DESPESAS PÚBLICAS - LRF
Ações governamentais devem acompanhar:
- estimativa de impacto orçam.-financeiro
- declaração do ordenador de despesa:
* adequação com LOA – Art. 16§1°,I LRF
* compatibilidade com PPA/LDO – Art. 16§1°,II
LRF
empenho e licitação
prévia condição:
REGRAS PARA A GERAÇÃO DE DESPESAS (ART. 16)
PPA LDO LOA
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
DECLARAÇÃO DO ORDENADOR DE DESPESA (+ IMPACTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO)
LICITAÇÃO EMPENHO CONTRATO LIQUIDAÇÃO PAGAMENTO
CRFB + LRF + Lei
4.320 + Lei 8.666
=
Ordem
Orçamentária e
Financeira
DESPESAS CARÁTER CONTINUADO
CONCEITO: superior 2 anos
CRIAÇÃO OU AUMENTO:
- origem dos recursos para custeio
- estimativa de impacto orçam.-financeiro
- não afetar as Metas Fiscais da LDO
- compensação aumento permanente de receitas
tributárias
- prévia condição de realização
Prof. IRAPUÃ BELTRÃOGERAÇÃO DE DESPESA (Art. 16 LRF)
E
DESPESAS CARÁTER CONTINUADO (Art. 17)
Inobservância (art.15)
* irregular = ato praticado em afronta a norma
* lesivo = produz dano patrimônio público
(potencial improbidade administrativa)
* Não autorizada = falta de previsão
DESPESAS DE PESSOAL
Art. 169 CF, redação pela Emenda 19/98!
Limites fixados por lei complementar:
- Lei ‘Camata’ (L. C. 82/95 – sem sanções)
- Lei Complementar 96/99
- LRF (art. 19)
percentual sobre a receita corrente líquida (definida
no art. 2°, IV LRF)
DESPESAS DE PESSOAL
limites globais
União = 50%
Estados = 60%
Municípios = 60%
DESPESAS DE PESSOAL
SUBLIMITES (repartição dos limites globais –
art. 20 LRF)
UNIÃO
- Legislativo (com TCU) 2,5%
- Judiciário
6%
- Executivo
40,9%
- Ministério Público 0,6%
DESPESAS DE PESSOAL
SUBLIMITES (repartição dos limites globais –
art. 20 LRF)
ESTADOS
- Legislativo (com TCE) 3% (com variação de
0,4% se tiver TCM - §4°)
- Judiciário 6%
- Executivo 49%
- Ministério Público 2%
DESPESAS DE PESSOAL
SUBLIMITES (repartição dos limites globais –
art. 20 LRF)
MUNICÍPIOS
- Legislativo (com TCM)
6%
- Executivo
54%
CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
IMPUGNAÇÃO DO INCISO II DO § 3º DO ART. 1º, BEM COMO DOS INCISOS II E III DO ART. 20 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 04 DE MAIO DE 2000. (...) 2. O Distrito Federal é uma unidade
federativa de compostura singular, dado que: a) desfruta de competências que são próprias dos Estados e dos Municípios, cumulativamente (art. 32, § 1°, CF); b) algumas de suas instituições elementares são organizadas e mantidas pela União (art. 21, XIII e XIV, CF); c) os serviços públicos a cuja prestação está jungido são financiados, em parte, pela mesma pessoa federada central, que é a União (art. 21, XIV, parte final, CF). 3. Conquanto
submetido a regime constitucional diferenciado, o Distrito Federal está bem mais próximo da estruturação dos Estados-membros do que da arquitetura constitucional dos Municípios.
(...) 4. A LC 101/00 conferiu ao Distrito Federal um tratamento
rimado com a sua peculiar e favorecida situação tributário-financeira, porquanto desfruta de fontes cumulativas de receitas tributárias, na medida em que adiciona às arrecadações próprias dos Estados aquelas que timbram o perfil constitucional dos Municípios. 5. Razoável é o critério de que se valeram os
dispositivos legais agora questionados. Se irrazoabilidade houvesse, ela estaria em igualar o Distrito Federal aos Municípios, visto que o primeiro é, superlativamente, aquinhoado com receitas tributárias. Ademais, goza do favor constitucional de não custear seus órgãos judiciário e ministerial público, tanto quanto a sua Defensoria Pública, Polícias Civil e Militar e ainda seu Corpo de Bombeiros Militar.
(STF – Pleno ADI 3756/DF Rel. Min. Carlos Britto J. em 21/06/2007)
DESP. PESSOAL - CONSEQUÊNCIAS
1) nulidade absoluta do ato que aumenta a
despesa (art. 21 LRF) se:
- inobservar as exigências do art. 16 LRF
(quanto estimativa de impacto e declaração
do ordenador);
- inobservar as exigências do art. 17 LRF
quanto
a
despesa
continuada
sem
demonstração de recursos;
DESP. PESSOAL - CONSEQUÊNCIAS
1) NULIDADE ABSOLUTA DO ATO QUE AUMENTA A
DESPESA (art. 21 LRF) se:
- vinculação ou equiparação de remunerações – art.
