Desafios éticos na
Pós-Modernidade
Prof. Dr. Lourenço Stelio Rega© rega@etica.pro.br www.etica.pro.br
Avaliação ética do
mundo contemporâneo
Uma cartografia ...... uma leitura ético-teológica Estudos culturais e ética
Estamos num novo século, num novo milênio, assim, o cristão,
especialmente os líderes, precisam interpretar as entrelinhas de seu
momento, as mudanças dos
paradigmas na atualidade e saber como tudo isso influencia nossa vida. Quem não reflete se torna vítima das
ideologias!!!
Retrato da realidade
- Vocabulário do cotidiano: fiz o que estava a
fim de fazer ... meu coração mandou ... eu fiz
Zeca Pagodinho: Deixa a vida me levar
- Reality shows: espelham os ideais éticos
contemporâneos
Big Brother Brasil: intrigas, paixões e polêmicas (que ressaltam os instintos incontrolados do “eu”)
Retrato da realidade
- Incertezas no campo político, social e
econômico
- Erotização – sodomização coletiva
- Textos de auto-ajuda - indicam o desespero
humano em busca de socorro
Retrato da realidade
- Relativismo: cada um é dono da verdade - Nitezsche: o sub-solo da ética
contemporânea àética das paixões e dos instintos
- Ética do cotidiano à redução animalesca
- individualismo / egoísmo - situacionismo
- niilismo à vida sem sentido
- Sociedade que busca a gratificação
imediata
Estilo “Snoopy” de vida
1. Triunfo do indivíduo ü
ü O homem é descoberta recente (Foucault)
ü Horizontalização organizacional
ü Deslocamento do foco para os atributos
humanos
• Vontade do indivíduo
• Inteligência emocional (pq ñ intelig. múltiplas??) • Impulsos, paixões
ü Totalitarismo do indivíduo ü Transpersonalização
ü Egolatria vs. alteridade
2. Espírito crítico – sem espírito criativo
ü Jovens de hoje, filhos da geração reprimida
dos anos 60 e 70
ü Vida auto-referida, mas sem referencial ü Deconsideração ao espírito de autoridade ü Falta de talentos criativos
3. Sociedade industrial/manual vs. Sociedade do saber
ü No passado dava-se valor ao trabalho duro
que nosso corpo produzia, hoje ao que nossa mente pode fazer. Hardware vs. software
ü A informação e o conhecimento se tornaram
bens e patrimônio valorizáveis.
ü Na sociedade de informação, a orientação do
tempo é voltada para o futuro
3. Sociedade industrial/manual vs. Sociedade do saber
ü Realidade virtual – mas, banalização ética ü A autoridade vem pelo conhecimento
ü Tornar a Bíblia e a Teologia mais concretas ü Corporeidade
4. Geração da velocidade ü Cibernética, dos super-computadores ü Alteração no conceito de tempo
ü Redução dos contatos pessoais
ü Manutenção de uma geração paralela de
“analfabetos digitais”
ü Engodos do mundo cibernético:
- trabalho à distância, em casa
- maior tempo para o lazer ... mas, “estou conectado, logo existo”
- aumento do estresse e das doenças ocupacionais
5. Realidade virtualizada ü Banalização ética
ü Amplifica o alcance dos atributos humanos ü Igrejas virtuais? (não apenas em forma digital)
ü Pastor-Rambo vs. cooperatividade
ü Devolver ao crente o direito de exercer seus
dons
ü Lares virtuais, em que cada família será sólida
quanto a totalidade dos lares da igreja
6. Ampliação dos dilemas éticos ü Desenvolvimento tecnológico bélico se volta
para fins civis
ü No meio científico, os religiosos são tidos
como os que ficaram para trás, como sub-desenvolvidos
ü Transvaloração de todos os valores
(Nietzsche)
ü A moral kantiana: imperativo categórico
(dever-ser). Nietzsche propõe o imperativo da natureza
7. Atenuação de fronteiras ü Fronteiras raciais, ideológicas, religiosas ü Os grupos radicais tenderão a se tornar
minorias
ü Época de diálogo e de diversidade de
identidades e modelos
ü Apologética “dialogal”
ü Consistência nos fundamentos bíblicos e
teológicos para evitar ser “esponja”
ü Não haverá lugar para “militância da suspeita”
8. Crescimento do misticismo ü Descrença na razão (modernidade tardia) ü Busca pelo “homem(deus)-interior”
ü Neo-pentecostalismo, Nova-Era ü Descrédito contra instituição
ü Esoterismo evangélico
9. Crescimento do processo de secularização
ü O homem, neste novo século, crê mais em
seu próprio potencial
ü Descarte de Deus e a entronização do
homem
ü Cresce o misticismo religioso e o esoterismo,
mas, está havendo a predominância de uma mentalidade tecnocrata-secular que nega a transcendência da vida à os meios de
comunicação em massa disseminam esses conceitos.
10. Predominância numérica de jovens e aumento de idosos
Fonte IBGE
11. Ampliação da liderança da mulher
ü A mulher está descobrindo que também é gente
– tem sentimentos, pensa e pode fazer
ü Ampliação da tensão macho vs. fêmea
... O teu desejo será para o teu marido e ele te governará (Gn 3.16)
ü Machismo e feminismo: produtos de deturpada
compreensão do papel da mulher e do homem na sociedade
ü Será preciso definir claramente o papel da
mulher como cristã, por meio de profundo e desapaixado estudo deste assunto na Bíblia
12. Processo urbano em convulsão
ü Ampliação da urbanização, mas também sua
degradação
ü Facilidade de vida vs. Qualidade de vida nos
grandes centros urbanos
ü Tensões sociais
ü Aumento da violência urbana e suburbana ü Saturação no trânsito
ü Fuga das populações financeiramente mais
capazes para micro-regiões periféricas
13. Ampliação das doenças ocupacionais e da urbanidade
ü “A vida cotidiana faz mal à saúde”
ü O exercício profissional / vida urbana cuasa
tensão contínua
ü Ausência do senso de pertença
ü Traumas sofridos pelas famílias
desfrag-mentação
ü Aumentos da manifestação de doenças
psico-somáticas
Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos.
Fazer ou não fazer algo depende também da nossa vontade e perseverança.
Albert Einstein
Concluindo esta parte ...
Não devemos orar por tempos fáceis, mas por líderes fortes de caráter.
Não devemos orar por tarefas iguais ao nosso poder, mas por poder
igual às nossas tarefas.
Philip Brooks
Concluindo esta parte ...
