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Os Objetos e Suas Narrativas na EJA: projeto de incentivo à leitura, escrita e visitação ao Museu do Folclore Edison Carneiro

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Academic year: 2021

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Os Objetos e Suas Narrativas na EJA: projeto de incentivo à

leitura, escrita e visitação ao Museu do Folclore Edison Carneiro

Gisela Ribeiro da Silva

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Apresentação da Temática

Os discentes do Ciclo de Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental I) da EJA – Educação de Jovens e Adultos chamam a atenção pelo acúmulo de saberes, considerados populares. Eles construíram a capacidade de aprender a aprender com a vida. A Educação de Jovens e Adultos constitui-se numa luta diária para a aquisição do conhecimento formal. Unimos os conhecimentos já adquiridos deles ao novo, em busca da emancipação dos indivíduos, dentro da perspectiva de uma educação libertadora, na qual ensinar não é somente transmitir conhecimentos e sim proporcionar que o educando aprenda de dentro para fora.

Acreditamos que a educação é resultado das práticas culturais dos grupos sociais e nossas turmas são o reflexo da diversidade brasileira, com alunos oriundos de diversos “cantos” do Brasil vindos para o Rio de Janeiro, em busca de melhores condições de vida. Essa diversidade é que enriquece o nosso trabalho. Nas relações do processo de ensino/aprendizagem, é que todos ensinamos e aprendemos, numa relação dialógica cultural permanente.

1 Graduada em Pedagogia pela UNESA e participou de Curso de extensão de Alfabetização de Jovens e Adultos pela PUC – Rio. Atualmente trabalha como professora do Ciclo de Alfabetização de Jovens e Adultos no Colégio Sagrado Coração de Maria – RJ e como auxiliar de coordenação do Ensino Fundamental II no CEAT – Centro Educacional Anísio Teixeira.

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Este projeto foi concebido na perspectiva de que a cultura popular dos educandos agrega conteúdos e sentido à educação, incentivando a leitura.

Todas as noites, vivemos a diversidade deste país, tão sofrido, que atualmente enfrenta um momento político de muitas incertezas. Mas esses educandos, trabalhadores, não desanimam e, mesmo com todo o cansaço de grandes jornadas, é nos bancos escolares que buscam o aprimoramento da leitura e da escrita, pois sabem que, só assim, estarão munidos de armas/ferramentas para o desenvolvimento pleno e a apreensão dos conhecimentos formais, tão almejados por eles. Sujeitos estes que foram, muitas vezes, vitimizados pelo preconceito da naturalização, da condição do analfabetismo, da sua oralidade regional... Muitas vezes até através de violência verbal e psicológica, como podemos perceber em seus relatos:

Aninha: “Estudo não enche barriga de ninguém”. Começou a trabalhar com seis ou sete anos na roça. Sempre escutou que não podia estudar por causa do trabalho. Trabalhou muito tempo por um prato de comida.

Maria Euza: Seu irmão deu-lhe uma surra quando ela disse que só ia trabalhar na roça de tarde para estudar, dizendo: “Isso é para você aprender e se você insistir em ir para a escola, vou te arrastar pelos cabelos e você vai passar vergonha”. Outros parentes diziam: “Você aprender a ler, não vai colocar comida na mesa”.

Glória: Ela queria muito estudar e seu pai sempre dizia: “Eu não sei ler e não vou morrer por isso”.

Maria José: O patrão não deixava Maria estudar e dizia: “Se você for pra escola, você vai dormir na rua”.

Lourdes: Tinha que trabalhar na infância e ouvia do pai: “Menina-mulher não precisa estudar!! Pra quê? Para escrever bilhetinhos?” Aos 17 anos fugiu de casa.

Maria: Filha do meio tinha que cuidar dos irmãos mais novos e não estudou na infância. Já adulta, a filha do patrão incentivava o estudo, mas o patrão não deixava e falava: “Não precisa estudar! A vida já é uma escola”.

