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ESTUDO DE VIABILIDADE DE NEGÓCIO PRODUTORA DE EVENTOS CRISTÃOS

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CREUDINEI DA SILVA

CREUDINEI DA SILVA

LUCIANO DE LIMA

LUCIANO DE LIMA

ESTUDO DE VIABILIDADE DE NEGÓCIO:

ESTUDO DE VIABILIDADE DE NEGÓCIO:

PRODUTORA DE EVENTOS CRISTÃOS

PRODUTORA DE EVENTOS CRISTÃOS

Vitória Vitória 2009 2009

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ESTUDO DE VIABILIDADE DE NEGÓCIO

ESTUDO DE VIABILIDADE DE NEGÓCIO

PRODUTORA DE EVENTOS CRISTÃOS

PRODUTORA DE EVENTOS CRISTÃOS

Trabalho de conclusão de curso Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Estácio de Sá, apresentado a Faculdade Estácio de Sá, como pré-requisito para a obtenção de como pré-requisito para a obtenção de título de Bacharel em

título de Bacharel em Comunicação SocialComunicação Social

com ênfase em Publicidade e

com ênfase em Publicidade e

Propaganda. Propaganda.

PROFESSOR ORIENTADOR: EDUARDO PROFESSOR ORIENTADOR: EDUARDO RABELLO RABELLO Vitória Vitória 2009 2009

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ESTUDO DE VIABILIDADE DE NEGÓCIO

ESTUDO DE VIABILIDADE DE NEGÓCIO

PRODUTORA DE EVENTOS CRISTÃOS

PRODUTORA DE EVENTOS CRISTÃOS

Trabalho de conclusão de curso Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Estácio de Sá, apresentado a Faculdade Estácio de Sá, como pré-requisito para a obtenção de como pré-requisito para a obtenção de título de Bacharel em

título de Bacharel em Comunicação SocialComunicação Social

com ênfase em Publicidade e

com ênfase em Publicidade e

Propaganda. Propaganda.  Aprovada em ____/  Aprovada em ____/____/________/____  _______________________  _____________________________________ Eduardo Rabello – Orientador Eduardo Rabello – Orientador  _______________________  _____________________________________ Professor Examinador Professor Examinador  _______________________  _____________________________________ Professor Examinador Professor Examinador Vitória Vitória 2009 2009

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Muito se tem falado do poder da informação na era em que vivemos. Quem tem a informação detém o poder.

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Palavras Chaves:

Palavras Chaves: marketingmarketing,, marketing de eventos, produção de eventos, plano demarketing de eventos, produção de eventos, plano de negócios, eventos cristãos.

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Muito se tem falado do poder da informação na era em que vivemos. Quem tem a Muito se tem falado do poder da informação na era em que vivemos. Quem tem a informação detém o poder.

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22 O MARKETING: O MARKETING: SEUS TIPOS SEUS TIPOS E APLICAÇÕES ...E APLICAÇÕES ... 15... 15

2.1 2.1 OSOS CONCEITOSCONCEITOS DODO MARKETING... 15MARKETING... 15

2.2 2.2 COMPOSIÇÃOCOMPOSIÇÃO DOSDOS AMBIENTESAMBIENTES DEDE MARKETING ... 18MARKETING ... 18

2.3 2.3 APLICANDOAPLICANDO OSOS RECURSOSRECURSOS DODO MARKETINGMARKETING EMEM BENEFÍCIOBENEFÍCIO DODO NEGÓCIO ... 20NEGÓCIO ... 20

2.4 2.4 OO MIXMIX DEDE MARKETING ... 22MARKETING ... 22

2.4.1 2.4.1 O Produto ... 22O Produto ... 22

2.4.2 2.4.2 O Preço ... 23O Preço ... 23

2.4.3 2.4.3  A Praça ... A Praça ... ... ... ... ... .... 24.... 24

2.4.4 2.4.4  A Promoção ... A Promoção ... ... ... ... ... 25... 25

33 O MARKETING DE EVENTOS: DEFINIÇÃO E O MARKETING DE EVENTOS: DEFINIÇÃO E A RAZÃO DO A RAZÃO DO INVESTIMENTO INVESTIMENTO ... ... 2929 3.1 3.1 AAS DEFINIÇÕES DE EVENTOSS DEFINIÇÕES DE EVENTOS  ... 29  ... 29

3.2 3.2 AA CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO DOSDOS EVENTOS ... 30EVENTOS ... 30

3.2.1 3.2.1 Objetivos ... 31Objetivos ... 31

3.2.2 3.2.2 Perfil do público ... 32Perfil do público ... 32

3.2.3 3.2.3 Dimensão ... 33Dimensão ... 33

3.2.4 3.2.4 Data ... 34Data ... 34

3.3 3.3 PORQUEPORQUE INVESTIRINVESTIR EMEM EVENTOS ... 35EVENTOS ... 35

44 O O MERCADO GOSPEL ...MERCADO GOSPEL ... 39... 39

55 O O PLANO DE PLANO DE NEGÓCIOS ...NEGÓCIOS ... 44... 44

66 ANÁLISE ANÁLISE DE DE VIABILIDADE...VIABILIDADE... 54... 54

6.1 6.1 AANÁLISE DENÁLISE DEMMERCADOERCADO  ... 54  ... 54

3.2.1 3.2.1 Cenário atual do meio Gospel ... 59Cenário atual do meio Gospel ... 59

6.2 6.2 AANÁLISE FINANCEIRANÁLISE FINANCEIRA  ... 59  ... 59

6.3 6.3 AANALISE DE ATRATIVIDADENALISE DE ATRATIVIDADE  ... 59  ... 59

CONCLUSÃO ... CONCLUSÃO ... ... 6161 REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICABIBLIOGRÁFICAS S ... 62... 62

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INTRODUÇÃO

O homem é um ser social e como tal vive uma busca constante por formas de interação com seus pares. Neste processo, além das relações no ambiente familiar ele também tem sido levado a interagir com pessoas de ambientes diferentes do habitual. Francisco Paulo de Mello Neto em seu livro Criatividade em Eventos, explica que o homem moderno tem presenciado o crescimento de espaços para sua vida social e com isso é levado a vivenciar, através dos eventos, novas experiências em conjunto de outras pessoas.

Este cenário é campo fértil para o crescimento do mercado de eventos junto com a indústria do entretenimento. No Brasil, uma pesquisa publicada pelo Ministério do Turismo em junho de 2009 revela que o mercado de eventos tem mantido uma expectativa de ascensão. E por se tratar de um mercado promissor, tem atraído atenção de diversas instituições que se utilizam dessa ferramenta do marketing como mídia para a sua comunicação.

Neste contexto, um segmento que reúne um expressivo grupo de pessoas se encontra em plena expansão no país: o mercado gospel. O Brasil é um país de aflorada religiosidade e em meio a essa gama de opções o cristianismo se destaca e nele o protestantismo tem chamado a atenção pelo vertiginoso crescimento nos últimos anos. Os evangélicos, como são chamados os cristãos protestantes no Brasil, constituem hoje uma expressiva parcela da população e produzem cada vez mais elementos culturais próprios como livros, revistas, cd´s e DVDs além de vários eventos voltados para o entretenimento e também para os negócios. E, vislumbrando tamanha potencialidade deste mercado, surgiu a necessidade de se investigar a possibilidade de sucesso de um negócio de produção de eventos voltados para esse segmento ainda pouco explorado no estado do Espírito Santo. Para tal, um estudo foi realizado com o objetivo de verificar a viabilidade de inserir no mercado capixaba uma empresa de produção de eventos gospel.

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Esta tarefa exigiu um esmero no levantamento bibliográfico tendo em vista que, apesar da vasta literatura disponível sobre o marketing e seus recursos assim como sobre organização de eventos, o fenômeno gospel é ainda recente e a limitação literária latente. Contudo, este trabalho foi organizado da seguinte forma: Nos capítulos 2 e 3 serão abordados os conceitos do marketing, uma breve definição do que é, o que compõe os seus ambientes e as suas aplicações de forma positiva dentro de um negócio. A abordagem do marketing neste trabalho é de fundamental necessidade, tendo em vista sua notável contribuição ao longo da história. Philip Kotler em seu livro: Marketing expõe: “Conceitua-se marketing como uma orientação da administração baseada no entendimento de que a tarefa primordial da organização é determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado visado e adaptar a organização para promover as satisfações desejadas de forma mais efetiva e eficiente que seus concorrentes”, ou seja, o marketing busca contribuir para que os desejos do público-alvo sejam alcançados de uma maneira satisfatória.

