(1º Bimestre) 09/08/2010 FATO JURÍDICO I –
II – CONCEITO
Todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou extinguir relações jurídicas
III – ABRANGÉNCIA
a) Acontecimento natural b) Ações humanas
Licitas Ilícitas
c) Ações humanas desprovidas de vontade IV – EFEITOS a) Aquisitivo a1 – Modo: Originário Derivado a2 – Oneroso: Gratuito a3 – Universal:
Ex. a cota parte é referente a massa patrimonial A aquisição não é específica
Singular – especifica
Ex. direito adquirido
Modificação da situação jurídica anterior, alterando quantidade, marca, partes do negocio: b1 – Objetiva Quantitativa Qualitativa b2 – Subjetiva c) Conservativo
Ex: interdito proibitório, de esforço imediato, reintegração Ato de defesa
Repressiva – direito violado = dano moral (reparação por danos) Preventiva – iminência de violação
d) Extintivo
Perecimento do objeto, renuncia, decadência, confusão ( credor e devedor são a mesma pessoa), abandono (renuncia ao direito de propriedade), falecimento do titular ( direito a personalidade ) , abolição de instituição jurídica ( escravatura), implemento de condição resolutiva, aparecimento de direito incompatível com o atual e que o suplanta.
FJSA ( PONTES DE MIRANDA)
Fato ou complexo de fatos, sobre o qual incidiu a regra jurídica, portanto o fato que dimana, agora ou mais tarde, talvez, condicionalmente, ou talvez não dimane, eficácia jurídica
Fato jurídico no sentido extrito
É todo acontecimento oriundo da natureza que possuem repercursao na orbita jurídica
FATO JURIDICO ESTRITO PODE SER: ORDINARIO
Ex: Morte, nascimento, chuva.
EXTRAORDINARIO
Conteúdo diferente do ordinário, caracterizado por ser excepcional e imprevisível também acontecimento natural
EXCEPCIONAL CASO FORTUITO Imprevisível Força maior
ATO FATO JURIDICO I – Conceito:
O ato humano é realmente da substancia desse fato jurídico, mais não importa para a norma se houve ou não intenção de praticá-lo.
II – Classificação
a) ATOS FATOS REAIS
Resultam em circunstâncias fáticas ( materiais) geralmente removíveis:
b) ATOS FATOS INDENIZATIVOS Art. 188, Inc. II c/c 929 CC
Hipóteses em que de um ato humano não contraria ao direito decorrer prejuízo a terceiro com o dever de reparar o dano
c) ATOS FATOS CADUCIFICANTE
Situações que constituem fatos jurídicos cujo efeito consiste em extingur direitos, como no caso da prescrição e decadência
23/08/2010 ATO JURÍUDICO EM SENTIDO ESTRITO
I – CONCEITO
É a simples manifestação de vontade, sem contudo negocial, que determina efeitos legalmente previstos.
Prática de um ato que gera efeitos, que já estão previstos na lei, não são negociáveis . A própria lei determina os efeitos.
Exemplo: Domicílio – a lei determina onde é o foro, não há escolha;
Pensão alimentícia está prevista na lei e são efeitos do ato de paternidade
II - ESPÉCIES a. Participações
São atos de mera comunicação, sem conteúdo negocial.
Exemplo: Intimação, notificação extrajudicial
(vontade+atuação+efeitos jurídicos previstos)
b. Materiais
Consiste na simples atuação humana, baseado em uma vontade consciente, tendente a produzir efeitos jurídicos previstos em lei.
NEGÓCIOS JURÍDICOS
(Pacta Sun Servanda)
Histórico = transformação da teoria
Revolução Francesa – igualdade formal
Descentralização - CDC - igualdade material CCB => vértice do Ordenamento jurídico
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana (art. 1, III CF) *Norma civil do direito administrativo
I – CONCEITOS: Conceito 1:
É todo fato jurídico consistente na declaração de vontade, a que o ordenamento jurídico, atribui os efeitos designados como queridos, respeitados os pressupostos de existência, validade e eficácia impostos pela norma jurídica que sobre ele incide. (Junqueira de Azevedo)
Conceito 2:
Negócio jurídico consiste na declaração de vontade emitida em obediência aos seus pressupostos de existência, validade, eficácia, com o propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico pretendidos pelo agente. (Pablo Stolze)
II - PLANOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS a. Da Existência
O fato de ser considerado existente não quer dizer que ele seja considerado perfeito, ou seja, com aptidão legal para produzir efeitos.
