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Entrevistando Famílias

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Academic year: 2021

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(2)

Estágios da Entrevista

com Famílias

1)

ENGAJAMENTO

2)

AVALIAÇÃO

3)

INTERVENÇÃO

4)

FINALIZAÇÃO

(3)

Estágios da Entrevista com Famílias

1. Engajamento

Engajamento: Quando se aproxima da

família, deixando-a confortável.

- Remover obstáculos das relações com as famílias

(experiências negativas anteriores; famílias que não estão abertas às conversas; falta de clareza sobre o propósito da conversa).

- Demonstrar empatia, atenção e responder com simpatia. - Criar um relacionamento colaborativo (As famílias devem ser sempre convidadas a participar de todas as etapas do processo de enfermagem) ;

(4)

Engajamento:

Construção de um contexto relacional terapêutico

-

Primeiro contato é fundamental

! (Boas maneiras)

-

A família precisa “sentir” que o enfermeiro é

confiável, eficiente e competente – base para a

construção de bons relacionamentos com as

famílias.

*

O relacionamento entre a família e os profissionais de saúde é o elemento central do Cuidado Centrado na Família.

Harrison TM. Family-Centered Pediatric Nursing Care: State of Science. J Pediatr Nurs. 2010; 25(5): 335-43.

* Relacionamentos não são o “centro” do cuidado, eles são o próprio cuidado.

(5)

1. Engajamento

 Construir genograma (“quebra de gelo”).

 O profissional deve ocupar o mesmo período de tempo

com cada membro da família.

 Sugere-se que seja feita a mesma pergunta ou

pergunta semelhante a cada um para reunir informações sobre determinado tópico.

Ex. pergunta para família:

- O que foi mais útil ou inútil em seus relacionamentos anteriores com profissionais da saúde?

(6)

2. Avaliação

O profissional deve abrir espaço para a família

contar sua história.

**O relacionamento deve ser colocado acima da

necessidade de estabelecer o foco.

**Alguns pacientes/famílias em crise precisam contar

suas histórias antes de tentar organizar suas

(7)

Avaliação da Família

Primeiro passo no processo de trabalho com

famílias;

Coletar informações necessárias para intervir em

problemas atuais;

Gera dados de natureza qualitativa ou descritiva;

A avaliação inicial geralmente é superficial:

(tempo/sensibilidade do profissional/ condição

da família).

(8)
(9)

MCAF

 É importante que cada enfermeiro decida quais as

subcategorias relevantes e apropriadas para exploração e avaliação com cada família e a cada momento no tempo.

Não é necessário explorar todas as categorias e subcategorias da avaliação familiar

 O uso do MCAF implica em fazer perguntas à família com o propósito

expresso de obter um rápido flash de sua estrutura, desenvolvimento e funcionamento em um determinado momento no tempo.

(10)

Estágios da Entrevista com Famílias

2. Avaliação

a)

Identificação do problema: explorar as

preocupações,

queixas,

problemas

principais e/ou sofrimentos presentes na

família;

Identificar os problemas mais preocupantes para a família no momento, e quais as mudanças que ela gostaria de ver em relação a esses problemas – explorar a percepção de cada membro familiar!

**O profissional não pode estar mais preocupado com os

(11)

Estágios da Entrevista com Famílias

2. Avaliação

 Exs. de perguntas para identificação do problema:

- “Se apenas uma pergunta sua fosse respondida, qual seria?” – ajuda a

identificar a principal preocupação/ sofrimento, e dar foco para a conversa.

- “Quem, na família, está mais preocupado com o problema?” - ajuda a

compreender o contexto relacional da preocupação.

- “ Juntamente com sua doença e sintomas, houve outras alterações

recentes na família?”- aborda o estresse e mudanças familiares.

- “ Como sua família pode ser útil para ajudar a lidar com o problema?”

(12)

Estágios da Entrevista com Famílias

2. Avaliação

b)

Relação entre interações familiares e

problema de saúde:

explorar as respostas típicas

da família ao problema de saúde apresentado e

como ele está afetando a vida familiar e os

relacionamentos.

Ex.

“ De que maneira esse problema tem afetado a

relação entre os membros da família?”

