REFLEXÕES PARA PEQUENOS GRUPOS
ABERTURA DO ENCONTRO:
Compartilhem individualmente no seu Pequeno Grupo: Estou passeando no parque e encontrei um celular no gramado, o que devo fazer?CÂNTICO: “Pra cima Brasil!”
REFLEXÃO: “Onde está a minha mão?
SÉRIE: ATITUDES QUE TRASFORMAM
Êxodo 20:15
“Não furtarás.”
Este é o oitavo mandamento, e ele trata do respeito a propriedade do próximo.
Alguns ditados populares dizem: “A ocasião faz o ladrão”. “Achado não é roubado”. “Rouba mas faz”. “Vergonha é roubar e não poder carregar”. “Ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão”. Estes e muitos outros ditados populares, fazem do nosso cenário cultural brasileiro um ambiente as vezes conivente com o roubo. Mas revelam que nem sempre a sabedoria popular é sábia.
Furtar é na Bíblia um verbo que identifica a ação cometida por alguém que se apropria indevidamente daquilo que pertence a outra pessoa. Para a legislação brasileira do direito, furtar é apropriar-se de algo de outra pessoa sem contato com ela, e roubar é quando esta apropriação ocorre no contato com a pessoa que possuía algo. Em um há a presença da vítima e no outro não há a presença da vítima. A Bíblia usa furto e roubo como sinônimos, como sendo o meio de possuirmos algo por meios ilícitos e desonestos, o que também adotaremos aqui nesta reflexão.
A Bíblia nivela os mais simples e ilícitos atos de apropriação indevida aos comportamentos mais complexos e hediondos ligados ao furto e ao roubo.
O Juiz Federal William Douglas comentando sobre o oitavo mandamento, afirma que nós O povo brasileiro temos uma dificuldade peculiar para lidar com este mandamento, por causa da nossa cultura da vantagem. Queremos quase sempre levar vantagem em tudo, queremos ser os mais espertos, não queremos ser passados para trás. Isto gerou o famoso e terrível: “jeitinho brasileiro”.
O Professor Lourenço Stelio Rega no seu livro “Dando um jeito no jeitinho”, disse: “O jeitinho brasileiro é a imposição do que é conveniente sobre o certo”. No pragmatismo tupiniquim é “se dá certo, é certo”!
Quem ama o próximo:
Não atenta contra sua vida Não fere a sua honra Não saqueia os seu bens
O Brasil é a quarta nação mais corrupta do mundo! Estamos atrás apenas das nações: 1º Venezuela, 2º Bolívia, 3º Chade. A corrupção no Brasil desvia mais de 200 bilhões de reais, segundo o Procurador Federal Deltan Dallagnol.
O oitavo mandamento é extremamente OPORTUNO e necessário, pois a maior crise atinge o nosso país é a crise de INTEGRIDADE. Integridade negociável, que tem preço, que se deixa corromper pelo poder! Poder que os políticos desejam, por exemplo. Mas, os políticos, ávidos pelo poder, não surgem do nada, eles são o produto de uma sociedade.
Podemos dizer que rouba:
A empresa ou o chefe, que trata mal seu empregado deixando de pagar o salário que é digno do trabalhador.
Quem não fornece o serviço pelo qual foi pago.
Quem recebe um serviço pelo qual não paga.(água, luz, TV a cabo, os “gatos”, que são eufemismos para o furto)
Quem não emite nota fiscal.
Quem depreda ao bens públicos e privados. Quem toma emprestado e não devolve. Quem furta ideias.
Quem cola na prova.
Quem mente para obter descontos.
Quem fica com o troco a mais, dado de forma errada pelo caixa. Quem nega a outro a oportunidade de se desenvolver como pessoa. Quem abusa de alguém.
Quem corrompe e quem se deixa corromper.
Mas ainda há aqueles que roubam a honra, a confiança e a dignidade de outra pessoa. Há inúmeras formas de roubar, rouba também que é avarento e não é generoso. No antigo testamento não dar o dízimo era uma forma de roubar. Malaquias 3:8. “Pode um homem roubar de Deus, contudo vocês estão me roubando ... nos dízimos e nas ofertas”.