Estudo cultural:
Estudo cultural:
Nietszche
Nietszche e a sociedade
e a sociedade
de gratificação imediata
de gratificação imediata –
–
uma visão cristã
uma visão cristã
Uma radiografia da cultura sem Uma radiografia da cultura sem
Deus... Deus... ... uma leitura ético
... uma leitura ético--teológicateológica Estudos culturais e ética
A ponta do iceberg
Esta é a vida que vivemos –
aparência externa Este é o sub-solo (ideologia,
cultura) que
gerencia a nossa vida aparente Estudos culturais e ética
Matrizes éticas
ou chaves de leitura
da sociedade contemporânea
üSociedade de Gratificação Imediata üPaixão e impulsos internos como
paradigma ético irresistível
Filosofia e ética de Nietzsche
No passado o mundo foi desencantado para dar lugar à razão. Depois para
dar lugar à funcionalidade. Mais adiante à existência.
Hoje o desencantamento do mundo é para dar lugar às paixões, aos
instintos individuais em que está havendo a perda do sentido da
construção da história.
Mundo desencantado
A gratificação imediata tem sido a chave global para a interpretação do
homem contemporâneo. A máxima da sociedade da
gratificação imediata é produzir experiências constitutivas do
ser-pessoa que importa alcançar também nessa sociedade que é comprometida
com o “projeto de uma vida boa”.
Sociedade de Gratificação Imediata
A insegurança do mundo
contemporâneo reduz a capacidade de antever e de planejar o futuro da vida.
Cresce a pressão para tudo se esperar do momento e, para isso, as pessoas
chegam a retrair-se para pequenos espaços por elas próprias escolhidas.
Sociedade de Gratificação Imediata
As pessoas estão sendo adestradas a olhar o mundo como um grande
contêiner cheio de objetos à
disposição, objetos para usar e jogar fora. O mundo inteiro – inclusive os
outros seres humanos.
Para evitar frustração é melhor em se abster de criar hábitos e apegos a
compromissos duradouros.
Sociedade de Gratificação Imediata
Precariedade dos relacionamentos Compromissos do tipo até que a morte os separe transformam-se em
contratos do tipo enquanto a satisfação durar, contratos temporários por definição e por
intenção.
Sociedade de Gratificação Imediata
Precariedade dos relacionamentos
Laços e uniões são considerados objetos a serem consumidos, não produzidos e nem
mantidos; estão sujeitos aos mesmos
critérios de avaliação como todos os outros objetos de consumo.
Sociedade de Gratificação Imediata
Precariedade dos relacionamentos
Os relacionamentos são transitórios e podem ser rompidos a qualquer
momento unilateralmente, sempre que uma das partes farejar que é mais
vantajoso pular fora do que continuar o relacionamento.
Sociedade de Gratificação Imediata
üÉtica dos instintos
üPaixão e impulsos internos como paradigma ético irresistível
üA verdade ética está centralizada no “intra-subjetivo” do “eu”
üAutonomia radical do indivíduo!!! üBusca pelo imediato, pelas
sensações agradáveis ... üBem-estar imediato
Sociedade de Gratificação Imediata
Até que a satisfação dure ...
Sociedade de Gratificação Imediata
Eu não preciso de ninguém ...
Sociedade de Gratificação Imediata
Vida orientada por situações em vez de
orientada por principios ...
Sociedade de Gratificação Imediata
"Não posso dizer que nunca ficarei com uma mulher. Não sei. Nunca pensei sobre isso. Até agora, os homens sempre me satisfizeram."
(Giselle Itié, a Julia da novela Começar de Novo, em entrevista à Revista Oi) Estudos culturais e ética
Sigo meus instintos ... Rodrigo Santoro
Sociedade de
Gratificação
Imediata
Ninguém está livre ...
Sociedade de Gratificação Imediata
Irresistibilidade das decisões ...
Sociedade de
Gratificação
Imediata
Conseqüências
üConcepção histórica se altera: atos não singulares, o relevante é o agora.
üPerda do referencial e significado da
vida com a dissolução da capacidade de classificar historicamente a própria
época.
üInversão dos pólos da esperança escatológica para a imanência do
paraíso aqui e agora (paradise now).
Sociedade de Gratificação Imediata
Conseqüências
üA sociedade deixa de ser um lugar de vivência simbólica da transmissão do infinito no finito – você está sozinho. Crescem as “patologias da solidão” üContração do ego e da geografia
pessoal: o mundo válido é o da própria pessoa.
üPerda das relações tradicionais de comunidade.
Sociedade de Gratificação Imediata
ü
üA vontade de potência
A vontade de potência
ü
üO eterno retorno
O eterno retorno
ü
üO super
O super--homem
homem
Filosofia de Nietzsche
três conceitos chaves
O super-homem de Nietzsche
No super homem há uma transformação de valores (transvaloração de todos os valores)
Valores inferiores
humildade, piedade, amor ao próximo, bondade, objetividadeValores superiores
orgulho, personalidade criadora, risco (sem medo), amor aodistante (busca do super-homem)
üA moral kantiana = imperativo categórico (dever-ser) é uma máquina para dominar os outros à o prazer = negado e trocado pelo dever.
üNietzsche = imperativo da natureza -resgate dos instintos da natureza.
üÉtica nietzscheana = superação do imperativo categórico de Kant.
Crítica de Nietzsche à moral tradicional
üValoriza os instintos e a exaltação da vontade de potência.
üA moral aceitável é a glorificação de si mesmo.
üDefende uma moral dos fortes contra uma moral dos fracos.
üPreconiza a transvaloração de todos os valores.
Nietzsche defende uma moral dos fortes
Moral dos fortes vs. Moral dos fracos
Moral dos Fracos
Moral dos Fortes
humildade, bondade
valoriza o belo e o
estético
piedade, paciência
agir como manda o
coração
moral de escravos
moral dos aristocratas
negação de si mesmo
glorificação de si
mesmo
escravidão dentro de
um sistema ético
Nietzsche & Cristianismo
Nietzsche
já e agora
Cristianismo
já, mas ainda não
üÉtica nietzscheana gera a irrelevância da história pessoal.
üA história acabou, hoje não vivemos o presente, lembrando do passado ou construindo o futuro
üAs coisas têm passado, presente e futuro. A vida há um projeto histórico, ideal histórico, compromisso histórico.
