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Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional

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Academic year: 2022

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Acórdão Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo: 5032564-65.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 26/02/2019 Orgão Julgador: QUINTA TURMA Relator GISELE LEMKE

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade, dar provimento em parte ao agravo de instrumento, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa AGRAVO DE INTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MEDICAMENTOS. IMPRESCINDIBILIDADE DE PROVA DA INEFICÁCIA DA POLÍTICA PÚBLICA. PROVA PERICIAL. MULTA. PRAZO. ADEQUAÇÃO.

1. (1) o(a) autor(a) realiza tratamento oncológico no Sistema Único de Saúde (SUS), em estabelecimento cadastrado como UNACON (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia); (2) o fármaco foi prescrito por profissional vinculado a essa unidade, sendo definido pelo Poder Público como competente para indicar a terapia necessária e adequada à moléstia, e (3) não há medicamento que possa substituir aquele que foi prescrito.

2. Não se está dispensando a realização de perícia judicial, mas apenas reconhecendo que, em ações de fornecimento de medicamentos, envolvendo doença oncológica, estando o paciente vinculado a um CACON/UNACON, é dispensável a "prévia" avaliação médica para o deferimento de tutela urgência, se evidenciada a submissão aos protocolos clínicos do SUS para o tratamento da doença.

3. Presentes os requisitos do art. 300 do Novo CPC, correta a determinação de fornecimento do medicamento pleiteado em favor da autora.

4. Diante de questões como a competência para distribuição do fármaco, realização do tratamento e repartição/reembolso dos custos advindos da aquisição destes são os entes federativos, solidariamente, responsáveis pela operacionalização interna, distribuição e ônus financeiro do serviço de saúde pleiteado.

5. Redução da multa diária para R$ 100,00 (cem reais) para o caso de descumprimento.

6. Adequação do prazo para de 15 (quinze) dias para cumprimento da tutela antecipatória por mostrar-se mais razoável.

Acórdão Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo: 5023939-42.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 30/01/2019 Orgão Julgador: SEXTA TURMA Relator JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, dando por prejudicados os embargos opostos pela União, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO À SÁUDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. TUTELA DE URGÊNCIA. ELTROMBOPAG OLAMINA (REVOLADE®). ANEMIA APLÁSTICA.

1. Na análise entre o tratamento ou medicamento existente perante o SUS e o tratamento ou medicamento pleiteado em juízo e que não tenha sido incorporado ao sistema público, há que se perquirir, sob o ponto de vista técnico-científico, acerca da eficácia da medida. 2. Hipótese na qual, embora haja manifestações desfavoráveis dos órgãos técnicos quanto à eficácia do medicamento eltrombopag olamina, impõe-se considerar que todas elas se referem a enfermidades distintas daquela que acomete o agravado. Em contrapartida, há evidência científica, ainda que inicial, da eficácia do medicamento para tratamento de anemia aplástica. 3. Sendo assim, em análise

preliminar e sem prejuízo de modificação posterior em cognição exauriente, justifica-se o deferimento da tutela de urgência. 4. Não há óbice ao bloqueio de verba pública nas ações que envolvem fornecimento de medicamento. 5.

Reconhecida a solidariedade da União, Estados e Municípios nas causas que versam sobre o fornecimento de medicamentos, nada impede que o magistrado busque o cumprimento da tutela de um dos devedores que terá, ao seu turno, a possibilidade de ressarcimento em face dos demais devedores, nos termos da legislação administrativa aplicável ao caso.

Acórdão Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo: 5033879-31.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 30/01/2019 Orgão Julgador: SEXTA TURMA Relator JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do

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relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO.

RESSARCIMENTO DE VALORES BLOQUEADOS PARA GARANTIR AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTO.

Sendo os entes públicos solidariamente responsáveis nas demandas em que se visa assegurar o direito à saúde, a forma de ressarcimento dos valores despendidos, em caráter emergencial, para aquisição do fármaco devem ser solucionadas administrativamente, sem a interferência judicial.

Acórdão Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO Processo: 5030381-24.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 30/01/2019 Orgão Julgador: TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE SC Relator GABRIELA PIETSCH SERAFIN

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia Turma Regional Suplementar de Santa Catarina do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade, dar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS NÃO INCORPORADOS EM ATOS NORMATIVOS DO SUS. RECURSO ESPECIAL N.º 1.657.156/RJ. TEMA 106 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ESGOTAMENTO DAS ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS DISPONÍVEIS NO SUS.

1. Nos termos definidos no julgamento do REsp n.º 1.657.156/RJ (Tema 106 - STJ), a concessão dos

medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS exige a presença cumulativa dos seguintes requisitos:

i) Comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e circunstanciado expedido por médico que assiste o paciente, da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento, assim como da ineficácia, para o tratamento da moléstia, dos fármacos fornecidos pelo SUS; ii) incapacidade financeira de arcar com o custo do medicamento prescrito; iii) existência de registro do medicamento na ANVISA, observados os usos autorizados pela agência.

2. A indispensabilidade do medicamento vindicado nas demandas alusivas às prestações de saúde deve ser aferida não apenas em razão da comprovada eficácia do fármaco no tratamento de determinada doença, mas, também, da inexistência ou da patente inefetividade das opções terapêuticas viabilizadas pelo SUS.

3. Na hipótese sub examine, o perito judicial afirmou que a parte autora/agravante já esgotou as possibilidades terapêuticas oferecidas pela rede pública de saúde. Demais disso, como, além da Púrpura Trombocitopênica Idiopática, é portadora de Esclerose Múltipla, alguns medicamentos constantes do PCDT daquela doença, segundo o experto, são contraindicadas a melhoria de seu quadro clínico.

4. Agravo de intrumento provido para o fim de que seja deferida a tutela provisória pleiteada.

Acórdão Classe: AC - APELAÇÃO CIVEL

Processo: 5067127-96.2016.4.04.7100 UF: RS

Data da Decisão: 21/11/2018 Orgão Julgador: SEXTA TURMA Relator TAÍS SCHILLING FERRAZ

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade negar provimento à apelação da parte autora, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa PREVIDENCIÁRIO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. ELTROMBOPAG (REVOLADE).

EXISTÊNCIA DE ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS. INADEQUAÇÃO NÃO DEMONSTRADA. ESTUDOS CIENTÍFICOS PELA NÃO INDICAÇÃO.

1. Consoante entendimento do STF, devem ser respeitadas as seguintes premissas para solução judicial dos casos que envolvam direito à saúde: a inexistência de tratamento/procedimento ou medicamento similar/genérico oferecido gratuitamente pelo SUS para a doença ou, no caso de existência, sua utilização sem êxito pelo

postulante ou sua inadequação devido a peculiaridades do paciente; a adequação e a necessidade do tratamento ou do medicamento pleiteado para a doença que acomete o paciente; a aprovação do medicamento pela ANVISA e a não configuração de tratamento experimental.

2. É condição para a obtenção do medicamento pela via judicial que a parte demonstre a respectiva imprescindibilidade, que consiste na conjugação da necessidade e adequação do fármaco e da ausência de alternativa terapêutica.

3. A existência de alternativas terapêuticas e a inexistência de evidências científicas que indiquem a vantagem terapêutica do tratamento pretendido frente ao disponibilizado pelo SUS, motivam o indeferimento da dispensação do fármaco requerido pela via judicial e sob responsabilidade do Poder Público.

Decisão

Monocrática Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo: 5040397-37.2018.4.04.0000 UF:

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Data da Decisão: 31/10/2018 Orgão Julgador: QUINTA TURMA Relator ALTAIR ANTONIO GREGÓRIO

Decisão Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO - ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO contra decisão (evento 119) do MMº Juízo Substituto da 1ª VF de Erechim, proferida nos seguintes termos:

Peticiona a parte autora no evento 110 dos autos requerendo o bloqueio do montante necessário para a aquisição do medicamento Revolade® (eltrombopague olamina) 50 mg em razão da necessidade de continuidade de seu tratamento.

Todavia, é do conhecimento deste Juízo que, mesmo nas demandas que envolvem a tutela da saúde, a Advocacia Geral da União não logra cumprir as determinações de depósitos de valores ou dispensação de medicamentos.

