISO 140-7 e ISO 16283-1 fazem uso da mesma equação e estão descritas em seus respectivos itens (3.1) e (7.8.1), reproduzida aqui pela equação (7).

(7)

3.4.2. Diferença padronizada de nível (DnT) e diferença padronizada de nível pondera (DnT,w)

(33)

Os valores de (DnT) podem ser calculados através da equação (8), descrita no item 7.8.1 da norma internacional ISO 16283-1, que se segue:

(8)

Na equação (8), T0 é o tempo de reverberação de referência para moradias, com valor de 0,5 segundos, e T, é o tempo de reverberação médio medido na sala de recepção, e D é a diferença entre o nível de pressão sonora médio da sala de emissão e da sala de recepção.

A transformação de (DnT) para (DnT,w) ocorre após o ajuste da curva de referência, apresentada na tabela 3 da ISO 717-1, onde, a comparação deve ser realizada através das curvas medidas e a de referência, onde essa deverá ser deslocada, de 1 em 1 dB, na direção da curva medida. Tal deslocamento deverá ser feito até que a soma dos desvios desfavoráveis (aqueles que ocorrem quando o resultado de medição, para uma dada frequência, é inferior ao valor de referência) não seja superior a 32 dB ou a média entre o somatório dos desvios desfavoráveis e o número de bandas de terço de oitava, não exceda 2 dB (32 desvios desfavoráveis dividido por 16 bandas de frequência). Após esse procedimento, o número único do índice de redução sonora será o valor obtido a 500 Hz na curva de referência padrão.

3.4.3. Nível de ruído de impacto padronizado (L’nT) e nível de ruído de impacto padronizado ponderado (L’nT,w)

A equação que determina o nível de ruído de impacto padronizado (descrito na tabela 5 da NBR 15575-3 como parâmetro acústico de avaliação de desempenho acústico de pisos) é representada por:

(34)

(9)

Na equação (9), L1 representa o nível médio de pressão sonora na sala de recepção e pode ser calculado através da equação (7) descrita no item (3.4) da norma (ISO 140-7). O termo que se segue na equação é uma correção do valor de L1, visto que a sala de recepção pode provocar uma amplificação do sinal que chega aos microfones devido ao seu tempo de reverberação T. A constante T0 é o tempo de reverberação de referência, igual a 0,5 segundos.

A transformação de (L’nT) para (L’nT,w) ocorre após o ajuste da curva de referência, apresentada na tabela 3 da ISO 717-2:2013. A comparação deve ser realizada por meio das curvas medida e a de referência, onde essa deverá ser deslocada, de 1 em 1 dB, na direção da curva medida. Tal deslocamento deverá ser feito até que a soma dos desvios favoráveis (aqueles que ocorrem quando o resultado de medição, para uma dada frequência, é superior ao valor de referência) não seja superior a 32 dB ou a média entre o somatório dos desvios desfavoráveis e o número de bandas de terço de oitava, não exceda 2 dB (32 desvios desfavoráveis dividido por 16 bandas de frequência). Após esse procedimento, o número único do índice de redução sonora será o valor obtido a 500 Hz na curva de referência padrão.

3.5. Valores de referência estipulados pelas normas.

A norma de desempenho brasileira, NBR 15575-4, descreve em seu anexo F, os limites de desempenho acústico, de sistemas de vedações verticais, através da diferença padronizada de nível pondera (DnT,w), em suas classificações mínima (M), intermediária (I) e superior (S). O Quadro 1 contém informações sobre os valores de referência para o DnT,w.

(35)

Quadro 1 - Valores de referência para (DnT,w), retirados do anexo F da norma NBR 15575-4.

Elemento DnT,w

[dB] desempenho Nível de

40 a 44 M

45 a 49 I

Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), nas situações onde não haja ambiente dormitório.

≥50 S

45 a 49 M

50 a 55 I

Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no caso em que pelo menos um dos ambientes é

dormitório. ≥55 S

40 a 44 M

45 a 49 I

Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos

pavimentos. ≥50 S

30 a 34 M

35 a 39 I

Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual como corredores e escadaria dos

pavimentos. ≥40 S

45 a 49 M

50 a 54 I

Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas,

salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e

lavanderias coletivas. ≥55 S

40 a 44 M

45 a 49 I

Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall (DnT,w obtida entre as unidades).

≥50 S

A norma de desempenho brasileira, NBR 15575-3, descreve em seu anexo E, os limites de desempenho acústico, de sistemas de vedações horizontais (sistemas de piso), através da diferença padronizada de nível pondera (DnT,w), em suas classificações mínima (M), intermediária (I), e superior (S), para o ruído aéreo entre cômodos sobrepostos, e também descreve, no mesmo anexo, os limites de desempenho acústico, (M), (I) e (S), através do nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado (L’nT,w) para ruído de impacto. O Quadro 2 contém informações sobre os valores de referência para o DnT,w para sistemas de pisos.

(36)

Quadro 2 - Valores de referência de níveis de desempenho acústico para (DnT,w), retirados do

anexo E da norma NBR 15575-3.

Já o Quadro 3 contém informações sobre os valores de referência para o

L´nT,w.

Quadro 3 - Valores de referência de (L’nT,w), retirados do anexo E da norma NBR 15575-3.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1. Diferença de nível padronizada ponderada nos sistemas de vedações verticais internos (SVVI) da edificação estudada

(37)

4.1.1. (DnT,w) entre as unidades autônomas adjacentes 203 e 205

Os resultados das medições dos valores de DnT,w são resumidos no Quadro 4, para as unidades autônomas 203 e 205. Onde o local da emissão sonora (E) foi a cozinha do apartamento 203, e a recepção (R) era o dormitório do apartamento 203. Para que a curva de referência ficasse ajustada de forma a garantir uma diferença não superior a 32 dB entre a curva de referencia ajustada e a curva calculada subtraiu-se 4 dB em todas as frequências analisadas, da curva de referência padrão. Assim o valor encontrado para a diferença padronizada de nível ponderada, retirado da frequência de 500 hertz da curva ajustada foi 48 dB.

Quadro 4 - Determinação do (DnT,w) para E(203) R(205)

(DnT,w) para E(203) R(205) Frequência

(Hz) Curva Referência [CR] (dB) [DnT] Curva Ajustada (CA) [CR] - [4 (dB)] [CA] - [DnT]

100 33,00 31,05 29,00 - 125 36,00 41,39 32,00 - 160 39,00 42,04 35,00 - 200 42,00 38,24 38,00 - 250 45,00 40,11 41,00 0,89 315 48,00 39,68 44,00 4,32 400 51,00 42,74 47,00 4,26 500 52,00 43,35 48,00 4,65 630 53,00 44,79 49,00 4,21 800 54,00 47,06 50,00 2,94 1000 55,00 48,90 51,00 2,10 1250 56,00 49,29 52,00 2,71 1600 56,00 51,04 52,00 0,96 2000 56,00 53,45 52,00 - 2500 56,00 54,38 52,00 - 3150 56,00 56,82 52,00 - ∑ (< 32 dB) = 27,03

A Figura 17 ilustra os resultados dos valores de Dnt,w mostrados no Quadro 4.

(38)

Figura 15 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação vertical interno E(203) → R(205).

4.1.2. (DnT,w) entre as unidades autônomas adjacentes 303 e 305

Os resultados dos valores de DnT,w são resumidos no Quadro 5, para as unidades autônomas 303 e 305.

Quadro 5 - Determinação do (DnT,w) para E(303) R(305)

(DnT,w) para E(303) R(305) Frequência

(Hz) Curva Referência [CR] (dB) [DnT] Curva Ajustada (CA) [CR] - [4 (dB)] [CA] - [DnT]

100 33,00 33,34 29,00 - 125 36,00 41,51 32,00 - 160 39,00 43,59 35,00 - 200 42,00 34,12 38,00 3,88 250 45,00 41,20 41,00 - 315 48,00 38,44 44,00 5,56 400 51,00 41,73 47,00 5,27 500 52,00 44,85 48,00 3,15 630 53,00 45,11 49,00 3,89 800 54,00 47,00 50,00 3,00 1000 55,00 47,75 51,00 3,25 1250 56,00 49,96 52,00 2,04 1600 56,00 51,66 52,00 0,34 2000 56,00 52,54 52,00 - 2500 56,00 52,97 52,00 - 3150 56,00 56,07 52,00 - ∑ (< 32 dB) = 30,37

(39)

A Figura 18 mostra graficamente os resultados dos valores de Dnt,w mostrados no Quadro 5.

Figura 16 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação vertical interno E(303) → R(305).

4.2. DnT,w de sistemas de vedações horizontais (SP)

4.2.1. DnT,w entre as unidades autônomas sobrepostas 305 e 205

Os resultados dos valores de DnT,w são resumidos no Quadro 6, para as unidades autônomas 305 e 205.

Quadro 6 - Determinação do (DnT,w) para E(305) R(205)

(DnT,w) para E(305) R(205)

Frequência

(Hz) Curva Referência [CR] (dB) [DnT] Curva Ajustada (CA) [CR] - [7 (dB)] [CA] - [DnT]

100 33,00 25,11 26,00 0,89 125 36,00 42,07 29,00 - 160 39,00 37,84 32,00 - 200 42,00 43,61 35,00 - 250 45,00 42,68 38,00 - 315 48,00 41,06 41,00 - 400 51,00 42,68 44,00 1,32 500 52,00 42,20 45,00 2,80 630 53,00 46,18 46,00 -

(40)

800 54,00 47,72 47,00 - 1000 55,00 47,69 48,00 0,31 1250 56,00 45,07 49,00 3,93 1600 56,00 45,00 49,00 4,00 2000 56,00 48,24 49,00 0,76 2500 56,00 51,76 49,00 - 3150 56,00 55,27 49,00 - ∑ (< 32 dB) = 14,01

A Figura 19 resume em um gráfico os resultados dos valores de Dnt,w mostrados no Quadro 6.

Figura 17 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação vertical interno E(303) → R(205).

4.2.3. DnT,w entre as unidades autônomas sobrepostas 405 e 305

O Quadro 7 contém os valores de DnT e o respectivo valor ponderado

(41)

Quadro 7 - Determinação do (DnT,w) para E(405) R(305)

(DnT,w) para E(305) R(205) Frequência

(Hz) Curva Referencia [CR] (dB) [DnT] Curva Ajustada (CA) [CR] - [7 (dB)] [CA] - [DnT]

100 33,00 20,52 26,00 5,48 125 36,00 45,85 29,00 - 160 39,00 43,01 32,00 - 200 42,00 41,80 35,00 - 250 45,00 40,34 38,00 - 315 48,00 38,34 41,00 2,66 400 51,00 41,32 44,00 2,68 500 52,00 41,82 45,00 3,18 630 53,00 43,00 46,00 3,00 800 54,00 44,66 47,00 2,34 1000 55,00 46,93 48,00 1,07 1250 56,00 46,62 49,00 2,38 1600 56,00 48,17 49,00 0,83 2000 56,00 49,24 49,00 - 2500 56,00 52,61 49,00 - 3150 56,00 55,13 49,00 - ∑ (> 32 dB) = 23,62

A Figura 20 resume em um gráfico os resultados dos valores de Dnt,w mostrados no Quadro 7.

Figura 18 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação vertical interno E(405) → R(305).

(42)

4.3. L’nT,w dos sistemas de vedação horizontais (SP) estudados

4.3.1. L’nT,w entre unidades autônomas sobrepostas 305 e 205

O Quadro 8 contém os valores de L'nT e o respectivo valor ponderado

L'nT,w, para as unidades autônomas 305 e 205.

Quadro 8 - Determinação do (L'nT,w) para E(305) R(205)

(L'nT,w) para E(305) R(205)

Frequência

(Hz) Curva Referência [CR] (dB) [L'nT]

Curva Ajustada (CA)

[CR] + [27 (dB)] [L'nT] - [CA] 100 62,00 56,34 89,00 - 125 62,00 58,24 89,00 - 160 62,00 64,36 89,00 - 200 62,00 65,39 89,00 - 250 62,00 67,41 89,00 - 315 62,00 69,42 89,00 - 400 61,00 70,88 88,00 - 500 60,00 73,59 87,00 - 630 59,00 73,64 86,00 - 800 58,00 74,36 85,00 - 1000 57,00 76,90 84,00 - 1250 54,00 81,89 81,00 0,89 1600 51,00 83,65 78,00 5,65 2000 48,00 82,24 75,00 7,24 2500 45,00 79,85 72,00 7,85 3150 42,00 78,87 69,00 9,87 ∑ (< 32 dB) = 31,51

A Figura 21 resume em um gráfico os resultados dos valores de Lnt,w mostrados no Quadro 8.

(43)

Figura 19 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação horizontal E(305) → R(205).

4.3.2. L’nT,w entre unidades autônomas sobrepostas 405 e 305.

O Quadro 9 contém os valores de L'nT e o respectivo valor ponderado

L'nT,w, para as unidades autônomas 405 e 305.

Quadro 9 - Determinação do (L'nT,w) para E(405) R(305)

(L'nT,w) para E(405) R(305)

Frequência (Hz)

Curva Referência [CR]

(dB) [L'nT]

Curva Ajustada (CA)

[CR] + [27 (dB)] [L'nT] - [CA] 100 62,00 51,88 89,00 - 125 62,00 58,73 89,00 - 160 62,00 66,96 89,00 - 200 62,00 72,84 89,00 - 250 62,00 74,90 89,00 - 315 62,00 77,90 89,00 - 400 61,00 76,04 88,00 - 500 60,00 77,69 87,00 - 630 59,00 78,80 86,00 - 800 58,00 77,47 85,00 - 1000 57,00 78,62 84,00 - 1250 54,00 80,47 81,00 - 1600 51,00 80,72 78,00 2,72 2000 48,00 81,83 75,00 6,83 2500 45,00 80,95 72,00 8,95 3150 42,00 79,15 69,00 10,15 ∑ (< 32 dB) = 28,65

(44)

A Figura 22 resume em um gráfico os resultados dos valores de Lnt,w mostrados no Quadro 9.

Figura 20 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de piso E(405) → R(305).

4.4. Análise dos valores apresentados nos (SVVI) e (SP) para (DnT,w)

Para que um SV atenda o nível mínimo de desempenho acústico para ruídos transmitidos de maneira aérea (conforme NBR 3 e NBR 15575-4), o valor encontrado após ajuste da curva de referência, (conforme proposto em ISO 717-1), não deve apresentar valor de DnT,w inferior a 45 dB, tanto para SVV como para SP. O quadro 10 apresenta, os valores obtidos de DnT,w dos SV estudados, bem como a sua avaliação perante os critérios estabelecidos pela NBR.

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Quadro 10 – Níveis de desempenho estipulados pela NBR 15575-4 Valores estipulados pela NBR

15575-3 e 4 Vedação em análise Valor Cálculo

(dB) (M) (I) (S) Desempenho do SV (DnT,w) para SVVI E(203) R(205) 48 45 - 49 50 - 55 ≥ 55 Atende ao critério de desempenho acústico mínimo

Quadro 10 – Níveis de desempenho estipulados pela NBR 15575-4 - continuação Vedação em análise Valor Cálculo

(dB)

Valores estipulados pela NBR

15575-3 e 4 Desempenho do SV (DnT,w) para SVVI E(303) R(305) 48 45 - 49 50 - 55 ≥ 55 Atende ao critério de desempenho acústico mínimo (DnT,w) para SP E(305) R(205) 45 45 - 49 50 -54 ≥ 55 Atende ao critério de desempenho acústico mínimo (DnT,w) para SP E(405) R(305) 45 45 - 49 50 -54 ≥ 55 Atende ao critério de desempenho acústico mínimo

4.5. Análise dos valores apresentados nos (SP) para (L’nT,w)

Por sua vez, para que um SP atenda o nível mínimo de desempenho acústico para ruídos transmitidos após impacto (conforme NBR 15575-3), o valor encontrado após ajuste da curva de referência, (conforme proposto em ISO 717-2), não deve apresentar valor de DnT,w superior a 80 dB para os sistemas de piso estudados. O quadro 11 apresenta, os valores obtidos de

(46)

Quadro 11 - Níveis de desempenho estipulados pela NBR 15575-3. Valores estipulados pela

NBR 15575-3 Vedação em análise Valor Campo (dB) (M) (I) (S) Desempenho do SV (L'nT,w) para SP E(305) R(205) 87 66 - 80 56 - 65 ≤ 55

Não atende os níveis de desempenho acústico mínimo (L'nT,w) para SP

E(405) R(305) 87 66 - 80 56 - 65 ≤ 55

Não atende os níveis de desempenho acústico mínimo

5. CONCLUSÕES

O sistema de vedação entre as unidades 203 e 205, apresentou valor da diferença padronizada de nível pondera em 48 dB, acima do mínimo recomendado pela norma de desempenho NBR 15575-4, 45 dB. Porém, pela faixa de classificação da mesma, o sistema de enquadra na faixa de mínimo desempenho, entre 45 e 49 dB, conforme destaque no quadro 1 do presente trabalho. O mesmo acontece para o sistema de vedação que separa as unidades autônomas 303 e 305, conforme descrito no (Quadro – 10 continuação) do presente trabalho.

Desta maneira os sistemas de vedações verticais (SVVI) estudados, apresentaram o mínimo de desempenho necessário para ceder ao usuário conforto relacionado as questões acústicas. Nesses casos específicos não há a necessidade de se fazer uma intervenção, ou uma mudança do sistema, visto que os mesmos atendem aos critérios da NBR 15575-4.

Para os sistemas de pisos estudados, a realidade não é a mesma. Ainda para ruído aéreo, o sistema de piso que separa as unidades 305 e 205 apresentou o mínimo valor para diferença padronizada de nível pondera 45 dB. O mesmo acontece para o sistema de piso entre as unidades autônomas 405 e 305, que apresentou iguais 45 dB. Ambos os sistemas de piso, enquadram-se na faixa de desempenho mínimo estipulado pela NBR 15575-3, apresentado no presente trabalho em seu (Quadro 2).

(47)

Diferentemente ambos os sistemas de piso, apresentaram valores de nível de ruído de impacto padronizado ponderado muito acima dos 80 dB estipulados pela NBR 15575-3. Os dois SP estudados apresentaram valor de

L’nT,w igual a 87 dB, e por esse motivo, não se enquadraram em nenhum nível de desempenho.

Para que o sistema de piso estudado possa se enquadrara nas normas vigentes, uma correção deverá ser ser implantada. Um sistema de desacoplamento entre piso e contra piso, utilizando uma manta de lã de vidro, poderá ser utilizada, visando o atendimento dos critérios de norma, baseando-se em um estudo complementar, da melhor maneira de baseando-se aplicar a correção, garantindo o menor custo e a maior eficiência.

O afastamento de ambientes ruidosos de ambientes onde o mínimo de ruído é necessário, como cozinhas alocadas não próximas a dormitórios, é necessária não apenas como atendimento de níveis de norma, mas por questões de conforto essa distribuição de ambientes deverá ser evitada em novas edificações.

6. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ABNT NBR 15575-3:2013 Edificações habitacionais - Desempenho Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

ABNT NBR 15575-4:2013 Edificações habitacionais — Desempenho Parte 4: Sistemas de vedações verticais internas e externas – SVVIE

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ISO 16283-1:2014 Acoustics - Field measurement of sound insulation in buildings and of building elements - Part 1: Airborne sound insulation

ISO 3382-2:2008 Acoustics - Measurement of room acoustic parameters - Part 2: Reverberation time in ordinary rooms

ISO 717-1:2013 Acoustics - Rating of sound insulation in buildings and of building elements - Part 1: Airborne sound insulation

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Referências

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