b.Da Validade
O negócio jurídico não serve de nada, exigindo-se, para que sejam considerados como tal, certos requisitos mínimos.
c. Da Eficácia
Ainda que o negócio jurídico seja existente, considerado válido, ou seja, perfeito para o sistema, isso não importa em produção imediata de efeitos pois estes poderão estar limitados por elementos acidentais.
III – CLASSIFICAÇÃO
A. Quanto ao Número de Declarantes a1. Unilaterais
Quando concorre uma manifestação de vontade.
Exemplo: Testamento, Doação
a2. Bilaterais
Duas manifestações de vontade há uma colidência de interesses. Interesses opostos
a3. Plurilaterais
Quando se conjugam, no mínimo, duas vontades paralelas, admitindo-se n’’umero superior, todas direcionadas para o mesmo objetivo.
Interesses Iguais
30/08/2010 B. Quanto as Vantagens Patrimoniais
b1- Gratuito
Somente uma das partes se sacrifica, perde na relação. Sacrifício único. Não há contraprestação.
b2- Oneroso
Toda prestação corresponde a uma contraprestação
Ex. Permuta
b21 – Aleatório (sorte)
Pode acontecer ou não, eventualidade, desequilíbrio entre as prestações
Ex. Contrato de seguro – fatalidade, eventualidade
b22 – Comutativo
Reciprocidade de prestação e contraprestação
b3. Neutros
São aqueles NJ sem conteúdo econômico
Ex. Instituição do bem de família voluntário ou convencional.
b4. Bifronte
NJ que podem ser oneroso ou gratuito dependendo da vontade perseguida pelas partes.
Ex. Contrato de Depósito, Depósito bancário – oneroso e Guarda de um livro – gratuito
Art. 628. O contrato de depósito é gratuito, exceto se houver convenção em contrário, se resultante de atividade negocial ou se o depositário o praticar por profissão.
constar de lei, nem resultar de ajuste, será determinada pelos usos do lugar, e, na falta destes, por arbitramento.
C. Quanto à Forma c1. Solenes - Formais
A forma do NJ está especificada em lei. A lei diz qual é a forma de celebrar o negócio
São aqueles que exigem para a sua validade a observância de forma legalmente prevista
Ex. Escritura pública, Testamento
*A regra é que o NJ não é formal. É a liberdade das formas
c2. Não Solenes - Não Formais - Forma Livre
São aqueles cujo revestimento exterior é livremente pactuado, sem interferência legal. Quando não há forma prevista em lei para celebrar o negócio jurídico.
Ex. Compra de carro
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
D. Quanto ao Momento da Produção de Efeitos d1. Inter Vivos
d2. Causa Mortis - PLANO DA EXISTÊNCIA
I – Elementos Constitutivos de Existência Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei.
A. Objeto
Ideal. É o desejo das partes.
B. Agente
Qualquer pessoa, independente da capacidade
C. Forma – Art. 107 CC
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
Meio pelo qual a declaração se exterioriza, ou seja, como a vontade chega ao mundo exterior.
