• Nenhum resultado encontrado

LEVANTAMENTO QUALITATIVO-QUANTITATIVO DE INDIVÍDUOS ARBÓREOS PRESENTES EM CALÇADA E QUE FORAM SUPRIMIDOS NO MUNICÍPIO DE SALTO - SP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "LEVANTAMENTO QUALITATIVO-QUANTITATIVO DE INDIVÍDUOS ARBÓREOS PRESENTES EM CALÇADA E QUE FORAM SUPRIMIDOS NO MUNICÍPIO DE SALTO - SP"

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

LEVANTAMENTO QUALITATIVO-QUANTITATIVO

DE INDIVÍDUOS ARBÓREOS PRESENTES EM CALÇADA E QUE FORAM

SUPRIMIDOS NO MUNICÍPIO DE SALTO - SP

QUALITATIVE-QUANTITATIVE SURVEY OF ARBOREAL INDIVIDUALS PRESENTIN SUPPRESSED SIDEWALK IN THE CITY OF SALTO - SP ESTUDIO CUALITATIVO-CUANTITATIVO DE INDIVIDUOS ARBÓREOS

PRESENTES EN LA ACERA Y QUE FUERON ELIMINADOS EN EL MUNICIPIO DE SALTO - SP

Felipe Leonardo Barrios

Especialista em Gestão Ambiental, assessor de Agricultura na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo da Prefeitura da Estância Turística de Salto. Engenheiro Agrônomo graduado pela Universidade Federal de Viçosa, especialista em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário Internacional UNINTER. E-mail: flbarrios@uol.com.br

Rafael Lopes Ferreira

Possui graduação em Tecnologia em Gestão Ambiental - Faculdades Integradas Camões (2008), Especialista em Biotecnologia - Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2010). Atualmente é professor orientador de TCC do Centro Universitário Internacional Uninter. Tem experiência na área de Controle de Vetores e Roedores; APICULTURA - MELIPONICULTURA.

rafa.gestor_amb@hotmail.com

RESUMO

O tema arborização urbana no Brasil é relativamente recente, e deve haver um envolvimento maior por parte do Poder Público e da sociedade civil, no qual cada um deve cumprir seu papel. A salubridade ambiental proporcionada pela vegetação urbana ocorre devido sua função ecológica e influência direta sobre o bem estar humano. Este trabalho tem por objetivo apresentar um levantamento qualitativo-quantitativo dos indivíduos arbóreos presentes em calçadas e que foram suprimidos no município de Salto no ano de 2012, avaliando os aspectos que implicaram na necessidade de supressão. Do total de solicitações para supressão de indivíduos arbóreos em calçada no período avaliado verificou-se a autorização para supressão de 63 deles, dentro do total de 157 indivíduos arbóreos vistoriados. O dano estrutural foi a justificativa técnica para a maior parte das supressões de árvores executadas no município e o Ficus (Ficus benjamina) foi a espécie arbórea mais problemática, visto que a mesma não é adequada para utilização na arborização urbana.

Palavras-chave: Arborização. Supressão. Ficus benjamina. Dano estrutural ABSTRACT

The theme of urban forestry in Brazil is relatively recent and should be an involvement by the government and civil society, where everyone fulfills their role. The environmental health provided by

(2)

urban vegetation occurs due their ecological function and direct influence on human well-being. This work aims to present a qualitative and quantitative survey of arboreal individuals present in sidewalks that were suppressed in the city of Salto in 2012, evaluating the aspects that resulted in the need for suppression. From total requests for suppression of individual trees on the sidewalk during the evaluation period was found the permission to suppress of 63 of them, within the total of 157 trees surveyed. The structural damage was the technical justification for most of deletions of trees executed in the municipality and the Ficus (Ficus benjamina) tree species was the most problematic, since it is not suitable for use in urban forestry.

