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Novo Esquema Convectivo para a Computação de Problemas em Dinâmica dos Fluidos

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Academic year: 2021

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Novo Esquema Convectivo para a Computa¸

ao de Problemas

em Dinˆ

amica dos Fluidos

Giseli A. Braz de Lima, Valdemir G. Ferreira

Depto de Matem´atica Aplicada e Estat´ıstica, ICMC, USP, 13560-970, S˜ao Carlos, SP

E-mail: giabl@icmc.usp.br, pvgf@icmc.usp.br

Resumo: O trabalho trata da solu¸c˜ao num´erica de problemas em dinˆamica dos fluidos usando um novo esquema upwind de captura de choque chamado SDPUS-C1, para a discretiza¸c˜ao de termos convectivos (lineares/n˜ao lineares). O esquema ´e baseado nos crit´erios de estabilidade TVD e CBC, e testado em problemas de Riemann para leis de conserva¸c˜ao gerais. O novo es-quema ´e, ent˜ao, aplicado na resolu¸c˜ao de um problema de escoamento transiente incompress´ıvel 2D com superf´ıcie livre m´ovel. Os resultados num´ericos demonstram que o esquema SDPUS-C1 funciona muito bem.

Palavras-chave: Estrat´egia Upwind, Leis de Conserva¸c˜ao, Equa¸c˜oes de Navier-Stokes

1

Introdu¸

ao

No processo de solu¸c˜ao num´erica de EDPs com car´ater predominantemente convectivo, a precis˜ao dos resultados ´e significativamente afetada pela escolha do esquema de convec¸c˜ao. Por exemplo, os esquemas cl´assicos de primeira ordem, como FOU (First-Order Upwinding) [3] s˜ao dissipativos (suavizam a solu¸c˜ao na presen¸ca de choque). Em contrapartida os esquemas de alta resolu¸c˜ao, como QUICK (Quadratic-Upstream interpolation for Convective Kinematics) [6], s˜ao dispersivos (geram oscila¸c˜oes n˜ao f´ısicas em regi˜oes de altos gradientes). Para superar os defeitos apresentados pelos esquemas citados anteriormente, vem sendo utilizado aproxima¸c˜oes n˜ao lineares que auto se ajustam de acordo com gradientes locais.

No contexto dos crit´erios de estabilidade TVD (Total Variation Diminishing) e CBC (Con-vection-Boundedness Criterion), o trabalho apresenta um novo esquema upwind de alta resolu¸c˜ao denominado SDPUS-C1 (Six-Degree Polynomial Upwind Scheme of C1 Class), cujo objetivo ´e a discretiza¸c˜ao de termos convectivos lineares/n˜ao lineares. Para verificar o desempenho e a versatilidade do novo esquema, resolvem-se problemas de leis de conserva¸c˜ao gerais, tais como a equa¸c˜ao linear de advec¸c˜ao 1D e equa¸c˜oes n˜ao lineares de Euler 1D/2D. O novo esquema ´e, ent˜ao, aplicado na simula¸c˜ao do colapso de uma coluna de fluido sob a¸c˜ao da gravidade (escoamento transiente 2D incompress´ıvel com superf´ıcie livre m´ovel). Os resultados num´ericos demonstram que o esquema SDPUS-C1 ´e preciso, gera resultados convergentes e ´e robusto.

2

Base Te´

orica para Desenvolvimento do Novo Esquema

Para a deriva¸c˜ao do esquema SDPUS-C1 considera-se uma mol´ecula computacional de trˆes pontos: D (Downstream), U (Upstream) e R (Remote-upstream). As posi¸c˜oes desses pontos dependem do sinal da velocidade Vf de uma vari´avel convectada φ em f , φf (ver Figura 1). Assim, o esquema ´e dado pela rela¸c˜ao φf = φf(φD, φU, φR). Para facilitar a an´alise, a vari´avel original φ, numa posi¸c˜ao arbitr´aria, ´e transformada em VN (vari´aveis normalizadas) de Leonard [6], dadas por

ˆ

φ[ ]= φ[ ]− φR φD − φR

(2)

em que ˆφR = 0 e ˆφD = 1. Portanto, qualquer esquemas upwind de alta resolu¸c˜ao que dependa dos trˆes pontos D, U e R, pode ser reescrito na forma simplificada ˆφf = ˆφf( ˆφU).

