1) Classificações dos exantemas
• Exantema maculopapular: manifestação cutânea mais comum nas doenças infecciosas sistêmicas o Morbiliforme: pequenas máculo-pápulas eritematosas, avermelhadas, podendo se confluir,
permeadas por pele sã.
o Escarlatiniforme: eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução de continuidade, poupa a região perioral, aspecto de lixa
o Rubeoliforme: morbiliforme com pápulas menores e cocloração rósea o Urticariforme: erupção papuloeritematosa de contornos irregulares
• Exantema papulovesicular: presença de pápulas e de lesões elementares de conteúdo líquido, podendo ser localizado ou generalizado.
• Exantema petequial/purpúrico: alterações vasculares com ou sem distúrbios de plaquetas e de coagulação.
2) Sarampo – NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
• Ag.etiológico: Morbilivirus (“exantema morbiliforme”); transmitido por aerossóis • Quadro Clínico
o Febre > 38,5º
o Exantema maculopapular generalizado o Tosse, coriza
o Manchas de koplik (enantema esbranquiçado patognomônico na mucosa oral)
• Diagnóstico: ELISA em amostra coletada até 28 dias após início do exantema • Tratamento: sintomático, prevenção com vacina
3) Rubéola – NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
• Ag.etiológico: Rubivirus; transmitido por objetos contaminados com secreções • Curso benigno, exceto na gravidez, quando pode dar aborto, malformações... • Quadro clínico
o Exantema maculopapular e puntiforme difuso, com início na face e que progride para tronco e membros.
o Febre baixa
o Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical o Leucopenia é comum
• Diagnóstico: ELISA
• Tratamento: sintomático; prevenção com vacina 4) Escarlatina
• Ag.etiológico: Streptococcus pyogenes; transmitida por secreções respiratórios, acomete principalmente crianças de 2-10 anos de idade
• Quadro Clínico
o Concomitante ou após faringoamidalite o Febre alta
o Mal-estar
o Exantema eritematoso escarlatiforme (lixa) o Palidez periumbilical (sinal de filatov)
o Linhas marcadas nas dobras de flexão (sinal de Pastia)
o Língua em framboesa
o Descamação em padrão “luvas e botas” após 01 semana
• Complicações
o Glomerulonefrite aguda
Período de infecção
- aprox 7 dias
- surgimento dos primeiros sintomas (prodrômico)
- exantema se inicia na região retro-auricular
Período toxêmico
- complicações devido a redução da resistência do hospedeiro
Período de remissão
- Redução dos sintomas e declíneo da febre
- Exantema se torna escurecido e descama
o Febre reumática aguda o Coreia de Sydenham (tardia) o Cardiopatia reumática (tardia)
• Diagnóstico: teste rápido em secreção colhida de orofaringe • Tratamento: ATB, tratar também pessoas que tiveram contato. 5) Mononucleose infecciosa (Epstein-Barr)
• Ag.etiológico: vírus Epstein-Barr; transmissão por saliva (HUMMMM); longo período de transmissibilidade (1 ano ou mais)
• Quadro Clínico: o Maioria assintomática o Febre o Linfoadenopatia o Amigdalite o Esplenomegalia
o Exantema variável e inconstante (geralmente associado ao uso de ATB)
• Diagnóstico: sorologia → IgM anti-VCA em fase aguda; IgG anti-EBNA em fase convalescente • Tratamento: não tem tratamento; orientar a não fazer contato.
6) Febre maculosa brasileira – notificação compulsória
• Ag. etiológico: bactéria do gênero Rickettsia; transmissão por carrapato infectado • Quadro clínico: início abrupto
o Febre elevada o Cefaleia
o Mialgia intensa, prostração
o Exantema maculopapular entre o 2º e 5º dia de doença, predomínio em MMII, evolução centrípeta
• Diagnóstico: identificação de anticorpos por imunofluorescência indireta (RIFI) em amostras • Tratamento: suporte + ATB
7) Exantema súbito
• Ag.etiológico: herpes tipo 6 e 7, transmitido por secreção oral, ocorre tipicamente na infância • Quadro clínico
o Febre alta (39 -40º) o Irritabilidade
• Diagnóstico: IgM e IgG para HHV-6 (ELSIA) • Tratamento: sintomático
8) Dengue – NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
• Ag. Etiológico: DENV1, DENV2, DENV3, DENV4; transmissão pelo aedes • Grupo de risco: gestantes, < 2 anos, > 65 anos e pct com comorbidades • Quadro clínico
o Febre alta (> 38º); início abrupto, dura de 2 a 7 dias
▪ Defevercência após sétimo dia → período crítico (aumento do hematócrito) o Cefaleia o Mialgia o Artralgia o Prostração o Astenia o Dor retro-orbital
o Exantema e purido cutâneo • Diagnóstico: NS1, PCR ou IgM, IgG
• Tratamento: hidratação + estadiamento da doença (A, B, C e D), evitar AAS e AINES (aumenta risco de hemorragia)
9) Chikungunya
• Ag.etiológico: alphavirus, transmitido pelo aedes • Grupo de risco: mesmo da dengue
• Quadro Clínico o Febre alta
o Artralgia intensa (extremidades – potencial para cronicidade) o Cefaleia
o Mialgia o Exantema
• Diagnósticos: detecção de antígenos virais, IgG e IgM • Tratamento
o Analgesia (paracetamol) o Suporte às descompensações o Codeina em casos refratários o Hidratação oral
10) Zika Vírus
• Ag etiológico: Zika, aedes aegypti • Grupos de risco: mesmos da dengue • Quadro clínico
o Síndrome febril (3-7 dias)
o Exantema maculopapular puriginoso
o Hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido o Artralgia
o Mialgia
o Edema periarticular o Cefaleia
• Diagnóstico: Teste rápido IgG e IgM, PCR • Tratamento: sintomático (paracetamol/dipirona) 11) Varicela
• Ag etiológico: vírus Varicela-Zóster, transmissão por aerossóis respiratórios, gotículas, saliva ou pelo contato com o líquido excretado pelas lesões cutâneas.
o A infecção determina imunidade duradoura, contudo o vírus pode se manifestar novamente em gânglios do sistema nervoso, na forma de Herpes-Zóster.
▪ Ocorre anos após a exposição viral, surgindo vesículas agrupadas sobre base eritematosa, associada a sensação de dor, queimação e aumento da sensibilidade local, geralmente ocupando 1 ou + dermátomos.
• Quadro Clínico o Febre o Cefaleia o Astenia
o Irritabilidade e rash cutâneo, puriginoso, com manchas avermelhadas que evoluem para vesículas, pústulas e crostas, sendo típico a presença de lesões em seus diversos estágios de evolução de forma concomitante.
• Complicações
o Pneumonia causada pelo próprio vírus o Infecção no SNC
• Diagnóstico: pode se detectar o vírus por PCR no líquido das vesículas ou utilizar sorologia IgM ou IgG. • Tratamento: cremes tópicos para o prurido; antialérgicos orais; cuidados de higiene para reduzir risco de
infecções cutâneas secundárias e ATB. A vacina é a principal forma de prevenção.
12) Infecção por adenovírus
• Ag.etiológico: gênero adenovírus (duh), transmissão por gotículas respiratórias
o Pico de incidência: final do inverno, primavera e início do verão; principalmente em crianças que estão em creches. A transmissibilidade é maior nos primeiros dias de infecção, sendo que as assintomáticas são extremamente frequentes.
• Quadro clínico o Febre
o Sintomas respiratórios o Otite média
o Conjuntivite
• Diagnóstico: isolamento viral (amostras de orofaringe) • Tratamento: suporte