Processos de Obtenção de Pastas –
Características Gerais das Pastas
Gullichsen e Fogelholm, Chemical Pulping (6A), Série
Papermaking Science and Technology, FAPET, PO BOX
146, FIN-00171 Helsinki, Finland (1999)
Bibliografia
Estrutura da madeira
Produção de Pastas - Objectivo
Processo
de
Transformação
Processo
de
Transformação
Madeira softwood/hardwood
Corte transversal
Estrutura das Fibras
Estrutura das Fibras - paredes
Madeira – Elementos dissociados - Tipo de células
Softwood: traqueideos (90%, 1,4- 6 mm), raios lenhosos e
células de parênquima (0,01-0,16 mm)
Hardwood: vasos (30%, 0,2-0,6 mm), células de
parênquima (<0,1 mm), traqueideos e fibras libriformes
(55%, 0,4-1,6 mm)
(Stenius, 2000)
Distribuição de comprimento de fibras de pasta de papel
Madeira – celulose
Elemento estrutural
Linear
Elevado índice de cristalinidade
DP: 10000 – 15000
5,2 – 7,7 µm
1,6x10
6
– 2,4x10
6
Da
Madeira - Hemiceluloses de softwood
Estrutural
Amorfo
DP: 100 – 200
Madeira – Hemiceluloses de hardwood
Madeira - Lenhina
Madeira - Composição Química
Distribuição Espacial dos Componentes
Distribuição Espacial dos Componentes
PASTAS
MECÂNICAS (fibras individualizadas,
fibras cortadas, aglomerados de fibras,
finos, etc) (RP>90%)
SEMI-QUÍMICAS (NSSC: RP= 65 – 90 %
QUÍMICAS (fibras individualizadas)
(RP= 40 – 60 %)
Processos de Produção de Pastas
Iniciação ao Conhecimento da Produção de Pasta para Papel Rogério Simões/UBI
Desfibração – Por onde rompe a estrutura?
RMP: Refiner mechanical pulping (1 atmosf. absoluto, 100ºC)
TMP: Thermomechanical pulping (1-2 atmosf. relativa, 120-130ºC)
CTMP: Chemithermomechanical pulping
MDF: Lamela média
• TEMPERATURA
• ALCALI
• DESLENHIFICAÇÃO
Como Enfraquecer as Ligações entre as Fibras
Consumo Específico de Energia versus Coesão da Madeira
• STONE GROUNDWOOD PULP (GWP) - RP= 93 -- 98%
• PRESSURIZED STONE GROUNDWOOD PULP (PGWP) - RP= 90 –
97%
• REFINER MECHANICAL PULP (RMP) - (desfibração à pressão
atmosférica, sem pretratamento)
• THERMO-REFINER MECHANICAL PULP (TRMP) - (aparas
previamente tratadas com vapor a T>100ºC e desfibradas à pressão
atmosférica)
Pastas Mecânicas
• THERMOMECHANICAL PULP (TMP) - (aparas previamente tratadas
com vapor a T>100ºC e desfibradas num 1º estágio sob pressão e num 2º
estágio à pressão atmosférica)
• CHEMITHERMOMECHANICAL PULP (CTMP) - (aparas previamente
tratadas com vapor e químicos a T>100ºC e desfibradas num 1º estágio
sob pressão e num 2º estágio à pressão atmosférica)
• CHEMIMECHANICAL PULP (CMP) - (aparas previamente tratadas
com vapor e químicos a T>100ºC e desfibradas à pressão atmosférica) -
RP>80%
Pastas Mecânicas
Ground-Wood-Pulp
Iniciação ao Conhecimento da Produção de Pasta para Papel Rogério Simões/UBI
Refiner-Mechanical-Pulp
Processos de Produção de Pastas
Introdução à produção de pasta Rogério Simões/UBI
Pastas Químicas
• SODA (NaOH)
• KRAFT (NaOH+Na
2
S) (RP= 45 – 55%)
• SULFITO (CaO+SO
2
); (MgO+SO
2
); (NaOH+SO
2
);
(NH
4
OH+SO
2
)
• SULFITO ÁCIDO (pH=1 – 2) (RP= 40 – 60%)
• BISSULFITO (pH=2 – 6) (RP= 45 – 60%)
• BISSULFITO NEUTRO (pH=6 – 9)
• ORGANOSOLV
Pastas kraft Branqueada - Operações Unitárias
Descasque
Destroçamento
Crivagem Aparas
Impregnação
Cozimento
Lavagem Aparas
Crivagem Pasta
Lavagem Pasta
Branqueamento
(OZDED)
Operações Unitárias – Impregnação
• Remoção de ar das aparas
• Impregnação com lixívia branca
(NaOH, Na
2
S, Na
2
CO
3
)
Operações Unitárias – Cozimento
• Reacção Química e Transferência de massa e
calor
• Sistema heterogéneo
• Hidrodinâmica complexa
Objectivo
(remover o máximo de lenhina e o
mínimo de hidratos de carbono (celulose e
hemiceluloses)
Mecanismos
:
• Despolimerização da lenhina
(polímero), produzindo fragmentos
• Solubilização dos fragmentos de
lenhina, introduzindo-lhe grupos
funcionais com afinidade para o
solvente (água)
• Extracção dos fragmentos do interior
das aparas para o líquido envolvente
Equipamento
(digestor/reactor)
Introdução à produção de pasta Rogério Simões/UBI
Operações Unitárias – Lavagem
Objectivo
(remover o máximo de
contaminantes com o mínimo de água de
lavagem)
Mecanismos
:
• Difusão (dominante à escala da fibra
e da apara)
• Diluição/espessamento (3 =>12 ou
35%)
• Deslocamento
Equipamento
(digestor; difusores; lavadores
de tambor; prensas; ….)