replacemen R U D D U R Vf Vf φf φf f f

Figura 1: Posi¸c˜oes dos n´os D, R e U conforme o sinal da velocidade Vf de uma vari´avel convectada. Nesse contexto, Leonard [6] mostra que para se derivar um esquema upwind, linear por partes ou n˜ao linear, monotˆonico (livre de oscila¸c˜oes) e que atinja terceira ordem, as seguintes condi¸c˜oes sobre ˆφf = ˆφf( ˆφU) (para ˆφU ∈ [0, 1]) devem ser impostas: ˆφf(1) = 1; ˆφf(0) = 0;

ˆ

φf 12 = 34 (condi¸c˜ao para segunda ordem de precis˜ao); ˆφf 12 = 34 e ˆφ ′ f 12



= 34 (condi¸c˜ao para terceira ordem de precis˜ao). Leonard ainda recomenda que para ˆφU ∈ [0, 1] o esquema/ deve ser estendido de maneira cont´ınua pelo esquema FOU [3]. Ainda nesse contexto, Lin e Chieng [9] dizem que se ˆφf = ˆφf( ˆφU) for continuamente diferenci´avel em todo o dom´ınio, ent˜ao os problemas de convergˆencia em malhas grosseiras s˜ao evitados.

Em busca por esquemas upwind limitados, Gaskell e Lau [4] prop˜oem o crit´erio CBC (Con-vection Boundedness Criterion), definido por

         ˆ φf ∈ [ ˆφU, 1], se φˆU ∈ [0, 1], ˆ φf = 0, se φˆU = 0, ˆ φf = 1, se φˆU = 1, ˆ φf = ˆφU, se φˆU ∈ [0, 1]./ (2)

Um outro conceito importante s˜ao as restri¸c˜oes TVD (Total Variation Dimininshing), intro-duzidas por Harten [5], que combinam monotonicidade e alta ordem de precis˜ao. Formalmente, dada a sequˆencia de aproxima¸c˜oes discretas φ(t) = φi(t)i∈Z, a varia¸c˜ao total (TV - Total Varia-tion) da solu¸c˜ao discreta, no n´ıvel de tempo t, ´e definida por T V (φ(t)) =P

i∈Z|φi+1(t) − φi(t)|. Ent˜ao, o esquema ser´a TVD se

T V (φn+1) ≤ T V (φn). (3)

3

O Esquema SDPUS-C1

Para a deriva¸c˜ao do esquema SDPUS-C1, considera-se parte de um polinˆomio de grau seis, para ˆφU ∈ [0, 1], dado por ˆφf( ˆφU) = P6q=0bqφˆqU e o esquema FOU, dado por ˆφf = ˆφU, para

ˆ

φU ∈ [0, 1]. Mantendo o coeficiente b/ 2 = γ como um parˆametro livre, os demais coeficientes s˜ao determinados aplicando-se as condi¸c˜oes de Leonard, anteriormente citadas. Para fechar o sistema considera-se ˆφ′f(0) = 1 e ˆφ′f(1) = 1, assim a rela¸c˜ao funcional passa ser continuamente diferenci´avel em todo o dom´ınio (ver [9]). O esquema SDPUS-C1 em VN ´e dado por

ˆ φf=    (−24+ 4γ)ˆφ6U + (68−12γ)ˆφ5U+ (−64+13γ) ˆφ4U+ (20−6γ) ˆφ3U+ γ ˆφ2U+ ˆφU, φˆU ∈ [0, 1], ˆ φU, φˆU ∈ [0, 1],/ (4) com o limitador de fluxo correspondente (veja [8] para detalhes)

ψ(r) = max  0, 0.5(|r| + r)[(−8 + 2γ)r 3+ (40 − 4γ)r2+ 2γr] (1 + |r|)5  , (5) em que r = φUˆ

(3)

Vale salientar que com as considera¸c˜oes e conceitos introduzidos por Harten [5], Sweby [10] definiu a regi˜ao TVD. Essa regi˜ao ´e definida por conjuntos de restri¸c˜oes impostas para o esquema e seu respectivo limitador de fluxo. A Figura 2 mostra que o esquema SDPUS-C1 ´e TVD para γ ∈ [4, 12], uma vez que para esses valores (4) e (5) est˜ao inseridos na regi˜ao TVD. Neste trabalho considera-se γ = 12 (ver [8]). 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 γ = 4 γ = 6 γ = 8 γ = 10 γ = 12 Esquema ˆ φf ˆ φU 0 1 2 3 0 0,5 1 1,5 2 γ = 4 γ = 6 γ = 8 γ = 10 γ = 12 Limitador de fluxo r ψ

Figura 2: Esquema SDPUS-C1 (`a esquerda) e limitador de fluxo (`a direita) na regi˜ao TVD.

