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16. Encontro Nacional da ABET 3 a 6/9/2018, UFBA, Salvador (BA) GT11 - Emprego, estrutura ocupacional e rendimentos.

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16. Encontro Nacional da ABET

3 a 6/9/2018, UFBA, Salvador (BA)

GT11 - Emprego, estrutura ocupacional e rendimentos.

Comportamento do mercado de trabalho formal do município de Barbalha/CE nos anos

1996-2016

Guilherme Sousa Brandão (UFRN)

Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPECO-UFRN), Especialista em Planejamento e Gestão das Finanças Públicas

pela Universidade Regional do Cariri (URCA). E-mail: sousaguilherme25@gmil.com

Rosemary de Matos Cordeiro (URCA)

Doutora em Geografia (UNESP - Júlio de Mesquita Filho), Professora Adjunta da Universidade Regional do Cariri (URCA), Professora do IFCE, Crato-CE. Pesquisadora do Observatório das

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Resumo:

O mercado de trabalho brasileiro passa por uma industrialização tardia, quando comparada aos países desenvolvidos, gerando postos de trabalhos precários, com baixa remuneração e qualificação. Esse quadro só irá mudar a partir das politicas econômicas do século XX. A região Nordeste segue acompanhando o ritmo brasileiro, porém com maiores níveis de precariedade. Desempenho econômico, políticas macroeconômicas, processos de reestruturação produtiva e mudanças organizacionais, políticas regionais de desenvolvimento, migração para o Sudeste, guerra fiscal e politicas sociais de transferências de rendas são algumas das variáveis que repercutem sobre a formação do mercado de trabalho e, portanto, rebatem sobre a demanda de trabalho na escala local. Assim, o presente estudo tentou investigar as características do emprego formal no município de Barbalha, para os anos de 1996, 2000, 2004, 2008, 2012, 2016. O mesmo é localizado na microrregião do Cariri, no Sul do estado do Ceará. A respeito dessa microrregião, uma característica importante são as políticas compensatórias em prol de investimentos com geração de emprego e renda, estas, por suas vezes, movidas pelo processo de descentralização das atividades produtivas dos grandes centros urbanos, contribuindo com o desenvolvimento da economia dos municípios que fazem parte dela, e consequentemente fomentando o crescimento do emprego (MACAMBIRA, 2008). Outro aspecto motivador é o fato da representação política e cultural que esse município desempenha no Estado do Ceará, tendo, nesse último aspecto, características bem próprias e diversificadas. Logo, esse trabalho trata-se de uma iniciativa oportuna para mensurar a dimensão produtiva local, a partir da geração de empregos e da inserção ocupacional dos trabalhadores. A linha de investigação desse trabalho permite compreender os setores que mais empregam e que, associados com outros indicadores (renda, faixa etária, rotatividades de empregos e etc.), constroem um perfil para o mercado de trabalho. Através dele é possível obter um retrato da realidade trabalhista do município estudado, de forma a contribuir com o entendimento da composição desse mercado de trabalho, melhorando a visão estratégica e podendo servir de base para a comunidade acadêmica, embasando futuras pesquisas. Para isso, foram utilizados dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho (MTE). Os dados coletados refletem o comportamento dos principais setores e subsetores da economia, de acordo com as variáveis: número de empregados por porte da indústria, sexo, faixa etária, nível de instrução, tempo de emprego, horas trabalhadas por semana e rendimentos em salário mínimo. Quanto ao recorte temporal do estudo, as informações foram colhidas dentro do período estipulado para a análise que é dos anos 1996 a 2016, seguindo um intervalo de quatro em quatro anos (1996, 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016). Dessa maneira, podem-se captar diversos movimentos que ocorreram a nível nacional, regional, estadual e municipal ao longo do tempo, dentre eles: abertura comercial e efeito do Plano Real no final do século XX; adoção da taxa de câmbio flutuante; políticas de incentivos fiscais no Nordeste, promovidas pelas unidades federativas, sobretudo no estado do Ceará; políticas sociais a partir do governo Lula; valorização do salário mínimo; e consequências das crises econômicas de 2008 e 2016, todos eles repercutindo sobre o comportamento do mercado de trabalho local. O caráter singular do município, através sua cultura e características geográficas se manifesta em seu mercado de trabalho, haja vista que se identifica a predominância, por exemplo, do setor terciário em sua economia, o que justifica ainda mais as especificidades do comércio e serviços, impulsionados pela religiosidade e turismo ecológico da região, que é um dos responsáveis pelas movimentações de emprego e renda destes importantes setores. Os resultados apresentados, levando como referência a abordagem ao campo de estudo, no que concerne aos dados da RAIS, mostram que no período pesquisado, 1996 a 2016, houve uma variação positiva em todos os grandes setores da economia, se comparado o primeiro e último ano da série histórica, de 1.433,9% no comércio, seguido da agropecuária com 605,4%, serviços com 193,7%, construção civil 116% e por fim a indústria com 68,3%, em termos de geração de emprego formal do município. Apesar de crescer menos em termos relativos, a indústria tem desempenho importante no desenvolvimento local, com a presença de grandes estabelecimentos e empregos. Mesmo com forte presença do homem no mercado de trabalho (particularmente na indústria), a mulher ocupa espaço destacado no município, com participações relevantes no âmbito do emprego formal, especialmente no setor de serviços. Outra variável que se destaca é a significativa concentração de trabalhadores com baixo nível de escolaridade no início da série histórica (59%). Essa questão sofre profundas transformações ao longo do tempo, apresentado no final da análise, uma evolução no nível de instrução dos trabalhadores, com 59% no médio completo/superior

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incompleto e 17,7% com ensino superior completo. Com relação aos rendimentos verificou-se que o grande contingente dos trabalhadores auferem rendimentos entre um a dos salários mínimos, chamando a atenção, e que, mesmo com a melhora na qualificação dos trabalhadores barbalhense, não houve resposta no tocante aos rendimentos desses, contradizendo a teoria do capital humano. O que se constatou no presente trabalho foi certa precarização do mercado de trabalho formal do município, no sentido de que os trabalhadores, em sua maioria, apresentarem uma carga horária semanal longa, com salário relativamente baixo apesar do nível de escolaridade média e com uma taxa de rotatividade do emprego reduzida, sendo essa taxa podendo ser compreendida pelo fato de que mais ou menos um quinto da população esta inserida na administração pública, que se caracteriza como um subsetor da economia com baixa rotatividade.