Além disso, as tentativas de bloqueios de valores via sistema BACENJUD realizadas em outros feitos resultaram negativas, uma vez que as contas no CNPJ da União não são capturadas pelo sistema.

Assim, para viabilizar o cumprimento das decisões proferidas nas demandas em trâmite neste Juízo, tem sido determinado o levantamento de valores diretamente de contas vinculadas a outras ações de medicamentos, nas quais o tratamento já fora suspenso e há sobras de recursos (valores estes que seriam devolvidos à União com o término do processamento das respectivas demandas).

Todavia, analisando os sistemas de controle da Secretaria, verifico que não há saldo suficiente para tal

levantamento nas contas judiciais vinculadas a este Juízo, uma vez que o montante necessário para a compra do medicamento é elevado, sendo que os valores utilizados para tal intento estão se esgotando, pois a União não realiza depósitos regulares desde longa data.

Conforme se verifica na movimentação processual, a tutela de urgência foi proferida em 17/08/2017, ou seja, há mais de um ano a União está ciente de tal determinação, não havendo portanto motivo que justifique a mora no adimplemento.

Nesse sentido, o fornecimento de medicamentos de forma ininterrupta caracteriza-se como obrigação de fazer de natureza continuada, sendo inaceitável que a parte autora tenha que, periodicamente, recorrer a este Juízo para que lhe seja entregue o fármaco, o qual é de uso contínuo, uma vez que eventual interrupção do tratamento pode acarretar danos à sua saúde, conforme já atestado pelo perito judicial.

Portanto, determino a intimação da União para que, no prazo de trinta dias, comprove a adoção das diligências necessárias ao contínuo encaminhamento da medicação diretamente ao autor, juntamente ao Ministério da Saúde, sem a intervenção periódica deste Juízo, ou seja, na via administrativa, sob pena de incidência de multa diária, a qual, desde já, fixo em R$ 100,00 (cem reais), sem prejuízo da abertura de vista dos autos ao MPF para apuração de eventual conduta criminosa ou de improbidade administrativa.

A parte agravante requer, em síntese, que seja reformada a decisão recorrida, em face da ausência dos requisitos da probabilidade do direito e do dano grave e de difícil reparação, por contrariar o Recurso Repetitivo nº 1.657.156/RJ, não havendo o esgotamento das alternativas terapêuticas do SUS, sendo que existe Parecer do NATS-UFMG contrário a utilização do medicamento pleiteado. Subsidiariamente, requer-se a REFORMA da decisão recorrida, a fim de REDIRECIONAR o cumprimento da obrigação de fazer para o Estado, em

consonância com a decisão de evento 21, que requisitou da Assessoria Jurídica da Secretaria Estadual de Saúde o cumprimento da tutela de urgência.

Em caso de não acolhimento, requer-se SEJA IMPOSTA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA AO ESTADO e AO MUNICÍPIO PELO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER, uma vez que a demanda foi proposta em face de todos os entes, não podendo a União responder sozinha pelo cumprimento e por eventual penalidade.

É o relatório.

Decido.

Nada obstante os seus fundamentos, não merece prosperar o presente agravo de instrumento.

Com efeito, contra despacho/decisão que determina a intimação da União para que, no prazo de trinta dias, comprove a adoção das diligências necessárias ao contínuo encaminhamento da medicação diretamente ao autor, juntamente ao Ministério da Saúde, sem a intervenção periódica deste Juízo, ou seja, na via administrativa, não há previsão de interposição de agravo de instrumento, não consta no rol taxativo do artigo 1.015 do CPC:

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

I - tutelas provisórias;

II - mérito do processo;

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;

VI - exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;

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XII - (VETADO);

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.

As hipóteses tornaram-se taxativas, desautorizando conhecer do recurso que não tratar de uma das decisões arroladas no artigo 1015 do CPC, como in casu.

Isso porque o atual arcabouço processual está estruturado com a finalidade de evitar a utilização do agravo de instrumento para impugnação de toda e qualquer decisão interlocutória.

Por fim, cumpre referir que inexiste impedimento legal que se imponha o cumprimento da tutela jurisdicional a um dos entes federativos com responsabilidade solidária nos autos, ressalvada a possibilidade de buscar o ressarcimento da despesa junto aos demais, nos termos da legislação de regência.

Demais disso, a decisão no evento 21 dos autos originários, proferida em 17/08/2018, que deferiu o pedido de tutela de urgência, e determinou que a UNIÃO, o ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL e o MUNICÍPIO DE ARATIBA/RS, solidariamente, dentro de suas competências na organização do SUS, no prazo de 15 (quinze) dias, prestem atendimento de urgência à parte autora, mediante dispensação do medicamento REVOLADE

(Eltrombopag) 50 mg, na posologia de 01 comprimido por dia, por ciclos de 28 dias, por tempo indeterminado, resta preclusa.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, nos termos do artigo 932, III do CPC, c/c artigo 37, § 2º, II, do RITRF4ªR.

Comunique-se.

Intime-se. Após, com as devidas cautelas, dê-se baixa na distribuição.

Acórdão Classe: AC - APELAÇÃO CIVEL

Processo: 5005335-29.2016.4.04.7202 UF: SC

Data da Decisão: 10/10/2018 Orgão Julgador: TERCEIRA TURMA Relator MARGA INGE BARTH TESSLER

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, decidiu dar provimento à apelação da União, vencidos o Des. Federal

ROGERIO FAVRETO e o Des. Federal CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa MEDICAMENTOS. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA IMPRESCINDIBILIDADE DO FÁRMACO.

PARECERES TÉCNICOS DESFAVORÁVEIS. ESTUDOS CIENTÍFICOS INSUFICIENTES.

1. Faz jus ao fornecimento do medicamento pelo Poder Público a parte que demonstra a respectiva imprescindibilidade, que consiste na conjugação da necessidade e adequação do fármaco e da ausência de alternativa terapêutica.

2. Havendo pareceres de órgãos técnicos que atestam a não indicação do medicamento postulado, em face da ausência de vantagem terapêutica em relação aos tratamentos disponibilizado pelo SUS, tem-se que não há evidência científica acerca da adequação do fármaco pleiteado.

Decisão

Monocrática Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo: 5032564-65.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 02/09/2018 Orgão Julgador: QUARTA TURMA Relator VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA

Decisão Trata-se de agravo de instrumento interposto em face de decisão que, em ação de procedimento comum, deferiu pedido de tutela de urgência, para determinar que a União, o Estado do RGS e o Município de Santana do Livramento, solidariamente, dentro de suas competências na organização do SUS, no prazo de 5 dias, prestem atendimento de urgência à parte autora, mediante dispensação do medicamento REVOLADE (Eltrombopag Olamina) 50mg, na posologia de 01 comprimido por dia, por ciclos de 56 dias, até o julgamento final desta ação, ou, alternativamente, efetue a favor do autor, no mesmo prazo, e posteriormente a cada 56 dias, depósitos no valor de R$ 7.426,26 (sete mil quatrocentos e vinte e seis reais com vinte e seis centavos) ou o valor total do tratamento que importa em R$ 44.557,56 (quarenta e quatro mil quinhentos e cinqüenta e sete reais e cinqüenta e seis centavos), em conta judicial na Caixa Econômica Federal-CEF, agência nº. 3932 (PAB JF Santana do Livramento- RS), para aquisição direta do referido medicamento.

Em suas razões, a União alegou que: (a) a necessidade de submissão de todo pleito judicial por medicamento, tratamento médico ou outros insumos para a saúde, à ampla dilação probatória é o norte evidente a ser perseguido na defesa do SUS, principalmente nos casos em que é pleiteada alguma prestação estranha ao Sistema, ou seja, não contemplada nas listas oficiais de tratamentos disponíveis em condições de igualdade para todos os pacientes em idêntica situação, em evidente exceção ao princípio da isonomia, e (b) a importância da prova pericial nas demandas relativas ao direito à saúde se torna mais evidente ainda quando se sabe que a quase totalidade dos processos envolvendo o tema "medicamentos" e tratamentos médicos objetiva a concessão de fármacos ou

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tratamentos não disponibilizados pelo SUS, ou com utilização diversa daquela padronizada pelo SUS (fora dos protocolos terapêuticos), de modo é necessária uma ampla justificativa para a interferência judicial nas políticas públicas. Nesses termos, requereu a atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, ao final, seu provimento ou, sucessivamente, a extinção ou redução da multa, com a ampliação do prazo para o cumprimento da ordem judicial.

