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Desafios éticos na Pós- Prof. Dr. Lourenço Stelio Rega

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Academic year: 2021

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(1)

Desafios éticos na

Pós-Modernidade

Prof. Dr. Lourenço Stelio Rega© rega@etica.pro.br www.etica.pro.br

(2)

Avaliação ética do

mundo contemporâneo

Uma cartografia ...

... uma leitura ético-teológica Estudos culturais e ética

(3)

Estamos num novo século, num novo milênio, assim, o cristão,

especialmente os líderes, precisam interpretar as entrelinhas de seu

momento, as mudanças dos

paradigmas na atualidade e saber como tudo isso influencia nossa vida. Quem não reflete se torna vítima das

ideologias!!!

(4)

Retrato da realidade

- Vocabulário do cotidiano: fiz o que estava a

fim de fazer ... meu coração mandou ... eu fiz

Zeca Pagodinho: Deixa a vida me levar

- Reality shows: espelham os ideais éticos

contemporâneos

Big Brother Brasil: intrigas, paixões e polêmicas (que ressaltam os instintos incontrolados do “eu”)

(5)

Retrato da realidade

- Incertezas no campo político, social e

econômico

- Erotização – sodomização coletiva

- Textos de auto-ajuda - indicam o desespero

humano em busca de socorro

(6)

Retrato da realidade

- Relativismo: cada um é dono da verdade - Nitezsche: o sub-solo da ética

contemporânea àética das paixões e dos instintos

- Ética do cotidiano à redução animalesca

- individualismo / egoísmo - situacionismo

- niilismo à vida sem sentido

- Sociedade que busca a gratificação

imediata

(7)

Estilo “Snoopy” de vida

(8)

1. Triunfo do indivíduo ü

ü O homem é descoberta recente (Foucault)

ü Horizontalização organizacional

ü Deslocamento do foco para os atributos

humanos

• Vontade do indivíduo

• Inteligência emocional (pq ñ intelig. múltiplas??) • Impulsos, paixões

ü Totalitarismo do indivíduo ü Transpersonalização

ü Egolatria vs. alteridade

(9)

2. Espírito crítico – sem espírito criativo

ü Jovens de hoje, filhos da geração reprimida

dos anos 60 e 70

ü Vida auto-referida, mas sem referencial ü Deconsideração ao espírito de autoridade ü Falta de talentos criativos

(10)

3. Sociedade industrial/manual vs. Sociedade do saber

ü No passado dava-se valor ao trabalho duro

que nosso corpo produzia, hoje ao que nossa mente pode fazer. Hardware vs. software

ü A informação e o conhecimento se tornaram

bens e patrimônio valorizáveis.

ü Na sociedade de informação, a orientação do

tempo é voltada para o futuro

(11)

3. Sociedade industrial/manual vs. Sociedade do saber

ü Realidade virtual – mas, banalização ética ü A autoridade vem pelo conhecimento

ü Tornar a Bíblia e a Teologia mais concretas ü Corporeidade

(12)

4. Geração da velocidade ü Cibernética, dos super-computadores ü Alteração no conceito de tempo

ü Redução dos contatos pessoais

ü Manutenção de uma geração paralela de

“analfabetos digitais”

ü Engodos do mundo cibernético:

- trabalho à distância, em casa

- maior tempo para o lazer ... mas, “estou conectado, logo existo”

- aumento do estresse e das doenças ocupacionais

(13)

5. Realidade virtualizada ü Banalização ética

ü Amplifica o alcance dos atributos humanos ü Igrejas virtuais? (não apenas em forma digital)

ü Pastor-Rambo vs. cooperatividade

ü Devolver ao crente o direito de exercer seus

dons

ü Lares virtuais, em que cada família será sólida

quanto a totalidade dos lares da igreja

(14)

6. Ampliação dos dilemas éticos ü Desenvolvimento tecnológico bélico se volta

para fins civis

ü No meio científico, os religiosos são tidos

como os que ficaram para trás, como sub-desenvolvidos

ü Transvaloração de todos os valores

(Nietzsche)

ü A moral kantiana: imperativo categórico

(dever-ser). Nietzsche propõe o imperativo da natureza

(15)

7. Atenuação de fronteiras ü Fronteiras raciais, ideológicas, religiosas ü Os grupos radicais tenderão a se tornar

minorias

ü Época de diálogo e de diversidade de

identidades e modelos

ü Apologética “dialogal”

ü Consistência nos fundamentos bíblicos e

teológicos para evitar ser “esponja”

ü Não haverá lugar para “militância da suspeita”

(16)

8. Crescimento do misticismo ü Descrença na razão (modernidade tardia) ü Busca pelo “homem(deus)-interior”

ü Neo-pentecostalismo, Nova-Era ü Descrédito contra instituição

ü Esoterismo evangélico

(17)

9. Crescimento do processo de secularização

ü O homem, neste novo século, crê mais em

seu próprio potencial

ü Descarte de Deus e a entronização do

homem

ü Cresce o misticismo religioso e o esoterismo,

mas, está havendo a predominância de uma mentalidade tecnocrata-secular que nega a transcendência da vida à os meios de

comunicação em massa disseminam esses conceitos.

(18)

10. Predominância numérica de jovens e aumento de idosos

Fonte IBGE

(19)

11. Ampliação da liderança da mulher

ü A mulher está descobrindo que também é gente

– tem sentimentos, pensa e pode fazer

ü Ampliação da tensão macho vs. fêmea

... O teu desejo será para o teu marido e ele te governará (Gn 3.16)

ü Machismo e feminismo: produtos de deturpada

compreensão do papel da mulher e do homem na sociedade

ü Será preciso definir claramente o papel da

mulher como cristã, por meio de profundo e desapaixado estudo deste assunto na Bíblia

(20)

12. Processo urbano em convulsão

ü Ampliação da urbanização, mas também sua

degradação

ü Facilidade de vida vs. Qualidade de vida nos

grandes centros urbanos

ü Tensões sociais

ü Aumento da violência urbana e suburbana ü Saturação no trânsito

ü Fuga das populações financeiramente mais

capazes para micro-regiões periféricas

(21)

13. Ampliação das doenças ocupacionais e da urbanidade

ü “A vida cotidiana faz mal à saúde”

ü O exercício profissional / vida urbana cuasa

tensão contínua

ü Ausência do senso de pertença

ü Traumas sofridos pelas famílias

desfrag-mentação

ü Aumentos da manifestação de doenças

psico-somáticas

(22)

Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos.

Fazer ou não fazer algo depende também da nossa vontade e perseverança.

Albert Einstein

Concluindo esta parte ...

(23)

Não devemos orar por tempos fáceis, mas por líderes fortes de caráter.

