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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA DIRECÇÃO DE PROGRAMAS ESPECIAIS

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REPÚBLICA  DE  MOÇAMBIQUE   _________  

MINISTÉRIO  DA  EDUCAÇÃO  E  CULTURA  

DIRECÇÃO  DE  PROGRAMAS  ESPECIAIS  

Relatório da auscultação através das Unidades de Género, dos Conselhos

Escolas, e Jovens raparigas sobre que mecanismo a adoptar para prevenção,

combate, denúncia e encaminhamento de casos de assédio e todo o tipo de

abuso, incluindo o abuso sexual na escola

I. Introdução

Uma das estratégias do Plano Estratégico da Educação e Cultura é terminar com o fosso de género no EP1 até 2009 e no EP2 até 2015.

Igualmente, nos níveis de ensino subsequentes ao ensino básico, consiste na redução assinalável das disparidades de género por distrito e província. Duma forma geral, as disparidades de género ocorrem em todas as classes de ensino, sendo as mais acentuadas nas classes subsequentes à 1ª classe. Em 2006 a diferença entre rapazes e raparigas na 1ª classe foi de 2% favorecendo os rapazes e foi subindo até 20% na 7ª classe, enquanto que em 2008, esta diferença na 1ª classe situou-se nos 3,6% a favor dos rapazes tendo aumentado até 12,6% na 7ª classe. Esta subida demonstra que à medida em que as alunas forem crescendo tendem a desistir, em contrapartida, as classes subsequentes detêm elevada percentagem de rapazes.

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O fenómeno das desistências afecta tanto as alunas como o Estado. Por um lado, as famílias ao se acomodarem com as desistências dos suas educandas, contribuem negativamente para que as crianças do sexo feminino sejam privadas do direito de acesso aos serviços de educação.

Parte dos recursos financeiros e materiais, alocados às escolas, pelo Estado não produzem os resultados para os quais foram definidos, pois parte dos beneficiários não frequenta a escola até conclusão do nível básico, comprometendo o Plano Estratégico da Educação e Cultura e os Objectivos doDesenvolvimento do Milénio.

Factores sócio culturais têm sido tradicionalmente apontados como os maiores causadores da desigualdade no acesso à educação formal, traduzida no facto de as famílias priorizarem a educação dos rapazes em detrimento da das raparigas e na ocorrência das desistências causadas por casamentos prematuros ou gravidez indesejada, estando aliados ao abuso sexual.

Nos últimos anos, relatórios e estudos nacionais e internacionais, apontam a escola como centro do assédio e abuso sexual, drama social que afecta a sociedade moçambicana.

Neste contexto, realizou-se de Setembro a Outubro de 2008 nas Províncias de Nampula, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo, visitas de auscultação às Comunidades e jovens sobre os constrangimentos da presença da rapariga na escola.

II - AS DISC USSÕ ES I T V E R A M C O M O O BJE C T I V O

Interagir com as comunidades através dos pais, encarregados de educação, membros dos Conselhos de Escolas e estudantes sobre que mecanismo a adoptar para prevenção, combate, denúncia e encaminhamento de casos de assédio e todo o tipo de abuso, incluindo o abuso sexual na escola;

1- Sistematizar a informação colhida que possibilitará à DIPE na elaboração dos instrumentos de prevenção, combate e encaminhamento de casos de assédio e todo o tipo de abuso, incluindo o abuso sexual na escola.

I II. Metodologia de T rabalho

A Direcção de Programas Especiais (DIPE) realizou discussões com grupos focais para explorar opiniões sobre que mecanismos a adoptar para a prevenção, denúncia e encaminhamento de casos de abuso, incluindo o abuso sexual no sector da educação.

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Foram envolvidos nas discussões, um total de 1321 participantes, destes 948 foram estudantes dos quais 569 foram raparigas, 325 membros de conselhos de escola e 48 membros das unidades de género.