Alguns hoje não são dizimistas e se baseiam dizendo que o dízimo era uma orientação da Lei e hoje estamos debaixo da Graça. Sim estamos debaixo da Graça. Mas, o dízimo foi incorporado à Lei de Moisés, pois veio antes da Lei, como forma de
adoração ao Senhor! Como também é posterior a Lei de Moisés como incentivo a contribuição sistemática. I Coríntios 16:1-2, Paulo orienta sobre a coleta para o povo de Deus. “Quanto a coleta para o povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vocês separa uma quantia da sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar”. No Novo Testamento o ensino se amplia, para: “Cada um dê conforme determinou em seu
coração, não com pesar ou por obrigação, pois quem ama dá com alegria”. II Coríntios 9:7. Generosidade é uma resposta de adoração! Obrigatoriedade do amor.
A Graça nos impulsiona a contribuir, pois ela nos inspira a “exceder a justiça dos escribas e fariseus”. Esta mesma Graça de Jesus nos leva a viver uma integridade inegociável, e uma generosidade que abençoa outras pessoas.
Jesus no Sermão do Monte nos incentiva ir muito além da Lei. A Graça deve nos levar a viver muito além da Lei!
Sou mordomo do que Deus me dá para cuidar.
Mas, como mudar o nosso comportamento quanto a cultura da vantagem?
1. SENDO HONESTOS PARA COM DEUS. A ação humana tem origem em nossa mente, e nenhum homem será honesto e generoso com o outro, até que seja verdadeiramente honesto e generoso para com Deus. Mudamos nossas ações mudando o nosso modo de pensar. Romanos 12:2 diz: “... transformem-se pela renovação da mente...”. Transforme-se você primeiro. Vida transformada por Jesus, transforma o pessoas, sociedade e cultura. A mudança começa em mim. Não busque sair transformando o mundo, mas busque ser transformado à luz da Palavra de Deus.
2. NÃO DEVAM NADA AO SENHOR A NÃO SER O AMOR DE UNS PELOS OUTROS. Romanos 13:8. Este texto condena muitos que pedem empréstimos e não pagam. Salmos 13:9 diz: “Os ímpios tomam emprestado e não devolvem, mas os justos dão com generosidade”. Vamos nos livrar das nossas dívidas pagando-as. Temos uma dívida que não conseguimos nos livrar, que é a dívida do amor, dívida que temos um com o outro. É vivendo o amor ao próximo que nós vamos obedecendo a lei. É assim que vamos respeitar a honra, a vida, os bens e tudo que é do nosso próximo. Romanos 13:9 “Pois estes mandamentos: “não adulterarás”, “não matarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame o seu próximo como a si mesmo””.
É renovando o nosso modo de pensar e devendo apenas o amor uns pelos outros, que começaremos a desenvolver uma integridade inegociável e uma generosidade que abençoa quando é abençoado.
REFLEXÕES:
Como está a sua relação com o dinheiro?
Como é a sua relação com aquilo que o outro tem?
Como é a sua relação com o seu desejo de ter sempre um pouco mais? Como está a sua relação com o seu sucesso financeiro?
Como anda a sua vida e a sua mente com relação a cobiça, a inveja e o orgulho? Precisamos ser identificados com Jesus, e ser identificados pela nossa integridade inegociável. Nas questões éticas e polêmicas devemos nos posicionarmos, mantendo a nossa integridade viva, não priorizando apenas o que é “politicamente correto”. Não queremos o jeitinho brasileiro. Uma ética que nos identifica com Jesus. Sabemos que não podemos ser perfeitos, mas isto é um alvo, pois somos cidadãos do Reino. Seja você a mudança que você quer ver. Não se preocupe transformar o mundo, mas transforme a você mesmo em um novo modo de pensar, que se identifica com o modo de pensar do Senhor Jesus.
É para o Senhor que prestaremos contas de como administramos a vida que Ele nos deu.
MINHA ORAÇÃO:
“Senhor,
Assumo o compromisso de viver uma integridade inegociável.
Assumo o compromisso de viver uma generosidade que abençoa ao ser abençoado. Assumo o compromisso de não me amoldar a este mundo. Ao jeitinho brasileiro.
Assumo o compromisso de pensar diferente. De ser transformado pela renovação da minha mente.
Que o Senhor me aprove e me guie Em nome de Jesus, AMÉM!
MOMENTO DE ORAÇÃO:
Orem pelo fortalecimento da nossa INTEGRIDADE INEGOCIÁVEL E NOSSA GENEROSIDADE ABENÇOADORA.
Pra Cima , Brasil !
João Alexandre
Tom: D
