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CONHECIMENTO DE ESCOLARES SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ODONTOLOGIA e CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA CAMPUS DE ARAÇATUBA

CONHECIMENTO DE ESCOLARES SOBRE

LEISHMANIOSE VISCERAL

Isabel Cristina Contel Genari

Bióloga

ARAÇATUBA – SP 2009

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Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ODONTOLOGIA e CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA CAMPUS DE ARAÇATUBA

CONHECIMENTO DE ESCOLARES SOBRE

LEISHMANIOSE VISCERAL

Isabel Cristina Contel Genari

Orientadora: Profa. Adj. Cáris Maroni Nunes

Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia – UNESP, Campus de Araçatuba, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal (Medicina Veterinária Preventiva e Produção Animal).

ARAÇATUBA – SP 2009

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Catalogação-na-Publicação (CIP)

Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação – FOA / UNESP Genari, Isabel Cristina Contel.

G324c Conhecimento de escolares sobre leishmaniose visceral / Isabel

Cristina Contel Genari. - Araçatuba: [s.n.], 2009 39 f. : il. ; tab. + 1 CD-ROM

Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia e Curso de Medicina Veterinária, 2009

Orientador: Profa. Cáris Maroni Nunes

1. Leishmaniose visceral 2. Educação 3. Saúde pública

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DADOS CURRICULARES DO AUTOR

ISABEL CRISTINA CONTEL GENARI – nascida em 12 de fevereiro de 1976 no município de Birigui – SP. Cursou Ciências Físicas e Biológicas pela Fundação Educacional de Penápolis, no período 1994 a 1996 e o Curso de Habilitação em Biologia pela Fundação Educacional de Votuporanga, em 1997. Especializou-se no ensino de Ciências e Biologia pelas Faculdades Integradas de Jales, de 1998 a 1999. Exerce a função de professora de Ciências Físicas e Biológicas no município de Birigui, desde 1998. Iniciou em 2007 o curso de pós-graduação em Ciência Animal na FOA/UNESP, na área de Medicina Veterinária Preventiva e Produção Animal.

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“Tudo posso naquele que me fortalece”

Filipenses 4:13

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Dedico...

A Deus, por preservar a minha vida e permitir que concluísse mais essa jornada.

À minha filha, Isabelle, fonte de inspiração.

Ao meu marido, Osvaldo, por sempre acreditar em mim.

Aos meus pais, Sebastião e Maria, pela educação recebida e apoio.

Aos meus irmãos, Fernanda e Ricardo, pela união. Aos meus sobrinhos e familiares...

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AGRADECIMENTOS

A Deus que está sempre ao meu lado, me iluminando, concedendo coragem, saúde e determinação.

À minha orientadora, Cáris, pela oportunidade recebida, paciência e por ter dedicado momentos de sua vida para que eu me tornasse Mestre.

À minha família, pelo amor, compreensão e por me apoiarem em todos os momentos.

À Profa. Kátia Denise Saraiva Bresciani, pela oportunidade oferecida, incentivo e ter me encaminhado à minha orientadora.

À Profa. Silvia Helena Venturoli Perri, pela ajuda na realização da estatística e análise dos resultados.

Aos diretores, professores, funcionários e alunos das escolas E.E. Prof. Antonio Sales Oliveira, E.E. Profa Lydia Helena Frandsen Stuhr, e E.E. Prof. Hermínio Cantizani, que possibilitaram a realização desta pesquisa.

Ao funcionário do Centro de Controle de Zoonoses de Birigui, Marcos, que gentilmente ministrou as palestras nas escolas.

À Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, especialmente ao Programa de Pós-graduação em Ciência Animal do curso de Medicina Veterinária, em nome de todos os professores e funcionários que contribuíram para minha formação pessoal e profissional.

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SUMÁRIO

Página

CAPÍTULO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS ... 10

Referências ... 16

CAPÍTULO 2 - ARTIGO CIENTÍFICO “CONHECIMENTO DE ESCOLARES SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL” ... 21

Resumo ... 21 Introdução ... 22 Material e Métodos ... 23 Resultados ... 25 Discussão ... 29 Conclusão ... 31 Referências ... 31 APÊNDICES Apêndice A: Questionário para os alunos ... 35

Apêndice B: Esquema para confecção da história em quadrinhos ... 37

Apêndice C: Cruzadinha ... 38

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CONHECIMENTO DE ESCOLARES SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL

RESUMO - A leishmaniose visceral (LV) vem se tornando um problema de saúde pública e atividades de educação em saúde podem resultar em maior participação da comunidade para o controle desta zoonose, pois tem forte potencial epidemiológico. Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento sobre LV de escolares de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental de três escolas públicas do município de Birigui-SP e a variação deste conhecimento após realização de um programa educativo. Um questionário foi aplicado antes (Etapa I) e após (Etapa II) a realização do projeto educativo que se constituiu de aula expositiva, palestra realizada por profissional de saúde, confecção de história em quadrinhos e de cruzadinha sobre o tema. Um total de 711 escolares foi entrevistado na Etapa I e 693 na Etapa II. Adotou-se critério de conhecimento de LV como “Bom”, “Regular” e “Ruim” quando, de 10 questões analisadas pela Teoria de Resposta ao Item, os escolares tiveram 10-8, 7-4, e 3-0 acertos, respectivamente. Verificou-se que houve aumento estatisticamente significante do nível de conhecimento, com o número de escolares com conceito Bom variando de 35,7% (Etapa I) para 59,7% (Etapa II), com conceito Regular de 54,3% (Etapa I) para 35,3% (Etapa II) e com conceito Ruim de 10,0% (Etapa I) para 4,9% (Etapa II). As atividades educativas realizadas geraram ganhos de conhecimento entre os escolares, o que permite concluir que programas educativos de forma continuada podem trazer resultados para a saúde pública.