Não devemos orar por tarefas iguais ao nosso poder, mas por poder

igual às nossas tarefas.

Philip Brooks

Concluindo esta parte ...

(24)

Estudo cultural:

Estudo cultural:

Nietszche

Nietszche e a sociedade

e a sociedade

de gratificação imediata

de gratificação imediata –

uma visão cristã

uma visão cristã

Uma radiografia da cultura sem Uma radiografia da cultura sem

Deus... Deus... ... uma leitura ético

... uma leitura ético--teológicateológica Estudos culturais e ética

(25)

A ponta do iceberg

Esta é a vida que vivemos –

aparência externa Este é o sub-solo (ideologia,

cultura) que

gerencia a nossa vida aparente Estudos culturais e ética

(26)

Matrizes éticas

ou chaves de leitura

da sociedade contemporânea

üSociedade de Gratificação Imediata üPaixão e impulsos internos como

paradigma ético irresistível

Filosofia e ética de Nietzsche

(27)

No passado o mundo foi desencantado para dar lugar à razão. Depois para

dar lugar à funcionalidade. Mais adiante à existência.

Hoje o desencantamento do mundo é para dar lugar às paixões, aos

instintos individuais em que está havendo a perda do sentido da

construção da história.

Mundo desencantado

(28)

A gratificação imediata tem sido a chave global para a interpretação do

homem contemporâneo. A máxima da sociedade da

gratificação imediata é produzir experiências constitutivas do

ser-pessoa que importa alcançar também nessa sociedade que é comprometida

com o “projeto de uma vida boa”.

Sociedade de Gratificação Imediata

(29)

A insegurança do mundo

contemporâneo reduz a capacidade de antever e de planejar o futuro da vida.

Cresce a pressão para tudo se esperar do momento e, para isso, as pessoas

chegam a retrair-se para pequenos espaços por elas próprias escolhidas.

Sociedade de Gratificação Imediata

(30)

As pessoas estão sendo adestradas a olhar o mundo como um grande

contêiner cheio de objetos à

disposição, objetos para usar e jogar fora. O mundo inteiro – inclusive os

outros seres humanos.

Para evitar frustração é melhor em se abster de criar hábitos e apegos a

compromissos duradouros.

Sociedade de Gratificação Imediata

(31)

Precariedade dos relacionamentos Compromissos do tipo até que a morte os separe transformam-se em

contratos do tipo enquanto a satisfação durar, contratos temporários por definição e por

intenção.

Sociedade de Gratificação Imediata

(32)

Precariedade dos relacionamentos

Laços e uniões são considerados objetos a serem consumidos, não produzidos e nem

mantidos; estão sujeitos aos mesmos

critérios de avaliação como todos os outros objetos de consumo.

Sociedade de Gratificação Imediata

(33)

Precariedade dos relacionamentos

Os relacionamentos são transitórios e podem ser rompidos a qualquer

momento unilateralmente, sempre que uma das partes farejar que é mais

vantajoso pular fora do que continuar o relacionamento.

Sociedade de Gratificação Imediata

(34)

üÉtica dos instintos

üPaixão e impulsos internos como paradigma ético irresistível

üA verdade ética está centralizada no “intra-subjetivo” do “eu”

üAutonomia radical do indivíduo!!! üBusca pelo imediato, pelas

sensações agradáveis ... üBem-estar imediato

Sociedade de Gratificação Imediata

(35)

Até que a satisfação dure ...

Sociedade de Gratificação Imediata

(36)

Eu não preciso de ninguém ...

Sociedade de Gratificação Imediata

(37)

Vida orientada por situações em vez de

orientada por principios ...

Sociedade de Gratificação Imediata

"Não posso dizer que nunca ficarei com uma mulher. Não sei. Nunca pensei sobre isso. Até agora, os homens sempre me satisfizeram."

(Giselle Itié, a Julia da novela Começar de Novo, em entrevista à Revista Oi) Estudos culturais e ética

(38)

Sigo meus instintos ... Rodrigo Santoro

Sociedade de

Gratificação

Imediata

(39)

Ninguém está livre ...

Sociedade de Gratificação Imediata

(40)

Irresistibilidade das decisões ...

Sociedade de

Gratificação

Imediata

(41)

Conseqüências

üConcepção histórica se altera: atos não singulares, o relevante é o agora.

üPerda do referencial e significado da

vida com a dissolução da capacidade de classificar historicamente a própria

época.

üInversão dos pólos da esperança escatológica para a imanência do

paraíso aqui e agora (paradise now).

Sociedade de Gratificação Imediata

(42)

Conseqüências

üA sociedade deixa de ser um lugar de vivência simbólica da transmissão do infinito no finito – você está sozinho. Crescem as “patologias da solidão” üContração do ego e da geografia

pessoal: o mundo válido é o da própria pessoa.

üPerda das relações tradicionais de comunidade.

Sociedade de Gratificação Imediata

(43)

ü

üA vontade de potência

A vontade de potência

ü

üO eterno retorno

O eterno retorno

ü

üO super

O super--homem

homem

Filosofia de Nietzsche

três conceitos chaves

(44)

O super-homem de Nietzsche

No super homem há uma transformação de valores (transvaloração de todos os valores)

Valores inferiores

humildade, piedade, amor ao próximo, bondade, objetividade

Valores superiores

orgulho, personalidade criadora, risco (sem medo), amor ao

distante (busca do super-homem)

(45)

üA moral kantiana = imperativo categórico (dever-ser) é uma máquina para dominar os outros à o prazer = negado e trocado pelo dever.

üNietzsche = imperativo da natureza -resgate dos instintos da natureza.

üÉtica nietzscheana = superação do imperativo categórico de Kant.

Crítica de Nietzsche à moral tradicional

(46)

üValoriza os instintos e a exaltação da vontade de potência.

üA moral aceitável é a glorificação de si mesmo.

üDefende uma moral dos fortes contra uma moral dos fracos.

üPreconiza a transvaloração de todos os valores.

Nietzsche defende uma moral dos fortes

(47)

Moral dos fortes vs. Moral dos fracos

Moral dos Fracos

Moral dos Fortes

humildade, bondade

valoriza o belo e o

estético

piedade, paciência

agir como manda o

coração

moral de escravos

moral dos aristocratas

negação de si mesmo

glorificação de si

mesmo

escravidão dentro de

um sistema ético

(48)

Nietzsche & Cristianismo

Nietzsche

já e agora

Cristianismo

já, mas ainda não

(49)

üÉtica nietzscheana gera a irrelevância da história pessoal.

üA história acabou, hoje não vivemos o presente, lembrando do passado ou construindo o futuro

üAs coisas têm passado, presente e futuro. A vida há um projeto histórico, ideal histórico, compromisso histórico.

