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Avaliação da execução de programas de governo: um estudo dos mecanismos de transparência da controladoria geral da união na avaliação do Programa Bolsa Família

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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Um estudo dos mecanismos de transparência da Controladoria Geral da

União na avaliação do Programa Bolsa Família

Marcelo Iabrudi Catunda – 213086427 – marcelocatunda@id.uff.br – UFF/ICHS Marcos Paulo da Costa – 213086188 – marcosnatelle@gmail.com – UFF/ICHS

Resumo

O presente artigo visa analisar os mecanismos de transparência da Controladoria Geral da União (CGU) para demonstrar os resultados de suas ações nos processos de fiscalização do Programa Bolsa Família pela perspectiva do cidadão Para tal, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa exploratória nos veículos de transparência do Governo Federal (Portal da Transparência), canal de acesso à informação da CGU e relatórios do Programa de Fiscalização em Entes Federativos da CGU. Os resultados indicam que, embora haja divulgação da informação dos recursos envolvidos no Programa Bolsa Família, não há divulgação estruturada de informações sobre os resultados obtidos com as ações de fiscalização da CGU relativos a este programa.

Palavras-chave: Transparência; Controladoria Geral da União; Programa Bolsa Família; Controle Social

1 – Introdução

Um dos pilares para consolidação da cidadania na gestão pública reside na busca pela transparência nos atos governamentais, sendo a gestão social um modelo que preconiza este aspecto como fundamental para a participação do cidadão nas tomadas de decisão sobre o patrimônio público. Nesse sentido, a Constituição Federal do Brasil, artigo 5º, inciso XXXIII, assegura que:

[...] todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (BRASIL, 1988).

A transparência assegura uma análise mais participativa e aproxima a sociedade da gestão pública, trazendo à tona, mecanismos de gestão social, apoiando, questionando ou elaborando diretrizes de necessidades sociais. A divulgação das ações contribui para a análise crítica da gestão pública.

Para Pires (2011, p.61), “A participação social visa a pressionar as instituições a serem mais ágeis e transparentes e também a propiciar um suporte de legitimidade às decisões de direção". Trata-se de instância política da comunidade de usuários de um serviço público.

A informação precisa, suficiente e de fácil entendimento para o cidadão comum é fundamental para o controle social. A transparência e participação social são conceitos indissociáveis, interdependentes e intercambiáveis. A transparência revestida do conceito de accountability se torna um poderoso instrumento de participação social (SANTOS, 2012, p.158).

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2 Segundo Souza et al (2009, p.12)

A transparência nos atos da Administração Pública tem como desígnio impedir ações impróprias e eventuais, como o uso indevido dos bens públicos, por parte dos governantes e administradores. Alargando o acesso aos cidadãos às informações públicas, em todas as esferas, a fim da edificação de um país mais democrático, onde todos os segmentos da sociedade possam desempenhar com êxito o controle social, ajudando na efetivação de uma gestão mais eficaz e eficiente.

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão do Governo Federal responsável por realizar atividades relacionadas à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio de ações de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria. (CGU, 2017)

Dentre todas as funções citadas, destaca-se neste estudo a função da CGU na fiscalização do Programa Bolsa Família (PBF) e os métodos de divulgação dos resultados apresentados neste processo.

O PBF apregoa como seu objetivo a tarefa fundamental do Estado de zelar pelo bem-estar primário do indivíduo ao combater a fome, buscando retirar famílias da linha da miséria e estimular a cidadania através da educação.

O objetivo geral desta pesquisa é analisar os mecanismos adotados pela Controladoria Geral da União para demonstrar os resultados dos processos de fiscalização dos municípios no Programa Bolsa Família. Desta forma, serão verificados os meios operacionais de fiscalização, ações de apoio, resultados obtidos com o programa, ações e reações aos itens encontrados fora da conformidade e relatórios da CGU.

Nesse sentido, este artigo buscará responder a seguinte pergunta de pesquisa: A CGU demonstra de forma transparente e estruturada os resultados dos processos de fiscalização no Programa Bolsa Família? Serão analisadas fontes oficiais, artigos científicos e consultas diretas à CGU.