É o relatório. Decido.

I - O art. 300 do CPC/2015 prevê a possibilidade de concessão de tutela de urgência, quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

A vedação legal à concessão de liminar que esgote no todo ou em parte o objeto da ação não se aplica aos casos em que a postergação da prestação jurisdicional possa frustrar a sua efetividade, como neste, em que a demora no fornecimento do medicamento pleiteado põe em risco a própria vida do paciente.

II - A legitimidade passiva ad causam - seja para o fornecimento do medicamento, seja para seu custeio -, resulta da atribuição de competência comum a todos os entes federados, em matéria de direito à saúde, e da

responsabilidade decorrente da gestão tripartite do Sistema Único de Saúde, previstas nos artigos 24, inciso II, e 198, inciso I, ambos da Constituição Federal, respectivamente.

Nesse sentido, transcrevo os seguintes precedentes:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERATIVOS. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA UNIÃO. REPERCUSSÃO GERAL DECLARADA PELO STF.

SOBRESTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. 1. O funcionamento do Sistema Único de Saúde - SUS é de

responsabilidade solidária da União, Estados-membros e Municípios, de modo que qualquer dessas entidades tem legitimidade ad causam para figurar no pólo passivo de demanda que objetiva a garantia do acesso à medicação para pessoas desprovidas de recursos financeiros. Precedentes do STJ. (...) (STJ, 2ª Turma, AgRg no Ag 1107605/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado em 03/08/2010, DJe 14/09/2010)

ADMINISTRATIVO. MEDICAMENTOS. UNIÃO. LEGITIMIDADE PASSIVA. LITISCONSÓRCIO

FACULTATIVO. CACON. BLOQUEIO DE VERBAS PÚBLICAS. PREVALÊNCIA DA ESSENCIALIDADE DO DIREITO À SAÚDE SOBRE OS INTERESSES FINANCEIROS DO ESTADO. 1. A União, Estados- Membros e Municípios têm legitimidade passiva e responsabilidade solidária nas causas que versam sobre fornecimento de medicamentos. 2. A solidariedade não induz litisconsórcio passivo necessário, mas facultativo, cabendo à parte autora a escolha daquele contra quem deseja litigar, sem obrigatoriedade de inclusão dos demais.

Se a parte escolhe litigar somente contra um ou dois dos entes federados, não há a obrigatoriedade de inclusão dos demais.(...). (TRF4, 4ª Turma, AG 5008919-21.2012.404.0000, Relator p/acórdão Des. Federal Luís Alberto D'Azevedo Aurvalle, D.E. 24/07/2012)

Com efeito, a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios são legítimos, indistintamente, para as ações em que pleiteado o fornecimento de medicamentos (inclusive aqueles para tratamento de câncer, a despeito da responsabilidade de os Centros de Alta Complexidade em Oncologia prestarem tratamento integral aos doentes), consoante a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Agravo Regimental interposto em face de decisão que indeferiu o pedido de Suspensão de Tutela Antecipada n.º 175, relatado pelo Ministro Gilmar Mendes, de cujo voto extraio o seguinte trecho:

A competência comum dos entes da Federação para cuidar da saúde consta do art. 23, II, da Constituição. União, Estado, Distrito Federal e Municípios são responsáveis solidários pela saúde, tanto do indivíduo quanto da coletividade e, dessa forma, são legitimados passivos nas demandas cuja causa de pedir é a negativa, pelos SUS (seja pelo gestor municipal, estadual ou federal), de prestação na área de saúde. O fato de o Sistema Único de Saúde ter descentralizado os serviços e conjugado os recursos financeiros dos entes da Federação, com o objetivo de aumentar a qualidade e o acesso aos serviços de saúde, apenas reforça a obrigação solidária e subsidiária entre eles.

Idêntico entendimento foi adotado nos RE n.º 195.192-3, RE-AgR n.º 255.627-1 e RE n.º 280.642.

Sendo assim, os entes demandados têm legitimidade para figurar no o passivo da ação, em litisconsórcio passivo facultativo, reconhecido o direito do cidadão de escolher com quem pretende litigar. Eventual acerto de contas que se faça necessário, em virtude da repartição de competências no SUS, deve ser realizado administrativamente, sem prejuízo do cumprimento da decisão judicial, imposta solidariamente.

III - A Constituição da República consagra a saúde como direito fundamental, ao prevê-la, em seu art. 6º, como direito social. O seu art. 196, por sua vez, estabelece ser a saúde direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

Dentre os serviços e benefícios prestados no âmbito da saúde, encontra-se a assistência farmacêutica. O art. 6º, inc. I, alínea "d", da Lei n.º 8.080/90 expressamente inclui, no campo de atuação do Sistema Único de Saúde, a execução de ações de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. A Política Nacional de

Medicamentos e Assistência Farmacêutica, portanto, é parte integrante da Política Nacional de Saúde e possui a finalidade de garantir a todos o acesso aos medicamentos necessários, seja interferindo em preços, seja fornecendo gratuitamente as drogas de acordo com as necessidades.

Concretizando a dispensação de medicamentos à população, o Ministério da Saúde classifica como básicos, de responsabilidade dos três gestores do SUS, os remédios utilizados nas ações de assistência farmacêutica relativas à atenção básica em saúde e ao atendimento a agravos e programas de saúde específicos inseridos na rede de cuidados da atenção básica. Os medicamentos estratégicos são aqueles utilizados para o tratamento de doenças

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endêmicas, com impacto socioeconômico, cabendo sua aquisição pelo Ministério da Saúde e seu armazenamento e distribuição pelos Municípios. Já o Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional tem por objeto o tratamento de doenças específicas, que atingem um número restrito de pacientes, os quais necessitam de medicamentos com custo elevado, cujo fornecimento depende de aprovação específica das Secretarias Estaduais de Saúde e de recursos oriundos do Ministério da Saúde, bem como daquelas Secretarias também responsáveis pela programação, aquisição e dispensação das drogas (vide a classificação e a responsabilidade pelo

financiamento destas na Portaria n. 399/GM de 22 de fevereiro de 2006).

Finalmente, há programas e sistemáticas de assistência específicos para determinadas moléstias, como, por exemplo, o diabetes e o câncer.

Nesse contexto, considerando a notória escassez dos recursos destinados ao SUS, não se pode deixar de pesar as consequências do deferimento judicial de medicamentos ou tratamentos estranhos aos administrativamente disponibilizados. Deferir, sem qualquer planejamento, benefícios para alguns, ainda que necessários, pode causar danos para muitos, consagrando-se, sem dúvida, injustiça. Sequer pode-se considerar o Judiciário como uma via que possibilite a um paciente burlar o fornecimento administrativo de fármacos, garantindo seu tratamento sem sopesar a existência de outros cidadãos nas mesmas ou em piores circunstâncias.

Bem por isso, após a realização de audiência pública com participação de diversos segmentos da sociedade, o Supremo Tribunal Federal, interpretando o art. 196 da Constituição Federal e debruçando-se sobre a problemática da efetividade dos direitos sociais e da denominada "judicialização da saúde", no julgamento da Suspensão de Tutela Antecipada n.º 175 (decisão no Agravo Regimental proferida em 17 de março de 2010, Relator Ministro Gilmar Mendes), estabeleceram-se alguns pressupostos e critérios relevantes para a atuação do Poder Judiciário, mais precisamente na questão do fornecimento de medicamentos e tratamentos pleiteados em face dos entes políticos.