Keywords: Afforestation. Suppression. Ficus benjamina. Structural damage

RESUMEN

El tema forestación urbana en Brasil es relativamente reciente, y tiene que haber una mayor participación por parte de las autoridades públicas y de la sociedad civil, en la que cada uno debe cumplir su función. La salud ambiental proporcionada por la vegetación urbana se produce debido a su función ecológica y directa influencia en el bienestar del ser humano. Este trabajo tiene por objetivo presentar un estudio cualitativo y cuantitativo de los individuos arbóreos presentes en las aceras y que fueron eliminados en el municipio de Salto en el año de 2012, evaluando los aspectos que dieron lugar a la necesidad de eliminación. Del número total de solicitudes de eliminación de árboles individuales en la acera en el período evaluado se encontró la autorización para la extracción de 63 de ellos, dentro del total de 157 individuos arbóreos inspeccionados. El daño estructural fue la justificación técnica de la mayor parte de las eliminaciones de los árboles en el municipio y el Ficus (Ficus benjamina) fue la especie de árbol más problemático, ya que no es adecuado para uso en forestación urbana.

Palabras-clave: Forestación. Eliminación. Ficus benjamina. Daño estructural

1.Introdução

O tema arborização urbana no Brasil é relativamente recente e deve haver um envolvimento por parte do Poder Público e da sociedade civil no qual cada um cumpra seu papel. Em cidades onde há o planejamento da arborização urbana, tem-se a preocupação de se obter um ambiente urbano diversificado com relação às espécies utilizadas, homogêneo e que esteja envolvido com a paisagem ao redor (DE MELO et al., 2007).

A arborização urbana pode ser entendida como o conjunto de terras, de domínio público ou privado, com vegetação predominantemente arbórea apresentada por uma cidade, ou também, um conjunto de vegetação arbórea, seja ela natural ou cultivada, encontrada nas cidades em áreas particulares, praças, parques e outras áreas verdes públicas (DE MELO et al., 2007).

(3)

A salubridade ambiental proporcionada pela vegetação urbana ocorre devido sua função ecológica e influência direta sobre o bem estar humano. A arborização urbana proporciona uma melhora na condição ambiental das cidades devido ao sombreamento produzido em praças, ruas e demais áreas verdes. Ela também diminui ruídos minimizando a poluição sonora, melhorando a qualidade do ar pela fotossíntese que aumenta a concentração de oxigênio no ar e diminui o gás carbônico; aumenta a umidade do ar devido a evapotranspiração e ameniza a temperatura, contribuindo desta forma para a redução do aquecimento global. Possui ainda importância no aspecto paisagístico, devido a exuberante beleza das cores produzidas pelos indivíduos arbóreos (BATISTEL et al., 2009).

Sendo assim, ter um planejamento para a arborização torna-se indispensável ao desenvolvimento urbano (BATISTEL et al., 2009). Todavia, na maior parte das cidades brasileiras é observado, historicamente, o descaso da arborização urbana no planejamento e elaboração dos planos diretores das mesmas, onde o citado tema é apresentado de maneira meramente ornamental e sem qualquer função ambiental de relevância, sendo, desta forma, imprescindível realizar estudos na área (BATISTEL et al., 2009).

Este trabalho tem por objetivo apresentar um levantamento qualitativo-quantitativo dos indivíduos arbóreos utilizados na arborização urbana do município de Salto, interior do Estado de São Paulo, que foram suprimidos no ano de 2012, analisando os principais aspectos que implicaram na necessidade de supressão deles. Tal objetivo se justifica devido ao município encontrar-se deficiente em relação ao planejamento de sua arborização urbana. Torna-se necessária a identificação e análise dos aspectos mais críticos e que demandam maior atenção por parte do Poder Público em relação ao tema em questão, podendo auxiliar na elaboração de projetos de arborização futuros dentro do planejamento urbano municipal.