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Já nas falas dos alunos do sexo masculino, o motivo por não estudarem na fase da infância e juventude foi o fato de trocarem a escola pelo trabalho, mas como opção. Viraram arrimo de família. Nenhum deles sofreu violência ou foi privado da possibilidade de cursar a escola pelos pais. Verificamos com isto, que as mulheres, desde cedo, eram privadas da escola pelo preconceito de gênero, pois eram obrigadas a trabalhar em casa, na lavoura e cuidar dos irmãos mais novos, demonstrando que quem tinha direito aos estudos eram somente os homens.

Justificativa

Sensibilizadas com os vários discursos de sofrimento da grande maioria dos alunos na busca do aprimoramento da leitura, resolvemos criar um projeto, em que os mesmos, efetivamente, se vissem como produtores de conhecimento e se sentissem valorizados por isso.

O Colégio Sagrado Coração de Maria tem como diretriz a formação continuada de seus educadores. Baseando-se na proposta freiriana, segundo a qual ensinar exige reflexão crítica sobre a prática, e em conhecimentos adquiridos em cursos externos, a equipe do E.F. I da EJA realiza semanalmente um encontro com a coordenação para trocar e discutir questões referentes à leitura escolhida pelo grupo, com o propósito de analisar e refletir sobre as práticas pedagógicas, verificar pontos positivos e negativos, trazer novas ideias que possam contribuir para o enriquecimento do trabalho em sala de aula.

Há dois anos, estamos em contato com o Museu do Folclore, participando do Programa Educativo do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), que oferecem os projetos:

 Olhando em Volta;  De Mala e Cuia;  Fazendo Fita.

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“O propósito do Programa Educativo desenvolvido pelo CNFCP é justamente auxiliar os educadores a encontrar opções para o estudo de folclore, dentro e fora da escola”. (CNFCP, 2013)

Neste ano, participamos de uma visita preparatória voltada para educadores, com a finalidade de conduzir os educandos na nova exposição permanente: “Os objetos e suas narrativas”. O museu quer dialogar com o público sobre a polifonia dos objetos e mostrar as diferentes vozes dos muitos segmentos sociais, o que dizem do folclore e da cultura popular, a partir dos objetos de seu acervo. Durante o curso percebemos que os objetos da exposição tinham consonância com a realidade dos estudantes e que muitas histórias ouvidas nas salas ecoavam naquele espaço.

Com a finalidade de sensibilizá-los para a visitação e se sentirem valorizados, resolvemos fazer o caminho inverso da maioria das escolas que primeiro leva os alunos à exposição para depois trabalhar um ou mais conteúdos ou fazer dessa visitação somente um momento de deleite.

Entendemos que essa visitação colocaria a cultura deles em um patamar elevado, algo que não poderiam imaginar e que consequentemente elevaria a autoestima deles.

Problematização

O aprimoramento da leitura e da escrita é a base do conhecimento que procuramos construir nos educandos, tornando-os seres humanos mais conscientes, reflexivos, críticos de sua realidade, participativos, autônomos e conscientes da sua função na sociedade, desenvolvendo assim o cidadão em sua plenitude.

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Lançamos às turmas um desafio que deveriam cumprir antes de conhecerem a exposição. Cada um teria que trazer um objeto pessoal, significativo, relatando sua história para o grupo.

A teoria proposta por Wigotsky aponta que as funções cognitivas se organizam das relações sociais e da interiorização do diálogo. Quando alguém possui dificuldade para desempenhar uma tarefa individual, poderá fazê-la com a ajuda de outros colegas mais adiantados ou com a mediação das educadoras, demonstrando, assim, que a aprendizagem se efetua no nível do desenvolvimento proximal.

