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ANO XIX Nº CAMPO GRANDE-MS R$ 1,00 QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2021 PRINCIPAL META: DIMINUIR A SUPERLOTAÇÃO DOS PRESÍDIOS EM 30%

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(1)

Pênalti marcado pelo VAR salva o

Santos de derrota em Porto Alegre

O Santos empatou em 3 a 3

com o Grêmio, em Porto Alegre,

pela 34ª rodada do Campeonato

Brasileiro. O Peixe buscou o

em-pate aos 50 minutos do segundo

tempo com um a menos – Sandry

foi expulso. Luiz Fernando

co-meteu pênalti. Após uso do VAR,

o árbitro confirmou a cobrança

que foi convertida por Madson.

Página C1

Estado pleitea R$ 40 mi para construir mais um presídio na região da Gameleira, onde já tem

uma unidade em funcionamento, outra prestes a ser inaugurada, além de uma feminina

Parceria entre Sanesul e Aegea dará início a investimentos de mais de R$ 3,8 bilhões.

AMPLIAR A ESTRUTURA

DE SEIS UNIDADES

PRISIONAIS EM

CIDADES DO INTERIOR

PRINCIPAL META:

DIMINUIR A

SUPERLOTAÇÃO DOS

PRESÍDIOS EM 30%

AUMENTAR O USO

DE TORNOZELEIRA

ELETRÔNICA NOS PRESOS

DO SEMIABERTO

MS busca reduzir população carcerária

PPP do Saneamento será assinada na sexta-feira

Reajuste da

gasolina já faz

etanol compensar

Funcionalismo

estadual

terá ponto

facultativo

Drive-thru

da vacina vai

atender 75

pessoas por dia

Rose Modesto:

1ª mulher de MS

na Mesa Diretora

Sai hoje o primeiro

adversário do Verdão

no Mundial

Os consumidores de Campo Grande já têm sentido no bolso as consequências do aumento do

combustível, principalmente da gasolina, que até supera os R$ 5 por litro. Diante disso, já está com-pensando abastecer com etanol em alguns postos da cidades. Mas para isso é preciso antes calcular a

dife-rença de custos entre a gasolina e o etanol. De acordo com a pesquisa

de preço da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocom-bustíveis (ANP), o preço médio da

gasolina em Campo Grande está R$ 4,811. Já o do etanol fica em R$

3,347. A diferença entre os dois é de 30,56%. O levantamento foi feito

entre os dias 24 e 30 de janeiro. Levando em conta o custo médio, é necessário pegar o maior valor (R$ 4,81) e multiplicar por 0,7, que

resulta em R$ 3,36.Página A8

A deputada federal

Rose Modesto tornou-se a

primeira mulher

sul-mato--grossense a assumir um

cargo na Mesa Diretora da

Câmara dos Deputados.

A parlamentar foi eleita

terceira-secretária ontem

em Brasília.

Página A3

As equipes do Tigres-MEX

e Ulsan Hyundai-COR se

en-frentam hoje (4), às 10h (de

MS), no Estádio Al Rayyan, no

Catar, pelas quartas de final do

Mundial de Clubes. O vencedor

encara o Palmeiras, domingo,

na semifinal.

Página B2

Luan Santana

assina com

a Sony Music

Artes

Esportes

Sertanejo celebrou o

novo contrato e avisou aos

grandes nomes da música

mundial, que fazem parte da

Sony, que está chegando para

levar o som do Brasil para o

mundo. Luan deve lançar

ma-terial ainda em 2021.

Página C3

ANO XIX | Nº 5.649| CAMPO GRANDE-MS | R$ 1,00 |QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2021

JornalOEstadoMS

ESTADO

O

OOOO

(67)

3345-9000

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Loterias

Resultados na página A8

Cidades Mín. Máx.

Campo Grande

21º 31º

Corumbá

25º 31º

Dourados

23º 31º

Ponta Porã

22º 29º

Três Lagoas

26º 36º

Tempo Sol com algumas nuvens. Chove rápido durante o dia e à noite.

Saiba mais sobre o tempo na página A8

Reprodução/Twitter Reprodução

Página A6

Página A6

Valneti Manieri

Luan Santana

a Sony Music

Artes

novo contrato e avisou aos

mundial, que fazem parte da

Sony, que está chegando para

levar o som do Brasil para o

mundo. Luan deve lançar

ma-Página C3

São aproximadamente

oito mil internos e

esse número cresceu

muito em decorrência

das apreensões de

drogas realizadas no

ano passado

Antonio Carlos Videira, secretário

estadual de Justiça e Segurança Pública

Mato Grosso do Sul tem a

maior população per capita do

mundo. Para reduzir a

super-lotação do sistema prisional, o

governo do Estado busca com

o governo federal recurso para

construir uma nova unidade.

O governador Reinaldo

Azam-buja já autorizou a negociar

a contrapartida com a União

para que a nova unidade saia

do papel, segundo o secretário

de Segurança Pública, Antonio

Carlos Videira. A redução do

deficit de vagas no sistema

prisional de MS também

con-templa ampliação de unidados

no interior.

Página A5

Saul Schramm/Portal MS

Nilson Figueiredo

Produção original

Netflix “Malcolm &

Marie” estreia amanhã

Líderes entram

em campo hoje

no Brasileirão

O Internacional tenta manter

hoje (4) a folga na liderança do

Campeonato Brasileiro diante

do Athletico-PR, às 20h (de

MS), na Arena da Baixada, em

Curitiba. No mesmo horário, o

Flamengo faz o clássico com o

Vasco, no Maracanã.

Página B2

Página A7

(2)

V

ocacionado aos patrocínios penais e às jornadas acadêmicas, me senti seduzido a abordar acerca da Segu-rança Pública devidamente inserida na Carta Constitucional de 1988.

Indubitavelmente trata-se de temática cara e de indispensável enfrentamento sobre-tudo no cotidiano do Estado Democrático de Direito. Portanto, o livre acesso à sociedade civil organizada é medida que se impõe. Aqui, permito-me destacar todos quantos se achem engajados na arte de exercitar a boa hermenêutica e a justeza da indispensável prestação jurisdicional.

A CF/88 denominada de constituição ci-dadã, consagrou as funções de Polícia Judi-ciária às policiais civis e à polícia federal. A primeira dirigida por delegados de polícia de carreira a quem compete também a apuração de infrações penais, exceto as militares (de atribuição da polícia judiciária militar, especificamente na condução de inquéritos policiais militares). A segunda, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e es-truturado em carreira, destina-se, entre outras, a apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento e bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei. É cediço que se trata de uma polícia de Estado e não de governo!

Suas atribuições são voltadas, diante do caso em concreto, à busca da materialidade delitiva e da autoria do crime praticado com vistas ao oferecimento das provas produ-zidas, na seara administrativa, ao Juiz-penal. Assim, temos que a polícia judiciária se apoia no acatamento de determinações do Poder Judiciário, como, por exemplo, o cumprimento de mandado de prisão e busca e apreensão.

Fato inquestionável é que aludidas institui-ções compõem o grupo da Segurança Pública de cuja primazia é a manutenção e preser-vação da ordem pública, a incolumidade das pessoas e do patrimônio na exata dimensão coligida no capítulo constitucional da Carta Política, em vigor.

Irrefragável que ninguém nasce criminoso (a criminologia ensina tal fenômeno) nem tampouco para ser vítima de um fato social normal considerando que o crime possui

exis-tência real e é efetivo no seio social. É crível que o crime seja algo presente no âmbito da sociedade coletiva e, por isso mesmo, é coro-lário de um fato oriundo das consequências da própria convivência humana e social.

Não obstante, a forma mais útil e que me-lhor se amolda na repressão criminal, seja na sua diminuição ou no próprio extermínio de eventuais práticas delituosas é a aplicação da lei na sua concretude. É assim: pune-se culpados mas absolve-se inocentes! Para que tal desiderato venha a ser alcançado é preciso inferir as autoridades constituídas a crença na condução do seu papel de agente público, esperando que o faça somente aquilo que a lei o autorize, responsabilizando por corolário o ofensor do bem jurídico tutelado a fim de que arque com as consequências legais e

previstas nas normas materiais na proporção de sua culpabilidade. Não há dúvidas de que seja este o caminho doutrinariamente deno-minado de persecução penal, marchado com o costumeiro denodo pela Polícia judiciária sob a égide da instauração do instrumento jurídico normatizado de Inquérito Policial. Nesse vagar, as nossas polícias judiciárias em cumprimento ao ordenamento jurídico vigente, exercem de forma exclusiva o manejo do procedimento preparatório da ação penal, de caráter administrativo, voltado à colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua autoria, cuja fi-nalidade precípua é estruturar, fundamentar, formar a convicção do Parquet e dar justa causa à ação penal.