üNão dá para ser cristão sem subjacência
histórica. Nosso Deus tem um currículo, tem biografia, é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
Nietzsche - uma leitura cristã
üA vontade de potência defendida por Nietzsche nada mais é do que a arrogância dos instintos pessoais, dos íntimos desejos e sagacidades do “eu”. Veja Isaías 5.20
üO coração é mais enganoso do que todas as coisas e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá? Jeremias 17.9
üA proposta ética de Nietzsche é para uma vida orientada por uma visão estética e instintiva em vez de uma visão orientada por valores e
princípios.
Nietzsche - uma leitura cristã
üOs meios massivos de comunicação possuem a mensagem profética do homem
contemporâneo dirigida à obtenção do máximo sucesso na vida.
üEsse sucesso tem a ver com a auto-realização pessoal na busca da obtenção de objetos do desejo. É uma Ontologia da Posse onde o ter agrega valor ao ser.
üA manifestação da vontade própria como ação libertária do ser. É a vontade de potência.
üO fracasso deve ser evitado a todo custo.
Nietzsche - uma leitura cristã
Sucesso vs. fracasso Sucesso vs. fracasso
Sentido na vida (realização)
Prisioneiros no campo de concentração Fracasso Sucesso Estudandes de Idaho Desespero
Viktor Frankl in:
Um sentido para a vida,
1989, p. 35 H O M O S A P I E N S H O M O P A T I E N S
A 3 / M 2
Nietzsche & o Evangelho
Conceito Nietzsche Evangelho
Homem ideal Super-homem Nova criatura
Coração Fazer o que o coração
manda
O coração é enganoso
“Eu” Vontade de potência,
exaltar o “eu”
Mortificar o “eu” colocando Cristo
no lugar
O próximo Sobrevivência dos
mais aptos, competição
Companheirismo, complementação
Sedução sexual Deixar-se levar pelos
impulsos
Lealdade ao 1º amor
A 3 / M 2
Nietzsche & o Evangelho
Conceito Nietzsche Evangelho
Tapa na face Revidar Dar outra face
Inimigo com fome/sede Problema dele, odiar o inimigo Dar de comer/beber, amar Ser perseguido por causa da justiça Revidar, retaliar, vingar-se, olho-por-olho
Sofrer o dano, não resistir ao perverso,
deixar p/ Deus
Ser difamado Denegrir a
reputação do difamador
Confiar no julgamento de
A 3 / M 2
Nietzsche & o Evangelho
Conceito Nietzsche Evangelho
Satisfação Buscar, custe o
que custar
Adiar, se ferir algum princípio Ser ofendido,
levado à ira
Revidar, vingar-ser Ser paciente
Passar por tribulação ou sofrimento Fugir da tribulação. Buscar satisfação imediata O sofrimento pode ser didático. Ser
paciente, alegre
Indivíduo Auto-referido Dependente de
Deus e seus princípios
üO paradigma nietzscheano se reproduz na promiscuidade sexual encontrada até nos meios eletrônicos.
üSe reproduz também não somente no aumento da violência, mas também no aumento da
intensidade da violência e crueldade. É o
indivíduo dando vazão à sua vontade de poder de que Nietzsche enfatizava.
üSe a sexualidade for vivida como os meios massivos anunciam, se tornará animalesca.
Nietzsche - conseqüências
Não vivemos
sozinhos e ...
o relativismo e o
individualismo levam
ao caos, à anarquia
Exemplo de Jesus – o amor, a solidariedade
Evangelho segundo Marcos 12.30-31
O primeiro mandamento é: Amarás, pois, ao
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças.
E o segundo é este: Amarás ao teu próximo como a
ti mesmo. Não há outro mandamento maior do
que esses.
A inserção do próximo em nosso espaço geográfico ou
território pessoal
SE020 POST-MODERNITY ETHICS
A 3 / M 2
Ética relacional - duas possibilidades de leituras
EU – TU
EU – ISTO
Deus – Homem Homem – Deus
Amor incondicional Amor interesseiro
Interdependência Individualismo
Bondade Maldade
Sinceridade Hipocrisia - segundas intenções
Participação Autoritarismo, exclusão
União na diversidade Exclusão
Diálogo Contestação
Convivência Posse ou marginalização
üVivemos a vida uma só vez.
üA vida não é sem sentido (nihilismo)
üNão estamos sozinhos – sem o próximo e sem o transcendente.
üDeus estabeleceu propósitos para nossa vida desde a Criação.
üMesmo com a queda temos a Redenção – restauração de nosso estado original.
Uma leitura cristã da vida
üLeitura teleológica da vida: O Evangelho indica que o sentido de nossa vida está em vivermos para a alegria e glória de Deus - objetivo para o qual fomos criados.
üOs dois mandamentos máximos do Evangelho se centralizam no amor – a Deus e ao próximo (a si-mesmo) – indicando que fomos criados para um ambiente de amor, solidariedade e responsabilidade.
üAmor é o que Deus tem para nos conceder, quando vivemos para a sua glória.
Uma leitura cristã da vida
üPor muito tempo o centro da história foi a cruz – seria isso um humanismo disfarçado?
üJesus foi declarado Filho de Deus pela
ressurreição (Rm 1.4).
üA vida no Evangelho se completa pelo poder da
ressurreição. Somente assim conseguiremos vencer as tendências perniciosas de nossos
instintos à Rm 6
üO Evangelho não nega a existência dos instintos e
impulsos humanos, mas determina a sua gestão à
Cl 2.23
Recuperando o centro do Evangelho
üNos tornamos espetáculo do mundo - 1 Co 4.9
üAs pessoas andam segundo o curso deste mundo
– Ef 2.2
üNão devemos “nos conformar” a este mundo – Rm
12.2
üO Evangelho é vida e relacionamento, além de
doutrina e trabalho.
üSomos embaixadores de Cristo em todos os
lugares - 2 Co 5.18-20
üO pecado da omissão – Tg 4.17
üA palavra é portadora do ser e da vida
Referenciais para a vida
üEste mundo (gr. aion) é governado por Satanás, o príncipe das trevas (Ef 2.1-10)
üO mundo inverte os valores de Deus (Is 5.20)
üQual tem sido a influência da sociedade nas
decisões pessoais?
üSomos enviados ao mundo (João 17.18) não para
vivermos para ele, mas para vivermos para Cristo nele (2 Coríntios 5.15)
üComo cristãos devemos viver a vida o mais
normalmente possível, contudo sem nos
mancharmos com o pecado (Gálatas 5.1-13)
üEsponja - óleo - sal/luz (Mt 5.13-16)
Um plano de ação
üSer humano à ser que decide.