Ex. Contrato de Cessão de Direito. Instrumento de Contrato Particular de Compra e Venda
D. Manifestação Vontade d.1 - Silêncio
“O silencio é o nada, e significa a abstenção de pronunciamento da pessoa em face da solicitação do ambiente. Via de regra, o silencio é a ausência de manifestação de vontade, e como tal, não produz efeitos” (Caio Mário)
Ex. Contrato benéfico, gratuito – Art. 111 CC
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
Física (vis absoluta) inexistência – não há manifestação de vontade
Coação
REGRA DE INTERPRETAÇÃO
BOA-FÉ OBJETIVA
Má-Fé = desejo de lesar alguém Má-Fé ≠ Boa- Fé Subjetiva
Boa- Fé Objetiva = padrão de comportamento leal, probo, honesto, ético, cooperação com a parte contrária
Art. 103 CC - Os negócios jurídicos
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Questionário
1. Conceitue Negócio formal
2. Qual a diferença entre negócios jurídicos e ato jurídico em sentido estrito
3. Aponte a diferença entre NJ unilateral, bilateral e plurilateral 4. Aborde a transformação dos NJ quanto a igualdade formal
06/09/2010 II - RESERVA MENTAL
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
Exemplo: A diz a B que quer comprar seu produto, mediante pagamento
A pensa em não efetuar o pagamento - Não cumprir o pactuado
Destinatário(B) conhece Não Subsistência
Reserva SE
Mental Destinatário(B) não conhece Subsiste permanece Obrigado
PLANO DA VALIDADE
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei
I – Requisitos Legais A. Agente Capaz; Capacidade é a regra Incapacidade é a exceção (Representação)
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da
vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. (Assistência)
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os
exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
IV - os pródigos.
a1 - Representação – Quando ocorre por: Por Lei Legal
Interessado Voluntária
a2 - Autocontrato/ Contrato Consigo Mesmo
Exemplo1: É quando o representante também é parte do negócio (conflito de interesse)
Exemplo 2: As partes de um negócio têm o mesmo representante
Súmula 60 STJ – Anulável:
a3 – Legitimação
Capacidade + Legitimação
Por vezes poderá a lei exigir, além da capacidade geral, determinado requisito, concreto, denominado de capacidade específica ou legitimação
B. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável:
b1 - Licitude é o objeto que o direito permite que seja fundamento de um determinado negócio
b2 - Possível – sobre tudo aquilo que há Impossibilidade absoluta: Física – não é possível obter o objeto Invalida o negócio
Jurídica – impedimento legal jurídico
b3- Determinado - descrição precisa o objeto
ou Determinável - elementos mínimos (gênero e quantidade), caso contrário causa nulidade.
C. Forma prescrita ou não defesa em lei
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
Se for inadequada= invalidade
c1 - Forma – Livre de manifestar a vontade c2 – Prescrita ou Não defesa em Lei
Algumas vezes a forma é determinada em lei, caso não obedeça a forma adequada, ocorrerá a invalidade.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
d. Manifestação Livre e Desembaraçada Erro, dolo, coação, perigo
VALIDADE OU NULIDADE
Vem a ser sansão imposta pela norma jurídica, que determina a privação dos efeitos jurídicos, do negócio jurídico praticado em desobediência ao que prescreve.
Sansão – quando não respeita o art. 104 CC
Invalidade - vem a ser sanção imposta pela norma, que determina a privação dos efeitos jurídicos do negócio.
Nulidade Absoluta (166 e 167 CC) Nulo Gênero
Nulidade Relativa (171 CC) Anulável
Reconhecer de ofício = a qualquer tempo no processo Reconhecer de plano = imediatamente
Nulidade Absoluta - Nulo (art. 166/167 CC)
É de interesse público ou ordem pública;
Invalidade Quem pode suscitar: Juiz – Ofício Partes Nulidade Relativa - Anulável (art. 171 CC)
Interesse é das partes
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
O juiz pode declarar a nulidade de ofício por ser de interesse de ordem pública - conheceu de ofício – art. 168 § único
O MP pode suscitar a nulidade – Art. 168
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.
Absoluta Relativa
Interesse de ordem pública Não se convalida – Art. 169 Suscitado de ofício
Declaração é imprescritível
Pretensão declaratória -prescricional
Ex Tunc
Interesse das Partes Convalidação1
Suscitado pelas partes ou interessado
Prazo decadencial
Pretensão constituição negativa Ex Tunc
*A Prescrição ocorre em 10 anos Decadência – Perda do direito Prescrição – Perda da pretensão
(2º Bimestre)
28/09/2010PRINCÍPIO DA CONSERVACÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO São medidas sanatórias
A – Involuntárias
Não há vontade das partes,
Correção de uma invalidade sem que o homem interfira
Ex. Decadência
B – Voluntárias
As partes concorrem para correção do negócio jurídico
MEDIDA SANATÓRIAS VOLUNTARIAS 1 – Confirmação – Art. 172
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Só e admitida nos casos de nulidade relativa Pode ser:
a) Expressa art. 173
Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo.
b) Tácita - art. 174
Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.