As discussões foram realizadas em grupos compostos por cerca de 20 participantes em cada uma das sessões de debates que incluiam os membros das unidades de género provinciais e distritais, membros de conselhos de escola e jovens estudantes.

Os técnicos do MEC trabalharam nas regiões Sul, Centro e Norte nas províncias e distritos conforme abaixo se indica:

1- Nampula: Nacaroa e Meconta 2- Sofala: Maringue, Caia

3- Inhambane: Inhassoro, Vilanculos e Mabote

4- Gaza: Manjacaze, Chokwé, Bilene e Cidade de Xai-Xai

5- Província de Maputo: Manhiça, Matutuine, Magude e Namaacha

As províncias seleccionadas não possuem apoios de parceiros na área de promoção do género e retenção da rapariga na escola. No que diz respeito a Província de Sofala, Marínguè e Caia fazem parte do conjunto dos 22 Distritos com maior fosso de género (em que a presença da rapariga está abaixo de 45%).

As constatações mencionadas neste relatório possibilitarão ao MEC no desenvolvimento de instrumentos para a prevenção e combate a violência e todas as formas de abuso, assim como produzir recomendações as quais contribuirão para advocar, com os parceiros, para uma adequada resposta a esta problemática que afecta não só o sector de educação e cultura mas também outros sectores e a sociedade em geral.

Estes resultados serão usados, como instrumentos de trabalho para audiência interna e externa. Internamente no MEC, os resultados e recomendações serão partilhados com todas as direcções através de mecanismos já estabelecidos com vista a definição de melhores estratégias de acção conjunta.

Externamente, estes resultados serão partilhados com os doadores, parceiros governamentais e não governamentais como meio de advocacia para implementação de actividades coordenadas, harmonizadas e complementadas.

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Nas discussôes em grupos focais duas questões principais foram objecto de debate, nomeadamente:

x Existência ou não de assedio e todo tipo abuso incluindo a sexual nas nas escolas; x Que medidas a adoptar para prevenção e combate.

I V. Resumo das Constatações

Direcções Provinciais de Educação e Cultura (DPE C,s)

Resumindo, das discussôes realizadas ao nível provincial foram avançadas as seguintes considerações:

1. Nas discussões havidas com os membros das Unidades de Género (UGs), 70% dos membros constataram que, infelizmente, ainda existem alguns professores que, usando a capa de professores, assediam e abusam sexualmente das alunas.

2. 65% membros das UG,s enfatizaram que ³professores que assediam e abusam sexualmente as alunas não deveriam ser considerados professores, pois professor é educador´Neste caso, deveria se aplicar medidas severas como expulsão.

3. 60% membros das UGs realçaram que há casos de relacionamento entre professores e alunas e que resultam em gravidez precoce, apeasr de não se ter efectuado ainda um leventamento em cada uma das províncias para se saber quantas raparigas se encontram nesta situação, nâo se podendo assim salientar dados numéricos.

4. 95% de participantes salientaram que deveremos concentrar a nossa atenção criando medidas de prevenção na escola mas também criar mecanismos de ligação com a comunidade porque a maioria de casos de gravidez das alunas é derivada de abuso sexual perpetrado também por alguns alunos, funcionários de outros sectores do Estado e elementos da comunidades.

5. Outro facto mencionado por 70% membros das UGs é a prática cultural de compromisso assumido pelos pais de nascituro de sexo feminino   com   um   homem   nos   termos   do   qual    

aqueles entregam a menina logo que atingir a menarca ao pretendente, prática esta que constitui uma violência e abuso da criança, que interrompe os estudo, para estar no lar conjugal. Reforçando assim a idea de necessidade de um trabalho aturado ao nível da comunidade.

6. Em Inhambane foi apresentado o caso de 2 professores que foram expulsos do aparelho de Estado, em 2008 por terem engravidado 3 alunas e na província de Maputo província 3

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professores foram suspensos e estão a responder em um processos disciplinares pelo mesmo assunto.