No capítulo 4 será realizada uma análise do cenário gospel, uma vez que o mesmo está diretamente ligado ao objeto deste estudo. Esta fatia do mercado como se pode acompanhar, tem tido um crescimento considerável a cada dia, conseqüência disso, tem sido a atenção que os diversos seguimentos de mercado tem dispensando para este nicho tão promissor.

O capítulo 5 trata do embasamento teórico sobre o plano de negócios, como deve ser construído para alicerçar uma tomada consciente de decisão a respeito do investimento e também como funciona, além de apresentar passo a passo sua utilização pela empresa.

Já no capítulo 6 será apresentado o Plano de Negócio em seus detalhes, nele estarão os conceitos do negócio, concorrente, riscos, estratégias, perfil do público, todo esse conjunto nos auxiliará no Estudo de Viabilidade de Negócio para criação de uma Produtora de Eventos Cristãos, tema principal deste trabalho.

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2 O MARKETING: SEUS TIPOS E APLICAÇÕES

No mundo globalizado as empresas têm sido desafiadas constantemente pelo mercado o que exige uma visão estratégica dos negócios. Neste contexto o marketing oferece ferramentas e técnicas como recursos de suporte a essas empresas para que caminhem em direção ao sucesso.

Por meio dos conceitos do marketing é possível visualizar sua contribuição para o sucesso de uma empresa. Tal contribuição se dá através interpretação dos dados, dos cenários e dos ambientes ao qual se está  inserido lançando mão dos seus recursos com intuito de maximizar as potencialidades do negócio para torná-lo rentável, justificando assim a empreitada.

 A comunidade brasileira em geral respira e alimenta-se de marketing, conscientemente ou não. E, por isso, é, necessário compreender o significado e a importância do marketing com desencadeador do processo de desenvolvimento econômico e social. (Cobra, 1997)

2.1

OS CONCEITOS DO MARKETING

Os conceitos de marketing são vastos e evoluíram acompanhando as mudanças no mercado mundial. O marketing como campo de estudo surgiu durante a revolução industrial devido a necessidade dos donos de indústria em administrar a nova realidade que despontava1.(Oliveira, 2007)

Estes estudos do mercado causaram uma transformação no sistema vigente que deixou de ser um mercado vendedor e tornou-se um mercado de compradores sem que estes possuíssem algum poder de barganha ou negociação.

Mas o termo marketing só se torna designador de um campo de estudo por volta da década de 1940 quando Robert Bartels2  defendeu sua tese de mestrado na Ohio

State University sobre a teoria do marketing abrindo assim o caminho cientifico para o que era até então uma aplicação de mercado, entretanto, uma discussão tomava o meio acadêmico quando se questionava ser ou não possível desenvolver uma teoria

1OLIVEIRA,Luis Ignácio de. Desmistificando o Marketing. São Paulo: NOVATEC, 2007.p.20.

2 Robert Bartels foi um dos estudiosos mais prolíficos de marketing. Sua pesquisa abrangeu um vasto conjunto de tópicos de marketing, mas sua contribuição mais significativa foram seus cinqüenta anos de investigação na área com a qual seu nome se tornou sinônimo – The History of Marketing Thought. Ao traçar a história do marketing no século XX na academia americana, Bartels alimentou o interesse pelo patrimônio do marketing e estabeleceu uma base comum de conhecimento para as gerações de estudantes.

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mercadológica, que muitos consideravam extremamente subjetivo. Porém, a partir de 1954 o marketing começa a ser abordado como ferramenta de extrema eficácia para administração de empresas focadas no mercado.

No ano de 1960 o professor da Harvard Business School Theodore Levitt3,

considerado mais tarde o pai do marketing, publicou um artigo intitulado “Miopia do Marketing”. Neste artigo Levitt apresenta a importância de satisfazer os clientes, mudando assim o foco das empresas. A partir de então vários conceitos de marketing começaram a surgir. Ainda na década de 1960 segundo Marcos Cobra4

(1965 apud Ohio State University5, 1997, p.24), marketing é: “O processo na

sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços”.

Philip Kotler 6 publicou em 1967 o livro “Administração em Marketing” onde conceitua

marketing como:

O conceito de marketing é uma orientação da administração que visa proporcionar a satisfação do cliente e o bem-estar do consumidor e do público em longo prazo, como a solução para satisfazer aos objetivos e às responsabilidades da organização.(Kotler, 1967)

Segundo Cobra7, Kotler ainda desenvolveu conceitos em conjunto com outros

estudiosos da administração como Sidney Levy e juntos sugeriram que os conceitos de marketing também deveriam abranger as instituições sem fins lucrativos. Em 1969 ainda segundo Cobra, William Lazer defendia a idéia de que o marketing precisava levar em consideração as mudanças que se verificavam nas relações sociais enquanto David Luck apregoava com seu artigo “ Broadening the concept of marketing to far ” que o marketing deveria limitar-se em discutir atividades que resultariam em transações de mercado indo de encontro às afirmações de Kotler e

3LEVITT,Theodore.Professor de Administração de empresas na Escola de Administração de Empresas na Universidade de Havard. Autor do artigoMiopia do Marketing.

4COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Marketing básico: uma abordagem brasileira. São Paulo: Atlas, 1997.p.23. 5Universidade Estadual de Ohio.

6KOTLER, Philip.Administração em Marketing. São Paulo:Prentice-Hall, 1967. 7COBRA op. cit., p. 23.

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Levy. Também em 1969, continua Cobra8, Kotler em conjunto com Gerald Zaltmen

definem a expressão marketing social como sendo:

 A criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing.(Cobra 1969 apud KOTLER, ZALTMEN, 1997, p.24)

 Ao mesmo tempo, um movimento torna-se irreversível para expandir o conceito de marketing com a atenção dedicada às regras de mudanças sociais e ambientais do Journal of Marketing 9. Kotler desde o inicio tem sua posição sempre reavaliada

concernente aos limites do conceito de marketing articulando um conceito “genérico” propondo que na essência do marketing está a transação definida como troca entre duas partes. Em conjunto com Kevin Keller 10, desenvolveu ainda o seguinte

conceito: “O marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de  pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros” (KOTLER; KELLER, 2006). Após essa conceituação é possível afirmar que o marketing mudou seus conceitos e com isso transformou o mercado. O marketing é muito mais que uma ferramenta a ser utilizada pelas instituições, é sim um fornecedor de soluções as mais variadas necessidades do mundo dos negócios. O livro Desvendando o Marketing, de Luis Ignácio de Oliveira11, define ainda o marketing da seguinte forma:

Marketing é um sistema complexo, por excelência, que compreende toda uma organização e seus participantes, rico em conceitos e ferramentas e com uma visão estratégica dos relacionamentos que englobam uma organização e seu mercado. É útil tanto para empresas como para pessoas, que também podem, e devem, usar estratégias mercadológicas para atingir objetivos em âmbito pessoal.(Oliveira, 2007)

Hoje o foco das atividades comerciais está no consumidor e essa atenção dispensada pelo marketing tem sido de extrema importância na integração das relações sociais e das relações de troca entre consumidor e empresas e esses conceitos servirão de base para a estruturação deste trabalho.

8COBRA op. cit., p. 24.

9Revista acadêmica fundada em 1936 reconhecida mundialmente a mais de sete décadas como líder no campo do marketing. 10KOTLER, Philip e KELLER, Kevin.Administração de Marketing - São Paulo: Prentice Hall, 2006. p. 30.

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2.2

COMPOSIÇÃO DOS AMBIENTES DE MARKETING

Toda empresa constituída cria a partir de sua gênese o seu próprio ambiente e automaticamente se insere em outros dois ambientes maiores que o primeiro e que exercem influência sobre ela que por sua vez passa a influenciar esses outros dois. Em um mercado cada vez mais disputado, torna-se necessário conhecê-lo profundamente, pois este se encontra cada vez mais globalizado e dinâmico e esse conhecimento será a chave para o sucesso das ações tomadas por empresa12.