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SCHOLARS’ KNOWLEDGE ABOUT VISCERAL LEISHMANIASIS

SUMMARY - Visceral leishmaniasis (VL) is a public health problem and education activities in health can result in greater community participation for the control of zoonoses. We aimed at evaluating the 6th and 7th grade students’ knowledge on visceral leishmaniasis from three public schools of Birigui,SP, Brazil. We also evaluated the knowledge gaining before and after an educative project were carried out by using a questionnaire before (Phase I) and after (Phase II) these activities that comprehended one speech, making one comic and one crossword about VL. We interviewed 711 students in Phase I and 693 in Phase II. A criterion of knowledge of VL was adopted as “Good”, “Medium” and “Bad” when, out of 10 questions analyzed by Item Response Theory, 10-8, 7-4, and 3-0 were right, respectively. We observed a statistically significant increase in the students’ level of knowledge after the educational project, since the number of students with “Good” concept changed from 35.7% (Phase I) to 59.7% (Phase II); the “Medium” concept changed from 54.3% to 35.3% and the “Bad” concept, from 10,0% to 4.9%. The educational activities carried out led to gains in knowledge among students suggesting that continuing education can bring important results to public health.

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CAPÍTULO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS

A leishmaniose visceral (LV) é uma doença crônica grave, com alta incidência que, quando não tratada, resulta em morte de 90% dos casos, constituindo um crescente problema de saúde pública. É considerada uma das prioridades pela Organização Mundial de Saúde devido à expansão da área de abrangência e aumento significativo do número de casos de LV (GONTIJO; MELO, 2004; MAIA-ELKHOURY et al., 2008).

A LV tem ampla distribuição mundial, é endêmica em 65 países, atingindo principalmente regiões tropicais e subtropicais, com aproximadamente 90% dos casos humanos ocorrendo na Índia, Sudão, Bangladesh, Nepal e Brasil. De acordo com estimativas, cerca de 500.000 casos novos e 59.000 mortes ocorrem a cada ano e 12 milhões de pessoas vivem em áreas de risco para esta enfermidade. A LV atinge principalmente as populações mais pobres, sendo negligenciada nos países endêmicos, em que 80% dos casos ocorrem em populações de baixa renda que sobrevive com menos de dois dólares por dia (ALVAR et al., 2006; LINDOSO; GOTO, 2006; MAIA-ELKHOURY et al., 2008).

Os agentes etiológicos da LV são protozoários pertencentes à ordem Kinetoplastida, família Tripanosomatidae e gênero Leishmania. Três espécies de Leishmania são agentes da doença visceral no mundo, sendo Leishmania donovani causadora da LV na África, Índia e China, Leishmania infatum agente no Mediterrâneo e Oriente Médio e Leishmania chagasi a espécie comumente isolada em pacientes com LV no continente americano (DESJEUX, 2004).

Quanto à introdução da LV no Novo Mundo, há divergências se foi na época da colonização européia, causada pela espécie L. infantum, ou há milhões de anos, juntamente com os canídeos, pela L. chagasi. Estudos que utilizam técnicas bioquímicas e moleculares consideram a L. chagasi e a L. infantum uma única espécie (GONTIJO; MELO, 2004; MAURÍCIO et al., 2000), ainda que persista a polêmica a respeito desta identidade (LAINSON; RANGEL, 2005).

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A primeira descrição oficial do parasita foi feita na Índia por William Boog Leishman, com a posterior criação do gênero Leishmania, por Donovan. Na América do Sul, a primeira suspeita da existência de LV foi registrada no Brasil em 1913. Evandro Chagas, entre 1936 e 1939, realizou extensos estudos que demonstraram a doença no homem e em cães, assim como a infecção do flebótomo Lutzomyia longipalpis, o qual foi incriminado como provável vetor. Em 1937, Cunha e Chagas estabeleceram o agente etiológico no Brasil, pela denominação de L. donovani chagasi. O primeiro surto de LV no Brasil foi relatado no Ceará por Pessôa, em 1953 e a partir desta data até 1965 esta doença foi reconhecida como endêmica no Brasil (MIRANDA-SÁ, 2006).

A forma de transmissão do parasita para o homem e outros hospedeiros é por meio da picada da fêmea de dípteros da família Psychodidae, sub-família Phebotominae. No Brasil, a Lutzomyia longipalpis é considerada a principal espécie transmissora da Leishmania chagasi e, recentemente, Lutzomyia cruzi foi incriminada como espécie vetor no Estado de Mato Grosso do Sul (BRASIL, 2006; GONTIJO; MELO, 2004; LAINSON; RANGEL, 2005).

A Lutzomyia longipalpis é conhecida genericamente como flebotomíneo e, popularmente, como mosquito palha, tatuquiras, birigui, entre outros. Estes mosquitos voam em pequenos saltos, o que limita o deslocamento e os mantêm no nível do solo, próximos a vegetação, bem como em raízes e/ou troncos de árvores, além de tocas de animais. Preferem ambientes sombreados com muitas árvores, tendo como criadouro o local com acúmulo de matéria orgânica em decomposição e alta umidade, principalmente folhas, frutos, raízes, fezes de animais e húmus, entre outros (MIRANDA-SÁ, 2006).