üAs paixões são passageiras – 1 Tm 4.12 e 2 Tm 2.22
üCada um de nós deverá optar se deseja viver orientado pelos instintos (distorcidos pela queda – Rm 7) ou orientado por princípios do Evangelho.
üO poder da ressurreição e a ação da graça de Cristo (2 Co 12.7-10) são a força mobilizadora para
essa vida orientada por princípios.
A vida é repleta de escolhas
üDepender da graça de Cristo
üPureza mental à pureza de caráter: Filipenses 4.8
– viver de modo irrepreensível
üA renovação da mente (Rm 12.2; 2 Tm 3.16,17) é um
dos recursos para habilitarmos a vida por princípios.
üSabendo como lidar com os impulsos –
colocando-os no trono de Deus – Rm 12.1; Lc 9.23
A vida é repleta de escolhas RECURSOS
Não podemos mais sermos meros consumidores da realidade da vida, mas
instrumentos de sua transformação e construção.
Concluindo esta parte ...
SE020 POST-MODERNITY ETHICS
Nossa iniciativa ...
Não devemos esperar por tempos fáceis, mas por líderes fortes de caráter.
Não devemos esperar por tarefas iguais ao nosso poder, mas por poder
igual às nossas tarefas.
Philip Brooks
Honestidade é o primeiro capítulo no livro da sabedoria.
Thomas Jefferson
A 3 / M 3
SE020 POST-MODERNITY ETHICS
Nossa iniciativa ...
Senhor
... faça-me um instrumento de sua paz ... onde houver ódio, que eu semeie a paz; onde houver injuria, perdão;
onde houver dúvida, fé;
onde houver desespero, esperança; onde houver trevas, luz;
onde houver tristeza, alegria ...
São Francisco de Assis
A 3 / M 3
1
Prof. Dr. Lourenço Stelio Rega©
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Desafios
Desafios éticos
éticos na
na Pós
Pós--Modernidade
Modernidade
Parte II
Parte II
Será que compreendemos tudo sem a influência do meio ???
Texto Bíblico
Bíblia Bíblia Bíblia
Interpretação Comunicação
Fonte: PADILLA, René C. Misión integral. Ensayos sobre el Reino y la Iglesia. Grand Rapids-Buenos Aires: Nueva Creación, 1986.
SE020 POST-MODERNITY ETHICS
Será que compreendemos tudo sem influência do meio???
Fonte: PADILLA, René C. Misión integral. Ensayos sobre el Reino y la Iglesia. Grand Rapids-Buenos Aires: Nueva Creación, 1986.
Texto Bíblico
Bíblia Bíblia Bíblia
Interpretação Comunicação
Cultura
greco-romana Cultura greco-romana
Cultura européria-americana Cultura européria-americana Cultura local
Paradigmas modeladores da ética Matriz modeladora Bíblia Análise Elaboração Finalização
Presente
Futuro
Passado
DECISÃO Situacionismo Teleologismo Absolutismo Legalismo Hierarquismo Ontologismo Principeísmo C O N T E X T U A L I S M O Ética prudencialAvaliação ética da
queda de Adão
É o cristianismo mais do que salvação?
Em que consistiu a
queda de Adão?
Quem era o ser humano
antes da queda?
- Criado à imagem de Deus – Gn 1.26,27 - Ser livre, volitivo
- Moralmente neutro – Gn 3.5, 7, 10, 11, 12 - Ser dependente para tomar decisões
éticas – Gn 3.8ss; 2.9, 16, 17
Como tudo começou?
O reino de Deus (desde o Éden)
Então, por que estamos aqui?
- O mundo não surgiu do acaso
- Há um sentido na vida
Por que ou para que estamos aqui?
Muitos crentes acreditam que estamos aqui somente para sermos salvos ...
libertos das labaredas do Inferno. Como se a salvação fosse uma
apólice de seguro contra o fogo do Inferno.
Para que fomos criados?
Para que fomos criados?
A
A –– Z = na verdade, este é o TODOZ = na verdade, este é o TODO
A A
Deus nos criou para ... (Z) Deus nos criou para ... (Z)
Gn Gn 1,21,2 Z Z àà (Finalidade)(Finalidade) Vivermos para Vivermos para a glória de Deus a glória de Deus Is 43.7 Is 43.7 B B Gn Gn 33 C C Rm Rm 3.233.23 D D 2 Co 5.15 2 Co 5.15 1 Co 10.31 1 Co 10.31 B
B –– C C –– D = dizemos que é o D = dizemos que é o TODO do Evangelho
TODO do Evangelho B
B –– C C –– D = é apenas parteD = é apenas parte do todo
do todo
Esse diagrama foi inspirado em
Esse diagrama foi inspirado em DeVernDeVern FromkeFromke, , O supremo O supremo propósito
Vivendo o cristianismo em tempo integral
ü O chamado de Jesus – Lucas 9.23
ü A vida cristã e suas facetas – Rm 12.1-8 ü O que torna cristã uma vida?
ü Muitas fórmulas para se aprender a viver o evangelho.
ü Entendendo o cristianismo sem burocracias e atalhos
Cristão em tempo integral – Rm 12
q Vida no altar (12.1)
Entrega incondicional
q Vida transformada (12.2)
Metamorfose à mudança radical / mudança da mente
q Auto-imagem e relacionamentos equilibrados
(12.3)
Ver os outros do ponto de vista de Deus
q Cada um e nós tem funções no corpo de Cristo
– a igreja (12.4-8)
Muito mais do que apenas trabalho na igreja, cristianismo é estilo de vida envolvendo cada
A vida ética deve estar em constante crescimento
C C C E C E C E
Cristo e
Eu potencial- C E
Separação mente unidos
C E
C E
C
E E E
Sem Deus Encontro com A crescente experiência e crescimento cristão Identific. Rm 3.10ss Cristo (Cristo está sendo formado na pessoa) final com
Ef 2.1-3 Jo 1.12; Cl 1.27; 3.10; Gl 4.19; Rm 8.28ss; Gl 2.20 Cristo 2 Co 5.15-17 1 Jo 3.2
Qual é a missão da igreja? Para que existe a igreja?
Ensino, consolo
Ensino, consolo--admoestação, admoestação, assistência social e espiritual, assistência social e espiritual,
comunhão, disciplina, comunhão, disciplina,
administração, etc administração, etc..