(Kotler; Keller, 2006)

Um ambiente de marketing é a constituição de participantes e forças externas a eles, que podem afetar a sua capacidade de administração e o desenvolvimento de bons relacionamentos com seus clientes. O marketing é composto por dois tipos de ambiente: macroambiente e microambiente, sendo que o microambiente é ainda subdividido.

O macroambiente é composto por variáveis sociais não controláveis que influenciam diretamente o ambiente de todas as empresas e instituições. Essas variáveis são de âmbito global, daí a impossibilidade de controlá-las, pois trata-se de analisar demografias, economias, eventos físicos e naturais, tecnologia, políticas, leis, sociedades e culturas entre outros13. (Rocha, 2005)

Kotler 14 define da seguinte forma o macroambiente:

Têm grande impacto sobre a empresa, enquanto o inverso não é verdadeiro. São os fatores "incontroláveis", aos quais as empresas se adaptam, por meio da utilização dos fatores "controláveis": seus compostos de marketing. O ponto fundamental do macroambiente é que ele se modifica e, o que é mais importante, em ritmo acelerado. (Kotler, 1996)

 As variáveis que compõem o macroambiente são descritas a partir de agora, conforme definição apresentada por Rocha15, de maneira breve para exemplificar

cada uma delas e assim tornar seu entendimento mais fácil.

12KOTLER, Philip e KELLER, Kevin. Administração de Marketing - São Paulo: Prentice Hall, 2006.

13 ROCHA, Jorge Vieira da. Fundamentos de marketing. Rio de Janeiro: Ed. Rio,

2005. p.16.

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 Ambiente demográfico é o estudo da população em termos de tamanho, densidade, localização, idade, raça, ocupação e dados estatísticos. Esses fatores influenciam diretamente os resultados de uma empresa positiva ou negativamente. O ambiente econômico trata das características em âmbito nacional e global levando em consideração vários índices entre eles o PIB16, a taxa de juros, os níveis de inflação

e o valor da moeda. Os fenômenos meteorológicos, as variações climáticas, os recursos naturais disponíveis, custos de produção de energia, florestas e pragas estão contidos no ambiente físico-natural. O ambiente tecnológico oferece grandes oportunidades e ameaças gigantes a qualquer empresa, trata das inovações cientificas de processos e produtos. As leis que regulam o mercado e os negócios além de políticas públicas e as observações do poder-público são o cerne do ambiente político e considera que os resultados de eleições podem afetar diretamente todas as empresas. Já o ambiente sócio-cultural trata da tradição, dos valores e das tendências sociais. Essas variáveis sociais mudam lentamente, mas deixar de analisá-las e considerá-las é um erro grave que pode comprometer todo um projeto.

Uma vez exposto o que é e quais são as variáveis do macroambiente, faz-se necessário expor em detalhes também o microambiente. Como já foi dito, o microambiente se subdivide em dois outros ambientes: ambiente externo e interno. O ambiente externo consiste no mercado no qual uma empresa está inserida, seus concorrentes, consumidores, fornecedores e stakeholders. Todos os públicos que possam ser impactados ou ter potencial para auxiliar no processo das empresas. Estes componentes devem ser motivo de profundo conhecimento, principalmente seus consumidores a razão de ser de uma empresa, pois será este conhecimento a base de sustentação para as ações e conseqüentemente o sucesso. Ainda inserido no microambiente, o ambiente interno é a empresa em si, seus funcionários, acionistas e prestadores de serviços ligados diretamente a ela.

15 ROCHA, Jorge Vieira da. Fundamentos de marketing. Rio de Janeiro: Ed. Rio,

2005. p.16.

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2.3

 APLICANDO OS RECURSOS DO MARKETING EM

BENEFÍCIO DO NEGÓCIO

O mercado muito tem produzido para atrair a atenção dos seus consumidores, são comercias, malas diretas, e-mails marketing, mensagens de SMS dentre uma infinidade de recursos para alcançar os seus objetivos que é maximizar o volume de vendas. De acordo com Kevin Tynan17 em seu livro Marketing de Multicanais, “ os

consumidores estão dividindo seu tempo entre mídias de muitos tipos e especializadas. Desde o final dos anos quarenta, o número de escolhas de entretenimentos doméstico se multiplicou muitas vezes”. A exemplo disso pode ser acompanhando no decorrer dos tempos uma explosão de campanhas divulgadas em diferentes mídias para aproximar cada vez mais os produtos e serviços dos seus consumidores.

 A utilização dos recursos de marketing pelas empresas tem sido cada vez mais freqüentes, pois, este conjunto de técnicas dá condições a elas de conhecerem melhor o mercado onde atuam. Conforme Jorge Vieira da Rocha em seu livro Fundamentos do Marketing:

[...] em mercados cada vez mais competitivos e dinâmicos, as empresas ou organizações com mais possibilidade de vencer são aquelas sensíveis a expectativas, desejos e necessidades. E, ainda, que se engrenaram para melhor satisfazer seus clientes do que seus competidores. Isso prova que não há razão para os consumidores comprarem os produtos ou serviços de uma empresa, a não ser que essa empresa esteja de algum modo, oferecendo uma forma melhor de atender a seus desejos e necessidades do que aquelas formas disponíveis por outras empresas concorrentes. (Rocha, 2005)

Essa forma que as empresas tem buscado para conceder aos seus clientes a sua satisfação de desejos e necessidades, está atrelada a uma gama situações que a envolve em seu dia-a-dia e uma das principais é exatamente os recursos do marketing que serão utilizados após uma análise apurada de todos os dados mapeados em seu plano de marketing, onde conforme os resultados apresentados nele, irão nortear a aplicação desses recursos de maneira mais efetiva.

17 TYNAN, Kevin B. Marketing de multicanais: maximizando a participação de mercado com uma estratégia de marketing

integrado. São Paulo: Atlas , 1995.p.21.

Formatado: CORPO_ABNT

Formatado: Citação Char, Fonte: 12 pt, Não Todas em

maiúsculas

(22)

Os recursos do marketing quando bem aplicados no negócio do cliente, surtem efeitos positivos e certamente refletem diretamente em seu volume de vendas. Essa assertividade neste mercado tão competitivo não vem do acaso para os profissionais de comunicação que atuam neste, é necessário ter um grupo de pessoas além de capacitadas e preparadas, também dispostas a entenderem a principal atividade de negócio do seu cliente. Jorge V. Rocha em seu livro Fundamentos de Marketing fala um pouco deste profissional:

O profissional de comunicação deve sempre estar atento às mudanças sociais, pois a cada momento surgem novas tendências importantes para o mercado.(Rocha, 2005)

Ségio Luiz Ignácio de Oliveira nos traz um complemento sobre o perfil do profissional de comunição, onde diz o seguinte:

“O profissional de marketing deve se relacionar de maneira interdisciplinar com várias áreas de conhecimento, pois é impossível responder problema mercadológico sem o auxílio de outras áreas. Ou seja, ter a capacidade de resolver um problema com o uso de outras saber, pois apenas o conhecimento de uma única área não é suficiente um mercado tão volátil como o que presenciamos atualmente.” (Oliveira, 2007)

Podemos verificar como é complexas as responsabilidades de comunicólogo neste cenário, de acordo com os autores, o simples fatos de termos esta infinidade de recursos do marketing disponível em nada agregará se não tivermos profissionais sem um perfil adequado para esta função.

Com este conjunto de atributos, estes profissionais saberão direcionar as ações desenvolvidas através dos recursos do marketing e assim conseguiram obter o sucesso planejado, pois, a utilização destes recursos é mais eficientemente quando as empresas conseguem através de estudos e pesquisas junto aos seus clientes, entender porque eles desejam determinado produto.

Formatado: CITAÇÃO_DIRETA

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2.4

O MIX DE MARKETING

Os recursos de marketing podem ser definidos como a combinação de vários elementos que compõe o seu mix. Neil Borden foi a primeira pessoa a utilizar o termo mix de marketing em seu livro “The Concept of Marketing Mix ” em 1953, pois via que as misturas de diversos elementos em doses certas, poderiam apresentar grandes resultados positivos. Kotler define o composto de Marketing como “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado alvo”. Neste cenário existem quatro destes elementos que exercem um papel fundamental para sustentação das suas aplicações no mix de marketing, são eles: preço, praça, produto, promoção.