Os hospedeiros vertebrados da LV são representados por animais silvestres, como roedores, gambás, tamanduás, tatus, canídeos, primatas e preguiças, por animais domésticos como cães, gatos e equinos, e pelo homem. Os cães domésticos são os principais reservatórios domésticos do ciclo de transmissão da LV devido a sua estreita relação com o homem (DANTAS-TORRES; BRANDÃO-FILHO, 2006; MAIA-ELKHOURY et al., 2008). A importância dos cães na cadeia epidemiológica é evidente, sendo que os casos humanos da doença são precedidos por casos caninos, como constatados no Estado de São Paulo, em que o primeiro relato de LV canina foi feito em 1998,

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na cidade de Araçatuba, e em abril do ano seguinte foi notificado o primeiro caso humano (BRASIL, 2006; CAMARGO-NEVES, 2004; PARANHOS-SILVA et al., 1996).

A raposa tem sido apontada como o principal reservatório silvestre da infecção por L. chagasi no Brasil e na Venezuela; os didelfídeos, Gambá albiventris, foram encontrados naturalmente infectados por L. infantum no Brasil, bem como D. marsupialis na Colômbia e Venezuela. A ratazana doméstica comum Rattus rattus é suspeita de ser um reservatório secundário de L. infantum na Itália e há um registro de infecção por L. chagasi deste mesmo roedor na Venezuela (ASHFORD, 1996; DANTAS-TORRES; BRANDÃO-FILHO, 2006).

A LV foi uma zoonose caracterizada como endemia rural, associada às condições precárias de vida, porém, atualmente encontra-se em processo de expansão e urbanização (BEVILACQUA et al., 2001). Acredita-se que a urbanização da LV resultou das modificações ambientais causadas por ações antrópicas, pelo rápido processo migratório, com introdução de hospedeiros infectados onde já havia a presença do vetor, desmatamento, alterações do ecossistema e pela adaptação do vetor Lutzomiya longipalpis ao peridomicílio (LINDOSO; GOTO, 2006; MAIA-ELKHOURY et al., 2008). Além dos fatores ambientais, há alguns fatores de risco individuais, como desnutrição, imunossupressão relacionada ao uso de drogas imunossupressoras e transplante de órgãos, vírus da imunodeficiência adquirida e características genéticas, que facilitam o desenvolvimento da doença (DESJEUX, 2004; LINDOSO; GOTO, 2006).

Nos últimos 30 anos, a transmissão da LV tem sido observada em vários municípios brasileiros, com 59.129 casos humanos registrados entre 1980 e 2005 e uma média anual de 2.274 novos casos, sendo 82,5% na Região Nordeste. Gradativamente, a LV expandiu-se para as regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste, passando de 15% dos casos em 1998 para 44% em 2005. Entre 1998 e 2005 foram registrados casos autóctones em 34,2% dos diferentes municípios brasileiros (MAIA-ELKHOURY et al., 2008).

O objetivo principal do controle da leishmaniose visceral é interromper a cadeia de transmissão da doença em uma comunidade. Como estratégias de

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controle para LV, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil recomenda o diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos, redução da população de flebotomíneos, eliminação dos reservatórios e atividades de educação em saúde (BRASIL, 2006). No entanto, controlar grandes endemias corresponde a um dos maiores desafios na Saúde Pública e o Brasil ainda possui uma complexa situação em relação à profilaxia de endemias (VILLELA et al., 2009).

O diagnóstico da LV é geralmente realizado com base em parâmetros clínicos e epidemiológicos, mas os testes disponíveis não apresentam 100% de especificidade e sensibilidade. Um diagnóstico definitivo requer a demonstração do parasita por meio de métodos parasitológicos. Quanto ao tratamento para os casos humanos de LV, os medicamentos de primeira escolha são os antimoniais pentavalentes como o antimoniato de N-metil glucamina (Glucantime) e o estibogluconato de sódio (Pentostan). No entanto, são drogas tóxicas e nem sempre efetivas, além de serem usadas em esquemas prolongados. Não existe tratamento profilático para o cão infectado e, até o presente momento, não há vacina humana e canina suficientemente eficaz. Novas medidas de controle, como coleiras impregnadas com deltametrina, têm mostrado resultados promissores na proteção do cão e na redução da incidência humana, porém são caras e difíceis de controlar para uso como medidas de controle de saúde pública (GONTIJO; MELO, 2004; OLIVEIRA et al., 2008).

O controle de reservatório e vetor representa grandes desafios devido à necessidade de conhecer melhor o comportamento de vetores em áreas urbanas e o fato de as atividades de controle implicar em elevados custos operacionais. Quanto às medidas de controle do vetor, os inseticidas são amplamente usados, porém variam quanto à eficácia, duração do impacto e recursos necessários para diferentes áreas endêmicas. A eutanásia de cães infectados ainda é um ponto controverso, além de ser uma medida que tem baixa adesão por parte da comunidade, pois frequentemente os cães são considerados como membros da família pelos proprietários. Porém, a eliminação de cães soropositivos tem sido uma medida bastante utilizada na

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tentativa de reduzir a incidência em humanos (MAIA-ELKHOURY et al., 2008; OLIVEIRA et al., 2008).

As atividades de educação em saúde devem estar inseridas em todos os serviços que desenvolvem as ações de controle da LV e requerem o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e multi-institucionais com vistas ao trabalho articulado nas diferentes unidades de prestação de serviços. Isto pode ser feito através de divulgação à população sobre a ocorrência da LV na região, capacitação das equipes, adoção de medidas preventivas considerando o conhecimento da doença, atitudes e práticas da população e estabelecimento de relação dinâmica entre o conhecimento do profissional e a vivência dos diferentes estratos sociais. A incorporação das atividades de educação em saúde voltada à leishmaniose visceral dentro de um processo de educação continuada, o desenvolvimento de atividades junto à comunidade e o estabelecimento de parcerias buscando a integração interinstitucional também são consideradas medidas importantes (BRASIL, 2006).