Essa pesquisa justifica-se pelo aprimoramento da Gestão Social, não somente sobre os gestores públicos, mas sobre os órgãos de fiscalização em face do volume de inconformidades encontradas nos processos de fiscalização.

2 – Referencial Teórico

2.1 A Legislação Brasileira e a Transparência na Administração Pública

A transparência é constituída de três elementos básicos: a publicidade, a compreensibilidade e a utilidade. A Publicidade considera a ampla divulgação e o acesso à

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3 informação, a Compreensibilidade pressupõe a clareza das informações e o fácil entendimento e a Utilidade refere-se ao grau de importância para o uso da informação.

A Constituição Federal de 1988 deu aos cidadãos a garantia da transparência quando afirma em seu Art. 37: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” (BRASIL, 1988). Através da publicidade, o povo poderá ter acesso às informações referentes aos atos praticados por seus representantes.

A partir de então a evolução natural das práticas administrativas incorporadas à Administração Pública resultaram na elaboração de diversas leis:

No ano de 1998, publicou-se a Lei nº 9.755/98 (BRASIL, 1998), que dispõe sobre a criação de Portal na Internet, pelo Tribunal de Contas da União, para divulgação dos dados e informações. Esses avanços na tecnologia da informação do governo oferecem oportunidade de integrar bases de dados e recursos de forma a facilitar e simplificar o acesso ao público (COGLIANESE; KILMARTIN; MENDELSON, 2009).

A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece no seu §1º do Art.1 que “[...] a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas.” (BRASIL, 2000).

A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, no seu Art. 48 (BRASIL, 2000), trata da ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, dos planos, dos orçamentos e das leis de diretrizes orçamentárias, das prestações de contas e o respectivo parecer prévio, do Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal e das versões simplificadas desses documentos. Ampliando, assim, o acesso à informações aos cidadãos, permitindo um avanço na fiscalização da gestão pública.

Em 2005, foi publicado Decreto da Presidência da República n° 5.482 de 30 de junho de 2005 dispondo acerca da divulgação de dados e informações pelos órgãos e entidades da administração pública federal na internet, como gastos efetuados por órgãos e entidades da administração pública federal, repasses de recursos federais aos Estados, Distrito Federal e Municípios, operações de descentralização de recursos orçamentários em favor de pessoas naturais ou de organizações não governamentais de qualquer natureza, operações de crédito realizadas por instituições financeiras oficiais de fomento. Além de definir à Controladoria-Geral da União, como órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, a incumbência da gestão do Portal da Transparência (BRASIL, 2005).

A Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011 regulamenta o acesso a informações previstas no inciso XXXIII do Art.5º, no inciso II do § 3º do Art.37 e no § 2º do Art. 216 da Constituição Federal, a fim de assegurar o direito fundamental de acesso à informação e deve ser executado em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes (BRASIL, 2011):

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4 I. Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II. Divulgação de informações de interesse público, independentemente de

solicitações;

III. Utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação;

IV. Fomento do desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública e

V. Desenvolvimento do controle social da administração pública. A Lei nº 12.527, conhecida como Lei de Acesso a Informação,

[...] retrata o acesso e a divulgação da informação, bem como as restrições de acesso à informação. As legislações estão sendo criadas no intuito de fornecer mais transparência. Porém, para que o cidadão faça um bom uso da informação obtida, é necessário que ele a compreenda e tenha condição de realizar um juízo crítico sobre as mesmas. (BRASIL, 2011).

Entretanto, percebe-se que o cidadão deve receber treinamento adequado, para que possa usufruir dos instrumentos de transparência disponíveis para sua consulta, capacitando-o para o exercício do controle social. O processo de construção do accountability (ou prestação de contas) é lento, e depende em grande parte de cobrança pela população. “Queremos dizer que a accountability é um processo em construção na sociedade brasileira, e não dá para esperar da noite para o dia uma mudança radical nos processos e na cultura política” (PINHO, 2008, p.09).

Para melhor compreensão de accountability, Abrucio e Loureiro (2004, p. 75) definem “a construção de mecanismos institucionais por meio dos quais os governantes são constrangidos a responder, ininterruptamente, por seus atos ou omissões perante os governados”.