2.4.1 O PRODUTO

Conforme pesquisas levantadas, existe uma série de conceitos sobre o termo produto, vários autores dão suas definições, que na essência todas elas convergem para uma única visão. Dentre eles, podemos destacar:

É todo bem que pode ser ofertado a um ou vários mercados, visando à satisfação de uma necessidade e/ou desejo, para que seja adquirido, utilizado e consumido (Costa; Crescitelli, 2003. p. 28).

Rocha afirma:

[...] Um produto é algo que pode ser oferecido para satisfazer uma necessidade ou desejo”. (Rocha, 2005. p. 9)

Já Kotler diz que:

Um produto é tudo aquilo capaz de satisfazer a um desejo. Representa um sentimento de carência em uma pessoa que produz um desconforto e um desejo de agir para aliviá-lo. (KOTLER, 1996, p. 16).

 As empresas podem além da estratégia de produto, tomar a decisão de comercializar seus produtos com uma marca própria, utilizando sinais, sí-mbolos, nomes, que identifiquem e diferencie seus bens e serviços dos concorrentes. Neste caso estariam utilizando-se da estratégia de marca.

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Seguindo a definição de Rocha em seu livro Fundamentos de Marketing, para satisfazerem os desejos dos consumidores, as empresas oferecem uma série de produtos que visam atender suas expectativas: As pessoas satisfazem suas necessidades e desejos com produtos,  ou seja, as pessoas buscam a realização destas necessidades adquirindo produtos e é exatamente isso que as empresas exploram, pois, disponibilizam uma infinidade deles no mercado para alcançar este objetivo.

Essa conclusão converge com o exposto por Costa e Crescitelli:

Sob o enfoque dos públicos, levando-se em conta o que ele adquirem, verificamos que o produto em sim mesmo se constitui em mero instrumento da satisfação da necessidade e do desejo, seja ele tangível ou intangível, e o que os públicos realmente são os benefícios para a realização dos desejos e o preencimento das nessidades. (Costa; Crescitelli, 2003)

2.4.2 O PREÇO

 Antonio R. Costa e Edson Crescitelli, expõem em seu livro Marketing Promocional para Mercados Competitivos, o seguinte:

Genericamente, o preço é o valor que um produto tem ou apresenta em determinado mercado, representado por uma quantidade de moeda” e também “Do ponto de vista da empresa, preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto”, enquanto “Na óptica do público, preço é a quantia dispensada para obter um beneficio ou satisfação, através da aquisição de um produto. (Costa; Crescitelli, 2003)

Os consumidores antes de comprarem um determinado produto, buscam nele diversas variáveis, das quais podemos citar: a qualidade, a quantidade, a facilidade em encontrá-lo no mercado, dentre outras. Provavelmente o preço é o mais observado pelos consumidores, não apenas observado mais também comparado com outros produtos semelhante a ele no momento da compra, tendo em vista que as demais variáveis só serão percebidas após concretização da compra e utilização do mesmo.

Existem diversos fatores, análises e decisões estratégicas que influenciam diretamente as empresas no momento de determinar o preço dos seus produtos conforme apresentado abaixo:

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 A definição de preço para um produto deve ser decidida por consenso, entre as áreas de marketing, financeira e de vendas de uma empresa, obedecendo a uma série de aspectos de suma importância, como: Fatores internos, externos, Estratégias ou tipos de preços, conceitos que orientam a decisão do público na aquisição de produtos no que concerne a preço. (Costa; Crescitelli, 2003)

Os recursos de marketing têm a responsabilidade de apresentar o produto aos seus consumidores de forma a convencê-los que o preço definido é justo pelos atributos do produto, uma vez que o consumidor ainda é sensível para os descontos e ofertas especiais, e em alguns casos de determinados produtos, esses fatores podem ser determinantes no momento de decisão da compra.

2.4.3 A PRAÇA

Uma das atividades estratégicas que compõem os pilares do marketing é o que alguns autores chamam de distribuição e outros como Philip Kotler, chamam de praça, enfim, este elemento está inserido no conceito dos 4Ps. Também exerce um papel importante neste cenário, pois, cada vez mais as pessoas têm assumido atribuições em seu dia-a-dia que despendem de muito do seu tempo, nos trabalhos, faculdades, igrejas, família etc.:

“Planejar e estruturar a distribuição é um processo dos mais importantes no mix de marketing e exige a adoção de atitudes e decisões estratégicas de grande profundidade, que afetam todas as outras decisões mercadológicas.” (Costa; Crescitelli, 2003)

Para facilitar o acesso dos consumidores aos produtos, um bom planejamento de distribuição dos mesmos pode ser determinante para o seu sucesso, pois é a partir da distribuição que o consumidor terá acesso a oferta do produto e em nada adianta se o consumidor interessa-se por ele, quando vai até o ponto de venda e não o encontra, ou seja, os recursos de marketing que foram dispensados para divulgação do produto, tornam-se inócuos, uma vez que um dos elos foi quebrado e como conseqüência todo o esforço gerado não foi suficiente para proporcionar a s atisfação do cliente, pois exatamente no momento da compra o consumidor não encontrou o produto disponível para venda, essa linha de pensamento segue o mesmo conceito apresentado a seguir:

(26)

O produto ou serviço só tem utilidade se posicionado junto ao seu mercado consumidor. A escolha do ponto para o produto ou serviço relaciona-se com a escolha do canal de distribuição: Atacado, varejo ou distribuidor, ao transporte, e a armazém.(Cobra, 1997)

Os produtos após serem produzidos precisam chegar ao consumidor final, e para que isso seja possível, percorrem os canais de distribuição mencionados por cobra, responsáveis por fazerem a ligação entre a empresa produtora e o consumidor.

2.4.4 A PROMOÇÃO

O quarto “P” também conhecido como “propaganda”, conforme mostrado a seguir:

[...] Em nosso idioma, para conservar a sigla dos 4PS, foi traduzido como Produto, Preço, Ponto-de-Venda, no sentido de distribuição, e Propaganda, também numa visão ampla de comunicação. (Corrêa, 1998, p. 11)

 Assim como os outros três Ps, a promoção também tem seu papel de destaque, pois ela é a responsável por divulgar o produto, levando a sua imagem e mensagem a um grupo de afinidade através dos vários canais de comunicação, tais como: jornal, rádio, busdoor , email marketing , TV, dentre outras infinidades de canais existentes.  A promoção exerce esse papel, tendo em vista que ela é utilizada para gerar demanda do produto ou serviço e seu objetivo é comunicar ao público que determinado produto ou serviço satisfaz suas necessidades, atendendo suas expectativas de uma forma mais adequada possível. Este convencimento baseia-se em três pilares que compõem a estrutura da promoção: Informar/Difundir, persuadir e reforçar/motivar. Essas terminologias sofrem variações por alguns autores de acordo com suas obras, porém a essência e objetivos desses pilares não mudam. Este conceito converge com o exposto pelos autores John Westwood em seu livro O Plano de Marketing e Roberto Corrêa em seu livro Planejamento de Propaganda como mostrado nas definições a seguir: O propósito da propaganda é fazer com que a mensagem chegue ao cliente. A propaganda opera em três níveis – ela informa, convence e reforça[...]  (Westwood, 1997, p, 182).

Westwood ainda conclui em seu conceito dos três níveis da propaganda, que ela informa, pois, tem a função de orientar aos clientes sobre os benefícios do produto

(27)

ou serviço e suas qualidades em relação ao concorrente. Quanto ao convencer, está atrelado diretamente a criar um desejo de compra despertando sua vontade em adquirir o produto. E por fim, reforçar, ela vai utilizar dos pontos positivos que este produto ou serviço representa para os seus atuais clientes e assim solidificar a fidelização dos mesmos. (Westwood, 1997, p, 182).

Corrêa comenta que a propaganda se apóia nestes três pilares da seguinte forma:

Em resumo, uma propaganda, para ser eficaz, tem a necessidade de difundir a mensagem da marca criando-lhe uma imagem clara e duradoura. Esta mensagem precisa ser correta para persuadir o consumidor a preferir essa marca, motivando-o a comprar o produto. Portanto, despertar a  Atenção, o Interesse e o Desejo de Compra, levando o consumidor à ação.

(Corrêa, 1998, p. 56)

Baseado nestes três pilares apresentados pelos autores acima e também em uma série de outras variáveis, é que são geradas as campanhas para divulgação dos produtos ou serviços. Seu sucesso ou fracasso também não estará atrelado única e exclusivamente a propaganda, mas sim neste conjunto de informações que trarão este resultado.