7. 75% dos membros das UGs consideram que a questão do assédio e abuso sexual de alunas por parte dos professores ainda é tabu, nas visitas de supervisão não se fala deste assunto.

V - Quanto as medidas de preveção e combate, os membros das U Gs

sugeriram as seguintes propostas:

1- Os membros das UG deveriam deveriam organizar sessões periódicas de sensibilização expecíficas sobre esta problemática a todos os níveis nas DPEC, SDEJT, escolas (com grupos separados, de directores de escola, professores, funcionários, alunos e membros de conselhos de escola). Segundo os membros das UGs há uma necessidade urgente de se incluir esse assunto no topo da agenda das UGs ecom vista a quebrar o silêncio e falar-se abertamente sobre o assunto;

2- O conteúdo do despacho 39/GM/2005 de 5 de Dezembro deveria ser partilhado e conhecido por todos os intervenientes do sistema de educação e para o melhor conhecimento deveria ser discutido não só com os directores, professores, funcionários e conselhos de escola mas também com os alunos, pois os alunos deverão saber que um professor que assedia uma aluna está sugeito a uma medida disciplinar;

3- As UGs deverão ter no seu plano de actividades indicadores claros que os possibilitem monitorar e reportar casos de assêdio e abuso sexual perpectuados na escola;

4- As UGs deveriam realizar um levantamento com vista a se ter uma base de dados sobre a problemática do assêdio e abuso incluindo a sexual nas escolas que permitirá a definição de estratégias com o conhecimento de causa nos diferentes locais

5- Nas reuniões nacionais anuais das UG deveriam discutir estratégias de prevençâo e combate ao abuso incluindo a sexual nas escolas;

VI  -­‐  Serviços  Distritais  de  Educação  Juventude  e  Tecnologia  (SDEJT)  

Ao longo das discussões com as coordenadoras distritais de género foi constatado o seguinte:

 

1- 65% das coordenadoras de género realçaram que um dos desafio é a redução de número de alunas que se engravidam na escola e acabar com o assédio perpetrado pelos professores e colegas da escola.

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2- 90% das coordenadoras de género afirmaram que os autores das gravidezes não são somente os professores mas também alunos e outros elementos da comunidade mas, que não possuem dados concretos de quantas alunas se envolveram com professores;

3- As coordenadoras de género afirmaram que o conhecimento que elas têem sobre os casos de assêdio e abuso sexual nas escolas não é por via formal. Fala-se de casos mas nunca se discutiu o assunto formalmente ao nível da escola;

4- 55% das coordenadoras consideram a questão um desafio porque os caso de alunas que sâo engravidadas por professores não são denunciados pelos pais por medo de represálias, pois os professores sâo chamados a pagar uma multa e o assunto é encerrado;

V II - Quanto as medidas de preveção e combate, as coordenadoras distritais

de género sugeriram as seguintes propostas:

1- As coordenadoras de género distritais sâo de opinião de que é necessário fazer um trabalho conjunto com as DPEC no sentido de se harmonizar um plano de acção coordenado e que seja partilhado com parceiros que trabalham nos distritos, e que as acções de prevenção e todo o tipo de abuso nas escolas seja liderado pela educação a todos os níveis.

2- As coordenadoras afirmaram também que a DPEC deverá providenciar o despacho 39/GM/2005 as todas as coordenadoras de género distritais e que sejam criadas as condições para que todas as escolas também tenham o referido despacho e que as coordenadoras de género irâo periodicamente organizar sessôes de estudo e avaliar o nível de cumprimento ao nível de escola; 3- As coordenadoras de género insentivar e orientar a escola na organização de sessões de dabates com os alunos sobre a violência, abuso incluindo o abuso sexual nas escolas

4- As coordenadoras de género distritais em coordenação com a escola criar mecanismos de monitoreo periódico e documentar os casos de abuso incluindo a sexual que forem reportados;

V III - Conselho de Escola (C E)

1. Em relação a existência ou não do assedio e abuso sexual, os membros dos CE afirmaram que nos anos passados existiram casos de assedio e abuso sexual perpetrado por alguns professores mas que actualmente tendem a reduzir pelo trabalho que está sendo realizado pelo Ministério em coordenação com os CE e lideres comunitários principalmente na aplicação do despacho 39/GM/2005 de 5 de Dezembro.