2.2 A Atuação da CGU na Transparência da Gestão Pública

O Poder Executivo promove a visibilidade de suas ações e, através da Controladoria Geral da União (CGU), promove transparência administrativa. A Controladoria Geral da União, órgão de controle interno, promove e integra ações de prevenção e combate à corrupção, auditoria pública, corregedoria, atividades de ouvidoria e incremento da transparência da gestão, objetivando o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual e a execução dos Programas de Governo e dos Orçamentos da União. Está estruturada em quatro unidades finalísticas, que atuam de forma articulada, em ações organizadas entre si: Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC), Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), Corregedoria-Geral da União (CRG) e Ouvidoria-Geral da União (OGU).

A fiscalização administrativa, orientada na defesa do interesse público, visa coibir e corrigir distorções administrativas, conforme ensina Di Pietro (2000, p.575):

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5 A finalidade do controle é assegurar que a Administração atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, como os da legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade; em determinadas circunstancias, abrange também o chamado controle de mérito e que diz respeito aos aspectos discricionários da atuação administrativa. Embora o controle seja atribuição estatal, o administrado participa dele na medida em que pode e deve provocar o procedimento de controle, não apenas na defesa de seus interesses individuais, mas também na proteção do interesse coletivo.

Especificamente quanto à verificação da aplicação dos recursos públicos, a CGU, por meio da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), exerce as atividades de órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Nesse sentido, cabe à CGU avaliar a execução de programas de governo; comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto a eficácia e a eficiência, da gestão dos administradores públicos federais; exercer o controle das operações de crédito e, também, exercer atividades de apoio ao controle externo, em cumprimento ao dispôs o nos artigos 70 e 74 da Constituição Federal. Na execução das auditorias a CGU mantém o foco no aprimoramento da gestão e da execução das políticas públicas, visando à melhoria da prestação de serviços públicos.

2.3 - Atuação da CGU no Programa Bolsa Família

O Programa 1335 – Transferência de Renda com Condicionalidades – Bolsa Família é um dos programas acompanhados pela CGU avaliando a efetiva aplicação dos recursos destinados ao cumprimento da finalidade constante da Ação 8442 – Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condições de Pobreza e Extrema Pobreza, pertencente ao Programa Bolsa Família - PBF.

O Programa Bolsa Família, criado pela Lei n 10.836/04, unificou os procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda do Governo Federal. O programa tem por objetivos: combater a fome, a pobreza e outras formas de privação das famílias; promover a segurança alimentar e nutricional e o acesso à rede de serviços públicos de saúde, educação e assistência social, criando possibilidades de emancipação sustentada dos grupos familiares e de desenvolvimento local.

Conforme consta do sítio do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o programa articula três dimensões essenciais à superação da fome e da pobreza: promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à família; reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por meio do cumprimento das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam romper o ciclo da pobreza entre gerações; coordenação de programas complementares, que têm por objetivo o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários do Bolsa Família consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza. São exemplos de programas complementares: programas de geração de trabalho e renda, de alfabetização de adultos, de fornecimento de registro civil e demais documentos.

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6 Programas de transferência de renda condicionados são políticas sociais que exigem o cumprimento de requisitos e aspectos determinantes, cada vez mais utilizadas no combate à pobreza em países em desenvolvimento. Eles têm como objetivo prover as famílias pobres de uma assistência no curto prazo, atenuando a pobreza corrente. Proporcionam investir no desenvolvimento de capital humano através da exigência do cumprimento de condicionalidades para recebimento do benefício, ao tempo em que, no longo prazo, combate a pobreza futura (RESENDE; OLIVEIRA, 2008)

A forma de implementação do Programa Bolsa Família é direta e a gestão é descentralizada. O Município inscreve as famílias no Cadastro Único; a União, a partir de disponibilidade orçamentária, habilita as famílias que passarão a receber o benefício de acordo com o perfil da família. O pagamento dos benefícios é mensal, diretamente às famílias e o saque ocorre por meio de cartão magnético. O agente operador é a Caixa Econômica Federal, responsável por toda a logística de pagamento, desde a confecção dos cartões, geração da folha de pagamento e a disponibilização dos recursos nas suas agências ou nos correspondentes bancos conveniados. A União transfere o montante dos recursos para a Caixa.