üNão dá para ser cristão sem subjacência

histórica. Nosso Deus tem um currículo, tem biografia, é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Nietzsche - uma leitura cristã

(50)

üA vontade de potência defendida por Nietzsche nada mais é do que a arrogância dos instintos pessoais, dos íntimos desejos e sagacidades do “eu”. Veja Isaías 5.20

üO coração é mais enganoso do que todas as coisas e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá? Jeremias 17.9

üA proposta ética de Nietzsche é para uma vida orientada por uma visão estética e instintiva em vez de uma visão orientada por valores e

princípios.

Nietzsche - uma leitura cristã

(51)

üOs meios massivos de comunicação possuem a mensagem profética do homem

contemporâneo dirigida à obtenção do máximo sucesso na vida.

üEsse sucesso tem a ver com a auto-realização pessoal na busca da obtenção de objetos do desejo. É uma Ontologia da Posse onde o ter agrega valor ao ser.

üA manifestação da vontade própria como ação libertária do ser. É a vontade de potência.

üO fracasso deve ser evitado a todo custo.

Nietzsche - uma leitura cristã

(52)

Sucesso vs. fracasso Sucesso vs. fracasso

Sentido na vida (realização)

Prisioneiros no campo de concentração Fracasso Sucesso Estudandes de Idaho Desespero

Viktor Frankl in:

Um sentido para a vida,

1989, p. 35 H O M O S A P I E N S H O M O P A T I E N S

(53)

A 3 / M 2

Nietzsche & o Evangelho

Conceito Nietzsche Evangelho

Homem ideal Super-homem Nova criatura

Coração Fazer o que o coração

manda

O coração é enganoso

“Eu” Vontade de potência,

exaltar o “eu”

Mortificar o “eu” colocando Cristo

no lugar

O próximo Sobrevivência dos

mais aptos, competição

Companheirismo, complementação

Sedução sexual Deixar-se levar pelos

impulsos

Lealdade ao 1º amor

(54)

A 3 / M 2

Nietzsche & o Evangelho

Conceito Nietzsche Evangelho

Tapa na face Revidar Dar outra face

Inimigo com fome/sede Problema dele, odiar o inimigo Dar de comer/beber, amar Ser perseguido por causa da justiça Revidar, retaliar, vingar-se, olho-por-olho

Sofrer o dano, não resistir ao perverso,

deixar p/ Deus

Ser difamado Denegrir a

reputação do difamador

Confiar no julgamento de

(55)

A 3 / M 2

Nietzsche & o Evangelho

Conceito Nietzsche Evangelho

Satisfação Buscar, custe o

que custar

Adiar, se ferir algum princípio Ser ofendido,

levado à ira

Revidar, vingar-ser Ser paciente

Passar por tribulação ou sofrimento Fugir da tribulação. Buscar satisfação imediata O sofrimento pode ser didático. Ser

paciente, alegre

Indivíduo Auto-referido Dependente de

Deus e seus princípios

(56)

üO paradigma nietzscheano se reproduz na promiscuidade sexual encontrada até nos meios eletrônicos.

üSe reproduz também não somente no aumento da violência, mas também no aumento da

intensidade da violência e crueldade. É o

indivíduo dando vazão à sua vontade de poder de que Nietzsche enfatizava.

üSe a sexualidade for vivida como os meios massivos anunciam, se tornará animalesca.

Nietzsche - conseqüências

(57)

Não vivemos

sozinhos e ...

o relativismo e o

individualismo levam

ao caos, à anarquia

(58)

Exemplo de Jesus – o amor, a solidariedade

Evangelho segundo Marcos 12.30-31

O primeiro mandamento é: Amarás, pois, ao

Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças.

E o segundo é este: Amarás ao teu próximo como a

ti mesmo. Não há outro mandamento maior do

que esses.

A inserção do próximo em nosso espaço geográfico ou

território pessoal

(59)

SE020 POST-MODERNITY ETHICS

A 3 / M 2

Ética relacional - duas possibilidades de leituras

EU – TU

EU – ISTO

Deus – Homem Homem – Deus

Amor incondicional Amor interesseiro

Interdependência Individualismo

Bondade Maldade

Sinceridade Hipocrisia - segundas intenções

Participação Autoritarismo, exclusão

União na diversidade Exclusão

Diálogo Contestação

Convivência Posse ou marginalização

(60)

üVivemos a vida uma só vez.

üA vida não é sem sentido (nihilismo)

üNão estamos sozinhos – sem o próximo e sem o transcendente.

üDeus estabeleceu propósitos para nossa vida desde a Criação.

üMesmo com a queda temos a Redenção – restauração de nosso estado original.

Uma leitura cristã da vida

(61)

üLeitura teleológica da vida: O Evangelho indica que o sentido de nossa vida está em vivermos para a alegria e glória de Deus - objetivo para o qual fomos criados.

üOs dois mandamentos máximos do Evangelho se centralizam no amor – a Deus e ao próximo (a si-mesmo) – indicando que fomos criados para um ambiente de amor, solidariedade e responsabilidade.

üAmor é o que Deus tem para nos conceder, quando vivemos para a sua glória.

Uma leitura cristã da vida

(62)

üPor muito tempo o centro da história foi a cruz – seria isso um humanismo disfarçado?

üJesus foi declarado Filho de Deus pela

ressurreição (Rm 1.4).

üA vida no Evangelho se completa pelo poder da

ressurreição. Somente assim conseguiremos vencer as tendências perniciosas de nossos

instintos à Rm 6

üO Evangelho não nega a existência dos instintos e

impulsos humanos, mas determina a sua gestão à

Cl 2.23

Recuperando o centro do Evangelho

(63)

üNos tornamos espetáculo do mundo - 1 Co 4.9

üAs pessoas andam segundo o curso deste mundo

– Ef 2.2

üNão devemos “nos conformar” a este mundo – Rm

12.2

üO Evangelho é vida e relacionamento, além de

doutrina e trabalho.

üSomos embaixadores de Cristo em todos os

lugares - 2 Co 5.18-20

üO pecado da omissão – Tg 4.17

üA palavra é portadora do ser e da vida

Referenciais para a vida

(64)

üEste mundo (gr. aion) é governado por Satanás, o príncipe das trevas (Ef 2.1-10)

üO mundo inverte os valores de Deus (Is 5.20)

üQual tem sido a influência da sociedade nas

decisões pessoais?

üSomos enviados ao mundo (João 17.18) não para

vivermos para ele, mas para vivermos para Cristo nele (2 Coríntios 5.15)

üComo cristãos devemos viver a vida o mais

normalmente possível, contudo sem nos

mancharmos com o pecado (Gálatas 5.1-13)

üEsponja - óleo - sal/luz (Mt 5.13-16)

Um plano de ação

(65)

üSer humano à ser que decide.