Entrementes, claro que, não pode, a autoridade policial, investir contra o in-divíduo, investigando sua vida privada, garantida naturalmente pelo direito cons-titucional à intimidade, bem como agindo em juízo contra alguém sem um mínimo

razoável de provas, de modo a instruir e sustentar tanto a materialidade como indí-cios suficientes de autoria. Todavia, diante da razoabilidade formal, o Estado pode e deve punir o autor da infração penal

con-soante leciona a CF/88, artigo 5º, caput. Ora, pois, é de se indagar: quem figura no polo passivo da lide instrumentali-zada? O indiciado! É, a pessoa eleita pelo Estado investigação, dentro de sua convicção, como autor da infração penal. Entrementes, caso alguém se sinta injus-tamente convocado a comparecer junto a uma delegacia para ser indiciado, lhe é cabível ajuizar o habeas corpus, na busca de seu trancamento pela Jurisdição competente. De igual sorte, vale-se o De-legado de Polícia dos mesmos critérios do Magistrado-penal, o emprego do artigo 185 a 196, do Código de Processo Penal, que assegura entre outras o direito ao silêncio, regramento assegurado ao investigado no artigo 5º, LXIII, CF.

Já na iminência da conclusão deste tra-balho acadêmico, é preciso pontuar que a Autoridade Policial deve, ao encerrar as in-vestigações, relatar tudo o que foi feito na pre-sidência do inquérito, de modo a apurar – ou não – a materialidade e a autoria da infração penal. Pode, todavia, o Ministério Público não se conformar e proceder junto ao Juiz-penal o retorno dos autos para novas diligências, indicando expressamente o que deseja que seja providenciado na esfera administrativa. Demais disso, concluindo e relatado à miúde todo o trabalho de competência extrajudicial o Inquérito deverá ser encaminhado ao juízo criminal. Não há olvidar que a falta do rela-tório constitui mera irregularidade, não tendo o Magistrado-penal ou o Órgão acusador o poder de obrigar a autoridade policial a concretizá-lo. Ao estimado leitor ouso, neste particular, destacar minha ignorância acerca

de algo parecido, de algum caso análogo. Fato é que, deve o promotor ter como base para oferecimento da denúncia o suporte do inquérito policial produzido pela polícia judiciária, sem prejuízo da me-lhor hermenêutica da tipificação do crime na sua individualidade. Eventualmente, é possível dispensar o inquérito, desde que o acusador possua provas suficientes e idôneas para sustentar a denúncia ou a queixa, o que não deixa de ser hipótese rara. Isso poderá ocorrer, quando houver outros tipos de investigações, tais como: sindicâncias disciplinares, processos admi-nistrativos, inquéritos militares, inquéritos parlamentares, incidentes processuais.

Oportuno ressaltar que encerradas as investigações, há 4 (quatro) providências que o titular da Ação Penal pode tomar, vejamos: (i). oferecer a denúncia, (ii). requerer a extinção da punibilidade, (iii). requerer o retorno dos autos à polícia ju-diciária e (iv). requerer o arquivamento. No entanto, é defeso o Órgão Ministerial promover o arquivamento do inquérito po-licial. Deve submeter o seu pedido ao juiz, que poderá acatá-lo ou não.

Por derradeiro, o ato de indiciamento é discricionário e privativo do Delegado de Polícia. Para tanto, deverá fundamentar-se em elementos de informação que ministrem certeza quanto à materialidade e indícios razoáveis de autoria.

Declino, diante do breve arrazoado, a palavra àqueles que buscam através dos estudos no curso de Direito uma chance de compor os quadros desta tão importante carreira jurídica que têm ao longo dos tempos demonstrados ser um braço forte da socie-dade e do Judiciário.

Campo Grande-MS | Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A2

OPINIÃO

O

primeiro mês de 2021 que passou trouxe surpresas consideradas nada agradáveis. O aumento rotineiro do litro do combustível. É que o ano mal começou e o brasilerio já teve de fazer malabarismos para manter as contas no azul – e o tanque cheio – mesmo diante de dois reajustes (5% e 7%). Na Capital sul-mato-grossense, os efeitos desse aumento podem ser sentidos de maneira mais cruel. De acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Campo Grande tem a gasolina mais cara entre as capitais do Centro-Oeste, variação de R$ 4,67 a R$ 4,99, na última semana.

A Petrobras adota a política de que seus valores têm como referência os preços de paridade de importação (PPI), ou seja, acom-panham as variações do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio. Como o petróleo é cotado em dólar e sofre pressão

forte do mercado externo, isso preocupa muito porque esse aumento não foi em função da de-manda, já que estamos no meio da pandemia ainda. O que ocorre é um enfraquecimento do mercado pois o consumidor tem cada vez menos dinheiro no bolso e está gastando mais com o litro da gasolina.

O combustível é o maior propulsor da economia, e a partir do momento que você o tem subindo muito, tende-se a ter aumento de custos do transporte das mercadorias e isso interfere diretamente nos preços de arroz, feijão, carne, leite, entre outros produtos.

Em Campo Grande, foi-se o tempo de en-cher o tanque por menos de R$ 200. Agora, é preciso colocar mais do que isso para o carro conseguir fazer o mês inteiro. Querendo ou não, afeta o orçamento. A situação é deixar um dinheiro reservado especificamente para o combustível e economizar com outras coisas, como em lazer e compras dentro de casa.

Editorial

Irrefragável que ninguém

nasce criminoso nem tampouco

para ser vítima de um fato

social normal considerando

que o crime possui existência

real e é efetivo no seio social

OPINIÃO DO LEITOR A RESPEITO DA EDIÇÃO DE ONTEM

1

Co le ti va men te, a man che te de ontem:

Foi: 90% mui to im por tan te | 0% pouco im por tan te 10% im por tan te | 0% sem im por tân cia

2

Os tex tos da pri mei ra pá gi na con ti nham

algum exa ge ro em re la ção às pá gi nas in ter nas? 0% SIM 100% NÃO

3

A charge da edição de ontem foi:

95% interessante | 0% indiferente 3% pouco interessante | 2% não viu

4

Qual foi a notícia mais importante?

5

Dê a sua avaliação à edição de ontem:

90% ótimo | 10% bom | 0% regular | 0% ruim

ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (67) 3345-9050 A CIDADE É SUA, O PROBLEMA É NOSSO: cidadeesua@oestadoms.com.br

Os artigos assinados publicados neste espaço são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

“Indefi nição sobre ponto facultativo do carnaval

deixa setores da economia sem planejamento”

“Indefi nição sobre ponto facultativo do carnaval

deixa setores da economia sem planejamento”

Rua 14 de Ju lho, 204 - Vi la San ta Do ro théa Cam po Gran de - MS - CEP 79004-392 - PABX: (67) 3345-9000

“Somos o que fazemos. No dia em que fazemos,

realmente existimos; nos outros, apenas duramos.”