37, XIII CF
- concessão de vantagem ou aumento e admissão ou
contratação sem dotação na LOA e previsão na LDO
(art. 169§1° CF)
- limites legais para despesa de inativos
DESP. PESSOAL - CONSEQUÊNCIAS
2) FISCALIZAÇÃO DOS LIMITES (art. 22 LRF)
cada quadrimestre,
controle através dos Relat. de Gestão Fiscal
barreira 95% do teto (art. 22 § único LRF), com
seguintes impedimentos:
•
conceder aumento
•
criar cargo ou emprego
•
alterar estrutura carreira
•
prover cargos ou contratar pessoal
•
contratar horas extras
DESP. PESSOAL - CONSEQUÊNCIAS
3) RECONDUÇÃO AOS LIMITES (art. 169§3° CF)
eliminação em 2 quadrimestres (art. 23 LRF), salvo
calamidade (art. 65 LRF) ou baixo crescimento (art.
66 LRF);
redução em (pelo menos) 20% dos cargos em
comissão e funções comissionadas
Prof. IRAPUÃ BELTRÃO(STF – Informativo 267, de maio/2002)
Por aparente ofensa à garantia da irredutibilidade de
vencimentos dos servidores públicos (CF, art. 37, XV), o
Tribunal deferiu a suspensão cautelar de eficácia da
expressão contida no § 1º do art. 23 da mencionada LC
101, que permite a redução dos valores atribuídos a
cargos e funções para alcançar o cumprimento do limite
estabelecido com a despesa com pessoal. Pelo mesmo
fundamento, o Tribunal também deferiu a medida liminar
para suspender integralmente o § 2º do mesmo art. 23,
que faculta a redução temporária da jornada de trabalho
com adequação dos vencimentos à nova carga horária.
DESP. PESSOAL - CONSEQUÊNCIAS
3) RECONDUÇÃO AOS LIMITES (art. 169§3°
CF)
exoneração de servidores não estáveis
•
ingresso sem concurso depois de 5/10/83
•
art. 33 da Emenda 19, de 1998, c/c art. 19
ADCT
DESP. PESSOAL - CONSEQUÊNCIAS
3) RECONDUÇÃO AOS LIMITES (art. 169§3° CF)
caso não frutífero, perda do cargo para servidor
estável (art. 169§4° CF)
•
normas em lei federal (art. 169§7° e 247 CF),
estabelecendo critérios e garantias
•
indenização (art. 169§5° CF)
•
extinção de cargos (art. 169§6° CF), vedada
criação em 4 anos
•
Lei 9801/99 = exoneração servidor estável
precedida de ato normativo motivado
DESP. PESSOAL - CONSEQUÊNCIAS
4) sanções
•
enquanto perdurar o excesso = art. 23 §§3° e 4°
LRF
Não receber transferências voluntárias (definidos no
art. 25 LRF)
Não obter garantias de outros entes
Não contratar operações de crédito
Lei Complementar 101/2000
e Limites de Gastos – Informativo 528
O Tribunal referendou decisão proferida pelo Min. Celso de
Mello, que deferira medida liminar, em ação cautelar, da qual
relator, para suspender as limitações impostas ao Distrito
Federal, em especial ao seu Poder Executivo, quanto à
obtenção de garantias diretas, indiretas e aval de outros
entes e à contratação de operações de crédito em geral (Lei
Complementar 101/2000, art. 23, § 3º, I, II e III). Na espécie, o
Distrito Federal solicitara à Secretaria do Tesouro Nacional do
Ministério da Fazenda autorização para realizar operação de
crédito com organizações internacionais e bancárias, a qual
fora indeferida ao fundamento de ter sido descumprida a Lei
de Responsabilidade Fiscal no que se refere ao limite
percentual de gastos do Poder Legislativo local.
Considerou-se que a plausibilidade jurídica (...) , nos quais fixada a orientação de que o postulado da intranscendência impede que
sanções e restrições de ordem jurídica superem a dimensão estritamente pessoal do infrator. Por sua vez, o periculum in mora
estaria configurado porque a negativa da autorização inviabilizaria a iminente obtenção do crédito internacional que vem sendo negociado entre o BIRD e o Distrito Federal, que não disporia, em razão disso, dos necessários recursos para implementação dos programas pretendidos, (...) . Observou-se, ademais, que, no caso, o
Distrito Federal teria se adstrito aos limites global e individuais estabelecidos nos artigos 19 e 20 da LC 101/2000, dispositivos
declarados constitucionais pela Corte, e que, na verdade, haveria um conflito interno entre a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal.
DESPESAS SEGURIDADE SOCIAL
Prévio recurso para concessão benefício (arts.
195§5° CF e 24 LRF)
Mesmo tratamento das despesas de caráter
continuado (v. art. 17 LRF)
CF 88, estabeleceu Universalidade de coberturas e
outros (art. 194 § único CF)
Art. 249 CF criação de fundo para os servidores
art. 69 LRF
Art. 40 CF caráter contributivo e equilíbrio financeiro
e atuarial
Natureza. Conceito.