üAs paixões são passageiras – 1 Tm 4.12 e 2 Tm 2.22

üCada um de nós deverá optar se deseja viver orientado pelos instintos (distorcidos pela queda – Rm 7) ou orientado por princípios do Evangelho.

üO poder da ressurreição e a ação da graça de Cristo (2 Co 12.7-10) são a força mobilizadora para

essa vida orientada por princípios.

A vida é repleta de escolhas

(66)

üDepender da graça de Cristo

üPureza mental à pureza de caráter: Filipenses 4.8

– viver de modo irrepreensível

üA renovação da mente (Rm 12.2; 2 Tm 3.16,17) é um

dos recursos para habilitarmos a vida por princípios.

üSabendo como lidar com os impulsos –

colocando-os no trono de Deus – Rm 12.1; Lc 9.23

A vida é repleta de escolhas RECURSOS

(67)

Não podemos mais sermos meros consumidores da realidade da vida, mas

instrumentos de sua transformação e construção.

Concluindo esta parte ...

(68)

SE020 POST-MODERNITY ETHICS

Nossa iniciativa ...

Não devemos esperar por tempos fáceis, mas por líderes fortes de caráter.

Não devemos esperar por tarefas iguais ao nosso poder, mas por poder

igual às nossas tarefas.

Philip Brooks

Honestidade é o primeiro capítulo no livro da sabedoria.

Thomas Jefferson

A 3 / M 3

(69)

SE020 POST-MODERNITY ETHICS

Nossa iniciativa ...

Senhor

... faça-me um instrumento de sua paz ... onde houver ódio, que eu semeie a paz; onde houver injuria, perdão;

onde houver dúvida, fé;

onde houver desespero, esperança; onde houver trevas, luz;

onde houver tristeza, alegria ...

São Francisco de Assis

A 3 / M 3

(70)
(71)

1

Prof. Dr. Lourenço Stelio Rega©

rega@etica.pro.br www.etica.pro.br

Desafios

Desafios éticos

éticos na

na Pós

Pós--Modernidade

Modernidade

Parte II

Parte II

(72)

Será que compreendemos tudo sem a influência do meio ???

Texto Bíblico

Bíblia Bíblia Bíblia

Interpretação Comunicação

Fonte: PADILLA, René C. Misión integral. Ensayos sobre el Reino y la Iglesia. Grand Rapids-Buenos Aires: Nueva Creación, 1986.

(73)

SE020 POST-MODERNITY ETHICS

Será que compreendemos tudo sem influência do meio???

Fonte: PADILLA, René C. Misión integral. Ensayos sobre el Reino y la Iglesia. Grand Rapids-Buenos Aires: Nueva Creación, 1986.

Texto Bíblico

Bíblia Bíblia Bíblia

Interpretação Comunicação

Cultura

greco-romana Cultura greco-romana

Cultura européria-americana Cultura européria-americana Cultura local

(74)

Paradigmas modeladores da ética Matriz modeladora Bíblia Análise Elaboração Finalização

(75)

Presente

Futuro

Passado

DECISÃO Situacionismo Teleologismo Absolutismo Legalismo Hierarquismo Ontologismo Principeísmo C O N T E X T U A L I S M O Ética prudencial

(76)

Avaliação ética da

queda de Adão

É o cristianismo mais do que salvação?

(77)

Em que consistiu a

queda de Adão?

(78)

Quem era o ser humano

antes da queda?

- Criado à imagem de Deus – Gn 1.26,27 - Ser livre, volitivo

- Moralmente neutro – Gn 3.5, 7, 10, 11, 12 - Ser dependente para tomar decisões

éticas – Gn 3.8ss; 2.9, 16, 17

(79)

Como tudo começou?

O reino de Deus (desde o Éden)

Então, por que estamos aqui?

- O mundo não surgiu do acaso

- Há um sentido na vida

(80)

Por que ou para que estamos aqui?

Muitos crentes acreditam que estamos aqui somente para sermos salvos ...

libertos das labaredas do Inferno. Como se a salvação fosse uma

apólice de seguro contra o fogo do Inferno.

(81)

Para que fomos criados?

Para que fomos criados?

A

A –– Z = na verdade, este é o TODOZ = na verdade, este é o TODO

A A

Deus nos criou para ... (Z) Deus nos criou para ... (Z)

Gn Gn 1,21,2 Z Z àà (Finalidade)(Finalidade) Vivermos para Vivermos para a glória de Deus a glória de Deus Is 43.7 Is 43.7 B B Gn Gn 33 C C Rm Rm 3.233.23 D D 2 Co 5.15 2 Co 5.15 1 Co 10.31 1 Co 10.31 B

B –– C C –– D = dizemos que é o D = dizemos que é o TODO do Evangelho

TODO do Evangelho B

B –– C C –– D = é apenas parteD = é apenas parte do todo

do todo

Esse diagrama foi inspirado em

Esse diagrama foi inspirado em DeVernDeVern FromkeFromke, , O supremo O supremo propósito

(82)

Vivendo o cristianismo em tempo integral

ü O chamado de Jesus – Lucas 9.23

ü A vida cristã e suas facetas – Rm 12.1-8 ü O que torna cristã uma vida?

ü Muitas fórmulas para se aprender a viver o evangelho.

ü Entendendo o cristianismo sem burocracias e atalhos

(83)

Cristão em tempo integral – Rm 12

q Vida no altar (12.1)

Entrega incondicional

q Vida transformada (12.2)

Metamorfose à mudança radical / mudança da mente

q Auto-imagem e relacionamentos equilibrados

(12.3)

Ver os outros do ponto de vista de Deus

q Cada um e nós tem funções no corpo de Cristo

– a igreja (12.4-8)

(84)

Muito mais do que apenas trabalho na igreja, cristianismo é estilo de vida envolvendo cada

(85)

A vida ética deve estar em constante crescimento

C C C E C E C E

Cristo e

Eu potencial- C E

Separação mente unidos

C E

C E

C

E E E

Sem Deus Encontro com A crescente experiência e crescimento cristão Identific. Rm 3.10ss Cristo (Cristo está sendo formado na pessoa) final com

Ef 2.1-3 Jo 1.12; Cl 1.27; 3.10; Gl 4.19; Rm 8.28ss; Gl 2.20 Cristo 2 Co 5.15-17 1 Jo 3.2

(86)

Qual é a missão da igreja? Para que existe a igreja?