Palavras-chave: Barbalha, RAIS, Mercado de Trabalho Formal. 1. INTRODUÇÃO

O mercado de trabalho brasileiro passa por uma industrialização tardia, quando comparada aos países desenvolvidos, gerando postos de trabalhos precários, com baixa remuneração e qualificação. Esse quadro só irá mudar a partir das políticas econômicas do século XX. A região Nordeste segue tardiamente acompanhando o ritmo brasileiro, porém com maiores níveis de precariedade. Desempenho econômico, políticas macroeconômicas, processos de reestruturação produtiva e mudanças organizacionais, políticas regionais de desenvolvimento, migração para o Sudeste, guerra fiscal e políticas sociais de transferências de rendas são algumas das variáveis que repercutem sobre a formação do mercado de trabalho e, portanto, rebatem sobre a demanda de trabalho na escala local.

Assim, o presente estudo tentou investigar as características do emprego formal no município de Barbalha, para os anos de 1996, 2000, 2004, 2008, 2012, 2016. O mesmo é localizado na microrregião do Cariri, no Sul do estado do Ceará. A respeito dessa microrregião, uma característica importante são as políticas compensatórias em prol de investimentos com geração de emprego e renda, estas, por suas vezes, movidas pelo processo de descentralização das atividades produtivas dos grandes centros urbanos, contribuindo com o desenvolvimento da economia dos municípios que fazem parte da microrregião e, consequentemente fomentando o crescimento do emprego (MACAMBIRA, 2008).

Outro aspecto motivador é o fato da representação política e cultural que esse município desempenha no Estado do Ceará, tendo, nesse último aspecto, características bem próprias e diversificadas. Logo, esse trabalho trata-se de uma iniciativa oportuna para mensurar a dimensão produtiva local, a partir da geração de empregos e da inserção ocupacional dos trabalhadores.

Para a realização do objetivo, serão utilizados dados sobre o mercado de trabalho, obtidos na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A RAIS constitui-se, possivelmente, na melhor fonte de dados sobre o mercado formal de trabalho no Brasil; é a partir dos dados da RAIS que desenvolveremos nossa análise sobre o mercado formal de trabalho do município de Barbalha. Os dados são apresentados através de tabelas e gráficos.

Foram coletados dados dos principais setores da economia, traçando o perfil que compõe os trabalhadores que estão inseridos dentro desses setores, de acordo com as variáveis: Grande

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setor de atividade econômica; Número de empregados por porte da indústria; Sexo; Faixa etária; Nível de instrução; Tempo de emprego; Rendimento em salário mínimo; Horas trabalhadas por semana.

Assim, na sequência do trabalho apresentar-se-á aspectos da formação histórica e econômica do município e, posteriormente, a análise dos dados sobre o comportamento do mercado de trabalho formal do município de Barbalha, no período estipulado da pesquisa.

2. Formação Histórica e Econômica do Município de Barbalha

A área de estudo escolhida para a realização da pesquisa é o município de Barbalha. O mesmo se localiza na Região Metropolitana do Cariri, Mesorregião do Sul Cearense, a 553 quilômetros da capital do estado, Fortaleza. Foi criado em 1846, pela lei 374 e código municipal n° 2301901, sendo originada da cidade do Crato e possuindo uma área absoluta de 479,18km².

De acordo com o Censo Demográfico do ano de 2010 do IBGE, o município de Barbalha tinha então 55.323 habitantes, sendo o 27º mais populoso do Ceará. Faz fronteira com os municípios de Juazeiro do Norte, Jardim, Crato e Missão Velha, além do estado de Pernambuco. Faz parte do chamado CRAJUBAR, nome dado ao conjunto das três principais cidades do Cariri, Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. Segundo Gurgel (2013):

O CRAJUBAR é um conjunto urbano de grande densidade demográfica e ponto de convergência de correntes migratórias. Lugar de comércio diversificado, tanto atacadista como varejista, sendo também um centro de abastecimento alimentar e de convergência da produção agrícola (principalmente de produtos como mandioca, cana-de-açúcar, arroz, milho e feijão). O setor industrial também tem destaque, sendo o CRAJUBAR o principal polo calçadista na estrutura de produção cearense, sobretudo a partir das políticas de incentivo à industrialização, implantadas na década de 1990 (GURGEL, 2013, p. 80).

Sobre a sua formação, o município de Barbalha nasceu nos arredores da capela construída nas terras de Francisco Magalhães Barreto Sá, no início do século XVIII e influenciada pelos senhores de engenho da localidade. Barbalha adquiriu uma formação política oligárquica e sociedade aristocrática que, a exemplo de outras cidades no Brasil, contribuíram para trazer para a cidade um patrimônio arquitetônico relevante, ainda hoje em parte preservado (GURGEL, 2013). Segundo Castro, Oliveira e Pereira (2013):

Antigamente, o município era conhecido pela agroindústria de cana de açúcar que se destacava não só na produção de álcool e açúcar, mas também pelo potencial diversificado nas áreas de sucos e doces. Atualmente, o setor industrial vem se destacando nos ramos calçadistas, cimento, química e farmacêutico, e no setor de serviços além do comércio, os serviços médicos que atende aos municípios e estados circunvizinhos, e o turismo, pois Barbalha também é conhecida pela arquitetura colonial, clubes e balneários ao sopé da Chapada Nacional do Araripe. Seu PIB em 2010 foi de R$ 413.057 milhões, representando 12% do PIB da Região Metropolitana do Cariri, sendo que o setor de serviços tem a maior participação (CASTRO; OLIVEIRA; PEREIRA, 2013, p.51).

A formação econômica do município, juntamente com a industrialização do Cariri, inicialmente, ocorreu em decorrência da expansão da agricultura. A abundância de recursos

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naturais, como potencial hídrico, condições climáticas e solos férteis permitiu uma produção diversificada no Vale. A mandioca, a cana-de-açúcar e o algodão ocupavam lugar de destaque, fomentando o surgimento de indústrias para esses segmentos, como os engenhos de rapadura, casas de farinha e indústrias de beneficiamento de algodão (ARAÚJO, 2006).

Uma proposta de planejamento industrial para o interior do Ceará surgiu com o acordo de cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos, em abril de 1962, resultando no Projeto Asimow1. Na tentativa de ampliar recursos e garantir seu projeto de reformas tanto da infraestrutura, quanto produtivas dos municípios contemplados. No município de Barbalha, o referido projeto estimulou a implantação de empresas destinadas à produção de telhas, tijolos, calçados, farinha, doces etc. Porém, os resultados obtidos não foram satisfatórios, uma vez que a maior parte dessas empresas paralisou suas atividades momentos depois. O Plano Asimow enfrentou dificuldades que impediram o pleno êxito do projeto. Os motivos foram os mais diversos: superdimensionamento de plantas, falhas na elaboração dos projetos com insuficiência de estudos preliminares, carências econômicas da região, as condições econômicas nacionais e a escassez de recursos humanos qualificados Foram implantadas no município de Barbalha, pelo Projeto Asimow, as seguintes empresas: CECASA (1962) - fabricação de ladrilhos, telhas e manilhas; IBACIP (1963) - fabricação de cimento Portland; Usina Manuel Costa Filho (1973) - Usina de açúcar. (FUNDETEC, 1998). Dessa forma, podemos perceber que esses projetos, principalmente o Asimow foram importantes para o processo industrial do município, que de acordo com Queiroz (2013):

Barbalha despontava como centro industrial, em razão de aí se achar instalada o único empreendimento remanescente do projeto Asimow, no caso, a Indústria Ibacip e a maior usina de açúcar e álcool, Usina Manoel Costa Filho, em operação na região até o princípio dos anos 2000. Os dois empreendimentos, sediados na zona rural do município, têm origem pernambucana. Um dado característico desse município era a forte presença de população rural, característica que persistiu até o levantamento censitário de 1991. Mas, antes disso, a importância urbana da cidade de Barbalha evidenciava-se por esta sediar a principal unidade de saúde da região, o Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo. Por essas razões, o município conservou o status de polo industrial, de saúde e, também, de lazer da região (QUEIROZ 2013, p.08).