2. Trabalho de campo 2.1 Área de Estudo

A área de estudo foi o município de Salto (Figura 1), localizado a 111 km de São Paulo (Fonte: Google Mapas, 2013). Possui uma população em torno de 105.500 habitantes e ocupa uma área de cerca de 133.000 km2 (Fonte: IBGE Cidades@ - Salto 2010).

(4)

Figura 1 – Foto de satélite do município de Salto Fonte: Google Earth, 2011

2.2 Metodologia

Foram utilizadas no levantamento dos dados planilhas contendo a avaliação e laudo técnico das solicitações de supressão de árvores em áreas públicas (calçadas). As solicitações para supressão de indivíduos arbóreos presentes em calçadas são feitas por pessoas físicas ou jurídicas junto ao departamento específico da prefeitura (Atende Fácil). A avaliação e o laudo técnico são realizados pelo engenheiro agrônomo da prefeitura, sendo posteriormente encaminhados à Secretaria de Obras e Serviços Públicos, departamento responsável pela execução do que foi descrito em laudo.

O levantamento citado foi realizado com base nos dados colhidos no período de janeiro a dezembro de 2012. Nas avaliações e laudos técnicos são levados em consideração os seguintes aspectos: fitossanidade, dano estrutural, risco iminente de queda e obras. O primeiro aspecto (fitossanidade) diz respeito a saúde das árvores, as quais podem sofrer com a ação danosa de pragas como coleobrocas, larvas broqueadoras, cupins e doenças

(5)

como fungos do gênero Ganoderma (PLANT CARE, 2010). O segundo aspecto (dano estrutural) diz respeito a danos causados a calçadas, redes de água, esgoto e gás devido a árvores de sistema radicular superficial ou tabular, ou a rede elétrica (CPFL ENERGIA, 2008). O terceiro aspecto (risco iminente de queda) diz respeito aos casos em que a árvore encontra-se com sua sustentação comprometida, acarretando risco de queda. O último aspecto (obras) refere-se a quando se solicita a supressão da árvore para a realização de algum tipo de construção (ampliação de garagem, portão), e não há alternativa para tal intervenção; neste aspecto específico é solicitado projeto ou croqui do local, sendo o citado documento anexado a solicitação realizada pelo mesmo junto ao Atende Fácil. Mediante a avaliação desses aspectos é emitido laudo técnico, podendo ocorrer deferimento ou não para a solicitação de supressão ou autorização para execução de poda de condução e/ou limpeza.

Além dos aspectos técnicos, o laudo do engenheiro agrônomo baseia-se na legislação municipal (SALTO, Lei n.2.171, 1999 e SALTO, Lei n.2.771, 2006), estadual (SÃO PAULO, Resolução SMA n.18, 2007) e federal (BRASIL, Resolução CONAMA n.303, 2002 e BRASIL, Lei n.12.605, 2012).

3. Resultados e Discussão

Do total de solicitações para supressão de indivíduos arbóreos em calçadas no período avaliado verificou-se a autorização para supressão de 63 deles, dentro de um total de 157 indivíduos arbóreos vistoriados (Tabela 1).

(6)

Tabela 1 Total de solicitações para supressão de árvores em calçada no município de Salto em

2012

Laudo Técnico Supressão Poda Indeferido Total de árvores vistoriadas Janeiro 3 4 2 9 Fevereiro 9 11 6 26 Março 5 2 1 8 Abril 10 6 3 19 Maio 7 6 4 17 Junho 1 3 1 5 Julho 1 4 2 7 Agosto 11 8 3 22 Setembro 6 7 1 14 Outubro 3 6 1 10 Novembro 5 2 5 13 Dezembro 2 3 2 7 Total no ano 63 62 31 157

Fonte: Planilha de dados, Secretaria de Obras e Serviços Públicos (SOSP).