Leis orçamentárias
O ORÇAMENTO
Natureza do Orçamento - Formal = lei
- Material = ato de administração
Prevalência da teoria do ATO CONDIÇÃO!
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Orçamento. Conceito.
“ ...Nos estados democráticos, o orçamento é
considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e de outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei...” (BALEEIRO, Aliomar).
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instrumento
de
organização
da
ação
governamental
visando à concretização dos objetivos
pretendidos
sendo
mensurado
por
indicadores no plano plurianual.
Orçamento. Conceito.
• Conceito de programa. "O orçamento-programa é aquele que apresenta os propósitos, objetivos e metas para as quais a administração solicita os fundos necessários, identifica os custos dos programas propostos para alcançar tais objetivos e os dados quantitativos que medem as realizações e o trabalho realizado dentro de cada programa."
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Ciclo orçamentário
Elaboração do projeto de Lei orçamentária anual - LOA Discussão, votação e aprovação da lei orçamentária Execução orçamentária e financeira Controle e avaliação da execução orçamentá- ria e financeira 29ORÇAMENTO - PRINCÍPIOS
Incidência dos Princípios Gerais de Legalidade e Publicidade
Princípio da Transparência (Art. 48 e seguintes LRF)
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• Princípios da unidade, universalidade e anualidade
(art. 2º, caput, da Lei n° 4.320/64)
“Existem diversos princípios, mas estes três estão expressamente mencionados na referida lei.”
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ORÇAMENTO – PRINCÍPIOS
ANUALIDADE - art. 48, II; arts. 165§ 5° e 166 CF regulamentado art. 34 Lei nº 4.320/64
UNIDADE – documento e texto único Art. 165§5° CF
UNIVERSALIDADE - Deve conter todas as previsões de receita e fixações das despesas - Art. 165 §5° e incisos CF e art. 3° Lei nº 4.320/64
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ORÇAMENTO - PRINCÍPIOS
EXCLUSIVDIDADE - Proibição das caudas orçamentárias – Art. 165 §8° CF.
Tem “exceções”:
• Autorização para abertura de créditos suplementares
• Contratação de operações de crédito (inclusive as de antecipação de receita orçamentária – ARO)
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ORÇAMENTO - PRINCÍPIOS
NÃO VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
Antes CF/88 => todos os tributos CF 88, só impostos (art. 167, IV)
• educação (exceção) e repartição federativa das receitas tributárias
• EC nº 03/93 – prestação de garantia ou contragarantia
(art. 167, §4º)
• EC nº 29/2000 – saúde
• EC nº 42/2003 – atividades da administração tributária
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ORÇAMENTO - PRINCÍPIOS
ESPECIALIDADE/ESPECIFICAÇÃO - Art. 167, VII CF
Reprodução: Art. 5°, 4° LRF
Discriminação dos créditos de forma precisa, clara e
detalhada.
(Art. 15 da Lei 4.320/64)
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ORÇAMENTO – PRINCÍPIOS
EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO
- Lei anual => equalização receita / despesa
CF não consagra expressamente;
Déficits sistêmicos dos Estados e Municípios
Art. 4º, I LRF
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O Plano Plurianual (PPA) é um plano de médio prazo, através do qual se ordena as ações de governo que levam ao atingimento dos objetivos e das metas fixadas para um período de quatro anos.
• Lei de iniciativa do Poder Executivo (art. 165 da CF)
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• de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e metas da administração pública federal para as despesa de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. (CF, art. 165, § 1º)
• Despesas Correntes cuja duração ocorra por mais de um exercício (CF, art. 167, §1º)
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• Metas e prioridades da administração pública;
• Orienta a elaboração da LOA;
• Dispões sobre alterações na legislação tributária;
• Estabelece política de aplicação das instituições financeiras oficiais de fomento.
(art. 165, §2º CF)
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Além do que dispõe a Constituição, a LDO disporá também sobre:
Equilíbrio entre receitas e despesas; (art. 4º, I, a)
Critérios e formas de limitação de empenho; (art. 4º, I, b)
Normas referentes ao controle de custos e avaliação dos resultados dos programas;
Condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. (art. 4º)
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Anexo de Metas Fiscais
• Avaliação do cumprimento das metas do ano anterior
• Metas anuais, com memória e metodologia de cálculo, comparando-a com três exercícios anteriores;
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Anexo de Metas Fiscais
• Avaliação da situação financeira a atuarial dos regimes de previdência e do FAT e demais fundos e programas com natureza atuarial;
• Renúncia de receita e despesas de caráter continuado. (art. 4º, § 1º)
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Anexo de Riscos Fiscais (Art. 4º, § 3º):
- Passivo contingente;
- Demais riscos capazes de afetar as contas
públicas;
- Providências no caso de ocorrência destes.
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O orçamento público consiste em um instrumento de programação anual para viabilização, de acordo com as diretrizes previamente estabelecidas, da concretização dos programas previstos no PPA e priorizações da LDO.
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Compreende os orçamentos (art. 165, §5º CF) :
• Fiscal;
Engloba os Poderes, seus fundos, órgãos e entidades da administração pública direta e indireta.
• da Seguridade Social:
• de Investimento
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