Nos termos da decisão referida, a Corte Suprema entendeu que "é possível identificar [...] tanto um direito individual quanto um direito coletivo à saúde". "Não obstante, esse direito subjetivo público é assegurado mediante políticas sociais e econômicas, ou seja, não há um direito absoluto a todo e qualquer procedimento necessário para a proteção, promoção e recuperação da saúde, independentemente da existência de uma política pública que o concretize. Há um direito público subjetivo a políticas públicas que promovam, protejam e recuperem a saúde". "A garantia mediante políticas sociais e econômicas ressalva, justamente, a necessidade de formulação de políticas públicas que concretizem o direito à saúde por meio de escolhas alocativas. É

incontestável que, além da necessidade de se distribuírem recursos naturalmente escassos por meio de critérios distributivos, a própria evolução da medicina impõe um viés programático ao direito à saúde, pois sempre haverá uma nova descoberta, um novo exame, um novo prognóstico ou procedimento cirúrgico, uma nova doença ou a volta de uma doença supostamente erradicada".

Diante disso, seguindo nessa linha, a análise judicial de pedidos de dispensação gratuita de medicamentos e tratamentos pressupõe que se observe, primeiramente, se existe ou não uma política estatal que abranja a prestação pleiteada pela parte. Se referida política existir, havendo previsão de dispensação do tratamento buscado, não há dúvida de que o postulante tem direito subjetivo público a tal, cabendo ao Judiciário determinar seu cumprimento pelo Poder Público. Não estando a prestação pleiteada entre as políticas do SUS, as circunstâncias do caso concreto devem ser observadas, a fim de que se identifique se a não inclusão do tratamento nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Sistema, elaborados com fundamento na corrente da "Medicina com base em evidências", configura omissão legislativa/administrativa ou está justificada em decisão administrativa

fundamentada/vedação legal. Afinal, o medicamento ou tratamento pode não ser oferecido, pelo Poder Público, por não contar, p.ex., com registro na ANVISA, o qual constitui garantia à saúde pública e individual, só podendo ser relevado em situações muito excepcionais, segundo disposto nas Leis n.º 6.360/76 e 9.782/99 (hipótese de vedação legal). Outrossim, a prestação pode não estar inserida nos Protocolos, por inexistirem evidências científicas suficientes a autorizarem sua inclusão (hipótese de decisão administrativa fundamentada).

Se o medicamento ou procedimento requerido judicialmente não estiver incluído nas políticas públicas de saúde, mas houver outra opção de tratamento para a moléstia do paciente, deve-se, em regra, privilegiar a escolha feita pelo administrador. Afinal, nas palavras do Ministro Gilmar Mendes, "um medicamento ou tratamento em desconformidade com o Protocolo deve ser visto com cautela, pois tende a contrariar um consenso científico vigente. Ademais, não se pode esquecer de que a gestão do Sistema Único de Saúde, obrigado a observar o princípio constitucional do acesso universal e igualitário às ações e prestações de saúde, só torna-se viável mediante a elaboração de políticas públicas que repartam os recursos (naturalmente escassos) da forma mais eficiente possível. Obrigar a rede pública a financiar toda e qualquer ação e prestação de saúde existente geraria grave lesão à ordem administrativa e levaria ao comprometimento do SUS, de modo a prejudicar ainda mais ao atendimento médico da parcela da população mais necessitada".

Não se pode ignorar, contudo, que, em algumas situações, por razões específicas do organismo de determinadas pessoas - resistência ao fármaco, efeitos colaterais deste, conjugação de problemas de saúde etc. -, as políticas públicas oferecidas podem não lhes ser adequadas ou eficazes. Nesses casos pontuais, restando suficientemente comprovada a ineficácia ou impropriedade da política de saúde existente, é possível ao Judiciário ou à própria Administração determinar prestação diversa da usualmente custeada pelo SUS.

Finalmente, se o medicamento ou procedimento postulado não constar das políticas do SUS, e tampouco houver tratamento alternativo ofertado para a patologia, há que se verificar se consiste em tratamento meramente experimental, ou novo, ainda não testado pelo Sistema ou a ele incorporado.

Os tratamentos experimentais são pesquisas clínicas, e a participação neles é regulada por normas específicas. As

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drogas aí envolvidas sequer podem ser adquiridas, uma vez que não foram aprovadas ou avaliadas, devendo seu acesso ser disponibilizado apenas no âmbito de estudos clínicos ou programas de acesso expandido. Não se pode, assim, compelir o Estado a fornecê-los.

Já os tratamentos novos, não contemplados em qualquer política pública, merecem atenção e cuidado redobrados, tendo em vista que, "se, por um lado, a elaboração dos Protocolos Clínicos e das Diretrizes Terapêuticas privilegia a melhor distribuição de recursos públicos e a segurança dos pacientes, por outro a aprovação de novas indicações terapêuticas pode ser muito lenta e, assim, acabar por excluir o acesso de pacientes do SUS a tratamento há muito prestado pela iniciativa privada".

Sendo certo que a inexistência de políticas públicas não pode implicar violação ao princípio da integralidade do Sistema, é possível a impugnação judicial da omissão administrativa no tratamento de determinado mal, impondo- se, todavia, que se proceda à ampla instrução probatória sobre a matéria, "o que poderá configurar-se um

obstáculo à concessão de medida cautelar".

Em contrapartida, o Poder Público não pode simplesmente invocar a cláusula da "reserva do possível", para exonerar-se do cumprimento de suas obrigações constitucionais, sem demonstrar, concretamente, a

impossibilidade de fazê-lo. Nesse sentido, o STF já se pronunciou:

Cumpre advertir, desse modo, que a cláusula da "reserva do possível" - ressalvada a ocorrência de justo motivo objetivamente aferível - não pode ser invocada, pelo Estado, com a finalidade de exonerar-se, dolosamente, do cumprimento de suas obrigações constitucionais, notadamente quando, dessa conduta governamental negativa, puder resultar nulificação ou, até mesmo, aniquilação de direitos constitucionais impregnados de um sentido de essencial fundamentalidade.

(...) entre proteger a inviolabilidade do direito à vida e à saúde - que se qualifica como direito subjetivo inalienável a todos assegurado pela própria Constituição da República (art. 5º, "caput", e art. 196) - ou fazer prevalecer, contra essa prerrogativa fundamental, um interesse financeiro e secundário do Estado, entendo, uma vez configurado esse dilema, que razões de ordem ético-jurídica impõem, ao julgador, uma só e possível opção: aquela que privilegia o respeito indeclinável à vida e à saúde humanas.

(...) a missão institucional desta Suprema Corte, como guardiã da superioridade da Constituição da República, impõe, aos seus Juízes, o compromisso de fazer prevalecer os direitos fundamentais da pessoa, dentre os quais avultam, por sua inegável precedência, o direito à vida e o direito à saúde. (STA 175, Rel. Min. Celso de Mello, DJE 30/04/2010)

Em conclusão, independentemente da hipótese trazida à apreciação do Poder Judiciário, é "clara a necessidade de instrução das demandas de saúde", a fim de que, à luz das premissas e critérios antes declinados, "o julgador concilie a dimensão subjetiva (individual e coletiva) com a dimensão objetiva do direito à saúde".

Por oportuno, registro que não há que se falar em violação do art. 1º da Lei 9.494/97 c/c art. 1º, § 3º, da Lei n.º 8.437/92, 'porque a proibição do deferimento de medida liminar que esgote o objeto do processo, no todo ou tem parte, somente se sustenta nas hipóteses em que o retardamento da medida não frustrar a própria tutela

jurisdicional. No caso, está se tratando de medidas preventivas relacionadas à própria saúde e dita norma de caráter formal, diante deste quadro, não há de preponderar sobre liminar de tal estirpe.' (TRF4, 4ª Turma, AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 5018790-12.2011.404.0000, Rel. Des. Federal VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA, POR UNANIMIDADE, JUNTADO AOS AUTOS EM 29/03/2012).

IV - (O)A autor(a) pleiteou o fornecimento gratuito do(s) medicamento(s) Revolade® (Eltrombopag Olamina) 50mg, na posologia de 1 (um) comprimido por dia, com urgência, nas quantidades/dosagens que especifica, 180 (cento e oitenta) comprimidos para o período de seis meses, sob a alegação de ser portadora de Púrpura

Trombocitopênica Idiopática (CID 10: D69.3).