A educação em saúde é um campo multifacetado na qual convergem concepções das áreas da educação e da saúde. Foi estabelecida como área específica na segunda década deste século, nos Estados Unidos. No Brasil, primeiramente instituiu-se no âmbito da saúde pública, orientando novas práticas, e só mais tarde constituiu-se em área de estudo e pesquisa. Atualmente, duas dimensões dessa disciplina se destacam: a que envolve a aprendizagem sobre as doenças, prevenção, seus efeitos sobre a saúde e como restabelecê-la e a outra que inclui os fatores sociais que afetam a saúde, abordando os caminhos pelos quais diferentes estados de saúde e bem-estar são construídos socialmente, caracterizados como promoção da saúde pela Organização Mundial da Saúde. Assim, verifica-se que o conceito de educação em saúde se sobrepõe ao conceito de promoção da saúde, abrangendo a participação de toda a população no contexto de sua vida cotidiana (SCHALL; STRUCHINER, 1999).

Para educar em saúde é necessário estar aberto ao contexto geográfico, social, político e cultural do indivíduo, da família e da comunidade. A construção do conhecimento para que se efetive um processo educativo em saúde requer o envolvimento da comunidade, por meio da participação, que

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permita uma reflexão crítica da realidade e dos fatores determinantes de um viver saudável (MACHADO et al., 2007). Quando a população torna-se consciente da gravidade da doença e entende os processos e os problemas que lhe afetam de modo direto, há uma participação efetiva e tem como contribuir, de forma ativa e permanente, no controle de endemias como a LV (BORGES et al., 2008; DIAS, 1998; GAMA et al., 1998).

As doenças transmitidas por vetores têm a difícil tarefa de envolver a participação comunitária no seu controle e, para a realização de trabalhos educativos, ainda há a tarefa de definir qual o nível de conhecimento ideal da população sobre a enfermidade e transmitir as informações relevantes para haver uma mudança de atitude (CHIARAVALLOTI NETO et al., 1998). Esta avaliação prévia constitui um instrumento facilitador entre as fronteiras da informação e a promoção da saúde, tendo capacidade transformadora e impulsionadora (VILLELA et al., 2009).

Os questionários são instrumentos que coletam informações sobre o contexto social, econômico e cultural dos alunos e sua análise pode ser realizada pela Teoria de Resposta ao Item (TRI). A TRI é um instrumento que vem sendo progressivamente aplicado nos processos quantitativos na área de avaliação educacional (ANDRADE et al., 2000). No Brasil a TRI tem sido empregada principalmente na produção de índices de proficiência para alunos que respondem a testes de avaliação educacional em larga escala e seus diferentes modelos permitem construir indicadores com as mais variadas finalidades nas áreas de ciências sociais, ciências humanas e ciências da saúde (CASTILHO et al., 2009). O uso de questionários de avaliação em dois momentos, por exemplo, possibilita analisar o impacto da informação oferecida, assim como a eficácia da metodologia utilizada (SANTOS et al., 2005).

A metodologia empregada é fundamental quando do desenvolvimento de programas educativos, podendo ser utilizados diferentes recursos pedagógicos. Estes apresentam características próprias de linguagem, com diferenças de gêneros e estilos. A palestra apresenta uma linguagem primária, oral e informativa. A história em quadrinhos é uma linguagem secundária, escrita, narrativa, baseada em um texto dialogado unido a uma imagem que permite liberar a imaginação. A aprendizagem através da linguagem

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informativa é mais difícil, entretanto é a mais comum nas práticas de saúde pública (SANTOS et al., 2005).

As atividades de educação em saúde realizadas nas escolas têm a vantagem de os alunos, tendo conhecimento sobre a LV, levarem as informações para suas residências e poderem também contribuir na prevenção da mesma (MAGALHÃES et al., 2009; UCHÔA et al., 2004).

Diante do exposto, espera-se que após o desenvolvimento de um projeto educativo, mudanças significativas sejam observadas em relação às respostas dos escolares, demonstrando aquisição de conhecimentos sobre leishmaniose. Com base nesta hipótese, o presente estudo objetivou avaliar o conhecimento sobre LV de escolares de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental de três escolas estaduais de Birigui - SP, área endêmica para LV, bem como a variação deste conhecimento após realização de atividades de educação em saúde.

REFERÊNCIAS

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CAPÍTULO 2 – CONHECIMENTO DE ESCOLARES SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL

RESUMO - Este estudo objetivou avaliar o conhecimento sobre leishmaniose visceral (LV) de escolares de 6º e 7º anos de escolas públicas de Birigui-SP e a variação deste conhecimento após realização de um programa educativo. Um questionário foi aplicado antes (Etapa I) e após (Etapa II) a realização do projeto educativo que se constituiu de aula expositiva, palestra realizada por profissional de saúde, confecção de história em quadrinhos e de cruzadinha sobre o tema. Um total de 711 escolares foi entrevistado na Etapa I e 693 na Etapa II. Adotou-se critério de conhecimento de LV como “Bom”, “Regular” e “Ruim” quando, de 10 questões analisadas pela Teoria de Resposta ao Item, os escolares tiveram 10-8, 7-4, e 3-0 acertos. Verificou-se que houve aumento estatisticamente significante do nível de conhecimento, com o número de escolares com conceito Bom variando de 35,7% (Etapa I) para 59,7% (Etapa II). As atividades educativas realizadas geraram ganhos de conhecimento entre os escolares, o que permite concluir que programas educativos de forma continuada podem trazer resultados para a saúde pública.