Ensino, consolo

Ensino, consolo--admoestação, admoestação, assistência social e espiritual, assistência social e espiritual,

comunhão, disciplina, comunhão, disciplina,

administração, etc administração, etc..

MISSÃO

MISSÃO INTEGRALINTEGRAL DA DA

IGREJA IGREJA

Visão tridimensional Visão tridimensional

igreja

igreja mundomundo

Testemunhar, socorrer o Testemunhar, socorrer o necessitado, ação social necessitado, ação social

Proclamar o evangelho Proclamar o evangelho Deus Deus A do rar A do rar G lo ri fica r, G lo ri fica r, lealdadelealdade Missão para Missão para com o mundo com o mundo Missão Missão para com para com Deus Deus Missão da Igreja Missão da Igreja para consigo para consigo mesma mesma Profecia, Profecia, pastoreio, pastoreio, ensino, ensino, serviço serviço (música), (música), etc. etc.

Apóstolo, evangelista, exercer Apóstolo, evangelista, exercer misericórdia, ensino, todos os crentes misericórdia, ensino, todos os crentes

como testemunhas, etc. como testemunhas, etc.

Ensino, consolo, Ensino, consolo, exercício de exercício de misericórdia, misericórdia, profecia, gerir, profecia, gerir, liderar, serviço, liderar, serviço, etc. etc.

(87)

Lourenço Stelio Rega©

Atividades contínuas

Atividades contínuas TextosTextos Algumas áreas envolvidasAlgumas áreas envolvidas Adorar a Deus Adorar a Deus AtAt 2.422.42ssss; 1 ; 1 Co 10.31 Co 10.31 música, pastoral música, pastoral

Admoestar aos crentes Admoestar aos crentes

quanto à vontade de Deus quanto à vontade de Deus

Hb

Hb 10.2510.25 pregação (profecia), ensinopregação (profecia), ensino

Ensinar aos crentes

Ensinar aos crentes Mt 28.20Mt 28.20 pastoral, ensinopastoral, ensino

Treinar os crentes para uma Treinar os crentes para uma

vida operacional frutífera vida operacional frutífera

Ef 4.11,12

Ef 4.11,12 pastoral, ensinopastoral, ensino

Dar assistência aos crentes: Dar assistência aos crentes: espiritual e materialmente espiritual e materialmente

Gl 6.1

Gl 6.1--1010 pastoral, aconselhamento (exortar), pastoral, aconselhamento (exortar), assistência social (exercer

assistência social (exercer misericórmisericór--diadia), ), diaconato (serviço,

diaconato (serviço, diaconiadiaconia))

Promover comunhão Promover comunhão At 2.42At 2.42--47; 47; 4.32 4.32 pastoral pastoral

Administrar suas atividades

Administrar suas atividades Rm 12.8; 1 Rm 12.8; 1 Co 12.28 Co 12.28

administração/liderança administração/liderança

Proclamar o Evangelho

Proclamar o Evangelho Mt 28.19Mt 28.19 apostolado (missionário), evangelização, apostolado (missionário), evangelização,

todos os crentes como testemunhas (

todos os crentes como testemunhas (AtAt 1.8)1.8) ATIVIDADES CONTÍNUAS DA IGREJA

(88)

Os dons do Novo Testamento

Os dons do Novo Testamento

Rom

Rom 12.612.6--88 1 Cor 12.81 Cor 12.8--1010 1 Cor 12.281 Cor 12.28--3030 Efésios 4.11Efésios 4.11 1 Pedro 4.101 Pedro 4.10--11; 5.211; 5.2

Profecia

Profecia ProfeciaProfecia ProfetasProfetas ProfetasProfetas Falar (oráculos)Falar (oráculos) Ministério (diác.Tm/Tt)

Ministério (diác.Tm/Tt) -- -- -- ServirServir

Ensinar

Ensinar -- MestresMestres (Pastores)(Pastores)--MestresMestres Exortar Exortar -- -- --Contribuir Contribuir -- -- --Presidir Presidir -- -- ---- -- GovernosGovernos --Exercer Miseric.

Exercer Miseric. -- SocorrosSocorros

---- Palavra SabedoriaPalavra Sabedoria --

---- Palavra Conhecim.Palavra Conhecim. --

---- Fé (operante)Fé (operante) --

---- Dons de curarDons de curar Dons de curarDons de curar ---- Operação MilagresOperação Milagres Operação MilagresOperação Milagres

---- Discern. EspíritosDiscern. Espíritos --

---- Variedade LínguasVariedade Línguas Variedade LínguasVariedade Línguas ---- Interpr. LínguasInterpr. Línguas Interpr. LínguasInterpr. Línguas

---- -- ApóstolosApóstolos ApóstolosApóstolos

(89)

A dinâmica do ministério total

A dinâmica do ministério total

Cristo deu Apóstolos Profetas Evangelistas Pastores/Mestres o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério para a edificação da igreja Efésios 4.11 Hoje Hoje Visão bíblica Visão bíblica Cristo deu osSANTOS Apóstolos Profetas Evangelistas Pastores/Mestres honrar honrar obedecer obedecer sustentar sustentar velar velar que vão trabalhar para a igreja crescer

(90)

üNascemos para adorar

üQueremos produzir a vida cristã através de

nossos méritos pessoais

üNão há lugar onde Cristo não possa tocar

em nossa vida

üNascemos para viver para a Sua glória

üAo sermos salvos, fomos restaurados para

este estado de vida

üA vida ética é o condutor para este estilo de

vida

(91)

É o Evangelho repleto de

possibilidades impossíveis ???

A ética cristã e a graça de

Deus ...

(92)

“Possibilidades impossíveis ...”

üExpressão de Reinhold Niebuhr (1892-1971) üSe refere às elevadas exigências do

Evangelho:

O cristianismo profético demanda o

impossível ... Essa demanda enfatiza a

impotência e a natureza humana corrompida, arrancando do homem o grito de angústia e contrição ...

(93)

üO Evangelho tem desafios elevados:

- andar a segunda milha - virar a outra face

- bendizer aos inimigos / dar-lhes de comer... - andar contra a correnteza neste mundo

egocêntrico e secularizado ...

üSer cristão é uma impossibilidade?

üÉ possível ser cristão, bom profissional e brasileiro ao mesmo tempo?

(94)

üSem contar com as próprias dificuldades do cotidiano:

- insegurança - catástrofes

- exigências da vida cotidiana - enfermidades

üNem sempre é possível viver a vida com serenidade e tranqüilidade

üAs possibilidades se tornam, então, mais impossíveis ainda ?!?!