MISSÃO
MISSÃO INTEGRALINTEGRAL DA DA
IGREJA IGREJA
Visão tridimensional Visão tridimensional
igreja
igreja mundomundo
Testemunhar, socorrer o Testemunhar, socorrer o necessitado, ação social necessitado, ação social
Proclamar o evangelho Proclamar o evangelho Deus Deus A do rar A do rar G lo ri fica r, G lo ri fica r, lealdadelealdade Missão para Missão para com o mundo com o mundo Missão Missão para com para com Deus Deus Missão da Igreja Missão da Igreja para consigo para consigo mesma mesma Profecia, Profecia, pastoreio, pastoreio, ensino, ensino, serviço serviço (música), (música), etc. etc.
Apóstolo, evangelista, exercer Apóstolo, evangelista, exercer misericórdia, ensino, todos os crentes misericórdia, ensino, todos os crentes
como testemunhas, etc. como testemunhas, etc.
Ensino, consolo, Ensino, consolo, exercício de exercício de misericórdia, misericórdia, profecia, gerir, profecia, gerir, liderar, serviço, liderar, serviço, etc. etc.
Lourenço Stelio Rega©
Atividades contínuas
Atividades contínuas TextosTextos Algumas áreas envolvidasAlgumas áreas envolvidas Adorar a Deus Adorar a Deus AtAt 2.422.42ssss; 1 ; 1 Co 10.31 Co 10.31 música, pastoral música, pastoral
Admoestar aos crentes Admoestar aos crentes
quanto à vontade de Deus quanto à vontade de Deus
Hb
Hb 10.2510.25 pregação (profecia), ensinopregação (profecia), ensino
Ensinar aos crentes
Ensinar aos crentes Mt 28.20Mt 28.20 pastoral, ensinopastoral, ensino
Treinar os crentes para uma Treinar os crentes para uma
vida operacional frutífera vida operacional frutífera
Ef 4.11,12
Ef 4.11,12 pastoral, ensinopastoral, ensino
Dar assistência aos crentes: Dar assistência aos crentes: espiritual e materialmente espiritual e materialmente
Gl 6.1
Gl 6.1--1010 pastoral, aconselhamento (exortar), pastoral, aconselhamento (exortar), assistência social (exercer
assistência social (exercer misericórmisericór--diadia), ), diaconato (serviço,
diaconato (serviço, diaconiadiaconia))
Promover comunhão Promover comunhão At 2.42At 2.42--47; 47; 4.32 4.32 pastoral pastoral
Administrar suas atividades
Administrar suas atividades Rm 12.8; 1 Rm 12.8; 1 Co 12.28 Co 12.28
administração/liderança administração/liderança
Proclamar o Evangelho
Proclamar o Evangelho Mt 28.19Mt 28.19 apostolado (missionário), evangelização, apostolado (missionário), evangelização,
todos os crentes como testemunhas (
todos os crentes como testemunhas (AtAt 1.8)1.8) ATIVIDADES CONTÍNUAS DA IGREJA
Os dons do Novo Testamento
Os dons do Novo Testamento
Rom
Rom 12.612.6--88 1 Cor 12.81 Cor 12.8--1010 1 Cor 12.281 Cor 12.28--3030 Efésios 4.11Efésios 4.11 1 Pedro 4.101 Pedro 4.10--11; 5.211; 5.2
Profecia
Profecia ProfeciaProfecia ProfetasProfetas ProfetasProfetas Falar (oráculos)Falar (oráculos) Ministério (diác.Tm/Tt)
Ministério (diác.Tm/Tt) -- -- -- ServirServir
Ensinar
Ensinar -- MestresMestres (Pastores)(Pastores)--MestresMestres Exortar Exortar -- -- --Contribuir Contribuir -- -- --Presidir Presidir -- -- ---- -- GovernosGovernos --Exercer Miseric.
Exercer Miseric. -- SocorrosSocorros
---- Palavra SabedoriaPalavra Sabedoria --
---- Palavra Conhecim.Palavra Conhecim. --
---- Fé (operante)Fé (operante) --
---- Dons de curarDons de curar Dons de curarDons de curar ---- Operação MilagresOperação Milagres Operação MilagresOperação Milagres
---- Discern. EspíritosDiscern. Espíritos --
---- Variedade LínguasVariedade Línguas Variedade LínguasVariedade Línguas ---- Interpr. LínguasInterpr. Línguas Interpr. LínguasInterpr. Línguas
---- -- ApóstolosApóstolos ApóstolosApóstolos
A dinâmica do ministério total
A dinâmica do ministério total
Cristo deu Apóstolos Profetas Evangelistas Pastores/Mestres o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério para a edificação da igreja Efésios 4.11 Hoje Hoje Visão bíblica Visão bíblica Cristo deu osSANTOS Apóstolos Profetas Evangelistas Pastores/Mestres honrar honrar obedecer obedecer sustentar sustentar velar velar que vão trabalhar para a igreja crescer
üNascemos para adorar
üQueremos produzir a vida cristã através de
nossos méritos pessoais
üNão há lugar onde Cristo não possa tocar
em nossa vida
üNascemos para viver para a Sua glória
üAo sermos salvos, fomos restaurados para
este estado de vida
üA vida ética é o condutor para este estilo de
vida
É o Evangelho repleto de
possibilidades impossíveis ???
A ética cristã e a graça de
Deus ...
“Possibilidades impossíveis ...”
üExpressão de Reinhold Niebuhr (1892-1971) üSe refere às elevadas exigências do
Evangelho:
O cristianismo profético demanda o
impossível ... Essa demanda enfatiza a
impotência e a natureza humana corrompida, arrancando do homem o grito de angústia e contrição ...
üO Evangelho tem desafios elevados:
- andar a segunda milha - virar a outra face
- bendizer aos inimigos / dar-lhes de comer... - andar contra a correnteza neste mundo
egocêntrico e secularizado ...
üSer cristão é uma impossibilidade?
üÉ possível ser cristão, bom profissional e brasileiro ao mesmo tempo?
üSem contar com as próprias dificuldades do cotidiano:
- insegurança - catástrofes
- exigências da vida cotidiana - enfermidades
üNem sempre é possível viver a vida com serenidade e tranqüilidade
üAs possibilidades se tornam, então, mais impossíveis ainda ?!?!