4

Resultados Num´

ericos

Nesta se¸c˜ao, resolvem-se problemas de leis de conserva¸c˜ao 1D e 2D com o objetivo de testar o esquema SDPUS-C1. Na sequˆencia, como aplica¸c˜ao, ´e simulado o problema do colapso de uma coluna de fluido sob `a a¸c˜ao do campo gravitacional.

4.1 Leis de Conserva¸c˜ao 1D e 2D

As leis de conserva¸c˜ao hiperb´olicas 1D s˜ao definidas por φt+ F (φ)x = 0 em que φ = φ(x, t) ´e o vetor de quantidades conservadas e F (φ) = F (φ(x, t)) ´e a fun¸c˜ao fluxo convectivo. Neste trabalho s˜ao considerados dois casos particulares, a saber:

– Equa¸c˜ao de Advec¸c˜ao 1D:Com o vetor das vari´aveis conservadas e a fun¸c˜ao fluxo (linear) dados, respectivamente, por φ = u e F (u) = u;

– Equa¸c˜oes de Euler 1D:Com o vetor das vari´aveis conservadas e a fun¸c˜ao fluxo (n˜ao linear) dados, respectivamente, por φ = [ρ, ρu, E]T e F (φ) = [ρu, ρu2 + P, u(E + P )]T. As vari´aveis ρ, u, ρu, E, P s˜ao a massa espec´ıfica, a velocidade, a quantidade de movimento, a energia total e a press˜ao, respectivamente. Para fechar o sistema, ´e considerada a equa¸c˜ao do g´as ideal P = (λ − 1)(E −12ρu2), em que λ = 1.4 ´e a raz˜ao do calor espec´ıfico.

Para os problemas 2D, as leis de conserva¸c˜ao s˜ao dadas por φt+ F (φ)x+ G(φ)y = 0, em que φ = φ(x, y, t) ´e o vetor de vari´aveis conservadas, F (φ) = F (φ(x, y, t)) e G(φ) = G(φ(x, y, t)) s˜ao as fun¸c˜oes fluxo. Em particular considera-se:

– Equa¸c˜oes de Euler 2D:Com o vetor das vari´aveis conservadas dado por φ = [ρ, ρu, ρv, E]T e as fun¸c˜oes fluxos (n˜ao lineares) por F (φ) = [ρu, ρu2+P, ρuv, (E +P )u]T e G(φ) = [ρv, ρuv, ρv2+ P, (E + P )v]T. As vari´aveis [u, v]T e [ρu, ρv]T, s˜ao os vetores velocidade e quantidade de movimento, respectivamente. Para fechar o sistema, ´e considerada a equa¸c˜ao do g´as ideal P = (λ − 1)(E −12ρ(u2+ v2)), com λ = 1.4.

Teste 1 - Advec¸c˜ao de Escalares 1D: Neste teste compara-se o desempenho do esquema

(4)

o transporte de uma onda quadrada, em [−1, 3.5], definida pela condi¸c˜ao inicial u0(x) =



1, se 15 ≤ x ≤ 15,

0, se caso contr´ario. (6)

As condi¸c˜oes de contorno utilizadas s˜ao Dirichlet homogˆeneas. Para a simula¸c˜ao s˜ao considerados 500 c´elulas computacionais, n´umero de Courantδxδt = θ = 0.5 e tempo final de simula¸c˜ao t = 2.8. A Figura 3, `a esquerda, apresenta a compara¸c˜ao da solu¸c˜ao exata com os esquemas WENO e SDPUS-C1 (para x ∈ [2, 3.5]) e, `a direita, est˜ao os erros absolutos Eabs pontuais cometidos por esses esquemas. Observa-se, por esta figura, que os resultados do esquema SDPUS-C1 s˜ao mais satisfat´orios que os do WENO. Salienta-se que o Eabs do SDPUS-C1 (em que o m´aximo do Eabs ´e max{Eabs} = 3.92616 · 10−1) ´e menor que o do WENO (em que max{Eabs} = 4.7719 · 10−1) o que pode ser constatado na Figura 3 (`a direita).