(95)

üNo Éden o ser humano se afastou do plano da criação

üNovas criaturas - 2 Co 5.17

üVivendo para a glória de Deus - 1 Co 10.31 üSomos reposicionados diante do mundo

criado - visão cosmológica da Salvação üSeremos finalmente restaurados

O Evangelho nos reconduz a novo estado de vida

(96)

üQueremos fazer o bem ... nas não conseguimos – Rm 7.17

üNossa justiças e méritos são inúteis diante de Deus – Is 64.6

üSomos impotentes – embora salvos temos a natureza pecaminosa – Rm 7

üPaulo diz amaldiçoado homem que sou ... Rm 7.24,25

Um novo estado de vida num mundo da velha natureza

(97)

üAs possibilidades do evangelho são para novas criaturas completas

üHá ainda em nós uma guerra entre os

impulsos carnais e o mover do Espírito – Gl 5.16,17

üObras da carne vs. Fruto do espírito – Gl 5.18-23

üPaulo ainda lutou contra o “espinho na carne” – 2 Co 12.7-10

Possibilidades impossíveis que se tornam possíveis ...

(98)

üQueremos produzir a vida cristã através de nossos méritos pessoais

üQuando as possibilidades se tornam

impossíveis temos de depender da

- ação do Espírito Santo em nós produzindo o seu fruto em nós

- graça de Cristo em nos fortalecer

üNos impossíveis de nossas angústias

vamos confiar na ação divina - Fp 4.6,7

üSomos fracos, mas o Senhor é a nossa

força e refúgio sempre presente - Sl 18.2

(99)

Se te mostrares fraco no dia da angústia a

tua força será pequena. (Salomão)

Ore como se tudo dependesse de Deus;

trabalhe como se tudo dependesse de você.

(Anônimo)

Habilidade é aquilo que você é capaz de

fazer; motivação é o que determina o que você faz ; atitude é o que determina a

maneira como você faz. (Lou Holtz)

(100)

üSomos enviados ao mundo (João 17.18) não para vivermos para ele, mas para vivermos

para Cristo nele (2 Coríntios 5.15)

üE como cristãos devemos viver a vida o

mais normalmente possível, contudo sem

nos mancharmos com o pecado (Gálatas

5.1-13)

üEste mundo (gr. aion) é governado por

Satanás, o príncipe das trevas (Ef 2.1-10)

SE020 POST-MODERNITY ETHICS

A 2 / M 2

Concluindo esta parte ...

(101)

üO mundo inverte os valores de Deus (Is 5.20)

üQual tem sido a influência da sociedade

presente em suas decisões pessoais, nos padrões de conduta na vida diária e na

adoração?

üEsponja - óleo - sal/luz (Mt 5.13-16)

(102)
(103)

1

Prof. Dr. Lourenço Stelio Rega©

rega@etica.pro.br www.etica.pro.br

Desafios

Desafios éticos

éticos na

na Pós

Pós--Modernidade

Modernidade

Parte III

Parte III

(104)

Princípios éticos

fundamentais e

“borderline” na ética

bíblica e teológica

(ética de fronteira) A 4 / M 1 Ética aplicada

(105)

A 4 / M 1

ü“Borderline” na psicologia à

comportamento que fica nas regiões

limítrofes entre a normalidade e a patologia. ü“Borderline” na ética à situações éticas

que não possuem paralelo específico nos princípios ou ideais bíblicos.

üPoderemos chamar isso de “ética de fronteira”

“Borderline” na ética à ética de fronteira

(106)

A 4 / M 1

ü1.Estarei glorificando ou alegrando a Deus com isso que tenciono fazer? (1 Co 10.31)

ü2.Será que a motivação que me está induzindo a esta decisão não é fruto da

minha natureza decaída e pecaminosa? (Gl 5.1,13)

ü3.Estou certo de que isto que vou fazer é realmente certo? Não tenho dúvidas? (Rm 14.23)

“Borderline” na ética à ética de fronteira

(107)

A 4 / M 1

ü4. Posso orar a Deus a respeito disto?

Posso orar ao mesmo tempo em que faço isto? (1 Ts 5.17)

ü5. Posso dar graças a Deus a respeito disto que tenciono fazer? (1 Ts 5.18; Fp 4.6)

ü6. Em meus passos o que faria Jesus? (1 Pe 2.21; Jo 13.15)

“Borderline” na ética à ética de fronteira

(108)

A 4 / M 1

ü7. Será que isso que vou fazer vai me

edificar? Não será embaraço para a minha vida, para meu nome e minha história?

Quais são os resultados disto que tenciono fazer? (1 Co 10.23; Hb 12.1; 1 Pe 2.20; 4.15-16)

ü8. É verdade, é honesto isto que desejo fazer? (Jo 14.6; Fp 4.8)

ü9. Isto que vou fazer vai me dominar? (1 Co 6.12; Mt 6.24)

“Borderline” na ética à ética de fronteira

(109)

A 4 / M 1

ü10. Qual é o efeito sobre o meu corpo disto que quero fazer? (1 Co 6.19,20)

ü11. Qual é o efeito sobre o meu próximo? Serei exemplo para outros seguirem? (1 Co 8.1ss; Fp 4.9; 1 Co 11.1)

ü12. Estou me omitindo de fazer o bem? (Tg 4.17)

ü13. E se minha consciência estiver em paz, devo fazer? Será que a consciência pode ser um referencial ético seguro? (1 Tm 1.5,19; 3.9; 4.2; Tt 1.15; Hb 13.18; 1 Pe 3.21)

“Borderline” na ética à ética de fronteira

(110)

Teologia e ética da

consciência

A consciência nossa de cada dia

A 4 / M 2

(111)

A 4 / M 2

Ética aplicada

ü Ninguém se livra da sua própria sombra e nem de sua própria consciência. Coelho Neto

ü Ficar sozinho com a minha consciência, já é um inferno bastante para mim.

(112)

A 4 / M 2

Ética aplicada

ü Todo mundo já sabe!

ü Uma espécie de alarme avisando que

estamos fazendo algo perigoso ou errado. ü É o termômetro!

ü Algo interior que nos informa se estamos agido correta ou incorretamente, e nossos atos são ou não bons ou aceitáveis.

(113)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Os ingredientes da consciência são particulares e dependentes da formação

cultural de cada um de nós. Enfim, a

consciência é uma lei individual. Tem a ver com o jeitão de cada pessoa. Cada pessoa

uma sentença.

A individualidade e relatividade da consciência

(114)

A 4 / M 2 Ética aplicada ü Cultural ü Geográfica ü Psicológica ü Formativa

(115)

A 4 / M 2

Ética aplicada

O espírito de época tem enfatizado o lado emocional da vida, daí a valorização à impulsividade humana e o relativismo.

A consciência tem sido o referencial para a busca do certo e do errado.