üNo Éden o ser humano se afastou do plano da criação
üNovas criaturas - 2 Co 5.17
üVivendo para a glória de Deus - 1 Co 10.31 üSomos reposicionados diante do mundo
criado - visão cosmológica da Salvação üSeremos finalmente restaurados
O Evangelho nos reconduz a novo estado de vida
üQueremos fazer o bem ... nas não conseguimos – Rm 7.17
üNossa justiças e méritos são inúteis diante de Deus – Is 64.6
üSomos impotentes – embora salvos temos a natureza pecaminosa – Rm 7
üPaulo diz amaldiçoado homem que sou ... Rm 7.24,25
Um novo estado de vida num mundo da velha natureza
üAs possibilidades do evangelho são para novas criaturas completas
üHá ainda em nós uma guerra entre os
impulsos carnais e o mover do Espírito – Gl 5.16,17
üObras da carne vs. Fruto do espírito – Gl 5.18-23
üPaulo ainda lutou contra o “espinho na carne” – 2 Co 12.7-10
Possibilidades impossíveis que se tornam possíveis ...
üQueremos produzir a vida cristã através de nossos méritos pessoais
üQuando as possibilidades se tornam
impossíveis temos de depender da
- ação do Espírito Santo em nós produzindo o seu fruto em nós
- graça de Cristo em nos fortalecer
üNos impossíveis de nossas angústias
vamos confiar na ação divina - Fp 4.6,7
üSomos fracos, mas o Senhor é a nossa
força e refúgio sempre presente - Sl 18.2
Se te mostrares fraco no dia da angústia a
tua força será pequena. (Salomão)
Ore como se tudo dependesse de Deus;
trabalhe como se tudo dependesse de você.
(Anônimo)
Habilidade é aquilo que você é capaz de
fazer; motivação é o que determina o que você faz ; atitude é o que determina a
maneira como você faz. (Lou Holtz)
üSomos enviados ao mundo (João 17.18) não para vivermos para ele, mas para vivermos
para Cristo nele (2 Coríntios 5.15)
üE como cristãos devemos viver a vida o
mais normalmente possível, contudo sem
nos mancharmos com o pecado (Gálatas
5.1-13)
üEste mundo (gr. aion) é governado por
Satanás, o príncipe das trevas (Ef 2.1-10)
SE020 POST-MODERNITY ETHICS
A 2 / M 2
Concluindo esta parte ...
üO mundo inverte os valores de Deus (Is 5.20)
üQual tem sido a influência da sociedade
presente em suas decisões pessoais, nos padrões de conduta na vida diária e na
adoração?
üEsponja - óleo - sal/luz (Mt 5.13-16)
1
Prof. Dr. Lourenço Stelio Rega©
rega@etica.pro.br www.etica.pro.br
Desafios
Desafios éticos
éticos na
na Pós
Pós--Modernidade
Modernidade
Parte III
Parte III
Princípios éticos
fundamentais e
“borderline” na ética
bíblica e teológica
(ética de fronteira) A 4 / M 1 Ética aplicadaA 4 / M 1
ü“Borderline” na psicologia à
comportamento que fica nas regiões
limítrofes entre a normalidade e a patologia. ü“Borderline” na ética à situações éticas
que não possuem paralelo específico nos princípios ou ideais bíblicos.
üPoderemos chamar isso de “ética de fronteira”
“Borderline” na ética à ética de fronteira
A 4 / M 1
ü1.Estarei glorificando ou alegrando a Deus com isso que tenciono fazer? (1 Co 10.31)
ü2.Será que a motivação que me está induzindo a esta decisão não é fruto da
minha natureza decaída e pecaminosa? (Gl 5.1,13)
ü3.Estou certo de que isto que vou fazer é realmente certo? Não tenho dúvidas? (Rm 14.23)
“Borderline” na ética à ética de fronteira
A 4 / M 1
ü4. Posso orar a Deus a respeito disto?
Posso orar ao mesmo tempo em que faço isto? (1 Ts 5.17)
ü5. Posso dar graças a Deus a respeito disto que tenciono fazer? (1 Ts 5.18; Fp 4.6)
ü6. Em meus passos o que faria Jesus? (1 Pe 2.21; Jo 13.15)
“Borderline” na ética à ética de fronteira
A 4 / M 1
ü7. Será que isso que vou fazer vai me
edificar? Não será embaraço para a minha vida, para meu nome e minha história?
Quais são os resultados disto que tenciono fazer? (1 Co 10.23; Hb 12.1; 1 Pe 2.20; 4.15-16)
ü8. É verdade, é honesto isto que desejo fazer? (Jo 14.6; Fp 4.8)
ü9. Isto que vou fazer vai me dominar? (1 Co 6.12; Mt 6.24)
“Borderline” na ética à ética de fronteira
A 4 / M 1
ü10. Qual é o efeito sobre o meu corpo disto que quero fazer? (1 Co 6.19,20)
ü11. Qual é o efeito sobre o meu próximo? Serei exemplo para outros seguirem? (1 Co 8.1ss; Fp 4.9; 1 Co 11.1)
ü12. Estou me omitindo de fazer o bem? (Tg 4.17)
ü13. E se minha consciência estiver em paz, devo fazer? Será que a consciência pode ser um referencial ético seguro? (1 Tm 1.5,19; 3.9; 4.2; Tt 1.15; Hb 13.18; 1 Pe 3.21)
“Borderline” na ética à ética de fronteira
Teologia e ética da
consciência
A consciência nossa de cada dia
A 4 / M 2
A 4 / M 2
Ética aplicada
ü Ninguém se livra da sua própria sombra e nem de sua própria consciência. Coelho Neto
ü Ficar sozinho com a minha consciência, já é um inferno bastante para mim.
A 4 / M 2
Ética aplicada
ü Todo mundo já sabe!
ü Uma espécie de alarme avisando que
estamos fazendo algo perigoso ou errado. ü É o termômetro!
ü Algo interior que nos informa se estamos agido correta ou incorretamente, e nossos atos são ou não bons ou aceitáveis.
A 4 / M 2
Ética aplicada
Os ingredientes da consciência são particulares e dependentes da formação
cultural de cada um de nós. Enfim, a
consciência é uma lei individual. Tem a ver com o jeitão de cada pessoa. Cada pessoa
uma sentença.
A individualidade e relatividade da consciência
A 4 / M 2 Ética aplicada ü Cultural ü Geográfica ü Psicológica ü Formativa
A 4 / M 2
Ética aplicada
O espírito de época tem enfatizado o lado emocional da vida, daí a valorização à impulsividade humana e o relativismo.
A consciência tem sido o referencial para a busca do certo e do errado.
- A minha consciência está em paz ... - Estou em paz ...
- Meu coração está em paz ... tranqüilo ...
A 4 / M 2
Ética aplicada
Afinal, a consciência
serve para alguma coisa?
É válida para nos ajudar a conhecer o que é certo e o que é errado?