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2. Sobre o mesmo assunto foi ainda referido que grande número das meninas são abusadas sexualmente pelos seus colegas e outros membros da comunidade resultando o acto em gravidez indesejada.

Foi apontado como estando por detrás do assedio e abuso sexual:

x A falta de centro internato para albergar os alunos das ESG1 que vem das localidades fora das sedes. esta situação obriga estes a construir palhotas onde vivem sem controlo e protecção dos adultos tornando a rapariga vulnerável ao abuso sexual pelos seus colegas e elementos da comunidade.

x O facto destes alunos dependerem das famílias para a sua alimentação muitas vezes os produtos acabam em pleno período de aulas sendo obrigados a regressar a casa a busca de alimentos faltando as aulas, ou envolvendo sexualmente como forma de auto sustento. x A proliferação dos vídeos não educativos e que não toma em conta a idade dos seus

utentes também foi considerado como um dos factores que desorienta os jovens contrariando muitas vezes regras familiares e escolares.

x No Distrito de Caia, regista-se maior índice de abuso sexual e gravidez indesejada pelo facto de ser corredor e de haver maior concentração de operários por causa da construção da ponte sobre o rio Zambeze e da Linha de Sena e de Camionistas que atravessam duma margem para a outra;

I X - Quanto as medidas de preveção e combate, os membros das C E

sugeriram as seguintes propostas:

x Aos professores sãos lhes instaurados processo disciplinar;

x Quando o autor do assedio ou abuso sexual for aluno, os pais deste são obrigados a pagar uma multa aos pais da vítima e a casar com a rapariga abusada.

x No caso em que o prevaricador é um elemento da comunidade as medidas aplicadas são as mesmas que a dos alunos.

x No caso em que o abuso resulta em gravidez, a vítima passa para o curso nocturno. x Para o caso de escolas onde não existe curso nocturno, o conselho de escola delibera a

continuação desta no curso diurno.

x Envolver os líderes comunitários na resolução dos casos de abuso cujo os autores são membros da comunidade.

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x Assegurar o cumprimento das penas pelos infractores para servir de exemplo aos que pensam praticar o mesmo acto.

x Sensibilizar os pais com vista ao melhor acompanhamento dos filhos.

x As estruturas administrativas, judiciais e autoridades policiais devem garantir a observância e aplicação da lei de interdição de acesso de menores aos clubes nocturnos e da lei da protecção da criança.

   

 X  -­‐  

Encontro  com  os  adolescentes  e  jovens  

Os/as que participaram nos encontros foram seleccionados em diversas turmas da 4ª, 5ª, 6ª e 7ª classes tomando

 

em consideração que nas zonas rurais temos alunos/nas crescidos nestas classes mas o que pesava mais para a participação era a idade. Só poderia participar nestes encontros os alunos que tivessem 16 anos e alunas com 14 anos ou mais.

XI  -­‐  Em  relação  ao  assédio  e  abuso  sexual,  as  alunas  apresentaram  as  seguintes  

questões:  

x 70% de alunas afirmaram que alguns professores condicionam a passagem de classe com a relação sexual;

x 50% de alunas afirmaram que não são só professores que abusam sexualmente as alunas existem também alunos que abusam sexualmente as colegas;

x 65% de alunas afirmaram também que há professores que namoram com professoras e com as alunas também e isso cria um mau ambiente na escola entre professoras e alunas porque partilham o mesmo pretendente;

x 85% de alunas afirmaram que o assêdio e abuso sexual acontece também na comunidade, há homens adultos que assediam e abusam sexualmente as alunas;

x Não conhecimento do que é o assédio e abuso sexual pode ser punido por lei por parte das vítimas e dos encarregados de educação;

x 75% afirmaram que muitas escolas não oferecem segurança para evitar o abuso sexual porque muitas vezes o acto é perpectuado com o conhecimento de todos na escola e ninguém toma medidas;

x As alunas não sabem a quem se dirigir na escola para denunciar casos de assêdio e abuso sexual;