Com relação as justificativas técnicas para autorização de supressão de árvores, verificou-se a maior proporção devido a dano estrutural (37) e problemas fitossanitários (15) (Tabela 2). Em percentagem, atingiram 58,73% e 23,81%, respectivamente, representando 82,54% do total das supressões realizadas no município (Tabela 3).

(7)

Tabela 2 Justificativas técnicas para autorização de supressão de árvores em calçada no município de Salto em 2012 Justificativa técnica Árvore seca/doente/praguejada Dano estrutural Risco iminente de queda Obras Janeiro 0 3 0 0 Fevereiro 2 3 0 4 Março 1 3 0 1 Abril 4 5 0 1 Maio 2 3 1 1 Junho 0 1 0 0 Julho 0 1 0 0 Agosto 4 7 0 0 Setembro 2 2 1 1 Outubro 0 3 0 0 Novembro 0 4 1 0 Dezembro 0 2 0 0 Total no ano 15 37 3 8

Fonte: Planilha de dados, Secretaria de Obras e Serviços Públicos (SOSP).

Tabela 3 Percentual de supressões de árvores em relação as justificativas técnicas Justificativa técnica Percentual (%)

Dano estrutural 58,73

Problemas fitossanitários 23,81

Obras 12,7

Risco iminente de queda 4,76

Total 100

Fonte: Planilha de dados, Secretaria de Obras e Serviços Públicos (SOSP).

Em relação as espécies, as mais suprimidas foram o Ficus (Ficus benjamina) (15), a Sibipiruna (Caelsapinia pluviosa) (13), a Aroeira-salsa (Schinus molle L.) (6), a Pata-de-vaca (Bauhinia forticata) (6) e o Chapéu-de-sol (Terminalia catappa) (6). Em percentagem, as cinco espécies citadas atingiram 23,81%, 20,64%, 9,52%, 9,52%, 9,52%, respectivamente, representando 73,01% do total de supressões realizadas no município (Tabela 4).

(8)

Tabela 4 Quantidade e percentual de supressões de árvores por espécie

Fonte: Planilha de dados, Secretaria de Obras e Serviços Públicos (SOSP).

O Ficus (Ficus benjamina) se apresentou como a espécie arbórea mais suprimida, que sozinha foi responsável pela supressão de 23,81% do total de árvores suprimidas (Tabela 4). Analisando os dados com relação às justificativas técnicas, a espécie arbórea citada representou 32,43% (12 indivíduos do total de 37 supressões devido a dano estrutural) e 20% (três indivíduos do total de 15 supressões por problemas fitossanitários) (Tabela 5). Estes números mostram parte do inconveniente que se tem com a utilização dessa espécie na arborização urbana, visto que o desenvolvimento agressivo de seu sistema radicular compromete calçadas, redes de água, esgoto e gás (CPFL ENERGIA, 2008) (Figuras 2 e 3).

Família Nome científico Nome comum

Total por espécie

Percentual (%) Moraceae Ficus benjamina Ficus 15 23,81

Fabaceae Caesalpinia pluviosa Sibipiruna 13 20,64

Anacardiaceae Schinus molle L. Aroeira-salsa

6 9,52

Fabaceae Bauhinia forticata Pata-de-vaca

6 9,52

Combretaceae Terminalia catappa Chapéu-de-sol

6 9,52

Bignoniaceae Tabebuia impetiginosa

Ipê-roxo 4 6,35

Fabaceae Delonix regia Flamboyant 3 4,76

Bignoniaceae Tabebuia serratifolia Ipê-amarelo 2 3,17 Bignoniaceae Spathodea campalunata Espatódea 2 3,17 Chrysobalanacea e

Licania tomentosa Oiti 1 1,59

Melastomaceae Tibouchina granulosa

Quaresmeir a

1 1,59

Rutaceae Myrtus spp. Murtha 1 1,59

Moraceae Artocarpus heterophyllus

Jaca 1 1,59

Proteaceae Grevillea robusta Grevilha 1 1,59

Moraceae Morus spp. Amora 1 1,59

(9)

Com relação aos problemas fitossanitários, as árvores apresentavam sinais de ataque severo por pragas como cupins e coleobrocas (PLANT CARE, 2010).