Deus nos fala por meio da consciência? Ela é válida para justificar nossas
ações ou escolhas?
A 4 / M 2
Ética aplicada
No Antigo Testamento:
Jeremias (17.9) menciona que o coração
(consciência) é enganoso:
Enganoso é o coração mais do que todas as coisas e desesperadamente corrupto, quem
o conhecerá?
A 4 / M 2
Ética aplicada
A consciência é entendida como o coração. Veja Mateus 5.8
Bem aventurado os limpos de coração porque eles verão a Deus.
A 4 / M 2
Ética aplicada
O enfoque do Novo Testamento é no interior da pessoa. Em Marcos 7.15-23, o coração é
mais do que a consciência:
O que sai da pessoa, isso é o que a contamina. Porque de dentro do coração das pessoas é que procedem os maus desejos, a prostituição, os furtos,
os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a arrogância,
a loucura; ora todos estes males vêm de dentro e contaminam a pessoa.
A 4 / M 2
Ética aplicada
A consciência está corrompida, pois somos descendentes de Adão e nossa natureza está manchada com os efeitos da queda.
Veja Tito 1.15
Todas as coisas são puras para os puros; todavia para os impuros e descrentes nada é puro. Porque,
tanto a mente como a sua consciências estão corrompidas (estão adulteradas, alteradas ...).
A 4 / M 2
Ética aplicada
A consciência é passível de insensibilização, cauterização. Veja 1 Timóteo 4.1,2
Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por
obedecerem a espíritos enganadores e a ensino de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e
que têm cauterizada a sua própria consciência.
A 4 / M 2
Ética aplicada
Foi utilizada como padrão por Paulo, mas em conexão com o Espírito Santo. Veja
Romanos 9.1:
Digo a verdade em Cristo, não minto,
testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência ...
A 4 / M 2
Ética aplicada
Serve de lei para os gentios, pois faz parte da revelação natural de Deus.
Veja Romanos 2.11-16:
Porque para com Deus nào há acepção de pessoas. Assim, pois, todos os que sem lei pecaram, sem lei perecerão; e todos os que com
lei pecaram, mediante a lei serão julgados. Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus mas o que praticam a
lei serão justificados. Quanto, pois, os gentios, que não têm lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma
da lei gravada nos seus corações, testemunhando-lhes também a consciência, e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar
os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.
A 4 / M 2
Ética aplicada
Se for boa, a consciência será aprovável diante de Deus. Veja 1 Timóteo 1,5 e 19. No vers. 19
temos o ensino de que a manutenção da fé é fruto de uma boa consciência.
Ora, o intuito da presente admoestação visa o amor que procede de um coração puro e de consciência
boa e de fé sem hipocrisia ... mantendo a fé a boa consciência, porquanto alguns tendo rejeitada\o a
boa consciência vieram a naufragar na fé.
A 4 / M 2
Ética aplicada
Se for limpa, isto é sem pecado, poderá ser utilizada, pois não haverá impedimento de se ouvir a voz de Deus (veja Isaías 59.2: mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e
o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós para que vos não ouça.) Veja 1
Timóteo 3.9, se referindo aos diáconos:
... conservando o mistério da fé com a consciência limpa.
A 4 / M 2
Ética aplicada
Não há travesseiro tão macio do que uma consciência limpa.
Provérbio francês
O melhor tranqüilizante é a consciência limpa.
E. C. McEnzie
Assim como o espelho, a consciência precisa de luz para sobreviver.
A 4 / M 2
Ética aplicada
Em 2 Coríntios 3.1-5 temos as três normas ou fontes da legitimidade da consciência: ü Os outros – cartas de recomendação (v.1)
ü Eu mesmo – nós mesmos somos capazes
de pensar alguma coisa (v.5a)
ü Deus – a nossa suficiência vem de Deus
(v.5b)
Qual deve ser, então a norma para a nossa consciência?
A 4 / M 2
Ética aplicada
Deus é o ponto de convergência da verdade. A Bíblia é a revelação de Sua vontade.
Veja 2 Timóteo 3.16,17
Então, a consciência precisa ser aferida pela sua conformidade com a Palavra de Deus.
Não pode haver contradição entre o que a nossa consciência nos diz e o que a Bíblia
nos diz.
Qual deve ser, então a norma para a nossa consciência?
A 4 / M 2
Ética aplicada
“Meu coração está em paz ...” Mas o coração é enganoso e
desesperamente corrupto ... como posso confiar nele? Quem conhece o meu
coração? Salmo 139.23 e 24:
Sonda-me ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se
há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.
Qual deve ser, então a norma para a nossa consciência?
Teologia e ética do
sofrimento
A consciência nossa de cada dia
A 4 / M3
A 4 / M3
Ética aplicada
üHaveria lugar para o sofrimento na vida cristã? üNa Bíblia o sofrimento é considerado uma
intrusão no mundo criado bom e livre de dor (Gn 1.31)
üCom a entrada do pecado no mundo, o sofrimento veio em forma de conflito, dor, corrupção, trabalho penoso, morte (Gn 3.15-19)
ü A nossa esperança é que, nos novos céus e terra, o sofrimento será abolido (Ap 21.4; Is 65.17ss)
üNo NT sofrimento não indica maldição (Rm 5.3ss)
A 4 / M3
Ética aplicada
üSe a vida cristã é um constante RENUNCIAR-SE para Deus (Lc 9.23), por que, então, o
cristão sofre? Por que Deus não o livro do sofrimento?
üConsultando a Bíblia é possível compreender isso ...
A 4 / M3
Ética aplicada
ü...tudo o que o homem semear, isso ele
também colherá. (Gálatas 6.7)
üHomem de grande ira tem de sofrer o dano;
porque se o livrares terá de o fazer de novo.
(Provérbios 19.19)
ü“Quem planta vento colhe tempestades”
A 4 / M3
Ética aplicada
üOu pensais que aqueles dezoito sobre os
quais caiu a torre de Siloé e os matou...(Lucas
13.4)
üNem sempre é possível evitar um acidente. üVivemos num mundo com limitações
üResta-nos pedir capacitação a Deus para
enfrentarmos uma situação dessa natureza ...
A 4 / M3
Ética aplicada
üBem-aventurado o homem que suporta a
provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor
prometeu aos que o amam. Tiago 1.12)
üA prova não é para Deus, mas para nós mesmos – mostrar o quanto somos fiéis.