Padre Antônio Vieira

O

ESTADO

MATO GROSSO DO SUL

Comercial | (67) 3345-9030 - co mer cial@oes ta doms. com.br - ge ren te co mer cial@oes ta doms. com.br | Circulação | Aten di men to ao as si nan te: (67) 3345-9050 cir cu la cao@oes ta doms. com.br Representantes: Brasilia-DF, EC Comunicação e Marketing – Quadro QS 01, Rua 210 Lt. Nº 34/36, Bloo A Sala 512, Ed. Led Offi ce, Cep 71.950-770, Email: diretor.eccm@gmail.com, Telefone (61) 99186-6647,

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Efeito cascata

A polícia judiciária

e sua importância

ao Estado Juiz

Dr. Ronaldo Braga

Diretor Jaime Vallér Editor-Chefe Bruno Arce editor@oestadoms.com.br Opinião leitor@oestadoms.com.br Política Alberto Gonçalves politica@oestadoms.com.br Cidades Raiane Carneiro cidades@oestadoms.com.br Esportes Luciano Shakihama esportes@oestadoms.com.br Economia e Agronegócios Rosana Siqueira economia@oestadoms.com.br Artes e Lazer Marcelo Rezende arteelazer@oestadoms.com.br Reportagem Patricia Belarmino Fotografi a fotografi a@oestadoms.com.br Arte Wendryk Silva paginacao@oestadoms.com.br Fundado em 2 de dezembro de 2002

Advogado criminalista e professor universitário

(3)

Empoderamento

Senado

Atuante

Nomeado

Campo Grande-MS | Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A3

Política

A parlamentar sul-mato-grossense vai ocupar a terceira-secretaria da Casa de Leis

Rose Modesto é a 1ª mulher de MS eleita

para a Mesa Diretora da Câmara Federal

Senadores definem

nas urnas Mesa

Diretora da Casa

Por questões burocráticas Geraldo Resende assume suplência

na Câmara e logo depois é nomeado novamente na SES

TV O Estado

Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Facebook

A deputada federal Rose Modesto (PSDB-MS) é a primeira mulher sul-mato--grossense a ocupar um dos cargos da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. A parlamentar foi eleita com 398 votos na tarde de ontem (3) para a 3ª-secretaria para o biênio 2021-2022, após indi-cação da bancada do PSDB. De acordo com a parla-mentar, “é uma honra poder ocupar esse cargo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Uma secretaria importante, que cuida da parte administrativa, que tem grande responsabili-dade por cuidar do uso do dinheiro público. Vou traba-lhar com transparência para que cada cidadão do Brasil possa acompanhar tudo”, enfatizando que “me sinto

Andrea Cruz

Foi publicada ontem (3), no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, a nomeação do suplente de deputado federal Geraldo

Resende (PSDB) como secre-tário de Estado de Saúde. Dessa forma ele volta oficialmente ao comando da SES (Secretaria de Estado de Saúde). A questão burocrática se deu porque

Ge-raldo Resende é o primeiro suplente da cadeira de Tereza Cristina, que é deputada fe-deral licenciada ao Ministério da Agricultura. Na sexta-feira passada Tereza foi exonerada

do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro para votar na eleição para a presidência da Câmara Federal. Após isso, ela retornou à pasta e Geraldo necessitou assumir a cadeira novamente

para não perder a suplência. Feito isso, ele licenciou-se e voltou ao comando da SES e a segunda suplente Bia Cavassa (PSDB) retomou o cargo de deputada.

Agência Brasil

O Senado concluiu na tarde de terça-feira (2) a escolha dos integrantes da Mesa Diretora da Casa. Quase todos os postos foram ocupados em consenso entre os senadores e os par-tidos, com apresentação de can-didatura única.

A única dúvida ficou na pri-meira-vice-presidência. Dois se-nadores buscavam essa vaga, Lucas Barreto (PSD-AP) e Vene-ziano Vital do Rêgo (MDB-PB). O emedebista foi o escolhido, com 40 votos contra os 33 ob-tidos por Barreto.

A Mesa Diretora do Se-nado para o próximo biênio foi definida assim: presidente, Rodrigo Pacheco (DEM-MG); primeiro-vice-presidente, Vene-ziano Vital do Rêgo (MDB-PB); segundo-vice-presidente, Ro-mário (Podemos-RJ); primeiro--secretário, Irajá (PSD-TO); segundo-secretário, Elmano Férrer (PP-PI); terceiro-secre-tário, Rogério Carvalho (PT-SE); e quarto-secretário, Weverton Rocha (PDT-MA). O primeiro suplente de secretário é Jor-ginho Mello (PL-SC), o segundo suplente, Luiz do Carmo (MDB--GO); e a terceira suplente, Eli-ziane Gama (Cidadania-MA). A quarta suplência ficou vaga, sem candidatos para ocupá-la.

Os membros da Mesa, com exceção dos suplentes, com-põem a Comissão Diretora do Senado, que se encarrega da or-ganização e do funcionamento da Casa e da redação final de todas as proposições que são aprovadas pelos senadores.

Com a definição da Mesa, o Senado começou seus tra-balhos.

Deputada Rose Modesto recebe quase 400 votos dos parlamentars para sua indicação à Mesa Diretora

honrada e espero que outras mulheres, de nosso Estado e de outros estados, tenham essa oportunidade de ocupar posi-ções importantes, em todas as

esferas. Quando uma mulher tem essa oportunidade, toda a sociedade ganha”.

Modesto também enfatizou que vai ter como aliadas na

Mesa Diretora todas as de-putadas federais “para que a Câmara priorize a votação de pautas em defesa da mulher”.

O cargo de

terceiro-secre-mente, quem for hoje lá vai ver a situação.”

Como a gestão passada não abriu licitação para contratos de limpeza e varrição, hoje, Dourados enfrenta o mato alto em praticamente todo o âm-bito público. Empresários e população estão fazendo o que podem para diminuir a sujeira, diz o parlamentar. Buracos tomaram conta e o retrato da cidade é de calamidade. “Claro, que a gente não pode cobrar o atual prefeito que está há um mês no mandato. Isso aí vem de tempos atrás e nós temos que dar um tempo para ele arrumar a casa. E todos nós temos de ajudar neste mo-mento que Dourados precisa muito”, diz Marçal.

Sonho de ser prefeito

Questionado se ainda tem o sonho de ser prefeito da cidade daqui a alguns anos, Marçal diz que sim e que a não disputa em 2020 foi por von-tade pessoal. “Sem dúvidas. Eu alimento o sonho de ser pre-feito. Realmente, nesta eleição [2020] foi uma decisão pessoal minha e de foro íntimo de não sair candidato. Todas as pros-pecções e sondagens eleitorais indicavam a minha vitória com uma larga diferença pública e

notória. Tinha também apoio político, mas entendi que não era o meu momento. Isso é uma coisa que eu senti no meu coração. A gente sempre acha que pode fazer mais. A gente entra na política por isso, e isso te move a continuar ser político. Acreditando que pode fazer a diferença.”

Líder do governo

A deputada Mara Caseiro é a nova líder do governo do Estado. Marçal, que também é tucano, aprova a escolha. “Primeiro que ela tem expe-riência porque já foi depu-tada. Não é fácil ser líder de governo. Tem de enfrentar algumas pautas impopulares. Mas, acho que até pelo fato de ser uma mulher isso ajuda no diálogo, por ter mais tranqui-lidade e serenidade. É em-blemático e simbólico. Isso é a valorização da mulher no parlamento, já que nós está-vamos sem nenhuma.”

Mesmo sendo do mesmo partido que o governador Rei-naldo Azambuja, o deputado é conhecido por ser ques-tionador e crítico. “Digamos que eu não tenho um perfil de um deputado governista. Eu trabalho para que o Estado continue com grandes obras.”

tário garante a participação ativa nas decisões da Câmara dos Deputados, uma vez que a Mesa tem poder de deliberar sobre questões que envolvem procedimentos a serem ado-tados pela Casa de Lei. Também a secretaria é responsável por questões administrativas.

Deputado Marçal de Souza diz que vai buscar alternativas para melhorar sua cidade, Dourados

O deputado estadual Marçal de Souza (PSDB) afirma que vai auxiliar o município de Dou-rados no que for possível com emendas e no que competir à função pública. Ele enxerga que o prefeito Alan Guedes pegou a cidade aos frangalhos e que o novo gestor deve demorar alguns meses para arrumar a casa.

“Minha relação com Alan é boa, até porque fomos vere-adores juntos e eu contribui para que ele pudesse chegar à presidência da Câmara de Dourados. Conversamos por telefone após a sua vitória e eu o cumprimentei. Depois a equipe dele esteve em contato comigo, para que nos encon-tremos para que eu possa me colocar a disposição, no sentido de enviar emendas e colocar a minha força de trabalho a favor de Dourados. Eu nunca tive a concepção de que o prefeito deveria ser deste ou daquele partido. A minha base eleitoral é Dourados e eu me dedico muito a minha cidade.”

O deputado afirma que, mesmo quando gestores de Dourados não o procuravam, ele encaminhava recursos. “Enquanto estive em cargos, gestores de diversos partidos passaram e mesmo alguns não sendo aliados politicamente e não me procurando, eu sempre coloquei recursos para Dou-rados porque é a cidade que está em jogo. Deputado e pre-feito são cargos momentâneos e têm prazo para acabar. A cidade continua e Dourados está precisando muito disso, de uma união total, porque hoje está num estado de abandono com-pleto. Eu tenho até vergonha de dizer isso porque eu defendo muito a minha cidade.