Tabela 5 Justificativas técnicas para supressão de árvores em relação as espécies

Fonte: Planilha de dados, Secretaria de Obras e Serviços Públicos (SOSP). Família Nome científico Nome comum Árvore seca/doente/praguejada Dano estrutural Risco iminente de queda Obras Moraceae Ficus benjamina Ficus 3 12 0 0 Fabaceae Caesalpinia pluviosa Sibipiruna 1 12 0 0

Anacardiaceae Schinus molle L. Aroeira-salsa 2 2 1 1 Fabaceae Bauhinia forticata Pata-de-vaca 2 2 1 1 Combretaceae Terminalia catappa Chapéu-de-sol 0 4 0 2 Bignoniaceae Tabebuia impetiginosa Ipê-roxo 1 0 0 3

Fabaceae Delonix regia Flamboyant 1 2 0 0

Bignoniaceae Tabebuia serratifolia Ipê-amarelo 1 0 1 0 Bignoniaceae Spathodea campalunata Espatódea 1 1 0 0 Chrysobalanaceae Licania tomentosa Oiti 0 1 0 0 Melastomaceae Tibouchina granulosa Quaresmeira 1 0 0 0

Rutaceae Myrtus spp. Murtha 0 0 0 1

Moraceae Artocarpus heterophyllus Jaca 0 1 0 0 Proteaceae Grevillea robusta Grevilha 1 0 0 0

Moraceae Morus spp. Amora 1 0 0 0

(10)

Figura 2 – Dano estrutural em calçada causado por Ficus benjamina

Figura 3 – Sistema radicular de Ficus benjamina próximo à rede de água

A Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa) foi a segunda espécie arbórea mais suprimida, responsável pela supressão de 20,64% do total de árvores suprimidas (Tabela 4). Com relação as justificativas técnicas, representou os mesmos 32,43% do Ficus (12 indivíduos do total de 37 supressões devido a dano estrutural) e 6,67% (1 indivíduo do total de 15 supressões por problemas fitossanitários) (Tabela 5). Esta espécie foi largamente introduzida na arborização

(11)

urbana do município, todavia, aspectos técnicos como profundidade de cova no plantio, largura de calçada e crescimento da espécie não foram considerados na época, acarretando nos atuais problemas (Figura 5). Com relação aos problemas fitossanitários, as árvores apresentavam sinais de ataque severo por pragas (Figura 4) como cupins e coleobrocas (PLANT CARE, 2010).

Figura 4 – Caesalpinia pluviosa com ataque de praga

(12)

A Aroeira-salsa (Schinus molle L.) e a Pata-de-vaca (Bauhinia forticata) foram responsáveis por 9,52% cada uma, do total de árvores suprimidas (Tabela 4). Com relação às justificativas técnicas, representaram 5,41% cada uma (dois indivíduos do total de 37 supressões por dano estrutural) e 13,33% cada uma (dois indivíduos do total de 15 supressões por problemas fitossanitários) (Tabela 5). A Aroeira, devido ao seu fototropismo positivo acentuado, acarretou em declínio das árvores e posterior levantamento de calçada (Figura 6). Com a Pata-de-vaca ocorreu a mesma situação da Sibipiruna (Figura 7). Com relação aos problemas fitossanitários, as árvores de Aroeira encontravam-se secas e as de Pata-de-vaca apresentavam sinais de ataque severo por pragas como cupins e coleobrocas (PLANT CARE, 2010).

Figura 6 – Fototropismo acentuado de Schinus molle, acarretando dano estrutural em calçada.