O negócio é cumprido em parte, o agente tem ciência do vicio. Não poderá trazer prejuízo a terceiro
2 – Redução
O contrato tem uma parte invalidade
Conceito: É a permissão legal para extirpar do negocio jurídico a parte invalida, mantendo-se a parte valida.
Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.
A invalidade parcial não prejudicara a parte valida, desde que seja separável.
Ex: Contrato de locação possui embutido um contrato de fiança, supondo-se que haja invalidade, o contrato de fiança, o contrato de locação não supondo-se prejudica
3 – Conversão Substancial
Mudar o NJ - Recategorização
Exemplo A vende para B imóvel por contrato particular (caso de nulidade). A venda deveria ter sido feita por escritura publica.
Solução: A faz o contrato de compra e venda com B
Não houve alteração na vontade de A e B
Converteu: contrato de compra e venda pela de promessa de compra e venda
Conceito: trata-se de uma medida saneadora, por meio do qual se aproveitam os elementos materiais, de um negocio jurídico nulo ou anulável convertendo-o juridicamente e de acordo com a vontade das partes, em outro negocio valido.
04/10/2010
DEFEITOS DO NEGOCIO JURIDICO – VICIO
(Manifestação de vontade)I – Conceito:
Irregularidade surgida na formação do NJ , relacionada a manifestação de vontade dos agentes.
II – Classificação
- Vicio de consentimento – art. 171
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
A vontade não é expressa de forma livre
1 – ERRO
(falsa percepção) Estado positivo
Conceito: Quando o agente por desconhecimento ou por falso conhecimento das circunstâncias, age de um modo que não seria a sua vontade, se conhecesse a verdadeira situação.
Ex: A quer comprar um relógio e o adquire como se fosse de ouro, mais o mesmo era de cobre.
A incidiu em erro, erro sobre a substancia
Característica:
Quem erra, erra sozinho. Não há indução ao erro
Requisitos:
A – Erro Substancial – Art. 138
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
Se a parte soubesse da situação correta, não teria ocorrido É necessário – se não existisse, não existiria negocio;
Diligencia penal = homem médio
B – Excusabilidade
Qualquer pessoa poderia incidir a maioria poderia errar É perdoável
Enunciado nº 12 – primeira jornada de direito civil
‘’na sistemática do art. 138 CC, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o principio da confiança ‘’
Basta que as partes tenha se comportado de forma ética e de boa fé
Feições do Erro Substancial (Como se verifica o erro, a
presença)
A – Error in Negotio – Art. 139, I
Art. 139. O erro é substancial quando:I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
Quando se pensa que esta se celebrando um negocio , celebra-se outro
B – Error Corpore
Exemplo A quer comprar um cavalo que esta a venda, na verdade o cavalo a ser vendido é outro
C - Error Substantia
Essência ou propriedade de determinado objeto
D – Error In Persona
Qualidades essenciais ou a identidade de determinada pessoa
Exemplo:
A
pensa queB
é seu filho, mais na verdadeC
é o Filho, e deixa testamento paraB.
18/10/2010
E - Error Acidental (art. 146 CC)
Recai sobre circunstancias periféricas do erro; O NJ se realiza apesar da existência do erro.
Exemplo:
A
escolhe uma cor opaca, durante a compra se um veículo, mas queria cor metálica, ainda assim,A
ficaria com o carro.
Conceito: É o erro que recai sobre motivos e qualidades
secundárias do objeto ou da pessoa, não alterando a validade do negócio.F - Erro de Direito (art. 3º LICC)
Art. 139, I CC – O sistema admite o erro de direito
Não pode ser de LeiG – Erro de Cálculo (art. 143 CC)
Equívoco
Autoriza a retificaçãoH – Erro vs. Vícios Rebiditórios (Defeito Oculto)
Redibir = Desfazer
Art. 422 CC
O vício está na coisa, no objeto.
O erro está na vontadeExemplo: A quer aquela coisa (carro) não há engano, porém o carro está com defeito.