Infeliz-Deputado Marçal diz que está à disposição

de Alan Guedes para reerguer Dourados

(4)

Campo Grande-MS | Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

POLÍTICA

A4

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores, sobre a prefeitura ter instalado pedras sob viadutos de SP

Bolsonaro defende a tortura

e deve conhecer métodos

sofisticados. Mas foram os tucanos

que inventaram os mais simples

Terreno

O MDB comprou o risco de lançar candidatos

simultaneamente na Câmara e no Senado e por pouco não amarga uma tripla derrota. Além de sair perdedor nas duas Casas, viu ruir o acordo que levou parte da bancada a aderir a Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o que isolaria o partido da cúpula do Parlamento. Dono da maior bancada do Senado, o partido promete, na formação das comissões, usar seu peso para mostrar o descontentamento com o abandono de antigos.

De qual lado

Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi criticado nos bastidores. Ou quebrou acordo com o MDB, fechado para a eleição de Pacheco, ou vendeu a dois partidos a mesma promessa, que ficou com cara de terreno na lua.

Informal

Alcolumbre quer presidir a Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Membros do MDB , no entanto, negam que haja acordo nesse sentido por enquanto.

Raspando

O MDB travou um duelo com o PSD, cada dia mais próximo do governo Jair Bolsonaro, pela vice-presidência e ganhou com placar apertado de 40 x 33.

Na manga

Durante a votação, um pedido de abertura de CPI recolheu 20 assinaturas no plenário. O quadro, dizem líderes da sigla, reforçam o diagnóstico de que a eleição de Pacheco não significa mar calmo para Bolsonaro.

Cenário

Integrantes da sigla reconhecem que a eleição deixou “muitos chateados” com o MDB, inclusive entre políticos que viram abandono do partido à candidatura de Simone Tebet (MDB-MS).

Futuro

Outro partido que sumiu do comando das Mesas Diretoras é o PSDB, que se dividiu nas duas Casas entre apoiar o MDB ou os candidatos do governo.

Rusgas

O discurso de Kim Kataguiri (DEM-SP) no plenário da Câmara nessa segunda (1º), chamando aliados de Jair Bolsonaro e Arthur Lira (PP-AL) de tchutchucas do centrão, irritou parlamentares. Nessa terça (2), houve discussão entre deputados no grupo de WhatsApp da Frente Parlamentar Agropecuária.

Na casa

Kataguiri foi criticado por ter generalizado a crítica. O integrante do DEM retrucou e pediu que os parlamentares levassem a questão para debate público ou pessoalmente. Chamou as indiretas que recebeu no grupo de “malandragem”.

Tom

A primeira sessão de 2021 da Câmara Municipal de SP foi marcada por fala agressiva da vereadora Sonaira Fernandes (Republicanos) sobre masculinidade e feminilidade, feita na presença de Erika Hilton (PSOL) e de Thammy Miranda (PL), parlamentares transexuais.

2021

Ex-funcionária do gabinete de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Sonaira disse que “a agenda globalista quer desmoralizar a figura do homem. Essa agenda pretende feminilizar o homem e masculinizar as mulheres”. Erika classificou a fala como ataque vexatório e desequilibrado.

Investida

Na contramão da tendência de municípios e estados brasileiros de abandonarem o uso de medicações como hidroxicloroquina para o tratamento do coronavírus, a Prefeitura de Ilhabela decidiu comprar e disponibilizar o chamado “kit Covid” em sua rede de saúde.

Secretários de Saúde dos estados afirmam que pedidos de prefeituras por cloroquina quase não acontecem mais há alguns meses por não estarem sendo usados nas linhas de frente de hospitais. Bandeiras do governo de Jair Bolsonaro, cloroquina não tem eficácia cientificamente comprovada contra a COVID-19.

Reforço

O arquiteto e urbanista Fernando Chucre, ex-secretário de Desenvolvimento Urbano da gestão Bruno Covas (PSDB), assumirá a presidência executiva do Fundo Social de São Paulo, braço do governo do estado para programas sociais. A primeira-dama Bia Doria é a presidente de honra do Fundo.

Preferência

Câmara dos Deputados

Lista de projetos foi entregue por Bolsonaro aos presidentes do Legislativo

Presidente pede ao Congresso

prioridade em projetos de interesse

Opositores e ex-aliado de Bolsonaro são

confirmados em cargos do comando da Câmara

‘Nos encontramos em 22’, diz Bolsonaro ao ser

chamado de genocida e fascista no Congresso

Luis Macedo/Câmara dos Deputados Marcos Correa/PR

Folhapress

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entregou aos pre-sidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), uma lista de projetos considerados prio-ritários pelo governo.

Entre eles estão propostas que ampliam posse e porte de armas e uma que prevê exclu-dente de ilicitude (tese sobre autorização para matar em su-posta ação de legítima defesa) para militares em operações de garantia da lei e da ordem.

A lista foi entregue ontem (3), durante encontro que Bol-sonaro manteve com os dois novos presidentes da Casas do Legislativo. Ambos foram eleitos com o apoio do presidente da República.

O documento contém as matérias consideradas impor-tantes que já foram aprovadas por alguma das Casas e em seguida lista os projetos prio-ritários para o governo federal. Em relação ao Senado, na pauta de costumes, o governo Bolsonaro quer ver aprovados o projeto que amplia a libe-ração do porte de armas para os chamados CACs (Coleciona-dores, Atiradores Esportivos e Caçadores). Esse grupo cons-titui uma das bases de apoio do presidente.

A proposta, que já foi apro-vada na Câmara, no entanto, saiu um pouco desidratada em relação ao projeto original, que havia sido encaminhado pelo

O presidente Jair Bolso-anro (sem partido) foi hosti-lizado na tarde de ontem (3), ao participar da solenidade de abertura dos trabalhos legisla-tivos de 2021.

Ele foi chamado por par-lamentares da oposição de “fascista” e “genocida”. Em resposta, aliados puxaram coro de “mito”.

Foi necessária a inter-venção do presidente do

Se-nado, Rodrigo Pacheco (DEM--MG), para acalmar os ânimos. “Vamos dar uma oportuni-dade à pacificação deste país, uma delas é que respeitando a manifestação de pensamento possamos respeitar as insti-tuições deste país. Vamos dar mais uma oportunidade para que possamos iniciar uma nova fase de consenso, de respeito à divergência”, disse Pacheco.

Antes de começar seu dis-curso, que foi lido, Bolsonaro lembrou que foi por 28 anos deputado, mas que nunca desrespeitou autoridades que ali estiveram. E arrematou: “Nos encontramos em 22”, em alusão ao ano da próxima eleição presidencial.

Foi a primeira vez que Bol-sonaro foi ao Congresso pes-soalmente levar a mensagem desde que assumiu a

Presi-dência da República.

Nos anos anteriores, Bolso-naro enviou o então ministro da Casa Civil, Onyx Loren-zoni, para fazer a leitura da mensagem.

Em 2019, o presidente não compareceu porque se recu-perava de uma cirurgia para reconstrução do trânsito in-testinal. No ano passado, recu-perava-se de uma vasectomia. (Folhapress)

Em votação secreta, os de-putados federais confirmaram ontem (3) os nomes que vão, ao lado de Arthur Lira (PP-AL), formar o novo comando da Câ-mara.

Três vagas ficaram com aliados do líder do “centrão”, bloco que sustenta a base aliada do presidente jair Bolsonaro (sem partido). As outras três vagas serão ocupadas pelos opo-sitores PT e PSDB, além de Lu-ciano Bivar (PSL-PE), ex-aliado de Bolsonaro.

A votação ocorreu após recuo de Lira, que havia, como pri-meiro ato na presidência da Casa, tentado tirar adversários dos postos de comando. Diante da pressão, Lira foi obrigado a ceder e oferecer cargos na mesa para o PT e o PSDB.

A Mesa Diretora é o colegiado que forma a cúpula da Câmara e, juntamente com o presidente, é responsável por todas as deci-sões administrativas, e algumas políticas, da Casa.

Além da presidência, a Mesa da Câmara é formada por duas vice-presidências e quatro se-cretarias.

A segunda-secretaria ficou com Marília Arraes (PT-PE), que disputou o segundo turno contra o deputado João Daniel (PT-PE), do mesmo partido. A primeira teve 192 votos contra 168 de Daniel, candidato oficial do partido. O placar representa vitória do grupo mais alinhado a Lira, que defendia o nome de Marília. A vice-presidência da Câmara ficou com Marcelo Ramos (PL-AM). A segunda-vice com André de Paula (PSD-PE), ambos do “centrão” e aliados de Lira. Já a primeira-secretaria, que é uma espécie de “prefei-tura”, responsável por todas as principais decisões administra-tivas, será ocupada por Bivar.

A terceira-secretaria será do oposicionista PSDB, com de-putada Rose Modesto (MS). A quarta-secretaria, com Rosân-gela Gomes (Republicanos-RJ).

Bolsonaro se encontrou com os presidentes da Câmara (esq.), Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco

Planalto. O novo texto limitou a abrangência do projeto apenas aos CACs, retirando do pro-jeto outras possibilidades de estender o porte e a posse de armas para outras categorias, como queria o governo.

O governo também gostaria de ver aprovada na Casa pro-posta que aumenta a pena para quem corromper menores de 18 anos para atividades de tráfico de drogas, e também um polê-mico projeto que altera o Esta-tuto do Índio para combater o in-fanticídio. Alguns especialistas acreditam que a criminalização contribui para estigmatizar a população indígena.

Bolsonaro também quer aprovar no Senado a proposta que muda o sistema de cobrança de pedágios, estabelecendo o chamado “free flow”.

A matéria determina que fica

isento do pagamento de tarifa de pedágio o veículo cujo pro-prietário possua residência ou trabalhe no município em que esteja localizada praça de co-brança de pedágio. Na Câmara, há mais projetos da chamada pauta de costumes considerados prioritários pelo Executivo.

O governo estabeleceu como prioridade nessa Casa a apro-vação de outra proposta que amplia a posse e porte de armas de fogo – além da que tramita no Senado. Essa proposta em tra-mitação na Câmara permite que membros das Forças Armadas, policiais federais, rodoviários, civis e militares adquiram até dez armas, entre outros itens.

Há ainda um projeto de ex-cludente de ilicitude para mili-tares em operações de garantia da lei e da ordem, além de pro-postas que aumentam a pena

para abuso sexual de menores. Outro texto considerado prio-ritário pelo governo prevê um documento único de transporte.

O governo quer que a Câmara vote também um projeto que inclui a pedofilia como crime hediondo e um projeto sobre educação domiciliar.

Bolsonaro elencou ainda como prioridades projetos que, na avaliação do Executivo, vão viabilizar a retomada de in-vestimentos e que estão em tramitação na Casa, como a re-forma tributária, a privatização da Eletrobras, as mudanças da lei do câmbio e a mineração em terras indígenas.

Por fim, o governo estabe-leceu como prioridades a re-forma administrativa, o licen-ciamento ambiental, concessões florestais e regularização fun-diária.

Sessão que definiu a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ocorreu no período da manhã de ontem

O primeiro-vice-presidente fica responsável por analisar os requerimentos de informação a outros órgãos do Poder Público. O segundo-vice avalia pedidos de reembolso de despesas mé-dico-hospitalares dos deputados e também atua como uma ponte institucional com órgãos dos Legislativos estaduais e muni-cipais.

O primeiro-secretário fica a cargo dos serviços

administra-tivos da Câmara. Já o segundo tem como função cuidar das relações internacionais da Casa. O terceiro-secretário analisa re-querimentos de licença e justi-ficativas de falta apresentados por parlamentes e também é responsável pela autorização prévia de reembolso de des-pesas com passagens aéreas internacionais. Já o quarto--secretário monitora o sistema habitacional da Casa.

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Campo Grande-MS | Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A5

cidadES

Segurança

Casos em MS

Casa da Mulher Brasileira

Nova unidade e ampliação de penitenciárias no interior devem reduzir em 30% deficit de vagas no sistema prisional

Governo busca aporte de R$ 40 milhões para

construção de mais um presídio na Gameleira

Novo boletim aponta

redução na taxa de contágio

por COVID-19 no Estado

Em 2020, casos de violência doméstica reduziram

enquanto número de feminicídios aumentou

O governo do Estado vai lançar até o fim deste primeiro semestre o edital para concurso da Coordenadoria-Geral de Perícia de Mato Grosso do Sul. Segundo o titular da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Antonio Carlos Videira, serão contratados peritos criminais, papiloscopistas científicos e

médicos-legistas. Ele informou que já está em contato com a SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização) e com a coordenadoria para definir o número de contratações e onde serão lotados os aprovados no concurso. “Nós ampliamos por exemplo as unidades regionais de perícias e identificação, criamos a Delegacia Regional de Bataguassu e a de

Costa Rica. Então, em face da necessidade de expedição de laudos periciais e exames periciais decorrente do aumento no volume de crimes esclarecidos e drogas apreendidas, que é resultado também da ampliação e criação dos 11 núcleos regionais de inteligência, nós precisamos realizar o concurso para aumentar o efetivo para atender a demanda”, afirmou.

Governo vai lançar concurso para perícia de MS

Rafaela Alves

Com uma das maiores po-pulações carcerárias per

ca-pita do mundo, Mato Grosso

do Sul busca junto ao Depen (Departamento Penitenciário Nacional) R$ 40 milhões para construção de um novo presídio de regime fechado no Complexo Penitenciário da Gameleira, em Campo Grande. Outras alterna-tivas para reduzir a lotação das unidades prisionais do Estado também estão em pauta.

Com quase 10 mil internos a mais que a capacidade dos presídios, a meta é reduzir 30% do deficit de vagas com três penitenciárias e a ampliação de outras seis unidades no inte-rior do Estado. Estão contabili-zadas nesta redução a unidade batizada de 603-B, que será inaugurada no mês que vem, e outra unidade masculina de regime fechado, 603-A, que foi inaugurada no fim de 2019 e entrou em funcionamento no começo do ano passado. Além disso, a construção da unidade feminina será retomada.

O secretário estadual de Jus-tiça e Segurança Pública, An-tonio Carlos Videira, em entre-vista a O Estado, afirmou que, para a construção do novo pre-sídio que está sendo pleiteado, o governo do Estado entrará com uma contrapartida. “Durante as tratativas com o governador

Reinaldo Azambuja, sobre a construção dessa nova unidade também no Complexo da Ga-meleira, ele já nos autorizou informar o Depen que o Estado fornecerá a contrapartida”, as-segurou.

Segundo Videira, Mato Grosso do Sul tem população carcerária per capita maior que a dos Estados Unidos, um dos países que mais prendem pessoas no mundo. “Nós somos também maior que a média na-cional que é de 368 presos por 100 mil habitantes. Hoje, temos, percapitamente, 683 presos para cada 100 mil habitantes, mas já chegamos a ter 703 presos por 100 mil. Nos Estados Unidos são 655 presos para cada 100 mil habitantes”, explicou.

Dos 19.696 internos do Es-tado, conforme dados do mapa prisional da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), 40% foram presos por tráfico de drogas e pelo menos a metade é de outros estados da Fede-ração. “São aproximadamente 8 mil internos e esse número cresceu muito em decorrência das apreensões de drogas rea-lizadas no ano passado; foram mais de 700 toneladas de entor-pecentes apreendidos apenas pelas forças estaduais de se-gurança. Então quanto mais se apreende, mais se prende também”, ressaltou.

O secretário salientou ainda que está em constante trativa com o governo federal para que não apenas invista nas constru-ções, mas que mantenha os in-vestimentos e também o custeio dessas unidades. “Até porque o custeio de uma unidade pri-sional em seis meses é maior que o valor da construção dela. Você vai receber uma viatura de 150 a 200 mil, você terá um custo de manutenção muito alto, então não é só você construir o presídio, o custo mensal é muito alto. Um preso hoje não custa, mensalmente, menos que R$ 2,7 mil”, ressaltou.

Alternativas

Além de disponibilizar mais vagas para suprir o deficit de quase 10 mil vagas do sistema prisional de Mato Grosso do Sul, o secretário de Justiça e Segu-rança Pública, Antonio Carlos Videira, alegou que atribuir penas alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica, pode ajudar na redução de superlo-tação dos presídios. Segundo ele, o monitoramento eletrônico é um caminho mais rápido que a construção de uma nova uni-dade e ainda mais econômico. Hoje, o Estado tem 2 mil presos sendo monitorados.

“Hoje, você ter penas alter-nativas, você potencializar a remissão de penas ofertando estudos e trabalho é uma forma

“Feminicídio é um crime de ódio e não de amor, a maioria das mulheres é morta no exato momento em que decidem in-terromper com o ciclo da vio-lência.” A frase da psicóloga e coordenadora de projetos e ações temáticas Márcia Pau-lino destaca a realidade da violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul. Somente em 2020, 11 mulheres foram mortas em Campo Grande e 39 em todo o Estado.

Os dados foram apresen-tados pela Semu (Subse-cretaria de Políticas para a Mulher) durante a comemo-ração realizada ontem (3) dos seis anos de criação da CMB (Casa da Mulher Brasileira) em Campo Grande. De acordo com Paulino, no momento em que a mulher decide sair de um relacionamento abusivo, é onde ela mais corre perigo.

Em relação ao número de agressões durante o ano pas-sado, foram registrados 5,7 mil casos de violência doméstica; 407 relatos de estupro; 14 re-latos de feminicídio tentado; 11 casos de feminicídio

con-sumado. O total de registros de agressões contra as mu-lheres na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na Capital foi de 7,3 mil casos.

Nos últimos quatro anos, 58,6 mil mulheres foram aten-didas na CMB. A faixa etária que mais procurou os serviços da instituição foi das mu-lheres de 21 a 40 anos (56,7%). As mulheres atendidas de 41 a 60 anos representam 28,9% do total.

Com relação à raça, a maioria das mulheres aten-didas na Casa da Mulher Brasileira se declarou preta ou parda, 56,6% do total. As mulheres que se declararam brancas representam 38,6% dos atendimentos.

Paulino ressaltou que a pan-demia não gera a violência em si, mas potencializa os conflitos que existiram. “Seja pelo maior convívio e desemprego, conclu-ímos que apesar da diminuição dos atendimentos, a violência aumentou muito. Percebemos que as mulheres estão com maiores dificuldades para

de-Mariana Moreira

O índice de 0,98% de con-tágio por COVID-19 aponta uma queda no número de novos casos da doença em Mato Grosso do Sul. A cada 100 contaminados, a esti-mativa é de que haja 98 infectados no dia seguinte. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, a redução da taxa de contágio abaixo de 1% pode estar relacionada ao pe-ríodo de chuvas e à redução da mobilidade urbana.

No entanto, Resende de-monstrou preocupação com a proximidade do feriado de carnaval. “Nossa taxa de con-tágio é uma conquista. Nós estamos em 0,98% significa que nós temos a possibilidade de ter um cessar desse cres-cimento que foi verificado em dezembro e em janeiro, mas precisamos estar bastante vigilantes, porque temos aí um feriado e isto nos

preo-cupa porque pode propiciar a propagação do vírus princi-palmente em concentrações”, alertou.

De acordo com o último boletim epidemiológico apre-sentado ontem (3), Mato Grosso do Sul registrou mais 738 novos casos em 24 horas, e os números se elevam para 163 mil casos confirmados no Estado desde o início da pandemia. Foram registradas ainda 21 novas mortes em decorrência da doença. O novo coronavírus já foi res-ponsável pela morte de 2.958 pessoas.

Dos 484 pacientes que permanecem internados pelo novo coronavírus, 251 estão em leitos clínicos e 233 em leitos de UTI (Uni-dade de Terapia Intensiva). A taxa de ocupação de leitos na macrorregião da Capital está em 77%; em Dourados chega a 86%. Três Lagoas e Corumbá têm 58% dos leitos ocupados.

melhor não só de ressocializar, mas de economizar. Porque sempre iremos ter defasagem, nós vamos investir nas uni-dades, mais de R$ 120 milhões e não vamos resolver nosso problema de superlotação”, ga-rantiu.

Ampliação de unidades

Dentro dos 30% que a go-verno estadual pretende re-duzir no deficit de vagas está a ampliação de seis presídios do interior do Estado. Conforme a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), serão mais 908

vagas disponíveis para o re-gime fechado masculino. A agência informou também que está em andamento o processo licitatório para execução dos projetos.

Os projetos, que foram apre-sentados ao Depen (Departa-mento Penitenciário Nacional), preveem a inclusão de 120 vagas no Estabelecimento Penal de Nova Andradina, 186 na Peni-tenciária de Segurança Máxima de Naviraí, 186 na Penitenciária de Dois Irmãos do Buriti, 160 nas penitenciárias masculinas de Três Lagoas e 120 na de Paranaíba. Estão inclusas ainda

136 vagas no Presídio de Trân-sito de Campo Grande.

Para a elaboração dos projetos estruturais das seis unidades prisionais, o Depen disponibilizou mais de R$ 1,5 milhão. Já para a execução das obras, foram destinados R$ 30,4 milhões. Os recursos são oriundos do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional).

E, a exemplo dos novos pre-sídios, como o último construído no Complexo Penitenciário da Gameleira, em 2019, o governo do Estado quer que toda a gestão dos presídios seja feita pela Polícia Penal.

nunciar”, afirmou.

Conforme a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Azam-buja, a partir de março deste ano, a Casa da Mulher na Capital contará com uma sala para exames de corpo de delito. “Teremos o funcio-namento do IMOL (Instituto Médico-Legal) para fechar o ciclo de atendimento hu-manizado aqui na CMB”, ressaltou.

Azambuja salientou que em 2020 as mulheres foram o grupo mais prejudicado pelas diversas vulnerabili-dades impostas pela COVID-19. “Os feminicídios cres-ceram 30% em MS, e 130% em Campo Grande, o ano passado foi o período em que mais se matou mulheres no Estado. Em 2019 foram cinco assassinatos consumados, em 2020 foram 11 [em Campo Grande]”, frisou.

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, destacou que, com a Casa da Mulher, o público feminino conta cada vez mais com o

amparo do Poder Público contra a violência na cidade. “O Poder Executivo muni-cipal colabora em todos os setores possíveis, e todas as secretarias estão de mãos dadas com a CMB”, disse. Somente nos últimos dois anos, a prefeitura da Capital repassou mais de R$ 3,4 mi-lhões para a instituição.

De acordo com a subse-cretária de Políticas Públicas para a Mulher, Carla Stepha-nini, os serviços oferecidos pela CMB transformam a vida da vítima e sobrevivente da violência. “Com os atendi-mentos, as mulheres voltam a cuidar das suas vidas e família a partir da dignidade e respeito que elas recebem aqui”, afirmou.

A CMB de Campo Grande foi a primeira do país a ser instituída. O local representa um importante avanço no enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher, principalmente por concentrar todos os serviços essenciais em um mesmo local. (MM) Unidade da Gameleira, inaugurada em 2019 e funcionando desde o ano passado Arquiv o OEMS/Nilson F igueiredo

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Campo Grande-MS | Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

CIDADES

Reme

Vacinação contra COVID-19

Além do governo

estadual, outras

cidades do interior

decidiram manter

ponto facultativo

tradicional da data

Capital suspende ponto

facultativo de carnaval mas o

Estado mantém folga

Professores e servidores iniciam

preparativos para volta às aulas

Sem informações sobre quantidade de vacinas,

planejamento da Sesau fica “às cegas”

É uma decisão

para não piorar

as coisas. Quando

me reuni com o

grupo técnico,

por prudência e

cautela, decidimos

que qualquer dia

de folga provocaria

aglomeração

Marquinhos Trad,

prefeito de Campo Grande

O ponto facultativo

já é uma tradição.

Às vezes, as

pessoas já têm

um planejamento

de vida para

o carnaval. O

que nós não

podemos ter é as

aglomerações

Reinaldo Azambuja, governador do Estado

Raiane Carneiro e Mariana Moreira

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, anunciou ontem (3) que não vai haver ponto facul-tativo de carnaval. Com isso, os servidores municipais vão traba-lhar normalmente no período dos dias 15 e 17 de fevereiro. A decisão municipal é oposta à tomada pelo governo do Estado, que vai manter o ponto facultativo e dar folga para o funcionalismo público. Antes mesmo da decisão estadual, alguns municí-pios do interior já haviam decidido sobre o tema. A justificativa para a suspensão do ponto facultativo é evitar aglomerações, prevenindo contra a COVID-19.

