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Roteiro de estudos para recuperação final

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Academic year: 2021

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Roteiro de estudos para recuperação final

Disciplina:

Literatura

Professor (a):

Raquel Solange Pinto

Conteúdo:

Figuras de linguagem.

Obra “Dom Casmurro”, de Machado de Assis.

Interpretação de texto literário.

Referência para estudo:

Livro Didático

Capítulo:

Anotações feitas no caderno e folha de exercícios trabalhadas

Sites recomendados:

Atividade avaliativa

SOBRE A ORIGEM DA POESIA A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.

Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...].

No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...]

Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se dasapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade.

ARNALDO ANTUNES

Questão 01 - A comparação entre a poesia e outros usos da linguagem põe em destaque a seguinte característica do discurso poético:

a) revela-se como expressão subjetiva. b) manifesta-se na referência ao tempo. c) afasta-se das praticidades cotidianas. d) conjuga-se com necessidades concretas. e) manifesta-se pela linguagem lúdica.

Leia os textos abaixo para responder à questão 2: (Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira

Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba

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propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão.

(Veja São Paulo, 23-29/12/92) (Texto 2) O bicho

Vi ontem um bicho Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) Questão 02 - No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a literária, pois sua principal função é informar o leitor sobre os transtornos causados pelos detritos.

I. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é predominante, pois o poeta faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor.

II. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não literários.

III. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da linguagem literária.

Estão corretas as proposições: a) I, III e IV.

b) III e IV. c) I, II, III e IV. d) I e IV. e) II, III e IV.

Questão 03 - (FMU) Nos versos:

aparece a figura: a) metáfora. b) metonímia. c) hipérbole. d) personificação. e) antítese.

Questão 04 - Em qual das opções há erro de identificação das figuras? a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo). b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia).

c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número). d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração).

e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia).

“O vento voa

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As questões de números 05 a 06 baseiam-se nos textos a seguir. Soneto de fidelidade

(Vinicius de Moraes) De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Por enquanto

(Renato Russo) Mudaram as estações

Nada mudou

Mas eu sei que alguma coisa aconteceu Tá tudo assim, tão diferente

Se lembra quando a gente Chegou um dia a acreditar Que tudo era pra sempre Sem saber

Que o pra sempre Sempre acaba.

Questão 05 - Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.

b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor. c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.

d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza. e) vê, na angústia causada pela idéia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.

Questão 6 - Em “Por enquanto”, Renato Russo diz que “... o pra sempre / sempre acaba”. Essa ideia, no poema de Vinicius de Moraes, aparece no seguinte verso:

1. “Mas que seja infinito enquanto dure”. 2. “Quero vivê-lo em cada vão momento”. 3. “Quem sabe a morte, angústia de quem vive”. 4. “Quem sabe a solidão, fim de quem ama”.

O poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, pertence ao livro A rosa do povo (1945), que reúne composições escritas na época da Segunda Guerra Mundial e da ditadura do Estado Novo no Brasil

Passagem da Noite É noite. Sinto que é noite

não porque a sombra descesse (bem me importa a face negra) mas porque dentro de mim, no fundo de mim, o grito

Mas salve, olhar de alegria! E salve, dia que surge! Os corpos saltam do sono, o mundo se recompõe. Que gozo na bicicleta!

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se calou, fez-se desânimo. Sinto que nós somos noite, que palpitamos no escuro e em noite nos dissolvemos. Sinto que é noite no vento, noite nas águas, na pedra. E que adianta uma lâmpada? E que adianta uma voz? É noite no meu amigo. É noite no submarino. É noite na roça grande. É noite, não é morte, é noite de sono espesso e sem praia. Não é dor, nem paz, é noite, é perfeitamente a noite.

Existir: seja como for. A fraterna entrega do pão. Amar: mesmo nas canções. De novo andar: as distâncias, as cores, posse das ruas. Tudo que à noite perdemos se nos confia outra vez. Obrigado, coisas fiéis! Saber que ainda há florestas, sinos, palavras; que a terra prossegue seu giro, e o tempo não murchou; não nos diluímos! Chupar o gosto do dia!

Clara manhã, obrigado, o essencial é viver!

Questão 07 - Explique o sentido metafórico da noite e o uso do verbo sentir, na 1ª estrofe. Questão 08 - Explique o sentido metafórico do dia e o sentimento a ele associado, na 2ª estrofe

O soneto abaixo, de Machado de Assis, intitula-se Suave mari magno, expressão usada pelo poeta latino Lucrécio, que passou a ser empregada para definir o prazer experimentado por alguém quando se percebe livre dos perigos a que outros estão expostos:

Suave mari magno

Lembra-me que, em certo dia, Na rua, ao sol de verão, Envenenado morria Um pobre cão.

Arfava, espumava e ria, De um riso espúrio* e bufão, Ventre e pernas sacudia Na convulsão.

Nenhum, nenhum curioso Passava, sem se deter, Silencioso,

Junto ao cão que ia morrer, Como se lhe desse gozo Ver padecer.

*espúrio: não genuíno; ilegítimo, ilegal, falsificado. Em medicina, diz respeito a uma enfermidade falsa, não genuína, a que faltam os sintomas característicos.

Questão 09 - Que paradoxo o poema aponta nas reações do cão envenenado?

Questão 10 - Por que se pode afirmar que os passantes, diante dele, também agem de forma paradoxal?

Questão 11 - Em vista dessas reações paradoxais, justifique o título do poema. INSTRUÇÃO: Leia o texto seguinte e responda a questão 14.

E existe um povo que a bandeira empresta P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus!

Mas que bandeira é esta.

Que impudente na gávea tripudia?!... Silêncio!... Musa!

Chora, chora tanto

Que o pavilhão se lave no seu pranto... Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra,

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E as promessas divinas da esperança... Tu, que da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança, Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!... Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo O trilho que Colombo abriu na vaga, Como um íris no pélago profundo!... ... Mas é infâmia demais...

Da etérea plaga

Levantai-vos, heróis do Novo Mundo... Andrada!

Arranca este pendão dos ares! Colombo! Fecha a porta de teus mares!

(Castro Alves, Navio negreiro) Questão 12 - Na última estrofe do poema, o sujeito enunciador condena o brigue (antigo navio a velas) que transporta os negros escravos em direção ao Brasil. Para tanto, faz referência a fatos históricos. Partindo dessa idéia, responda:

a) Qual é a relação, segundo o poeta, entre o navio negreiro e as naus de Colombo? b) Quem o poeta invoca para agir diante do que vê? O que pede para fazerem?

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FOLHA DE RESOLUÇÃO: Roteiro de estudos para recuperação final

Disciplina:

Literatura

Professor (a):

Raquel Solange Pinto

Aluno (a):

Turma:

GABARITO – PROIBIDO RASURAS/ QUESTÕES FECHADAS

Nº 01

Nº 02

Nº 03

Nº 04

Nº 05

Nº 06

QUESTÕES ABERTAS

Nº 07

Nº 08

Nº 09

Nº 10

Nº 11

Nº 12

Referências

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