Assim, apesar dos esforços industrializantes citados, a economia do município de Barbalha tem sua base tradicional no comércio e na agricultura, mas se destaca também como importante polo de saúde, sendo considerado um dos melhores do Nordeste. A especialização em serviços de saúdes remonta à fundação do Hospital e Maternidade São Vicente de Paula – HMSVP, em meados de 1943 (ARAÚJO, 2011).

Devido à importância do setor para o município e ao grau de excelência dos serviços de saúde da cidade de Barbalha, a Universidade Federal do Ceará – UFC escolheu a cidade para

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O projeto Asimow consistiu numa iniciativa pioneira na região, em termos de planejamento econômico regional no Cariri, fruto de um convênio firmado entre a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade da Califórnia (UCLA), levada a cabo pelo professor americano Morris Asimow no início dos anos 1960. Consistia numa tentativa de promover a industrialização do vale do Cariri.

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abrigar a Faculdade e Medicina no Cariri. A cidade tem também grande potencial para o proveito turístico: engloba parte da Floresta Nacional do Araripe, possuindo uma estância hidromineral com mais de 30 fontes de águas naturais que se distribuem em um parque aquático temático e dois balneários.

Esse contexto histórico e econômico do município e da região do Cariri serve de base para explicar as relações de trabalho existentes nessa localidade. Assim, adiante, esse estudo passa a discutir o mercado de trabalho formal do município de Barbalha.

3. PERFIL SOCIOECONOMICO DOS TRABALHADOORES FORMAIS DO MUNICÍPIO DE BARBALHA/CE

3.1 Características dos Estabelecimentos e do Mercado de Trabalho Barbalhense

Nesta subseção vamos analisar o comportamento, ao longo dos vinte anos estudados (1996-2016), dos estabelecimentos, dos grandes setores e do número de emprego gerados em cada um deles, tanto pela participação em relação ao total, quanto pela taxa de variação de um ano para o outro.

Com relação à quantidade de estabelecimentos instalados no município de Barbalha, a Tabela 1 mostra que em 1996, o município contava com 137 unidades. Desse total, havia uma concentração em atividades de serviço (40,1%), seguida pelo comércio (35%), indústria (17,5%), construção civil (4,4%) e agropecuária com apenas 2,9%.

No ano seguinte, 2000, o comércio sobe para a primeira posição (38,1%), serviços passam a ocupar a segunda posição (33,5%), o restante permanece nas mesmas posições, porém com taxas diferentes, indústria (17%), construção civil sobe para 10,1% e agropecuária reduz para apenas 1,4%. O total de estabelecimentos varia positivamente em 59,1%, com destaque para o crescimento de 266,7% no número de estabelecimentos da construção civil.

Em 2004, o comércio amplia sua participação para 46,2%, os serviços caem para 27,4% o que pode ser relacionado à inexistência de alteração no número de estabelecimentos desse setor entre 2000/2004. Observou-se ainda redução na indústria e na construção civil, 16,5% e 7,9% respectivamente, e a agropecuária com um ligeiro aumento para 1,9%.

Em 2008, três setores aumentam sua participação: comércio (48%), serviços (28,7%) e agropecuária (3,3%). Indústria e Construção civil diminuem a sua atuação para 15,1% e 4,8% respectivamente. De forma geral, neste ano há um aumento de 24,4% no número de estabelecimentos.

No período, o município segue o movimento do Nordeste, que segundo Carvalho (2014):

Essa etapa atual de crescimento econômico nordestino tem permitido uma ampliação do mercado formal de trabalho, aumentando o número de assalariados com contrato de trabalho em quase 100%. Entre 2000 e 2011, o Nordeste ampliou em 4,1, milhões o número de novos contratos formais de trabalho, o que garante tanto uma presença forte na geração de emprego do país, como um aumento da

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renda familiar média dos trabalhadores da região. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, essa evolução no mercado está marcada pelo aumento de novos postos de trabalho quase exclusivamente no mundo urbano, a exemplo das vagas abertas na indústria de transformação (470 mil novos empregos), na construção civil (400 mil), comércio (850 mil novos postos), serviços (1,2 milhão) e administração pública (1 milhão) (CARVALHO, 2014, 173).

Tabela 1 - Número de estabelecimentos segundo grande setor de atividade econômica - Barbalha

- 1996/2000/2004/2008/2012/2016 Setor de Atividade 1996 2000 Variação (%) 1996/2000 Variação (%) 2000/2004 Abs. (%) Abs. (%) Indústria 24 17,5 37 17,0 54,2 18,9 Construção Civil 6 4,4 22 10,1 266,7 -4,5 Comércio 48 35,0 83 38,1 72,9 48,2 Serviços 55 40,1 73 33,5 32,7 0,0 Agropecuária 4 2,9 3 1,4 -25,0 66,7 Total 137 100 218 100 59,1 22 Setor de Atividade 2004 2008 Variação (%) 2004/2008 Variação (%) 2008/2012 Abs. (%) Abs. (%) Indústria 44 16,5 50 15,1 13,6 34,0 Construção Civil 21 7,9 16 4,8 -23,8 68,8 Comércio 123 46,2 159 48,0 29,3 32,1 Serviços 73 27,4 95 28,7 30,1 38,9 Agropecuária 5 1,9 11 3,3 120,0 136,4 Total 266 100 331 100 24,4 39,6 Setor de Atividade 2012 2016 Variação (%) 2012/2016 Variação (%) 1996/2016 Abs. (%) Abs. (%) Indústria 67 14,5 77 13,5 14,9 220,8 Construção Civil 27 5,8 38 6,6 40,7 533,3 Comércio 210 45,5 245 42,8 16,7 410,4 Serviços 132 28,6 189 33,0 43,2 243,6 Agropecuária 26 5,6 23 4,0 -11,5 475,0 Total 462 100 572 100 23,8 317,5

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria.