Roberto Corrêa em seu livro Planejamento de Propaganda expõe o seguinte:

[...] propaganda é um dos componentes do marketing mix. Portanto, a sua responsabilidade nos resultados finais de uma campanha é relativa, devido à influência dos outros três componentes – produto, preço e distribuição –, que poderão contribuir ou mesmo prejudicar aqueles resultados. Em outras palavras, o sucesso ou o fracasso das vendas não pode ser atribuída somente à propaganda executada. Devido à estreita relação entre os 4Ps[...] (Corrêa, 1998, p. 55)

 Assim podemos concluir que os resultados trazidos com a utilização da promoção não dependem somente de como ela será feita, contudo, a informação transmitida necessariamente precisa ser condizente com a realidade do produto, ou seja, é importante que os 4ps “caminhem” juntos, direcionados ao mesmo alvo que é disponibilizar o produto ou serviço ao cliente de forma a satisfazer aos seus desejos e necessidades.

Já Westwood nos mostra a importância desta convergência:

O “marketing mix” freqüentemente é conhecido como os “quatro Ps”. Eles são quatro variáveis controláveis que permitem que uma empresa traga à tona uma política que seja lucrativa e que satisfaça seus clientes.

(28)

Cada elemento do “marketing mix” é uma contínua oportunidade para a organização de marketing que deve ser considerado separadamente e em relação aos demais elementos do “marketing mix”. Um “mix” que seja satisfatório em dado momento talvez precise ser revisto porque:

Os produtos ou serviços tornar-se-ão obsoletos ou serão melhorados. Novos produtos ou serviços serão introduzidos.

Os preços podem ser reduzidos pela concorrência e isso pode reduzir as margens de lucro.

 A comunicação talvez não seja tão efetiva quanto a da concorrência. O local de venda ou o método de distribuição podem tornar-se menos satisfatórios quando surgirem alternativas ou o negócio se modificar. O controle do “marketing mix” é a chave para o marketing bem-sucedido e é essa a essência do planejamento de marketing.” (Westwood, 1997, p, 11).

Existe neste contexto o marketing de eventos, uma das ferramentas do marketing, que muito tem sido utilizada pelas empresas, uma vez que ela vem mostrando resultados positivos onde utilizadas, tais como: feiras, seminários, workshops, congressos, dentre outros. A Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureau (FBC&VB), em parceria com o SEBRAE, em 2001, fizeram o levantamento dessas informações onde foram mostrados números expressivos onde as ferramentas foram utilizadas.

O MERCADO MUITO SE TEM PRODUZIDO PARA ATRAIR A

ATENÇÃO DOS SEUS CONSUMIDORES, SÃO COMERCIAS DE TV E

RÁDIO, MALAS DIRETAS, E-MAILS MARKETING, MENSAGENS DE

SMS DENTRE UMA INFINIDADE DE RECURSOS PARA

ALCANÇAREM OS SEUS OBJETIVOS QUE É MAXIMIZAR O

VOLUME DE VENDAS, DE ACORDO COM KEVIN TYNAN EM SEU

LIVRO MARKETING DE MULTICANAIS, “OS CONSUMIDORES

ESTÃO DIVIDINDO SEU TEMPO ENTRE MÍDIAS DE MUITOS TIPOS

E ESPECIALIZADAS. DESDE O FINAL DOS ANOS QUARENTA, O

NÚMERO DE ESCOLHAS DE ENTRETENIMENTOS DOMÉSTICO SE

MULTIPLICOU MUITAS VEZES”. A EXEMPLO DISSO ESTAMOS

ACOMPANHANDO NO DECORRER DOS TEMPOS UMA EXPLOSÃO

DE CAMPANHAS DIVULGADAS EM DIFERENTES MÍDIAS PARA

APROXIMAR CADA VEZ MAIS OS PRODUTOS E SERVIÇOS DOS

SEUS CONSUMIDORES.

(29)

A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DE MARKETING PELAS

EMPRESAS TEM SIDO CADA VEZ MAIS FREQÜENTES, POIS, ESTE

CONJUNTO DE TÉCNICAS DÁ CONDIÇÕES A ELAS DE

CONHECEREM MELHOR O MERCADO ONDE ATUAM. CONFORME

JORGE VIEIRA DA ROCHA EM SEU LIVRO FUNDAMENTOS DO

MARKETING:

“... EM MERCADOS CADA VEZ MAIS COMPETITIVOS E

DINÂMICOS, AS EMPRESAS OU ORGANIZAÇÕES COM MAIS

POSSIBILIDADE DE VENCER SÃO AQUELAS SENSÍVEIS A

EXPECTATIVAS, DESEJOS E NECESSIDADES. E, AINDA, QUE SE

ENGRENARAM PARA MELHOR SATISFAZER SEUS CLIENTES DO

QUE SEUS COMPETIDORES. ISSO PROVA QUE NÃO HÁ RAZÃO

PARA OS CONSUMIDORES COMPRAREM OS PRODUTOS OU

SERVIÇOS DE UMA EMPRESA, A NÃO SER QUE ESSA EMPRESA

ESTEJA DE ALGUM MODO, OFERECENDO UMA FORMA MELHOR

DE ATENDER A SEUS DESEJOS E NECESSIDADES DO QUE

AQUELAS FORMAS DISPONÍVEIS POR OUTRAS EMPRESAS

CONCORRENTES.

(30)

53 O MARKETING DE EVENTOS: DEFINIÇÃO E A RAZÃO DO

INVESTIMENTO

 Atualmente, a promoção de eventos tem deixado de ser vista como mídia alternativa passando a ser incorporada de forma sistemática nas ações estratégicas de comunicação das marcas conforme explica Francisco Paulo de Melo Neto:

Como instrumento de marketing, o evento promove a marca e os produtos de seus patrocinadores e é também utilizado para manter os clientes atuais, conquistar, fidelizar e obter a lealdade dos novos c lientes.(2000, p.94)

Diante da necessidade da diferenciação comunicacional, o marketing encontrou no evento uma forma alternativa de falar com o público, aproximando pessoas e comunidades muitas vezes distantes das instituições, proporcionando assim um relacionamento com a marca.

3.1 AS DEFINIÇÕES DE EVENTOS

No capítulo anterior foram expostas as definições de marketing, resta-nos agora definir eventos. Evento pode ser definido como um acontecimento e, Neto confirma com a seguinte afirmação:

Evento é um conceito de domínio amplo. Na verdade, tudo é evento. De cursos e palestras até shows, jogos e competições esportivas, exposições, festivais, festas, mostras de arte e mesmo campanhas publicitárias criativas. (2000, p.13)

O evento é um fato ocorrido ou a ocorrer, por este motivo possui data e hora, um início e um fim em algum momento no tempo e em determinado local. Existem vários tipos de eventos e, de acordo com Neto, estes são extremamente importantes, pois através deles cidades ganham novas vidas. Eventos ampliam espaços para a vida em sociedade e conduz pessoas para experimentação conjunta de emoções. Podemos afirmar então que os eventos auxiliam o homem moderno a lidar com seus problemas, possibilitando-o acesso a liberdade e oportunidade de desenvolver o senso crítico.

(31)

Participando de eventos, as pessoas educam seus sentidos, aprimoram seu olhar, adquirem uma nova visão de mundo, absorvem novos conhecimentos e vivem novas experiências. Enfim, ultrapassam os limites da vida particular. (Neto, 2000)

 Andréa Nakane conceitua em Técnicas de organização de eventos como o seguinte:

Seleção de público alvo e agrupamento em determinado local, ambiente e horário, onde todos os interessados estarão sintonizados no mesmo interesse. (2005, p.5)

Já Cleuza Gertrude Gimenes Cesca em Organização de eventos: manual para planejamento e execução, define evento como:

[...]fato que desperta a atenção, podendo ser notícia e, com isso, divulgar o organizador.[...]é a execução do projeto devidamente planejado de um acontecimento, com o objetivo de manter, elevar ou recuperar o conceito de uma organização em seu público de interesse.(2008, p.20)

Percebe-se aqui que os eventos podem então ser utilizados como canal de comunicação com o publico, inclusive para mudar conceitos e para tal, necessita ser marcante e gerando assim emoções positivas. Segundo Luiz Carlos Zanella, os eventos geralmente provocam emoções para todos que convivem com o turbilhão de atividades que compõe este universo. (2008, p.1)

3.2 A CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS

Segundo Cesca, os eventos podem ser classificados do ponto de vista das organizações, dividindo-se em promocionais ou institucionais de acordo com seus objetivos. Existem hoje no mercado diversos tipos de evento, que foram classificados por Maria Helena Barreto Gonçalves em Eventos: Oportunidades de novos negócios, de acordo com seus objetivos, o perfil dos participantes, sua dimensão e a data em que este evento ocorrerá.