- A minha consciência está em paz ... - Estou em paz ...

- Meu coração está em paz ... tranqüilo ...

(116)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Afinal, a consciência

serve para alguma coisa?

É válida para nos ajudar a conhecer o que é certo e o que é errado?

Deus nos fala por meio da consciência? Ela é válida para justificar nossas

ações ou escolhas?

(117)

A 4 / M 2

Ética aplicada

No Antigo Testamento:

Jeremias (17.9) menciona que o coração

(consciência) é enganoso:

Enganoso é o coração mais do que todas as coisas e desesperadamente corrupto, quem

o conhecerá?

(118)

A 4 / M 2

Ética aplicada

A consciência é entendida como o coração. Veja Mateus 5.8

Bem aventurado os limpos de coração porque eles verão a Deus.

(119)

A 4 / M 2

Ética aplicada

O enfoque do Novo Testamento é no interior da pessoa. Em Marcos 7.15-23, o coração é

mais do que a consciência:

O que sai da pessoa, isso é o que a contamina. Porque de dentro do coração das pessoas é que procedem os maus desejos, a prostituição, os furtos,

os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a arrogância,

a loucura; ora todos estes males vêm de dentro e contaminam a pessoa.

(120)

A 4 / M 2

Ética aplicada

A consciência está corrompida, pois somos descendentes de Adão e nossa natureza está manchada com os efeitos da queda.

Veja Tito 1.15

Todas as coisas são puras para os puros; todavia para os impuros e descrentes nada é puro. Porque,

tanto a mente como a sua consciências estão corrompidas (estão adulteradas, alteradas ...).

(121)

A 4 / M 2

Ética aplicada

A consciência é passível de insensibilização, cauterização. Veja 1 Timóteo 4.1,2

Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por

obedecerem a espíritos enganadores e a ensino de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e

que têm cauterizada a sua própria consciência.

(122)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Foi utilizada como padrão por Paulo, mas em conexão com o Espírito Santo. Veja

Romanos 9.1:

Digo a verdade em Cristo, não minto,

testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência ...

(123)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Serve de lei para os gentios, pois faz parte da revelação natural de Deus.

Veja Romanos 2.11-16:

Porque para com Deus nào há acepção de pessoas. Assim, pois, todos os que sem lei pecaram, sem lei perecerão; e todos os que com

lei pecaram, mediante a lei serão julgados. Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus mas o que praticam a

lei serão justificados. Quanto, pois, os gentios, que não têm lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma

da lei gravada nos seus corações, testemunhando-lhes também a consciência, e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar

os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.

(124)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Se for boa, a consciência será aprovável diante de Deus. Veja 1 Timóteo 1,5 e 19. No vers. 19

temos o ensino de que a manutenção da fé é fruto de uma boa consciência.

Ora, o intuito da presente admoestação visa o amor que procede de um coração puro e de consciência

boa e de fé sem hipocrisia ... mantendo a fé a boa consciência, porquanto alguns tendo rejeitada\o a

boa consciência vieram a naufragar na fé.

(125)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Se for limpa, isto é sem pecado, poderá ser utilizada, pois não haverá impedimento de se ouvir a voz de Deus (veja Isaías 59.2: mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e

o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós para que vos não ouça.) Veja 1

Timóteo 3.9, se referindo aos diáconos:

... conservando o mistério da fé com a consciência limpa.

(126)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Não há travesseiro tão macio do que uma consciência limpa.

Provérbio francês

O melhor tranqüilizante é a consciência limpa.

E. C. McEnzie

Assim como o espelho, a consciência precisa de luz para sobreviver.

(127)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Em 2 Coríntios 3.1-5 temos as três normas ou fontes da legitimidade da consciência: ü Os outros – cartas de recomendação (v.1)

ü Eu mesmo – nós mesmos somos capazes

de pensar alguma coisa (v.5a)

ü Deus – a nossa suficiência vem de Deus

(v.5b)

Qual deve ser, então a norma para a nossa consciência?

(128)

A 4 / M 2

Ética aplicada

Deus é o ponto de convergência da verdade. A Bíblia é a revelação de Sua vontade.

Veja 2 Timóteo 3.16,17

Então, a consciência precisa ser aferida pela sua conformidade com a Palavra de Deus.

Não pode haver contradição entre o que a nossa consciência nos diz e o que a Bíblia

nos diz.

Qual deve ser, então a norma para a nossa consciência?

(129)

A 4 / M 2

Ética aplicada

“Meu coração está em paz ...” Mas o coração é enganoso e

desesperamente corrupto ... como posso confiar nele? Quem conhece o meu

coração? Salmo 139.23 e 24:

Sonda-me ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se

há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.

Qual deve ser, então a norma para a nossa consciência?

(130)

Teologia e ética do

sofrimento

A consciência nossa de cada dia

A 4 / M3

(131)

A 4 / M3

Ética aplicada

üHaveria lugar para o sofrimento na vida cristã? üNa Bíblia o sofrimento é considerado uma

intrusão no mundo criado bom e livre de dor (Gn 1.31)

üCom a entrada do pecado no mundo, o sofrimento veio em forma de conflito, dor, corrupção, trabalho penoso, morte (Gn 3.15-19)

ü A nossa esperança é que, nos novos céus e terra, o sofrimento será abolido (Ap 21.4; Is 65.17ss)

üNo NT sofrimento não indica maldição (Rm 5.3ss)

(132)

A 4 / M3

Ética aplicada

üSe a vida cristã é um constante RENUNCIAR-SE para Deus (Lc 9.23), por que, então, o

cristão sofre? Por que Deus não o livro do sofrimento?

üConsultando a Bíblia é possível compreender isso ...

(133)

A 4 / M3

Ética aplicada

ü...tudo o que o homem semear, isso ele

também colherá. (Gálatas 6.7)

üHomem de grande ira tem de sofrer o dano;

porque se o livrares terá de o fazer de novo.

(Provérbios 19.19)

ü“Quem planta vento colhe tempestades”

(134)

A 4 / M3

Ética aplicada

üOu pensais que aqueles dezoito sobre os

quais caiu a torre de Siloé e os matou...(Lucas

13.4)

üNem sempre é possível evitar um acidente. üVivemos num mundo com limitações

üResta-nos pedir capacitação a Deus para

enfrentarmos uma situação dessa natureza ...

(135)

A 4 / M3

Ética aplicada

üBem-aventurado o homem que suporta a

provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor

prometeu aos que o amam. Tiago 1.12)

üA prova não é para Deus, mas para nós mesmos – mostrar o quanto somos fiéis.