Analisando os dados de 2012, observou-se que não ocorreram mudanças significativas na composição dos grandes setores em relação ao número de estabelecimentos, apenas os serviços diminuíram sua participação para 28,6%; a indústria diminui alguns percentuais para 14,5%; o comércio passa a representar 45,5%% dos ocupados; a construção civil aparece com uma participação de apenas 5,8%, ficando um pouco a frente da agropecuária que amplia sua participação para 5,6%.

No último ano em análise, temos em 2016 o pior desempenho da indústria em relação ao número de estabelecimentos ao longo de toda a série histórica, representando apenas 13,5% do total, retração provocada principalmente pelo cenário de crise nesse período. Comércio tem uma

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participação de 42,8%, serviços 33%, construção civil 6,6% e agropecuária 4% do total de estabelecimentos.

De forma geral, comparando o primeiro e o último ano estudado, temos um saldo positivo em todos os grandes setores da economia. O que teve o maior crescimento relativo ao longo da série histórica foi a construção civil (533,3%), seguido da agropecuária (475%), comércio (410,4%), serviços (243,6%) e por último a indústria (220,8%).

Passamos agora à análise dos grandes setores da economia municipal pela ótica do número de trabalhadores juntamente com as suas taxas de participações e variações ao longo de todo o período estudado.

No que concerne ao número de trabalhadores empregados no mercado formal de trabalho barbalhense (Tabela 2), temos um total em termos absolutos de 3.215 indivíduos em 1996, dos quais 47,6% estão concentrados no setor de serviços, seguidos da indústria com 45,4%. Comércio, construção civil e agropecuária, quando somados chegam apenas a 7,1% do total de empregos formais no município desse ano.

Cabe destacar que o setor industrial expande participação relativa por consequência do movimento de alguns anos atrás, em que no Nordeste, sobretudo no Ceará, em meio a uma fase marcada pelo processo de liberalização da economia nacional e pela ausência de uma política de desenvolvimento industrial, com o esvaziamento da instituição coordenadora do planejamento regional, iniciaram uma estratégia de concessão de incentivos, conhecida como “guerra fiscal” (CARVALHO, 2014).

A iniciativa coincidiu com um período no qual indústrias do Sul e do Sudeste buscavam resolver problemas causados pelas deseconomias de aglomeração nos grandes centros, migrando para espaços menos saturados a fim de reduzir os custos de produção em outras regiões. Muitas empresas intensivas de mão de obra, como as das indústrias têxtil e de calçados, deslocaram-se para o Nordeste, aproveitando os salários mais baixos (CARVALHO, 2014, p. 166).

No ano seguinte, em 2000, o setor de serviços, que antes estava bem próximo ao setor industrial, aumenta substancialmente sua participação para 52%, enquanto a indústria sofre uma variação negativa de 15,4%, reduzindo sua participação para 36,5%. Comércio e construção civil elevam seus percentuais, e agropecuária varia negativamente 35,1%, e passa de 1,2% em 1996 para 0,7% em 2000. No total do ano, o número de empregos varia apenas 5,2% positivamente.

Em 2004, temos o setor de serviços crescendo 27% em relação ao ano anterior, porém diminuindo a sua participação para 46,8%, provocado principalmente pelo crescimento de 66,6% da indústria, que amplia a sua participação para 43,1%. O setor de comércio também tem um crescimento de 42,7%, apesar disso sua participação mantém quase constante. Ademais a construção civil e agropecuária variam de forma negativa 6% e 62,5% respectivamente. No total do ano, o número de empregos tem a sua maior variação durante toda a série histórica de 41,3%.

Este contexto local é um reflexo do cenário nacional, que reflete esse crescimento da indústria que segundo Gurgel (2013):

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A emergência de novos conjuntos espaciais, polarizadores do crescimento da população urbana, que passaram a desempenhar o papel de centros metropolitanos à escala regional, reflete o dinamismo socioespacial do interior do país. Na última década, por exemplo, a indústria brasileira cresceu nas cidades médias e nas franjas peri-metropolitanas, convertendo esses territórios em polos de atração de migrações internas e inter-regionais (GURGEL, 2013, p. 81). Tabela 2 - Número de trabalhadores formais segundo grande setor de atividade econômica -

Barbalha - 1996/2000/2004/2008/2012/2016

Setor de Atividade 1996 2000 Variação (%)

1996/2000 Variação (%) 2000/2004 Abs. (%) Abs. (%) Indústria 1459 45,4 1235 36,5 -15,4 66,6 Construção Civil 75 2,3 84 2,5 12,0 -6,0 Comércio 115 3,6 279 8,2 142,6 42,7 Serviços 1529 47,6 1760 52,0 15,1 27,0 Agropecuária 37 1,2 24 0,7 -35,1 -62,5 Total 3215 100 3382 100 5,2 41,3

Setor de Atividade 2004 2008 Variação (%)

2004/2008 Variação (%) 2008/2012 Abs. (%) Abs. (%) Indústria 2058 43,1 2116 35,8 2,8 35,9 Construção Civil 79 1,7 121 2,0 53,2 -31,4 Comércio 398 8,3 665 11,3 67,1 119,2 Serviços 2235 46,8 2959 50,1 32,4 18,9 Agropecuária 9 0,2 46 0,8 411,1 226,1 Total 4779 100 5907 100 23,6 36,9

Setor de Atividade 2012 2016 Variação (%)

2012/2016 Variação (%) 1996/2016 Abs. (%) Abs. (%) Indústria 2876 35,6 2456 26,9 -14,6 68,3 Construção Civil 83 1,0 162 1,8 95,2 116,0 Comércio 1458 18,0 1764 19,3 21,0 1433,9 Serviços 3519 43,5 4490 49,2 27,6 193,7 Agropecuária 150 1,9 261 2,9 74,0 605,4 Total 8086 100 9133 100 12,9 184,1

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria.

No ano de 2008, todos os setores variam positivamente, porém com taxas distintas. O setor de serviços cresce 32,4%, mantendo a sua posição de maior representatividade dentre o total de empregos formais. A indústria tem um desempenho muito baixo, crescendo apenas 2,8%, mantendo também a sua posição de segundo setor que mais emprega. O comércio tem um salto de 67,1%, acompanhado da construção civil com 53,2%, e agropecuária que vinha de variações negativas cresce entre 2004 e 2008 411,1%, o que pode estar associado à entrada e/ou fortalecimento do agronegócio em Barbalha, por exemplo, o Sitio Barreiras (empresa de produção de bananas presente em diversos estados do Nordeste). No total do ano, o número de empregos tem a sua variação de 23,6%.