Sobre a pretensão, assim manifestou-se o juízo a quo:

(...)

Primeiramente, cabe referir que para o deferimento da tutela de urgência devem ser cumpridos dois requisitos, conforme preceitua o artigo 300, do Código de Processo Civil: elementos que evidenciem a probabilidade do direito (fumus bonis iuris) e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).

No caso dos autos, consigno que o art. 196 da Constituição Federal dispõe que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".

Ainda, pelo art. 198 da CF/88, há uma responsabilidade solidária da União, Estados e Municípios no tocante às prestações positivas atinentes ao direito à saúde o que, em tese, legitima o ajuizamento de demandas judiciais em desfavor de qualquer dos três entes federados, separada ou conjuntamente, sem prejuízo de eventuais ajustes que reciprocamente possam ser cabíveis entre esses entes.

Nesse contexto, não resta dúvida sobre a responsabilidade dos réus na proteção à saúde e ao direito à vida dos cidadãos.

No caso concreto, verifico que a parte autora demonstra ser portadora de Púrpura Trombocitopênica Idiopática (CID D-69.3), consoante inúmeros documentos inseridos neste processo eletrônico e que acompanham a inicial, tais como os Relatórios Médicos do Serviço de Hematologia-Oncologia HEMATO-ONCO, do Hospital

Universitário de Santa Maria - HUSM (evento 1, OUT10), os resultados de exames acostados também no evento 1, documentos EXMMED11, EXMMED12, EXMMED13, EXMMED14, EXMMED15, EXMMED16,

EXMMED17, EXMMED18 e EXMMED79, bem como os Laudos LAUDO19 e LAUDO20, e os documentos que relatam inúmeras consultas médicas realizadas OUT22, OUT23, OUT24, OUT25, OUT26, OUT27, OUT28, OUT29, OUT30, OUT31 e OUT32, além dos documentos relativos à evolução do quadro clínico da paciente

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emitidos pela equipe pediátrica, as prescrições médicas, prontuário e todos os demais documentos trazidos com a inicial, os quais demonstram de forma inconteste a necessidade do tratamento buscado.

A parte autora declara, também, a situação de impossibilidade de fazer frente aos custos do tratamento, bem como às eventuais despesas processuais, o que a impede de custear por meios próprios o atendimento que necessita.

Na linha desse entendimento, analogicamente, transcrevo o seguinte aresto:

RECURSO ESPECIAL. MANDADO. FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS. SUS. LEI Nº 8.080/90. O v. acórdão proferido pelo egrégio Tribunal a quo decidiu a questão no âmbito infraconstitucional, notadamente à luz da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. O Sistema Único de Saúde pressupõe a integralidade da assistência, de forma individual ou coletiva, para atender cada caso em todos os níveis de complexidade, razão pela qual, comprovada a necessidade do medicamento para a garantia da vida da paciente, deverá ser ele fornecido. (STJ, Resp 212346/RJ, 2ª turma, Rel. Min. Franciulli Netto, DJU 04/02/2002, p. 321).

Quanto ao medicamento prescrito/indicado pela equipe médica que acompanha a criança, assinalo que, em regra, se os medicamentos/tratamentos fornecidos pela Administração são adequados para o tratamento, não há direito do indivíduo de optar por outro medicamento à custa da Administração. O que leva a concluir que, em geral, deverá ser privilegiado o tratamento fornecido pelo SUS em detrimento de opção diversa escolhida pelo paciente, sempre que não for comprovada a ineficácia ou a impropriedade da política de saúde existente. "Todavia,

demonstrado que os meios (medicamentos) escolhidos pela Administração são ineficazes, no caso concreto, à promoção do fim pretendido (saúde/vida), seja por não serem eficientes para o tratamento da moléstia por alguma singularidade, seja por gerarem efeitos colaterais severos, deve a Administração lançar mão de outro meio, apto ao atendimento dos fins pretendidos." (TRSC. Recurso Cível 5002147- 95.2011.404.7204/SC. Terceira Turma Recursal. Julgado em 10 de julho de 2012) (grifei)

O risco de dano se encontra latente pelo próprio objeto buscado em juízo, tratamento medicamentoso cuja demora pode implicar em prejuízo severo à saúde, inclusive com risco sério e iminente de óbito, dadas as características da moléstia experimentada e a forma como eventualmente se apresenta, aspectos estes muito bem relatados na documentação que instrui o acervo dos autos.

É caso de deferimento da medida antecipatória.

A tais fundamentos, não foram opostos argumentos idôneos a infirmar o convencimento do julgador.

Infere-se da análise das provas produzidas nos autos que: (1) (o)a autor(a) realiza tratamento oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), junto ao Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), estabelecimento cadastrado como UNACON (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia; (2) o fármaco possui registro na ANVISA e foi prescrito por profissional vinculado àquela unidade de saúde, sendo definido pelo Poder Público como competente para indicar a terapia necessária e adequada à moléstia; (3) o(a) autor(a), menor impúbere, já se submeteu a diversas modalidades de tratamento médico, todas com pouca ou nenhuma resposta objetiva; (4) a sua situação é grave e o não uso da medicação mantém a paciente sobre elevado risco de sangramento com potencial e inclusive de óbito, e (5) as alternativas terapêuticas já utilizados apresentam toxidade e algumas deles também são de elevado custo (evento 1- OUT10, Relatório Médico).

Ressalte-se que não se está dispensando a realização de perícia judicial, mas apenas reconhecendo que, em ações de fornecimento de medicamentos, envolvendo doença oncológica, estando o paciente vinculado a um

CACON/UNACON, é dispensável a "prévia" avaliação médica para o deferimento de tutela urgência, se evidenciada a submissão aos protocolos clínicos do SUS para o tratamento da doença.

Tais circunstâncias são, pois, suficientes para caracterizar uma análise perfunctória e sem prejuízo de outra conclusão após a perícia médica, a verossimilhança das razões que embasam o pedido inicial.

De outra parte, não vislumbro urgência ou perigo de lesão grave e de difícil ou incerta reparação que poderá ser ocasionado à agravante com a manutenção da tutela antecipada, na medida em que dano expressivamente maior poderia ser experimentado pela agravada em caso de deferimento do pedido.

V - Considerando a legitimidade passiva dos réus, não há como excluir a responsabilidade de qualquer um deles pela aquisição e custeio do medicamento.

Em contrapartida, os réus deverão proceder, administrativamente, à repartição/ressarcimento dos valores despendidos com o fornecimento do medicamento entre si, independentemente de intervenção judicial.

VI - No que diz repeito ao pedido de afastamento ou redução da multa diária, acompanho o entendimento da Turma no sentido de não conhecer do recurso, com ressalva de ponto de vista pessoal.

Segundo a nova sistemática processual, as demais decisões interlocutórias proferidas na fase de conhecimento, não elencadas nesse artigo 1.015, não precluem, e podem ser impugnadas em preliminar no recurso de apelação, ou nas respectivas contrarrazões (NCPC, art. 1009-§1º), considerando que foi extinta a figura do agravo retido.

Ilustram tal entendimento:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE.

FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. PRAZO PARA ENTREGA. MULTA DIÁRIA. 1. Não cabimento do recurso de agravo de instrumento quanto ao pedido de afastamento ou de redução da multa diária, porque não se enquadra nas hipóteses previstas no art. 1.015 do CPC. 2. Mantida a decisão atacada quanto ao prazo fixado para o cumprimento da tutela de urgência, diante das peculiaridades do caso concreto. 3. Agravo de instrumento

parcialmente conhecido e, na parte conhecida, improvido. Agravo interno prejudicado. (TRF4, AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5025332-70.2016.4.04.0000, 4ª Turma , Desembargador Federal CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR, POR UNANIMIDADE, JUNTADO AOS AUTOS EM 26/10/2017 -destacado) ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO INTERNO. HIPÓTESES TAXATIVAS DO ART. 1.015 DO CPC. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO. 1. As hipóteses de cabimento do recurso de

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agravo de instrumento estão elencadas no art. 1.015 do novo CPC. Importante, outrossim, frisar que elas são taxativas, não comportando hipóteses não previstas no referente dispositivo. 2. Hipótese na qual o que a parte insurge-se contra decisão que determinou a adequação do valor da causa não se enquadra no rol taxativo do art.