A família beneficiária assume o compromisso de cumprir as condicionalidades do Programa nas áreas de saúde, educação e assistência social e permanece no Programa enquanto estiver atendendo aos critérios de elegibilidade e mantendo em dia os compromissos por ela assumidos.

Cabe aos municípios acompanhar e registrar nos sistemas informatizados próprios (Ministério da Educação, Ministério da Saúde e Secretaria Nacional de Assistência Social do MDS) as informações relativas às condicionalidades das famílias beneficiárias. Tais informações são posteriormente consolidadas pela SENARC/MDS, responsável por supervisionar todo o processo e aplicar as regras estabelecidas para aquelas famílias que não cumpriram as condicionalidades.

O controle do Programa está pulverizado entre os diversos participantes: Conselho Gestor do Programa Bolsa Família; Secretaria Nacional de Renda de Cidadania; Caixa Econômica Federal; Ministério da Saúde; Ministério da Educação; Secretaria Nacional de Assistência Social; Governos municipais e do Distrito Federal; Governos estaduais e Órgãos de controle social.

O Controle Social é exercido pela Instância de Controle Social (ICS) do município, que atua no acompanhamento das etapas de cadastramento, gestão de benefícios, controle de condicionalidades, programas complementares, fiscalização, participação social e capacitação. A fiscalização da CGU é feita, em média, duas vezes por ano, que sorteia os municípios a serem investigados. Caso haja denúncias, o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público e o próprio MDS também investigam possíveis fraudes. (Brasil, 2013)

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7 Dentre as competências da CGU, descritos na Lei nº 13.341, de 29 de setembro de 2016,

Art. 27. Os assuntos que constituem áreas de competência de cada Ministério são os seguintes:

§ 14. Ao Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União - CGU, no exercício de suas competências, cabe dar o devido andamento às representações ou denúncias fundamentadas que receber, relativas a lesão ou ameaça de lesão ao patrimônio público, velando por seu integral deslinde.

§ 15. Ao Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União - CGU, por seu titular, sempre que constatar omissão da autoridade competente, cumpre requisitar a instauração de sindicância, procedimentos e processos administrativos, e avocar aqueles já em curso perante órgão ou entidade da administração pública federal, visando à correção do andamento, inclusive mediante a aplicação da penalidade administrativa cabível.

§ 16. Cumpre ao Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União - CGU, na hipótese do § 15, instaurar sindicância ou processo administrativo ou, conforme o caso, representar a autoridade competente para apurar a omissão das autoridades responsáveis.

§ 17. O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União - CGU encaminhará à Advocacia-Geral da União os casos que configurarem improbidade administrativa e aqueles que recomendarem a indisponibilidade de bens, o ressarcimento ao erário e outras providências a cargo da Advocacia-Geral da União e provocará, sempre que necessária, a atuação do Tribunal de Contas da União, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, dos órgãos do sistema de controle interno do Poder Executivo federal e, quando houver indícios de responsabilidade penal, do Departamento de Polícia Federal e do Ministério Público, inclusive quanto a representações ou denúncias que se afigurarem manifestamente caluniosas. A estratégia da CGU em validar o exercício da gestão descentralizada Programa Bolsa Família, dá-se por meio de sorteio dos municípios e observa os seguintes aspectos:

Tabela 1 – Elaborado pelos autores Manutenção do Cadastro Único

A partir do Cadastro Único há o cruzamento de informações de todo o núcleo familiar, garantindo o cumprimento da elegibilidade da família ao repasse das verbas do PBF. A manutenção de informações mais atualizadas das famílias e a consequente exclusão de beneficiários do Programa Bolsa Família que não atendem aos requisitos de elegibilidade, proporciona a confiabilidade no Programa, além de beneficiar famílias que realmente são elegíveis ao Programa.

Execução de Programas Complementares no Município

Possibilita o desenvolvimento das famílias, de forma que elas consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza.

Existência de Transparência Pública dos beneficiários do Programa

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8 A atuação da Instância de Controle Social

ICS no que tange o acompanhamento dos procedimentos de cadastramento das famílias; das condicionalidades nas áreas de educação e de saúde; da gestão dos benefícios e da oferta de programas/ações complementares do PBF.

Cumprimento das condicionalidades do PBF

Os beneficiários devem estar inseridos nos critérios de elegibilidade com acesso aos direitos básicos de saúde e educação.