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Analisando os dados de 2012, constatou-se que não ocorreu muita diferença na composição dos grandes setores em relação a sua participação, apenas os serviços diminuíram sua participação para 43,5% (apesar do crescimento de 18,9%); a indústria se mantém na casa dos 35% com uma variação positiva de 35,9%; o comércio cresce 119,2% passando a representar 18% dos ocupados; construção civil tem o seu pior desempenho com uma participação de apenas 1%, ficando atrás da agropecuária que amplia sua participação para 1,9%.

No último ano em análise, temos em 2016 um encolhimento da indústria, variando de forma negativa em 14,6%, tendo o pior desempenho desse setor na geração de empregos, participando apenas de 26,9%. Os demais setores tem crescimento, com destaque ao setor de agropecuária que tem a sua maior taxa de participação 2,9%. O decrescimento da indústria está diretamente relacionado com o cenário de crise, bem como o baixo desempenho que esse setor, sendo associado ao fechamento e/ou enfraquecimento de unidades industriais sediadas no município, como foi o caso da empresa Bom Sinal Indústria e Comércio Ltda., empresa de fabricação de VLT’s (Veiculo Leve Sobre Trilhos), por exemplo.

Comparando o primeiro e o último ano estudados, tem-se, de forma geral, um saldo positivo em todos os grandes setores da economia. O que teve o maior crescimento ao longo da série histórica foi o comércio (1.433,9%), seguido da agropecuária (605,4%), serviços (193,7%), comércio (116%) e por ultimo a indústria (68,3%).

Historicamente, pode-se observar no Gráfico 1 que a maior participação na geração de empregos é representada pelo setor de serviços. Ele passa por algumas oscilações ao longo do tempo, porém mantendo a sua posição, aparecendo em 2016 com 49,2% de participação.

Os serviços cumprem, também, papel importante na organização do espaço, pois são elementos fundamentais na hierarquização dos centros urbanos, além de condição indispensável para sua articulação (MORAIS e MACEDO, 2014).

O lugar dos serviços na economia mundial na atualidade é primordial pela função de facilitar todas as transações econômicas não apenas fornecendo insumos essenciais para as demais atividades, mas também permitindo inter-relacionamentos para frente e para trás (for Wards and back Wards effects) para o desenvolvimento dos polos de crescimento, ou seja, os serviços são as atividades que mantém qualquer economia integrada (KON, 1997, p. 488).

Nota-se que o município segue a tendência no Nordeste, que de acordo com Santos e Moreira (2006), o setor de serviços representou o setor mais dinâmico da região Nordeste.

O setor industrial, que começa a série em 1996 com 45,4% de participação, passa por um processo de arrefecimento, chegando em 2016 com apenas 26,9%. Vale ressaltar que apesar dessa queda, o setor se mantém na segunda posição durante todo o período analisado, o que irá refletir, por exemplo, o processo de desindustrialização que vem ocorrendo no Brasil.

Em contrapartida, o setor que mais evoluiu foi o de comércio. Em 1996, representava apenas 3,6% dos ocupados e em 2016 esse percentual sobe para 19,3%. Fica nítido que boa parte da mão de obra industrial é absorvida pelo comércio, dada à evolução da segunda e a

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redução da primeira. Esse bom desempenho do comércio é dado pelo aumento da demanda desse setor, provocado principalmente pela expansão da renda, com uma melhoria do poder aquisitivo do salário mínimo, programas de transferência de renda e expansão do crédito (políticas macroeconômicas e sociais), as quais estimularam, em âmbito local, o aumento da renda municipal e a circulação de mercadorias.

Gráfico 1 - Participação dos grandes setores de atividade econômica - Barbalha -

1996/2000/2004/2008/2012/2016

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria.

Os setores da construção civil e agropecuária têm um pequeno crescimento ao longo do tempo. Os dois juntos, em 1996 representavam apenas 3,5% dos empregos gerados, e em 2016 esse percentual passa a ser de 4,6%.

A construção civil, outro setor dinâmico e intensivo de mão-de-obra, é muito incipiente em Barbalha. Apesar de reconhecer a importância do setor no desenvolvimento econômico e na geração de emprego e renda, não se pode desconhecer o fato de este registrar um grau de informalidade acentuado na maioria das relações de trabalho. Outro exemplo parecido é a agropecuária, que, embora aglutine grande contingente de pessoas ocupadas, ainda registra grandes índices de informalidade, também, o que pode justificar os números que se seguem nos gráficos apresentados (MACAMBIRA, 2008, p. 20).

Em síntese, pode-se afirmar que o município em análise tem sua economia voltada, especialmente, para o terciário, motivadas pelas inúmeras atividades na área de serviços, e de um comércio diversificado, principalmente pelos eventos religiosos que tanto impulsionam a economia local. Destarte, ainda, o papel da indústria, uma forte aliada na geração de emprego e renda para a população local e pelo grau de oportunidades que são geradas para os munícipes (MACAMBIRA, 2008). 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 60.0 1996 2000 2004 2008 2012 2016

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3.2 Perfil Demográfico e Socioeconômico dos Empregados Formais do Município de Barbalha

No que diz respeito ao perfil dos trabalhadores inseridos no mercado de trabalho formal barbalhense, segundo a Tabela 3, no ano de 1996 havia 3.215 trabalhadores, desse total, 61% (1.960) são do sexo masculino e 39% (1.255) equivale à participação feminina dos trabalhadores.

No ano 2000, o número absoluto de homens no mercado formal de trabalho sofre uma variação negativa de 9,6%, passando para um montante de 1.772. Diminui, então, a sua participação no total de empregos comparando com o ano anterior, haja vista que os homens passam a compor 52,4% do total de empregos formais do ano de 2000 (3.382) e aumenta a participação feminina para 47,6%, que apresentou uma variação positiva de 28,3% se comparado os anos de 1996 e 2000.

Em relação ao ano seguinte da série, 2004, ambos os sexos tiveram variações positivas ao se comparar os anos 2000 e 2004, com a maior variação para o masculino (49,1%) e a feminina com 32,7%. Apesar da variação positiva, a participação feminina diminui para 44,7% (2.137), ocorrendo um aumento na participação masculina para 55,3% (2.642) do total em empregos do ano de 2004 (4.779).

Tabela 3 - Número e participação de trabalhadores no mercado formal de trabalho segundo o

sexo - Barbalha - 1996/2000/2004/2008/2012/2016 Sexo 1996 2000 Variação (%) 1996/2000 Variação (%) 2000/2004 Abs. (%) Abs. (%) Masculino 1960 61,0 1772 52,4 -9,6 49,1 Feminino 1255 39,0 1610 47,6 28,3 32,7 Total 3215 100 3382 100 5,2 41,3 Sexo 2004 2008 Variação (%) 2004/2008 Variação (%) 2008/2012 Abs. (%) Abs. (%) Masculino 2642 55,3 3223 54,6 22,0 41,8 Feminino 2137 44,7 2684 45,4 25,6 31,0 Total 4779 100 5907 100 23,6 36,9 Sexo 2012 2016 Variação (%) 2012/2016 Variação (%) 1996/2016 Abs. (%) Abs. (%) Masculino 4570 56,5 5066 55,5 10,9 158,5 Feminino 3516 43,5 4067 44,5 15,7 224,1 Total 8086 100 9133 100 12.9 184,1

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria.