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Introdução

A leishmaniose visceral (LV), também conhecida como calazar, é uma doença crônica grave causada por protozoários do gênero Leishmania, transmitida pela picada de fêmeas de flebotomíneos, representada no Brasil pela Lutzomyia longipalpis e que tem o cão como principal reservatório doméstico (GONTIJO; MELO, 2004). De acordo com estimativas, cerca de 500.000 casos novos de LV surgem por ano e acredita-se que 12 milhões de pessoas vivam em áreas de risco para LV (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009), sendo que 90% dos casos ocorrem na Índia, Bangladesh, Nepal, Sudão e Brasil, principalmente em populações mais pobres (ALVAR et al., 2006).

A LV pode ser fatal para o homem, principalmente quando associada ao quadro de má nutrição e infecções concomitantes. No Brasil, tem alta incidência e ampla distribuição, acometendo pessoas de todas as idades; porém, 80% dos casos registrados em áreas endêmicas ocorrem em crianças com menos de 10 anos. A LV está em processo de expansão e urbanização com alto índice de cães positivos e de casos humanos (GONTIJO; MELO, 2004).

No Estado de São Paulo a LV foi introduzida a partir de 1999, na região de Araçatuba (LINDOSO; GOTO, 2006). No Município de Birigui, SP, de 1999 até agosto de 2009, 108 casos humanos com 09 óbitos foram registrados (SÃO PAULO, 2009).

A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil recomenda como medidas de controle da leishmaniose visceral, o diagnóstico e tratamento precoces dos casos humanos, redução da população de flebotomíneos, eliminação do reservatório canino e atividades de educação em saúde (BRASIL, 2006).

A educação em saúde é fundamental no controle da LV, pois uma população informada sobre a gravidade da enfermidade pode contribuir para a prevenção e controle da mesma (BORGES et al., 2008). Tal processo de conscientização pode ser iniciado nas escolas, com a vantagem dos estudantes levarem as informações para suas residências (MAGALHÃES et al., 2009).

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A metodologia empregada é fundamental quando do desenvolvimento de programas educativos, auxiliando o processo ensino-aprendizagem. Podem ser abordados, por exemplo, a avaliação prévia do público-alvo, questionários de avaliação em dois momentos, bem como a utilização de mais de um recurso pedagógico (SANTOS et al., 2005).

Diante do exposto, espera-se que após o desenvolvimento de um projeto educativo, mudanças significativas sejam observadas em relação às respostas dos escolares, verificando aquisição de conhecimentos sobre leishmaniose. Com base nesta hipótese, o presente estudo objetivou avaliar o conhecimento sobre LV de escolares de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental de três escolas estaduais do município de Birigui-SP, bem como a variação deste conhecimento após a realização de atividades de educação em saúde.

Material e Métodos

A pesquisa foi realizada no período de agosto a novembro de 2008, no Município de Birigui, localizado no Noroeste do Estado de São Paulo, 21º17'19" S e 50º20'24" W, com uma área de 530,651 km² e população humana estimada de 109.451 habitantes (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2009). O público-alvo foi escolares de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental, de três escolas estaduais do Município de Birigui, SP, escolhidas intencionalmente por localizarem-se em bairros com maior número de casos de leishmaniose visceral canina.

A primeira Etapa (I) da pesquisa ocorreu na fase do diagnóstico educativo para avaliar o conhecimento dos escolares. A segunda (II) ocorreu após a realização do projeto educativo, como forma de avaliação. O projeto educativo constituiu-se de uma aula expositiva ministrada pela pesquisadora, docente de Ciências, uma palestra ministrada por agente de saúde do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura Municipal de Birigui, confecção de história em quadrinhos e cruzadinhas sobre a leishmaniose visceral, além da fixação de cartazes.

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Em ambas as etapas utilizou-se um questionário preenchido por adesão voluntária dos escolares. Uma primeira visita foi realizada para apresentação da pesquisa e aplicação do questionário, que teve como objetivo identificar o conhecimento dos escolares a respeito da leishmaniose visceral. O questionário era composto de 23 perguntas fechadas, das quais seis se referiam à identificação, ao número de cães e gatos que possuíam e ao estado vacinal destes; sete perguntas abordavam o conhecimento sobre a situação atual da LV, bem como a utilização de tratamento e a opinião do aluno a respeito da eutanásia canina; 10 questões investigavam o conhecimento sobre a transmissão da LV (vetor, hospedeiro susceptível) e medidas de prevenção em relação ao ambiente e ao cão. Os itens do questionário foram analisados pela Teoria de Resposta ao Item (TRI) por meio do modelo logístico unidimensional de três parâmetros (ANDRADE et al., 2000). A análise dos dados foi realizada pelo software BILOG-MG for Windows®.