Essa classificação auxilia na organização, na produção e na avaliação do evento e de seus resultados, tornando claro seu objetivo e sua estrutura, para quem irá produzir e quem irá utilizá-lo como meio de comunicação com seus públicos.

(32)

Classificação geral Classificação detalhada

Objetivo - Científico e cultural

- Comercial Perfil - Geral - Dirigido - Específico Dimensão - Macro evento.

- Evento de grande porte. - Evento de médio porte. - Evento de pequeno porte.

Data - Fixa

- Móvel - Esporádica Quadro 1.0

 A classificação do evento não depende apenas de uma das variáveis acima, mas do conjunto formado pelas classificações gerais.

3.2.1 OBJETIVOS

 A classificação pelo objetivo será utilizada como base para se decidir na organização do evento as variáveis seguintes. Fornecerá subsídios suficientes desde o inicio selecionar seu público-alvo, dimensioná-lo e definir a época ou as épocas que ocorrerá.

(33)

Gonçalves explica que os objetivos científicos e culturais do evento variam de acordo com a área de interesse que pode ser: educacional, política, artística, esportiva, técnicos, folclóricos, científicos e religiosos entre outros.

Esses eventos não estão voltados para área de negócios especificamente, mas para a troca de experiências e emoções entre os participantes criando um ambiente de relação subjetiva entre público e evento. Enquanto os eventos de objetivo comercial são aqueles que visam o lucro através dos negócios realizados durante e depois do evento.

Gonçalves afirma que:

Em eventos de caráter comercial o objetivo é, basicamente, a comercialização de um ou mais produtos. [...]acontece graças à iniciativa de uma ou várias empresas que se associam para divulgar e promover seus produtos, técnicas ou serviços, visando à comercialização.(2002, p.24;26.)

Feiras, exposições e salões são alguns exemplos de eventos com objetivo comercial.

3.2.2 PERFIL DO PÚBLICO

Sobre a definição do público de um evento, Sérgio Zobaran afirma em Evento é assim mesmo!: Do conceito ao brinde que:

 A classificação pode se dar de várias formas. Entretanto, dividindo ou somando por idade, sexo, localização geográfica, hábitos e costumes, ou mesmo poder aquisitivo, por qualquer critério que venhamos a escolher, devemos sempre cumprir uma etapa importantíssima: na busca de uma coerência que traga resultados para aquilo que desejamos e iremos apresentar, é condição sine qua non a escolha do público certo.

Uma vez definido o objetivo do evento, selecionar o público alvo é o passo a seguir e esse público pode ser classificado como: geral, dirigido ou específico segundo Gonçalves. (2002, p.23).

Eventos voltados para o público geral são organizados para se comunicar com uma população indefinida, conforme explica Gonçalves:

Evento organizado para clientela não definida, limitada apenas em função da capacidade do local de realização. Em alguns casos, a idade é um fator de restrição. (2002, p.23)

(34)

 A produção de um evento ser voltado para um público geral não pode eximir a organização de buscar uma homogeneidade entre a comunicação do evento com o público podendo ser comerciais ou científicos ou culturais.

Gonçalves afirma que um evento para um público dirigido é aquele organizado restritamente para o público relacionado, que possui uma afinidade com o tema e que de modo geral, esse público se subdivide em áreas de interesses diversificados geralmente são eventos comerciais.

Já os eventos voltados para um público específico, são aqueles em que o público está diretamente ligado ao tema, como por exemplo, o público gospel  Gonçalves define da seguinte forma:

Específico: evento realizado para público claramente definido em função do interesse, envolvimento ou da identificação com a área de atividade em questão.(2002, p. 24)

3.2.3 DIMENSÃO

 A classificação do evento pela dimensão vai representar o tamanho do evento, seu alcance, isso possibilitará ao organizador prever custos, providenciar o espaço físico, levantar parceiros e a captação de recursos entre outros.

Com conceito estabelecido, um objetivo determinado claro em mente e um público definido com base em quantidade e qualidade, damos nossos primeiros passos em direção ao sucesso, quer dizer, ao nosso evento. (Gonçalves, 2002, p. 24)

Quando fala na dimensão de um evento, Gonçalves divide da seguinte maneira: macro eventos, eventos de grande porte, eventos de médio porte e eventos de pequeno porte.

Para Gonçalves, pode-se considerar um macro evento aquele que devido ao seu tamanho consegue se utilizar de todo um parque hoteleiro, que mobiliza em sua organização milhares de pessoas e são frutos de ações entre a iniciativa privada e órgãos públicos.

Eventos que, por suas dimensões ocupam todo parque hoteleiro de uma ou várias cidades, mobilizam milhares de pessoas em sua organização e operação, envolvem entidades públicas e privadas, assim como exigem

(35)

divulgação em âmbito internacional. Atraem pessoas de diferentes partes do mundo, mobilizando toda região onde se realizam.(Gonçalves, 2002, p.19)

Eventos de grande porte se diferenciam pouco do macro evento, pois assim como este mobiliza grande parte dos recursos locais como parque hoteleiro, além de receber público por volta de milhares de pessoas. Eventos de grande porte normalmente são idealizados por empresas de âmbito nacional para um publico de interesse geral. Gonçalves afirma:

Geralmente privados, esses eventos envolvem grande numero de participantes e publico de milhares de pessoas. Utilizam boa parte das ofertas locais de espaço para a sua realização e beneficiam toda a área de turismo e hotelaria.[...]Os governos de estados e as prefeituras das cidades onde são realizados fornecem apoio estratégico nas áreas de segurança, transporte e saúde.(2002, p.20)

São considerados, ainda segundo Gonçalves, eventos de médio porte aqueles que podem atingir grande público e por este motivo são grande alvo da maior parte das empresas que se dedicam a eventos.

Ocorrem regularmente em várias regiões do país, possibilitando que toda a sua população possa deles participar. Utilizam apenas um centro de exposições ou de convenções, fazendo com que o parque hoteleiro e o comércio local – não só o de turismo, como também o de artesanatos e manufaturados – sejam bastante beneficiados.(Gonçalves, 2002, p.20)

São eventos de pequeno porte os que contam com presença reduzida de participantes e de público. Compõem a maioria dos eventos em todo o mundo. De acordo com Gonçalves:

Podem ser de caráter empresarial, público ou privado, mas sempre de um setor ou de um segmento definido, com presença reduzida tanto de participantes quanto de público.(2002, p.21)

3.2.4 DATA

Definir uma boa data para um evento é um passo importante para seu sucesso, uma vez que se pode fugir de outros eventos que compitam pela atenção do público, se o evento é coerente com a época do ano ou não. Gonçalves determina três

(36)

modalidades de classificação de datas: eventos com datas fixas, eventos com data móvel e eventos com data esporádica.

Eventos com data fixa estão muito ligados a comemoração de datas cívicas, comemorações religiosas, festas folclóricas entre outros. São eventos com periodicidade determinada. Segundo Gonçalves:

Eventos com data de realização invariável, tais como as comemorações de cívicas, religiosas e outras. Realizam-se todos os anos, no mesmo dia ou com periodicidade determinada.(2002, p.22)

Gonçalves afirma que os eventos de data móvel sempre acontecem, mas com uma data variável seguindo o calendário ou os interesses da promotora. Ele cita como exemplos o Carnaval e a Semana Santa.

Já os eventos com datas esporádicas são os que ocorrem em função de fatos extraordinários, porém são planejados, previstos e programados. Gonçalves traz como exemplo as cerimônias do Vaticano.

 A classificação proposta por Gonçalves tem como objetivo facilitar o trabalho dos produtores de eventos em se organizar e planejar para que o resultado seja eficaz e o evento um sucesso.

3.3 PORQUE INVESTIR EM EVENTOS

 Agora que foram conhecidos os conceitos de evento e suas classificações, será tratado o motivo de se investir em eventos. Qual é o retorno que pode se esperar deste investimento e principalmente, como se planejar para aproveitar na totalidade este retorno.