1.015 do novo CPC, motivo pelo qual o recurso não merece conhecimento. (TRF4, AGRAVO DE

INSTRUMENTO Nº 5030242-09.2017.404.0000, 4ª Turma, Des. Federal LUÍS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLE, POR UNANIMIDADE, JUNTADO AOS AUTOS EM 28/09/2017- destacado)

AGRAVO EM DECISÃO. NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRAZO. MULTA.

TAXATIVO. HIPÓTESE NÃO PREVISTA. NÃO CABIMENTO. O indeferimento de prorrogação de prazo para cumprimento de ordem judicial, bem como a fixação de multa, não se enquadram entre as hipóteses de cabimento do Agravo de Instrumento. Agravo improvido. (TRF4, AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5023950-08.2017.404.0000, 4ª Turma, Des. Federal CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JÚNIOR, POR UNANIMIDADE, JUNTADO AOS AUTOS EM 03/10/2017-destacado)

VII - Em relação ao prazo assinalado para o cumprimento da obrigação (5 dias), tenho que 15 (quinze) dias mostra-se mais adequado e em consonância com o entendimento da Turma, em situações dessa natureza.

Ante o exposto, conheço em parte do agravo de instrumento e, na parte conhecida, defiro parcialmente o pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso, nos termos da fundamentação.

Intimem-se, sendo o(a) agravado(a), nos termos do art. 1.019, inciso II, do CPC.

Após, ao Ministério Público Federal.

Decisão

Monocrática Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo: 5027334-42.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 20/08/2018 Orgão Julgador: QUARTA TURMA Relator CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR

Decisão Este agravo de instrumento ataca decisão proferida pelo juiz federal Lúcio Rodrigo Maffassioli de Oliveira, que deferiu a tutela provisória para determinar ao(s) réu(s) que forneça(m) à parte autora a medicação

ELTROMBOPAG OLAMINA (REVOLADE) 50 mg, na quantidade de 42 caixas (7 caixas por mês durante 6 meses), o qual deverá ser fornecido no prazo máximo de 15 (quinze) dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (cem reais), a partir do 16º dia (evento 70 dos autos originários).

Entretanto, em consulta ao andamento processual eletrônico da ação originária, verifico que a união/ré já havia interposto o agravo de instrumento nº 5023939-42.2018.4.04.0000 (evento 83), atacando a mesma decisão (evento 70).

Oportuno observar que, ainda que tenha interposto o presente recurso após a decisão proferida no evento 87, que acolheu parcialmente os embargos declaratórios opostos pela parte autora, apresentou alegações idênticas ao agravo anteriormente distribuído.

Diante disso, não conheço do agravo de instrumento, com base no art. 932-III do CPC/2015.

Intimem-se.

Após, dê-se baixa.

Decisão

Monocrática Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo: 5023939-42.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 27/06/2018 Orgão Julgador: QUARTA TURMA Relator CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR

Decisão Este agravo de instrumento ataca decisão proferida pelo juiz federal Lúcio Rodrigo Maffassioli de Oliveira, que deferiu a tutela provisória para determinar ao(s) réu(s) que forneça(m) à parte autora a medicação

ELTROMBOPAG OLAMINA (REVOLADE) 50 mg, na quantidade de 42 caixas (7 caixas por mês durante 6 meses), o qual deverá ser fornecido no prazo máximo de 15 (quinze) dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (cem reais), a partir do 16º dia.

Este é o teor da decisão agravada, naquilo que aqui interessa (evento 70 do processo originário):

"(...)

2.1. Ante o exposto, DEFIRO A TUTELA PROVISÓRIA para determinar ao(s) réu(s) que forneça(m) à parte autora a medicação ELTROMBOPAG OLAMINA (REVOLADE) 50 mg, na quantidade de 42 caixas (7 caixas por mês durante 6 meses), o qual deverá ser fornecido no prazo máximo de 15 (quinze) dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (cem reais), a partir do 16º dia.

Não sendo possível o cumprimento da presente decisão no prazo acima fixado, fica, desde já, facultado à(s) parte(s) ré(s) que efetue(m) o depósito judicial, no valor total de R$ 173.109,30 de acordo com o menor

orçamento juntado aos autos, hipótese em que o valor será liberado ao Demandante com periodicidade mensal, e este deverá fazer a prestação de contas nos autos, por meio da juntada de recibos que comprovem a aquisição do medicamento, no prazo de 03 (três) dias após o levantamento por alvará.

Deverá a Secretaria confeccionar o primeiro alvará correspondente aos valores necessários para adquirir

medicamento suficiente ao primeiro mês e, de forma subsequente, um alvará para cada um dos meses sequintes.

Em qualquer das hipóteses (fornecimento do remédio ou da quantia necessária para sua aquisição), deverá a Parte

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Autora comprovar documentalmente a efetiva utilização do medicamento pleiteado. Isto é, deverá a autora juntar nos autos, a cada 3 semanas, comprovante da efetiva utilização do medicamento no CACON ou UNACON.

Ainda, conforme jurisprudência do TRF4 (TRF4, AG 5027403-45.2016.404.0000, QUARTA TURMA, Relator SÉRGIO RENATO TEJADA GARCIA, juntado aos autos em 30/09/2016), faz-se necessária a adoção de medidas de contracautela, no seguinte sentido:

(a) a medicação seja ministrada pelo CACON/UNACON onde a agravante realiza o tratamento e (b) seja comunicada imediatamente à Gerência Regional de Saúde eventual suspensão/interrupção do tratamento e (c) a dispensação periódica e fracionada reste condicionada à apresentação de laudo médico atualizado, a cada período não superior a três meses.

Eventual diferença de preço correspondente a desconto obtido deverá ser restituída por meio de simples depósito judicial.

Não sendo comprovado o cumprimento da liminar, determino, desde já, o bloqueio dos recursos necessários via BACEN-JUD, até o montante de R$ 173.109,30, na(s) seguinte(s) conta(s) da União, sem prejuízo de outras, que, se forem bloqueadas, serão levadas ao conhecimento das partes pela juntada aos autos do extrato do sistema BACEN-JUD:

- CNPJ 00.530.493/0001-71, "Fundo Nacional da Saúde";

- CNPJ 00.394.544/0127-87, "Ministério da Saúde";

- CNPJ 00.394.494/0040-42, "Ministério da Justiça";

- CNPJ 00.394.460/0058-87, "Ministério da Fazenda, Secretaria da Receita Federal".

- CNPJ 26.994.558/0001-23, "Advocacia-Geral da União", "Coordenação de Execução Orçamentária e Financeira", "Órgão Público do Poder Executivo Federal";

Inobstante o inegável transtorno operacional que pode ser gerado pelo bloqueio de contas públicas, inclusive de órgãos públicos federais desvinculados da matéria em debate nesta ação, não há outra forma menos conturbada de se efetivar o comando judicial, diante de eventual descumprimento da medida antecipatória pela Parte Ré, observados os direitos envolvidos. Exemplo disso foi a manutenção, pelo Presidente do STJ, de decisões da Justiça Federal que, para garantirem o direito à saúde, determinaram o bloqueio de valores de contas da AGU (SLS 1.570).

Sendo efetivado o bloqueio, providencie-se a imediata transferência do referido valor para a Caixa Econômica Federal em conta judicial vinculada a este juízo e processo. Após, expeçam-se alvarás para liberação do montante depositado em nome do Autor, que deverá prestar contas, nos termos da fundamentação acima.

Intimem-se com urgência.