2 2,5 3 3,5 0 0,5 1 ExataExata SDPUS-C1 SDPUS-C1 WENO WENO x u 2 2,5 3 3,5 0 0,25 0,5 SDPUS-C1 WENO x EA (x )

Figura 3: Compara¸c˜ao das solu¸c˜oes (`a esquerda) e confronto dos erros absolutos (`a direita) gerados pelos esquemas WENO e SDPUS-C1 para a equa¸c˜ao de advec¸c˜ao (Teste 1).

Teste 2 - Equa¸c˜oes de Euler 1D: Neste caso considera-se m´ultiplas intera¸c˜oes de choques fortes em que as equa¸c˜oes de Euler s˜ao definidas em x ∈ [0, 1], com extrapola¸c˜ao de ordem zero no contorno e condi¸c˜oes iniciais dadas por

[ρ0, u0, P0]T =    [1, 0, 1000]T, 0 ≤ x ≤ 0.1, [1, 0, 0.01]T, 0.1 < x ≤ 0.9, [1, 0, 100]T, 0.9 < x ≤ 1. (7) Este teste ´e simulado no software CLAWPACK (Conservation LAW PACKage) [7] em que as solu¸c˜oes s˜ao calculadas pelo m´etodo de Godunov, com termo de corre¸c˜ao em que aplica-se o limitador de fluxo MC (Monotonized Central - difference limiter) [7], para a solu¸c˜ao de referˆencia, e o SDPUS-C1 ´e equipado no software para o c´alculo da solu¸c˜ao num´erica. A Figura 4 mostra a compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes de referˆencia (em 2000 c´elulas computacionais, com θ = 0.5) e a num´erica (em 1000 c´elulas computacionais, com θ = 0.8) para ρ, `a esquerda, e P , `

a direita, em t = 0.19. Pode ser observado, por essa figura, que o esquema oferece resultados satisfat´orios em que os vales e os picos s˜ao capturados sem oscila¸c˜oes.

Teste 3 - Equa¸c˜oes de Euler 2D:Neste caso considera-se a intera¸c˜ao de dois choques obl´ıquos (estados a e c) com dois choques normais (estados b e d). As equa¸c˜oes de Euler s˜ao definidas em [0, 1] × [0, 1], com extrapola¸c˜ao de ordem zero no contorno e condi¸c˜oes iniciais dadas por

[ρ0, u0, v0, P0]T =            [1.5, 0, 0, 1.5]T, estado a, [0.13799, 1.2060454, 1.2060454, 0.0290323]T, estado b, [0.5322581, 1.2060454, 0, 0.3]T, estado c, [0.5322581, 0, 1.2060454, 0.3]T, estado d. (8)

(5)

0 0,5 1 0 2 4 6 Referˆencia SDPUS-C1 x ρ 0 0,5 1 0 500 1000 1500 2000 Referˆencia SDPUS-C1 x P

Figura 4: Solu¸c˜oes para as equa¸c˜oes de Euler 1D (Teste 2), ρ (`a esquerda) e P (`a direita).

As solu¸c˜oes s˜ao calculadas no software CLAWPACK pelo m´etodo Godunov com termo de corre¸c˜ao, aplicando-se o limitador de fluxo MC (para solu¸c˜ao de referˆencia com θ = 0.5) e SDPUS-C1 (com θ = 0.8.), em malhas uniformes de 200 × 200 c´elulas computacionais. Na Figura 5 apresentam-se as solu¸c˜oes para o contorno de ρ, em t = 0.8, em que pode ser observado que a estrutura gerada pela solu¸c˜ao de referˆencia (`a esquerda) ´e satisfatoriamente capturada pela solu¸c˜ao do esquema SDPUS-C1 (`a direita). Na Figura 6 comparam-se as solu¸c˜oes (de referˆencia e num´erica) para ρ sobre y = x. Pode ser observado, por essas figuras, que os resultados num´ericos est˜ao em ´otima concordˆancia com a solu¸c˜ao de referˆencia.