Acompanhamento das condicionalidades por parte do Gestor Municipal

Os beneficiários devem estar inseridos nos critérios de elegibilidade com acesso aos direitos básicos de saúde e educação.

Como resultantes da fiscalização da CGU nos município, recomendações são levadas ao conhecimento da SENARC (Secretaria Nacional de Renda de Cidadania – MDS)e para a Assessoria de Controle Interno contendo os resultados finais da Fiscalização. As ações são implementadas, fortificando a transparência, eficiência e eficácia do Programa, conforme tabela 2:

Tabela 2 – Elaborada pelos autores

Adoção de sistemas integrados on-line com o Cadastro Único

Permite agilidade na verificação da veracidade das informações dadas pelos beneficiários e integração com os dados escolares para acompanhamento da condicionalidade de frequência escolar.

Capacitação de conselheiros municipais da assistência social e das ICS do PBF

Elaboração de informes, vídeos e cartilhas contendo informações sobre a atuação e a contribuição do controle social para o Programa Bolsa Família.

Os resultados das auditorias são apresentados por meio de notas técnicas e do Relatório de Acompanhamento da Execução de Programa de Governo, objetivando dar conhecimento e implementação de recomendações estruturantes, visando corrigir as constatações identificadas.

3 – Metodologia

A metodologia adotada foi a pesquisa qualitativa e exploratória, pois visa demonstrar a viabilidade da gestão social através dos mecanismos de transparência da CGU. Para compor o presente artigo foi usado processo documental, bibliográfico; com análise de dissertações e teses publicadas a respeito do tema, de informações em sítios oficiais do Governo, nos relatórios anuais da CGU e de pesquisas solicitadas diretamente à CGU respondidas pelo Gabinete da Secretaria-Executiva da Controladoria-Geral da União e pela Secretara Federal de Controle Interno - Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, constituindo, outrossim, o material qualitativo para análise investigativa e reflexiva balizada pelos parâmetros legais, buscando compreender criticamente e a forma de representação da atuação da CGU relativo aos processos de auditoria do Programa Bolsa Família nos municípios e a

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9 demonstração dos resultados apurados dentro dos conceitos de Transparência, Gestão Social e Accountability. Cabe ressaltar que o formato do conteúdo dos relatórios da CGU, bem como os mecanismos de pesquisa, foram se modificando ao longo do período.

De inicio, após observados os preceitos legais sobre transparência, gestão social e metodologia da CGU nos processos de fiscalização, foram coletados relatórios da CGU, os aspectos observados em cada município. No primeiro relatório (2013), o formato era diferenciado, contendo apenas o Programa Bolsa Família e o estudo estatístico de todos os aspectos observados, abrangendo todos os municípios sorteados. A partir de então, pela indisponibilidade de novos relatórios, fez-se necessário acionar diretamente a CGU, através do sítio e-SIC Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão, arguindo sobre:

.O acompanhamento da aplicação de recursos federais para o programa Bolsa Família; .Os relatórios relacionados aos processos de fiscalização do PBF,

.Forma de pesquisa estruturada que retorne todas as constatações de campo e ações pertinentes frente ao Gestor Público e

.Quantidade de ocorrências que foram invertidas após a ação da CGU, quantidade de ocorrências que transformaram-se em ações concretas após confirmação de fraudes e qual retorno obtido ao erário público após as ações da CGU.

Para as respostas dos itens questionados, a CGU, através da Secretaria Federal de Controle Interno, prestou os seguintes esclarecimentos:

.Para o acompanhamento dos recursos federais em programas sociais, as consultas podem ser efetuadas no Portal da Transparência.

.Os relatórios estão disponíveis através de busca no sítio da CGU.

.Não há consulta estruturada que retorne as constatações de forma agrupada, nem as quantidades de ocorrências que foram revertidas junto ao gestor do município ou confirmadas como crimes ou fraudes.

4 – Resultados e discussões

A CGU disponibiliza no Portal da Transparência as consultas dos pagamentos efetuados aos favorecidos do Bolsa Família. O Portal disponibiliza as informações das consultas em formato apropriado para download e armazenamento. O usuário poderá baixar as informações constantes de cada consulta do site para fazer todos os cruzamentos e análises que desejar e realizar estudos e pesquisas a partir desses dados.