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x Direcções de escola que não são receptivas a denúncias de casos de assédio e abuso sexual por parte das alunas, razão pela qual estas temem denunciar os professores que aliciam as   alunas.  

x Falta de habilidade de comunicação por parte de muitas raparigas não podendo se defender do assedio e abuso sexual e ou exigir sexo seguro quer dos seus professores quer dos seus colegas ou outros fora de escola;

X II - Quanto as medidas de preveção e combate, os membros das Jovens

estudantes sugeriram as seguintes propostas:

x Abertura dos centros internatos para garantir protecção e privacidade das alunas provenientes de zonas distantes e sem acomodação adequada ;

x Providenciar bolsas de estudo, para os alunos/as de famílias de muita baixa renda, principalmente para as raparigas;

x Desenvolver programas que criem habilidades de comunicação aos alunos, principalmente para as raparigas para que saibam dizer não ao abuso e, no caso de uma relação sexual, saber negociar a prática de sexo seguro;

x Nas reuniôes de turma os directores deverâo procurar debater assuntos que afectam a vida dos alunos incluindo a quetâo da violência, abuso incluindo o abuso sexual com vista a quebrar-se o silêncio e encorajar os alunos a denunciar os casos existentes;

x Nas escolas deveria haver um mecanismo onde os alunos possam fazer denúncia de casos de violência e abuso sexual;

x Deveria haver um livro de reclamações nas escolas para o caso de alunos que temessem denunciar verbalmente casos de violência e abuso incluindo a sexual;

x Nas reuniôes com os encarregados de educaçâo deveria se incluir na agenda a questão de violência e abuso sexual para que se crie um ambiente favorável para se falar do assunto e enfatizar a questâo da necessidade de denúncia;

 

X II - Conclusão

Ao debruçar sobre os casos de assédio e abuso sexual na escola não foram apresentados casos concretos ou evidências de assédio e abuso sexual , em virtude da falta de clareza sobre os conceitos de assédio e abuso sexual, salvo os casos em que o abuso sexual resulta em gravidez. O desconhecimento destes conceitos leva os pais a não dar ouvidos às suas filhas quando apresentam casos de assédio e tentativa de abuso sexual.

Por outro lado, as poucas pessoas informadas sobre estes conceitos não os divulgam pelo mito que ainda reina nas comunidades sobre o abuso sexual.

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A falta de instrumento legal que penaliza os casos de assédio e abuso sexual, faz com que a pena dos perpetradores não professores fique reduzida ao simples pagamento de uma multa, que só beneficia aos pais e não recompensa em nenhum momento, os danos criados a vítima.

Para os casos em que as autoridades policiais queiram dar andamento ao caso do abuso sexual, os pais propõe a retirada do processo considerando assunto a ser resolvido entre famílias.

 

XIV  -­‐  Recomendações:  

 

I. ESC O L A

1. As escolas devem promover a implementação de actividades extracurriculares que permitirão o desenvolver habilidades de comunicação nos alunos para saberem dizer não ao assédio e abuso sexual;

2- As escolas devem criar um abiente favorável na escola para que haja um debate ambrangente sobre as questôes de violência, abuso incluindo a sexual,

3- As escolas devem organizar sessôes para partilha de informaçâo contida no despacho 39/2005 com os funcionários, professores, alunos e conselhos de escola;

4- As escolas devem criar mecanismos de denúncia de casos de violência e abuso incluindo a sexual nas escolas,