Não há engano em relação a vontade, portanto, não há erro, mas o vício (defeito) está no carro (coisa).
Vício Redibitória
Redibitório EDILÍCIAS
(ocultos) Quanti Minoris – estimatória
Art. 144 CC - Princípio da Conservação do NJ
Dolo
I – Conceito:
Todo artifício malicioso empregado por uma das partes ou por um terceiro com o propósito de prejudicar, outrem, quando da celebração da celebração do negócio jurídico.
II - Erro VS. Dolo (art. 186 CC)
Erra sozinho Alguém é induzido ao erroExemplo: Lerdo compra uma obra de arte, tendo sua legitimidade garantida por Esperto; Lerdo foi induzido ao erro por Esperto, ou seja,
houve dolo.
III - Classificação
A – Quanto a Extensão dos Seus Defeitos
1) A1 – Dolo Principal (
Invalida o NJ
)
Faz com que a outra parte pratique o negócio. É aquilo que a outra parte quer.
Conceito
Aquele que se caracteriza como elemento necessário para a realização do NJ. Sem o dolo a parte não realiza o NJ.
A2 – Dolo Acidental - art. 146
Mesmo com o artifício, o engodo, as parte enganada faria o NJ. A parte que deu causa poderá conceder um abatimento.
Conceito
Se a parte mesmo com a presença do dolo realizaria o negócio, apenas obrigará a satisfação de perdas e danos, por conta das condições menos vantajosas.
B –Quanto a Atuação dos Agentes
B1 - Positivo
Comissivo O sujeito engana o outro.
Haverá a indução verbalizada do erro
B2 - Negativo
Omissão
Silêncio intencional – art. 147
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.
Dollus Bonnus Vs Dollus Mallus
- Exagero do Vendedor - Vontade de EnganarSituações:
Anulação (Ex Tunc)
1. Se a parte beneficiada (Esperto) tem conhecimento, ou deveria ter. Subsistência do NJ
2. Se a parte (Esperto) não tem conhecimento e nem deveria ter. O terceiro (Astuto) responde pelo prejuízo da parte enganada (Lerdo)
Dolo do Representante - Art. 149 CC
Legal – Imposta pela lei, não há escolha;
Voluntária - Escolha por vontade autônoma para escolher o representante;Situações: Responde
Legal – Até na medida do seu proveito;
Voluntária – Solidariamente Exemplo:Esperto
Lerdo Astuto devedores (Total = R$ 90.000) Falaz
Lerdo pode cobrar de apenas um dos devedores, o valor total devido, ou de cada um deles, em conjunto o valor devido.
Art. 150 – Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma
pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
Se as partes tentam enganar uma a outra, não podem alegar anulação/ indenização
Coação – ART. 151
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Física (Vis Absoluta) Inexistência Coação
Moral ( vis Compulsiva) Invalidade
Defeito do NJ é estudado a Coação Moral = anulabilidade (art. 172 CC)Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Viciam a vontade
Vontade sem liberdadeI - Conceito:
É toda violência psicológica apta a influenciar a vítima a realizar NJ que a sua vontade interna não deseja efetuar.
Na coação moral a vontade não está completamente neutralizada, havendo um cerceamento da liberdade negocial do agente.
II – Requisitos (Cumulativos)
1. Violência Psicológica2. Declaração de vontade viciada (sem liberdade)
3. Receio sério e fundado de dano á pessoa próxima ou a família ou aos bens.
A coação avalia as condições da vítima.III - Condições da Vítima
IV – Não se considera coação
4.1 - Temor Reverencial (respeito)
Paterno
Religioso4.2 - Ameaça de um exercício regular de um direito Abuso é um ato ilícito
Coação de Terceiro
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
Exemplo: Astuto coage Lerdo para realizar NJ com Esperto. Coator Coacto/paciente/coagido
sabe ou Anulação
1. Lerdo Responde por perda e danos solidariamente
Não sabe ou
2. Lerdo Subsistência Lerdo responde pelo prejuízo
Nem deveria
25/10/2010 Vício Social – prejudicar terceiro
Vícios do Consentimento:
LESÃO
Está dentro da Vontade que não está livre e nem desembaraçada
I - Conceito
Ë o prejuízo resultante da desproporção existente entre a prestação ou prestação de um determinado negócio jurídico em razão da inexperiência ou da necessidade econômica de um dos declarante.