üDeus não nos deixará ser provados acima do
que poderemos suportar (1 Coríntios 10.13)
A 4 / M3
Ética aplicada
ü...gloriemo-nos nas tribulações, sabendo que
a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança, e
a esperança não confunde... (Romanos 5.3-5)
üÉ o sofrimento corretivo, didático
üSofrimentos podem indicar alguma área da vida que precisa de aperfeiçoamento
A 4 / M3
Ética aplicada
ü...porquanto já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos. (2 Co 1.9)
üE para que me não exaltasse demais pela
excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne... a respeito do qual roguei três vezes a Deus e Ele me disse: ‘A minha graça te basta,
porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.’ Por isso, muito mais me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo... Porque quando estou fraco, então é que sou forte. (2 Co 12.7-10)
A 4 / M3
Ética aplicada
üDe acordo com Paulo, os sofrimentos visam
desmantelar todos os esteios da AUTOCONFIANÇA üNo aperto do sofrimento, o cristão é relegado à sua
fraqueza para permanecer na DEPENDÊNCIA de Deus – Romanos 4.17
üDa mais amarga dor, brota o desejo de unir-se mais intimamente a Deus – Sl 84.2,3; 17.15; João 19.21-29
A 4 / M3
Ética aplicada
üAgora me regozijo no meio dos meus sofrimentos por vos, e cumpro na minha vida o que resta das aflições de Cristo, por amor do seu corpo, que é a igreja. (Colossenses 1.24)
üFizestes bem em tomar parte na minha aflição.
(Filipenses 4.14)
üPara que tenhamos condições de compreender e ajudar os que estão sofrendo
üLevai as cargas uns dos outros ... (Gálatas 6.2)
A 4 / M3
Ética aplicada
üPorque melhor é sofrerdes fazendo o bem, se a vontade de Deus assim o quer, do que fazendo o
mal. (1 Pedro 3.17)
üSe pelo nome de Cristo sois vituperados, bem
aventurado sois. Que nenhum de vós padeça como homicida... mas, se padece como cristão, não se envergonhe disse, antes glorifique a Deus... (1 Pe 4.12-19)
üO cristão nem sempre é bem recebido e aceito e poderá sofrer perseguições
A 4 / M3
Ética aplicada
üPara o cristão o sofrimento não é um FIM em si mesmo
üO sofrimento somente será entendido e minimizado à medida que descansamos nossa vida em Deus
üPrecisamos cultivar espírito de gratidão à 1 Ts 5.18:
Em tudo daí graças ao Senhor ...
Metodologia de
estudos éticos
estudo de caso
Aspectos éticos do
abortamento
A 4 / M 4 Ética aplicadaA 4 / M4
Ética aplicada
üMilhões de casos no mundo anualmente.
üO abortamento é uma das pontas de grave situação üEm geral, recai sobre a mulher o peso da decisão e
seu próprio corpo é o foco da ação abortiva.
üOs cenários da vida contemporânea indicam que a situação tende se agravar, especialmente com a valorização da subjetividade e impulsividade como fonte das decisões humanas.
A 4 / M4
Ética aplicada
üÉ preciso considerar que o tema tem diversos lados:
üDa mulher, da família, do pai, da comunidade, etc.
üAlém disso, o tema tem diversas implicações:
üPsicológicas üSociais
üJurídicas üEconômicas üÉticas
üO que é vida humana?
üQuando se dá a origem da vida?
üA pergunta crucial sempre será: “E para Deus aquele ser é um ser vivo...?”
üNem sempre é possível chegar a uma decisão perfeita e completa.
A 4 / M4
Ética aplicada
1. O direito que a mulher tem do seu próprio corpo 2. O argumento sócio-econômico-educacional
3. O argumento estatístico
4. O abortamento de gravidez resultante de estupro 5. O abortamento eugênico
6. O abortamento terapêutico
A 4 / M4
Ética aplicada
ü “O que os olhos não vêem o coração não sente”
ü Jesus lembra: no final dos tempos o amor de
muitos se esfriará
ü Paternidade/maternidade responsável
ü Foco mais nos efeitos do que nas causas
ü O uso do abortamento como “recurso de controle
da natalidade”
ü Do ponto de vista de Deus o feto é ser vivo
Abortamento
Aconselhamento ético
Algumas idéias práticasA 4 / M 5
A 4 / M5
Ética aplicada
üO mito do aconselhamento “neutro”
üSuporte das ciências e dos profissionais da “psiquê” üNo aconselhamento, a Teologia e a Ética fornecem o
conteúdo, o referencial de análise das decisões do aconselhando
üO aconselhando deve ser considerado como uma pessoa, não como um doente
A 4 / M5
Ética aplicada
O aconselhando deve ter a chance de escolher o que melhor concluir para a sua vida
üMostrar as alternativas possíveis
üMostrar as conseqüências de cada alternativa
üDeixar que o aconselhando escolha, por si mesmo, a sua alternativa
üEvitar atitude de vigilância e “cobrança”
üO segredo é fundamental – garanta a pessoa o sigilo üSe uma situação envolve outra pessoa, avalie as
conseqüências – muitas vezes o tempo poderá ajudar
A 4 / M5
Ética aplicada
Lidando com o sexo oposto e com dilemas sexuais
üEvite ficar buscando detalhamento dos casos
üMantenha a distância suficiente par evitar envolvimento com o(a) aconselhando(a)
üManter a porta aberta do gabinete ou a porta deve ter uma pequena janela com vidro – isso é para sua
proteção também
üPessoa com dilemas sexuais pode estar frágil, isso requer maior atenção
üNo caso de sexo oposto peça ajuda à sua esposa/esposo
A 4 / M5
Ética aplicada
Lidando com casos graves
üExemplos: cônjuge com AIDS; adultério; drogas; promiscuidade, etc.
üContar para o outro cônjuge ou pai? Ou não? üFases da abordagem:
üMostrar a gravidade do assunto
üDesafiar ao rompimento com a prática
üDemonstrar a necessidade da família ficar sabendo, especialmente no caso de AIDS e que você ajudará neste processo
üA experiência ajudará a encontras outras alternativas
A 4 / M5
Ética aplicada
Algumas idéias finais ...
üLembrar que você estará cuidando de vidas, preciosas vidas, seres com significação histórica
üNão podemos, portanto, destruir vidas, mas ajudá-las a encontrar os melhores caminhos para a solução de
seus dilemas, à luz da Palavra de Deus
üSe você não se sente preparado(a) para ajudar
pessoas, é melhor encaminhá-las para pessoas mais preparadas.
üNunca imagine que encontrará uma resposta no “ar”.