3. Cumpram-se as demais determinações do E3."

A parte agravante pede a reforma da decisão, alegando que: (a) cuida-se de medicamento que não foi registrado pela ANVISA; (b) há potencial prejuízo ao Erário, em razão do valor elevado do tratamento - aproximadamente um milhão de reais - custo anual; (c) a decisão é plenamente satisfativa, estando em dissonância, portanto, com o disposto no art. 1°, § 3°, da Lei n. 8.437/92 (mantida a sua vigência e aplicabilidade pelo art. 1.059 do NCPC); (d) a medida tem caráter irreversível, contrariando o art. 300, § 3° do NCPC; (e) a pretensão do autor tem

potencialidade para uma vez acolhida, ocasionar grave lesão à ordem pública, ao estimular, pelo natural efeito atrativo, a proliferação de ações semelhantes; (f) a bula do medicamento, em anexo, informa que o medicamento Eltrombopag/Revolade é para uso adulto, a partir de 18 anos; (g) a incorporação de novas tecnologias em saúde no SUS depende de criteriosa avaliação da CONITEC; (h) não obstante a solidariedade e legitimidade dos entes federativos, seja a obrigação específica de fornecimento de medicamentos (aquisição, armazenamento,

dispensação, acompanhamento do paciente, restituição em caso de sobras) dirigida ao ente que tem maior aptidão para o seu cumprimento, no caso o Ente Estadual, com eventual ressarcimento posterior pela União, na via administrativa.

Pede, assim, a concessão de efeito suspensivo ao recurso e, ao final, o provimento do agravo de instrumento para reformar a decisão agravada.

Relatei. Decido.

O deferimento de efeito suspensivo ao agravo de instrumento por decisão do relator, conforme previsto na regra do art. 995-parágrafo único, do CPC, depende da presença simultânea de dois requisitos: (a) ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso; (b) estar configurado risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, caso a decisão agravada produza efeitos imediatamente.

Embora as alegações da parte agravante, entendo deva ser mantida nesse momento a decisão agravada porque não há risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, que justifique o deferimento de efeito suspensivo. A matéria pode perfeitamente ser resolvida pelo colegiado, no julgamento do mérito do agravo de instrumento.

Ante o exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

Intimem-se as partes, inclusive a parte agravada para contrarrazões.

Dispenso as informações. Se necessário, comunique-se ao juízo de origem.

Após, adotem-se as providências necessárias para julgamento (intimação do MPF e dos interessados; inclusão em pauta; etc).

Acórdão Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo: 5015618-18.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 20/06/2018 Orgão Julgador: QUARTA TURMA

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Relator VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, decidiu dar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. BLOQUEIO DE VERBA PÚBLICA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. VERBAS VINCULADAS AO SUS.

1. A eg. Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial n.º 1.069.810/RS, sob a sistemática de recurso repetitivo, consolidou o entendimento no sentido de que é cabível o bloqueio de verba pública em ação em que pleiteado o fornecimento de medicamentos, quando não houver o cumprimento espontâneo da decisão judicial. 2. Razão assiste à agravante quando afirma que só podem ser alcançadas pela medida constritiva verbas vinculadas ao sistema público de saúde, ou seja, valores originariamente destinados à saúde.

Acórdão Classe: - Apelação/Remessa Necessária

Processo: 5005946-88.2016.4.04.7005 UF: PR

Data da Decisão: 30/05/2018 Orgão Julgador: QUARTA TURMA Relator VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, decidiu negar provimento à apelação do Estado do Paraná e da parte autora, bem como dar dar parcial provimento à apelação da União e da remessa necessária, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. LEGITIMIDADE PASSIVA DOS ENTES DA FEDERAÇÃO. RESERVA DO POSSÍVEL. DO RESSARCIMENTO. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

- A legitimidade passiva de todos os entes federativos para ações que envolvem o fornecimento ou o custeio de medicamento resulta da atribuição de competência comum a eles, em matéria de direito à saúde, e da

responsabilidade solidária decorrente da gestão tripartite do Sistema Único de Saúde (arts. 24, inciso II, e 198, inciso I, da Constituição Federal).

- O direito fundamental à saúde é assegurado nos arts. 6º e 196 da Constituição Federal e compreende a assistência farmacêutica (art. 6º, inc. I, alínea d, da Lei n.º 8.080/90), cuja finalidade é garantir a todos o acesso aos

medicamentos necessários para a promoção e tratamento da saúde.

- A interferência judicial na área da saúde não pode desconsiderar as políticas estabelecidas pelo legislador e pela Administração. Todavia, o Poder Público não pode invocar a cláusula da "reserva do possível", para exonerar-se do cumprimento de suas obrigações constitucionais, sem demonstrar, concretamente, a impossibilidade de fazê-lo.

- A questão relativa ao reembolso e/ou cobrança dos custos suportados por determinado ente federativo em decorrência do fornecimento do medicamento pleiteado, trata-se de medida a ser resolvida no âmbito administrativo, sem necessidade de intervenção judicial.

- Tratando-se de causa relacionada à garantia do direito à saúde, cujo valor material é inestimável, correta a aplicação do § 8º do art. 85 do novo CPC, que remete à apreciação equitativa considerando os incisos do § 2º do artigo citado (grau de zelo profissional, lugar da prestação do serviço, natureza e importância da causa, trabalho realizado pelo advogado e tempo exigido para o seu serviço).

Acórdão Classe: - Apelação/Remessa Necessária

Processo: 5018315-86.2017.4.04.7100 UF: RS

Data da Decisão: 16/05/2018 Orgão Julgador: QUARTA TURMA Relator VIVIAN JOSETE PANTALEÃO CAMINHA

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, decidiu negar provimento à apelação da União e dar dar parcial

provimento à apelação do Estado do Rio Grande do Sul, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. LEGITIMIDADE PASSIVA DOS ENTES DA FEDERAÇÃO. RESERVA DO POSSÍVEL. DO RESSARCIMENTO. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

- A legitimidade passiva de todos os entes federativos para ações que envolvem o fornecimento ou o custeio de medicamento resulta da atribuição de competência comum a eles, em matéria de direito à saúde, e da

responsabilidade solidária decorrente da gestão tripartite do Sistema Único de Saúde (arts. 24, inciso II, e 198, inciso I, da Constituição Federal).

- O direito fundamental à saúde é assegurado nos arts. 6º e 196 da Constituição Federal e compreende a assistência farmacêutica (art. 6º, inc. I, alínea d, da Lei n.º 8.080/90), cuja finalidade é garantir a todos o acesso aos

medicamentos necessários para a promoção e tratamento da saúde.

(12)

- A interferência judicial na área da saúde não pode desconsiderar as políticas estabelecidas pelo legislador e pela Administração. Todavia, o Poder Público não pode invocar a cláusula da "reserva do possível", para exonerar-se do cumprimento de suas obrigações constitucionais, sem demonstrar, concretamente, a impossibilidade de fazê-lo.

- A questão relativa ao reembolso e/ou cobrança dos custos suportados por determinado ente federativo em decorrência do fornecimento do medicamento pleiteado, trata-se de medida a ser resolvida no âmbito administrativo, sem necessidade de intervenção judicial.

- Tratando-se de causa relacionada à garantia do direito à saúde, cujo valor material é inestimável, correta a aplicação do § 8º do art. 85 do novo CPC, que remete à apreciação equitativa considerando os incisos do § 2º do artigo citado (grau de zelo profissional, lugar da prestação do serviço, natureza e importância da causa, trabalho realizado pelo advogado e tempo exigido para o seu serviço).

Acórdão Classe: - Apelação/Remessa Necessária

Processo: 5004056-45.2015.4.04.7201 UF: SC

Data da Decisão: 09/05/2018 Orgão Julgador: TERCEIRA TURMA Relator MARGA INGE BARTH TESSLER

Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por maioria, decidiu dar provimento às apelações e à remessa oficiaL, vencidos o Des.

Federal ROGÉRIO FAVRETO e o Des. Federal CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Ementa MEDICAMENTOS. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA IMPRESCINDIBILIDADE DO FÁRMACO.

PARECERES TÉCNICOS DESFAVORÁVEIS. ESTUDOS CIENTÍFICOS INSUFICIENTES.