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores
vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido
suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
II – Histórico
Exemplo: Os Coronéis do Café ao contratar a mão de obra dos italianos, o pagamento era feito através de mercadoria fornecida pelo comércio do próprio Coronel. Assim estabeleceu-se o primeiro processo lesivo=trabalho escravo
III - Elementos
Conjunto de fatores que deverão ser alegados pelo autor e analisados pelo juiz.
A) OBJETIVO => Desproporção (CDC) Desproporção Necessidade ou Inexperiênci a
(Material)
B) SUBJETIVO => Necessidade ou Inexperiência (CC) (Pessoal)
Necessidade:
Ë diferente de miserabilidade O contrato não pode ser evitado Em situação normal não contrataria
Inexperiência:
Diferente de falta de conhecimento Não tem a prática necessária
IV - Requisitos
A) Admissível somente nos negócios jurídicos - NJ Comutativos (Reciprocidade de prestação e contraprestação)
B) Verifica-se a lesão no momento da conclusão, da assinatura do NJ; Nunca posteriormente. Nasce com o NJ - Há um problema de validade;
Art. 157, § 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico
.
Onerosidade Excessiva – nasce na execução do NJ - Fato superveniente – causa resolução do contratoArt. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
C) Desproporção Deve Ser considerável Não pode ser qualquer desproporção
DOLO DE APROVEITAMENTO
Ë a consciência que a parte beneficiada tem da premente necessidade ou inexperiência da parte lesada.
Não é necessário o dolo de aproveitamento para configuração da lesão.
O NJ pode ser anulado
Exemplo: Se A contrata com B que se encontra em premente necessidade.
O NJ será nulo mesmo que A desconheça a situação de B
O NJ será nulo mesmo que A conheça a situação de B (Dolo de
ESTADO DE PERIGO
É a projeção do Estado de Necessidade no D. Civil
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
Estado de Necessidade próprio ou de 3s. ( família ou pessoa próxima
análise do grau de afetividade que a pessoa tem com o prejudicado.)
-Dolo de aproveitamento.
I - Conceito:
Configuram-se quando o agente, diante de situação de perigo conhecido pela outra parte, emite declaração de vontade para salvaguardar direito seu, ou de pessoa próxima, assumindo obrigação excessivamente onerosa.
II - Requisitos
A. Objetivo - Obrigação Excessivamente onerosa B. Subjetivo - Dolo de Aproveitamento
É a ciência da situação de perigo pela parte beneficiada - é o fato de saber que o sujeito precisa contratar para evitar o dano físico
Estado de Perigo
Vs.
Coação
O Sujeito aproveita-se da Violência Psicológica irresistível Fragilidade do outro Incute o temor
Estado de Perigo
Vs.
Lesão
Dolo de aproveitamento; Necessidade Econômica;
Dano Físico Potencial; O sujeito pode ou não saber da necessidade
O sujeito sabe da necessidade; ou inexperiência;
Simulação
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do
08/11/10
Fraude Contra Credores
Conceito: consiste no ato de alienação ou oneração de bens assim como de remissão de dívida praticado pelo devedor insolvente ou a beira da insolvência, com propósito pré existente de prejudicar, em virtude da diminuição experimentada pelo seu patrimônio.
Elementos:
a) Consilium fraudis => Conluio fraudulento b) Eventus donni
Ação Pauliana revocatória
Ë uma ação de conhecimento que visa revogar o negócio jurídico fraudulento.
Pólo Passivo = devedor ( e o terceiro) Pólo Ativo = credor
Obs: Basta que haja a insolvência para lapidar o patrimônio, que se verifica a fraude, não precisa estar sendo precisado, ou executado para existir fraude.
Fraude de execução - basta que haja um processo de conhecimento e iniciar a dilapidação do patrimônio.
Simulação
a) Único que a Único que a nulidade é absoluta
Conceito: O negócio forma-se a partir de uma declaração de vontade emitida para não gerar efeitos jurídicos. Cria-se uma situação jurídica não rela, lesiva de interesse de terceiro por meio de prática de ato jurídico aparentemente perfeito embora substancialmente ineficaz.