Segundo o pensamento freireano, a relação dialógica é a base para uma escola inclusiva na EJA, por isso destaca-se a importância das trocas interpessoais, na construção do conhecimento e do sujeito. “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão” (FREIRE, 1987: 78)

Os alunos necessitam de atenção, de escuta, de educadores que dialoguem e os respeitem. Ensinar exige querer bem aos educandos. A relação pedagógica quando perpassa pela afetividade, pela amorosidade e pela dialogicidade, oportuniza o aperfeiçoamento da educação como prática de liberdade e de humanização. Para Paulo Freire, a “educação é um ato de amor”, sentimento em que homens e mulheres vêem-se como seres inacabados e, portanto, receptivos para aprender, sendo que:

“não há diálogo [...] se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Não é possível a pronúncia do mundo, que é um ato de criação e recriação, se não há amor que o funda [...]. Sendo fundamento do diálogo, o amor é, também, diálogo”(FREIRE, 1987, p. 79-80).

Metodologia

Diante de tal proposta, apresentamos os diferentes passos do projeto:

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Iniciamos uma tempestade de ideias para verificar o que os educandos entendiam sobre folclore e introduzimos o conhecimento da palavra polifonia (poli = muitos/vários + fonia = som/voz dos falantes (escreventes/leitores).

Verificamos que o termo folclore era compreendido de uma forma bem abrangente, o que ia ao encontro da filosofia do Museu.

2ºpasso: Divulgação do projeto, sensibilização e planejamento conjunto com os educandos.

O projeto foi divulgado às três turmas através de projeção de vídeo sobre a diversidade da cultura popular brasileira, mostrando a relevância do projeto para a evolução da oralidade, da escrita e da leitura, colhendo opiniões e sugestões dos educandos para as atividades de interesse deles a serem desenvolvidas (visitação ao Centro de Tradições Nordestinas, gincana folclórica, noite lendária, dotes culinários de suas origens, repentes, cordéis e o que mais desejarem) O projeto é aberto a sugestões, avaliações e reformulações.

3º passo. Conversando a gente se entende.

Reunimos todos para conversar sobre o que pode ser um objeto de museu e o que é fonte histórica, desmistificando a ideia de que somente “coisas velhas” merecem ser exibidas e valorizadas Os educandos começaram a pensar em qual / quais objetos iriam apresentar, e cujas histórias gostariam de compartilhar.

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Distribuímos entre eles fichas visuais com objetos que habitam a reserva técnica do museu do folclore. Desses objetos começamos a desvelar histórias que esperavam para ser contadas. Com isso, percebemos como as histórias deles se entrecruzavam e, nesse passo, já se vislumbrava o objetivo maior da exposição que iriam conhecer.

5º passo: Noite das narrativas dos objetos pessoais dos educandos, das educadoras e das estagiárias.

Movidos pela alegria e satisfação de narrar suas histórias, todas relacionadas ao objeto pessoal escolhido, a postura dos educandos se modificou. Estavam mais seguros, com a voz mais firme, com uma postura corporal mais ereta e confiantes de que aquela tarefa, que se aproximou da realidade deles, seria cumprida sem medos. Havia ali uma relação entre a alegria necessária à atividade educativa e a esperança de ser capaz. Freire cita que o ser humano é “um ser da esperança que, por “n” razões se tornou desesperançado” (FREIRE, 2000, p. 81) Conseguimos levar aos educandos a esperança de que são capazes de fazer mais do que esperam de si mesmos.

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6º passo: Contação de Histórias de Medo.

No escuro, com lanternas do celular, iniciamos uma roda de “causos” e relembramos as histórias da infância e juventude, muitas delas sempre do interior, do campo, terreno fértil para a imaginação do povo que gosta de fazer “troça” do outro.

Muitos falam do folclore como conhecimento genérico do povo brasileiro, na tradição oral que passa dos mais velhos para os mais jovens.

Ao final desse passo, debatemos sobre os reais medos, sobre a veracidade dessas histórias ou se não passavam de mentiras para enganar ou até ser uma forma de controle do comportamento humano, como percebemos nas falas lembradas: “Cuidado que a Cuca vai te pegar”; “Meia-noite é hora de lobisomem”; “Moça bonita não pode sair, em noite de lua cheia, por causa do boto” e “O homem do saco vai te pegar”. Alguns educandos manifestaram medo real pelas histórias.

7º passo: Roda de Leitura na Biblioteca.