Figura 5: Solu¸c˜ao de referˆencia (`a esquerda) e o esquema SDPUS-C1 (`a direita) para as equa¸c˜oes de Euler 2D (Teste 3), para o contorno de ρ.

4.2 Equa¸c˜oes de Navier Stokes

As leis consideradas para a simula¸c˜ao de escoamentos incompress´ıveis no regime laminar, s˜ao as equa¸c˜oes de Navier-Stokes e continuidade 2D, dadas (em nota¸c˜ao de Einstein), respecti-vamente, por ∂ui ∂t + ∂(uiuj) ∂xj = − ∂P ∂xi + 1 Re ∂ ∂xj  ∂ui ∂xj  + 1 F2 r gi, i = 1, 2, (9) ∂ui ∂xi = 0, (10)

(6)

0 0,25 0,5 0,75 1 0 1 2 Referˆencia SDPUS-C1 x ρ

Figura 6: Compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes para as equa¸c˜oes de Euler 2D (Teste 3), ρ em y = x.

em que u ´e o vetor velocidade, P ´e a press˜ao e g vetor gravidade. Os parˆametros adimensionais Re = U0L0

ν e F r = U

0 √

L0/g

s˜ao, respectivamente, os n´umeros de Reynolds e Froud, com ν o coefi-ciente de viscosidade cinem´atica (constante), e U0 e L0 as escalas de velocidade e comprimento caracter´ısticos, respectivamente.

Teste 4 - Navier-Stokes 2D: Neste caso considera-se uma coluna de fluido (quadrada de

lados a = b = 0.057m) em equil´ıbrio hidrost´atico, confinada entre paredes imperme´aveis fixas e sujeita `a a¸c˜ao da gravidade. Para simula¸c˜ao consideram-se a condi¸c˜ao de contorno free-slip aplicada nas paredes r´ıgidas, 1000 × 200 c´elulas computacionais, um dom´ınio de 0.5m × 0.1m, g = 9.81m/s2, L

0 = a = 0.057m, V0 =√g · L = 0.74778m/s, ν = 10−6m2/s, Re = 42623.27 e F r = 1. A Figura 7 mostra a compara¸c˜ao entre os dados apresentados por Colagrossi e Landrini [2] e o resultado do esquema SDPUS-C1 para o espalhamento horizontal do fluido xmax, em fun¸c˜ao do tempo, com t = 0.2s. Por essa figura, observa-se que o resultado num´erico obtido com o esquema SDPUS-C1 est´a em ´otima concordˆancia com o dados apresentados por Colagrossi e Landrini. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 1 2 3 4

Num. (SPH) de Colagrossi e Landrini (2003)

Exp. de Martim e Moyce (1952) Num. (BEM) de Greco et al. (2003) Num. (Level Set) de Colicchio et al. (2003) Sol. de Ritter (1982) SDPUS-C1 xm a x /a tpg/a

Figura 7: Compara¸c˜ao entre os dados por Colagrossi e Landrini e o esquema SDPUS-C1 para xmax em

(7)

5

Conclus˜

oes e Trabalhos Futuros

Neste trabalho o novo SDPUS-C1, para a discretiza¸c˜ao dos termos convectivos, foi apresen-tado e seu desempenho foi avaliado na resolu¸c˜ao de problemas de leis de conserva¸c˜ao (advec¸c˜ao de escalares 1D e equa¸c˜oes n˜ao lineares Euler 1D e 2D). Como aplica¸c˜ao o esquema foi empre-gado na resolu¸c˜ao do colapso de uma coluna de fluido envolvendo uma superf´ıcie livre m´ovel. Os resultados num´ericos obtidos mostraram claramente que o esquema SDPUS-C1 pode ser usado com confian¸ca na simula¸c˜ao de sistemas hiperb´olicos e problemas complexos de escoamentos de fluidos. Para o futuro, esse esquema ser´a aplicado na resolu¸c˜ao de escoamentos incompress´ıveis newtonianos/n˜ao newtonianos 3D com superf´ıcies livres m´oveis.

6

Agradecimentos

Agradecimentos a FAPESP (Processos: 2009/16954-8 e 2008/07367-9) e ao CNPq (Proces-sos: 300479/2008-5 e 133446/2009-3) pelo suporte financeiro.

Referˆ

encias

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