(13)

O Chapéu-de-sol (Terminalia catappa) foi responsável por 9,52% do total de árvores suprimidas (Tabela 4). Com relação as justificativas, representou 10,81% (4 indivíduos do total de 37 supressões por dano estrutural) e 0% das supressões por problemas fitossanitários, tendo esta espécie específica maior relevância nas supressões devido a obras (2 indivíduos do total de 8 – 25%) (Tabela 5). Igualmente como ocorreu com Sibipiruna e Pata-de-vaca, os números referentes as supressões por dano estrutural (Figura 8) se deram pela não análise de aspectos técnicos referentes ao plantio de espécies arbóreas em área urbana como profundidade de cova, largura de calçada e crescimento da espécie.

Figura 8 – Dano estrutural causado por Terminalia catappa

Outra espécie que teve relevância nas supressões devido a obras foi o Ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), responsável por 37,5% (3 indivíduos do total de 8 supressões devido a obras) (Tabela 5).

4. Conclusões

Diante da análise dos dados conclui-se que o dano estrutural foi a justificativa técnica para a maior parte das supressões de árvores executadas no município. O Ficus (Ficus benjamina) foi a espécie arbórea mais problemática, visto que não é adequada para utilização na arborização urbana, devido a seu porte e agressividade de seu sistema radicular. Outra

(14)

espécie que se mostrou inadequada foi a Sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), todavia, obteve tal patamar devido a não análise de aspectos técnicos referentes ao plantio de espécies arbóreas em área urbana como profundidade de cova, largura de calçada e crescimento da espécie, sendo absolutamente possível sua utilização na arborização urbana, todavia devendo-se levar em consideração suas especificações técnicas.

Deve-se haver uma maior discussão quanto à implementação de um plano de arborização urbana adequado para o município, na qual ocorra de maneira criteriosa a análise de aspectos técnicos para saber qual a espécie deve ser utilizada e qual o local mais adequado para sua condução.

5. Referências

BATISTEL, L.M.; DIAS, M.A.B.; MARTINS, A.S.; RESENDE, I.L. de M. Diagnóstico qualitativo e

quantitativo da arborização urbana nos bairros Promissão e Pedro Cardoso, Quirinópolis, Goiás. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.4, n.3, 2009, p.111-112.

BRASIL. Lei n. 12.605/2012, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, n. 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e n. 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n. 4.771, de 15 de setembro de 1965, e n.7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória n. 2.166/67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Brasil: 2012

BRASIL. Resolução CONAMA n. 303/2002, de 20 de março de 2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Brasil: 2002

CPFL ENERGIA. Arborização Urbana Viária: Aspectos de planejamento, implantação e

manejo. Campinas, 2008. 111p.

GOOGLE MAPAS. Disponível em: http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl. Acesso em: 30 mar. 2013.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010, Cidades@, Salto-SP. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso em: 20 dez. 2012.

MELO, R.R. de; LIRA FILHO, J.A. de; JUNIOR, F.R. Diagnóstico qualitativo e quantitativo da

arborização urbana no bairro Bivar Olinto, Patos, Paraíba. Revista da Sociedade Brasileira de

(15)

PLANT CARE. Curso de Arborização Urbana. Campinas: Plant Care, 2010. 87p.

SALTO (São Paulo). Lei n. 2171/1999, de 17 de junho de 1999. Dispõe sobre o monitoramento da vegetação arbórea e preservação das áreas verdes do município. Salto: 1999

SALTO (São Paulo). Lei n. 2771/2006, de 13 de dezembro de 2006. Institui o Plano Diretor da Estância Turística de Salto e dá outras providências. Salto: 2006

SÃO PAULO (São Paulo). Resolução SMA n.18/2007, de 11 de abril de 2007. Disciplina procedimentos para a autorização de supressão de exemplares arbóreos nativos isolados. São Paulo: 2007.

Referências

Documentos relacionados

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

A motivação para o desenvolvimento deste trabalho, referente à exposição ocupacional do frentista ao benzeno, decorreu da percepção de que os postos de

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem