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Relatório de Sustentabilidade

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Academic year: 2021

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2011

Relatório de

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Bem-Vindo a Bordo 4

1. A SATA 6

1.1 Mensagem do Presidente... 6

1.2 Entrevista do Presidente ... 12

1.3 Primeiro Relatório de Sustentabilidade ... 22

1.4 Apresentação da SATA ... 23

1.5 Modelo de Governo ... 31

2. Criação de Valor 36 2.1 O futuro da SATA ... 36

2.2 Criar valor a partir da sustentabilidade ... 39

3. Operações SATA 42 3.1 Eficiência operacional ... 42

3.2 Foco e aposta na Segurança ... 45

4. Cultura Ambiental 51 4.1 Gestão ambiental ... 51

4.2 Alterações climáticas ... 58

4.3 Ruído ... 63

4.4 Biodiversidade ... 64

4.5 Desempenho e objectivos ambientais ... 66

5. As Pessoas 67 5.1 Envolvimento com as partes interessadas ... 67

5.2 Clientes ... 74

5.3 Capital Humano ... 82

5.4 Comunidade ... 97

6. Anexos 102 6.1 Tabela de correspondência dos indicadores GRI ... 102

6.2 Glossário ... 116

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3

conteúdo reportado. A informação foi analisada e preparada com base no melhor conhecimento existente, à data de publicação do relatório, dos eventos já em curso ou perspectivados no curto prazo (6 meses). Foi tido igualmente em conta toda a informação disponível à data da publicação do relatório e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nas informações reportadas.

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4

8.437.922 €

Compensações do

serviço público

97,5%

Taxa de

regularidade

66,7%

Taxa de

ocupação

235.424 t

Emissões de CO2

das aeronaves

14

Aeronaves

81.982.669 €

Custos com

fornecedores

nacionais

8.908 t

Carga

transportada

58

Voos diários

74.738 t

Consumo de Jet

Fuel

+ de 50

Destinos no

Atlântico Norte

60.452.719 €

Gastos em

combustível

43.442

Aterragens e

Descolagens

21.341

Voos

1.344.329

Passageiros

1.222

Colaboradores

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(6)

6

1.

A SATA

1.1 Mensagem do Presidente

Vivemos no País uma das três maiores crises económicas dos últimos 150 anos. Em Portugal a produção de riqueza regressou aos valores de há 10 anos. Em todo o mundo acentuaram-se incertezas de natureza política, derivadas dos normais processos da democracia ou de lutas pela sua conquista. Às consequências deste ambiente e do recuo da actividade económica procurámos responder, prosseguindo uma estratégia assente em 3 eixos fundamentais:

• Redução de custos;

• Inovação nos serviços e nos processos,

• Aposta em mercados externos menos expostos à crise económica, em particular, os mercados estratégicos da América do Norte e da Alemanha, importantes mercados emissores para os Açores.

Os resultados líquidos da SATA foram 500 mil euros positivos, aos quais se chegou a partir de um resultado de 900 mil euros negativos na SATA Internacional (-1,04€ por passageiro) e de um resultado positivo de 1 milhão e 400 mil euros na SATA Air Açores (3,0€ por passageiro). A actividade da SATA foi influenciada muito negativamente pela evolução dos custos do crédito e do combustível, que em 2011 tiveram um comportamento altamente desfavorável para o negócio do transporte aéreo.

Fruto da renovação da sua frota, a SATA Air Açores possui, em condições favoráveis, uma dívida de longo prazo junto do BEI, da Caixa BI e do BES, da qual amortizou em 2011 mais de 5,3 milhões de euros. Por seu lado, a SATA Internacional praticamente não tem dívida de longo prazo. No entanto, a actividade de transporte aéreo é sazonal, razão pela qual se torna inevitável o recurso à banca, para efeitos de gestão de tesouraria, o que nas circunstâncias actuais é oneroso.

Muito importante, durante todo o ano de 2011, o preço do combustível apresentou uma forte e consistente tendência de subida. De facto, em 2011, o valor médio do Brent em euros foi de 79,92 €, valor recorde histórico, 20% acima do valor registado em 2009, de 66,21 €.

É certo que em 2008 o preço do Brent chegou a atingir os USD147 o barril, o que correspondeu, de certa forma, a um episódio concentrado no tempo. Na realidade, a cotação média do Brent desse ano foi de USD96,94, valor muito inferior aos USD111,26 de 2011. Ademais, a recente

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O comportamento adverso destas variáveis exógenas determinou ainda mais empenho no

programa de redução de custos, que abrangeu a diminuição do consumo de combustível, através da utilização mais intensa das aeronaves energeticamente mais eficientes (Airbus A320 e Bombardier Q400 NextGen), com a redução da nossa pegada ambiental, bem como a adopção de processos e rotinas que melhoraram, sobremaneira, o consumo de combustível por tonelada quilómetro voada. A renegociação transversal de contratos de aquisição e fornecimento de serviços constitui um contributo importante à redução de custos obtida, que foi facilitada, ainda, pela introdução de práticas e serviços inovadores.

O sucesso da nossa política de redução de custos pode ser avaliado pela evolução do nosso custo unitário excluindo combustível (CASK non-fuel) em 2011, que foi de 4,10 cêntimos de euros na SATA Internacional, inferior em 10% ao valor de 4,56 cêntimos de euros registado em 2010. Aliás, o custo unitário excluindo combustível de 2011 na SATA Internacional é o mais baixo registado na última década, o que demonstra que, neste particular, a SATA Internacional está mais competitiva do que nunca, por via de laborar com menor custo unitário.

De igual modo, o CASK non-fuel da SATA Air Açores desceu de 0,47€ em 2010 para 0,37€ em 2011, o que perfaz uma descida de 22%. Com esta descida, a SATA Air Açores regista, agora, o CASK non-fuel mais baixo desde pelo menos 2006.

Os custos operacionais da SATA Internacional desceram de 181,23 M€ em 2010 para 168,48 M€ em 2011, enquanto na SATA Air Açores os custos operacionais desceram de 70,93 M€ em 2010 para 61,11 M€ em 2011. Por conseguinte, no conjunto das duas transportadoras, temos que os custos operacionais desceram 22,57 M€.

Esta descida dramática dos custos operacionais permitiu, não só, fazer face à elevada descida da receita regular, mas, também, aumentar os resultados operacionais de -1,696 M€ para 3,153 M€ na SATA Air Açores e de -3,979 M€ para 0,438 M€ na SATA Internacional. Assim, temos um aumento de 9,266 M€ nos resultados operacionais combinados de ambas as transportadoras, sendo que cada qual regista agora resultados operacionais positivos.

De referir, ainda, que a melhoria dos resultados operacionais da SATA Internacional beneficiou de um aumento da produção no segmento Charter/ACMI, área onde a SATA Internacional tem melhorado a sua performance e visibilidade no mercado europeu.

A gestão integrada das frotas no que respeita à utilização do Q400 NextGen por substituição do Airbus A320 na rede que liga Açores-Madeira-Canárias-Algarve proporcionou uma melhoria do resultado operacional, criou novos fluxos e potenciou o papel de Ponta Delgada como gateway de ligação entre as Canárias e a Madeira e a América do Norte.

A melhoria dos resultados operacionais das transportadoras está na base da melhoria registada no EBITDA e no EBITDAR do Grupo SATA, bem como na estabilidade, em torno dos valores médios

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históricos, dos rácios de saúde financeira, nomeadamente, autonomia financeira, endividamento e solvabilidade.

Assim, o notório e eficaz esforço de redução de custos permitiu melhorar a função económica, que regista, agora e a contra-ciclo, um valor marginalmente equilibrado, mas crescente, enquanto os indicadores financeiros e a estrutura do balanço demonstram a devida estabilidade e robustez. Este esforço de redução de custos será ainda mais eficaz em 2012, fruto dos graus de liberdade acrescidos, em particular no que concerne a negociação de importantes contratos de fornecimentos, como de leases de aeronaves e de engenharia e manutenção, bem como o uso mais eficiente dos activos mais onerosos, nomeadamente, aeronaves e tripulações.

Assim, em 2012 tudo indica que quer a SATA Air Açores quer a SATA Internacional terão custos unitários, excluindo combustível, mais baixos, pelo que serão transportadoras mais competitivas e mais rentáveis.

No entanto, a competitividade não se alcança tão-somente pela via da redução de custos, mas também por uma política de inovação que nos torna mais próximos dos nossos clientes e beneficiados por processos mais simples.

Neste espírito, em 2011 a nossa política de inovação permitiu o início da oferta do Mobile Boarding Pass e do Mobile Check-In, que completaram a experiência paperless na fase pré-voo.

Neste âmbito registo, igualmente, o desenvolvimento de uma plataforma de gestão dos

aeródromos, que, mais tarde, produziu receita para a Empresa, através da venda de licenças para o exterior da sua utilização por outras empresas de gestão de aeroportos.

Todos estes desenvolvimentos inovadores foram concretizados pela nossa equipa de IT, que, utilizando uma metodologia Agile, também ela inovadora, conseguiu dois prémios.

O objecto social e a estratégia da SATA estão centrados nos Açores, que só poderão ser bem servidos se a Empresa obtiver escala. Historicamente, a SATA tem procurado alcançar economias de escala desenvolvendo operações a partir de Lisboa e Madeira, locais onde tem, para além de São Miguel, bases operacionais.

A grande novidade em 2011 foi, contudo, a saída da rota Lisboa/Funchal, que viu as suas taxas de ocupação e tarifa média reduzirem-se, fruto da sazonalidade que chegou por via da crise económica no mercado português, principal mercado emissor da SATA para esta rota. Focámo-nos, pois, nas ligações da Madeira com o Continente Europeu, para países menos expostos à crise, sobretudo com operações charter, possibilitando a redução riscos comerciais e financeiros.

Também nas ligações do nosso mercado natural, os Açores, executámos uma política de reforço das operações para a Europa, onde as economias estão mais saudáveis.

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A nossa oferta para a Alemanha vai crescer, por força do aumento de 47% dos lugares colocados na rota Ponta Delgada/Frankfurt, igualmente através da introdução de dois voos semanais Ponta Delgada/Munique, via Porto.

Em 2011 colocámos muito empenho no aprofundamento da utilização de Frankfurt para encaminhamento de passageiros dos países do Leste Europeu para os Açores, concretizando acordos de interline com companhias originárias desses países, como o é o caso da Aeroflot. Este trabalho será alargado, agora, a Munique, que também capta passageiros na Suíça e na Áustria. É com igual abordagem, mas em relação aos países escandinavos, que olhamos para o Aeroporto de Copenhaga, para onde já temos um voo semanal de Ponta Delgada, que também opera via Porto. Madrid, Barcelona, Amesterdão, Londres e Manchester foram outras cidades tocadas em 2011 com voos para os Açores, concretamente para a Terceira, no caso de Madrid, e para São Miguel nos restantes.

As operações de Portugal, sobretudo dos Açores, para o Canadá e os EUA foram concretizadas dentro deste mesma óptica de consolidação e reforço da posição da SATA em mercados menos agastados pela crise económica mundial.

Quer num caso quer no outro, os focos da atenção foram a promoção comercial dos voos e assinatura de acordos de interline que aumentassem a conectividade dos voos da SATA para cidades além de Boston e Toronto, nossas gateways na América do Norte. No Canadá foi assinado um acordo de interline com a WestJet e nos EUA assinado outro com a US Airways.

Em 2012 a SATA proporcionará a maior conectividade de sempre entre os Açores e o Mundo, por via de novas rotas, reforço de frequências, representações comerciais em novos mercados e

estabelecimento de parcerias com outras companhias aéreas de referência. É, pois, notório e muito significativo o contributo dado pela SATA, a contra-ciclo, para o estabelecimento de mais ligações entre os Açores e o Mundo, o que potenciará, sem dúvida, o crescimento do sector do turismo. A SATA só tem dois activos verdadeiramente seus: a sua Marca e os seus Colaboradores. Nos Recursos Humanos a acção da Empresa tem um largo espectro e traduz a preocupação que existe em manter os níveis de emprego, as obrigações contratuais assumidas, nomeadamente em relação ao seu fundo de pensões, ou de valorizar os seus trabalhadores, possibilitando-lhes

formação que melhore o seu desempenho e lhes dê mais oportunidades de realização profissional e pessoal. Neste caso destaco o programa The Quality and You, que visa colocar o cliente e as suas necessidades no centro da atenção de todos quantos fazem a SATA e alinhar por aí todos os processos de Recursos Humanos.

Registo, igualmente, o início da instalação do Centro de Formação Aeronáutica, que irá abrir em 2012, que permitirá a SATA ministrar formação de excelência.

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A qualidade dos nossos Recursos Humanos e do seu trabalho, bem como o nível de concretização dos valores corporativos – Fiabilidade, Simpatia e Inovação – são bem demonstrados por alguns acontecimentos de 2011, ano em que atingimos índices de performance operacional muito elevados, nalguns casos, históricos:

• A pontualidade na SATA Internacional aumentou de 69,5%para 81,9%, enquanto na SATA Air Açores aumentou de 74,9% para 87,7%;

• A regularidade na SATA Internacional aumentou de 97,5% para 99,5% e na SATA Air Açores de 92,9% para 96,5%;

• A fiabilidade de despacho do Bombardier Q200 e do Bombardier Q400 NextGen aumentou de 99,08% para 99,70% e de 99,12% para 99,81%, respectivamente. Aliás, a fiabilidade de despacho do Bombardier Q400 NextGen na SATA Air Açores é das mais elevadas no universo de todos os operadores destas aeronaves, sendo que actualmente há mais de 300 destas aeronaves em operação um pouco por todo o mundo;

• O consumo de combustível por tonelada quilómetro voada na SATA Internacional atingiu o valor mínimo de sempre, graças a uma gestão eficiente neste importante domínio;

• Com a melhor performance operacional, registou-se uma drástica redução de gastos com irregularidades com os passageiros, bem como no número de reclamações, sinónimo, portanto, de maior qualidade oferecida.

O Grupo SATA foi distinguido com prémios, como a atribuição de 2 Agility Awards, que reconheceram a capacidade de inovação e desenvolvimento de software da SATA, bem como a decisão Microsoft de utilizar a SATA como case study para práticas de Green IT.

A European Regional Airlines Association (ERA), que congrega cerca de 65 companhias aéreas europeias regionais, decidiu atribuir à SATA Air Açores o prestigiante prémio “ERA Airline of the Year 2011 Bronze Award”, que reconheceu a eficácia e eficiência da SATA na gestão do complexo projecto de renovação da sua frota.

Foi a primeira vez que uma companhia aérea em Portugal recebeu um prémio da ERA, que entendeu que a SATA Air Açores experimentou, em 2011, uma melhoria significativa dos seus índices de qualidade (fiabilidade de despacho, regularidade e pontualidade), ao mesmo tempo que reduziu a sua pegada ecológica, no âmbito de um projecto de renovação de frota que permitiu um salto qualitativo na sua operação, a criação de uma nova rede inter-regiões insulares, tendo, ainda, a ERA distinguido a capacidade da SATA Air Açores em assegurar condições favoráveis de

financiamento subjacente ao projecto de renovação da frota (financiamento do Banco Europeu de Investimento), num contexto nitidamente desfavorável. É, pois, um prémio que honra todos os colaboradores do Grupo SATA.

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Em 2012 a SATA aprofundará a estratégia que tem sido seguida, procurando consolidar uma cultura de inovação e redução de custos, que viabilize uma diferenciação de serviço full-service e torne possível a continuação da diminuição das suas tarifas, factos que fortalecerão a capacidade competitiva da Companhia. Manteremos a dinâmica de crescente internacionalização nos mercados externos, para equilibrar a nossa exposição à crise que se vive em Portugal, nosso principal

mercado emissor, e para contribuir activamente para o desenvolvimento dos fluxos turísticos que demandam os Açores.

Em nome do Conselho de Administração, manifesto o devido reconhecimento ao esforço colectivo dos colaboradores do Grupo SATA que permitiu que o Grupo SATA apresentasse em 2011

resultados líquidos consolidados positivos durante o que pode ser justamente considerado uma tempestade perfeita. É este espírito de dedicação colectiva e de apreço à Companhia que nos permite, com confiança, antecipar, a esta data, que no futuro próximo do biénio 2012-2013 o Grupo SATA continuará a sua trajectória de reforço de competitividade e de sustentabilidade, ao serviço dos seus accionistas, os Açorianos, continuando a apresentar resultados positivos e a proporcionar mais e melhor conectividade entre os Açores e o Mundo.

O Presidente do Conselho de Administração António Menezes

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1.2 Entrevista do Presidente

Vive-se um momento de crise. Crise esta que é internacional, que envolve todos os sectores de actividade e cujos reflexos não têm sido fáceis

principalmente para Portugal. Como é que a SATA está preparada para enfrentar esta crise?

Estamos a viver uma crise que se assume como a 3ª maior crise em Portugal dos últimos 150 anos. Ao analisarmos as estimativas do PIB per capita para Portugal em 2012, verificamos que teremos o mesmo nível que tivemos em 2002: ou seja, em termos económicos recuamos 10 anos! Segundo a IATA, nos últimos 40 anos, sempre que a economia mundial cresceu abaixo de 2% ao ano, a indústria apresentou um prejuízo. A variação do PIB é, pois, o grande driver dos resultados na nossa indústria.Em Portugal vamos assistir a uma grande redução do rendimento disponível, aumento do desemprego, bem como a uma contracção do PIB entre 3 a 5 pontos percentuais em 2012. Esta conjuntura macroeconómica nacional terá, necessariamente, reflexos muito negativos nos proveitos da SATA. Adicionalmente, e em contra-ciclo, assistimos à subida do preço do petróleo em dólares, do preço do dólar face ao euro, e do preço do dinheiro, factores que afectam de modo muito negativo a aviação europeia em geral, e a SATA em particular.

A nível político, as eleições de 5 de Junho de 2011 provocaram compassos de espera e de incerteza, que paralisaram variadíssimas intenções de viagem no mercado doméstico. À crise económica e financeira, adicionou-se, pois, uma crise política e social, que veio a agravar ainda mais o sentimento de confiança dos consumidores portugueses.

Apesar de todos estes condicionalismos, a SATA atingiu resultados líquidos marginalmente positivos em 2011, devido a uma muito eficiente prossecução da sua estratégia. Esta estratégia assentou na redução de custos, tendo-se verificado uma diminuição dos custos operacionais em cerca de 22 milhões de euros, superior ao projectado em orçamento. Os custos unitários excluindo combustível baixaram drasticamente, recuando para valores de 2006 ou mesmo mais atrás ainda. Em 2012 teremos custos unitários, excluindo combustível, ainda mais baixos. No entanto, temos que lutar para fazer crescer os proveitos fora de Portugal. A confiança da SATA para ultrapassar a crise reside na sua capacidade colectiva em aumentar a sua eficiência, como demonstrado em 2011, e em procurar cimentar a sua posição em mercados internacionais, como a América do Norte e a Europa, onde temos que destacar a Alemanha, mercados que poderão oferecer hipóteses de crescimento a contra-ciclo.

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É possível afirmar-se que a SATA atingiu em 2011 os objectivos propostos?

Sim, a vários e objectivos níveis. Senão vejamos. A SATA desenvolveu uma operação incrivelmente eficiente em 2011, tendo obtido índices históricos recorde de

regularidade e de pontualidade, bem como de abaixamento dos seus custos unitários. Atingimos resultados líquidos consolidados positivos de cerca de meio milhão de euros. Os resultados operacionais aumentaram em 9 milhões de euros, tendo sido positivos em ambas as transportadoras. O EBITDA e o EBITDAR aumentaram por via desta redução de custos

operacionais. Os capitais próprios mantiveram-se constantes, o que permitiu manter bons níveis de autonomia financeira e de solvabilidade. A SATA Air Açores amortizou cerca de 5,3 milhões de euros de dívida bancária de longo prazo da nova frota Bombardier, como previsto. Na SATA Air Açores aumentamos as provisões em cerca de um milhão de euros. Assim, chegamos ao fim de 2011 com custos unitários mais competitivos, índices financeiros estabilizados, menor

endividamento de longo prazo e com resultados líquidos consolidados marginalmente positivos. No que respeita ao nosso objecto social, nunca a SATA ofereceu tantas ligações entre os Açores e o Mundo: estamos melhor posicionados do que nunca para crescermos e trazermos mais pessoas da América do Norte e da Europa para os Açores. Assim, a resposta é sim, embora a descida dos proveitos fruto da crise nacional e a subida dos custos derivado da subida recorde do preço do jet-fuel tenha impedido que a redução drástica que conseguimos nos nossos custos operacionais se tivesse traduzido num maior aumento dos resultados líquidos.

Focando a performance financeira. Qual foi o impacto na performance da SATA em 2011 decorrente dos atrasos no pagamento dos subsídios à exploração das rotas de serviço público do Estado?

Significativo, necessariamente. A 31 de Dezembro de 2011 a dívida combinada da República e da RAA às transportadoras ascendia a cerca de 41,48 milhões de euros, pelo serviço público prestado. A SATA Gestão de Aeródromos também assume um esforço financeiro na execução de investimentos nos aeródromos que explora. Dada a

expressividade destes valores e a sazonalidade da operação de transporte aéreo, a SATA recorre à banca para financiar a sua actividade na dita época baixa, o que hoje em dia acontece por via de linhas de curto prazo caras, dada a situação financeira portuguesa.

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E em 2012, o que se pode esperar da SATA?

Uma SATA mais competitiva, com custos unitários ainda inferiores, margens mais positivas, estrutura financeira igualmente equilibrada e uma proposta de valor para o passageiro com ainda melhor relação qualidade/preço.

Em 2012 prosseguiremos uma estratégia de actuação assente em três eixos: (i) Redução de custos;

(ii) Inovação de serviços e processos e

(iii) Reforço da nossa presença em mercados internacionais críticos para os Açores, em particular, América do Norte e Europa, com destaque para a Alemanha.

Em relação ao eixo redução de custos, de referir que o nosso custo unitário (excluindo combustível) em 2012 voltará a descer, o que reforçará a nossa competitividade, bem como a nossa capacidade de continuarmos a oferecer melhores tarifas ao mesmo tempo que melhoramos a nossa margem económica (EBITDAR).

Em relação ao eixo de inovação de serviços e processos, a nossa acção reforçará o posicionamento do nosso produto, enquanto companhia full-service portadora de uma proposta de valor com competitivo value-for-money. A título exemplificativo, temos hoje uma experiência de voo totalmente paperless, fruto de inovações como Web Check-in e Mobile Check-in, matérias em que fomos pioneiros em Portugal. Em 2012 inovaremos com esta sanha, de ficarmos mais próximos dos nossos passageiros, a quem queremos melhorar a experiência de voar connosco.

Por fim e mais importante, reforçaremos a nossa presença em importantes mercados emissores estratégicos para os Açores, como a América do Norte e Europa, onde destacamos a Alemanha. Este reforço da nossa presença significa um maior contributo para o nosso objecto social, de ligar os Açores ao Mundo, e, com tal, potenciarmos os fluxos turísticos para os Açores. A maior exposição a mercados como a Alemanha significa que estaremos expostos a mercados mais resistentes.

A esta data, prevemos atingir em 2012 resultados líquidos positivos, custos unitários inferiores e melhor exposição a interessantes mercados internacionais.

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Para garantir o crescimento do mercado da América do Norte, a SATA vai continuar a apostar em parcerias, como existe hoje com a TAP?

A estratégia na América do Norte visa aproveitar as oportunidades obtidas com a recente passagem da SATA nesses mercados a operadora regular. Com a passagem de operadora charter a operadora regular, a SATA modernizou o seu modelo de distribuição e vendas na América do Norte, nomeadamente, com a distribuição de assentos e tarifas nos GDSs, a passagem de off-line para on-line, com site próprio e presença em portais de terceiros e o estabelecimento de parcerias com outras transportadoras. Além da parceria com a TAP, com quem trabalhamos em code-share, recentemente e mais concretamente a 19 de Janeiro de 2012, firmamos um acordo de interline com a WestJet, que é a segunda maior companhia do Canada, a mais competitiva e a que mais cresce nesse país. Este acordo permite à SATA oferecer tarifas para todo o Canadá, mais competitivas, com vantagens para os passageiros,

nomeadamente, comodidade (um só check-in de passageiro e bagagem) e segurança/protecção. Também nos EUA foi assinado um acordo com a US Airways e em 2012 vamos lançar um acordo com mais uma companhia de referência norte americana, a pensar na comunidade da Califórnia, que será anunciado em breve.

Toda esta evolução positiva permite manter os níveis de crescimento que temos tido para os EUA e Canadá, sendo certo que o desafio passa muito pelo próprio desafio da notoriedade do destino Açores, como um destino emergente a comunicar e a vingar na América do Norte.

E na Europa? Como pretendem concretizar a estratégia de crescimento?

A Alemanha e os Países Nórdicos são mercados onde os turistas apreciam a unicidade da proposta de valor do destino Açores e nós existimos para servir os Açores.

Queremos, pois, crescer ao serviço dos Açores, de modo sustentável. Na Alemanha temos a operação de Frankfurt há 12 anos e temos condições para crescer. Em 2012 oferecemos mais 47% de lugares, em relação ao valor registado em 2011. Interpretaremos, ainda, Frankfurt como um hub que pode captar passageiros para os Açores, em mercados como a Europa Central e de Leste. É com este racional que temos estabelecido presenças em mais mercados (BSPs e GSAs), bem como parcerias de interline com companhias como a Aeroflot.

Concomitantemente com este aumento da oferta em Frankfurt, está o aparecimento da operação de Munique, via Porto, com dois voos semanais em 2012, que podem crescer já em 2013, ao longo de todo o ano, o que faz com que a SATA passe a oferecer os Açores bem como o norte do país à saída de Munique. Munique é uma cidade rica, tal como toda a Baviera. A zona de captação de Munique abrange ainda a zona ocidental da Áustria e o norte da Suíça.

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Também Copenhaga passa a ter uma operação de ano inteiro, via Porto, e interpretamos Copenhaga como um hub que abre à SATA toda a zona do norte da Europa, em particular da Escandinávia e do Báltico.

Teremos ainda outros destinos, como por exemplo Madrid (via Terceira), Barcelona, Amesterdão, Estocolmo e Londres com voos directos de Ponta Delgada, diversificando este leque de mercados emissores mas também diminuindo a exposição ao risco de apostar num só mercado.

A verdade é que estamos presentes nos Billing and Settlement Plan (BSP) de mais países, contratamos General Sales Agents (GSA), firmamos interlines com companhias aéreas de referência que permitem à SATA ter e utilizar mais canais de distribuição a servir mais mercados emissores que, num futuro próximo, poderão abrir portas a novas operações com voos próprios da SATA.

Todas estas iniciativas são acções de baixo custo num modelo que é remunerado em função das receitas incrementais.

Com todas estas iniciativas, poderemos dizer que em 2012 os Açores terão a sua conectividade máxima. Nunca os Açores estiveram tão conectados com a Europa, em especial a Europa do Norte (apenas da Alemanha a SATA oferecerá quatro voos semanais para os Açores!) e a América do Norte.

O crescimento das low-costs nos últimos anos na Europa e nos USA tem sido bastante significativo. Quais os impactos deste crescimento na vossa estratégia?

Na SATA existem duas realidades distintas.

A SATA Air Açores opera num regime quase exclusivamente de serviço público. Em regime livre só opera entre as Canárias e Madeira e entre esta e o Algarve.

A SATA Internacional é diferente. Hoje, é responsável por cerca de 75% da facturação do Grupo SATA e não há nenhum subsídio à exploração na SATA Internacional, com o Accionista proibido de apoiar directamente a companhia, pela lei europeia. O que existe são obrigações de serviço público, assentes num subsídio não à exploração mas sim ao residente nas operações da rede regular doméstica entre a RAA/Continente e a RAA/RAM. Em regime liberalizado encontramos toda a operação desenvolvida entre os Açores e a Europa, entre a Madeira e a Europa, entre Portugal e a América do Norte, assim como toda a operação Charter/ACMI. Os subsídios são dados aos residentes dos Açores e correspondem a apenas 4% da facturação da SATA

Internacional. Mais, o subsídio ao residente consiste em cerca de 11 euros por lugar oferecido na rede regular doméstica: um valor que não é de primeira ordem de importância, como, por exemplo, é o preço do jet-fuel. Isto para dizer que 96% da facturação da SATA Internacional vem do mercado, pelo que a SATA Internacional entende que tem que ser competitiva. Posso também

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referir que apenas 18% dos passageiros da SATA Internacional são residentes nos Açores. Temos competido com diversas companhias, LCCs inclusive, em dezenas de rotas, em 3 continentes. Temos que ser ainda mais competitivos, o que explica a nossa estratégia de redução de custos, a nossa política de inovação de serviços e processos para estarmos mais próximos do nosso

passageiro, a partir de uma proposta de valor full-service com competitivo value-for-money, bem como reforçar o posicionamento da SATA em mercados internacionais, como a América do Norte e a Alemanha, o que, sem dúvida, capitalizará a nossa vantagem competitiva que decorre da nossa geografia distinta atlântica, ao mesmo tempo que concorre para a feliz consecução do nosso objecto social, de ligar os Açores a ambos os lados do Atlântico e estimular os fluxos turísticos para os Açores.

Por conseguinte, há vários anos a esta parte que a sorte económica da SATA depende de si própria e há que promover incessantemente o aumento da nossa competitividade. Algumas das LCCs são concorrentes formidáveis e os impactos na nossa estratégia traduzem-se na busca de menores custos e da oferta de um serviço diferenciado, com melhor proposta value-for-money. Obviamente que também temos que diversificar a nossa operação, apostando em mercados robustos onde podemos crescer, como a América do Norte e a Alemanha.

E as tarifas que as low-cost praticam? Existe a ideia generalizada que as tarifas que a SATA pratica são desajustadas, comparando-as sempre com as tarifas low-cost. O que tem a dizer sobre isto?

Recentemente o portal edreams publicou um estudo que comparou milhões de tarifas vendidas por 50 companhias de todo o mundo para voos comparáveis, com menos de 1.000 milhas náuticas. A SATA ficou em 21º lugar, a Easyjet em 18º lugar, que cobra na sua rede para sectores inferiores a 1.000 milhas náuticas 13,49€ enquanto a SATA cobra 14,91, ou seja, uma diferença de 10%.

Obviamente que SATA é full-service, tem uma classe económica e uma outra executiva, tem um modelo de distribuição muito mais amplo, tem um produto com mais qualidade do que uma LCC, protege mais os seus passageiros e oferece mais serviços, como transporte de bagagem (22 kgs/passageiro), refeição e free-seating, entre outros serviços. De forma muito reveladora, no dito estudo, temos companhias como a TAP em 25º lugar, a Vueling em 28º, Jet2.com em 31º, a Air Lingus em 33º, ou seja, pode haver essa percepção por parte de determinados segmentos de passageiros, mas a verdade é que em termos médios, as tarifas da SATA são competitivas. Dito isto, hoje em dia estamos conscientes que existe uma grande dispersão tarifária para uma dada rota e um leque tarifário muito heterogéneo já que, num determinado voo, há passageiros que pagam tarifas muito baixas e passageiros que pagam tarifas muito elevadas.

Desde há uns anos a esta parte, a SATA tem oferecido tarifas promocionais. No actual contexto, de menor rendimento disponível e maior desemprego, sentimos forte pressão para oferecermos ainda mais tarifas promocionais. No entanto, o custo do jet-fuel está mais caro do que nunca.

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Assim, temos que continuar a baixar os custos não-fuel, a usar menos fuel, para baixarmos os custos unitários, o que permitirá baixar tarifas. É igualmente importante operarmos sempre com elevadas taxas de ocupação, para que o custo por passageiro seja mais baixo. Por fim, temos que ter uma proposta de valor que nos distinga, de acordo com os nossos valores de Fiabilidade, Simpatia e Inovação de modo a que ao mesmo preço o passageiro opte pela SATA pela sua qualidade.

Então pode-se concluir que a SATA continuará a trabalhar para conseguir tarifas baixas?

Na Rede Regular Doméstica, entre os Açores e o Continente e entre os Açores e a Madeira, em 2010, aquando da última revisão das Obrigações de Serviço Público, foram introduzidas tarifas promocionais para os Açores que não existiam: a 62€ e 73€, que totalizam 88,5€ e 99,5€ valores ida e volta com todas as taxas incluídas,

respectivamente. As restantes tarifas não são actualizadas desde 2008 e a SATA tem sido incrivelmente agressiva nas tarifas para os Tour Operadores. Assim, temos assistido a uma fortíssima descida das tarifas a contra-ciclo. No entanto, a taxa de combustível tem vindo a aumentar, é um facto, fruto de questões exógenas à SATA, nomeadamente a subida do preço do jet-fuel em USD e do câmbio USD/Euro. Todavia, ainda neste particular há que notar que a SATA decidiu isentar as tarifas de 62€, 73€ e de 120€ da taxa de combustível, que resulta num

significativo esforço em prol dos nossos passageiros e da sua satisfação. Nas restantes rotas, o ambiente é liberalizado e procura-se uma gestão sustentável das rotas, sendo que sabemos que os nossos passageiros do mercado da saudade e leisure são sensíveis ao preço, pelo que não temos espaço para subir as tarifas. Como se disse, temos os custos unitários mais baixos e em 2012 serão ainda mais baixos, pelo que trabalharemos arduamente para termos sempre as melhores tarifas possíveis, mas tememos que o preço do jet-fuel condicione os resultados finais.

Na Madeira assiste-se a uma abertura do espaço aéreo. Qual a orientação que a SATA seguiu nesse mercado e como comenta a entrada das low-cost?

A rendibilidade da operação da SATA na Madeira tem vindo a aumentar gradualmente através de várias decisões. A alteração do ATP para o Bombardier Q200 no serviço da linha de serviço público Funchal/Porto Santo e a passagem do A320 para o Bombardier Q400 NextGen na ligação Ponta Delgada/Funchal) foram altamente positivas em termos de eficiência operacional e da rendibilidade económica destas linhas. Com o Q400 NextGen, os voos Ponta Delgada/Funchal/Las Palmas/Funchal/Ponta Delgada permitem:

Dos Açores oferecer não só a Madeira, mas também as Canárias; Da Madeira oferecer as Canárias e os Açores e;

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Das Canárias oferecer a Madeira e os Açores.

Estas ligações, com os novos horários, permitiram conjugar vários fluxos de passageiros, o que permitiu aumentar a taxa de ocupação média nesta rede. Mais, esta rede não vive isolada. Vive de forma articulada com a rede da SATA Internacional com os voos da América do Norte para Portugal, que tipicamente chegam aos Açores cerca das 7H00 da manhã, vindos de Boston e Toronto. Estes voos dão ligação, a partir de Ponta Delgada, à Madeira e às Canárias, potenciando, assim, o papel dos Açores como Gateway do Atlântico.

A linha PDL/FNC/Faro/FNC/PDL aparece na mesma lógica.

Ainda na Madeira temos uma vasta operação entre a Madeira e a Europa, em formato essencialmente charter, o que permite evitar riscos financeiros, que são assumidas pelos fretadores/operadores e não pela SATA. É uma operação que contribuiu cerca de 2 milhões de euros de margem para a SATA em 2011. Mas a grande novidade foi obviamente a saída da SATA da linha Lisboa/Funchal. Apesar das boas taxas de ocupação conseguidas nos últimos anos, percebeu-se que havia muita sazonalidade, agravada pela crise no Continente.

Como não há obrigações de serviço público entre o Continente e a Madeira, a SATA não era obrigada a voar de Inverno e voou no Verão quando a tarifa média é bem mais elevada. De Inverno temos usos alternativos para o A320 mais rentáveis, desde logo o próprio

Continente/Açores, que por uma questão de eficiência energética implica o uso mais intensivo do A320 e não do A310.

A entrada da Easyjet no espaço aéreo da Madeira é uma novidade no mercado até porque se comenta qual o impacto que uma mudança destas traria para os Açores.

Nos Açores estamos habituados a um determinado modelo que assegura regularidade no número de voos, no número de lugares oferecidos, nos horários, nas ligações e nos preços. Todas as ilhas têm acesso para o Continente no próprio dia e há um preço único, máximo, durante o ano inteiro associado a uma tarifa hiper-flexível que não se encontra em mais parte alguma. Num regime liberalizado estas garantias deixarão de existir. Há trade-offs económicos e sociais a considerar e o melhor modelo poderá variar de agente económico para agente económico ou mesmo de ilha para ilha.

Ser sustentável é uma preocupação da SATA. Aparentemente e resposta é óbvia mas seria relevante concretizar qual o focus dessa preocupação e de que forma, a vossa actuação social e ambiental a reflecte.

Tendo em conta o nosso sector, estamos preocupadíssimos com o nosso impacte ambiental. Em 2010, deu-se a renovação da frota da SATA Air Açores, com a introdução de turbo hélices de última geração, Q400 NextGen. O BEI validou in loco a nível dos planos técnico, operacional, económico, financeiro, ambiental e social, que o

Bombardier foi a melhor escolha em relação ao status quo do ATP e da alternativa hipotética do ATR. Inclusive, fizemos prova que reduzimos, com a nova frota, a nossa pegada ecológica.

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Adicionalmente, e como prova deste acréscimo de eficiência, recebemos um prémio da European

Regional Airlines Association (ERA) (“ERA Airline of the Year Bronze Award”), inédito em

Portugal – um prémio patrocinado pela ATR –, reconhecendo os resultados positivos alcançados com a renovação da frota, inclusive, como se disse, em matéria de eficiência energética.

Na SATA Internacional destaco a nossa eficiência na redução da factura energética, em que o consumo de combustível por Revenue Tonne Kilometer (RTK) alcançou uma redução de 2%. Seguimos as melhores práticas do sector, destacando os trabalhos da IATA – Fuel Efficiency Gap

Analysis (FEGA) –, e também do Dynamic Efficiency Project, projecto interno e transversal a

todo o Grupo. Apesar da descida do tráfego, em 2011 alcançamos uma taxa de ocupação recorde de 76%, o que significa uma melhor performance energética por passageiro.

Adicionalmente, fomos case-study da Microsoft ao nível das práticas de Green IT. Proporcionamos uma experiência de voo paperless. Criamos ainda o SATA Forest. Podia continuar.

Ao nível social a nossa acção é incrivelmente díspar e profunda e apoiamos iniciativas de várias naturezas. Gostaria de destacar as iniciativas Flying Dreams e a Flying 2 Save, de acção humanitária desenvolvidas voluntariamente pelos colaboradores da SATA.

Ao nível institucional, as iniciativas apoiadas são diversas e deveras abrangentes. Temos um cuidado ímpar com as comunidades que servimos, em matérias tão sensíveis como o transporte de doentes, macas, urnas, passageiros com mobilidade reduzida, menores não acompanhados, incubadoras, etc., que outras companhias nem se dignam a servir pela complexidade e pelo custo inerente (vide as LCCs). A SATA Internacional foi pioneira em Portugal no uso de disfibrilhadores automáticos externos a bordo, o que é sintomático do brio que colocámos no nosso serviço.

E os colaboradores SATA, com o que podem contar em 2012?

Costumo dizer que a SATA só tem dois activos propriamente seus que são as suas pessoas e o seu nome e é neles que temos que investir. Tudo o resto é reproduzível. Qualquer companhia pode ter um A320 mas os nossos colaboradores e o nosso nome são únicos e só nossos.

Nós temos investido na SATA como marca, como pista mental para os valores corporativos da fiabilidade, da simpatia, nossos valores legítimos e matriciais, aos quais adicionamos inovação, porque, de facto, nós temos que mudar tal como o mundo está mudar e tem de ser uma mudança centrada no passageiro, a razão da nossa existência.

Por isso, em 2011 desenvolvemos um projecto estratégico de Recursos Humanos de nome Quality

& You: trabalhamos o modo como cada colaborador condiciona a qualidade percebida pelo

passageiro. Temos bons resultados, como, por exemplo, melhorias da pontualidade e das reclamações.

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Adicionalmente vamos continuar a investir na formação, onde destaco a abertura de um centro de formação próprio, na Ilha de Santa Maria, onde queremos promover o reforço da cultura SATA e ministrar formação de excelência.

Os colaboradores serão convocados para um desempenho ainda mais agressivo no que respeita a eficiência e ainda mais disponível para o passageiro.

Como gostaria de ver a SATA projectada nos próximos anos a nível local e internacional?

Vivemos em Portugal uma crise sem precedentes e uma incerteza asfixiante sobre o projecto do Euro. Adicionalmente, o sector da aviação vive mutações estruturais, com as LCCs a crescerem e as legacy como a TAP a serem privatizadas.

As falências espectaculares da American Airlines (em protecção de credores no Chapter 11), da Malev e da Spanair do Grupo SAS, entre outras, lembram-nos que não podemos confundir ambição com fantasia.

Queremos continuar a melhorar as ligações dos Açores ao Mundo e a operar estas ligações com custos inferiores, que permitam tarifas inferiores e margens positivas e balanços equilibrados. É o que alcançamos em 2011 – abaixamento dos nossos custos unitários e obtenção de resultados líquidos consolidados positivos – e queremos reforçar em 2012, através de uma política de crescente internacionalização, alicerçada numa política de redução de custos e numa política de inovação que melhore a nossa proposta de valor.

Queremos ter uma actuação à semelhança da nossa imagem, de inequívoca raiz identitária Açoriana e forte apelo ao exigente passageiro da actualidade.

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1.3 Primeiro Relatório de Sustentabilidade

Este ano a SATA decidiu elaborar e apresentar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade. Com esta publicação e o

compromisso de futuras publicações, a SATA propõe-se a avaliar e comunicar o seu contributo para o desenvolvimento sustentável e delinear uma estratégia, respondendo às expectativas das suas partes interessadas.

O presente Relatório reporta informação referente ao ano de 2011, das empresas participadas da SATA SGPS, incluindo-se, sempre que possível, apropriado e relevante, informação relativa aos principais indicadores para os anos de 2009 e 2010, permitindo uma perspectiva da evolução recente da organização. Na elaboração deste relato foram consideradas as Directrizes de Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI 3.0), com nível de aplicação B. Os temas abordados foram seleccionados tendo em consideração a sua relevância no actual contexto de sustentabilidade, a sua materialidade e as expectativas e opiniões das partes

interessadas auscultadas nesta matéria (ver Capítulo 5.1 Envolvimento com as partes interessadas).

NÍVEL DE APLICAÇÃO C C+ B B+ A A+

Auto-Declaração

Verificação por entidade externa Verificação pelo GRI

Os conteúdos deste Relatório foram aprovados pelo Conselho de Administração da SATA e, no futuro, a SATA prevê que os próximos relatos de sustentabilidade sejam submetidos a uma verificação externa por uma entidade independente.

Este Relatório complementa a informação financeira e de governo que se encontra igualmente disponível no website da SATA ( www.sata.pt). Qualquer esclarecimento poderá ser solicitado através do endereço electrónico contacto@sata.pt.

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1.4 Apresentação da SATA

Principais factos históricos

O percurso da SATA reflecte um caminho percorrido com mais de 60 anos de história e de voos sobre o Atlântico. 1941 1947 1958 1959 1963 1968 1969 1971 1973 1974 1976 1977 1981 1982 Nasce a SATA

Fundação da Sociedade Açoreana de Estudos Aéreos Lda., com sede em Ponta Delgada, nos Açores, com o objectivo de desenvolver uma operação aérea regular entre a ilha de São Miguel e as restantes ilhas do Arquipélago, e entre estas com Portugal Continental.

A SATA adopta nova designação

A SATA adopta a designação comercial "Sociedade Açoreana de Transportes Aéreos Lda." e adquire o seu primeiro avião, um Beechcraft UC-45B Expeditor (CS-TAA), baptizado de Açor.

A SATA ajuda vítimas do vulcão dos Capelinhos

A SATA presta assistência no embarque das vítimas da tragédia do vulcão dos Capelinhos para os EUA, primeiro em Santa Maria e, mais tarde, na Base das Lajes. A SATA organizou, em parceria com a Pan American Airways, uma série de voos destinados a transpostar sinistrados do vulcão dos Capelinhos para os EUA.

A SATA compra estrutura da TWA em Santa Maria

A SATA adquire todo o equipamento da TWA existente no Aeroporto de Santa Maria e, cumprindo a sua ambição de crescimento e expansão, conclui um acordo de fusão de serviços com a Pan American, que ocasiona a integração de funcionários e equipamentos desta companhia nos serviços de assistência a aeronaves da SATA. A SATA compra o primeiro DC-3

A SATA compra o primeiro avião DC-3 proveniente da companhia irlandesa Aer Lingus. A SATA contrata as primeiras assistentes de bordo

Os voos da SATA passam a ter assistentes de bordo que se destacam pela sua simpatia e disponibilidade. Inaugurado Aeroporto em Ponta Delgada

É inaugurado o Aeroporto da Nordela, em Ponta Delgada, com uma pista de 1.800 metros de comprimento por 45 metros de largura.

Inaugurado Aeroporto do Faial

É inaugurado o Aeroporto da Horta, em Castelo Branco, pelo Presidente da República, e são iniciados os primeiros voos regulares da SATA neste aeroporto em 1972.

SATA chega às Flores

Progressivemente, a SATA vai interligando as ilhas do Arquipélago. Depois de iniciar voos regulares para a Horta, começa a voar para a ilha das Flores, ocasionalmente, desde 1973 e, em regime regular, desde 1976.

SATA e os sindicatos

Com a Revolução de Abril, um grande número de funcionários da SATA passa a estar sindicalizado. A SATA presta assistência ao Concorde

O avião mais avançado da história da aviação civil, o Concorde, faz escala no aeroporto da Santa Maria com a assistência da SATA.

Passageiro 1 milhão

A SATA recebe o seu passageiro 1 milhão. Inaugurado o Aeródromo da Ilha Graciosa

É inaugurado na Ilha Graciosa o primeiro Aeródromo regional. Inauguração do Aeródromo da Ilha do Pico

Na continuação do processo de interligar todas as ilhas pelo ar, são inaugurados, em anos sucessivos, as duas primeiras infra-estruturas da rede regional de aeródromos.

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24 1983 1985 1987 1989 1990 1994 1998 1999 2000 2005 2007 2009 2010 2011

Inauguração do Aeródromo de São Jorge

É dado mais um passo na aproximação de todo o arquipélago com a inauguração deste novo Aeródromo. Operações Charter

SATA Express e a Azores Express iniciam a comercialização de operações charter Canadá – EUA – Açores. SATA Air Açores

A SATA passa a chamar-se SATA Air Açores e, nesse mesmo ano, recebe a medalha de prata de Mérito Turístico. Os ATP chegam aos Açores

A SATA adquire os primeiros aviões British Aerospace ATP. Mudança e expansão

A SATA vive momentos históricos: conclui a era dos AVRO HS 748, que durou vinte anos; adere à International Air Transport Association - IATA e à European Regional Airlines Association - ERA; Adquire os escritórios da Canadian Pacific Airlines em Lisboa e recebe dois aviões ATP.

SATA Air Açores recebe medalha de honra

Como reconhecimento da qualidade dos seus voos e modo de operar a SATA Air Açores recebe Medalha de Honra da International Civil Aviation Organization.

SATA Internacional

Criação da SATA Internacional, por alteração do Pacto Social da OceanAir, e diversificação dos seus destinos. A companhia passa a operar com equipamento Boeing 737 e recebe o COA (Certificado de Operador Aéreo) que lhe permite explorar rotas para destinos fora dos Açores.

SATA assegura novas rotas

A SATA Internacional ganha a concessão das rotas entre Ponta Delgada e as cidades de Lisboa, Porto e Funchal com três Boeing 737 e, depois, com o novo A310.

Voos para a América do Norte

A SATA começa a voar regularmente para os EUA e Canadá, aproximando de forma inegável as Comunidades Açorianas da região a estes mercados com dois A310.

Nasce a SATA Gestão de Aeródromos

Nasce a mais recente empresa do Grupo SATA, a SATA Gestão de Aeródromos, responsável pela gestão e manutenção de 4 aeródromos açorianos e da Aerogare das Flores.

SATA no Arquipélago da Madeira

A SATA adquire mais um British Aerospace ATP e novo equipamento Airbus A310. Renovação de frota

Chegam as primeiras duas unidades Bombardier Q200 à frota SATA Air Açores. O Dornier D0228 deixa de voar e a SATA Internacional recebe mais uma unidade Airbus A320.

Financiamento do BEI e do BES

O BEI e o BES concedem o financiamento da renovação da frota da SATA Air Açores em condições economicamente vantajosas.

A SATA Air Açores recebe o prémio bronze “Airline of the Year 2011/2012”

Atribuído pela ERA - European Regions Airline Association, reconhecendo publicamente, a importância da renovação da frota para os mais de 400.000 clientes transportados anualmente pela SATA Air Açores.

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Principais acontecimentos em 2011

As empresas do Grupo SATA

A SATA é um grupo de transporte aéreo composto por cinco empresas, que desenvolvem actividades relacionadas com o transporte aéreo de passageiros e carga. Para além de duas companhias aéreas distintas, uma de vocação regional e outra com amplitude internacional, o universo de empresas SATA complementa-se com a participação de dois operadores turísticos e de uma quinta empresa, a SATA Gestão de Aeródromos.

De destacar que as companhias aéreas da SATA bem como as suas áreas de negócio têm visto o mérito e profissionalismo das suas equipas reconhecido, pelas mais distintivas certificações do sector.

A SATA está longe do pequeno núcleo familiar da década de quarenta do século passado. Mais de um milhar de trabalhadores participam com dedicação e profissionalismo no

desenvolvimento deste projecto.

Janeiro Lançamento do Upgrade Last Minute e do Lugar extra conforto Fevereiro Implementação do Web Check-in no website Março Novas Rotas Açores - Copenhaga, Estocolmo e Oslo Abril Reunião de Quadros Maio Mobile Check-in torna-se num serviço mais rápido e cómodo Junho SATA lança o Mobile Boarding Pass Julho Recibos de vencimentos passam a estar disponíveis no portal interno MySATA Agosto Lançamento do Projecto SATA Forest Setembro SATA designada como entidade oficial de formação da American Heart Association Outubro SATA recebe o prémio Airline of the Year 2011/2012 Bronze Award Novembro Lançamento do Happy Flyer para pessoas com fobia de andar de avião

Dezembro

Website da SATA fica mais simples e

intuitivo 2012 Certificação do Sistema de Gestão Integrado de Segurança, Saúde e Ambiente

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Serviços de apoio à operação aérea

SATA SGPS

Gestão integrada , sob a forma empresarial, da carteira de participações da Região Autónoma dos Açores no sector do transporte aéreo

100% da Região Autónoma dos Açores

SATA Air Açores

Fundada em 1941, serve actualmente as 9

ilhas do Arquipélago dos Açores, através de um serviço público de transporte aéreo.

Desde 2007 que efectua ligações aéreas

entre as duas ilhas do Arquipélago da Madeira, e com códigos de voo da SATA Internacional, entre estas e as ilhas

Canárias

100% da SATA SGPS

Realiza mais de 14 mil voos por ano

SATA

Internacional

Fundada em 1995 nos Açores, oferece uma

malha de rotas regulares na Europa e

no Atlântico Norte ampliando o âmbito da sua operação aérea

regular com a realização de operações charter para variados destinos

100% da SATA Air Açores

Realiza mais de 7 mil voos por ano

SATA Gestão de

Aeródromos

Constituída em 2005, gere quatro das nove

infraestruturas aeroportuárias existentes no Arquipélago dos

Açores (Pico, Graciosa, Corvo e São Jorge) e Aerogare das Flores. Promove e executa o planeamento e a exploração do serviço público de apoio aeroportuário à aviação civil 100% da SATA Air Açores Movimenta mais de 60.000 passageiros por ano

SATA Express e

Azores Express

Operadores turísticos localizados no Canadá (SATA Express) e nos EUA (Azores Express)

desde 1985. Actualmente promovem a oferta de

ligações aéreas constantes, ao longo de todo o ano, entre a

América do Norte e Portugal Continental e Insular 100% da SATA Air Açores Vendem mais de 59.000 viagens por ano

SATA Handling

Com vasto know-how na assistência em terra a passageiros e na assistência a companhias

aéreas, a SATA disponibiliza um serviço de

handling a todas as companias que aterram

nos aeroportos dos Açores. Venda de bilhetes, transferências, assistência a bagagem,

checkin , controlo de escala, supervisão e

outros serviços, fazem com que qualquer companhia aérea possa aterrar e descolar, em qualquer aeroporto dos Açores, deixando por

conta da SATA a assistência aos seus passageiros e às suas aeronaves Realiza mais de 17.000 assistências por

ano

SATA Cargo

Para além do transporte de passageiros, a SATA dedica-se igualmente ao transporte de carga aérea. Este serviço, fortemente impulsionado nos últimos anos, oferece o

transporte aéreo de todo o tipo de carga, para qualquer parte do Mundo

Movimenta mais de 8.900 toneladas de cargapor ano

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Estrutura funcional

O organigrama que de seguida se apresenta reflecte a estrutura organizativa que vigora na SATA, existindo um Centro de Serviços Partilhados que presta serviços de forma transversal a todas as empresas do Grupo.

A frota da SATA

A frota da SATA é composta actualmente por 14 aeronaves, com uma idade média de 9,7 anos, tendo sido efectuado um importante investimento, em 2010, com vista à renovação integral da frota turbo-hélice da SATA Air Açores por um conjunto de aeronaves Bombardier. Estas recentes aquisições proporcionam aos passageiros uma melhor experiência de voo e, simultaneamente, posicionam a SATA como uma companhia aérea ambientalmente eficiente e adaptada quer às exigências das operações inter-ilhas, quer ao alargamento da sua operação atlântica.

Conselho de Administração Operações de Voo Operações Terrestres e Handling Manutenção e

Engenharia Pessoal de Voo Treino do Clientes Vendas Planeamento e Exploração

Gestão e Controlo da Receita Serviços Partilhados Recursos Humanos Financeiro Sistemas de Informação Planeamento e Controlo de Gestão Comunicação e Marketing Jurídicos Legislação e Relações Laborais Serviço de Compras Projectos Corporativos

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SATA Air Açores

SATA Internacional Bombardier Q400 Número de aeronaves: 4 Comprimento: 32,83 m Altura: 8,84 m Envergadura: 28,42 m Velocidade Cruzeiro: 667 km/h Capacidade de Combustível: 6.526 l Passageiros: 80 Bombardier Q200 Número de aeronaves: 2 Comprimento: 22,25 m Altura: 7,49 m Envergadura: 25,91 m Velocidade Cruzeiro: 535 km/h Capacidade de Combustível: 3.160 l Passageiros: 37 Airbus A310 Número de aeronaves: 4 Comprimento: 46,66 m Altura: 15,80 m Envergadura: 46,90 m Velocidade Cruzeiro: 900 km/h Capacidade de Combustível: 68.260 l Passageiros: 222 Airbus A320 Número de aeronaves: 4 Comprimento: 37,57 m Altura: 11,76 m Envergadura: 34,10 m Velocidade Cruzeiro: 900 km/h Capacidade de Combustível: 23.859 l Passageiros: 161

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BIA Blue Islands Azores

O BIA, o símbolo que acompanha o logótipo da SATA, é um Açor reinventado, rectilíneo, inspirado no futurismo dos protótipos, construído a partir de nove pedaços assimétricos, distintos e coloridos como as ilhas dos Açores.

A imagem SATA

A SATA tem a sua raíz identitária na profundidade da alma Açoriana, tendo assumido o compromisso de combater o isolamento do arquipélago, sendo a sua missão levar o nome dos Açores ao Mundo e trazer o Mundo aos Açores. As cores e o símbolo que acompanham a imagem da organização são as cores dos Açores, o seu símbolo, composto por nove partes, simboliza as nove ilhas do Arquipélago.

Prémios e reconhecimentos

SATA Air Açores considerada a 3ª Melhor Companhia Aérea Regional da Europa A SATA Air Açores foi distinguida com o prémio bronze “Airline of the Year 2011/2012”, atribuído pela Associação Europeia de Companhias Aéreas Regionais ERA -

European Regions Airline Association - durante a Assembleia Geral de 2011, que teve lugar em

Roma no dia 29 de Setembro. Este prémio reconhece publicamente, entre 65 companhias aéreas regionais pertencentes à ERA, a importância da renovação da frota para os mais de 400.000 clientes transportados anualmente pela SATA Air Açores.

Revista PM Network reconhece a área de Gestão de Projectos da SATA

Cerca de um ano depois de começar a implementar metodologias inovadoras na área de Gestão de Projectos, a SATA obteve um reconhecimento internacional pela PM Network. A prestigiada revista publicou um artigo, na edição de Outubro, sobre a prática destas metodologias no desenvolvimento interno de uma aplicação para suporte dos processos de negócio da SATA Gestão de Aeródromos. Este projecto permitiu alcançar uma poupança substancial nos custos de exploração e, simultaneamente, uma melhoria na eficiência de operação nos aeródromos.

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2º Agility Award pela criação do Sistema de Gestão de Aeródromos

Na consolidação do seu valor Inovação, a SATA assume-se como uma referência na comunidade de Agile, com a presença do seu CEO como orador na sessão de abertura do evento internacional Next Step 2011. O sistema de reserva online e pagamentos da SATA venceu o Agility Awards, um galardão que distingue as empresas que criam projectos com reais benefícios para as respectivas empresas e organizações. Este projecto que reuniu equipas pluridisciplinares, chamado “ERetail Engine Administration Project”, foi desenvolvido em 12 semanas pela Direcção de Sistemas de Informação da SATA. Os Agility Awards visam premiar as empresas e equipas que abraçam metodologias ágeis no desenvolvimento de aplicações de negócio, obedecendo a restrições de orçamento e tempo.

Colaborador SATA recebe prémio de melhor administrador do Airline Information

Management System (AIMS)

João Martins, colaborador da Direcção de Sistemas de Informação, recebeu um prémio como “Best AIMS Administrator 2011”, colocando o nome da SATA entre empresas como a TAM, Ethiad, Qatar, EasyJet e Air Berlin. De sublinhar, ainda, que a SATA foi mencionada como um exemplo a seguir na área de IT, devido à aplicação para o iPhone e Android que acede directamente ao AIMS para verificar a informação sobre o estado dos voos.

SATA designada como entidade oficial de formação da American Heart Association A SATA foi designada como entidade oficial de formação da American Heart Association (AHA), em parceria com uma empresa de formação e consultoria na área médica. Os instrutores da SATA, devidamente certificados pela AHA, estão habilitados a ensinar técnicas de reanimação cardiopulmonar em adultos, crianças e lactentes, através de massagem cardíaca e ventilação, utilizando um desfibrilhador automático externo.

SATA recebe o Prémio de Promoção da Acessibilidade Laboral

No dia 3 de Dezembro de 2011, teve lugar, na Horta, uma Gala do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, em que a SATA Air Açores foi distinguida com o Prémio de Promoção da Acessibilidade Laboral, por ser a empresa com sede na região, que emprega mais pessoas com deficiência, num total de 9 colaboradores.

Outros Reconhecimentos

A SATA volta a obter a classificação de excelência em segurança operacional renovando, pela terceira vez, o registo IOSA (IATA Operational Safety Audit) conferido pela IATA (International

Air Transport Association)

A revista britânica Monocle, de referência internacional na área dos negócios, cultura, viagens, arquitectura e design, dedicou, na edição de Junho, uma página inteira a um artigo sobre a

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SATA, relatando uma série de acontecimentos que fazem parte da história da empresa, dando nota do seu contínuo e notável crescimento nos últimos anos. Mereceram uma nota especial alguns elementos que definem a imagem e identidade da SATA, tais como a frota, o número de passageiros transportados, o catering, as fardas e a revista de bordo. A Monocle destacou, também, a escolha da SATA para o transporte de Comitivas Presidenciais em visitas de Estado e equipas de futebol para jogos na Europa.

1.5 Modelo de Governo

Nos últimos anos, a SATA tem vindo a alinhar a sua estrutura e funcionamento organizacionais com os princípios de Bom Governo e boas práticas internacionais. A estrutura de governo da SATA SGPS assenta no Modelo Latino, que prevê a existência de uma Assembleia Geral e de um órgão de administração e de fiscalização, sendo estes últimos representados por um Conselho de Administração e por um Revisor Oficial de Contas.

Órgãos de gestão da SATA SGPS

Os membros do Conselho de Administração assumem pelouros em diversas áreas da gestão executiva, sendo esta posição transversal às várias empresas do Grupo, garantindo cumprimento da estratégia e objectivos definidos.

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Revisor Oficial de Contas Dr. Milton Sarmento

Dr. Vítor Borges da Ponte Dra. Helena Patrícia Serra Pereira da Silva

Prof. Dr. António de Gomes Menezes

Dra. Luísa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl Dra. Isabel Maria dos Santos Barata

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Posição Nome Pelouros Principais responsabilidades

Presidente Membro Executivo Prof. Doutor António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes Chief Executive Officer

Garantir a implementação e monitorizar a estratégia e objectivos corporativos

Gerir a posição estratégica da SATA na sua relação com os stakeholders externos, através da participação regular em encontros e reuniões que promovam a organização

Chief Financial Officer

Supervisionar as actividades, planos e relatórios financeiros, garantindo e controlando o crescimento a nível individual e consolidado Tomar decisões financeiras, garantindo que a médio e longo prazo, as oportunidades e os riscos são considerados, analisados e alinhados com a estratégia da SATA

Chief Information Officer

Garantir que os sistemas de informação estão alinhados com a estratégia da SATA e com os valores da companhia, dos quais se destaca a Inovação

Assegurar a fiabilidade das aplicações informáticas de suporte à actividade assim como os seus interfaces com as estruturas de back office Vogal Membro Executivo Dra. Luísa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl Chief Operation Officer

Garantir que a calendarização e planeamento de actividades e auditorias definidas nas áreas de handling, aeródromos, manutenção, operações terrestres e operações de voo são cumpridos Assegurar que os objectivos estratégicos definidos para cada área de negócio são cumpridos e devidamente monitorizados ao longo da actividade

Gerir e acompanhar no dia-a-dia operacional todos os processos críticos de cada área de negócio directamente com os seus responsáveis operacionais

Compras Gerir relação com fornecedores através da negociação de contratos de trabalho com os mesmos

Assegurar a correcta monitorização e controlo de stocks

Jurídicos Garantir compliance com os requisitos e normas de segurança aplicáveis nas operações (áreas: handling, aeródromos, manutenção, operações terrestres e operações de voo)

Ser responsável por identificar e reportar todas as alterações legislativas que impactam a actividade operacional da SATA

Monitorizar todos os processos de trabalho, reclamações e coimas Vogal Membro Executivo Dra. Isabel Maria dos Santos Barata

Recursos Humanos Avaliar a política de recursos humanos, garantindo o seu alinhamento às orientações estratégicas corporativas e ao bem estar dos seus colaboradores e evitando potenciais conflitos com os seus stakeholders

Controlar os processos de contratação, formação e de avaliação de desempenho bem como dos processos disciplinares existentes

Marketing e Comunicação

Identificar guidelines e políticas de marketing e de comunicação transversais ao grupo;

Gerir e controlar a relação entre o Grupo SATA e os seus sindicatos, promovendo um bom relacionamento com os mesmos e restantes stakeholders, garantindo uma boa imagem e reputação corporativa

Referências

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