Nos três últimos anos analisados, 2008, 2012 e 2016 ocorre certa uniformidade (com pequenas oscilações) no comportamento dessas participações. Com a participação masculina de 54,6% em 2008, passa para 56,5% em 2012 e finaliza o período com 55,5% em 2016. A participação feminina representava 45,4% em 2008, diminui para 43,5% em 2012 e volta a crescer para 45,5% no ultimo ano analisado.

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Destaca-se a variação de 2012/2016 é que apresenta a menor taxa de crescimento de todo o período estudado para o sexo feminino (15,7%) e a segunda menor taxa para o sexo masculino (10,9%).

Ainda na Tabela 3, podemos perceber que, de forma geral, comparando o primeiro e o ultimo ano, as variações foram positivas, o que mostra um avanço no emprego formal do município, com destaque ao sexo feminino que, apesar de historicamente ter a menor participação ao longo dessa série, apresentou a maior taxa de crescimento, se observado a variação 1996/2016 (224,1%).

Passando para a análise da disposição dos trabalhadores por sexo em cada grande setor de atividade econômica, os dados do Gráfico 2 demonstram que a participação masculina, historicamente esta concentrada na indústria, com destaque para o ano de 1996, em que essa participação era de 42,6% do total de empregos do ano. Porém, essa grande participação vai perdendo espaço principalmente para o setor de serviços, reduzindo-se ao menor nível (20,4%) do período estudado no ano de 2016.

O emprego feminino tem sua maior participação na série no setor de serviços, acompanhada de um aumento até o ano de 2012 do setor industrial, ano este que apresentou a maior participação (9,7%) de mulheres na indústria, já no ano de 2016 essa atuação tem uma diminuição (6,4%).

Gráfico 2 - Participação de trabalhadores formais nos grandes setores de atividade econômica

segundo o sexo - Barbalha - 1996/2000/2004/2008/2012/2016

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria.

O setor do comércio sempre ficou em terceiro lugar para ambos os sexos, aumentando a sua participação ao longo do período. Os setores de construção civil e agropecuária são os que possuem as menores taxas de participações, e podemos observar que esses setores empregam pouco (ou nem empregam) mão de obra feminina formal.

0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 45.0 M F M F M F M F M F M F 1996 2000 2004 2008 2012 2016

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Assim, os dados da pesquisa estão alinhados com os resultados de Macambira (2008), o qual afirma que o total de homens com vínculo empregatício esteve acima do verificado para as mulheres principalmente no setor industrial, porém, é inegável o espaço da mulher no mercado de trabalho desse município, principalmente nas atividades dos serviços e comércio.

Com relação à faixa etária, os dados do Gráfico 3 mostram que os indivíduos com até 17 anos apresentam baixa inserção no mercado de trabalho formal com participações que não chegam nem a 1%, o que pode se caracterizar como um dado positivo se os indivíduos dessa faixa estiverem inseridos na escola.

Já os jovens de 18 a 24 anos apresentam uma relativa melhora e se encontram em quarto lugar ao longo do período sempre com participações acima de 15% (apenas no último ano ocorre uma queda para 13,5%), podendo ser consequências da implantação de programas voltados ao primeiro emprego, como por exemplo, o Programa Jovem Aprendiz.

Em terceiro lugar está à geração seguinte, o grupo de 25 a 29 anos, que mantém sua participação com uma pequena elevação ao longo do tempo, mas que também sofre uma diminuição no ano de 2016.

Gráfico 3 - Participação de trabalhadores formais segundo faixa etária - Barbalha -

1996/2000/2004/2008/2012/2016

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria.

No grupo de 30 a 39 anos, esse abrange a maior parte dos empregos formais do município, ficando em primeiro lugar. Ao longo do tempo essa faixa vai sofrendo algumas oscilações, mas em 2016, ao contrário dos grupos anteriores, aumenta sua participação (sobe para 34,4%) e atinge o ponto máximo. Esse resultado está de acordo com a tendência do estado do Ceará, expresso em Queiroz et al. (2016):

Analisando o mercado de trabalho formal do Ceará pela variável faixa etária temos: no que se refere ao grupo de 30 a 39 anos, esse concentra a maior parte 0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 1996 2000 2004 2008 2012 2016 Até 17 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais {ñ class}

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dos empregados, com um volume de 61.639 mil (24,94%) em 2006, aumentando para 88.707 mil (32,03%) em 2014 (QUEIROZ et al., 2016, p.12).

No tocante a população de 40 a 49 anos, essa teve uma absorção significante pelo mercado de trabalho, tanto que se mantém em segundo lugar no decorrer dos anos analisados. Esse grupo apresenta certa uniformidade, sofrendo pouca alteração, e igual ao grupo anterior, no ano de 2016 alcança o pico da sua participação, passando a integrar 22% do total de empregos formais do ano.

Os indivíduos com idade de 50 a 64 anos permanecem em quinto lugar em toda a série, e o que pode se destacar é o seu aumento no último ano analisado, em que esse grupo quase se iguala a participação do grupo de 18 a 24 anos.

O caso da população de 65 anos ou mais é semelhante ao grupo dos indivíduos com até 17 anos, porém consegue atingir níveis de participações acima de 1%. Baixa participação que pode ser entendida pelo fato da maioria estar aposentados e/ou falta de demanda por trabalhadores nessa idade.

Considerando o nível de instrução, no Gráfico 4 fica evidente a evolução educacional do município. Em 1996, 59% da população empregada eram analfabetas ou tinham apenas o fundamental incompleto, ocupando o primeiro lugar, já no ano 2000 esse percentual cai para 41,3% e segue essa tendência de queda até chegar ao seu menor nível de participação em 2016 que foi de 9,2%, colocando essa faixa de pessoas quase na última posição quanto à participação. Este resultado pode ser associado ao processo de produção flexível, em que os trabalhadores precisam ser qualificados para poderem participar do processo produtivo.

Gráfico 4 - Participação de trabalhadores formais segundo nível de instrução - Barbalha -

1996/2000/2004/2008/2012/2016

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria.

O segundo grupo analisado, que é o de trabalhadores com o ensino fundamental completo e médio incompleto, segue uma tendência inicial de aumento até o ano de 2004, onde

0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 60.0 70.0 1996 2000 2004 2008 2012 2016

Sem Instrução até Fundamental Incompleto Fundamental Completo até Médio Incompleto Médio Completo até Superior Incompleto Superior Completo

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representava 18,6% (ano com maior participação desse segmento), depois ocorre um ponto de inflexão, e essa participação começa a se reduzir a partir de 2008 e segue esse movimento até 2016, apresentando com 14% de participação.