**O problema pode estar entre eles mesmos como membros da família ou entre eles e o profissional.

(13)

Estágios da Entrevista com Famílias

2. Avaliação

b)

Relação entre interações familiares e

problema de saúde:

Durante essa fase da entrevista deve-se descrever:

- a sequência do desenvolvimento do problema em

relação ao tempo e à interação do problema no contexto atual,

- se a família acredita ter controle sobre o problema, - os momentos em que o problema se mostrou

- o que os membros da família apreciam de seus

esforços pessoais e cooperativos para trabalhar em conjunto.

(14)

Estágios da Entrevista com Famílias

2. Avaliação

c) Soluções experimentadas: profissional e família

conversam sobre as soluções e seus efeitos sobre as

questões apresentadas.

 “ Quais melhoras você notou desde a primeira vez que entrou

em contato com nossa equipe?”

 “Vocês tentaram obter informações de médicos e enfermeiras

sobre a condição de João em hospitalizações anteriores?”

 “O que a família já tentou fazer para resolver esse problema?”  “ Outros serviços tentaram ajudá-los nesse problema?

 “Qual foi o conselho mais útil que receberam? Vocês seguiram

(15)

Estágios da Entrevista com Famílias

2. Avaliação

d)

Exploração de objetivo:

reunir as informações e a família especificar quais objetivos, mudanças ou resultados estão buscando.

 Os membros da família podem ter expectativas de

uma grande mudança ou uma pequena mudança.

 Em muitos casos, uma pequena mudança é suficiente.  A mudança no comportamento de uma pessoa pode

causar profundos efeitos de longo alcance no comportamento de todos os envolvidos.

 “Que mudanças a família acredita que irão ajudar a melhorar

o problema?”

 “ Quais as expectativas sobre a forma como nós podemos

(16)

Pontos chaves durante a Avaliação:

1. Quem está no sistema familiar?

2. Como é o sistema familiar? Quais os subsistemas importantes e os tipos de relacionamento entre eles? 3. Quais são alguns dos suprassistemas significativos aos

quais a família pertence? Como é a relação da família com eles?

4. Qual é a história da família?

* A história passada não pode ser ignorada, mas deve ser integrada para ajudar a explicar o funcionamento atual.

5. Quais são os principais problemas/ preocupações da família?

6. Quais são os recursos e forças da família? Como costumam resolver seus problemas? Quem costuma ajudar a família?

(17)

Pontos chaves durante a Avaliação:

Durante a entrevista para avaliação da família:

*Lembre-se que foco da avaliação familiar é

menor sobre o indivíduo e maior sobre a

interação entre todos os membros da família.

* Aproveite para obter diferentes perspectivas

sobre aspectos de como a família funciona.

* Valide descrições fornecidas sobre papéis e

(18)

Estágios da Entrevista com Famílias

3. Intervenção

Intervenção: profissional e família colaboram em áreas para mudança. Os planos para mudança devem ser

elaborados em conjunto.

 Só por solicitar à família que se reúna para uma

entrevista, o profissional já realizou uma intervenção.

 Cada vez que faz uma pergunta circular, o profissional

(19)

Estágios da Entrevista com Famílias

3. Intervenção

 As intervenções devem ser vinculadas aos pontos fortes das

famílias.

**As famílias têm recursos inerentes, sendo responsabilidade da enfermeira incentivá-las a lançar mão desses recursos , de novas maneiras para reagir ao problema.

 As intervenções devem considerar as crenças familiares;  O profissional deve planejar poucas intervenções.

 Não há intervenções certas; existem intervenções úteis ou

(20)

Para desenvolver intervenções:

-

Devida atenção deve ser dada ao vínculo

existente entre a doença e a dinâmica familiar.

-

É preciso reconhecer que as famílias têm suas

habilidades em relação às próprias experiências

sobre sua saúde, doença e incapacidades.

-

É crucial evitar julgamentos de valor sobre como

(21)

Objetivos principais em uma

intervenção na família

- Mudar ou alterar sua visão ou crenças sobre o

problema ou doença.

- Ajudar as famílias a desenvolver novas maneiras de

interagir em família ( é uma maneira de alterar a “realidade” das famílias).

- Ajudar as famílias a descobrir as próprias soluções para

os problemas (os profissionais devem ajudar os membros da família a buscar respostas alternativas comportamentais, cognitivas e afetivas aos problemas).