1. Faz jus ao fornecimento do medicamento pelo Poder Público a parte que demonstra a respectiva imprescindibilidade, que consiste na conjugação da necessidade e adequação do fármaco e da ausência de alternativa terapêutica.

2. Havendo pareceres de órgãos técnicos que atestam a não indicação do medicamento postulado, em face da ausência de vantagem terapêutica em relação aos tratamentos disponibilizado pelo SUS, tem-se que não há evidência científica acerca da adequação do fármaco pleiteado.

Decisão

Monocrática Classe: - PETIÇÃO (VICE-PRESIDÊNCIA)

Processo: 5016677-41.2018.4.04.0000 UF:

Data da Decisão: 03/05/2018 Orgão Julgador: VICE-PRESIDÊNCIA Relator MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE

Decisão MARGARETE MENDES CORREA requer efeito suspensivo ativo aos recursos especial e extraordinário interpostos no evento 39 da apelação.

Alega que o tratamento solicitado, considerando o estado de saúde da recorrente é imprescindível, tanto que o laudo pericial o atesta.

A autora apresenta Lúpus Eritematoso Sistêmico CID 10 M 32.1 e Púrpura Trombocitopenica Idiopática CID 10 D 69.3.

Afirma que há evidências científicas concretas que confirmam a eficácia do tratamento pleiteado, sendo na atual fase da doença a única alternativa viável para o bom controle da enfermidade.

O acórdão, ora combatido indeferiu o pleito, resumidamente, nos seguintes termos:

EMENTA. ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. NÃO DEMONSTRAÇÃO DA IMPRESCINDIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

Não há direito ao fornecimento de prestação de saúde por determinação judicial quando não demonstrada a imprescindibilidade do tratamento.

Caso em que a evidência científica não demonstra a vantagem terapêutica do tratamento requerido.

Parte autora condenada em honorários advocatícios fixados em R$ 3.000,00 por réu, suspensa a exigibilidade em razão do deferimento da justiça gratuita.

É o breve relatório.

D E C I D O.

O STJ via REsp nº 1657156 e Tema 106 estabelece que constitui obrigação do poder público o fornecimento de medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS, desde que presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos:

1 - Comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e circunstanciado expedido por médico que assiste o paciente, da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento, assim como da ineficácia, para tratamento da moléstia, dos fármacos fornecidos pelo SUS;

2 - Incapacidade financeira do paciente de arcar com o custo do medicamento prescrito; e 3 - Existência de registro do medicamento na Agência Nacional de Vigilãncia Sanitária ( Anvisa).

Os pressupostos delineados pela Corte Superior para o poder judiciário examinar o pedido de fornecimento do fármaco são perfectibilizados pela autora, conforme consta no processo originário.

Pois bem.

(13)

No caso concreto, a demanda envolve o fornecimento do medicamento Eltrombopag de 50mg.

A necessidade do remédio se deu por meio da perícia médica, perito nomeado pelo juízo de primeiro grau, indicando a imprescindibilidade do fármaco postulado para o tratamento da moléstia que acomete a autora.

Sobre os benefícios do uso do medicamento preconizado pela autora, o perito consigna a reversão do quadro clínico e laboratorial, assim como, a suspensão dos remédios que levara ao aparecimento das comorbidades, já que a doença apresenta-se refratária ao tratamento fornecidos pelo SUS, e

Examindando as conclusões da perícia e atestados, induz a concluir que o tratamento reivindicado é indicado para debelar a morbidez apresentada, bem como inexiste alternativas viáveis fornecidas pelo Sistema Único de Saúde.

Assim, para melhor balizar/respaldar a possibilidade do deferimento do incidente processual é de realçar julgados do TJRS, afirmando que o Direito à Saúde, consolidado na Ordem Constitucional Vigente como Direito Social - Direito Fundamental de Segunda Dimensão -, ganha especial relevo quando se identifica, in concreto, com o núcleo garantidor do mínimo existencial. De forma que, por critério de inafastável razoabilidade, exige dos órgãos estatais responsáveis pela realização das políticas públicas positivas a mitigação da cláusula da reserva do

possível, preservando-se, em favor dos administrados, a intangibilidade do direito à vida digna. Confira-se:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. MUNICÍPIO DE PANAMBI E ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DEFERIDA. O Direito à Saúde, consolidado na Ordem Constitucional Vigente como Direito Social - Direito Fundamental de Segunda Dimensão -, ganha especial relevo quando se identifica, in concreto, com o núcleo garantidor do mínimo existencial. De forma que, por critério de inafastável razoabilidade, exige dos órgãos estatais responsáveis pela realização das políticas públicas positivas a mitigação da cláusula da reserva do possível, preservando-se, em favor dos administrados, a intangibilidade do direito à vida digna. Sendo o caso de irrazoável omissão estatal à garantia da preservação do mínimo existencial, legítima é a intervenção e o controle pelo Poder Judiciário, conforme já assentado no julgamento da ADPF nº 45, pelo STF. A responsabilidade dos entes públicos é solidária, havendo, nessa esteira, exigência de atuação integrada do Poder Público em todas as suas esferas federativas (UNIÃO, ESTADO e MUNICÍPIO) para garantir o direito à saúde de todos os cidadãos, conforme a positivação constitucional das normas contidas nos artigos 196 e 23, II, da Constituição Federal, que estabelecem, respectivamente, o dever e a competência comum dos entes políticos na efetivação do direito à saúde.

Demonstradas as parcas condições financeiras da parte agravada e a necessidade de ministração do insumo postulado, não obtido na via administrativa, para a evitação da piora do quadro de doença que a acomete, razões que, por si só, evidenciam a urgência da medida. Presentes, no caso concreto, os requisitos elencados no artigo 300 do Código de Processo Civil de 2015, deve ser mantida a tutela de urgência liminarmente concedida pelo Juízo a quo. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 71007323256, Segunda Turma Recursal da Fazenda Pública, Turmas Recursais, Relator: Mauro Caum Gonçalves, Julgado em

21/03/2018)

Afirmado isso, no caso em apreço, resta suficientemente evidenciada nos autos a necessidade de realização do tratamento indicado nos atestados médicos e laudo pericial juntados aos autos, até porque as opções que o SUS fornece já foram utilizadas e com resultado insatisfatório.

Nesse sentido:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO/TRATAMENTO MÉDICO A CIDADÃO PORTADOR DE DIABETES MELLITUS TIPO I. PRETENSÃO MANDAMENTAL APOIADA EM LAUDO MÉDICO.AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. NECESSIDADE DA PROVA SER

SUBMETIDA AO CONTRADITÓRIO PARA FINS DE COMPROVAÇÃO DA INEFICÁCIA OU IMPROPRIEDADE DO TRATAMENTO FORNECIDO PELO SISTEMA ÚNICO DE

SAÚDE.INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.

(omissis)

2. O Supremo Tribunal Federal, após realização de audiência pública sobre a matéria, no julgamento da SL N.

47/PE, ponderou que o reconhecimento do direito a determinados medicamentos dá-se caso a caso, conforme as peculiaridades fático-probatórias. Porém, ressaltou que, "em geral, deverá ser privilegiado o tratamento fornecido pelo SUS em detrimento de opção diversa escolhida pelo paciente, sempre que não for comprovada a ineficácia ou a impropriedade da política de saúde existente".

(omissis)

6. Agravo regimental não provido.(AgRg no RMS 34.545/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/02/2012, DJe 23/02/2012)

Por outro lado, é medida que se impõe ao Estado (genérico) socorrer as pessoas necessitadas/vulneradas ao tratamento da saúde solicitado, pois nos termos dos arts. 196 e 198 da CF/88 é consabido que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado (lato sensu).

Nesse sentido:

ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO E DE TRATAMENTO MÉDICO. MANIFESTA NECESSIDADE. OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA DE TODOS OS ENTES DO PODER PÚBLICO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO DEMONSTRADA. DEFICIÊNCIA NA

FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284/STF. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF.

REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ.1. Hipótese em que o Tribunal local consignou: " Como cediço, a saúde é direito de todos e dever do Estado. Trata-se de garantia inerente à saúde e à vida, as quais estão intrinsecamente ligadas ao princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos

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