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LIPÍDEOS ESTRUTURAIS BIOQUÍMICA

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Academic year: 2021

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LIPÍDEOS

ESTRUTURAIS

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LIPÍDEOS

ESTRUTURAIS

CONTEÚDO: Fabiana Scarpa D'Angelo

CURADORIA: Pedro Sultano

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 4 OS LIPÍDEOS DE MEMBRANA ... 4 A BICAMDA LIPÍDICA ... 5 REFERÊNCIAS ... 7

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INTRODUÇÃO

Além da função energética, os lipídeos também exercem importantes funções es-truturais. Podemos comparar a quantidade de lipídeos presentes nos organismos ani-mais, que correspondem a cerca de 10%, com a quantidade nos organismos vege-tais, que corresponde a 0,5%. Essa dife-rença decorre do fato de que nossas mem-branas células são formadas por uma bica-mada lipídica, ao passo que a membrana celular dos vegetais é formada principal-mente por carboidratos (celulose).

A bicamada lipídica atua como barreira para impedir a livre passagem de molécu-las polares e íons. Sua função é garantida pela característica anfipática dos lipídeos de membrana os quais possuem uma ex-tremidade hidrofóbica (que interagem en-tre si) e outra hidrofílica (que interage com a água).

OS LIPÍDEOS DE MEMBRANA

Os lipídeos estruturais podem ser dividi-dos em dois grupos:

Fosfolipídeos: apresentam um

grupo fosfato associado a molécula. Dentro deste grupo podemos citar o Glicerofosfolipideos – cujas regiões hidrofóbicas são compostas por dois ácidos graxos ligados ao glice-rol – e os Esfingolipideos – um único

ácido graxo está ligado a uma amina (esfingosina).

Glicolipídeos: apresenta glicídios

associados à molécula. Dentro deste grupo podemos citar o Galac-tolipídeos – contém dois ácidos gra-xos esterificados com glicerol – e Esfingolipideos.

Os glicerofosfolipídeos são derivados do ácido fosfatídico e denominados de acordo com o grupo álcool ligado ao grupo cabeça, com o prefixo “fosfaditil”. Desse modo, te-mos a fosfaditilcolina – que apresenta co-lina – e a fosfaditiletanolamina – que apre-senta etanolamina no grupo cabeça. Am-bas as citadas têm o álcool polar carregado positivamente. Outras moléculas, no en-tanto, podem ter o grupo álcool da cabeça carregador negativamente, como a fosfati-dillinositol-4,5-bifosfato, ou neutro, como a fosfatidilserina. A carga desses compos-tos também contribui para as propriedades da superfície de membrana celular.

Os esfinfgolipídeos são derivados das es-fingosina e, ao contrário dos glicerofosfoli-pídeos, não contêm glicerol. As esfingomi-elinas são uma subclasse dos esfingolipí-deos compostos por fosfocolina ou fosfoe-tanolamina como cabeça polar que apre-sentam a importante função de compor a bainha de mielina dos neurônios mieliniza-dos.

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5 Outra importante função dos

esfingolipí-deos é atuar como sítio de reconhecimento biológico determinando o tipo sanguíneo do indivíduo. Essa função se dá uma vez que o tipo sanguíneo (A, B, O) depende do olissacarídeo presente na cabeça desses glicoesfingolipídeos.

A BICAMDA LIPÍDICA

A diferença na estrutura dos lipídeos con-fere dicon-ferentes interações entre eles, bem como diferentes conformações de mem-brana. A cauda hidrofóbica é formada por duas cadeias, sendo uma saturada e outra insaturada, enquanto a cabeça hidrofílica é formada por glicerol. A bicamada lipídica forma-se a partir de interações entre as caudas hidrofóbicas de modo que os gru-pos hidrofílicos se dispõem na superfície das duas faces da bicamada, interagindo com a água. Além dos lipídicos anfipáticos, também podemos encontrar moléculas de colesterol intercaladas entre os lipídeos. Tornando-se mais estáveis, as bicamadas lipídicas tendem a se converter em estru-turas fechadas e esféricas de modo a não expor a cauda hidrofóbica ao solvente. A bicamada lipídica também conta coma presença de proteínas que viabilizam o transporte de solutos, ou seja, as membra-nas apresentam permeabilidade seletiva para aqueles solutos que contam com pro-teínas transportadoras.

A mudança no estado físico das bicamadas ocorre em uma temperatura específica chamada de temperatura de transição, que corresponde ao ponto de fusão dos ácidos graxos. Abaixo dessa temperatura, a bimada tende a ficar mais sólida pois as ca-deias estão amis ordenadas. Por outro lado, acima dessa temperatura, as cadeias tornam-se desordenadas e menos com-pactadas, ficando em seu estado líquido. A temperatura corpórea dos seres humanos tende a ser maior que a temperatura de transição das membranas, de modo que estas são fluidas.

A consistência das membranas também está relacionada com o grau de insatura-ção e o comprimento das cadeias carbôni-cas dos lipídeos estruturais. Além disso, a presença do colesterol na bicamada lipí-dica induz o alinhamento a redução da mo-vimentação das cadeias carbônicas, tendo como resultado o aumento da rigidez e da espessura da membrana. Esses pontos da membrana ricos em colesterol são chama-dos de rafts. Um tipo específico de raft, chamado de cavéola, é formado por uma depressão na membrana revestida por ca-veolina. Esses pontos medeiam o trans-porte por endocitose.

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6 Os lipídeos de membrana estão sendo

constantemente renovados, sendo a de-gradação garantida pela ação hidrolítica de lisossomos. Algumas doenças estão relaci-onadas com a degradação deficiente de esfingolipídeos que levam ao inadequado acúmulo de produtos da degradação nos tecidos. A doença de Niemann-Pick é cau-sada pela deficiência na enzima

esfingomielinase, acarretando o acúmulo de esfingomielina no baço, fígado e cére-bro. Já a chamada doença de Tay-Sachs acarreta o acúmulo indevido de gangliosí-deo no encéfalo e baço devido à deficiência na enzima hexosaminidase. Os sintomas da doença de Tay-Sachs são paralisia, ce-gueira, retardo progressivo e até morte por volta dos 3 ou 4 anos de idade.

FONTE: LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.

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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko

REFERÊNCIAS

Bioquímica – Ácidos Nucleicos – Lipídeos Estruturais (Professor Rafael Si-mões). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>. LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.

MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica Básica. 3a Edição. Editora Gua-nabara Koogan. 2007.

Referências

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