Listar todas as possibilidades de benefícios é essencial para que o promotor possa definir cotas de patrocínio e seus valores e elaborar as propostas comerciais para a venda dessas cotas.(Giacaglia, 2007, p.37)

Os investidores no patrocínio de um evento devem ter a oferta de retorno relacionada aos objetivos do evento como exposição de marca e relacionamento com o público.

(37)

3.3.2 A qualidade da imagem da marca como retorno

 A

  exposição da marca do investidor em patrocínio de um evento é sem dúvida o primeiro retorno do investimento, é o retorno institucional, a imagem da marca. Neto em Marketing de patrocínio afirma:

 Ao associar sua marca ao evento, a empresa obtém uma grande dose de atenção por parte do público, tem sua imagem fortalecida, ganha prestigio e obtém exclusividade.(2000, p.201)

O investimento em patrocínio de um evento ajuda a empresa a alcançar um segmento específico do público e a possibilita alcançar mercados às vezes não explorados. Um evento permite a qualquer empresa se dirigir de maneira eficiente a segmentos do mercado de seu interesse.

 A exposição da marca em um evento se dá de várias formas, desde a divulgação na mídia até no merchandising durante o evento. Segundo Giacaglia, o investimento em patrocínio de um evento pode ser mais eficaz que a propaganda:

Os eventos trazem comprovadamente resultados mais eficazes do que a propaganda que, por muitos anos e até recentemente, dominou o mercado de comunicação e a preferência das empresas na aplicação de seus recursos de comunicação. (2007, p.11)

Expondo a marca em um evento, abre-se um canal direto entre a instituição e o público do evento, alcançando um público antes não atingido, conversando com um público simpatizante da marca ou mantendo um relacionamento com seu público consumidor.

 Além da exposição da marca, o investidor pode se relacionar diretamente com o público do evento durante o acontecimento. Isso pode acontecer através de stands montados no local do evento, palestras da empresa para o público do evento, estratégias pré e pós-evento.

Giacaglia explica:

Nesse caso, à empresa patrocinadora é permitida a apresentação de seus produtos e serviços, por meio de palestras, a um número expressivo de participantes. Essa proximidade e a possibilidade de interação com o público alvo da empresa [...](2007, p.43)

(38)

O retorno de um investimento em eventos muitas vezes não pode ser mensurado numericamente, pois trata com o subjetivo, de como o público passa a ver a imagem da marca. Conforme Neto explica:

Sua marca também ganha mais visibilidade e valor. São os chamados ganhos institucionais, que somente o patrocínio de eventos pode proporcionar a seus investidores. (2000, p.201)

Ou seja, o maior retorno do investimento em um evento é institucional, o aumento do valor da marca e o incremento nos índices de lembrança.

3.3.2 O retorno é subjetivo – a imagem da marca

 A característica de falar com um grande número de pessoas ao mesmo tempo tornou o evento em um instrumento de comunicação eficaz entre uma empresa e seu público. Antônia Marisa Canton afirma em Eventos: ferramenta de sustentação para as organizações do terceiro setor:

 Aos poucos, os eventos começaram a adquirir novas feições, por sua capacidade de atrair grande número de pessoas, podendo ser úteis para destacar uma marca comercial e/ou firmar a imagem de uma empresa. Ou seja, a festa colocou-se a serviço de objetivos comerciais, promocionais, institucionais e outros, passando a ser instrumento de valor para organizações, empresas e pessoas como forma de atingir os mais diferentes fins.(2002, p.17)

 A subjetividade do resultado de um investimento de patrocínio em um evento se deve pela relação de emoção do público com este evento e diretamente com as marcas que participam dele. Neto considera a nova tendência de diversão o fator que impulsiona negócios e torna o marketing de eventos na modalidade de promoção em maior ascensão no momento. Isso devido à relação emocional entre público e o evento.

Por meio de sua participação em eventos, o homem moderno aprende e reaprende a ter emoções, desenvolve o seu senso critico, aprimora suas visões, preza a liberdade e adquire maior sensibilidade. E, com isso, aprimora a sua vida emotiva e social, transpondo as fronteiras estreitas das emoções[...](2000, p.14)

É essa relação de emoção positiva entre marca e público a responsável pela imagem que será percebida da marca. O fato de se emocionar positivamente em um evento onde a marca está associada, no qual o público se dispôs a comparecer

(39)

espontaneamente, permite ao público relacionar o sentimento de satisfação ao evento e conseqüentemente à marca associada a este.

[...]atividades realizadas no tempo livre de cada um e que possuem, em sua essência, o livre-arbitrio, ou seja, também denominadas atividades discricionais. Esta denominação é utilizada principalmente porque tais atividades não trazem, em si, qualquer sentido de obrigatoriedade ou relativa restrição.(Canton, 2002, p.67)

Como já exposto anteriormente, investir no patrocínio de um evento traz um retorno institucional considerável para uma marca, porém, este investimento isolado de nada vale no mercado altamente competitivo visto hoje. O investidor deve considerar o patrocínio de um evento como um item importante no seu plano de comunicação, mas precisa considerar também outras formas de se comunicar com o seu público. Conforme Corrêa esclarece:

 A sua ação é mais suave, mas nem por isso menos eficaz na tarefa de transmitir uma mensagem. Na comunicação com o público externo, pode ser usado antes, durante ou depois de uma campanha de propaganda, devidamente entrosada para atingir os objetivos globais. (1998, p.60).

(40)

64 O MERCADO GOSPEL

4.1 A INTRODUÇÃO DO PROTESTANTISMO NO BRASIL

O Brasil é um país de maioria católica, isso é fato desde o seu descobrimento. Com a chegada dos portugueses, veio também o catolicismo ibérico. Contudo, ainda no inicio da colonização do Brasil, surgiram os primeiros esboços do cristianismo protestante. Primeiro com a invasão francesa ao Rio de Janeiro entre os anos de 1555 e 1560 e depois com a invasão holandesa ao nordeste que durou de1630 a 1650. Porém, ambas fracassaram, no ideal de fundar igrejas protestantes em solo brasileiro, com a expulsão dos invasores. Conforme explica Antônio Gouvêa Mendonça em O celeste porvir: a inserção do protestantismo no Brasil:

Com a expulsão de Villegaignon e a destruição da colônia da Guanabara(1560), estava findo o primeiro intento protestante de se estabelecer na América do Sul[...]Com a restauração portuguesa, em 1649, desapareceram por muito tempo os vestígios institucionais do cristianismo reformado no Brasil.(2008, p. 39,40.)

 Algum tempo se passou até a fundação da primeira igreja protestante no Brasil, em meados do século XIX durante o período de imperialismo brasileiro. Ainda naquela época o cenário político e religioso se permeavam e a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil foi um marco para, enfim, o estabelecimento da igreja protestante no país.

Com a profunda modificação política introduzida pela presença de D. João VI, principalmente por causa da dependência portuguesa em relação à Inglaterra, expressa no ato de abertura dos portos “às nações amigas”, é que protestantes anglo-saxões começaram a chegar e se estabelecer no Brasil, com relativa liberdade para suas práticas religiosas. (Mendonça, 2008, p.41)

Houve no início do período colonial algumas investidas protestantes de imigrantes ingleses, alemães, suecos e americanos que praticavam sua religião da maneira que era permitido, pois apesar da “liberação” governamental à prática em residências, ainda era a forte a ligação da sociedade em geral com a Igreja Católica e a Europa passava pela perseguição que refletia de modo reservado no Brasil. Nesse período acontece o que se pode chamar de a primeira estratégia para criar empatia entre igreja protestante e sociedade: a venda e distribuição de Bíblias Sagrada por parte de sociedades bíblicas estrangeiras como mostra Mendonça:

(41)

 Ademais, a liberdade para vender e distribuir Bíblias por parte de agentes das sociedades bíblicas estrangeiras, bem antes da chegada e estabelecimento das missões protestantes, constituiu-se num fator ponderável da estratégia protestante de penetração.(2008, p.44)

O protestantismo brasileiro neste início era constituído quase que unicamente por estrangeiros, até que em 1855 chega ao país fugindo da violenta perseguição nas Ilhas Madeira, o médico escocês Robert Reid Kalley. Kalley e alguns correligionários iniciam as atividades proselitista em português, fundando em 1858 a Igreja Congregacional em Petrópolis e em 1873 foi fundada a Igreja Congregacional em Pernambuco. (Mendonça, 2008, p.46)