Em 2016, o total destinado pelo Governo Federal em âmbito nacional em transferência de Recursos foi de R$ 369.408.348.681,04, dos quais foram destinados à ação Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza (Lei nº 10.836, de 2004): R$ 28.506.168.795,00. A Tabela 1 demonstra os valores repassados por estado:

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10 Tabela 3: Elaborado pelo Autores

Estado Total no Ano (R$) Estado Total no Ano (R$)

ACRE 247.542.449,00 PARAÍBA 1.157.053.374,00

ALAGOAS 853.967.995,00 PARANÁ 680.974.897,00

AMAPÁ 150.755.264,00 PERNAMBUCO 2.284.308.485,00

AMAZONAS 948.076.561,00 PIAUÍ 1.052.950.012,00

BAHIA 3.775.538.470,00 RIO DE JANEIRO 1.588.104.492,00 CEARÁ 2.148.373.689,00 RIO GRANDE DO NORTE 715.636.522,00 DISTRITO FEDERAL 150.499.707,00 RIO GRANDE DO SUL 747.125.640,00 ESPÍRITO SANTO 337.111.182,00 RONDÔNIA 177.249.491,00

GOIÁS 573.518.883,00 RORAIMA 113.115.472,00

MARANHÃO 2.313.158.322,00 SANTA CATARINA 236.043.805,00 MATO GROSSO 324.306.374,00 SÃO PAULO 2.682.407.725,00 MATO GROSSO DO SUL 270.769.799,00 SERGIPE 524.631.887,00 MINAS GERAIS 2.086.033.077,00 TOCANTINS 281.348.317,00

PARÁ 2.085.566.904,00 Total 28.506.168.795,00

Fonte: www.transparencia.gov.br

Ainda, quanto ao exercício de 2016, segundo a Secretaria Federal de Controle Interno, cabe destacar a utilização mais intensiva de ferramentas de tecnologia da informação para identificação de beneficiários que não atendem os critérios de elegibilidade do Programa.

Nesse sentido, ações decorrentes do Grupo de Trabalho Interinstitucional criado pelo MDSA, com participação da CGU, resultaram em cancelamentos e bloqueios de benefícios aparentemente indevidos do Programa Bolsa Família, após a identificação de cerca de 1,1 milhões de famílias com indícios de omissão ou subdeclaração de rendimentos e de inconsistências cadastrais (dentro de um total de 2,5 milhões de famílias identificadas no ano de 2016). A identificação foi possível porque se ampliou as fontes de informação utilizadas, com uso simultâneo de seis bases do governo federal: Relação Anual de Informações Sociais (Rais); Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged); Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi); Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape); e Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

Conforme mencionado, os valores despendidos para o Programa Bolsa Família podem ser consultados no Portal da Transparência desde o montante transferido para cada Estado até o valor individualizado para cada beneficiário. Na ilustração, pode-se observar o fluxo de consulta estruturado para o programa Bolsa Família.

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Figura 1: Adaptado pelos autores. Fonte: www.transparencia.gov.br

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12 Entretanto, os dados obtidos nos relatórios dos Programas de Fiscalização em Entes Federativos da CGU não estão disponíveis para consulta de forma estruturada.

Figura 2: Pesquisa de Relatórios Fonte: auditoria.cgu.gov.br

Os relatórios são obtidos através do sítio da CGU, área de auditoria. O cidadão ou representante social deve preencher o formulário (figura 2) com dados específicos não amplamente divulgados para recuperar os relatórios.

Salienta-se que estes relatórios identificam as falhas evidenciadas na execução dos diversos programas em cada município auditado, demonstram as recomendações direcionadas aos gestores municipais para saná-las e a justificativa apresentada pelo município. Não foi possível identificar levantamentos sistematizados a respeito dos valores que por ações comprovadamente ilícitas causaram prejuízo ao erário público. Também não foi observado o resultado das ações impetradas junto ao Ministério Público para os casos em que o Gestor do

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13 Município não apresentou justificativa satisfatória para as observações relatadas pela CGU. Questionada, a Secretaria Federal de Controle Interno respondeu:

“A quantidade de ocorrências que foram invertidas após a ação da CGU, assim como a quantidade de ocorrências que se transformaram em ações concretas após confirmação de fraudes e qual retorno obtido ao erário após ações da CGU não são consolidadas pela CGU, tendo em vista que o monitoramento dessas ações é realizado por amostragem, visando a avaliação do processo operacional realizado pelo gestor federal.”