A confirmação da suspensão do ponto facultativo para Campo Grande veio durante a inauguração do drive-thru de vacinação, no Parque Ayrton Senna. “Todo mundo trabalhando. Se não tem o carnaval, qual é a razão da existência do feriado?”, afirmou o prefeito Mar-quinhos Trad.

“É uma decisão para não piorar as coisas. Quando me reuni com o grupo técnico, por prudência e cautela, decidimos que qualquer dia de folga provocaria aglome-ração. Mesmo sem carnaval, tem sempre alguém para resolver fazer um churrasquinho ou coisa do tipo”, justificou o chefe do Executivo.

Na mesma tarde, a decisão do

governo do Estado sobre o tema foi divulgada. O governador Reinaldo Azambuja explicou que os servi-dores públicos ativos representam apenas 2% da população e, por isso, o cancelamento do ponto facultativo seria ineficiente para o enfrenta-mento à pandemia da COVID-19. Outra questão citada no texto é que o funcionalismo público não pode ser penalizado.

“Você não pode tomar uma atitude de 47 mil pessoas em um universo de 2,8 milhões. Fica muito parecendo que são os funcionários públicos os culpados pelas aglomerações e não é isso. O ponto facultativo já é uma tradição. Às vezes, as pessoas já têm um planejamento de vida para o carnaval. O que nós não podemos ter é as aglomerações. E elas não são feitas só pelos funcionários públicos, mas por todos que, muitas vezes, não têm a consciência”, afirmou Reinaldo Azambuja.

De acordo com o governador, mesmo com o início da vacinação, a população precisa manter os cui-dados para evitar a proliferação do vírus. As medidas mais eficientes são o uso de máscara e o distancia-mento social.

Conforme o calendário divulgado no dia 18 de dezembro de 2020, os dias 15 e 16 de fevereiro são pontos facultativos em função do carnaval, além do dia 17 até as 13 horas, em razão da Quarta-Feira de Cinzas.

Decisão nas cidades do interior

A Prefeitura de Ponta Porã, ci-dade a 312 quilômetros de Campo Grande, suspendeu eventos alu-sivos ao carnaval deste ano com o objetivo de conter o contágio da COVID-19. Porém o município não é o único. Ontem (3), Três Lagoas também anunciou a suspensão do ponto facultativo da data.

De acordo com o prefeito Angelo Guerreiro, a revogação do ponto facultativo em Três Lagoas segue a mesma medida já vista em outros municípios do país. “Fizemos com o intuito de evitar aglomerações, festas e viagens durante o feriado prolongado, o que colabora com a transmissão da doença”, explicou. A situação é oposta em Corumbá, distante 425 quilômetros de Campo Grande, que optou por manter o ponto facultativo. A medida afeta 4.418 servidores públicos munici-pais ativos. Sidrolândia, a 70 qui-lômetros da Capital, também vai manter os pontos facultativos do carnaval, excluindo apenas os fun-cionários públicos que executam serviços essenciais.

Já Bonito, tradicional destino turístico de Mato Grosso do Sul e distante 245 quilômetros de Campo Grande, deve fazer uma reunião na próxima semana para decidir se o ponto facultativo será mantido ou não. (Colaborou Rafael Ribeiro)

Fim do dilema

Além da decisão de manter o ponto facultativo, o governo do Estado anunciou que o toque de recolher vai

vigorar por mais 15 dias. Com isso, continua proibida a circulação de

pessoas das 22h até as 5h. Ficam de fora dos efeitos do decreto

circulação em razão de trabalho, emergência médica ou urgência inadiável. A decisão vale para os 79 municípios, mas não impede que as prefeituras fixem toque de recolher locais

mais rigorosos.

A restrição foi implantada em Mato Grosso do Sul na primeira quinzena de

dezembro. Desde então, o governo do Estado está prorrogando o decreto.

TOQUE DE RECOLHER

ESTADUAL É PRORROGADO

Rafael Ribeiro

O prefeito Marquinhos Trad e o secretário muni-cipal de Saúde, José Mauro Filho, estiveram ontem (3) no Parque Ayrton Senna, no bairro Aero Rancho, para acompanhar o primeiro dia de funcionamento do drive-thru montado no local, que tem como objetivo vacinar contra a COVID-19 principalmente idosos. A estrutura, com ca-pacidade para atender até 800 pessoas por dia, vira um contraste com a preocupação de José Mauro, que lamenta a falta de informações sobre a quantidade de doses a receber, o que, segundo ele, prejudica o planejamento feito pelo poder municipal.

Desde que iniciou a vaci-nação de idosos que não estão em instituições de cuidados, no início desta semana, a pre-feitura já mudou o seu crono-grama algumas vezes. Ontem, Mauro anunciou a chegada de um novo lote da CoronaVac no sábado (6). Sem número exato da quantidade, adiantou que as doses servirão como segunda etapa para aqueles que foram imunizados com o primeiro lote que chegou na cidade, em 19 de janeiro.

A falta de informações sobre quantas doses che-garão, contudo, é o que preo-cupa Mauro. Segundo o man-datário da Saúde municipal, é isso que dificulta estabelecer um cronograma de vacinação.

“Eu fico sabendo quando chegam as vacinas e não quanto chegam. Acho que isso é previsível, a gente poderia ter esse tipo de informação”, resumiu. “Há uma expecta-tiva. A população fica com uma certa ansiedade, é um problema, nós precisamos ter uma logística, preciso saber quantos funcionários vou co-locar em cada unidade, tenho que ter essa organização de logística, RH (recursos hu-manos), insumos, para dar agilidade a esse processo. Nos prejudica bastante.”

Prejudica e causa con-fusão. A prefeitura revela seus planos, como o de levar o imu-nizante contra o coronavírus a 55 postos de saúde. Estrutura existe, mas falta a vacina. Por isso, por enquanto, continuará nas 18 unidades. Há também planos de levar o drive-thru a outras estruturas, como o gi-násio Guanandizão, no bairro Amambaí, e até de ampliar os horários de atendimento. Mas, óbvio, sem as vacinas, as falas

Raiane Carneiro

Professores, equipe peda-gógica e servidores adminis-trativos da Reme (Rede Muni-cipal de Ensino) começaram os trabalhos nas unidades de en-sino para o retorno das aulas remotas. De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, o ano letivo começa oficialmente na próxima segunda-feira (8), inteiramente on-line.

“Estamos nos organizando para o retorno das aulas, com o ensino remoto, no dia 8 de fevereiro, com garantia de boa qualidade. Para que nós possamos atender a todos os

nossos alunos da Reme, nos aspectos tecnológico e peda-gógico”, disse Waldir Leonel, superintendente de Gestão das Políticas Educacionais da Semed (Secretaria Municipal de Educação).

As 98 escolas municipais realizaram ontem (3) reuniões presenciais e remotas com toda a equipe técnica. Segundo a Semed, a situação da pan-demia da COVID-19 ainda é considerada delicada. Por isso as aulas serão retomadas de forma remota. Existe a pers-pectiva de implantação da edu-cação híbrida, mas não há data prevista. (Com assessoria)

Valentin Manieri

do secretário viram promessas. Apesar dos problemas, a pre-feitura faz uma expectativa de imunizar 23 mil pessoas até o fim desta semana, na conta que envolve o drive-thru do Ayrton Senna e quase 4 mil idosos

acamados que estão sendo imu-nizados em casa. A expectativa da prefeitura é de vacinar todas as pessoas com mais de 80 anos até o próximo dia 13, além de atender toda a demanda de profissionais da saúde.

Atendimento no drive-thru começou ontem (3) e tem capacidade para atender 75 pessoas por dia

Também pela ausência de grande estoque de vacinas, nesta etapa final, o drive-thru atenderá 75 pessoas por dia. Até o momento, 278 pessoas estão aptas para tomarem a primeira dose no local e

receberão contato telefônico da equipe da secretaria. O local funcionará de segunda a sábado, das 13h às 17h. Para ser atendido no local, é necessário se cadastrar na internet, no sítio oficial da prefeitura.

“O cadastro já garante que as informações do idoso a receber a dose já estejam atualizadas. Assim, quando receber o telefonema da secretaria agendando o horário para comparecer ao drive, já terá sua dose garantida”, disse o secretário de Saúde, José Mauro.