Para Mendonça, a disseminação do protestantismo no Brasil muito se deve a iniciativa Congregacional que abriu caminho para que outras denominações alcançassem também os brasileiros:

Usando com liberdade o vernáculo (pois seu líder procedia de área de língua portuguesa) os congregacionais produziram um importante instrumento para que outras denominações, principalmente os presbiterianos, atingissem os brasileiros.(2008, p.47)

No entanto, a sociedade brasileira pouco foi influenciada pelo protestantismo, visto que seus adeptos optavam por renegar a cultura restringindo costumes, essa era a forma de mostrar a negação ao catolicismo e criar uma identidade protestante. Magali do Nascimento Cunha expõe em A explosão gospel: um olhar das ciências humanas sobre o cenário evangélico no Brasil:

O vestuário formal, a Bíblia em punho na caminhada para o culto ou para outras atividades da igreja e o exercício da moralidade protestante – como a guarda do domingo exclusivamente para o serviço da igreja, a abstinência da bebida alcoólica, do fumo, da participação em festas dançantes e populares, em especial o Carnaval, e dos divertimentos populares como o teatro, cinema, a música popular, significavam que os “crentes” acreditavam que assim estariam “mostrando ao mundo” que tinham Jesus como único Senhor de suas vidas. Porém, não apenas o testemunho aos outros era visado, senão o que deveria prestar, em qualquer circunstância, a si mesmo. (2007, p.41)

Cunha explica ainda que as igrejas históricas passavam também pela dificuldade de aumentar o número de membros devido ao rigor empregado no processo de aceitação do novo membro, que era observado por um determinado período e depois submetido à exames de experiência e conhecimentos religiosos:

(42)

Muitas pessoas eram reprovadas, e as aprovadas deveriam assumir compromissos formais perante a igreja reunida de adotar um comprometimento diante da sociedade em geral que demonstrasse sua nova opção religiosa. A congregação então passava a exercer o papel de vigilância por meio de uma rigorosa disciplina.”O ingresso numa igreja protestante significa o rompimento com a cultura, às vezes até com os laços familiares.”(2007, p.43)

Gideon Alencar confirma em Protestantismo Tupiniquim:

E, para estes, culturas pagãs são a indígena, a afro – e a católica. Uma nega a outra, que é negada pela seguinte. “É por isso que os primeiros convertidos no Brasil passaram a “não viver”, porque romperam com a cultura. Passaram a ser pessoas “estranhas”[...]”(2005, p.71)

 A partir do momento em que o indívio, para assumir públicamente sua opção pelo protestantismo, rompe com a cultura vigente cria então antipatia da sociedade católica freando assim a expansão evangélica no país, não sendo porém suficiente para abalar a estrutura já consolidada no Brasil. Inicia-se então uma mudança de pensamento e atitude das igrejas protestantes provenientes dos varios cismas nas igrejas históricas mudando assim o perfil das novas igrejas criadas tornando-as mais simpaticas com a sociedade.

4.2 O PROTESTANTISMO NO BRASIL E O FENOMENO

GOSPEL

Desde o período imperial até os dias atuais, o protestantismo se desenvolveu no Brasil e a termologia utilizada para identificar os cristãos reformados se alterou com o passar do tempo. Na Europa e nos Estados Unidos os cristãos não católicos eram chamados apenas de cristãos identificando em segundo nível a denominação à qual pertenciam. No Brasil, porém essa auto-identificação foi complicada há até pouco tempo. No princípio o termo “crente” foi introduzido por missionários para identificar as pessoas que iam aderindo aos grupos protestantes, o termo designava aquele que havia abandonado antigas práticas religiosas e antigas crenças passando a crer em Jesus Cristo, não apenas por convicção, mas por compromisso de mudança de vida a partir de novos valores. Antônio Gouvêa Mendonça e Prócoro Velasques Filho explicam em Introdução ao protestantismo no Brasil:

Por isso “crente” era um designativo carregado de significado e difícil de ser sustentado, pela oposição que provocava em relação aos valores

(43)

circundantes. “Crente” significava honra, privilégio e até respeito, mas era também um estigma.(2002, p.15)

Nesse período surgia na Europa um movimento que se expandiu para os Estados Unidos e no início do século XX chegou ao Brasil. Este movimento foi conhecido por evangelical  que se expressava através de várias alianças e ligas com o objetivo de unir as igrejas protestantes em torno de princípios doutrinários comuns para se reforçarem internamente e ajudar a combater a expansão ultramontanista católica. Foi criada então a Aliança Evangélica em São Paulo no ano de 1903 conforme Mendonça e Filho descrevem:

Era uma espécie de “frente unida” evangélica. Assim em julho de 1903, em São Paulo, organizou-se a Aliança Evangélica, tendo como primeiro presidente o missionário metodista Hugh Clarence Tucker. A Aliança Evangélica Mundial foi organizada em 1923.(2002, p.15)

O termo evangélico então passa a ser usado como auto-identificação do compromisso pessoal com um conjunto de princípios doutrinários e antes de pertencer a uma ou outra denominação o indivíduo se autodenominava evangélico.

 Aos poucos, no entanto, algumas denominações foram adicionando aos seus nomes a palavra “evangélica”, como a Igreja Congregacional e, posteriormente, as Luteranas. No Brasil, os cristãos não-católicos passaram a auto-identificar-se como evangélicos, e o mesmo ocorreu com as Igrejas evangélicas.(Mendonça; Filho, 2002, p. 15)

 Ainda relacionado ao termo de identificação dos cristãos não católicos brasileiros, pode-se perceber que os cristãos de igrejas pentecostais não aceitam o termo evangélico como identificação, assumindo assim a antiga identificação:

[...]os pentecostais possuem matrizes protestantes e, segundo, na configuração do campo religioso protestante estão muito mais para os protestantes do que para os católicos. Além do mais, herdaram a antiga identificação dos protestantes: são crentes. (Mendonça; Filho, 2002, p. 15)

É correto então afimar, segundo Cunha que:

Portanto, “evangélicos” aqui se refere aos adeptos do cristianismo não-católico-romano que formam o quadro das igrejas do protestantismo brasileiro. Foi entre eles que nasceu a expressão denominada gospel , inicialmente relacionada à música mas posteriormente vinculada a outras manifestações de cultura.( 2007, p.15)

Surge no cenário brasileiro o gospel , termo inglês derivado de god  spell ou boas novas de Deus. O gospel  nasce para definir um gênero musical, em 1910 nas igrejas

(44)

protestantes negras que abriam mão dos tradicionais hinos em favor de músicas mais emocionais e espontâneas crescendo apoiado pelo estilo de pergunta e resposta muito comum nas igrejas. O gospel  porém só torna-se popular a partir dos anos 20 e 30 do século XX quando as letras religiosas são adicionadas aos ritmos negros de jazz  e blues.

Charles A. Tindley (1951-1933) foi o pioneiro do gênero gospel . Ele produziu várias composições nos anos 10 mas somente nos anos 20 e 30 elas alcançaram popularidade.[...]As lideranças religiosas tradicionalistas reagiram e consideraram essa mistura do sagrado(spirituals e hinos) e do secular(blues e  jazz ) como “música do demônio” e a rechaçaram. (2007, p.28)

O gênero novamente é criticado nos anos 50 devido a sofisticação do marketing e dos estilos músicais que passam a formar o gospel com significativas mudanças. Essas mudanças fizeram parte de um processo transformador na música e na cultura popular contemporaneizadas com a luta dos negros norte-americanos por participação efetiva na sociedade:

Interpretadas como “secularização” do gênero de música religiosa, a profissionalização e a sofisticação do gospel criaram reações, em especial, das igrejas mais conservadoras e tradicionalistas. A crítica dirigia-se, em especial, à “maneira opulenta com que alguns cantores viviam”. (2007, p.29)

Parei na página 45 – explosão gospel e na página 79 protestantismo tupiniquim.

4.3 A CULTURA GOSPEL

O terceiro capítulo tratará do mercado “gospel”. O que é? Como surgiu? Como funciona no Brasil? E no Espírito Santo?

4.4 O MERCADO GOSPEL

O terceiro capítulo tratará do mercado “gospel”. O que é? Como surgiu? Como funciona no Brasil? E no Espírito Santo?

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