Os educandos vivenciaram momentos de prazer e de relaxamento na biblioteca, local que habita conhecimentos variados. Segundo Nóbrega:

“Cada vez mais sua identidade se constrói na certeza de que deve assemelhar-se a um convite, e não a uma proibição; de que deve representar-se pela figura de um representar-sedutor feiticeiro bem-humorado, e não pela de um ranzinza Sr. Guarda-Livros, ou um apático clone sem alma e sem paixão.

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Biblioteca cada vez mais como possibilidade de (re)apropriação de si, do Outro, do mundo. Lugar de memória sim, mas também território próprio para construção de sentido”. (NÓBREGA, 2003, p.8)

Nesta atmosfera, os alunos tiveram contato com os diversos materiais que selecionamos e colocamos na sacola de palha, nossa mini biblioteca ambulante. O acervo da sacola é composto por: livros, revistas, catálogos de exposições, folhetos de cordel, CD e DVD. Nesse momento, cada um escolheu uma lenda, um conto, uma forma de expressão cultural, uma música, cantiga, ciranda que gostaria de apresentar na Noite Lendária.

8º passo: Preparação das fichas de cadastramento do objeto/acervo da exposição da turma.

Os educandos aprenderam a registrar em uma ficha a peça/objeto que escolheram para compor o acervo. Além da ficha, deveriam fazer um pequeno relato sobre a obra.

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9º passo: Visitação ao Museu do Folclore Edison Carneiro.

Esta exposição de longa duração “Os objetos e suas narrativas” está em processo e as coleções apenas despontam. O que se diz dos objetos condensa aquilo que se diz do homem e do mundo. A mostra propõe que o visitante olhe para as peças do acervo e pense sobre as inúmeras histórias possíveis de serem contadas.

A exposição dialoga com seus visitantes, mostra as lendas; os mamulengos que contam histórias pelos brinquedos; os grafites, expressão contemporânea; o cordel e o repente que cantam e contam em verso a vida; os objetos das prateleiras e para finalizar reservam um espaço, intitulado “Que histórias vocês nos contam?”, para que os

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visitantes possam refletir e registrar algo que os inquietaram, momento de expressão dos educandos que pode ser feito através da escrita ou do desenho.

10º passo: Narrativas das impressões dos educandos sobre a exposição do museu.

Roda de conversa sobre o que mais gostaram, o que sentiram, qual ou quais objetos os remeteram às suas histórias de vida e o que mais desejaram expressar. Estavam encantados, eufóricos e curiosos com tantas expressões da arte popular que tinham a ver com a vida deles. Sentiram-se sujeitos pertencentes àquele espaço, valorizados por sua cultura e enaltecidos pela historiadora/guia que verbalizou, por várias vezes, que os comentários deles eram pertinentes e que suas contribuições enriqueceram a visitação da exposição.

11º passo: Noite Lendária.

A Noite Lendária foi a culminância do projeto, quando os educandos montaram sua exposição. Esse momento foi de vivências experimentais das expressões culturais, do acervo bibliográfico, sonoro e visual selecionado. Os educandos fizeram dessa ocasião uma festa com leituras e releituras de diferentes textos escritos, de expressões artísticas, como: artes plásticas, música, expressão corporal e dança. Percebemos que

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as comidas regionais apresentadas por eles foram preparadas com carinho, zelo e muito prazer. Suas narrativas nos revelavam claramente isso.

12º passo: Exposição dos trabalhos na Mostra Pedagógica.

Todo ano, o Colégio Sagrado Coração de Maria apresenta uma mostra dos trabalhos elaborados pelos alunos, nas diferentes turmas. Neste ano, o segmento da EJA apresentará como temática “Os 50 anos de existência” e nosso trabalho é uma forma de celebração de vida. Este passo só se efetivará no dia 10 de novembro.

Considerações Finais

Utilizando a diversidade literária e os objetos pessoais, mobilizamos o imaginário dos educandos, incentivando a leitura, a escrita e o reconhecimento de diferentes gêneros textuais.