Agendamento para o atendimento

Região da Esplanada Ferroviária era ponto tradicional dos blocos de carnaval de rua de

Campo Grande

Valentin Manieri

Por

tal MS/Chico Ribeiro

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PPP

Campo Grande-MS | Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A7

Economia

Capital

Celulose-negócios

Empresa também autorizou

construção de novo reservatório

Sanesul assina amanhã

parceria com Aegea para

iniciar investimentos no

saneamento de MS

Agehab abre inscrições para sorteio de 150 unidades habitacionais

PPP vai garantir a universalização dos serviços de água e esgoto no Estado Arquivo Divulg ação Sanesul Divulg ação Sanesul Michelly Perez

A Sanesul (Empresa de Sane-amento de Mato Grosso do Sul) assina amanhã (5), às 9 horas, o contrato da parceria público--privada (PPP do Saneamento) que concederá as operações do serviço de esgotamento sani-tário no interior do Estado para a empresa Aegea, vencedora da licitação em outubro de 2020.

A Aegea foi vencedora da lici-tação que ocorreu em outubro de 2020 e se tornou a nova parceira da companhia a universalizar o esgotamento sanitário em Mato Grosso do Sul. A assinatura for-maliza a parceria e acontecerá na sede da Sanesul, com a

pre-sença do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, e de toda a diretoria da Sanesul.

Uma vez a PPP estabelecida entre Aegea e Sanesul, a pre-visão é de que sejam investidos R$ 3,8 bilhões pela iniciativa privada num contrato de 30 anos. Desse total, a previsão é de investir RS 1 bilhão em obras e R$ 2,8 bilhões na implantação, operação e manutenção do sis-tema de esgoto.

O trabalho em conjunto deve começar neste ano. Com 41 anos de atuação, a Sanesul já atingiu a universalização do forneci-mento da água tratada nas lo-calidades operadas. Agora, o compromisso é manter a boa

O momento é de oportuni-dades para famílias de Campo Grande cuja renda bruta seja de até R$ 1.800,00. Tudo isso, graças a que a Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul) publicou ontem (2) o edital para a seleção que repartirá 150 unidades habi-tacionais do Condomínio Re-sidencial Jardim Canguru na Capital. As inscrições podem ser realizadas até o dia 1º de março no site: https://www. agehab.ms.gov.br.

Segundo a agência, para

participar do sorteio, o can-didato deve estar com dados atualizados, e a última atu-alização não poderá ter sido realizada em prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, cabendo ao pretendente efe-tuar a atualização até a data--limite prevista (1º/3). Além disso, para aqueles que já possuem cadastro, mas que por ventura tenham sofrido al-guma alteração em seu estado civil, será necessário atualizar sua inscrição, devendo proto-colar requerimento na sede da

autarquia comprovando sua condição, mediante prévio agendamento pelo telefone 0800-647-3120 ou 3348-3150.

Conforme informações re-passadas pela Agehab, para o jornal O Estado, no período compreendido entre março (2020) e início de janeiro (2021) a agência contabilizou 3.315 novas inscrições. Até o dia 13 de janeiro deste ano, Campo Grande já contabilizava 29.192 inscrições com renda até R$ 1.800,00. Segundo Maria do Carmo Avesani Lopez,

dire-tora-presidente da Agehab, com as novas unidades ofere-cidas mais uma porta se abre a quem tanto precisa. “Essas uni-dades habitacionais vão trazer mais segurança e esperança a centenas de pessoas”, afirmou.

Entre os fatores que são levados em conta, no momento do sorteio dos ganhadores estão: famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabri-gadas, comprovado por do-cumento emitido pela Defesa Civil; famílias com mulheres

responsáveis pela unidade familiar, comprovado pelo Cadastro Único; e famílias monoparentais (constituída somente pela mãe, somente pelo pai ou somente por um responsável legal por criança e adolescente até 18 anos), comprovado por documento de filiação e documento oficial emitido pela Justiça que com-prove a guarda.

Vale lembrar que, conforme a Lei nº 4.017, de 20/4/2011, é preciso que do total de uni-dadeds oferecidas 10% sejam

destinadas para pessoas com deficiência. Além disso, segundo a Lei nº 3.496, de 13/2/2008, fica destinado 5% do total de oferta de moradia para atendimento aos idosos. Entre os idosos, é assegurada prio-ridade especial aos maiores de 80 anos, atendendo-se suas necessidades sempre prefe-rencialmente em relação aos demais idosos, conforme Lei nº 13.466, de 12/7/2017. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: 0800-647-3120 ou 3348-3150. (MP)

Paper Excellence vence arbitragem

contra J&F em briga pela Eldorado

gestão dos recursos hídricos e aumentar progressivamente o índice de cobertura de es-gotamento sanitário, foi o que informou o diretor-presidente da Sanesul, Walter Carneiro Junior.

“A Sanesul vive um momento especial e sai na vanguarda com projetos e investimentos, destacando-se no cenário na-cional. Com a antecipação de investimentos projetada na PPP, vamos cumprir com a nossa Missão Institucional, garantindo para a população o acesso ao saneamento básico e melhor qualidade de vida. Ter o sanea-mento universalizado é alcançar um patamar superior e ter

com-prometimento com o futuro”, destacou.

Batayporã

A empresa ainda auto-rizou a construção de mais um reservatório de água tra-tada em Batayporã. A obra é um investimento que bene-ficia toda a população, pois garante maior capacidade de reservação de água tra-tada para distribuição aos bairros. De acordo com a empresa, o novo reservatório de Batayporã será uma am-pliação para acompanhar o crescimento populacional e o desenvolvimento da cidade.

Na atual gestão do governo do Estado estão aplicados nesse município R$ 10,8 mi-lhões em obras para forneci-mento de água tratada e em coleta e tratamento do esgoto doméstico.

O recurso é da própria em-presa, no valor de R$ 839.800,00. O reservatório deverá ter capa-cidade de armazenamento para até 450 m³ de água tratada, e a previsão de execução da obra é de até cinco meses. Ele será construído anexo ao escritório de atendimento. Atualmente, Batayporã conta com três poços ativos, dois reservatórios ele-vados e um apoiado.

Paper venceu na Justiça briga pela controladoria da Eldorado Papel e Celulose

gundo o contrato de compra e venda, se até o dia 3 de setembro de 2018 a questão não estivesse solucionada, a Paper Excellece ficaria como minoritária.

Nesse intervalo, mudanças do câmbio e do preço da ce-lulose melhoraram o valor patrimonial da Eldorado e a Paper Excellence afirma que os Batista passaram a difi-cultar a quitação das dívidas. A reportagem procurou a assessoria dos irmãos Ba-tista, mas não obteve retorno até a publicação do texto.

Em entrevista à “Folha”, Claudio Cotrim, diretor-pre-sidente da Paper Excellence no Brasil, acusou a família

Batista de ter solicitado R$ 6 bilhões a mais do que teria direito em contrato para fi-nalizar a venda da fábrica de celulose Eldorado.

“Achávamos que nosso contrato era forte, mas não há contrato que se defenda de má-fé”, disse Cotrim à “Folha” em sua primeira entrevista após o início da disputa.

A Paper Excellence acusa os Batista de terem agido de má-fé e não cooperarem para liberar as garantias. Também diz que a J&F quer elevar o valor acertado. Já asses-sores dos Batista afirmaram na época que a liberação das garantias era uma obrigação da Paper Excellence.

BRUNA NARCIZO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Paper Excellence ganhou por três a zero a arbitragem contra a J&F que definia o caso da venda da Eldorado, empresa de celulose do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Antes da decisão da arbi-tragem, J&F e Paper Excel-lence detinham, respectiva-mente, 51% e 49% do capital da empresa. Agora, a Paper passa a ter 100% da Eldorado.

O caso foi judicializado pela Paper Excellence em 2019 na Câmara de Comércio Interna-cional, de arbitragem, após di-vergências entre as empresas. Em setembro de 2017, a J&F acertou a venda da Eldorado para a Paper Excellence por R$ 15 bilhões, incluindo R$ 7,5 bilhões em dívidas.

A Paper Excellence teria um ano para levantar o finan-ciamento e concluir o negócio. O contrato também obrigava a companhia a renegociar as dívidas da Eldorado com os bancos, o que liberaria as garantias oferecidas pelos Batista.

Havia um prazo para que a alavancagem fosse resolvida: 3 de setembro de 2018.

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