Introdução à produção de pasta Rogério Simões/UBI
Pastas Químicas - Kraft
Processo Kraft
(NaOH+Na
2
S) :
•
Permite cozer “qualquer” tipo de madeira
•
Velocidade de deslenhificação elevada
•
Produz pastas resistentes
•
Processo de recuperação de químicos eficiente
•
Recuperação de sub-produtos
•
Pastas difíceis de branquear
•
Mau cheiro
•
Processo complexo
•
Custo de equipamento elevado
Pastas Químicas - Sulfito
Processo Sulfito:
•
Pastas fáceis de branquear
•
Pode dar maior rendimento em pasta (softwood)
•
Pode dar problemas com algumas madeiras
•
Produz pastas menos resistentes
•
Mau cheiro
Pastas Químicas: Soda/kraft
Branqueamento – Reflectância de diferentes Pastas
a -Química-Branqueada
b -Mecânica+H
2O
2c –Mecânica sem Branqueamento
d .Sulfito sem Branqueamento
e -kraft sem Branqueamento
• Transferência de massa e calor
• Cinética e estequiometria
Branqueamento
Estágio de Branqueamento – Operações Unitárias
Branqueamento – Vários Estágios: Porquê?
Avaliação do Potencial Papeleiro das Pastas
Desintegração
Refinação
Formação da folha
Prensagem
Secagem
Introdução à produção de pasta Rogério Simões/UBI
Óptica: brancura, opacidade, coef. dispersão de luz,
coef. absorção luz
Estructural: massa volúmica (volume mássico),
porosidade, lisura (rugosidade); permeabilidade ao ar..
Mecânica: resistência à tracção, resistência ao
rasgamento, flexão, módulo elástico, ….
Caracterização
das
Caracterização de Pastas – Refinação de Pasta Química
CSF versus SR
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
80.0
90.0
100.0
0.0
200.0
400.0
600.0
800.0
CSF, mL
ºS
R
Processos de Produção de Pastas
Processos de Produção de Pastas
PASTA
GWP*
RMP*
TMP* TMP** CTMP**
Power, KWh/odt
1830
1890
1980
2150
s/ref
c/ ref
Shives, %
-
0.7
0.1
-
-
-
-R#14
3.6
9.0
16.4
-
-R#28
15.6
20.0
19.0
-
-
78.0
62.0
R#48
22.2
22.3
18.7
-
11.4
17.2
R#100
13.8
11.5
8.8
-
-R#200
13.6
8.2
6.8
-
-
7.0
14.2
P#200
31.2
39.0
30.3
-
-
3.6
6.6
CSF, ml
99
82
99
100
100
400
V. M., cm
3/g
2.2
2.6
2.2
2.5
2.3
2.1
1.3
I. Reb, kPam
2/g
1.4
2.1
3.0
2.4
2.6
1.7
7.3
I. Rasg, mNm
2/g
4.3
8.4
9.0
8.6
8.4
16.3
9.7
C. Ruptura, m
3000
4080
5400
4200
5200
2920
9770
Alongamento,%
1.6
2.0
2.6
-
-
1.0
3.0
Brancura, ISO
-
57
59
53
57
88
85
Opacidade,%
97.0
97.5
96.5
96.5
97.0
s', m
2/kg
43.5
40.0
25.0
14.0
* = black spruce** scandinavian spruce, Piceas abies
** impregnação a pH 9,5, 1,7% Na2SO3, 3 min a 125ºC
COMPARAÇÃO DE DIFERENTES PASTAS
KRAFT*
µ