O projeto demonstrou a riqueza folclórica que cada um dos objetos tem escondido e a cultura popular da qual fazemos parte. Para nós, o folclore é um riquíssimo depósito de conhecimentos a respeito da vida e do mundo que nos cerca. Demos voz e empoderamento aos educandos que são os verdadeiros protagonistas e narradores dessa cultura popular, do passado que vai se reconstruindo na contemporaneidade.

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Conclusões

Acreditamos que este projeto foi um passo para que a educação seja um direito de todos. “É certo que a prática educacional não é único caminho à transformação social necessária à conquista dos direitos humanos, contudo acredito que, sem ela, jamais haverá transformação social” (FREIRE, 2014. P.50)

Conseguimos unir interesses de jovens e adultos, independente da idade, porque a cultura do povo é algo vivo, em constante renovação. O folclore é passado e presente e será futuro se não deixarmos morrer a sua valorização e transmissão.

Chegamos à conclusão de que, como falam por aí, quem conta um conto aumenta um ponto, o que explica as meias verdades ou os acréscimos que vamos fazendo, ao longo da vida, ao recontar uma história ou tentar interpretá-la aos nossos próprios entendimentos.

A alfabetização transpôs barreiras, foi além, pois implicou uma compreensão da realidade social, política e econômica na qual os educandos estão inseridos, “a alfabetização é mais, muito mais que ler e escrever. É a habilidade de ler e escrever o mundo, é a habilidade de continuar aprendendo e é a chave da porta do conhecimento” (FREIRE, 1992 apud Barreto, 2013, p.01).

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Esta experiência reafirmou a nossa condição de aprendizes enquanto educadoras.

Conseguimos promover a troca de vivências, a diversidade e a complexidade das relações entre os educandos.

Descobrimos o despontar do gosto pela leitura, demonstrado pela compreensão do que foi lido e o gosto pela contação de história (Leitura oral para a turma).

A todos, em qualquer idade, deve ser dado o direito do contato com a literatura e com a arte em suas mais diversas representações.

Acreditamos que a sala de aula é um solo fértil, um espaço dialógico de trocas, indagações e reflexões, que prioriza uma educação preocupada com a formação crítica dos sujeitos, num movimento de criação de práticas educativas amplas e não centrada

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apenas na figura do professor. Práticas estas que possibilitam a escuta e valoriza a produção dos educandos, respeitando seus diferentes níveis de aprendizagem, propondo a cada um, apenas o que podem avançar, abrindo espaço para que “todos nós” possamos aprender nesse processo.

Não podemos deixar de sonhar. Mas até chegarmos a uma educação libertadora, em que cada um seja sujeito de sua própria história e da história de seu país, temos muitos caminhos a percorrer. Caminhemos com amorosidade para tornar suaves as trilhas dos educandos da EJA. Sejamos um pouco loucos e desajuizados se queremos reinventar o mundo, já nos dizia Paulo Freire.

Referências

BARRETO, Vera Lúcia Queiroga. Paulo Freire e a Alfabetização. Disponível em:<<http://www.itd.org.br/img/capacitacao/3a_capacitacao_itd_2011:_bases_episte mologicas_freireanas_para_a_alfabetizacao_de_jovens_e_adultos_19/CAPACITCAO_1 9_2013-04-11_17-16-16.pdf .

CNFCP / IPHAN / Ministério da Cultura. Catálago Professor. 2013.

CNFCP /IPHAN / Ministério da Cultura. Folder Programa Educativo. Difusão Cultural/Centro nacional de Folclore e Cultura Popular, 2015.

CNFCP /IPHAN / Ministério da Cultura. Folder Museu de Folclore: a exposição. Difusão Cultural/Centro nacional de Folclore e Cultura Popular, 2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 14 ed. São Paulo, Paz e Terra, 2000.

NÓBREGA, Nanci G. da. Tapete Mágico. Leituras Compartilhadas. Viagens. Rio de Janeiro: Leia Brasil, v.3, n.9, 2003.

Referências

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