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SUPPLY CHAIN: UMA ABORDAGEM DE GESTÃO PARA A CADEIA DE SUPRIMENTOS DE VACINAS

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Academic year: 2021

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SUPPLY CHAIN: UMA ABORDAGEM DE GESTÃO PARA

A CADEIA DE SUPRIMENTOS DE VACINAS

Egberto Gomes Franco¹, Adriana Alves de Souza Santos², Vera Lúcia Pereira² Universidade Ibirapuera

Av. Interlagos, 1329 – São Paulo – SP – Brasil egberto@iee.usp.br

Resumo

Esta pesquisa apresenta como tema central o estudo de como se desenvolve a cadeia de suprimentos de vacinas de uma Indústria Farmacêutica, com o objetivo geral de descrever como funciona o sistema logístico de vacinas. Utilizamos a metodologia qualitativa, exploratória e um estudo de caso na Sanofi Aventis. No referencial teórico, abordamos temas como cadeia de suprimentos, gerenciamento integrado de cadeia de suprimentos, previsão de demanda, movimentação física, recebimento e armazenagem de vacinas. Objetivamos demonstrar como são desenvolvidas as etapas de vendas de vacinas, imunobiológico cada vez mais necessário na vida do ser humano. Palavras-chaves: Supply Chain, Cadeia de Suprimentos, Vacinas, Indústria Farmacêutica.

Abstract

In this work, one investigated the vaccine supply-chain with the objective to describe the logis-tic system of vaccines. This research was performed as an exploratory and qualitative case in Sa-nofi Avetis. Supply chain, integrated management supply chain, forecast, physical distribution. Keywords: Supply Chain, vaccines, pharmaceutical industry.

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1. Introdução

O Supply Chain tem sido um grande responsável no sucesso das empresas de forma estratégica, pois pende dos parceiros de negócios. Eles ajudam a tomar de-cisões estratégicas em canais de distribuição, envolvendo diversos departamentos tais como os departamentos de marketing, de vendas e área logística. São envolvidas áreas funcionais para se criar uma estratégica de sucesso.

As indústrias farmacêuticas estão aumentando sua participação no mercado em constante crescimento sendo responsáveis pela fabricação, comercialização e distribuição de medicamentos e vacinas. Estão cada vez mais intensivas em pesquisas e desenvolvimento de produ-tos novos ou melhorados, desenvolvendo cada vez mais a competição entre concorrentes. Nas indústrias farmacêuti-cas, têm surgido parcerias e alianças sinérgicas entre for-necedores e compradores, e nelas a cadeia de suprimen-tos é extensão do gerenciamento logístico interno para a cadeia externa. Uma alternativa para a busca de competi-tividade em manufatura é a formação e o gerenciamento de redes de empresas fornecedoras de itens e serviços. É na Cadeia de Abastecimento que todo es-forço envolvido nos processos e atividades empresariais criam valor na forma de produtos e serviços para o con-sumidor final, sendo também uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo de mercadorias. Conhecer a relação e como é desenvolvida a Cadeia de Suprimento de vacinas, é um desafio que apresentamos a seguir, buscando esclarecer em tópicos, como funciona uma Cadeia de Suprimentos de uma Indústria Farmacêutica na área de vacinas e apresentar os constantes planeja-mentos, projeções e desafios basicamente da integra-ção de recursos de humanos e físicos intermediários que possibilitam o alcance do objetivo final de satisfação do cliente, com entregas no prazo, com qualidade, além do compartilhamento dos riscos causados pelas incertezas de demandas, objetivando manter a sobrevivência e com-petitividade, sendo eficaz e eficiente simultaneamente.

2. Objetivos

• Identificar alguns conceitos relacionados às ativi-dades de Supply Chain;

• Identificar alguns conceitos relacionados às ativi-dades de Supply Chain de uma Indústria Farmacêutica • Descrever o sistema logístico de vacinas de uma Indústria Farmacêutica.

3. Cadeia de Suprimentos

Definição de Supply Chain

Segundo Chopra (CHOPRA, 2004) o termo Supply Chain, conhecido como Cadeia de Abastecimento, é todo esforço envolvido nos processos e atividades empresariais que criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final, sendo também uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo de mercadorias. Engloba todo o gerenciamento de oferta e demanda matérias-primas, man-ufatura, acompanhamento de estoque e pedidos e controle de distribuição e entregas. Não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes. O Supply Chain revolu-cionou completamente a forma de compra, a produção e distribuição de bens e serviços, pois é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mer-cadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor, focando-se necessariamente no atendimento ao cliente.

4. Cadeia de Suprimento de Vacinas:

Conforme Chopra, 2004, à medida que a Indústria Farmacêutica evolui, evolui também a logística dos medi-camentos e vacinas, de forma a integrar cada vez mais os processos entre Indústria Farmacêutica e provedora de serviços logísticos. A logística dos medicamentos e vacinas tende cada vez mais para esta evolução, principalmente por ser um produto de vital importância, com alto valor agr-egado e sempre à frente em termos de inovação. A logís-tica não ficaria fora dessa constante evolução que hoje, os fármacos são submetidos e, assim, as empresas e profis-sionais estão se especializando nesta atividade. Várias di-ficuldades são encontradas e assim, diversas soluções são desenvolvidas para, cada vez mais, garantir que o produto esteja ao alcance do paciente com qualidade, agilidade e segurança. É necessário que seja efetuado um projeto com uma análise eficiente, pois estes produtos são produtos

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Devem ser fabricados, mantidos, transportados e entreg-ues adequadamente, pois neste caso, especifico, não é comprometida apenas a qualidade e eficácia do produto, mas também a vida dos individuo que farão uso do mesmo. 4.1 Gerenciamento Integrado da Cadeia de Suprimentos Em estudos efetuados por CAMPOS, 2010, o Ger-enciamento Integrado da Cadeia de Suprimentos, é defini-do como um enfoque integradefini-do orientadefini-do para o processo, visando adquirir, produzir e entregar os produtos e serviços aos clientes. O Gerenciamento Integrado de Cadeia de Suprimentos também é conhecido como ISCM (Integrated Suplly Chain Management), com um amplo escopo, que inclui subfornecedores, fornecedores, operações internas de transformação, estocagem e distribuição, atacadistas, varejistas e consumidores finais, cobrindo o gerencia-mento do fluxo de materiais, de informação e de fundos. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos otimiza a produtividade, lucratividade e nível de serviço aos clientes. Seu foco é planejar, administrar e controlar o fluxo de ma-teriais desde o fornecedor de matérias-primas até o consu-midor final, objetivando a eficácia e agilidade possível, de forma que agregue valor a todos da cadeia. Não se trata de uma função, mas de um processo que atravessa hori-zontalmente um organograma funcional (BALLOU, 2006). 4.2 Estoques e Demandas de Vacinas

Orientações contidas no Manual Rede de Frio (ROCHA, 2001) relatam os maiores desafios de uma ca-deia logistica de vacinas, é a perecibilidade fácil deste imu-nobiológico, gerando um aumento de custos, pois neces-sita de cuidados especificos relacionados a manutenção de sistemas refrigerados especificos, a exposição á furtos, prazos de validade curtos, que são determinados pelo lab-oratório produtor sendo necessários manter a disponibili-dade do imunobiológico, na proporção de sua utilização. A quantidade de vacinas armazenadas e o tempo de permancencia nos estoques representam o maior custo da manutenção da cadeia logística, por possuirem inumeras variáveis de acordo com a procu-ra, e quanto maior a variavel , maior serão os esforços

organizacionais necessários para a diminuição destes estoques. É necessário um bom gerenciamento de de-manda , para que não haja sobra ou falta de estoque, o que implicaria na perda de oportunidade vacinal. Neste processo as tecnológias de informação, que permitem o registro de dados em tempo real e o conhecimento ex-plícito são ferramentas essenciais para o bom gerencia-mento e criteriosa previsão de demana. Uma das técni-cas utilizadas para uma eficiente previsão de demanda é a natureza quantitativa, isto é, que englobam decisões mercadologicas, desde as estratégias de marketing até definições de níveis de serviços (MACEDO, 2010). 4.3 Previsões de Demanda de Vacinas

A previsão de demanda de vacinas é efetuada em médio prazo, pois existem sazonalidades e surtos que vari-am a demanda do produto. Temos como exemplo, a sazonal-idade das vacinas contra gripe, que possuem sua produção e aumento de demanda estimados entre os meses de janei-ro a agosto. Dentjanei-ro deste período, são necessários pjanei-rogra- progra-mações do operador logístico, da diretoria do fabricante, da produção, representantes e departamento comercial. Aná-lises de mercado, concorrência, são de extrema importân-cia nesta previsão, obtendo-se informações relacionadas a fabricação de imunobiológicos concorrentes ou simi-lares, que podem interferir nas vendas (MARTINS, 2002). 4.4 Redes de Frio e Sistema de Refrigeração

A Rede de Frio ou Cadeia de Frio é o processo de manipulação, recebimento, armazenamento con-servação, distribuição e transporte dos de produtos re-frigerados. A manutenção e o controle desses proces-sos que envolvem os produtos termossensíveis na faixa entre 2º e 8º, é muito sensível a falhas que podem inati-var a ação desses produtos, cuja maioria é de natureza imunobiológica. O manuseio inadequado, equipamen-tos com defeito ou falta de energia elétrica podem inter-romper o processo de refrigeração, comprometendo a potência e eficácia dos imunobiológicos. Este processo de Rede de Frio inclui o armazenamento, o transporte, a manipulação das vacinas e as condições de refrigeração,

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desde o laboratório produtor até o momento de aplicação da vacina. O objetivo da Rede de Frios é assegurar que todos os imunobiológicos mantenham suas características iniciais, para conferir imunidade (ROCHA, 2001).

4.5. Movimentação Física- Transporte

Chopra, e Meindl, 2005, apontam a movimenta-ção física como de suma importância no processo logístico da empresa. Transporte significa o movimento do produto de um local para o outro, partindo do inicio da cadeia de suprimento e chegando até o cliente. O transporte é cru-cial em toda a cadeia de suprimento porque os produtos raramente são fabricados e consumidos no mesmo local. Ao tomar decisões relacionadas ao transporte, os fatores a serem considerados variam de acordo com a perspec-tiva do embarcados ou do transportador (FLEURY, 2010). 4.6 Principais funções e problemas na entrega de vacinas. Problemas relacionados á previsão de demanda adequa-da a possíveis epidemias, sazonaliadequa-dades e campanhas de marketing, podem afetar na logística e previsões de entregas das vacinas. Epidemias como Meningite, ocorri-das no Nordeste, em 2010, aumentam significantemente a procura de vacinas contra a doença. São clientes obje-tivando vendas e imunização de pessoas. O número de entregas subitamente aumenta, exigindo um planeja-mento adequado do operador logístico, para que as en-tregas sejam efetuadas no tempo previsto, sem que haja alterações na qualidade do imunobiológico. O operador logístico deve estar preparado para a grande demanda de notas fiscais faturadas para entrega, com veículos e profis-sionais qualificados suficientes a suprirem a alta demanda. Como sabemos, em determinadas localidades é necessário a entrega de vacinas utilizando dois modais: aéreo e rodoviário. Condições climáticas interferem dire-tamente nestes percursos, como por exemplo, fecha-mento de aeroportos devido a neblinas e tempestades, queda de barreiras sobre pistas, abertura de buracos, congestionamentos e assim sucessivamente. Neste caso as vacinas têm validade reduzida, pois devi-do à demora, pode haver variações de temperatura,

que comprometem a qualidade das vacinas. Produ-tos retidos em aeroporProdu-tos, devido a pagamento de taxas e impostos, também atrasam a entrega em algumas horas ou até dias (MACEDO, 2010).

5. Considerações Finais

O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo sobre o processo logístico da Cadeia de Suprimentos de uma Indústria Farmacêutica. Esta pesquisa oportu-nizou através de informações coletadas, a descrição da cadeia de suprimentos, em geral em uma Indústria Far-macêutica. Iniciamos descrevendo com funciona uma Cadeia de Suprimentos, descrevendo todos os seus processos. Seqüencialmente foi descrito como fun-ciona o processo logístico de uma Indústria Farmacêu-tica, desde sua fabricação até a entrega ao cliente final.

Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, que ajudou a compreender o funcionamento desta Cadeia de Suprimentos, e a analisar pontos falhos existentes na logística. Primeiramente a terceirização de operador logístico que já é terceirizado pela Indústria contratante. A qual ponto estas terceirizações tem suprido a demanda de entrega dos imunobiológicos. Particularmente, este procedimento pode inicialmente diminuir custos, mas por outro ponto o mesmo, devido a falhas, o multiplica, tra-zendo não só prejuízos materiais, mas prejuízos na ima-gem da empresa. Finalizando, conclui-se que o processo de uma Cadeia de Suprimentos desta natureza é muito complexo, exigindo rígidas programações e planejamen-tos, destinando aos profissionais envolvidos, a cada dia, uma superação de desafios muitas vezes desconhecidos.

6. Referências Bibliográficas

BALLOU, H. Ronald. Gerenciamento da Cadeia de Supri-mentos/Logística Empresarial Ed. Bookman. 5 Edição, 2006.

CAMPOS, YURI GONÇALVES. Gerenciamento da Ca-deia de Suprimentos: A força da integração. Bahia, Maio, 2009. Disponível em: <http://www.administradores. com.br/informe-se/artigos . Acesso em 20 de jul, 2010.

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CHOPRA,S.;MEINDL, P.; Gerenciamento de cadeia de suprimentos. Ed. Peasson/Prentice Hall. São Paulo. 2004. CARMELITO, RICARDO. Conceitos básicos de MRP. Poços de Caldas, Nov, 2008. Disponível em :<http://www.administra-dores.com.br/informe-se/artigos. Acesso em 20 de jul, 2010. FLEURY, F. P.; AVILA, M. G. Em busca da eficiência no trans-porte terceirizado: Estrutura de custos, parcerias e eliminação de desperdícios. Rio de Janeiro, ago, 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php<. Acesso em 01 ago, 2010. MACEDO, Sonja; JUNIOR, Saulo. Logística Far-macêutica Comentada Ed. Medfarma/ 1º edição. 2010. MARTINS, Garcia Petrônio; ALT, Campos Re-nato Paulo. Administração de Materiais e Recur-sos Patrimoniais. Ed. Saraiva, São Paulo; 2002. NOVAES, M. L. O.; SIMONETTI, V. M. M.; GON-ÇALVES, A. A.. Estoque e previsão de deman-da de vacinas: Proposta de gestão. Rio de Janei-ro, ago, 2008. Acesso em 10 de agosto de 2010. ROCHA, C.M.V., ET. AL.; Manual Rede de Frio; Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde; 3ª Ed.; Brasília; 2001.

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