üDeus não nos deixará ser provados acima do

que poderemos suportar (1 Coríntios 10.13)

(136)

A 4 / M3

Ética aplicada

ü...gloriemo-nos nas tribulações, sabendo que

a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança, e

a esperança não confunde... (Romanos 5.3-5)

üÉ o sofrimento corretivo, didático

üSofrimentos podem indicar alguma área da vida que precisa de aperfeiçoamento

(137)

A 4 / M3

Ética aplicada

ü...porquanto já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos. (2 Co 1.9)

üE para que me não exaltasse demais pela

excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne... a respeito do qual roguei três vezes a Deus e Ele me disse: ‘A minha graça te basta,

porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.’ Por isso, muito mais me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo... Porque quando estou fraco, então é que sou forte. (2 Co 12.7-10)

(138)

A 4 / M3

Ética aplicada

üDe acordo com Paulo, os sofrimentos visam

desmantelar todos os esteios da AUTOCONFIANÇA üNo aperto do sofrimento, o cristão é relegado à sua

fraqueza para permanecer na DEPENDÊNCIA de Deus – Romanos 4.17

üDa mais amarga dor, brota o desejo de unir-se mais intimamente a Deus – Sl 84.2,3; 17.15; João 19.21-29

(139)

A 4 / M3

Ética aplicada

üAgora me regozijo no meio dos meus sofrimentos por vos, e cumpro na minha vida o que resta das aflições de Cristo, por amor do seu corpo, que é a igreja. (Colossenses 1.24)

üFizestes bem em tomar parte na minha aflição.

(Filipenses 4.14)

üPara que tenhamos condições de compreender e ajudar os que estão sofrendo

üLevai as cargas uns dos outros ... (Gálatas 6.2)

(140)

A 4 / M3

Ética aplicada

üPorque melhor é sofrerdes fazendo o bem, se a vontade de Deus assim o quer, do que fazendo o

mal. (1 Pedro 3.17)

üSe pelo nome de Cristo sois vituperados, bem

aventurado sois. Que nenhum de vós padeça como homicida... mas, se padece como cristão, não se envergonhe disse, antes glorifique a Deus... (1 Pe 4.12-19)

üO cristão nem sempre é bem recebido e aceito e poderá sofrer perseguições

(141)

A 4 / M3

Ética aplicada

üPara o cristão o sofrimento não é um FIM em si mesmo

üO sofrimento somente será entendido e minimizado à medida que descansamos nossa vida em Deus

üPrecisamos cultivar espírito de gratidão à 1 Ts 5.18:

Em tudo daí graças ao Senhor ...

(142)

Metodologia de

estudos éticos

estudo de caso

Aspectos éticos do

abortamento

A 4 / M 4 Ética aplicada

(143)

A 4 / M4

Ética aplicada

üMilhões de casos no mundo anualmente.

üO abortamento é uma das pontas de grave situação üEm geral, recai sobre a mulher o peso da decisão e

seu próprio corpo é o foco da ação abortiva.

üOs cenários da vida contemporânea indicam que a situação tende se agravar, especialmente com a valorização da subjetividade e impulsividade como fonte das decisões humanas.

(144)

A 4 / M4

Ética aplicada

üÉ preciso considerar que o tema tem diversos lados:

üDa mulher, da família, do pai, da comunidade, etc.

üAlém disso, o tema tem diversas implicações:

üPsicológicas üSociais

üJurídicas üEconômicas üÉticas

üO que é vida humana?

üQuando se dá a origem da vida?

üA pergunta crucial sempre será: “E para Deus aquele ser é um ser vivo...?”

üNem sempre é possível chegar a uma decisão perfeita e completa.

(145)

A 4 / M4

Ética aplicada

1. O direito que a mulher tem do seu próprio corpo 2. O argumento sócio-econômico-educacional

3. O argumento estatístico

4. O abortamento de gravidez resultante de estupro 5. O abortamento eugênico

6. O abortamento terapêutico

(146)

A 4 / M4

Ética aplicada

ü “O que os olhos não vêem o coração não sente”

ü Jesus lembra: no final dos tempos o amor de

muitos se esfriará

ü Paternidade/maternidade responsável

ü Foco mais nos efeitos do que nas causas

ü O uso do abortamento como “recurso de controle

da natalidade”

ü Do ponto de vista de Deus o feto é ser vivo

Abortamento

(147)

Aconselhamento ético

Algumas idéias práticas

A 4 / M 5

(148)

A 4 / M5

Ética aplicada

üO mito do aconselhamento “neutro”

üSuporte das ciências e dos profissionais da “psiquê” üNo aconselhamento, a Teologia e a Ética fornecem o

conteúdo, o referencial de análise das decisões do aconselhando

üO aconselhando deve ser considerado como uma pessoa, não como um doente

(149)

A 4 / M5

Ética aplicada

O aconselhando deve ter a chance de escolher o que melhor concluir para a sua vida

üMostrar as alternativas possíveis

üMostrar as conseqüências de cada alternativa

üDeixar que o aconselhando escolha, por si mesmo, a sua alternativa

üEvitar atitude de vigilância e “cobrança”

üO segredo é fundamental – garanta a pessoa o sigilo üSe uma situação envolve outra pessoa, avalie as

conseqüências – muitas vezes o tempo poderá ajudar

(150)

A 4 / M5

Ética aplicada

Lidando com o sexo oposto e com dilemas sexuais

üEvite ficar buscando detalhamento dos casos

üMantenha a distância suficiente par evitar envolvimento com o(a) aconselhando(a)

üManter a porta aberta do gabinete ou a porta deve ter uma pequena janela com vidro – isso é para sua

proteção também

üPessoa com dilemas sexuais pode estar frágil, isso requer maior atenção

üNo caso de sexo oposto peça ajuda à sua esposa/esposo

(151)

A 4 / M5

Ética aplicada

Lidando com casos graves

üExemplos: cônjuge com AIDS; adultério; drogas; promiscuidade, etc.

üContar para o outro cônjuge ou pai? Ou não? üFases da abordagem:

üMostrar a gravidade do assunto

üDesafiar ao rompimento com a prática

üDemonstrar a necessidade da família ficar sabendo, especialmente no caso de AIDS e que você ajudará neste processo

üA experiência ajudará a encontras outras alternativas

(152)

A 4 / M5

Ética aplicada

Algumas idéias finais ...

üLembrar que você estará cuidando de vidas, preciosas vidas, seres com significação histórica

üNão podemos, portanto, destruir vidas, mas ajudá-las a encontrar os melhores caminhos para a solução de

seus dilemas, à luz da Palavra de Deus

üSe você não se sente preparado(a) para ajudar

pessoas, é melhor encaminhá-las para pessoas mais preparadas.

üNunca imagine que encontrará uma resposta no “ar”.

(153)

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