Em contrapartida a esses movimentos de reduções dos dois últimos grupos, os indivíduos do grupo de médio completo/superior incompleto, que em 1996 representavam 21,5% e ocupavam o segundo lugar, e, depois de 2004, passaram a compor o grupo com maior representatividade dentre o total de trabalhadores, e alcançaram, em 2016, a sua maior participação ao longo da série, com 59%. Isso se deveu as imposições do mercado, que cada vez mais demanda mão de obra qualificada.

Outro ponto positivo em relação ao nível de instrução foi o significativo aumento de pessoas com o ensino superior completo, que no ano de 1996 representavam apenas 6,8% do total de pessoas empregadas no mercado de trabalho formal, e ocupavam quase a última posição, chegaram, em 2016, a maior participação durante o período estudado (17,7%). Destaque para o ano de 2008, em que essa participação mais que dobra (16,6%) se comparado com a participação do ano de 2004 (7,7%). Esse resultado mostra um avanço nos níveis de escolaridade do município.

Como destaque negativo, pode-se elencar a participação irrisória de indivíduos com mestrado atuantes no mercado de trabalho formal de Barbalha, e não houve registros de pessoas com doutorado. Esse resultado mostrou que o município não demanda mão de obra qualificada, com nível de instrução mais elevado.

Quanto ao tempo de permanência dos trabalhadores no emprego, observa-se, segundo o Gráfico 5, em 1996, 34,8% do total de trabalhadores permaneciam menos de um ano no emprego, contudo esse percentual diminui, apresentando, em 2016, a segunda menor participação (19,6%).

Gráfico 5 - Participação de trabalhadores formais segundo tempo de emprego - Barbalha -

1996/2000/2004/2008/2012/2016

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria. 0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 1996 2000 2004 2008 2012 2016

Menos de 1 ano 1 a menos de 3 anos 3 a menos de 5 anos 5 ou mais anos {ñ class}

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Trabalhadores que ficam no emprego de um a menos de três anos, que em 1996 representavam 28,8%, reduziram sua participação em 2000 para 23,3% (menor participação ao longo do tempo), e voltaram a aumentar nos dois anos seguintes (2004 e 2008), oscilando pra baixo de novo em 2012, finalizando a série em 2016 com 28,2%, quase o mesmo percentual de participação do início da série em 1996.

Historicamente, no município de Barbalha, a participação dos trabalhadores que permanecem no mesmo emprego na faixa de tempo de três a menos de cinco anos é a menor participação dentre os outros grupos. Apesar disto, o percentual dos mesmos cresceu ao longo do tempo, haja vista que em 1996 detinham 8,8% do total de empregos e em 2016 passaram a compor 14,2%.

O último grupo a ser analisado no Gráfico 5, o de trabalhadores que continuam no emprego cinco ou mais anos. Este grupo é o que mostrou a maior evolução na sua participação, uma vez que em 1996 representavam 27,6% do total de empregos, seguindo uma trajetória ao longo dos anos com pequenas oscilações e finalizando o período no ano de 2016 com 38% de participação (maior participação ao longo da série histórica e de qualquer outro grupo).

Diante desses resultados destacaram-se dois cenários: um grupo de trabalhadores com grande rotatividade diminuindo a sua participação, e um grupo com baixa rotatividade, ampliando a sua participação, mostrando que a instabilidade do emprego formal no município tende a diminuir.

O Gráfico 6 expõe a caracterização dos vínculos em relação às horas trabalhadas. Observa-se que os trabalhadores com uma jornada de trabalho de até quinze horas semanais têm a menor representação durante todo o período estudado. Em 1996, representavam apenas 1,2% dos ocupados, e em 2016 esse percentual diminui para 0,8%.

Gráfico 6 - Participação de trabalhadores formais segundo horas trabalhadas por semana -

Barbalha - 1996/2000/2004/2008/2012/2016

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria. 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 60.0 70.0 80.0 1996 2000 2004 2008 2012 2016

Até 12 horas 13 a 15 horas 16 a 20 horas 21 a 30 horas 31 a 40 horas 41 a 44 horas 45 a 48 horas {ñ class}

(18)

Com relação a terceira faixa analisada (16 a 20 horas), a mesma, em 1996, representava 16,8% do total de empregados, porém, constatou-se um movimento de redução brusca, principalmente no ano de 2004, atingindo 3,2%. A mesma aumenta a partir de 2008 e finaliza 2016 com 8,6%.

A quarta faixa, a dos trabalhadores com carga horária semanal entre vinte e um e trinta horas, tem um aumento entre os dois anos iniciais, passando de 5,9% em 1996 para 6,9% em 2000, e a partir de 2004 sofre um processo de arrefecimento e chega em 2016 com apenas 4,2% de participação.

No grupo seguinte (31 a 40 horas) tem-se uma evolução significativa de 1996 até 2008, passando de 10,5% para 29,4% respectivamente, porém com uma queda no ano de 2012 e terminando a série em 2016 com 20,9% de participação.

Em relação ao grupo de indivíduos com a carga horária entre quarenta e um e quarenta e quatro horas semanais, historicamente, este representa a maior parte dos trabalhadores formais do município. Ao longo do tempo sofre pequenas oscilações, chegando em 2012 a representar 69,2% dos trabalhadores. Acima de quarenta e quatro horas de jornada de trabalho, a participação é nula, com isso podemos percebe-se o papel importante da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que determina uma carga horaria semanal para os trabalhadores e a adequação do emprego formal do município a esses critérios.

No que concerne ao rendimento dos trabalhadores inseridos no mercado de trabalho formal, observou-se através dos dados expostos no Gráfico 7, que os trabalhadores pertencentes a faixa até um salário mínimo, seguem uma trajetória de queda ao longo do período, haja vista que, em 1996 representavam 27,4% do total de trabalhadores e finalizaram em 2016 representando apenas 12,4%. Percebe-se então uma maior adequação à legislação que exige pagamentos de salário mínimo para os trabalhadores.

Pode-se afirmar que a maior concentração, no período estudado, está na faixa de 1 a 2 salários mínimos, visto que, em 1996 havia 39,2% dos ocupados com essa remuneração. A participação desse grupo só aumenta no decorrer do tempo e alcança seu máximo no ano de 2012, em que passa a representar 71,2% do rendimento dos trabalhadores, e encerra o período em 2016 com uma redução para 65,8%. Apesar da redução, continuou a representar a faixa salarial predominante no município.