é uma declaração enganosa de uma vontade para prejudicar um terceiro.Simulação Relativa:
Conceito: Cria um efeito jurídico diverso do demonstrado, com o propósito de encobri ato de natureza diversa, cujos efeitos são vedados pela lei. Exemplo: doar um carro para amante, fingindo tê-lo vendido.
Nos vícios sociais o erro não está entre as partes, mas sim, na intenção de prejudicar terceiro.
Simulação Inocente
Ë uma declaração de vontade, que mesmo irreal não traz prejuízo para terceiros, portanto, não é caso de nulidade do NJ.
PLANO DA EFICÁCIA (Elementos Acidentais)
2) Condição:
Evento futuro e incerto, art. 121 CC.
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
Exemplo: Empresto-te me AP enquanto você estiver estudando.
Classificação
a) Quanto a Atuação a1) Suspensiva
Impedirá a produção de qualquer efeito até que se realize o evento a que se subordinou a eficácia negocial.
Antes da concretização do evento, não há direito, apenas expectativa de direito.
Exemplo: dou-te um carro se você passar no vestibular.
a2) Resolutiva (art. 128 CC)
direito a que ela se opõe. Após cessar o direito, a condição termina.
Exemplo: você pode morar no AP até passar num concurso.
b) Quanto a Licitude b1) Lícitos
Uma condição que não contrarie a lei b2) Ilícitos
Puramente potestativos
Exemplo: te dou $20 mil se você se casar com João
c) Quanto a Possibilidade c1) Possíveis
c2) impossíveis: São aqueles que o homem não pode cumprir.
Exemplo: Dou-te a lua se você
Haverá invalidação do NJ se for suspensivo.
Na condição resolutiva, causa a inexistência da condição.
Exemplo: Você mora no meu AP até o mar chegar ao sertão. (tempo
indeterminado, pois a condição não existe)
Condição fisicamente impossível. Ë a condição que não poderá ser atendida por qualquer ser humano.
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas; II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;
III - as condições incompreensíveis ou contraditórias. d) Quanto à Fonte
De onde deriva a condiç ão. d1) Causal = depende do caso
Exemplo: Algo que dependa de um fenômeno natural
d2) Mista= depende da vontade de uma das partes, mas um elemento externo. (depende da vontade do outra parte)
Termo
I - Conceito: É o dia em que se inicia ou se extingue a eficácia de um NJ.
Exemplo: Assina contrato de locação
01/12/2010 30/11/2011
Termo Inicial Termo final
Futuridade II - Elementos
Certeza O evento é futuro e certo.
III - Classificação
a) Termo Certo: é quando a data está pré-estabelecida. b) Termo Incerto: Quando a data não está pré-estabelecida
Exemplo: a Morte (TERMO) é certa.
Quando irá ocorre? incerto
Exemplo: Assina contrato de locação
Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
Prazo
01/12/2010 30/11/2011
Termo Inicial Termo final
Modo ou Encargo
I - Conceito: É a restrição imposta ao beneficiário de uma liberalidade. Trate-se de ônus que diminui a extensão desta liberalidade
Exemplo: vc recebe doação e em contrapartida vc deve praticar algum ato.
Exemplo: Quando vc se formar vou doar esse imóvel, com o encargo
ELE NÃO POSSUI EFICÁCIA SUSPENSIVA
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
PROVA:
Invalidade do NJ
Nulidade absoluta/ relativa Medidas sanatórias
Defeitos do NJ
Erro tem que ser só substancial Elementos acidentais
- condição -Termo Encargo
Revisão
Elementos Elementos Essenciais Acidentais Existência Validade Eficácia
Termo Condição Encargo
Produção de efeitos
Condição Suspensiva: são inválidos os NJ quando a condição impossível
Condição Resolutiva Impossível: o NJ permanece válido, mas a condição é invalidada
A condição impossível, quando suspensiva, produz a invalidação do NJ (mera expectativa de direito)
A condição impossível, quando resolutiva, será tida por inexistente a própria condição, mas o NJ é válido
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados: I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita; III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.