(22)

Passos para abordagem clínica com

famílias

1º. Conhecer a família -

Avaliação

2º. Identificar qual é o problema/ preocupação –

Hipótese

2º. Perguntar se é (

confirmar sua hipótese com a

família)

3º. Intervir no que é (problema/preocupação)

(23)

Pensando sobre a experiência da

família e a intervenção

 5 Questões Úteis

 Qual é a maior preocupação ou dificuldade da família em relação a

doença ou evento?

 Quem na família é mais afetado pela doença/evento e como manifesta

isso?

 Quem ou o que mais ajuda a família nessa situação?

 Que tipo de intervenção poderia ajudar a família nessa situação?  Como eu (enfermeira/o) poderia ser mais útil para a família nessa

(24)

Estágios da Entrevista com Famílias

4. Finalização

Finalização: quando profissional e família

terminam a entrevista.

A finalização terapêutica incentiva os

membros da família sobre sua capacidade

de solucionar problemas no futuro.

(25)

Organizar e documentar dados

de avaliação da família

(Wright&Leahey,2008)

 Criar um documento que permita o registro dos dados, que relacione

as informações entre si e indique as lacunas a serem obtidas em data futura

 Identificar e documentar uma lista de forças da família e problemas

apresentados

 Incluir um genograma, um ecomapa, breves dados de

desenvolvimento e ciclo vital da família e um diagrama de vínculos significativos

 Formular hipóteses para o problema  Formular um plano de intervenção

 Continuar a atualizar a avaliação da família, utilizando anotações e

evolução para documentar as mudanças familiares e o impacto das intervenções realizadas.

(26)

As crenças dos profissionais

 Os profissionais de saúde levam suas crenças pessoais e profissionais

sobre famílias e saúde ao domínio clínico.

 Estas crenças influenciam o modo como veem, avaliam e, o mais

importante, como cuidam e intervém com famílias. (Wright; Watson; Bell, 1996)

 O “mapeamento” de uma determinada situação ou a percepção do

profissional sobre um problema resulta de uma visão pessoal que cada um escolhe.

*** A tarefa importante para os profissionais é aceitar as percepções, perspectivas e crenças dos membros da família, oferecendo a elas uma nova visão de suas preocupações, doenças ou problemas.

 Não existe uma única “verdade” ou “realidade” sobre o

(27)

Entrevistando Famílias

Intervenção

Relacionamento Avaliação Conversa Terapêutica

(28)

Prepare-se!

 Entrevista planejada:

- Local, horário, quem estará presente, objetivo –já definidos Exemplos de objetivo de entrevista: - Entender como a família tem lidado com o câncer de João.

- Descobrir o desejo dos pais de permanecerem ou não ao lado do filho durante procedimentos invasivos.

- Compreender o que a família tem pensado sobre o manejo da dor em Maria.

- Descobrir como foi o relacionamento da família com a equipe de saúde em internações anteriores.

Esteja sempre preparado!

Entrevista casual:

-Aproveite o encontro com as famílias para:

*Compreender o seu contexto (como ela tem lidado com a doença, hospitalização, questões de saúde....); *Identificar questões de sofrimento ou estressantes para ela;

(29)

Entrevistando Famílias

- O objetivo da entrevista é “dissolver” o problema ou ajudar a

aliviar o sofrimento.

- Eleja uma questão importante para discutir com a família.

- Observe a interação entre a família durante a entrevista, não

fique atento apenas ao que ela diz.

O enfermeiro deve ajudá-los a produzir uma “nova

realidade” , uma nova maneira de ver o problema ou crença

compartilhada do problema

.

(Wright, Leahey, 2012, p.214)

(30)

Quem estará presente

• Decida junto com a família ;

• Quanto mais pessoas presentes:

- maior a probabilidade de se reunir informações,

- obter um número maior de pontos de vista,

- descrições sobre a influência do problema.

É possível “pensar família” mesmo com uma única

pessoa presente.

(31)

Ao conversar com a família:

- Ouça suas opiniões e ideias;

- Esteja disponível e acessível para responder

suas perguntas;

- Mostre

interesse

na

sua

história

e

experiências de doença.

(32)

Como integrar o Cuidado da Família na prática

clínica?

Para “pensar família” não é necessário que todos os seus membros estejam presentes.

É a maneira de pensar do enfermeiro que determina a unidade de cuidado.

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