Assim, contrastando os dados com Carvalho (2014) observa-se que no município predominou rendimento superior a média da região Nordeste, haja vista que:

Com um perfil pobre e urbano, o Nordeste possui mais da metade dos trabalhadores brasileiros que recebem o piso salarial nacional. De acordo com a PNAD/IBGE (2006), enquanto 35,9% dos trabalhadores do país vivem com esse rendimento, na região essa fatia sobe para 62,1%, Portanto, toda e qualquer elevação no valor desse piso provoca alterações no poder de compra da maioria dos seus assalariados. Como, nos últimos dez anos (2003-2013), o salário mínimo no país teve um aumento nominal de 239%, com aumento real de 70,49%, o Nordeste foi diretamente beneficiado (CARVALHO, 2014, p. 174).

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Gráfico 7 - Participação de trabalhadores formais segundo o rendimento em salário mínimo -

Barbalha - 1996/2000/2004/2008/2012/2016

Fonte: RAIS – Ministério do Trabalho e Emprego, elaboração própria.

Para os que auferiram rendimentos entre 2 e 3 salários mínimos, essa classe de rendimento está na quarta posição com 10,1% em 1996, passando para a terceira posição a partir de 2000, e mantem até chegar na segunda posição em 2016, aumentando sua participação para 13,1% do total de ocupados.

Quanto ao grupo de indivíduos que receberam entre 3 e 5 salários, observou-se uma dinâmica quase estável na sua participação, porém com uma ligeira redução, principalmente após o ano de 2008, e encerraram o período em 2016 representando uma participação de 5%.

Em relação aos trabalhadores que ganham acima de 5 salários mínimos, somando-se as três últimas faixas de rendimentos, constatou-se que em 1996 elas representavam 5,6%, sendo este percentual o maior em toda a série histórica. A soma dessas faixas alcança o menor percentual no ano de 2012 com 2,4%, mas finaliza o período em 2016 com 3,2% de participa ção. Esse dado revela que, no município de Barbalha, os bons salários estão aglomerados nas mãos de poucos indivíduos e que a tendência, ao longo do recorte temporal analisado, é ser cada vez mais concentrador. Esse problema gera disparidades e desigualdades sociais explícitas no mercado de trabalho do município, as quais seguem a tendência nacional apontada por Macambira (2008):

O Brasil é um dos países com maior concentração de renda do mundo. Não obstante os avanços nos últimos anos, como se pode perceber pela queda do índice de Gini de 2001 a 2007, por exemplo, a riqueza nacional ainda é muito centrada nas mãos de poucos. Quando se analisam rendimentos do trabalho, por exemplo, nota-se o quanto é desproporcional a relação empregados versus salários, ou seja, são muitos os trabalhadores nas faixas de menor salário e poucos os trabalhadores, nas de maior salário. Essa realidade é muito comum no cenário regional brasileiro. Ademais, o achatamento salarial vivido no país nas últimas décadas tem ampliado ainda mais as fortes diferenças de salários, sobretudo, na parcela dos empregados que se enquadram nas faixas de menor salário, que são a maioria da população ocupada (MACAMBIRA, 2008, p.25). 0.0 10.0 20.0 30.0 40.0 50.0 60.0 70.0 80.0 1996 2000 2004 2008 2012 2016 Até 1 SM 1 a 2 SM 2 a 3 SM 3 a 5 SM 5 a 10 SM 10 a 20 SM Mais de 20 SM {ñ class}

(20)

Outra questão a ser enfatizada, diz respeito ao contraste entre os resultados dos Gráficos 4 e 7, haja vista o primeiro expôs elevação dos níveis de escolaridade, os quais não se refletiram em maiores rendimentos para os trabalhadores, conforme Gráfico 7.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O município de Barbalha possui papel importante no contexto social, político e econômico na Região do Cariri, assim como no Estado do Ceará. O município apresenta traços culturais bem típicos e, ao mesmo tempo, bem diversificados. O caráter singular de suas culturas também se manifesta em seu mercado de trabalho, quando se identifica a predominância, por exemplo, do setor terciário em sua economia, o que justifica ainda mais as especificidades do comércio e serviços, impulsionados pela religiosidade e turismo ecológico da região, que é responsável direta pelas movimentações de emprego e renda destes importantes setores.

Os resultados apresentados na presente estudo, levando como referência a abordagem ao campo de estudo, no que concerne aos dados da RAIS, mostram que no período pesquisado, 1996 a 2016, houve uma variação positiva em todos os setores da economia, se comparado o primeiro e último ano da série histórica, de 1.433,9% no Comércio, seguido da Agropecuária com 605,4%, Serviços com 193,7%, Construção Civil 116% e por fim a Indústria com 68,3%, em termos de geração de emprego formal do município. Por outro lado, a indústria tem desempenho importante no desenvolvimento local, com a presença de grandes estabelecimentos e empregos.

Mesmo com forte presença do homem no mercado de trabalho (particularmente na indústria), a mulher ocupa espaço destacado no município, com participações relevantes no âmbito do emprego formal, especialmente no setor de serviços.

Outra variável que se destaca é a significativa concentração de trabalhadores com baixo nível de escolaridade no início da série histórica (59%). Essa questão sofre profundas transformações ao longo do tempo, apresentado no final da análise, uma evolução no nível de instrução dos trabalhadores, com 59% no médio completo/superior incompleto e 17,7% com ensino superior completo.

Com relação aos rendimentos verificou-se que o grande contingente dos trabalhadores auferem rendimentos entre 1 e 2 salários mínimos apesar da melhora na qualificação dos trabalhadores barbalhense, não houve resposta no tocante aos rendimentos desses, contradizendo a teoria do capital humano. Na verdade, a maioria dos trabalhadores desloca-se das faixas de rendimentos mais elevadas e concentram-se significativamente nas faixas mais baixas.

O que se constatou no presente estudo foi certa precarização do mercado de trabalho formal do município, no sentido de que os trabalhadores, em sua maioria, apresentarem uma carga horária semanal longa, com salário relativamente baixo apesar do nível de escolaridade média e com uma taxa de rotatividade do emprego reduzida, essa taxa pode ser compreendida

(21)

pelo fato de que mais ou menos um quinto da população esta inserida na Administração Pública, que se caracteriza como um subsetor da economia com baixa rotatividade.

Destarte, espera-se que este trabalho tenha sido suficiente para chamar atenção para o mercado de trabalho formal do município de Barbalha, uma vez que este compõe parcela importante da economia da Região Metropolitana do Cariri e do Estado do Ceará, despertando o interesse dos leitores em estudos futuros, pois esse trabalho contribuiu na ampliação da literatura sobre o mercado de trabalho do município, bem como informar aos gestores públicos e a mentalidade coletiva para este assunto.

REFERÊNCIAS

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econômica no cariri cearense. 229p. Tese (Doutorado em Sociologia – Universidade Federal do

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Economia NE, Fortaleza, v. 45, n. 3, p. 160-184, 2014.

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Referências

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