Um mês após a finalização da primeira etapa, uma aula expositiva sobre o tema foi ministrada nas escolas, com auxílio de cartaz, folheto informativo e panfleto doado pela Secretaria Municipal de Saúde de Birigui - SP, que continham informações sobre o inseto vetor, as lesões cutâneas no homem e em cães, bem como os mecanismos de transmissão e as formas de controle. O cartaz utilizado na aula foi afixado no pátio de cada uma das escolas até a finalização do projeto educativo. Após um mês, os escolares assistiram a uma palestra sobre a LV, realizada por um agente de saúde do CCZ, da Prefeitura Municipal de Birigui. Um mês após este evento os escolares participaram de um concurso que premiou as melhores histórias em quadrinhos que estivessem associadas à cruzadinha com todas as respostas corretas. Passados trinta dias o questionário foi novamente aplicado aos escolares, para avaliação do conhecimento adquirido.

O Teste Qui-quadrado foi utilizado para verificar associação entre as variáveis, sendo considerada significativa quando p<0,05. As análises foram efetuadas com auxílio do programa Statistical Analysis System (SAS, 2004).

Adotou-se um critério de conhecimento de leishmaniose visceral como “Bom”, “Regular” e “Ruim” quando, das 10 questões relacionadas à

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transmissão e prevenção para LV, mantidas pela TRI, os escolares tiveram 10-8, 7-4, e 3-0 acertos, respectivamente.

Esta pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia da UNESP, Araçatuba (Processo CEP 2008-01681).

Resultados

A presente pesquisa contou com a participação de 711 escolares na Etapa I e 693 escolares na Etapa II, dos quais 50,2% (357/711) eram do sexo masculino e 49,6% (353/711) do sexo feminino, com idade média de 12 anos. Dos entrevistados, 50,6% cursava o 6º ano e 49,4% o 7º ano do Ensino Fundamental, não havendo diferença estatisticamente significativa da Etapa I para a Etapa II, para as variáveis estudadas.

Em referência à presença de cães no domicílio, o resultado do questionário demonstrou que 59,6% dos estudantes afirmaram ter um ou mais cães e 19,4%, um ou mais gatos. Quando questionados a respeito da vacinação dos cães e gatos, 57,7% dos entrevistados afirmaram que os animais haviam sido vacinados, refletindo algum cuidado com os animais, embora não tenha sido especificado o tipo de vacinação.

Quanto à percepção sobre a situação atual da doença, 95,9% dos escolares afirmaram já terem ouvido falar sobre leishmaniose e 34,0% dos entrevistados já tinham tido um cão eliminado por estar positivo para a referida doença. Quando questionados quanto ao número de casos de LV em humanos, 29,6%, 16,5% e 22,7% acreditavam estar aumentando, diminuindo ou estável, respectivamente, e 31,2% não souberam opinar. Em relação ao número de casos de LV em cães, 40,0% dos entrevistados afirmaram estar aumentando, 12,2% diminuindo, 22,7% estável e 25,1% não souberam responder.

Os entrevistados foram questionados a respeito da doença nos seus mais variados aspectos, incluindo a transmissão da LV. Observou-se diferença significativa (p<0,0001) para as respostas às três perguntas referidas, após a aplicação do projeto educativo (Tabela 1).

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Com relação à prevenção da doença, também se observou diferença estatisticamente significativa (p<0,005) após a aplicação do projeto educativo (Tabela 2). Entretanto, entre os entrevistados, 74,4% (529/711) levariam ao veterinário o cão suspeito de estar com LV na Etapa I, diminuindo para 65,1% (451/693) na Etapa II (p=0,0002).

Os escolares também foram questionados quanto às medidas aplicadas aos cães sorologicamente positivos para LV. Na Etapa I, 65,5% (463/711) dos escolares responderam que os cães são sacrificados, 25,2% (178/711) afirmaram que são tratados e 9,3% (70/711) não souberam opinar. Na Etapa II verificou-se que as respostas para estas questões foram 85,5% (588/693), 9,4% (65/693) e 5,1% (40/693) dos escolares (p<0,0001), respectivamente.

Sobre o tratamento da doença, 6,7% (47/711) responderam que existem apenas para o cão, 34,8% (246/711) para o cão e o homem, 21,9% (155/711) apenas para o homem, 15,4% (109/711) dos escolares responderam que não existe tratamento e 21,2% (154/711) não souberam opinar, antes do projeto educativo. Já na Etapa II, 57,2% (394/693) responderam que o tratamento deve ser feito somente para o homem, revelando diferença estatisticamente significativa (p<0,0001) para esta resposta.

Verificou-se um aumento dos escolares que responderam que a eliminação de criadouro do mosquito e o sacrifício dos cães são importantes para diminuir os casos de LV, assim como o número de escolares que afirmaram concordar com o sacrifício dos cães como medida de controle para esta enfermidade, após o desenvolvimento do projeto educativo. No entanto, quanto à importância do sacrifício dos cães para se evitar a transmissão de doenças para o homem, não houve diferença estatisticamente significativa entre as Etapas (Tabela 3).

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Tabela 1 - Número (n) e percentual (%) de respostas corretas de escolares sobre leishmaniose visceral segundo a transmissão da doença, antes (Etapa I) e após (Etapa II) a aplicação do projeto educativo, em 711 e 693 escolares, respectivamente. Birigui, SP, 2009

Questões abordadas Etapa I Etapa II p

n % n %

Hospedeiros susceptíveis (cão, gato e

homem ou cão e homem) 544 76,5 617 89,0 <0,0001

É transmitida pela picada de um mosquito 491 69,1 575 83,0 <0,0001 O mosquito transmissor é o mosquito palha 530 74,5 619 89,3 <0,0001

Tabela 2 - Número (n) e percentual (%) de respostas corretas de escolares sobre leishmaniose visceral segundo a prevenção da doença, antes (Etapa I) e após (Etapa II) a aplicação do projeto educativo, em 711 e 693 escolares, respectivamente. Birigui, SP, 2009

Questões abordadas Etapa I Etapa II p

n % n %

Medidas de prevenção em relação ao ambiente

Deve-se evitar a criação dos mosquitos 440 61,9 553 79,8 <0,0001 Conhece as principais medidas para evitar a

criação dos mosquitos 401 56,4 568 82,0 <0,0001

Medidas de prevenção em relação ao reservatório

Conhece os principais sintomas do cão com

leishmaniose 574 80,7 623 89,9 <0,0001

Levaria ao veterinário o cão suspeito de estar

com leishmaniose 529 74,4 451 65,1 0,0002

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Tabela 3 - Número (n) e percentual (%) de respostas corretas de escolares sobre leishmaniose visceral segundo as medidas de controle, antes (Etapa I) e após (Etapa II) a aplicação do projeto educativo, em 711 e 693 escolares, respectivamente. Birigui, SP, 2009

Questões abordadas Etapa I Etapa II p

n % n %

Atitudes para diminuir os casos de

leishmaniose

Eliminar o criadouro do mosquito 325 45,7 465 67,1 <0,0001

Sacrificar os cães 272 38,3 318 45,9 0,0045

Quanto ao sacrifício dos cães

Concorda como medida de controle 230 32,3 384 55,4 <0,0001

É importante para evitar a transmissão de

doenças para o homem 462 65,0 458 66,1 0,7028

De modo geral, os resultados obtidos pela análise das 10 questões mantidas após a TRI revelaram que houve aumento estatisticamente significante do nível de conhecimento dos escolares sobre LV após o projeto educativo (p<0,0001), com aumento de 35,7% (254/711) de escolares com conceito Bom na Etapa I para 59,7% (414/693) na Etapa II. Observou-se ainda diminuição do conceito Regular de 54,3% (386/711) na Etapa I para 35,4% (245/693) na Etapa II, enquanto que para o conceito Ruim, a diminuição foi de 10,0% (71/711) na Etapa I para 4,9% (34/693) na Etapa II (Figura 1).

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29 0 10 20 30 40 50 60

Bom Regular Ruim % alunos

Etapa I Etapa II

FIGURA 1 - Porcentagem de escolares quanto ao nível de conhecimento sobre

leishmaniose visceral antes (Etapa I) e após (Etapa II) o desenvolvimento de projeto educativo. Conhecimento Bom (8-10 acertos), Regular (4-7 acertos) e Ruim (0-3 acertos).

Discussão

A presença de cães no domicílio referida por 59,6% dos escolares confirmou o contato deste reservatório de LV com os residentes. Constatou-se ainda que, por residirem em área endêmica para a LV, a doença não era desconhecida pelos estudantes, visto que 95,9% destes já tinham ouvido falar da doença, 34,0% dos entrevistados já tinham tido um cão sacrificado por diagnóstico positivo para leishmaniose e que apenas 31,2% e 25,1% dos escolares não souberam opinar quando questionados sobre a situação da ocorrência de casos de leishmaniose humana ou canina, respectivamente. Gama et al. (1998) observaram resultados semelhantes em estudo realizado em indivíduos de área endêmica do Maranhão acometidos pela doença. Entretanto, Borges et al. (2008) constataram que somente 26,8% já tinham

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ouvido falar em LV antes de serem infectados, reforçando a importância da disseminação da informação para o controle desta zoonose.

A aplicação da TRI constituiu-se em um instrumento valioso para análise do questionário utilizado uma vez que, ao excluir sete questões inadequadas para avaliar as habilidades dos escolares sobre o tema, permitiu melhorar a análise da aquisição do conhecimento sobre LV pelos estudantes. Tal procedimento vem sendo amplamente aplicado nos processos quantitativos na área de avaliação educacional por outros autores (ANDRADE et al., 2000).

A avaliação do conhecimento sobre LV dos escolares das três escolas do município de Birigui, SP demonstrou que além de já terem conhecimento das principais medidas preventivas, houve aumento estatisticamente significante após a realização do projeto educativo. No Maranhão, Gama et al. (1998) observaram que a população estudada detinha certo conhecimento sobre transmissão, vetores, reservatórios e aspectos clínicos da doença, porém possuía pouco conhecimento sobre atitudes preventivas para LV, diferindo do presente estudo. Da mesma forma, ao avaliar o nível de conhecimento e algumas atitudes preventivas em relação à LV em Belo Horizonte, MG, Borges et al. (2008) verificaram que a população possuía apenas informações superficiais e adotava atitudes inespecíficas.

Ao avaliar um modelo de disseminação da informação sobre a LV envolvendo escolares e seus familiares em Caeté, MG, por meio de uma aula expositiva, panfleto e aplicação de um questionário em dois momentos, Magalhães et al. (2009)verificaram a aquisição de conhecimento dos familiares sobre esta enfermidade, demonstrando que os escolares podem disseminar as informações recebidas em atividades de educação e colaborar para a prevenção da LV. Entretanto, os familiares devem ser envolvidos para obtenção de melhores resultados, que não foi possível de ser realizado no presente estudo.

A realização do projeto educativo revelou mudança no perfil das respostas dos escolares, aumentando o percentual de conceito classificado como Bom e diminuindo o percentual de conceito Ruim, ao final da segunda etapa (p<0,0001). Chiaravalloti Neto et al. (1998)ao avaliarem os resultados de um projeto educativo em duas fases, no Município de São José do Rio Preto,

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SP, verificaram que as atividades educativas geraram ganhos de conhecimento da população, assim como Uchôa et al. (2004), ao avaliarem a aquisição de conhecimento por parte dos escolares do Ensino Fundamental no município de Maricá, MG, por meio de palestras, cartazes e cartilhas. Santos et al. (2005), ao avaliarem o perfil das respostas de escolares da cidade de São Paulo submetidos a um programa educativo sobre larva migrans visceral, em duas etapas, também observaram mudança nas respostas dos entrevistados à semelhança dos resultados observados na presente pesquisa.

É importante ressaltar o fato de que, apesar do conhecimento dos entrevistados sobre a doença nos mais variados aspectos, esta doença é endêmica no município sugerindo que, mesmo estando informados sobre as ações preventivas para LV, há necessidade de mudanças de atitudes por parte da população, conforme apontado por Chiaravalloti Neto et al. (1998)em um estudo realizado sobre dengue, quando verificaram que a existência de conhecimento não resultou em mudanças de práticas por parte da população.

Conclusão

Atividades de educação em saúde realizadas por meio de diferentes recursos pedagógicos geraram ganho de conhecimento sobre a LV por parte dos escolares. Entretanto, apesar do nível de conhecimento dos escolares ser considerado bom ao final da pesquisa, sugere-se desenvolver programas educativos nas escolas de forma continuada, como forma de favorecer mudanças de práticas em relação ao controle da LV e trazer resultados importantes em termos de saúde pública.

Referências

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GAMA, M.E.A; BARBOSA, J.S.; PIRES, B.; CUNHA, A.K.B.; FREITAS, A.R.; RIBEIRO, I.R.; COSTA, J.M.L. Avaliação do nível de conhecimento que populações residentes em áreas endêmicas têm sobre leishmaniose visceral, Estado do Maranhão, Brasil. Cad. Saúde Pública, v.14, n. 2, p.381-390, abr./jun.1998.

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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo

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35

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS

A) Marque, na folha de respostas, apenas uma alternativa para cada questão: I) Série: a) 6 º ano b) 7º ano ______________________________________________________________________ II) Sexo: a)Masculino b)Feminino ______________________________________________________________________ III) Idade que possui:

a) 10 anos b) 11 anos c)12 anos d)13 anos e) 14 anos f) 15 anos g)16 anos h)17 anos IV) Quantos cães você possui?

a) Nenhum b)Um c)Dois d)Três e)Mais de 3

V) Quantos gatos você possui?

a) Nenhum b)Um c)Dois d)Três e)Mais de 3

______________________________________________________________________ VI) Ele já foi vacinado em alguma campanha de vacinação contra raiva?

a) Sim b) Não c) Não sei

B) Marque, na folha de respostas, somente a alternativa correta:

1. Você já ouviu falar de leishmaniose? a) Sim b) Não

______________________________________________________________________ 2. Você acha que o número de casos de Leishmaniose em humanos na

cidade está:

a) Aumentando b) Diminuindo c)Estável d) Não sei

3. Você acha que o número de casos de Leishmaniose em cães na cidade está: a) Aumentando b) Diminuindo c)Estável d) Não sei

________________________________________________________________ 4. Quem pode pegar Leishmaniose?

a) Apenas o cão b) O cão e o gato c) Apenas o homem d) O cão, o gato e o homem e) Somente o cão e o homem f) Não sei

______________________________________________________________________ 5. Como essa doença é transmitida?

a) Pela picada de um mosquito

b) Através de contato com animal doente c) Não sei

______________________________________________________________________ 6. Como prevenir a Leishmaniose?

a) Evitar a criação dos mosquitos b) Evitar contato com animais doentes c) Não sei

7. Como evitar a criação dos mosquitos? a) Evitar o acúmulo de folhas e fezes b) Evitar o acúmulo de água parada c) Evitar o acúmulo de lixo

d) Não sei

(39)

36

___________________________________________________________________________ 8. O mosquito transmissor da leishmaniose é:

a) mosquito da dengue b) mosquito palha c) não sei

9. Quais são os sintomas do animal com leishmaniose? a) Somente queda de pêlos

b) Apenas emagrecimento

c) Emagrecimento e unhas grandes

d) Pequenos machucados na ponta das orelhas, focinho e outras partes do corpo e) Todos os sintomas acima citados

f) Não sei

10. O que você faria se seu cão estivesse com suspeita de leishmaniose? a) Chamaria a carrocinha

b) Levaria ao veterinário c) Não faria nada d) Não sei

11. O que é feito com os animais que tem Leishmaniose? a) São sacrificados

b) São tratados c) Não sei

12. Existe alguma forma de tratamento para esta doença? a) Sim, somente para cães

b) Sim, para cães e o homem c) Sim, apenas para o homem d) Não existe tratamento e) Não sei

13. Você já possuiu algum cão que teve que ser sacrificado por estar com Leishmaniose? a) Sim b) Não

14. Você concorda com o sacrifício dos animais? a) Sim b) Não

15. Você acha que o sacrifício dos cães ajuda a diminuir casos de Leishmaniose? a) Sim b) Não c) Não sei

16. Qual a importância do sacrifício dos animais? a) Evitar a transmissão de doenças para o homem b) Diminuir a quantidade de cães nas ruas c) Não sei

______________________________________________________________________ 17. O que deve ser feito para diminuir os casos de leishmaniose:

a) Sacrificar os cães

b) Eliminar o criadouro do mosquito c) Vacinar os cães

(40)

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APÊNDICE B – ESQUEMA PARA CONFECÇÃO DA

HISTÓRIA EM QUADRINHOS

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APÊNDICE C – CRUZADINHA

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