5- As escolas devem ter dados de casos denunciados de abuso sexual e de casos que resultaram gravidez precose,

 

II.  SDEJT    

 

1. Os SDEJT devem se apoiar nos Conselhos de Escolas na sensibilização dos pais para mudança de comportamento e atitude em relação ao casamento das suas filhas bem como a sua participação na escola;

2. Os SDEJT devem criar um mecanismo que permita a denúncia e encaminhamento de caso de assédio se este for perpetrado por aquele que por inerencia de Funções deveria decidir pela instauração do processo disciplinar (Director da Escola).

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1. DPEC e devem trabalhar de forma a reforçar a capacidade institucional para melhor protecção da rapariga no Sistema de ensino;

2. Devem identificar e criar parcerias com vista a implementação de actividades complementares e coordenadas para a prevenção de violência e todo o tipo de abuso incluindo a sexual nas escolas;

3. Definir indicadores específicos de monitoria e avaliação de casos de violência, abuso incluindo a sexual;

4. Garantir o levantamento e manter um banco de dados de casos reportados e partilhar nos encontros nacionais das UG

IV.  MEC  

 

1. Coordenar com a DRH Área de Formação, sobre a introdução de matérias sobre cidadania, ética e deontologia profissional, no currículo de formação de professores para sanar problemas de relacionamento que estes, por serem jovens apresentam no terreno;

2. Organizar uma capacitação para todos os membros das unidades de género das Províncias e distritos, para tratar de assuntos sobre género, assédio e abuso sexual;

3. Preparar uma campanha que sensibilize o ingresso, permanência e desempenho da rapariga na escola, em coordenação com os parceiros,;

4. Avaliar, através dos estudos desenvolvidos no pais, dos relatórios do sector, as causas dos abusos incluindo assedio e abuso sexual nas instituições de ensino, públicas, privadas e IFP,s;

5. Rever a legislação actual vigente no sector de educação e cultura que previne e combate os abusos e violência nas escolas, incluindo o assédio e abuso sexual, em especial o despacho 39/GM/2003de 5 de Dezembro;

6. Elaborar novos instrumentos abrangentes que: protejam os alunos e alunas de das escolas e os formandos e formandas dos IFP,s de todas as formas de abuso e violência, incluindo a sexual e penalizar os perpetradores no sector da educação e cultura a todos os níveis;

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7. Propor mecanismos de denúncia e seguimento de casos de abuso e violência que envolvem alunos e alunas , professores e professoras e outros trabalhadores do sector de educação e cultura;

8. Propor mecanismos para os casos que envolvem alunos e alunas com pessoas não trabalhadoras do sector de educação e cultura;

9. Propor mecanismos que assegurem a protecção das vítimas e denunciantes, garantindo a continuação dos estudos das vítimas;

10. Propor mecanismos que responsabilizem os pais, encarregados de educação e dirigentes das instituições que encobrem os casos de abuso em troca de benefícios destes ou por questões de amizade;

11. Propor mecanismos simples de divulgação sistemática dos instrumentos elaborados nas instituições públicas, privadas, IFP,s e Conselhos de Escola.

12. A DIPE/ Departamento de Saúde Escolar e HIV/SIDA, deve criar condições para a integração das professoras que coordenam o núcleo de género, nas acções de formação sobre programas de habilidades para a vida;

13. Apoiar na definição de indicadores a todos os níveis (MEC/DPEC/SDEJT/ESCOLAS) para a monitoria e avaliação das questões de violência, abuso, incluindo o abuso sexual;

14. Desenvolver um esboço de um plano operacional a ser analisado pelos pontos focais de género e parceiros com vista a sua finalização;

15. De linear estratégias de coordenação a todos os níveis.

16. Necessidade de capacitar as unidades de género e membros de CE para discutir assuntos de género, abuso e assédio sexual uma vez que eles carecem de um conhecimento profundo sobre estas matérias.

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