5 – Conclusão

Pelos resultados obtidos nas pesquisas documental e exploratória, em relação ao objetivo deste trabalho, vê-se que os mecanismos de Transparência existem no que tange a alocação de valores e pagamento de benefícios. No Portal da Transparência, há como aferir todos os valores repassados aos beneficiários e há como estruturar pesquisas gerenciais após efetuar download dos dados disponíveis. Podendo, assim, definir curvas de repasse de valores por município ao longo dos anos. Não há, entretanto, destaque para os repasses relativos à manutenção do programa nos entes federativos – alocação de servidores e infraestrutura destinada ao controle do programa. Este é, inclusive, um dos itens verificados pela CGU nos municípios auditados. Com relação ao controle gerencial dos resultados das ações da CGU, não há mecanismos de coleta de dados sistematizada. Há material de divulgação sobre os resultados obtidos através dos Programas de Fiscalização em Entes Federativos da CGU e relatórios de Auditorias Anuais de Contas cujo acesso é condicionado ao conhecimento dos mecanismos de busca e critérios de pesquisa em área restrita de auditoria no sítio da CGU. Tanto os materiais de divulgação quanto os relatórios de auditorias, não são segmentados por Programas. É necessário fazer buscas dentro destes materiais sobre o assunto Bolsa Família, tornando a pesquisa apenas consultiva e não gerencial, ferindo os critérios básicos de Publicidade e Compreensibilidade. Não há também consulta estruturada sobre os casos de inconformidades verificadas nas fiscalizações. Não há como saber, por exemplo, quais as principais inconformidades, quantas tiveram respostas ou planos de ação aceitas pela CGU, quantas não tiveram, quais gestores sofreram denuncia no MPF apões ação da CGU, quais foram as resultantes destas ações corretivas e das denuncias impetradas.

A avaliação não deve ser concebida como uma atividade isolada e autossuficiente. Ela faz parte do processo de planejamento da política social, gerando uma retroalimentação que permite escolher entre diversos projetos de acordo com sua eficácia e eficiência. Também analisa os resultados obtidos por esses projetos, criando a possibilidade de retificar as ações e reorientá-las em direção ao fim postulado (COHEN; FRANCO, 1994, p. 73).

A CGU garante o cumprimento da publicidade dos dados do PBF no Portal Transparência, mas não dispõe de mecanismos de divulgação de dados de forma gerencial sobre os resultados das ações sobre os entes federativos. Para uma eficiente Gestão Social, além dos dados nominados, faz-se necessário que a transparência seja elevada à divulgação ponto a ponto desde o mecanismo de sorteio dos municípios auditados, o processo de fiscalização em si com seus atores e cenários, as ocorrências, as justificativas, as ações

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14 decorrentes e prazos, as ações administrativas cabíveis e a conclusão do processo. As informações devem estar disponíveis em formão estruturado para que haja compreensibilidade e usabilidade.

6 – Referências

BRASIL. Lei complementar n. 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Diário Oficial da União: República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 maio 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm>. Acesso em: 6 abr. 2013.

______. Lei complementar n. 131, de 27 de maio de 2009. Acrescenta dispositivos à Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Diário Oficial da União: República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 maio 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp131.htm>. Acesso em: 6 abr. 2013. ______. Lei n. 9.755, de 16 de dezembro de 1998. Dispõe sobre a criação de "homepage" na "Internet", pelo Tribunal de Contas da União, para divulgação dos dados e informações que especifica, e dá outras providências. Diário Oficial da União: República Federativa do

Brasil, Brasília, DF, 17 dez. 1998. Disponível em:

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______. Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Diário Oficial da União: República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 nov. 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 24 abr. 2016.

______.Lei n. 13.341, de 29 de setembro de 2016. Altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 11.890, de 24 de dezembro de 2008, e revoga a Medida Provisória no 717, de 16 de março de

2016. Disponível em:

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